Fevereiro 2011

Irmãs Beneditinas da Divina Providência Província da Divina Providência Janeiro/ Fevereiro - Ano 2011 Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011  Editor...
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Irmãs Beneditinas da Divina Providência Província da Divina Providência Janeiro/ Fevereiro - Ano 2011

Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011

 Editorial ...........................................................................................................................3  Palavras de Esperança .....................................................................................................4  Especial Explicação do Logotipo ...................................................................................................5 Memória da nossa caminhada nestes 75 anos ...............................................................6 Momentos de recordar a história .................................................................................11

 Momento de Espiritualidade Cinco pecados contra a Vida Consagrada......................................................................12 Congreso Eucarístico Parroquial ...................................................................................14 Parish Eucharistic Congress ...........................................................................................17



Aconteceu virou notícia Um dia especialmente importante ................................................................................20 “ O amor e alegria encontram morada naqueles que se enamoram de Cristo ............21



Serviço de Animação Vocacional “Eu escolhi você, não tenhas medo, pois estou contigo ...............................................22



Formação em Foco Encontro das Junioristas .................................................................................................23



Cantinho da Liturgia Ecologia e Liturgia ..........................................................................................................24



Fique por dentro Comunicados ..................................................................................................................27

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Mais um ano iniciado. Mais uma vez nossa vida é permeada de sonhos e expectativas: como será? O que acontecerá?... Com toda a certeza, o mistério que envolve nossa existência e nosso futuro é um dos grandes presentes que Deus nos deu, pois só assim nossa vida se renova a cada instante, com Sua ajuda e graças aos nossos esforços em nos superar. E nesse ano somos muito agradecidas a Deus por estar comemorando 75 anos de nossa história em terras brasileiras. Uma história que vem sendo construída sob os desígnios da Divina Providência, que a conduz e sustenta, faz crescer como humilde instrumento de caridade. Mas não é só isso, em todo início de ano, temos também nosso tempo de preparação para o momento mais importante da nossa fé: a Páscoa, que irá acontecer dentro de alguns meses. E nesse tempo de preparação, durante a quaresma, a Igreja através da Campanha da Fraternidade nos convida a refletir sobre mudança climática, efeito estufa, a questão energética, desenvolvimento, preservação da Amazônia, agronegócio, biodiversidade e água e, como podemos com consciência e medidas simples, ajudar o meio ambiente, melhorar nossa qualidade de vida. Um processo externo, que torna possível o processo interno de transformação, de conscientização e responsabilidade com a vida. E já que tocamos no assunto sobre vida, nossos artigos nos permitem refletir, acolher, partilhar... as diversas experiências vividas por nossas comunidades que são oportunidades de experiencial fraternidade e co-dividir nossas vidas com nossos irmãos de caminhada. Confira! Mais uma vez agradecemos a participação de todos que colaboram conosco para a edição de nosso informativo e pedimos que continuem nos ajudando enviando artigos para enriquecer o nosso Informando.

Um abraço a todos, um 2011 repleto das luzes do Espírito Santo.

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Palavras de Esperança

Vivemos em um tempo que além de nos desafiar, nos leva constantemente a refletir, a pensar novas possibilidades a descobrir novos caminhos, e as vezes a nos deparar com situações que nos dão o sentimento e a sensação de impotência, é o caso do terremoto no Japão e de várias outras situações catastróficas que vem ocorrendo nos últimos tempos; situações que ao mesmo tempo, nos convoca a solidariedade e a partilha, a união, mesmo a continentes distantes. Diante de tudo isso, a Campanha da Fraternidade nos convida a pensar sobre nossas atitudes em relação a vida, “a criação que geme em dores de parto” por sofrer os abusos dos nossos maus tratos quando Deus nos tornou responsáveis diante do universo das coisas criadas. O que estamos fazendo com os dons que Deus depositou em nossas mãos? Qual a nossa posição diante do sofrimento de tantos irmãos? Diante dessa realidade que estamos hoje, como ser sinal, instrumento da Providência? Esse ano também nos remete a celebração de 75 anos de presença da nossa família religiosa no Brasil. Nesses 75 anos, sem dúvida, houveram muitos desafios e muitas conquistas, e pudemos contemplar a Providência Divina que fez caminhada conosco, que preparou a nossa terra para receber não somente as sementes, mas para frutificar junto as crianças, adolescentes e jovens, estendendo-se também aos doentes e anciãos. E assim, somos interpelados nesta caminhada quaresmal rumo a Páscoa da ressurreição, a rever nossa caminhada pessoal, comunitária, familiar e congregacional, à luz da fé, rendendo graças a Deus por todo bem que Ele nos fez e permitiu fazer, pedir perdão por nossas infidelidades e dar passos, seguindo a vontade de Deus que permanece fiel, apesar de nossas fragilidades e infidelidades, porque acreditamos em sua misericórdia e ternura. Que o Senhor nos ajude com sua graça a sermos cada dia melhores, para que o Reino de Deus seja concretizado sempre no aqui e agora de nossa vida. E que a Virgem Maria seja sempre nosso exemplo de solidariedade, partilha, união e cuidado, nessa caminhada de fé e esperança. Meu abraço fraterno e de paz a todos,

Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto Superiora Provincial

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Especial

Explicação do Logotipo Jubileu 75 anos / 1936 - 2011 A proposta é representar, em uma única imagem, a celebração: . Dos 75 anos de aprovação pontifícia do nosso Instituto e das nossas Constituições; . Dos 75 anos da primeira abertura missionária da Congregação, no Brasil; . Dos 75 anos de reconhecimento jurídico do Instituto Sagrada Família de Voghera, o primeiro dentre tantos outros centros educacionais. Destacadas estão as cores vermelha e verde, que representam a nação italiana, onde tudo começou. A combinação do amarelo e o verde querem também representar o Brasil, primeiro país de missão da Congregação. Estas cores formam uma elipse expressando a Providência Divina que envolve o mundo, os lugares em que se fazem presentes as IBDP, chamadas a ser também o prolongamento desta Providência a todos os que delas necessitam. Jubileu é celebração, é festa, é alegria representada aqui pelas pessoas dispostas na imagem, em azul. São elas famílias (aqui lembrando também a Sagrada Família que dá o nome ao Instituto de Voghera), crianças, jovens, idosos, doentes, todos aqueles a quem chega a Providência de Deus através da dedicação e doação das Irmãs que formam esta grande família religiosa em festa. E por que não dizer que estas pessoas também representam as próprias Irmãs que, unidas, faz acontecer o sonho de Deus no mundo, iniciado no Brasil em 1936 por mulheres corajosas e audazes, a quem devemos reverência. Sobre esta realidade se ergue a Cruz, princípio e fim do nosso seguimento. Com a Cruz assumida por Jesus, inicia-se a Igreja na qual, estando a Congregação em comunhão, recebe a sua aprovação, “com apostólica autoridade” como nos diz o decreto e assim todas somos enviadas ao mundo como semeadoras de vida. Que nossas Madres Giustina e Maria Schiapparoli, celebrem conosco este grande Jubileu, intercedendo também pelas necessidades da Congregação onde quer que ela esteja. Irmã Maria Gilcéia da Silva - Curitiba, 18 de janeiro de 2011

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Memória da nossa caminhada nestes 75 anos... “... as Irmãs Beneditinas devem persuadir-se de que, para conquistar e conservar a paz interior, será sempre necessário que adore em tudo o Divino Beneplácito, mesmo sabendo que, tudo quanto vem de Deus, seja favorável, seja adverso, é só isto que pode conduzi-las à sua santificação” ( 1°. Regimento – Cap. II, 2 ). 1. Formação Inicial “Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2, 52). Os primórdios da nossa caminhada em terras brasileiras foram marcados por uma constante busca de integração entre Oração e Trabalho, mesmo que, às vezes, o primeiro suplantasse o segundo. A formação era realizada de maneira simples. Mais pela vivência, testemunho, trabalho, do que propriamente na linha da instrução religiosa. A formação constava:  Da oração, de modo especial a oração comunitária; comunhão espiritual, contemplação da Paixão do Senhor, o hábito de bendizer cada hora do dia, ao toque do relógio.  Do trabalho que se assumia, com ardor e responsabilidade; do estudo do Catecismo; de leituras espirituais, sobretudo da vida dos Santos, de maneira que as candidatas iam sendo formadas, paulatinamente, através desta integração de vida – Ora et Labora, lema que já ia sendo incutido desde o início da caminhada. Tudo era orientado de modo que fosse sendo assumida uma observância rígida do Regulamento, levando a uma vivência autêntica que se tornasse “vida” na vida da candidata, e não somente um simples cumprimento estéril da lei. Tudo isso com o objetivo de inculcar nas formandas “uma santa coragem para combater os próprios defeitos e praticar as virtudes fundamentais: humildade, obediência e caridade, e para aceitar generosamente os sacrifícios diários” ( Diretório – 1941 – Parte III, Cap. 2, 5 ). Tal integração de Deus na vida da própria pessoa sempre foi um processo moroso e delicado, mas que, no tempo da formação inicial, teve uma importância particular. Daí o fato de não existir distinção entre as várias etapas de formação no tocante às práticas comuns, com raras exceções, geradas pelas circunstâncias do momento. Essas práticas comuns incluíam também a reza de jaculatórias e do terço, no trabalho e em comunidade; a mortificação pessoal, gerada pela vida austera; a valorização do silêncio interior e exterior, como condição essencial para assimilar e vivenciar tudo o que a vida da Irmã Beneditina exigia dia a dia, pois, “o silêncio era um dos meios necessários para manter o recolhimento interior e evitar a dissipação do Espírito” ( Regras e Constituições – 1900 – Parte I, Cap. 10,1 ). Rezava-se, diariamente, a Coroinha da Divina Providência e aos domingos acrescentava-se outra parte.

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011 Afinal, experimentar Deus como o Absoluto, como o Único que tem direito de pedir-nos a vida, desde as mais simples jaculatórias, as vias-sacras individuais ou comunitárias até a plena e mais completa participação no Mistério Eucarístico, não era algo que se conseguia da noite para o dia, mas que exigia uma atitude cada vez mais disponível de ouvir o Senhor no escondimento de cada coração, para, então, responder-lhe com um crescente e confiante abandono na Divina Providência. Ainda como fator integrante de todo período formativo, encontrava-se o trabalho expresso nos mais diversos afazeres, como: Serviços domésticos, da agricultura, trabalhos manuais (bordados, pinturas, crochê, tricô), o cultivo da música, ensaio de cantos, sobretudo cânticos sacros (em Português e Latim), engomar e consertar roupas. Tudo isso infundia o espírito laborioso do equilíbrio e da responsabilidade. Na dura fadiga diária, aprendiam a amar e a enfrentar com dignidade as dificuldades, porque viam no trabalho um meio de subsistência, um dever dos pobres e uma forma de ascese. O entendimento da formação como sendo uma exigência mais radical da fé em Cristo e em sua Boa Nova é que tornava as grandes renúncias e sofrimentos da vida ocasiões de desapegos pessoais e crescente abandono em Deus, quando assumidos com espírito de fé e de maior participação nos Mistérios de Cristo. Caso contrário se não existisse esse espírito, instalava-se na pessoa um desajuste e desordem interiores, que levavam a desgastes pessoais e, conseqüentemente, a pessoa se tornava um peso para si mesma e para a comunidade; quando não ao abandono da Vida Consagrada. Em todos os tempos, a formação para a Vida Religiosa sempre foi compreendida como um relacionamento brotado da intensidade do discípulo para com o mestre e, em especial, com o Mestre Jesus Cristo. Diante desta necessidade interior, procurava-se incutir, nas formandas, pela palavra e pelo exemplo, o hábito de sucessivas e freqüentes visitas ao Santíssimo Sacramento, como momentos de intimidade com o Senhor. Recordando esta prática religiosa, tão estimada por nossas Irmãs, aqui segue uma cópia da Oração a ser rezada: Meu Jesus, eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-Vos sobre todas as coisas e minh’alma suspira por Vós. Mas como não posso receber-Vos, agora, no Santíssimo Sacramento, vinde ao menos espiritualmente ao meu coração. *** Abraço-me convosco, como se já estivésseis comigo, unome convosco inteiramente. Não permitais que jamais torne separar-me de Vós. Ó Jesus, sumo bem e doce amor meu, feri e inflamai meu coração, a fim de que esteja abrasado em vosso amor para sempre. Amém. Assim, a formanda era incentivada a ser, “em todo o seu ser e agir simples, reta de intenção, sincera de coração e, com humildade e mansidão, a receber as correções e penitências” (Regras e Constituições – 1900, Parte I, Cap. 4, 9 ). 2. Formação Permanente A Formação permanente... é a garantia de autêntico desenvolvimento, de integração vital no seu tempo, de eficácia apostólica, de progressiva descoberta de Deus que, infinito em suas perfeições, nunca será suficientemente compreendido e amado” ( Constituições IBDP – Art. 120 ).

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011 Com a Profissão Perpétua não termina o tempo da Formação Religiosa, pois se sabe que ela é um processo da vida toda. Mesmo não existindo essa consciência da formação permanente, nos moldes atuais, era incutido na neo-professa, o dever de um progressivo aprofundamento na vida espiritual que se deveria buscar:  Na vivência fraterna, na meditação e oração comunitária, nas leituras espirituais, nos retiros mensais e anuais, na direção espiritual, em alguns cursos de aperfeiçoamento e em outras oportunidades que viessem enriquecer a Irmã e a Comunidade. O cerne da Formação Permanente, vivida no passado, tornava-se mais do que uma ascética; tornava-se uma mística. Com esta palavra “mística” não queremos falar de vias extraordinárias e espetaculares da vida espiritual, mas, sim, do sentido da vivência e testemunho do Místério que a Irmã Beneditina da Divina Providência era levada a revelar, pelo seu modo de ser, falar e agir. Era incutido, assim, o espírito de que, através de cada ato, a Religiosa era chamada à vivência de um amor intenso, que confirmaria sua pertença especial a Deus. Para que esse testemunho se tornasse autêntico, fazia-se necessário um contato íntimo com Deus, na meditação, e um aprofundamento no sentido da caridade, sendo sua melhor expressão na Celebração Eucarística ou na recepção de Jesus Eucarístico, quando não era possível a celebração da Missa. Outro elemento importante era a valorização do apostolado e de suas exigências como sendo elemento essencial da Vida Consagrada. Por isso a Irmã Beneditina buscava participar da comunidade paroquial, segundo as necessidades do lugar e da época. De modo especial, as Irmãs se dedicavam à Catequese, à Liturgia e ao serviço de sacristã. Tudo o que se relacionava com o Altar, incluindo as alfaias, que eram cuidadosamente zelados pelas nossas Irmãs. O senso do sagrado era muito forte, tanto em relação aos objetos como em relação à pessoa. A Irmã se apresentava na Igreja impecavelmente ajeitada e limpa. A fidelidade a este aspecto essencial levava, na medida do possível, a uma constante renovação dos métodos necessários para o desenvolvimento de seu apostolado, conforme os apelos da Igreja. Diante de tudo isso que se leu, refletiu, que levou à alguma discutição, partilha... fica um questionamento e, ao mesmo tempo, um convite: Que tal, individualmente, diante do Senhor, fazermos um retrospecto da caminhada pessoal, até este momento, um balanço da nossa vida de consagradas nestes anos e pedir perdão ao Senhor pelas inconstâncias, infidelidades, persistências no erro, menosprezos à graça, pouco acolhimento às Constituições e Diretório...

“É preciso que sejamos almas interiores, almas estreitamente unidas a Deus, para podermos fazer o bem aos outros” ( Diretório – 1941, Parte I, Cap. 1, 7 ).

A oração constante e o desejo sincero de fazer a vontade de Deus eram a verdadeira senda, dando a todas as Irmãs, a cada dia, uma nova lição de coragem, confiança e disponibilidade ao Senhor, o que significa tirar o maior proveito daquilo que se tinha. Por isso, a vida de oração sempre foi um ponto forte na vida de nossas Irmãs, que a ela recorriam freqüentemente, de maneira pessoal e comunitária, incentivando também as meninas, desde as órfãs até as candidatas à Vida Religiosa, a esta prática,

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011 conscientes de que não podia existir uma Vida Consagrada realmente estável, se não fosse sustentada por uma profunda vivência de oração individual, comunitária e litúrgica. Na prática, tudo concorreria para aumentar a vontade de estar unida, em espírito, a Deus, desde as orações, iniciadas ao levantar, bem como as rezadas na Capela, até as orações da noite, incluindo o Miserere (Salmo 50) e o Salva-nos Domine, ao apagar das luzes do dormitório. Sabemos que o conhecimento pela fé compreende o Amor: “Vós o amais sem O ter visto. Nele também acreditais, se bem que ainda sem ver” ( 1 Pd 1,8 ). Esta alegria do amor e do conhecimento pode nascer de muitas maneiras; por isso, a vida da Irmã Beneditina da Divina Providência, mesmo no trabalho, sempre foi mesclada de viva espiritualidade, expressas nas orações rezadas antes, durante e mesmo depois do mesmo, levando ainda em consideração o costume freqüente de se bendizer a hora; pronunciar inúmeras jaculatórias; o Requiem em sufrágio das almas do Purgatório, que se constituía numa das devoções particulares. Tudo isso se praticava com a intenção de favorecer o encontro individual com Deus, que unificava a vida e dava sentido à missão da consagrada. Desta forma, a oração tornava-se um verdadeiro “ruminar” Deus, um entreter-se com Ele na fé, no amor, no confiante abandono e na esperança, pois mais importante que a fidelidade à oração, era criar o espírito de oração, do qual, sem dúvida, brotaria a fidelidade ao Esposo Amado. Toda Vida Consagrada e, sem dúvida, a vida da Irmã Beneditina da Divina Providência é uma vida de comunhão, no Espírito. A comunidade surge, quando as pessoas se encontram no Senhor, quando a oração comunitária é o reflexo de uma vivência concreta e a expressão eficaz de um estar em Cristo e em seu Espírito. Desta maneira, tentava-se viver, quando a comunidade se reunia para os momentos fortes de oração, fazendo com que, na aparente rotina do dia a dia, nas orações costumeiras, o Espírito de Deus, dinâmico e criativamente, fosse tecendo, de maneira incansável, no coração de cada uma as teias do amor e da confiança sem reservas no Deus Providente. Para crescer nesta confiança na Divina Providência, rezavase, todos os dias, a Coroinha da Providência. Na comunidade orante, o centro e a presença vivificante foram a pessoa de Jesus, cultivado devotamente no esplendor do seu Sagrado Coração, com orações próprias e jaculatórias constantes. Os tríduos e as novenas que antecediam as grandes festas litúrgicas da Igreja, ou próprias da Congregação, eram vivamente celebrados. Em Maria Santíssima, nossas Irmãs sempre buscaram a graça do amparo materno, recitando devota e diariamente o Terço do Santo Rosário. Aquela que foi concebida imaculada e em cujo ventre foi gerado o autor da vida, sempre ocupou um lugar de destaque na História da Irmã Beneditina da Divina Providência, ajudando, desta forma, a gerar uma nova maneira de ser Beneditina, tornando sólida e fecunda uma espiritualidade de total abandono n’Aquele em quem Ela, também, se abandonara, uma vez que Maria experimentou, ao longo de todo sua vida, os valores próprios de uma vida consagrada. Nossas primeiras Irmãs italianas missionárias incutiam nas primeiras Irmãs Beneditinas da Divina Providência brasileiras uma devoção especial a Maria, invocando-a diariamente sob o título de Virgem

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011 Imaculada da Divina Providência. A Capela construída em Nova Veneza/SC, em 1956, foi dedicada a Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças e, a partir daí, as Irmãs passaram a ter uma devoção especial a Maria, invocada sob este título. Convém ressaltar que um momento forte do culto a Maria, consistia na oração diária das suas sete dores, para recordarmos sua ação co-redentora junto a Jesus, na realização do Plano Salvífico do Pai. Nas Vésperas de sábado e aos domingos, rezava-se o Pequeno Ofício de Nossa Senhora, o chamado Ofício Parvo. A disciplina e o silêncio, sempre cultivados como fatores primordiais para o desenvolvimento de uma espiritualidade fecunda, têm suas fontes na memória irrefutável de nosso Patrono e Pai São Bento, cuja devoção impregnava a vida das Irmãs Beneditinas, bem como a particular devoção a São José, o pai amoroso do Menino Deus, que, no decorrer da história, foi se manifestando como instrumento providente do Pai, como protetor vigilante nas mais prementes necessidades espirituais e materiais; tudo isso decorrente de um profundo e reverente espírito de fé de nossas primeiras Irmãs. “O Mistério Eucarístico é, por excelência, o Sacramento da unidade, sacrifício de louvor, no qual se realiza nossa Redenção; é o centro da Sagrada Liturgia e de toda a vida cristã” ( Const. – IBDP – Art. 43). A Eucaristia é, pois, o coração da Igreja, o maior dom que Jesus ofereceu e sempre oferece à sua Esposa. Nascemos para a alegria e não para a tristeza. E a Eucaristia é o Sacramento da esperança, da alegria, da fraternidade e da comunhão. A compreensão de tão grande riqueza sempre moveu o coração de nossa História, em seus primórdios, tornando-o centro de propulsão e dinamismo de nossa Vida Consagrada. O amor à Eucaristia era expresso progressivamente pelas inúmeras visitas individuais e comunitárias, adorações e vigílias, culminando com a celebração por excelência, a Eucaristia, na qual se toca de perto o Mistério da presença do Senhor, que vem ao nosso encontro para oferecer-nos, sob as humildes aparências de pão e de vinho, o penhor dos bens supremos para os quais tendemos na esperança. A devoção à Santíssima Eucaristia sempre foi uma nota marcante na vivência da Irmã Beneditina da Divina Providência, que fazia, diariamente, sua guarda de honra ao Coração Eucarístico de Jesus, tornando-a pobre e identificando-a com o Deus amor, doação e partilha. Por tudo que se conseguiu realizar, nesta caminhada de 75 anos em terras brasileiras, fica um convite de fortalecimento a cada membro da Província da Divina Providência, para um efetivo comprometimento espiritual e no sentido de ajuda ao crescimento de nossa Província em todos os campos e sentidos disponíveis ao nosso alcance. E, como Maria Mãe da Divina Providência se tenha um coração agradecido, a Deus Pai Providente, por toda a caminhada feita nestes 75 Anos de Brasil e, por tudo que ainda pudermos realizar, daqui em diante. Demos glórias ao Senhor! Amém! Aleluia!... Colaboração: Irmã FernandaCintra Lar Madre Benedita – Quitaúna / Osasco-SP.

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MOMENTO DE RECORDAR A HISTÓRIA Recordação... Irmã Joaninha Marini

Eu consegui ver de perto suas belas ações nos anos que trabalhamos juntas: mulher simples, forte, disponível e compreensiva, era de uma extraordinária disponibilidade, como enfermeira, não media esforços para atender os pacientes. Expressava grande alegria, quando fazia um parto, ao ver o recém nascido chorar, fazia uma festa com a mãe. No seu tempo eram poucos os recursos, nunca reclamava, sua aceitação era transparente. Amava a Congregação e a comunidade, evangelizava com seu sorriso, na sua simplicidade, cativava o povo, tinha paixão pela enfermagem. Era muito compreensiva com as irmãs estudantes, no dia em que eu estava de plantão, a mesma ficava no meu lugar até eu chegar da escola, por mais que eu demorasse, não cansava de esperar, sempre com um sorriso. Precisando dela, durante a noite, prontamente se levantava, nunca de mau humor, sempre disposta a ajudar e salvar vidas. Até hoje os idosos lembram e falam de seu jeito carinhoso e materno de ajudá-los, não excluía ninguém. Ao receber doações, fazia festa, mesmo que fosse meio quilo de feijão, tudo agradecia e valorizava. Havia uma idosa que gostava de contar piadas para vê-la dar risadas; quando o trem passou pela primeira vez em Três Pontas um grupo de idosos foram esperar a chegada do trem “Maria fumaça”. Como o mesmo demorou muito a passar, a idosa chegou em casa e disse à Irmã Joaninha que a “Maria fumaça” parecia dizer: eu vim da barra cansada, eu vim da barra cansada, eu vim da barra cansada... a Irmã Joaninha deitou no chão de tanto dar risadas. Que Irmã Joaninha interceda por nós, lá do céu, e possamos aprender com seus belos exemplos. Pela comunidade da Casa de Repouso Divina Providência de Vinhedo/SP. Irmã Nadir Fabro

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Momento de Espiritualidade

“Existem 5 pecados que hoje quase todos temos na Igreja e que interferem de forma especial na vida consagrada. Creio que esses limites podem ser superados através do aprofundamento da Palavra de Deus. Se formos homens da Palavra. Pessoas que acolhem a Palavra. Então verdadeiramente vamos superar isso, e poderemos ser verdadeiros evangelizadores no mundo de hoje. Qual o primeiro pecado? Eu o chamo de individualismo, isto é, cada um de nós pensa em si mesmo. Ainda o nosso EU está no centro de nossa vida, e na realidade Deus não está verdadeiramente no centro da nossa vida Cristã. Bastaria refletir quantas vezes somos individualistas. Sempre dizemos: os “meus” projetos, as “minhas” idéias, as “minhas” coisas, a “minha” pequena comunidade, o “meu” grupo. Sempre meu, meu, meu. Somos fechados dentro dessa realidade. E creio que esse é um dos grandes pecados. Isso se supera se nós nos abrimos e nos tornamos comunidade centrada na Palavra. Comunidade aberta aos irmãos, aberta às necessidades dos irmãos. Comunidade de pessoas que se consomem pelos outros. Então atenção a esse pecado. Segundo pecado: Superficialidade espiritual. Muitas vezes eu pergunto aos meus irmãos de comunidade, padres, ou aos seminaristas da Universidade Salesiana de Roma: Qual o seu projeto de vida? E alguns dizem “eu não tenho projeto de vida”. Mas como se faz para caminhar na vida espiritual, para o Senhor, se não temos um projeto de vida? Às vezes nós nem temos, em algumas comunidades, um projeto comunitário. Um projeto de vida espiritual comunitário. Então a nossa vida espiritual é superficial. Nós não nos aprofundamos na experiência de Deus. Ficamos na superfície das coisas. Para muitos ainda, a vida cristã é fazer práticas religiosas e não viver uma fé profunda em Deus. Não ter uma relação pessoal com Deus, essa amizade pessoal com Deus. Se Jesus não é o Centro da nossa vida, se não fizemos uma experiência com ele, diante das dificuldades que encontramos, tudo cai. É importante trabalhar a vida espiritual. Às vezes eu pergunto também: “você tem um Pai espiritual? Um Padre espiritual que te acompanha no caminho da vida espiritual?” Compreendo que é difícil encontrar um padre, uma pessoa capaz de dar uma direção espiritual, mas eu digo sempre que no inicio da Igreja, nos primeiros tempos do Cristianismo, tinham os Abbá e as Ammá, os pais e as mães espirituais. Pessoas simples, leigos, que guiavam espiritualmente outros. Nós temos essa necessidade de fazer um confronto espiritual com os irmãos, porque se não fizermos isso, como poderemos guiar outros? Nós saberemos guiar outros se tivermos sido guiados. Esse é um outro problema que temos. Superar essa superficialidade que nós temos e chegar a uma forte experiência de Deus. Como se supera isso? Tornando-nos homens de vida interior. Interiorizando a nossa fé. Observem que dentro de nós, somos todos um pouco doentes, enfermos, frágeis. Precisamos curar, cuidar da dimensão interior da nossa vida espiritual. Terceiro pecado: Ativismo. Vivemos numa sociedade dinâmica onde todos correm, todos se agitam. É a sociedade das coisas rápidas, usamos internet, email… e tudo isso de modo muito rápido e

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011 veloz. Assim também é no nosso trabalho. E aqui tem um grande problema. O trabalho, o ativismo, sufoca a vida espiritual. Destroem a vida espiritual, destroem essa experiência com Deus. Penso por exemplo na vida dos salesianos, onde nós trabalhamos muito, fazemos muitas coisas, mas penso que vocês também, preocupados muitas vezes com o problema da comunicação, dos compromissos que tem com rádio, tv, jornalismo e tantas coisas… Estejam atentos. Se nós não temos uma dimensão interior, o nosso trabalho será estéril. Observem que o ativismo destrói a nossa vida. Claro, devemos trabalhar. Dom Bosco dizia que temos que “arregaçar as mangas”. Temos que trabalhar, mas trabalhar nos tornando contemplativos. Contemplativo no cotidiano, no presente, naquilo que faço. Dom Bosco foi definido como “a união com Deus”. Mas um grande obstáculo para sua canonização foi que diziam que Dom Bosco sempre ia de um lado pra outro, trabalhava, e não rezava nunca. Como poderia ser um santo alguém que não reza? Então o Papa Pio XI estava presente naquele tribunal para canonização. E para aquela pessoa que dizia dessa dificuldade, o Papa perguntou: “me diga você, quando Dom Bosco não rezava?”. Porque toda a vida de Dom Bosco era união com Deus. Tudo o que ele fazia, as atividades, as viagens, o encontro com os meninos… tudo nascia de um coração aberto à ação de Deus, à ação do Espírito. Se nós não nos tornarmos pessoas contemplativas, de vida interior na ação, nós faliremos. Porque a sociedade na qual vivemos nos vira de cabeça pra baixo. Dentro do trabalho está a presença do Espírito de Deus. E isso se adquire amando o silencio e amando a oração. Fiquem atentos ao ativismo. Quarto pecado: racionalismo. A razão sem a fé criaria um vazio em nossa vida. A razão e a fé na nossa vida precisam dialogar.. Atenção, pois o cristianismo não é uma doutrina, uma filosofia, uma ética ou uma moral. Mas o Cristianismo é experiência com uma pessoa. Não é adquirir idéias. Claro que precisamos conhecer uma Doutrina. O cristianismo é a revelação cristã, evangélica, mas sempre devemos passar todas as coisas da mente para o coração. Essa é a passagem: da razão ao coração. Esse é um grande perigo. Na Igreja primitiva se chamava gnose, agnosticismo. Alguns cristãos diziam “basta que eu saiba que Deus existe, que eu conheça Deus assim, e eu serei salvo”. E o evangelista João nos diz que não basta conhecer, mas é preciso levar isso para a vida. Se o cristianismo não se traduz em vida, nós faliremos. O cristianismo é experiência de fé. Não somente adquirir idéias e noções. Eu digo sempre falando aos teólogos, que a Teologia se aprende de joelhos. Rezando. Não somente sobre os livros. O Cristianismo é a experiência com uma pessoa. È o encontro com um evento, um fato. Com este fato que é a encarnação, que é Jesus. Quinto pecado: A separação que existe entre a fé e a vida. Digo de modo muito simples. Na Igreja somos todos bons, bonitos e comportados. Depois na vida, é outra coisa. Julgamos, criticamos… nós precisamos unir fé e vida. Nós devemos levar a fé pra vida, pro nosso trabalho. Isso acontece naquela dimensão da caridade pastoral, quando verdadeiramente nos abrimos aos outros, aos irmãos, principalmente aqueles que são frágeis, pobres, mas com coração de Jesus. Unir fé e vida”. (dos escritos de Dom Giogio Zevini, sdb) Sem dúvida esse texto se aplica não somente à família salesiana, mas a toda vida consagrada que tem o desafio de superar essas dificuldades, para que Cristo seja realmente o centro de nossa vida e de nossa missão de evangelizadores. Espero que assim como esse texto me ajudou a refletir sobre minha vida e vocação, ajude também a cada um de vocês. Colaboração: Irmã Sandra Regina Ribeiro Lustoza Comunidade Emanuel

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011

La Iglesia, fiel al mandato del Señor: “Haced esto en memoria mía” (1Co 11,24), ha celebrado siempre la Eucaristía, especialmente el domingo, día de la resurrección de Jesús.

El compromiso de todo bautizado está claramente especificado, ya que así como el cristiano no ha inventado la comida ni el banquete y su riqueza de contenido se manifiesta no tanto en el hecho material de comer y beber, si no en el hecho de comunicar, compartir y fraternizar”, así estamos hoy nosotros invitados por el Señor Jesús comer de Él, compartirlo al hermano y habitar con Él: “El que come mi carne y bebe mi sangre permanece en mi y yo en el. Lo mismo que me ha enviado el padre que vive, y yo por el padre, también el que me coma vivirá por mi” (Juan 6,56-57). Esta gran invitación a participar con el Señor llego a nuestra parroquia de San Felipe Apóstol, quienes tuvimos la dicha de llevar a cabo el Congreso Eucarístico Parroquial de este año 2011. La preparación para nosotros evangelizadores comenzó del 19 al 21 de enero, y la misa de envió fue el domingo 23 a las 12:00 pm. Siendo asignados a algunas comunidades y centros a donde iríamos a llevar a nuestro Señor Jesucristo Eucaristía y donde compartiríamos una catequesis Eucarística. Nuestro Congreso Eucarístico Parroquial se llevó a cabo del 24 al 29 de enero en las comunidades y del 31 de enero al 5 de febrero dentro de la ciudad. Durante estas 2 semanas se asistía a la celebración Eucarística de las 6:30 a.m. y al término de la celebración se llevaba en procesión al Santísimo Sacramento, quien era acompañado por las familias que lo recibirían en su hogar y por algunas otras personas que venían de las comunidades. Y al finalizar la tarde concluíamos con una pequeña catequesis Eucarística. El total de las comunidades que tuvieron la vista de Jesús Sacramentado fueron 32 comunidades y 22 centros dentro de la ciudad. Es así que confiando en la promesa del Señor quien nos ha dicho: “yo estoy con vosotros todos los días hasta el fin del mundo” (Mt 28,20), la comunidad parroquial de San Felipe Apóstol ha puesto toda su confianza en el Señor. Esperando en que todo aquello llevado a cabo en estas semanas, vaya avanzando más y más en el camino del conocimiento de Cristo como vinculo de caridad, unidad, fraternidad y solidaridad hacia el hermano y en especial hacía el pobre y necesitado. Las catequesis reflexionadas durante la semana fueron seis: I. II. III. IV. V.

La Eucaristía, vinculo de caridad y unidad en la pluralidad. La Eucaristía y su centralidad en la vida y misión de la iglesia hoy. La Eucaristía, pan del hombre peregrino, en un mundo cambiante.

La Eucaristía, origen y fuente de fraternidad y solidaridad. La Eucaristía, luz que da vida frente a las tinieblas de las culturas de la muerte.

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011 Por parte de la madre Antonia ella asistió a la comunidad del potrero, en tanto a mi me tocó asistir a la comunidad El Maguey Sur. Una comunidad de muchos fieles comprometidos. La fe de estas personas es tan grande, que cuando ellos participaron en la procesión por la mañana, no les importaba el frio que hiciese, ya que los llenaba su amor a la Eucaristía.

IDEAS CENTRALES DE NUESTRO CONGRESO EUCARÍSTICO PARROQUIAL: Es en la Eucaristía donde se darán manifestaciones de amor, a través de los vínculos de la caridad y de la unidad en la pluralidad. Estas múltiples manifestaciones de Jesucristo hacía su pueblo y en particular, para con sus discípulos fueron dadas en un contexto Eucarístico; la multiplicación de panes: “tomó, bendijo, partió y compartió” (Mc 6,41); siendo un signo de misericordia y de vida nueva para los pecadores. Es también en la última cena donde el Señor nos trajo la atención, el origen de la Eucaristía, es allí donde nace el cumplimiento de la Pascua en el reino de Dios.

LA EUCARISTÍA COMO VÍNCULO DE LA CARIDAD (cfr. 1 Cor 10,16-17): cada vez que participamos de la celebración manifestamos plenamente que somos el pueblo de Dios, nacidos de la pascua de Cristo y que sacramentalmente formamos un verdadero cuerpo con Cristo y con los hermanos. La Eucaristía nos invita a vivir unidos y a comprometernos con nuestros hermanos, aunque en momentos creemos una cosa y vivamos otras, no siendo ni caliente ni fríos, sino solo tibios (cfr. Ap 3,15-16). Esto es lo que pasa con muchos de nuestros paisanos que emigran a diferentes lugares y cuando regresan llegan con grandes diferencias: visten diferente, habla diferente, su comida es diferente y su fe se ve muy tibia. Pero sobre todo esto estamos llamados a vivir de manera coherente, entre lo creído y lo que vivimos. Viviendo juntos valores como amor, la vida, la justicia, la libertad, la autenticidad y la solidaridad, para que de esta manera alcancemos juntos la humanización de nuestra existencia. Ya que todos somos invitados a reconocer el rostro de Cristo en cada persona. Recordamos además las funciones que debe de desempeñar un laico, las cuales son tres: 1) Construir un mundo, más hermanos, 2) Construir un mundo según la voluntad de Dios y 3) Construir un mundo donde hay amor, paz, justicia y verdad.

NUESTROS COMPROMISOS:  Es necesario saciar nuestra hambre de justicia y paz en nuestro mundo hoy, con el alimento sabroso del cuerpo y sangre de Cristo, para así transformar nuestra vida y sociedad.  Es necesario participar en la Eucaristía, para ser instrumentos de diálogo y esperanza con los distintos actores sociales, en orden a construir juntos el reinado de Dios entre nosotros.  Es necesaria la ESPERANZA para poder cambiar, ya que “la esperanza muere al último”.  Hagamos de la Eucaristía origen y fuente de FRATERNIDAD y SOLIDARIDAD (Hechos 2,42: “Acudían a la enseñanza de los apóstoles, a la fracción del pan y a las oraciones. Todos los creyentes vivían unidos y compartían todo cuanto tenían; vendían sus bienes y propiedades y se los repartían de acuerdo a lo que ellos necesitaban”.

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011  Compartir fraternalmente nuestro tiempo, espacio, persona y bienes con los más necesitados. Así lo testimonia la primera comunidad Cristiana.  Ser luz que da vida frente a las tinieblas de la cultura de la muerte: “La luz brilla en las tinieblas y las tinieblas no la vencieron” (Jn 1,5).  Recobrar la luz de la conciencia moral, la perdida de la capacidad de amar hasta el fin.  Finalmente, la misión a la que Cristo Luz y Vida nos invita es a anunciar y construir el Reino de Dios, traducido en los valores de verdad, justicia, gracia, amor, comunión y solidaridad. Valores que han de ser recogidos de la vida misma y llevamos al altar del Señor para tener una gozosa celebración de la Eucaristía.

MARÍA: PRESENCIA DE LA VIDA EUCARÍSTICA ENTRE LOS POBRES Y OPRIMIDOS “Yo soy la servidora del Señor hágase en mi como lo has dicho” (Lc 1,38)

Santa María de Guadalupe dijo a Juan Diego y hoy lo repite a cada cristiano: “Sábele que yo soy la siempre virgen María, madre del verdadero Dios por quien se vive” y también le dijo: “¿no estoy yo aquí, que soy tu madre?”. Es así que María Virgen se presentaba como la madre de Jesús y de los hombres. No podemos olvidar la madre de Jesús, ya que ella fue el primer sagrario “la casa del pan” (María = domus por excelencia del pan de vida que es Cristo). Fue el pesebre en que fue adorado el niño. La estrella de la evangelización y quien estuvo siempre junto con los apóstoles en oración. María es modelo de la fe, que sabe escuchar, ofrecer, aceptar; es mujer de silencio: “María por su parte, guardaba todas estas cosas en su corazón” (Lc 2,51). Es la mujer de la esperanza y sobre todo la llena de amor. Quien se atreve a hablar en cuatro ocasiones (que encontramos en la escritura): 1) en la anunciación (Lc 1,34-38), 2) en la visitación a su prima santa Isabel (Lc 1,46-56), 3) cuando Jesús es perdido y hallado en el templo (Lc 2,48) y 4) en las bodas de Caná (Jn 2,1-12). María es la madre de la iglesia y nos llama a imitarla en su esperanza y caridad. Ella nos invita a desarrollar la conciencia como laicos para que aceptemos y valoremos a la mujer en la comunidad eclesial y en la sociedad, no solo por lo que hace sino, sobre todo por lo que es. “Hay que denunciar todo aquello que atentando contra la vida, afecte la dignidad de la mujer. Pidamos que fortalecidos con este banquete sagrado, seamos en Cristo luz en las tinieblas y vivamos íntimamente unidos a él que es nuestra vida”. En este mes de febrero mi dirijo a mis Hermanas Agnes Musanga, Alice Simiyu Kanuti, Eunice Agisa, magdalyne Cheruto, mary Bosibori, Vane kemuto y a mi Janephepher Otunga en recordar el día de nuestra profesión religiosa 18 de febrero de 2006. Vamos seguir adelante con la gracia de Dios. Bendiciones a todas. Hermana Janephepher Otunga Comunidad de Casa Hogar México

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The Church, faithful to the Lord's command: "Do this in remembrance of me" (1 Cor 11.24), has always celebrated the Eucharist, especially on Sunday, the day of the resurrection nof Jesus.

The commitment of every baptized person is clearly specified, just as well as the Christian did not invent the food and the banquet and its richness of content is evident not so much in the material fact of eating and drinking, if not in fact communicate, share and fraternize, and today we are invited by the Lord Jesus eat it, share it with Brother and live with him: "He who eats my flesh and drinks my blood remains in me and I in him. Like Father has sent me to live, and I for the father, so he who eats me will live because of me "(John 6.56-57).

This great invitation to join the Lord was realized at St.Philip Apostoles our parish, in which we had the good fortune to carry out this Parish Eucharistic Congress 2011. Preparing for our missionaries began from 19 to 21 January and the sending Mass was on Sunday 23 at 12:00 pm. Being assigned to some communities and centers to where we were going to take our Lord Jesus Christ and where we would share Eucharistic catechesis.

Our Parish Eucharistic Congress was held from 24 to 29 January in the communities and from 31 January to 5 February in the city. During these 2 weeks we were participating in the Eucharistic celebration at 6:30 am and end of the celebration we carried in procession the Blessed Sacrament, who was accompanied by people from the communities who received Him at their homes. In the evening we concluded with a Eucharistic catechesis which we were prepared to share with the faithful. The total number of communities that participated in this Blessed Sacrament procession were 32 communities and 22 centers within the city. Thus, relying on the promise of the Lord who says: "I am with you always until the end of the world" (Mt 28.20), St. Philip Apostoles parish has put all his trust in the Lord . Hoping that everything done in these weeks, brings progress more and more in the way of knowing Christ as a bond of charity, unity, fraternity and solidarity to the brother and especially to the poor and needy.

The catechetical reflection during the weeks were six: I. The Eucharist, the bond of love and unity in plurality. II. The Eucharist and its centrality in the life and mission of the church today. III. The Eucharist, the bread of pilgrim man in a changing world. IV. The Eucharist, origin and source of fraternity and solidarity. V. The Eucharist light against the darkness of the culture of death.

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011 For Sister Antonia she attended the Potrero community while I happened to attend the community of El Maguey South. A community of many faithful engaged. The faith of these people is so great that when they participated in the procession in the morning, did not mind the cold that did, and that filled his love for the Eucharist.

MAIN IDEAS OF OUR PARISH EUCHARIST CONGRESS:

It is in the Eucharist that love is shown, through the bonds of charity and unity in plurality. These various manifestations of Jesus Christ to His people and in particular to his disciples were given in a Eucharistic context, the multiplication of loaves, "took, blessed, broke and shared" (Mk 6.41), being a sign of mercy and of new life for sinners. It is also at the last supper where the Lord brought us the attention, the origin of the Eucharist, is here where by the fulfillment of the Passover in the kingdom of God is born. THE EUCHARIST AS A BOND OF CHARITY (cf. 1 Cor 10:16-17): each time we participate fully express the conclusion that we are the people of God, born of the Passover of Christ and form a real body sacramentally with Christ and siblings. The Eucharist calls us to live together and engage with our brothers, but at times we believe one thing and live others, being neither hot nor cold, but only lukewarm (cf. Rev 3:15-16). This is what happens to many of our countrymen who migrate to different places and when they come back arrive with great change: dress differently, talk differently, their food is different and their faith is very warm. But above all this we are called to live a consistent, between thought and what we live. We are called to live the values as; love, life, justice, freedom, authenticity and solidarity, so that in this way we may reach together the humanization of our existence. Since everyone is invited to recognize the face of Christ in every person. As lay people we were reminded of the functions of the lay faithful; which are three: 1) building a world, brotherly world, 2) Build a world according to the will of God and 3) Building a world where love, peace, justice and truth prevails.

OUR COMMITMENTS:

1. It is necessary to satisfy our hunger for justice and peace in our world today, with tasty food from the body and blood of Christ, in order to transform our lives and society. 2. It is necessary to participate in the Eucharist, to be instruments of DIALOGUE and HOPE with the various stakeholders, in order to build together the kingdom of God among us. 3. It is necessary to HOPE for change, and that "hope dies last." -Let us make the Eucharist, origin and source of fraternity and solidarity (Acts 2.42: "They came to the teaching of the apostles, to the breaking of bread and the prayers. All the believers were together and shared everything they had; they sold their coming and properties and distributed them according to

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011 what they needed. " -let us Share fraternal our time, space, person and possessions with the needy. This is evidenced by the early Christian community. -let us be light that gives life before darkness of the culture of death: "The light shines in the darkness and the darkness has not overcome it" (Jn 1.5). -let us recover the light of moral conscience, the loss of the capacity to love until the end -Finally, the mission to which Christ invites us light and life is to proclaim and build the kingdom of God, reflected in the values of truth, justice, grace, love, communion and solidarity. Values that must be collected from life itself and bring to the altar of the Lord making a joyous celebration of the Eucharist.

MARY: EUCHARISTIC PRESENCE OF LIFE AMONG THE POOR AND PRESS "I am the servant of the Lord done unto me as thou hast said" (Luke 1.38) Santa Maria de Guadalupe told Juan Diego and now repeats it to every Christian: "Know that I am the ever Virgin Mary, Mother of the true God for whom we live" and said: "Am I not here who am your mother? ". Thus the Virgin Mary appeared to be the mother of Jesus and of men. We can not forget the mother of Jesus, as she was the first tabernacle "house of bread" (Maria = domus par excellence of the bread of life that is Christ). It was the manger where the child was adored. The star of evangelization and who was always with the apostles in prayer. Mary is a model of faith, who listens, offer, accept, is silent woman, "Mary treasured all these things in her heart" (Lk 2.51). It is the woman of hope and above all loving. Who dares to speak on four occasions (which are in writing): 1) at the Annunciation (Luke 1.34-38), 2) visitation to her cousin Elizabeth (Luke 1.46-56), 3 ) when Jesus is lost and found in the temple (Luke 2.48) and 4) at the wedding in Cana (Jn 2,1-12). Mary is the mother of the church and calls us to imitate her hope and charity. She invites us to develop awareness and laity to accept and value women in the ecclesial community and in society, not only for what they do but, especially what they are. "We must condemn all that life threatening, affecting the dignity of women. Let us pray that this sacred banquet strengthened, we are in Christ, the light in the darkness and live intimately linked to that is our life. "

With this in this month of February I would like to congratulate my fellow sisters; Agness Musanga, Alice Simiyu kanuti, Eunice Agisa, Magdalyne Cheruto, mary Bosbori, Vane kemunto, and I Janephepher otunga; remembering the day of religious ptofession which took part on 18th February 2006. Let us go ahead by God’s grace. Blessings to all. Sister Janephepher Otunga Community Home Mexico Home

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Aconteceu virou notícia

Agradecimento Hoje é um dia muito especial. Especial porque se fizeram presentes nesta celebração: Dom Bruno o meu carinho e gratidão e a todos os Sacerdotes aqui presentes, que Deus os abençoe, também, em nome de Ir. Gema e Ir. Antônia, de maneira especial os seus familiares, as Irmãs, os parentes, Sacerdotes que as acompanharam e colaboram ao longo de suas vidas, as comunidades das quais participaram, a toda a Província e os presentes nesta celebração. Agradeço a Deus que me criou, me amou, chamou e me conduz. Agradeço a meus pais que permitiram que eu viesse ao mundo, aos meus irmãos e irmãs, parentes, amigos e amigas, de maneira muito especial a minha Congregação, as Superioras provinciais, hoje Ir. Bárbara Cristina Ferreira Britto, minhas mestras de formação e todas as comunidades as quais construíram comigo minha história, as minhas colegas de caminhada que, também, hoje, celebram seu jubileu em Nova Veneza/SC, que são as Irmãs: Cristina Tavares Pinto e Maris Stela Pereira. Enfim, elevo a Deus um agradecimento particular à minha comunidade atual da casa Provincial em Santo André/SP, que Deus cumule de bênçãos a cada Irmã. À comunidade de Vinhedo que me acolhe, as pessoas da Cidade de Santo André/SP, aqui presentes, bem como as equipes de Nossa Senhora da Esperança que acompanho hoje, e as que assisti aqui em Vinhedo. Que Deus seja vossa luz. Também agradeço de coração, a presença das pessoas vindas de Santa Rosa de Viterbo/SP. Quero dizer que, nestes 25 anos de Consagração, recebi muito mais do que ofertei, graças incontáveis, alegrias, porque não, também, tristezas e perdas, dificuldades e desafios. Olhando tudo isto, percebo a constante presença de Deus Pai Providente e Maria, Mãe de Jesus, sem deixar de reconhecer a oração abundante de pessoas queridas e santas que tenho encontrado na caminhada. Dizem que a vida e os sofrimentos ensinam, sim, acredito, aprendi muito, mas o caminho é longo e, Deus na sua infinita bondade concede-me o presente para continuar nesse processo. Dentre tantas lições aprendi que: a guerra é um ato, às vezes, necessário, mas é melhor contorná-la construindo e fortificando laços pacíficos no diálogo e na reconciliação. Aprendi no medo, a ter coragem. Na solidão, a buscar a Deus; na morte, a valorizar a vida. Na discórdia, o exercício do perdão. Na alegria, a espalhar bondade. Nas pequenas coisas, o valor da Santidade. Na abundância, a caridade.

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011 No auge dos meus 25 anos de vida Consagrada, que são poucos dias perto dos 60 anos de Ir. Gema e Ir. Antonia Coppetti; descobri que preciso de conversão, por favor, rezem por mim para consegui-la. Acredito que, na vida tudo possa ser mudado. Somente Deus é imutável. Amá-Lo é inadiável, Ele é tudo, n’Ele tudo posso, Ele é o Absoluto. Agradeço, também, às Irmãs Gema e Antônia a oportunidade de celebrarmos, juntas, esta data e, dizer que são exemplos de vida de oração, amor e serviço, na fidelidade que as fez chegar até aqui. Muito obrigada de coração, que Deus as abençoe sempre!

Santo André, 16 de janeiro de 2011. Irmã Cleidinei Pupim

“O amor e a alegria encontram morada naqueles que se enamoram de Cristo!” Prezadas Irmãs, formandas e oblatos, a paz esteja com todos! Partilhamos com vocês que, no dia 22 de janeiro, na Paróquia São Judas Tadeu, cujo pároco é o Pe. Alex Cássio, a celebração de uma Missa em Ação de Graças às Irmãs Beneditinas da Divina Providência a convite do Pe. Alex e organizada por Irmã Daiana de Oliveira Silva, a noviça Francinete Oliveira da Silva e uma senhora da pastoral litúrgica. Na ocasião, receberam homenagem especial, Irmã Pierina Copetti pelos seus 56 anos de votos e Irmã Hermana Cancelier pelos seus 54 anos de votos. Foi uma celebração muito bonita! Na procissão de entrada, Irmã Pierina e Irmã Hermana entraram com velas acesas e as depositaram no altar. Elas são, não somente para a nossa Congregação, mas para todos os que o Senhor as confia, essa luz que irradia do Deus amoroso, terno, alegre e que se doa. E, gastando suas vidas em prol do Reino, testemunham o evangelho com um confiante abandono na Divina Providência. Pudemos contar com a participação de crianças e jovens na entronização da Palavra. Levaram um belíssimo pão e uma vela, símbolos da Palavra de Deus que é nosso alimento e luz para nossos passos. Nas oferendas, crianças e jovens apresentaram coreograda a música : Um consagrado para amar. Logo depois Pe. Alex chamou as homenageadas à frente, bem como Irmã Daiana e a noviça Francinete, onde agradeceu pela presença e dedicação de nossas Irmãs em sua Paróquia e na cidade. E fez a apresentação da noviça aos fiéis ali presentes. Comunidade Vida Nova Noviça Francinete Oliveira da Silva

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Serviço de Animação Vocacional

Encontro Vocacional

Olá caríssimas Irmãs, formandas e oblatos, partilhamos convosco nossa alegria! No mês de janeiro ao irmos ensaiar algumas adolescentes e crianças para a homenagem de ação de graças das bodas das Irmãs Hermana Cancelier e Pierina Copetti, fomos agraciadas por Deus, pois eis que daquelas moças, quatro, manifestaram o desejo de conhecer a vida religiosa, em especial dentro de nosso carisma. Pediram para serem acompanhadas vocacionalmente. E no dia 27/02 realizamos o 1º encontro vocacional com estas quatro moças, por nome: Andreza Cunha, Georgiana Gabriely, Taís Moreira e Tatiane Leite e para nossa surpresa outras duas moças também manifestaram o desejo para este mesmo acompanhamento. Elas são muito alegres, extrovertidas. Participam da pastoral dos coroinhas da Paróquia São Judas cujo pároco é Pe. Alex Cássio Pereira. Ele também está muito feliz, pelo Espírito Santo está suscitando vocações em seu pastoreio. E estima muito as Irmãs, nos ajuda com seu apoio sempre presente e tão diverso. O encontro foi organizado em três partes, a primeira conduzida pela noviça Francinete destinouse ao momento de oração. Que iniciou com uma música vocacional, seguida de oração de abertura, proclamação e partilha da palavra, que por sinal foi muito bem assimiladas por elas. E este momento foi concluído com canto e oração. Na segunda parte Ir. Daiana esteve a frente levando-as a reflexão através do texto: O jovem e a vocação , que explora bem a situação atual da juventude com seus desejos , sonhos de uma liberdade e felicidade que é possível mas que muitos buscam de modos errados e acabam se frustrando, também o mundo de facilidades que hoje são oferecidos e que tem como conseqüência um consumismo desenfreado e um individualismo que deixa a humanidade cada vez mais sedenta de Deus. Também foi passado um filme que retrata essa realidade. Depois degustamos um delicioso almoço com direito a musse de cupuaçu e chocolates. Na terceira parte, logo após o almoço fizemos recreação de danças a esportes. Foi um dia repleto de alegria.

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011 Rezem por cada uma delas para que percebam a vontade de Deus e atenda-o, independentemente de suas escolhas. O mais importante é a oportunidade que o Senhor nos concede de poder ajudá-las e mostrar que Ele abençoa a todas as vocações, pois é de seu Espírito que elas provêm.

Comunidade Vida Nova Noviça Francinete Oliveira da Silva

Formação em Foco

Prezadas Comunidades, Realizamos o nosso encontro de juniorato do dia 11 ao dia 13 de fevereiro/2011, no Sítio São José. Chegamos animadas, alegres, somos poucas, mas fazemos barulho, pequenas luzes capazes de acender grandes chamas. Durante esses dias fomos convidadas a refletir o que reza o artigo 13 das nossas Constituições. O Centro da nossa Consagração é Cristo. Foi um momento de parada, reflexão, oração, partilha e lazer. O encontro de fato nos favorece a troca de experiências. A partir delas nós repensamos o resultado da vida que vivemos. E assim vamos avançando, abrindo novas possibilidades para interpretação que fazemos de nós, da nossa realidade, enquanto consagradas e do mundo em que vivemos. No sábado, pela manhã, recebemos a ilustre visita da Irmã Maria José Baldessar, digo ilustre pelo seu testemunho de vida e espiritualidade, onde tivemos o prazer e a graça de escutá-la e comungar um pouco de sua vida e experiência. Obrigada Irmã, pela sua disposição, pelas suas palavras geradoras de vida e esperança, por ter partilhado conosco a sua essência e ter plantado a semente. Tenha certeza, sua presença fomenta a fraternidade, gera realizações, nos motiva à caminhada de fidelidade. No final do dia, nos preparamos à noite cultural. Infelizmente não foi possível, devido a chuva forte e o local acabou ficando sem energia. Mas não desanimamos, jantamos a luz de velas, tomamos aquele banho e fomos aproveitar a noite que estava convidativa para ouvir histórias e dar muitas risadas. No domingo, levantamos cedo, rezamos, tomamos aquele delicioso café. Foi tudo muito bom! Fica a saudade e o nosso agradecimento às comunidades que, generosamente levaram alimentos, principalmente as Irmãs do Lar “Madre Benedita” que também nos visitaram, e a todas que, de certa forma, contribuíram para que esse encontro acontecesse. Que a Providência Divina as recompense com suas bênçãos. Pelo grupo do Juniorato, Irmã Daiana de Oliveira Silva

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Cantinho da Liturgia

Nas últimas décadas, o tema da ecologia vem se impondo com força crescente na vida cotidiana, social e política. Partindo de observação de fenômenos naturais e sociais, completada por pesquisas científicas, chegamos à desconcertante constatação: estamos destruindo o planeta, estamos acabando com o meio ambiente, estamos assim, impossibilitando a continuidade da vida na terra. Muitos continuam apregoando de forma irresponsável a necessidade de crescimento econômico, mesmo à custa do esgotamento e da destruição das reservas naturais indispensáveis a qualquer forma de vida. Na raiz destas atitudes estão, entre outras, a ganância, o consumismo irrefreável, um crasso materialismo, espiritualidades desligadas da realidade social e cósmica, a injusta distribuição dos bens da natureza e da cultura, leis e políticas econômicas equivocadas, a impotência da sociedade em conter a corrupção, a falta de solidariedade... De outro lado, são muitas as pessoas, grupos, organizações, movimentos, institutos de pesquisas, universidades e nações que estão fazendo de tudo para reverter este processo perverso, numa atitude ética responsável. Atualmente, o movimento ecológico aprecia e conta com o reforço das tradições religiosas do mundo inteiro. Afinal, na maioria delas cultiva-se uma mística cósmica, um amor e um respeito profundo pelo meio ambiente e uma responsabilidade em cuidar dele. Entre cristãos, revertemos a interpretação bíblica equivocada que dizia que o ser humano poderia e deveria dominar a natureza; agora compreendemos que se trata de cuidar responsavelmente, administrando com respeito e criatividade os recursos que são limitados. Como a Ecologia está presente e repercute na liturgia?

A preocupação com o meio ambiente e o empenho ecológico, tão decisivo no momento histórico atual, tem a ver com a nossa vida de fé. Afinal, professamos a fé no Deus Criador do céu e da terra, no Filho Redentor e no Espírito Santo criador e vivificador de todas as coisas. Deus fez uma aliança com o gênero humano, fez-se um de nós na pessoa de Jesus de Nazaré e nos reúne num só corpo no amor, pelo Espírito do Ressuscitado que abrange e anima todo o universo, “até que Deus seja tudo em todos”. Sendo a liturgia expressão ritual de nossa fé, celebração do mistério pascal de Jesus Cristo, “cume para o qual tende a ação da Igreja e fonte donde emana toda força”, ela compreende necessariamente, também, entre muitas outras, uma dimensão ecológica como compromisso da aliança que assumimos com o Deus da Vida. Na liturgia, celebramos antecipadamente, com alegria e confiança, o mundo novo, a nova terra e os novos céus, o reino de Deus entre nós. E assim recobramos ânimo para o embate do cotidiano.

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011 Talvez possamos pensar a relação ecologia/liturgia como sendo uma rua de duas mãos. De um lado, ao fazermos uma releitura de nossas ações rituais a partir do enfoque ecológico, a liturgia é enriquecida com novas interpretações. Estas nos levam a uma nova consciência e a novas atitudes espirituais em suas implicações sociais e ecológicas no culto espiritual que somos chamados a viver em nosso dia-a-dia (Rm 12,1-2). E, desta forma, a partir do compromisso selado na liturgia, a ecologia recebe o impulso e o dinamismo da fé cristã, ao assumirmos com amoroso empenho nossa responsabilidade no cuidado com o planeta terra e com todo o cosmo. Olhemos, pois a título de exemplo, algumas expressões litúrgicas (orações, textos bíblicos, gestos e ações simbólicas, hinos e outros cantos...) e destaquemos o substrato ecológico ou eco-teológico destas expressões, que sugerem determinadas atitudes ecológico-espirituais. a) “Deus criou o ser humano à sua imagem... e lhes disse: ‘Sejam fecundos e multipliquem-se, cuidem da terra e de tudo o que ela contém’...” A cada ano ouvimos, na vigília pascal, o solene relato do princípio da criação do mundo, a primeira página da bíblia. Ouvimos Deus fazendo de nós, homens e mulheres, criaturas ‘à sua imagem e semelhança’, seus herdeiros, aliados, co-criadores na deslumbrante tarefa de re-criar o mundo, coresponsável no cuidado para com todas as coisas criadas. Trata-se do cuidado no duplo sentido de manter e fazer desabrochar as potencialidades através de todas as formas de cultura, desde a agricultura até a literatura e a música, desde a arte culinária até às múltiplas e instigantes formas de pesquisas científicas e criativas aplicações técnicas. Tudo nos foi dado, porém, não como donos, e sim colaboradores, chamados a gerenciar este mundo de Deus, conforme a meta que ele estabeleceu e que se encontra de certo modo resumido na primeira parte da oração que Jesus nos ensinou. ‘Santificado seja o vosso nome, venha o vosso Reino, seja feita a vossa vontade’. Não podemos separar criação do mundo e escatologia. Possibilidades da criação e justiça do Reino. Tampouco podemos considerar esta tarefa como sendo confiada a indivíduos isolados, mas à humanidade como um todo; não para o bem de uns poucos, mas de tudo e de todos, em comunhão. A atitude espiritual que isso sugere é a de grato empenho, de responsabilidade comunitária,coletiva, considerando e tratando a terra como a casa de todos.

b) “Tende compaixão de nós Senhor, porque somos pecadores...” No ato penitencial da celebração eucarística, assim como na celebração do sacramento da penitência e em outras celebrações penitenciais, devemos levar em conta a dimensão ecológica de nossa fé e ter lucidez e humildade para confessar: Pecamos, Senhor! Nós nos distanciamos do projeto inicial. Rompemos nossa relação de criaturas e deixamos de dar glória a Ti, ó Deus. Trocamos o olhar de contemplação e de encanto com a natureza por um olhar de cobiça. Em vez de cuidar do planeta, vendemos, desmatamos, destruímos, desperdiçamos... em vez de cuidar da terra para todos, muitos se apoderam dela para enriquecimento próprio. Usamos a terra egoisticamente, privatizamos, roubamos... Não mais reconhecemos a ti, ó Deus, como dono da criação. Não reconhecemos a natureza como sua obra e, destruindo-a, calamos o Cântico das Criaturas.

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Informando – Janeiro/ Fevereiro 2011 Tomar consciência de nossa atitude destrutiva é o primeiro passo para reparar o mal praticado e tomar um novo rumo. Por isso, além dos ritos penitenciais rotineiros, sempre que ocorrer um ato grave de agressão à natureza deveríamos – como comunidade cristã – reagir com vigílias de protesto e oração, além de convocar o povo para que seja reparado o dano causado. c) “Vi um novo céu e uma nova terra... o que está sentado no trono declarou então: Eis que faço novas todas as coisas.” Na celebração da páscoa, tudo é novo: fogo novo, novo círio pascal, nova água batismal... E nós também somos renovados na páscoa de Cristo, fazendo a renovação de nossas promessas batismais e participando da ceia da nova aliança, realizada no sangue do novo Cordeiro pascal. Em Cristo, por sua morte e ressurreição, e no dinamismo do Espírito que foi derramado, é possível deixar de lado nossa maneira corrupta de viver e começar uma vida nova. Isto vale também em relação à natureza e todo o cosmo. O mistério pascal, o mistério da nossa salvação em Cristo e no Espírito tem dimensão cósmica. Não somente nós, seres humanos, mas a ‘criação inteira geme e sofre como em dores de parto... Ela vive na esperança de ser ela também libertada da escravidão da corrupção para entrar na liberdade da glória dos filhos de Deus’. Crer na ressurreição de Jesus Cristo é acreditar que o Espírito de Deus está ativamente presente em toda a realidade criada com seu dinamismo criador, vivificante, renovador, para fazer acontecer a renovação pascal da totalidade do universo, incluindo os seres humanos. ‘Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida...’ a vida renovada, recapitulada na páscoa de Cristo. É por isso que, para nós cristãos, assumir a ecologia é uma missão, uma participação, uma cooperação no trabalho do Ressuscitado e do seu Espírito. Nele somos chamados a reverter o quadro de descaso, destruição e corrupção em relação a toda a realidade; somos convocados para restaurar a criação, refazer a aliança com o Deus da VIDA. Nele somos chamados a assumir com alegria, garra e competência o projeto de vida para tudo e para nós. Haveria muitos outros aspectos a serem considerados: Dentre eles a recordação da vida, a homilia e as preces são momentos importantes para lembrar nossa responsabilidade ecológica. Ser cristão é ser comprometido com a vida e isso passa pela busca da melhoria de nossa sociedade, da dignidade humana. Uma sociedade justa e verdadeiramente mais humana só o será se cultivarmos, com zelo, aquilo que o Deus Criador nos confiou: toda a criação!

Revista de Liturgia Colaboração: Irmã Kelle Pereira de Souza

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Nota de Falecimento    

Em 04/01/11 - faleceu Nair de Mattia de Meneck, irmã da Irmã Márcia de Mattia Em 04/02/11 - faleceu Geraldo Rosa de Moura, irmão de Irmã Sônia Rosa de Moura Em 14/02/11 - faleceu Adelina Pacheco, irmã de Irmã Martinha Pacheco Em 14/02/11 - faleceu Evangelista de Araújo Sousa, ex-funcionário do Colégio Jesus de Nazaré Teresina/PI, que trabalhou com nossas Irmãs durante 12 anos.

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