15 DE FEVEREIRO DE 2014

ARTIGOS DE ESTUDO _____________________________________________________________________________________________________

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7-13 DE ABRIL

14-20 DE ABRIL

21-27 DE ABRIL

28 DE ABRIL–4 DE MAIO

Dê honra a Cristo, o glorioso Rei!

Alegre-se com o casamento do Cordeiro!

Jeová — nosso Provisor e Protetor

Jeová — nosso melhor Amigo

PÁGINA 16 CÂNTICOS: 60, 51

PÁGINA 21 CÂNTICOS: 91, 63

PÁGINA 3 CÂNTICOS: 99, 107

PÁGINA 8 CÂNTICOS: 109, 100

ARTIGOS DE ESTUDO __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Dê honra a Cristo, o glorioso Rei! Alegre-se com o casamento do Cordeiro!

ÁUSTRIA CAPA: Essa movimentada praça pública (Michaelerplatz) em Viena é um lugar ideal para falar da mensagem da Bíblia a outras pessoas. Ali, nossa irmã está dando testemunho em chinês, oferecendo o livro O Que a Bíblia Realmente Ensina?. ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐

PUBLICADORES

20.923

O Rei messiânico, Jesus Cristo, cinge sua espada e cavalga para derrotar seus inimigos. Depois de completar sua vitória, ele se casa com uma bela noiva, que é acompanhada por suas companheiras virgens. Esses acontecimentos empolgantes estão descritos no Salmo 45. Veja como eles afetam você. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Jeová — nosso Provisor e Protetor Jeová — nosso melhor Amigo O que pode aumentar nosso apreço por Jeová como nosso Pai celestial? Esses artigos nos ajudarão a fortalecer nossa relação com Jeová como nosso Provisor, Protetor e melhor Amigo. Também nos motivarão a ajudar outros a honrá-lo.

PIONEIROS

2.201 ESTUDOS BÍBLICOS

10.987 ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐

TAMBÉM NESTE NÚMERO __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13 A viúva de Sarefá foi recompensada por sua fé __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

26 Perguntas dos Leitores

Em Viena, as boas novas do Reino estão sendo pregadas em 25 idiomas.

®

˜ ˜ ´ Esta publicac¸ ao nao e vendida. Ela faz parte de uma obra edu´ cativa bıblica, mundial, mantida por donativos. A menos que haja ˜ ´ ˜ ˜ outra indicac¸ ao, os textos bıblicos citados sao da Traduc¸ ao do ˆ Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referencias.

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28 Contemple “a afabilidade de Jeová” __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

30 De Nossos Arquivos

February 15, 2014 Vol. 135, No. 4 Semimonthly PORTUGUESE (Brazilian Edition)

´ ˜ ´ A Sentinela e publicada quinzenalmente pela Associac¸ ao Torre de Vigia de Bıblias e Tratados. ´ ´ ´ Sede e grafica: Rodovia SP-141, km 43, Cesario Lange, SP, 18285-901. Diretor responsavel: ´ A. S. Machado Filho. Revista registrada sob o numero de ordem 514. 5 2014 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania. Todos os direitos reservados. Impressa no Brasil.

Dê honra a Cristo, o glorioso Rei! “No teu esplendor prossegue [à vitória].”

— SAL. 45:4.

UM REI glorioso cavalga pela causa da verdade e da justiça para derrotar seus inimigos. Depois da vitória final sobre eles, esse rei se casa com uma bela noiva. Em todas as gerações seguintes, as pessoas se lembram dele e o louvam. Esse é o tema básico do Salmo 45. 2Mas esse salmo é muito mais do que uma história empolgante com um final feliz. Os acontecimentos mencionados nele têm significado para nós. Eles afetam nossa vida hoje e o nosso futuro. Então, vamos analisar com atenção esse salmo. “MEU CORAÇÃO PALPITA POR CAUSA DE UM ASSUNTO BOM” 3 Leia Salmo 45:1. “Um assunto bom” que faz o coração do salmista ‘palpitar’ se refere a um rei. O verbo hebraico traduzido ‘palpitar’ originalmente significava “borbulhar”, ou “ferver”. Esse assunto fez o coração do salmista “ferver” de entusiasmo e sua língua se tornar “o estilo de um destro copista”.

1, 2. Por que o Salmo 45 é de interesse para nós? 3, 4. (a) O que é “um assunto bom” que nos interessa hoje, e que efeito

tem em nosso coração? (b) De que modo nossos “trabalhos se referem a um rei”, e em que sentido nossa língua se torna como “o estilo de um destro copista”? 15 DE FEVEREIRO DE 2014

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PONTOS PRINCIPAIS A LEMBRAR ________________________________________________________________________________________________________________________________

De que maneiras Jeová ungiu Jesus mais do que aos “associados” dele?

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Quando e como Jesus cingiu sua espada pela primeira vez, e quando ele a usará de novo?

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Qual é a maior verdade que Jesus Cristo, o Rei-Guerreiro, defende?

4Que dizer de nós? As boas novas do Reino messiânico são “um assunto bom” que toca nosso coração. A mensagem do Reino se tornou especialmente ‘boa’ em 1914. Desde então, essa mensagem não se refere mais a um Reino futuro, mas a um governo real que está em vigor no céu. Essas são as “boas novas do reino”

Nós proclamamos com alegria as boas novas a respeito de nosso Rei Jesus Cristo que pregamos “em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações”. (Mat. 24:14) Será que nosso coração “palpita” por causa da mensagem do Reino? Pregamos as boas novas do Reino com zelo? Assim como o salmista, nossos “trabalhos se referem a um rei” — nosso Rei Jesus Cristo. Nós proclamamos que ele é o entronizado Rei celestial do Reino messiânico. Além disso, convidamos todas as pessoas — sejam elas governantes, sejam súditos — a se sujeitar ao reinado dele. (Sal. 2:1, 2, 4-12) E nossa língua se torna “o estilo de um destro copista” no sentido de que fazemos amplo uso da Palavra escrita de Deus em nossa pregação. ‘ENCANTO É DESPEJADO SOBRE OS LÁBIOS DO REI’

Leia Salmo 45:2. As Escrituras não dizem quase nada sobre a aparência física de Jesus. Como homem perfeito, ele com certeza era “bonito”. Mas sua extraordiná5

5. (a) De que maneiras Jesus era “bonito”? (b) Em

que sentido ‘encanto era despejado sobre os lábios do Rei’, e como podemos seguir seu exemplo?

4

ria beleza era resultado de sua fidelidade a Jeová e de sua integridade inquebrantável. Além disso, quando pregava a mensagem do Reino, Jesus falava com “encanto”, usando palavras que cativavam seus ouvintes. (Luc. 4:22; João 7:46) E nós? Será que nos esforçamos para seguir o exemplo dele em nossa pregação e tentamos usar palavras que tocam o coração das pessoas? — Col. 4:6. 6Por causa da devoção de todo o coração de Jesus, Jeová o abençoou durante seu ministério na Terra e o recompensou após sua morte sacrificial. O apóstolo Paulo escreveu: “Quando [Jesus] se achou na feição de homem, humilhou-se e tornouse obediente até à morte, sim, morte numa estaca de tortura. Por esta mesma razão, também, Deus o enalteceu a uma posição superior e lhe deu bondosamente o nome que está acima de todo outro nome, a fim de que, no nome de Jesus, se dobre todo joelho dos no céu, e dos na terra, e dos debaixo do chão, e toda língua reconheça abertamente que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus, o Pai.” (Fil. 2:8-11) Jeová abençoou Jesus “por tempo indefinido” por ressuscitá-lo para a vida imortal. — Rom. 6:9. O REI SE TORNA MAIOR DO QUE SEUS “ASSOCIADOS”

Leia Salmo 45:6, 7. Por causa do grande amor de Jesus pela justiça e de seu ódio por qualquer coisa que pudesse desonrar seu Pai, Jeová o ungiu como Rei do Reino messiânico. Jesus foi ungido “com óleo de exultação” mais do que seus “associados”, os reis de Judá da linhagem de 7

6. Como Deus abençoou Jesus “por tempo indefi-

nido”? 7. De que maneiras Deus ungiu Jesus mais do que aos “associados” dele? A SENTINELA

Davi. Como assim? Primeiro, Jesus foi ungido pelo próprio Jeová. Segundo, Jeová o ungiu como Rei e como Sumo Sacerdote. (Sal. 2:2; Heb. 5:5, 6) Terceiro, Jesus não foi ungido com óleo, mas com espírito santo, e seu reinado não é terrestre, mas celestial. 8Jeová entronizou seu Filho como seu Rei messiânico no céu em 1914. Visto que ‘o cetro de seu reinado é um cetro de retidão’, é garantido que haverá justiça e igualdade em seu governo. Sua autoridade é legítima, pois ‘Deus é o seu trono’. Em outras palavras, Jeová é a base de seu reinado. Além disso, o trono de Jesus durará “por tempo indefinido, para todo o sempre”. Você não sente orgulho de servir a Jeová sob o governo de um Rei tão poderoso, designado por Deus? O REI ‘CINGE SUA ESPADA’

Leia Salmo 45:3. Jeová instrui seu Rei a ‘cingir sua espada’, autorizando assim Jesus a travar guerra contra todos que se opõem à soberania de Deus e a destruí-los, aplicando o julgamento Dele. (Sal. 110:2) Visto que Cristo é um Rei-Guerreiro invencível, a expressão “ó poderoso” é usada para se dirigir a ele. Ele cingiu sua espada em 1914 e derrotou Satanás e seus demônios, expulsando-os do céu e confinando-os à Terra. — Rev. 12:7-9. 10 Esse foi apenas o início da cavalgada vitoriosa do Rei. Ele ainda precisa “completar a sua vitória”. (Rev. 6:2) Os julgamentos de Jeová ainda precisam ser executados contra todos os elementos deste 9

8. Por que é garantido que haverá justiça no reina-

do de Jesus, e por que podemos dizer que ‘Deus é o seu trono’? 9, 10. (a) Quando Cristo cingiu sua espada, e como ele a usou imediatamente? (b) Como Cristo ainda usará sua espada? 15 DE FEVEREIRO DE 2014

mundo, e a influência de Satanás e seus demônios precisa ser removida. O primeiro elemento a ser eliminado será Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. É do propósito de Jeová usar os governantes políticos para destruir essa perversa “meretriz”. (Rev. 17:16, 17) Em seguida, o Rei-Guerreiro voltará sua atenção para o sistema político de Satanás, reduzindo-o a nada. Cristo, que também é chamado de “o anjo do abismo”, completará então sua vitória por lançar Satanás e seus demônios num abismo. (Rev. 9:1, 11; 20:1-3) Vejamos como o Salmo 45 profetiza esses acontecimentos empolgantes. O REI CAVALGA “NA CAUSA DA VERDADE”

11Leia Salmo 45:4. O objetivo do ReiGuerreiro não é ocupar territórios nem dominar povos. Ele trava uma guerra justa com objetivos nobres. Ele cavalga ‘na causa da verdade, da humildade e da justiça’. A maior verdade que deve ser defendida é a da soberania universal de Jeová. Satanás desafiou a legitimidade do governo de Jeová quando se rebelou contra Ele. Desde então, a soberania divina tem sido questionada por demônios e humanos. Chegou a hora para o Rei ungido de Jeová cavalgar a fim de estabelecer a verdade da soberania de Jeová de uma vez por todas. 12O Rei também cavalga ‘na causa da humildade’. Como Filho unigênito de Deus, ele mesmo tem dado um excelente exemplo de humildade e sujeição leal à soberania de seu Pai. (Isa. 50:4, 5; João 5:19) Todos os súditos leais do Rei devem seguir seu exemplo e humildemente se 11. Em que sentido Cristo “cavalga na causa da

verdade”? 12. De que modo o Rei cavalga ‘na causa da humildade’?

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sujeitar à soberania de Jeová em todas as coisas. Apenas os que fazem isso poderão viver no prometido novo mundo de Deus. — Zac. 14:16, 17. 13Cristo também sai cavalgando com destemor ‘na causa da justiça’. Essa justiça que o Rei defende é “a justiça de Deus” — os padrões de Jeová do que é certo e do que é errado. (Rom. 3:21; Deut. 32:4) Isaías profetizou o seguinte sobre o Rei Jesus Cristo: “Um rei reinará para a própria justiça.” (Isa. 32:1) O reinado de Jesus trará os prometidos “novos céus” e “nova terra”, onde “há de morar a justiça”. (2 Ped. 3:13) Todos os habitantes desse novo mundo terão de obedecer aos padrões de Jeová. — Isa. 11:1-5. O REI REALIZA “COISAS ATEMORIZANTES”

14À medida que cavalga, o Rei tem a espada cingida. (Sal. 45:3) Mas chegará a hora de ele pegar a espada e empunhála com a mão direita. O salmista profetizou que a direita de Jesus realizará “coisas atemorizantes”. (Sal. 45:4) Quando Jesus Cristo cavalgar para executar os julgamentos de Jeová no Armagedom, ele realizará “coisas atemorizantes” contra seus inimigos. Não sabemos exatamente que meios ele usará para destruir o sistema de Satanás. Mas essa ação causará terror no coração das pessoas que não tiverem acatado o aviso divino de se submeter ao governo do Rei. (Leia Salmo 2:11, 12.) Em sua profecia a respeito do tempo do fim, Jesus disse que as pessoas ‘ficariam desalentadas de temor e na expectativa das coisas que viriam sobre a terra habitada, porque 13. Como Cristo sai cavalgando ‘na causa da jus-

tiça’? 14. Como a direita de Cristo realizará “coisas atemorizantes”? (Veja a gravura no início do artigo.)

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os poderes dos céus seriam abalados’. Daí, acrescentou: “E então verão o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória.” — Luc. 21:26, 27. 15 Anunciando a vinda do Rei “com poder e grande glória” para executar julgamento, o livro de Revelação diz: “Eu vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. E o sentado nele chama-se Fiel e Verdadeiro, e ele julga e guerreia em justiça. Seguiamno também os exércitos que havia no céu, montados em cavalos brancos, e eles se trajavam de linho fino, branco e puro. E da sua boca se estende uma longa espada afiada, para que golpeie com ela as nações, e ele as pastoreará com vara de ferro. Ele pisa também o lagar de vinho da ira do furor de Deus, o Todo-poderoso.” — Rev. 19:11, 14, 15. 16Quem serão os guerreiros que farão parte dos “exércitos” celestiais que acompanharão Cristo na batalha? Quando Jesus cingiu sua espada pela primeira vez para expulsar Satanás e seus demônios do céu, ele estava acompanhado de “seus anjos”. (Rev. 12:7-9) Parece lógico concluir que, na guerra do Armagedom, os santos anjos farão parte dos exércitos de Cristo. Será que esses exércitos incluirão outros? Jesus fez a seguinte promessa a seus irmãos ungidos: “Àquele que vencer e observar as minhas ações até o fim, eu darei autoridade sobre as nações, e ele pastoreará as pessoas com vara de ferro, de modo que serão despedaçadas como vasos de barro, assim como recebi de meu Pai.” (Rev. 2:26, 27) Assim, os exércitos celestiais de Cristo também incluirão seus irmãos ungidos, que então já terão recebido sua recompensa celestial. Esses corre15, 16. Quem fará parte dos “exércitos” que

acompanharão Cristo na batalha? A SENTINELA

gentes ungidos estarão ao lado de Cristo quando ele realizar “coisas atemorizantes” ao pastorear as nações com vara de ferro. O REI COMPLETA SUA VITÓRIA

Leia Salmo 45:5. O Rei está montado num cavalo branco, o que representa uma guerra limpa e justa aos olhos de Jeová. (Rev. 19:11) Além da espada, Jesus tem um arco. Lemos: “Eu vi, e eis um cavalo branco; e o que estava sentado nele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para completar a sua vitória.” (Rev. 6:2) Tanto a espada como o arco representam os meios que Cristo usará para executar julgamento contra seus inimigos. 18Em linguagem poética, o salmista profetizou que as flechas do Rei “são agudas [ou afiadas]”, atingindo o ‘coração dos seus inimigos’ e fazendo ‘cair povos’ diante dele. A matança abrangerá a Terra inteira. A profecia de Jeremias predisse: “Os mortos por Jeová certamente virão a estar naquele dia de uma extremidade da terra até à outra extremidade da terra.” (Jer. 25:33) Uma profecia paralela diz: “Eu vi também um anjo em pé no sol, e ele clamou com voz alta e disse a todas as aves que voam pelo meio do céu: ‘Vinde para cá, ajuntai-vos para a grande refeição noturna de Deus, para comerdes as carnes de reis, e as carnes de comandantes militares, e as carnes de homens fortes, e as carnes de cavalos e dos sentados neles, e as carnes de todos, tanto de homens livres como de escravos, e de pequenos e de grandes.’” — Rev. 19:17, 18. 17

17. (a) O que o cavalo branco em que Cristo está

montado representa? (b) O que a espada e o arco simbolizam? 18. Por que se pode dizer que as “flechas” que Cristo usará são afiadas? 15 DE FEVEREIRO DE 2014

As aves serão convidadas a limpar a Terra (Veja o parágrafo 18.)

19Depois de destruir o perverso sistema de Satanás na Terra, Cristo, ‘em seu esplendor’, ‘prosseguirá ao bom êxito [ou à vitória]’. (Sal. 45:4) Ele completará sua vitória por lançar Satanás e seus demônios no abismo, mantendo-os aprisionados durante todo o Reinado Milenar. (Rev. 20:2, 3) Uma vez que o Diabo e seus anjos estiverem nessa condição de inatividade semelhante à morte, os habitantes da Terra ficarão livres da influência satânica e conseguirão se sujeitar plenamente ao vitorioso e glorioso Rei. Mas, antes de verem a Terra ser transformada aos poucos num paraíso, eles terão outro motivo para se alegrar com seu Rei e os associados dele. Essa ocasião alegre será considerada no próximo artigo. 19. De que modo Cristo ‘prosseguirá ao bom êxi-

to’, ou completará sua vitória?

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Alegre-se com o casamento do Cordeiro! “Alegremo-nos e estejamos cheios de alegria . . . porque chegou o casamento do Cordeiro.” — REV. 19:7. PONTOS PRINCIPAIS A LEMBRAR ________________________________________________________________________________________________________________________________

No casamento do Cordeiro, quem é a noiva, e como Cristo a preparou para essa ocasião?

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Quando o casamento do Cordeiro será realizado?

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Como sabemos que as “outras ovelhas” participarão da alegria universal relacionada ao casamento do Cordeiro?

OS PREPARATIVOS para um casamento sempre tomam tempo. Mas o casamento que consideraremos neste artigo é muito especial e seus preparativos já estão em andamento há uns 2 mil anos. Trata-se do casamento de um rei. E o dia para o noivo se unir à sua noiva se aproxima rapidamente. Em breve, uma música alegre será ouvida em todo o palácio do Rei, e multidões celestiais cantarão: “Louvai a Jah, porque Jeová, nosso Deus, o Todo-poderoso, tem começado a reinar. Alegremo-nos e estejamos cheios de alegria, e demos-lhe a glória, porque chegou o casamento do Cordeiro e a sua esposa já se preparou.” — Rev. 19:6, 7. 2“O Cordeiro”, cujo casamento será motivo de alegria no céu, não é outro senão Jesus Cristo. (João 1:29) Como ele estará vestido para o casamento? Quem é sua noiva? Como ela tem sido preparada para o casamento? Quando ocorrerá o casamento? Esse evento será motivo de alegria no céu, mas será que os que têm esperança de viver para sempre na Terra 1, 2. (a) Que casamento será motivo especial de alegria no céu? (b) Que

perguntas surgem?

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A SENTINELA

também participarão dessa alegria? Com vívida expectativa, consideraremos essas perguntas ao continuar nossa análise do Salmo 45. SUAS VESTES ESTÃO PERFUMADAS

3Leia Salmo 45:8, 9. O Noivo, Jesus Cristo, veste sua gloriosa roupa real de casamento. De modo apropriado, ela exala uma fragrância agradável semelhante à dos “mais seletos perfumes”, como mirra e cássia, que faziam parte dos ingredientes do óleo de santa unção usado em Israel. — Êxo. 30:23-25. 4 Ao se aproximar o casamento, a música celestial que é ouvida em todo o palácio aumenta a alegria do Noivo. Sua alegria é compartilhada pela “consorte real”, a parte celestial da organização de Deus, que inclui as “filhas de reis”, ou seja, os santos anjos. Como é emocionante ouvir vozes celestiais declararem: “Alegremo-nos e estejamos cheios de alegria . . . porque chegou o casamento do Cordeiro”! A NOIVA É PREPARADA PARA O CASAMENTO

Leia Salmo 45:10, 11. Nós já sabemos quem é o Noivo, mas quem é a noiva? Trata-se de uma noiva composta, formada pelos 144 mil membros da congregação ungida, que tem a Jesus como Cabeça. (Leia Efésios 5:23, 24.) Esses cristãos ungidos com espírito farão parte do Reino messiânico de Cristo. (Luc. 12:32) Eles “estão seguindo o Cordeiro para onde quer que ele vá”. (Rev. 14:1-4) Eles se tornam “a esposa do Cordeiro” e residem com ele em sua morada celestial. — Rev. 21:9; João 14:2, 3. 5

3, 4. (a) O que se pode dizer sobre as vestes do

Noivo, e o que aumenta sua alegria? (b) Quem são as “filhas de reis” e a “consorte real”, que compartilham da alegria do Noivo? 5. Quem é “a esposa do Cordeiro”? 15 DE FEVEREIRO DE 2014

6A noiva é mencionada não apenas como “filha”, mas também como “a filha do rei”. (Sal. 45:13) Quem é esse “rei”? Os cristãos ungidos são adotados como “filhos” de Jeová. (Rom. 8:15-17) Visto que se tornarão uma noiva celestial, os ungidos são instruídos a ‘se esquecer do seu povo e da casa de seu pai [terrestre]’. Eles devem manter a ‘mente fixa nas coisas de cima, não nas coisas sobre a terra’. — Col. 3:1-4. 7 Ao longo dos séculos, Cristo tem preparado sua noiva para o casamento celestial. O apóstolo Paulo explicou que Cristo “amou a congregação e se entregou por ela, para que a santificasse, purificando-a com o banho de água por meio da palavra, a fim de que apresentasse a congregação a si mesmo em todo o seu esplendor, não tendo nem mancha nem ruga, nem qualquer dessas coisas, mas para que fosse santa e sem mácula”. (Efé. 5:2527) Paulo disse o seguinte aos cristãos ungidos na antiga Corinto: “Estou ciumento de vós com ciúme piedoso, porque eu, pessoalmente, vos prometi em casamento a um só marido, a fim de vos apresentar como virgem casta ao Cristo.” (2 Cor. 11:2) O Rei-Noivo, Jesus Cristo, aprecia a “lindeza” espiritual de sua noiva. E a noiva o reconhece como seu “senhor” e ‘se curva diante dele’ como seu futuro marido. A NOIVA É “LEVADA AO REI”

Leia Salmo 45:13, 14a. A noiva é descrita como “gloriosa” para o casamento 8

6. Por que os ungidos são mencionados como “a

filha do rei”, e por que eles são orientados a ‘se esquecer do seu povo’? 7. (a) Como Cristo tem preparado sua noiva? (b) Como a noiva encara seu futuro marido? 8. Por que é apropriado que a noiva seja descrita como “gloriosa”?

9

10 Leia Revelação 19:7. Quando o casamento do Cordeiro será realizado? Embora ‘sua esposa já esteja preparada’ para se casar, o que é dito na sequência do relato não se refere ao casamento. Na verdade, é uma descrição vívida da fase final da grande tribulação. (Rev. 19:11-21) Será que isso significa que o casamento é realizado antes de o Rei-Noivo completar sua vitória? Não. As visões do livro de Revelação não são apresentadas em ordem cro-

nológica. No Salmo 45, o casamento real ocorre depois que o Rei Jesus Cristo cinge sua espada e “prossegue [à vitória]” sobre seus inimigos. — Sal. 45:3, 4. 11Podemos então concluir que os acontecimentos seguirão a seguinte ordem: primeiro, haverá a destruição da “grande meretriz”, Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. (Rev. 17:1, 5, 16, 17; 19:1, 2) Daí, Cristo executará os julgamentos de Deus contra o resto do sistema perverso de Satanás na Terra por destruí-lo no Armagedom, “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. (Rev. 16:14-16; 19:19-21) Finalmente, o Rei-Guerreiro completará sua vitória por lançar Satanás e seus demônios no abismo, onde ficarão numa condição de inatividade semelhante à morte. — Rev. 20:1-3. 12À medida que os cristãos ungidos terminam sua carreira terrestre durante a presença de Cristo, eles são ressuscitados para a vida celestial. Algum tempo após a destruição de Babilônia, a Grande, Jesus reunirá consigo todos os membros restantes da classe da noiva. (1 Tes. 4:16, 17) Assim, antes do início da guerra do Armagedom, todos os membros da “noiva” estarão no céu. Depois dessa guerra, o casamento do Cordeiro poderá ser realizado. Sem dúvida, será uma ocasião de muita alegria! “Felizes os convidados à refeição noturna do casamento do Cordeiro”, diz Revelação 19:9. De fato, os 144 mil membros da classe da noiva ficarão felizes. E o Rei-Noivo ficará radiante de alegria por ter todos os seus associa-

9. Quem é o “rei” a quem a noiva é levada? Como

11. Em que ordem Cristo completará sua vitória?

a noiva está vestida? 10. De acordo com o Salmo 45, quando o casamento do Cordeiro será realizado?

12, 13. (a) Quando será realizado o casamento

real. Em Revelação 21:2, ela é comparada a uma cidade, “Nova Jerusalém”, e é “adornada para seu marido”. Essa cidade celestial tem “a glória de Deus” e um resplendor “semelhante a uma pedra mui preciosa, como pedra de jaspe, brilhando como cristal”. (Rev. 21:10, 11) A glória da Nova Jerusalém é belamente descrita no livro de Revelação. (Rev. 21:18-21) Não é de admirar que o salmista retrate a noiva como “gloriosa”. Afinal, o casamento real será realizado no céu! 9A noiva é levada ao Noivo — o Rei messiânico. Ele a preparou, “purificando-a com o banho de água por meio da palavra”. Ela é “santa e sem mácula”. (Efé. 5:26, 27) Ela precisa também estar vestida de modo apropriado para a ocasião. E está mesmo! De fato, a vestimenta da noiva “está com engastes [ou adornos] de ouro”, e ela é levada ao rei em vestes belamente tecidas. Para o casamento do Cordeiro, foi concedido a ela “vestir-se de linho fino, resplandecente e puro, pois o linho fino representa os atos justos dos santos”. — Rev. 19:8. “CHEGOU O CASAMENTO”

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do Cordeiro? (b) No céu, quem se alegrará com o casamento do Cordeiro? A SENTINELA

O casamento do Cordeiro trará alegria para as ‘companheiras virgens’ da noiva (Veja o parágrafo 16.)

dos reais simbolicamente ‘comendo e bebendo à sua mesa, no seu Reino’. (Luc. 22:18, 28-30) Mas não serão apenas o Noivo e sua noiva que ficarão felizes com o casamento do Cordeiro. 13Como já vimos antes, multidões celestiais cantarão unidas: “Alegremo-nos e estejamos cheios de alegria, e demos-lhe [a Jeová] a glória, porque chegou o casamento do Cordeiro e a sua esposa já se preparou.” (Rev. 19:6, 7) Mas que dizer dos servos de Jeová na Terra? Eles também participarão dessa alegria? “SERÃO LEVADAS COM ALEGRIA” 14 Leia Salmo 45:12, 14b, 15. O profeta Zacarias predisse que, no tempo do fim, pessoas das nações se juntariam com pra-

14. Quem são as ‘companheiras virgens’ da noiva

mencionadas no Salmo 45? 15 DE FEVEREIRO DE 2014

zer ao restante do Israel espiritual. Ele escreveu: “Naqueles dias, dez homens dentre todas as línguas das nações agarrarão, sim, agarrarão realmente a aba da veste dum homem judeu, dizendo: ‘Iremos convosco, pois ouvimos que Deus está convosco.’” (Zac. 8:23) No Salmo 45:12, esses simbólicos “dez homens” são descritos como “a filha de Tiro” e “os ricos do povo”. Eles se apresentam ao restante ungido para lhes dar apoio e buscar sua ajuda para servirem a Jeová. Desde 1935, milhões de pessoas têm permitido que o restante ‘os leve à justiça’. (Dan. 12:3) Esses leais companheiros dos cristãos ungidos purificaram sua vida, tornando-se virgens espirituais. Essas ‘companheiras virgens’ da noiva se dedicaram a Jeová e provaram ser súditos fiéis do Rei-Noivo.

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O restante da classe da noiva é especialmente grato a essas ‘companheiras virgens’ pelo seu zelo em ajudá-lo a pregar “estas boas novas do reino” em toda a Terra habitada. (Mat. 24:14) Não só “o espírito e a noiva estão dizendo: ‘Vem!’”, mas os que ouvem também dizem: “Vem!” (Rev. 22:17) De fato, as “outras ovelhas” ouviram os membros da classe ungida da noiva dizer “Vem!” e se juntaram a eles em dizer “Vem!” em toda a Terra. — João 10:16. 16O restante ungido ama seus companheiros e fica feliz de saber que o Pai do Noivo, Jeová, concedeu a essas outras ovelhas na Terra o privilégio de participar da alegria relacionada ao casamento celestial do Cordeiro. Foi predito que essas ‘companheiras virgens’ seriam “levadas com alegria e júbilo”. As outras ovelhas, que têm a esperança de viver para sempre na Terra, participarão da alegria universal quando o casamento do Cordeiro ocorrer no céu. O livro de Revelação apropriadamente descreve os membros da “grande multidão” como estando “em pé diante do trono e diante do Cordeiro”. Eles prestam serviço sagrado a Jeová no pátio terrestre de seu templo espiritual. — Rev. 7:9, 15. 15

“EM LUGAR DE TEUS ANTEPASSADOS VIRÁ A HAVER TEUS FILHOS”

17Leia Salmo 45:16. As ‘companheiras virgens’ da noiva celestial de Cristo terão ainda outro motivo para se alegrar quando virem os frutos desse casamento no novo mundo. O Rei-Noivo voltará sua aten15. Como as ‘companheiras virgens’ têm traba-

lhado junto com os da classe da noiva que ainda estão na Terra? 16. Que privilégio Jeová concedeu às outras ovelhas? 17, 18. Em que sentido o casamento do Cordeiro dará frutos, e para quem Cristo se tornará um pai durante seu Reinado Milenar?

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ção para a Terra e ressuscitará seus “antepassados” terrestres, que se tornarão seus “filhos” terrestres. (João 5:25-29; Heb. 11:35) Dentre esses ressuscitados, ele designará “príncipes em toda a terra”. Sem dúvida, Cristo também designará outros dentre os fiéis anciãos de hoje para tomar a dianteira no novo mundo. — Isa. 32:1. 18 Durante seu Reinado Milenar, Cristo também se tornará um pai para outras pessoas. Todos os habitantes da Terra que receberem vida eterna a terão recebido porque exerceram fé no sacrifício de resgate de Jesus. (João 3:16) Ele se tornará assim o “Pai Eterno” deles. — Isa. 9:6, 7. MOTIVADOS A ‘FAZER MENÇÃO DO NOME’ DELE

19Leia Salmo 45:1, 17. Não há dúvida de que os acontecimentos registrados no Salmo 45 são de interesse para todos os cristãos. O restante ungido na Terra fica maravilhado com a perspectiva de em breve se unir no céu com seus irmãos e seu Noivo. As outras ovelhas se sentem motivadas a ser cada vez mais submissas ao seu glorioso Rei e são gratas pelo privilégio de estar associadas com os membros da classe da noiva que ainda estão na Terra. Depois de seu casamento, Cristo e seus associados do Reino derramarão bênçãos indescritíveis sobre os habitantes da Terra. — Rev. 7:17; 21:1-4. 20Quando pensamos no futuro e no cumprimento de “um assunto bom” a respeito do Rei messiânico, não nos sentimos motivados a ‘fazer menção do seu nome’? Que estejamos entre aqueles que ‘elogiarão o Rei por tempo indefinido, para todo o sempre’! 19, 20. Como os acontecimentos empolgantes

mencionados no Salmo 45 afetam todos os cristãos hoje? A SENTINELA

A viúva de Sarefá foi recompensada por sua fé

UMA viúva pobre abraça seu filho, seu único filho. Ela não consegue acreditar no que está vendo. Pouco antes, ela havia abraçado carinhosamente o corpo sem vida do menino. Mas agora, olha emocionada para seu filho ressuscitado, que sorri para ela. ‘Veja’, diz seu hóspede, ‘seu filho está vivo’. Esse evento comovente aconteceu há quase 3 mil anos. Você pode encontrar esse relato em 1 Reis, capítulo 17. O hóspede é o profeta Elias. E quem é a mãe? É uma viúva da cidade de Sarefá, de quem a Bíblia não menciona o nome. Para essa mulher, a ressurreição de seu filho foi um dos momentos que mais fortaleceram sua fé. Se prestarmos atenção ao que essa viúva fez, poderemos aprender importantes lições. ELIAS ENCONTRA UMA VIÚVA QUE TINHA FÉ

Jeová determinou um longo período de seca em todo o território governado por Acabe, o perverso rei de Israel. Depois de Elias ter anunciado que a seca aconteceria, Deus o escondeu do rei e milagrosamente usou corvos para levar pão e carne ao profeta. Então, Jeová disse a Elias: “Levanta-te, vai a Sarefá, que pertence a Sídon, e lá tens de morar. Eis que lá hei de mandar [que] uma mulher, uma viúva, . . . te supra de alimento.” — 1 Reis 17:1-9. Quando Elias chegou a Sarefá, avistou uma viúva pobre apanhando madeira. Talvez ele tenha pensado: ‘Será que essa é a mulher de quem Jeová falou? Como é que ela vai me dar alimento, sendo tão pobre?’ Mesmo que tivesse dúvidas, Elias começou a conversar com a mulher: “Por favor, dá-me um gole de água . . . para que eu beba.” Quando ela estava indo buscar a água, Elias disse: “Por favor, trazeme um pedaço de pão.” (1 Reis 17:10, 11) Para a viúva, não era difícil conseguir um

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Nem todos os adoradores de Baal que moravam em Sarefá eram totalmente ruins. Por enviar Elias à viúva, Jeová mostrou que repara nas pessoas de coração sincero que ainda não servem a Ele. Realmente, “em cada nação, o homem que o teme e que faz a justiça lhe é aceitável”. — Atos 10:35. Quantas pessoas em seu território talvez sejam como a viúva de Sarefá? Embora estejam rodeadas por adeptos da religião falsa, pode ser que elas desejem algo melhor. Talvez tenham pouco ou nenhum conhecimento sobre Jeová e, por isso, vão precisar de ajuda para seguir a adoração verdadeira. Você está tentando encontrar e ajudar essas pessoas? ‘PRIMEIRO, FAÇA PARA MIM UM PEQUENO PÃO REDONDO’

A fé que a viúva tinha no Deus de Elias, Jeová, salvou a vida dela e a de seu filho

pouco de água, mas conseguir pão já não seria tão fácil. Ela respondeu: “Assim como vive Jeová, teu Deus, não tenho [pão], mas tenho um punhado de farinha num jarro grande e um pouco de azeite numa bilha pequena; e eis que estou ajuntando uns gravetos, e tenho de ir e fazer algo para mim e para meu filho, e vamos ter de comê-lo e morrer.” (1 Reis 17:12) O que essa conversa revela? A viúva identificou Elias como um israelita que servia a Deus. Ela disse: “Assim como vive Jeová, teu Deus.” Parece que a viúva tinha algum conhecimento sobre o Deus de Israel, mas não a ponto de chamar Jeová de “meu Deus”. Ela morava em Sarefá, cidade fenícia que, pelo visto, era dependente de Sídon. É bem provável que os habitantes de Sarefá fossem adoradores de Baal. Ainda assim, Jeová tinha visto algo especial nessa mulher. Embora morasse entre idólatras, a viúva de Sarefá demonstrou ter fé em Jeová. Deus se preocupou tanto com o bem-estar dela, quanto com o bem-estar de Elias, quando o enviou a Sarefá. Isso nos ensina uma importante lição.

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Pense bem no que Elias pediu à viúva. Ela havia acabado de dizer que só tinha o suficiente para uma última refeição antes que ela e seu filho morressem de fome. Mesmo sabendo disso, o que Elias falou? “Não tenhas medo. Entra, segundo a tua palavra. Apenas faze-me primeiro daquilo que houver um pequeno [pão] redondo e tens de trazer-mo para fora, e depois podes fazer alguma coisa para ti e para teu filho. Pois assim disse Jeová, o Deus de Israel: ‘O próprio jarro grande de farinha não se esgotará, e a própria bilha pequena de azeite não ficará carente até o dia em que Jeová der um aguaceiro sobre a superfície do solo.’” — 1 Reis 17:11-14. ‘Abrir mão de nossa última refeição? Nem pensar!’, diriam alguns. Mas essa viúva não reagiu assim. Apesar de não conhecer bem a Jeová, ela acreditou no que Elias disse e fez o que ele pediu. Que enorme prova de fé — e como foi sábia a decisão que essa mulher tomou! Deus não abandonou aquela viúva pobre. Assim como Elias prometeu, Jeová multiplicou aqueles poucos mantimentos para que ela, seu filho e Elias tivessem o que comer até a seca passar. De fato, “o próprio jarro grande de farinha não se esgotou, e a própria bilha pequena de azeite não ficou carente, segundo a palavra de Jeová, que ele havia falado por intermédio de Elias”. (1 Reis 17:16; 18:1) Se essa mulher tivesse tomado outra decisão, o peA SENTINELA

queno pão redondo feito com a farinha e o azeite restantes poderia ter sido sua última refeição. Mas ela teve fé, confiou em Jeová e alimentou Elias primeiro. O que aprendemos disso? Aprendemos que Deus abençoa os que mostram ter fé nele. Então, se você demonstrar ter fé quando sua integridade for provada, Jeová vai cuidar de você. Ele será seu Provisor, Protetor e Amigo, e vai ajudá-lo a lidar com as provações. — Êxo. 3:13-15. Em 1898, a revista Zion’s Watch Tower (A Torre de Vigia de Sião) fez a seguinte aplicação da história da viúva: “Se a mulher tivesse a fé necessária para obedecer, então seria considerada digna de receber a ajuda do Senhor por meio do Profeta; se ela não exercesse tal fé, é possível que outra viúva que mostrasse ter fé fosse escolhida. Assim se dá conosco; nas várias etapas da jornada da vida, o Senhor nos leva a uma situação onde nossa fé é provada. Se exercermos fé, nós receberemos uma bênção; se não, perderemos essa bênção.” Toda vez que enfrentamos uma provação, precisamos buscar a orientação divina contida nas Escrituras e em nossas publicações bíblicas. Daí, devemos agir de acordo com a orientação de Jeová, mesmo que aceitá-la seja difícil. Com certeza, seremos abençoados se agirmos conforme este sábio provérbio: “Confia em Jeová de todo o teu coração e não te estribes na tua própria compreensão. Nota-o em todos os teus caminhos, e ele mesmo endireitará as tuas veredas.” — Pro. 3:5, 6. ‘CHEGASTE PARA FAZER MORRER MEU FILHO’

A fé da viúva seria novamente posta à prova. O relato bíblico continua: “Depois destas coisas, aconteceu que o filho da mulher, dona da casa, ficou doente, e a sua doença tornou-se tão severa que não sobrou nele fôlego.” A mãe, aflita e procurando uma explicação para essa tragédia, disse a Elias: “Que tenho eu contigo, ó homem do verdadeiro Deus? Chegaste a mim para lembrar-me do meu erro e para fazer morrer meu filho.” (1 Reis 17:17, 18) O que essas palavras de angústia significam? 15 DE FEVEREIRO DE 2014

Será que a mulher se lembrou de algum pecado que perturbava sua consciência? Será que ela pensou que a morte do seu filho tinha sido um castigo divino e que Elias era o mensageiro da morte enviado por Deus? A Bíblia não entra em detalhes, mas uma coisa é certa: em nenhum momento a viúva acusou a Deus de ser injusto. Elias deve ter ficado muito abalado quando soube da morte do menino e quando percebeu que a viúva relacionou a presença dele com aquele acontecimento trágico. Depois de carregar o corpo inerte do menino para o quarto no terraço da casa, Elias exclamou: “Ó Jeová, meu Deus, é também à viúva com que resido como forasteiro que tens de trazer prejuízo, fazendo-lhe morrer o filho?” Para o profeta, era insuportável pensar que falariam mal do nome de Deus se Ele permitisse que essa mulher bondosa e hospitaleira sofresse ainda mais. Então, Elias implorou a Jeová que fizesse o menino voltar a viver. — 1 Reis 17:20, 21. ‘VEJA, SEU FILHO ESTÁ VIVO’

Jeová escutou a oração de Elias. A viúva tinha cuidado do profeta de Deus e demonstrado ter fé. Pelo visto, Deus não interferiu na doença do menino porque sabia que a ressurreição dessa criança — a primeira ressurreição registrada nas Escrituras — daria esperança às gerações futuras. Depois da súplica de Elias, Jeová trouxe o menino de volta à vida. Imagine a felicidade da viúva quando Elias disse: “Vê, teu filho está vivo”! Daí, a viúva disse a Elias: “Agora sei deveras que és homem de Deus e que a palavra de Jeová na tua boca é verdadeira.” — 1 Reis 17:22-24. O relato de 1 Reis, capítulo 17, não diz mais nada a respeito da viúva. Mas, como Jesus falou dela de modo positivo, é possível que ela tenha se tornado uma serva fiel de Jeová. (Luc. 4:25, 26) A história dessa viúva nos ensina que Deus abençoa os que fazem o bem a seus servos. (Mat. 25:34-40) Além disso, prova que Deus cuida de seus servos fiéis, mesmo quando passam por situações muito difíceis. (Mat. 6:25-34) Esse relato também deixa claro que Jeová tem a vontade e o poder de ressuscitar os mortos. (Atos 24:15) Certamente, essas são ótimas razões para nos lembrarmos da viúva de Sarefá.

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Jeová Nosso Provisor e Protetor “Visto que ele se afeiçoou de mim, eu também o porei a salvo. Protegê-lo-ei por ele ter chegado a conhecer meu nome.” — SAL. 91:14.

COMO RESPONDERIA? ________________________________________________________________________________________________________________________________

Por que podemos dizer que Jeová é o Grande Provisor?

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Qual é o papel de Jesus em reconciliar os humanos com Deus?

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Como Jeová protege aqueles que o amam e o obedecem?

JEOVÁ é o originador da família humana. (Efé. 3:14, 15) Mas, ainda que todos sejamos dessa família, temos características e formações diferentes. Alguns moraram com os pais até se tornarem adultos. Outros perderam seus pais na morte, talvez por causa de uma doença, acidente ou outra tragédia. Ainda outros nem sabem quem são seus pais. 2 Entre os membros da família de adoradores de Jeová, a formação espiritual também pode variar. Você pode ter ‘nascido na verdade’, como dizem alguns, e seus pais inculcaram bons princípios em você. (Deut. 6:6, 7) Ou talvez você esteja entre os milhares de Testemunhas de Jeová que aprenderam a verdade por meio da obra de pregação. — Rom. 10:13-15; 1 Tim. 2:3, 4. 3 Apesar dessas diferenças, todos nós temos algumas coisas em comum. Sofremos as consequências da desobediência de Adão e herdamos a imperfeição, o pecado e a morte. (Rom. 5:12) Mesmo assim, como adoradores de Jeová, podemos nos dirigir a ele como “nosso Pai”. Referindo-se ao povo escolhido 1, 2. Que diferenças existem nas características e na formação de cada

pessoa? 3. O que todos nós temos em comum?

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A SENTINELA

de Deus nos tempos antigos, Isaías 64:8 diz: “Ó Jeová, tu és nosso Pai.” Além disso, Jesus iniciou sua oração-modelo com as seguintes palavras: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome.” — Mat. 6:9. 4 Nosso Pai celestial provê o cuidado e a proteção que precisamos como povo que invoca seu nome com fé. O salmista registrou as palavras de Jeová: “Visto que ele se afeiçoou de mim, eu também o porei a salvo. Protegê-lo-ei por ele ter chegado a conhecer meu nome.” (Sal. 91:14) Realmente, Jeová Deus de modo amoroso nos livra de inimigos e nos protege como povo para que não sejamos destruídos. 5 Para aumentar o apreço por nosso Pai celestial, vamos considerar três aspectos importantes referentes a Jeová: (1) Ele é nosso Provisor, (2) nosso Protetor e (3) nosso melhor Amigo. Ao considerar esses aspectos, será bom meditar em nossa relação com Jeová e discernir como podemos honrá-lo como nosso Pai. Também, será útil refletir nas bênçãos de Jeová para os que se achegam a ele. — Tia. 4:8. JEOVÁ, O GRANDE PROVISOR

“Toda boa dádiva e todo presente perfeito vem de cima, pois desce do Pai das luzes celestiais”, escreveu o discípulo Tiago. (Tia. 1:17) A vida em si já é uma grande dádiva de Jeová. (Sal. 36:9) Ao usá-la para fazer sua vontade, recebemos muitas bênçãos agora e temos a perspectiva de vida eterna no novo mundo. (Pro. 10:22; 2 Ped. 3:13) Mas como isso é possível em vista das trágicas consequências da desobediência de Adão? 6

7Jeová é de fato o Grande Provisor de incontáveis maneiras. Por exemplo, sua benignidade imerecida o motivou a nos salvar. Todos nós somos pecadores e herdamos a imperfeição de nosso primeiro pai terrestre. (Rom. 3:23) Apesar disso, Jeová, por amor, abriu caminho para que tivéssemos uma relação achegada com ele. O apóstolo João escreveu: “Por meio disso é que se manifestou o amor de Deus em nosso caso, porque Deus enviou o seu Filho unigênito ao mundo, para que ganhássemos a vida por intermédio dele. O amor é neste sentido, não que nós tenhamos amado a Deus, mas que ele nos amou e enviou seu Filho como sacrifício propiciatório pelos nossos pecados.” — 1 João 4:9, 10. 8Um evento profético que ocorreu no século 19 AEC mostra o alcance da amorosa provisão de Jeová para dar vida eterna aos humanos obedientes. Hebreus 11:1719 explica: “Pela fé Abraão, quando provado, a bem dizer ofereceu Isaque, e o homem que recebera de bom grado as promessas, tentou oferecer [seu] unigênito, embora se lhe tivesse dito: ‘Aquilo que se chamar “teu descendente” será por intermédio de Isaque.’ Mas ele achava que Deus era capaz de levantá-lo até mesmo dentre os mortos; e dali o recebeu também em sentido ilustrativo.” É fácil perceber o paralelo. Jeová ofereceu seu Filho, Jesus Cristo, em favor de toda a humanidade. — Leia João 3:16, 36. 9Imagine o alívio que Isaque sentiu ao ser livrado de uma morte sacrificial. Com certeza, ele ficou muito grato quando 7. Como Jeová abriu caminho para que tivésse-

4, 5. Ao examinar a profundidade do apreço que

temos por nosso Pai Jeová, o que será bom fazer? 6. Qual é uma maneira em que Jeová mostra ser o Dador de “toda boa dádiva”? 15 DE FEVEREIRO DE 2014

mos uma relação achegada com ele? 8, 9. Como Jeová provou ser o Grande Provisor na época de Abraão e Isaque? (Veja a gravura no início do artigo.)

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Jeová providenciou um animal para ser sacrificado em seu lugar — um carneiro preso em um arbusto ali perto. (Gên. 22:1013) Podemos entender por que aquele lugar passou a ser chamado de “JeováJiré”, que significa “Jeová providenciará”. — Gên. 22:14; nota. A PROVISÃO PARA A RECONCILIAÇÃO

Ao meditarmos em como Jeová mostra ser o Grande Provisor, reconhecemos com gratidão o papel vital de Jesus Cristo. Paulo fez isso ao escrever: “Foi isso o que julgamos, que um só homem morreu por todos; de modo que, então, todos tinham morrido; e ele morreu por todos, para que os que vivem não vivessem mais para si mesmos, mas para aquele que morreu por eles e foi levantado.” — 2 Cor. 5:14, 15. 11Por causa de seu amor a Jeová e gratidão pelo valioso privilégio de servi-lo, os primeiros cristãos aceitaram de bom grado “o ministério da reconciliação”. A obra de pregar e fazer discípulos tornou possível que pessoas de coração sincero ficassem em paz com Deus, tivessem Sua amizade e então se tornassem Seus filhos espirituais. Hoje, os cristãos ungidos realizam o mesmo ministério. O que fazem como embaixadores de Deus e Cristo torna possível que pessoas de disposição correta se acheguem a Jeová e se tornem cristãos. — Leia 2 Coríntios 5:18-20; João 6:44; Atos 13:48. 12 Todos os cristãos com esperança terrestre participam com os ungidos na obra de pregação do Reino porque têm apre10

10, 11. Quem tem tomado a liderança no “minis-

tério da reconciliação”, e por meio de que obra eles têm feito isso? 12, 13. Como mostramos que temos apreço pelas muitas provisões de Jeová?

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ço por Jeová como Grande Provisor. Nessa obra usamos a Bíblia, outra excelente provisão da parte de Jeová. (2 Tim. 3:16, 17) Por fazer bom uso da Palavra inspirada de Deus em nosso ministério, damos a outros a oportunidade de ganhar a vida eterna. Para nos ajudar nessa obra, cada um de nós confia em ainda outra provisão de Jeová: seu espírito santo. (Zac. 4:6; Luc. 11:13) Como vemos em cada edição do Anuário das Testemunhas de Jeová, os resultados são impressionantes. Que privilégio é participar nessa obra para a honra de nosso Pai e Provisor! 13Em vista de todas as provisões que Deus tem feito, seria bom nos perguntar: ‘Estou fazendo todo o possível para mostrar meu profundo apreço por essas dádivas? Como posso me tornar um publicador das boas novas mais eficiente?’ Demonstramos nossa gratidão pelas maravilhosas provisões de Deus por manter os interesses do Reino em primeiro lugar em nossa vida. Se fizermos isso, Jeová cuidará de nossas necessidades. (Mat. 6:25-33) Por causa do amor de Deus, certamente queremos fazer o nosso máximo para agradá-lo e alegrar seu coração. — Pro. 27:11. 14 O salmista Davi disse: “Estou atribulado e sou pobre. O próprio Jeová me considera. Tu és meu auxílio e meu Provedor de escape.” (Sal. 40:17) Jeová tem repetidas vezes sido o “Provedor de escape”, ou Libertador, para seu povo, em especial quando esse povo é severamente perseguido por seus inimigos. Somos muito gratos a Deus por sua ajuda em tempos assim e pelas muitas provisões espirituais que ele sempre nos faz! 14. Como Jeová tem sido o Libertador de seu

povo? A SENTINELA

Jeová pode usar nossos companheiros cristãos para nos ajudar a permanecer fiéis em tempos difíceis (Veja os parágrafos 18-20.)

Um pai amoroso não apenas faz provisões para seus filhos, mas também procura protegê-los. Ele naturalmente tenta livrá-los, caso estejam em perigo. Um irmão relembra um incidente de quando ainda era criança. Ele e seu pai estavam voltando para casa depois do serviço de campo quando se depararam com um riacho. Uma forte chuva naquela manhã fez o riacho transbordar. O único jeito de atravessar seria pulando de uma pedra para a outra. O menino, que ia à frente de seu pai, escorregou numa pedra e caiu na correnteza, afundando várias vezes. Seu pai rapidamente o agarrou pelos braços e o resgatou. Imagine como ele se sentiu grato! As “correntezas violentas” desse mundo perverso e seu governante, Satanás, também

podem nos colocar em perigo, mas contamos com nosso Pai celestial para nos livrar. Certamente ele é o melhor Protetor que podemos ter. — Mat. 6:13; 1 João 5:19. 16A proteção amorosa de Jeová pode ser facilmente ilustrada pelo que aconteceu depois que ele livrou os israelitas da escravidão no Egito e os protegeu de modo milagroso ao atravessarem o mar Vermelho em 1513 AEC. Após cruzar o deserto em direção ao monte Sinai, a nação chegou a Refidim. 17 Em vista da profecia de Gênesis 3:15, Satanás talvez estivesse desesperado por uma oportunidade de atacar os vulneráveis israelitas. Ele fez isso por meio dos amalequitas, que eram inimigos do povo de Deus. (Núm. 24:20) Veja como Jeová agiu por meio de quatro homens fiéis:

15. Ilustre como um pai amoroso procura prote-

16, 17. Como Jeová ajudou e protegeu os israeli-

ger seu filho.

tas quando lutaram contra os amalequitas?

JEOVÁ, NOSSO PROTETOR 15

15 DE FEVEREIRO DE 2014

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Josué, Moisés, Arão e Hur. Enquanto Josué lutava contra os amalequitas, Moisés, Arão e Hur estavam posicionados numa montanha próxima. Quando Moisés levantava as mãos, os israelitas prevaleciam na batalha. Quando as mãos de Moisés ficavam pesadas, Arão e Hur as seguravam. Foi dessa maneira, e com a ajuda e proteção de Jeová, que ‘Josué desbaratou Amaleque e seu povo’. (Êxo. 17:8-13) Moisés construiu ali um altar, e o chamou de “Jeová-Nissi”, que significa “Jeová é meu refúgio”. — Leia Êxodo 17:14, 15; nota. LIVRES DAS GARRAS DE SATANÁS

18Jeová protege aqueles que o amam e o obedecem. Como os israelitas em Refidim, recorremos a Deus por ajuda quando confrontados com inimigos. Jeová sempre tem nos protegido como grupo e nos mantém longe das garras de Satanás. Pense nas inúmeras vezes que Deus livrou nossos irmãos que mantiveram sua neutralidade. Foi assim, por exemplo, durante a era do nazismo na Alemanha e em outros países, nos anos 30 e começo dos anos 40. Ler e meditar nos relatos do Anuário e nas biografias que destacam a proteção de Deus em tempos de perseguição com certeza fortalecerá nossa confiança em Jeová como nosso Refúgio. — Sal. 91:2. 19Por meio da organização de Jeová e de suas publicações, recebemos amorosos lembretes para nossa proteção. Veja como isso tem sido benéfico em tempos atuais. Ao passo que o mundo afunda cada vez mais num lamaçal de devassidão e pornografia, Jeová nos dá lembretes oportunos e ajuda prática para nos alertar contra os perigos morais de hábitos assim. Por exemplo, como um pai, Jeová nos aconselha 18, 19. Que proteção Deus dá a seus servos em nossos tempos?

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a evitar más associações provenientes do mau uso de redes sociais. — 1 Cor. 15:33. 20Como podemos demonstrar que somos realmente ‘ensinados por Jeová’? Por cuidadosamente seguir seus conselhos. (Isa. 54:13) No refúgio seguro de nossas congregações, encontramos a liderança e proteção que necessitamos. Ali há homens fiéis servindo como anciãos, que dão ajuda e conselho por meio das Escrituras. (Gál. 6:1) Muitas das provisões de Jeová chegam até nós por meio dessas “dádivas em homens”. (Efé. 4:7, 8) Como devemos reagir a elas? Se formos submissos e obedientes, receberemos as bênçãos de Deus. — Heb. 13:17. 21 Estejamos determinados a nos deixar guiar pelo espírito santo, sendo assim submissos à liderança de nosso Pai celestial. Também precisamos meditar sobre a vida de seu Filho, Jesus Cristo. Além disso, nos esforçamos em seguir seu incomparável exemplo. Por ser obediente até a morte, ele recebeu uma grande recompensa. (Fil. 2:5-11) Como Jesus, seremos abençoados por confiar em Jeová de todo nosso coração. (Pro. 3:5, 6) Então, tenhamos sempre a Jeová como nosso Provisor e Protetor sem igual. É uma grande alegria e privilégio poder servi-lo. Nosso amor por ele aumentará ao meditarmos num terceiro aspecto do cuidado de nosso Pai por nós: sua amizade. O próximo artigo explicará como Jeová demonstra que é nosso melhor Amigo. Exemplos desses lembretes podem ser encontrados nos artigos “Internet — como usar bem esse instrumento global” em A Sentinela de 15 de agosto de 2011, páginas 3-5, e “Cuidado com os laços do Diabo!” e “Mantenha-se firme e evite as armadilhas de Satanás!” em A Sentinela de 15 de agosto de 2012, páginas 20-29. 20. Que proteção e liderança estão disponíveis por meio da congregação? 21. (a) O que devemos estar determinados a fazer? (b) O que consideraremos no próximo artigo? A SENTINELA

Jeová Nosso melhor Amigo “[Abraão] veio a ser chamado ‘amigo de Jeová’.” — TIA. 2:23.

“TAL PAI, tal filho.” Esse é um ditado bem conhecido. De fato, muitos filhos são bem parecidos com seus pais. Afinal, tanto o pai como a mãe contribuem para a herança genética de seu filho. Jeová, nosso Pai celestial, é o Dador da vida. (Sal. 36:9) E nós, como seus filhos humanos, somos até certo ponto parecidos com ele. Visto que fomos criados à sua imagem, temos a capacidade de raciocinar e tirar conclusões, e de desenvolver e manter amizades. — Gên. 1:26. 2Jeová pode ser nosso melhor Amigo. Uma amizade assim se baseia no amor de Deus por nós e em nossa fé nele e em seu Filho. Jesus disse: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna.” (João 3:16) Há muitos exemplos de pessoas que tiveram uma forte amizade com Jeová. Vamos considerar dois desses exemplos.

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Em que se baseia nossa amizade com Jeová?

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De acordo com Salmo 15:3, 5, o que Deus requer de nós para termos sua amizade?

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“ABRAÃO, MEU AMIGO”

3Jeová se referiu a Abraão, o patriarca e antepassado dos israelitas, como “meu amigo”. (Isa. 41:8) Em que se baseava a 1. Visto que fomos criados à imagem de Deus, que capacidade temos? 2. Em que se baseia nossa amizade com Jeová? 3, 4. Com relação à amizade com Jeová, mostre a diferença entre Abraão e

os israelitas. 15 DE FEVEREIRO DE 2014

COMO RESPONDERIA?

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O que pode nos ajudar a abrir o coração ao nosso melhor Amigo?

profunda amizade desse homem fiel com seu Criador? Na fé que Abraão tinha. — Gên. 15:6; leia Tiago 2:21-23. 4Os descendentes de Abraão, que se tornaram a nação de Israel, de início tinham a Jeová como seu Pai e Amigo. Mas infelizmente eles perderam sua amizade com Deus. Por quê? Porque deixaram de exercer fé nas promessas de Jeová. 5Quanto mais você aprende sobre Jeová, mais forte sua fé fica e mais profundo seu amor se torna. Lembre-se de quando você descobriu que Deus é uma Pessoa real, alguém com quem você pode ter um relacionamento achegado. Você também aprendeu que todos nascemos em pecado por causa da desobediência de Adão. Você veio a entender que a humanidade como um todo está afastada de Deus. (Col. 1:21) Então você percebeu que nosso amoroso Pai celestial não é alguém distante que não está interessado em nós. Quando aprendemos que ele nos proveu o sacrifício de resgate de Jesus, e exercemos fé nessa provisão, começamos a desenvolver uma amizade com Deus. 6 Quando olhamos para trás, talvez nos perguntemos: ‘Estou me tornando cada vez mais amigo de Deus? Será que tenho uma forte confiança em Deus, e meu amor por meu Amigo, Jeová, aumenta a cada dia?’ Outra pessoa do passado que tinha um relacionamento achegado com Jeová era Gideão. Vamos considerar seu excelente exemplo e ver como podemos imitá-lo. “JEOVÁ É PAZ”

7O juiz Gideão serviu a Jeová duran5, 6. (a) Como Jeová se tornou seu Amigo?

(b) Que perguntas seria bom nos fazer? 7-9. (a) Que experiência notável Gideão teve, e qual foi o resultado dela? (Veja a gravura no início do artigo.) (b) Como podemos fortalecer nossa amizade com Jeová?

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te um período turbulento da história de Israel, depois que a nação entrou na Terra Prometida. Juízes capítulo 6 relata que o anjo de Jeová visitou Gideão em Ofra. Naquele tempo, os vizinhos midianitas eram uma ameaça real para Israel. Por isso, Gideão estava debulhando o trigo, não em campo aberto, mas em um lagar de vinho, onde ele poderia rapidamente esconder esse valioso grão. Gideão ficou admirado quando o anjo apareceu e se dirigiu a ele como ‘valente poderoso’. Também questionou se Jeová, que havia libertado os israelitas do Egito, realmente os ajudaria agora. Falando em nome do Criador, o anjo garantiu a Gideão que Jeová com certeza o apoiaria. 8 Gideão se perguntou como ele poderia ‘salvar a Israel da palma da mão de Midiã’. Jeová lhe deu uma resposta direta: “Porque eu mostrarei estar contigo, e certamente golpearás a Midiã como a um só homem.” (Juí. 6:11-16) Provavelmente ainda sem entender como faria isso, Gideão pediu um sinal. Podemos notar nessa conversa que Gideão via a Jeová como uma Pessoa real. 9O que aconteceu a seguir fortaleceu a fé de Gideão e o aproximou de Deus. Gideão preparou uma refeição e a serviu ao anjo. Este tocou a comida com seu bastão, e ela foi milagrosamente consumida por fogo. Nesse instante, Gideão percebeu que o anjo era de fato um representante de Jeová. Ele começou a tremer e exclamou: “Ai! Soberano Senhor Jeová, pois vi o anjo de Jeová face a face!” (Juí. 6:17-22) Mas será que isso afastou Gideão de seu Deus? De jeito nenhum! Aconteceu exatamente o oposto. Gideão veio a conhecer a Jeová de tal maneira que se sentiu em paz com Deus. Sabemos isso porque Gideão erigiu um altar naquele local e lhe deu o nome de “Jeová-Salom”, que significa “Jeová é paz”. (Leia Juízes 6:23, 24; nota) Quando mediA SENTINELA

tamos no que Jeová faz por nós todos os dias, percebemos que ele é um verdadeiro Amigo. Orar regularmente a Deus aumenta nossa paz e fortalece nossa amizade com ele. QUEM SERÁ ‘HÓSPEDE NA TENDA DE JEOVÁ’?

10No entanto, para que Jeová seja nosso Amigo, precisamos preencher certos requisitos. No Salmo 15, Davi menciona o que Deus requer para que sejamos ‘hóspedes na Sua tenda’, isto é, para que sejamos amigos de Jeová. (Sal. 15:1) Vamos nos concentrar em dois desses requisitos: evitar a calúnia e agir honestamente em todas as situações. Referindo-se a esses dois requisitos, Davi disse sobre quem seria hóspede na tenda de Jeová: “Não caluniou com a sua língua. . . . Não aceitou suborno contra o inocente.” — Sal. 15:3, 5. 11Em outro salmo, Davi alertou: “Resguarda a tua língua do que é mau.” (Sal. 34:13) Deixar de acatar esse conselho inspirado pode nos distanciar de nosso justo Pai celestial. De fato, a calúnia é uma característica do maior inimigo de Jeová, Satanás. O termo “Diabo” vem de uma palavra grega que significa “caluniador”. Podemos preservar nossa amizade com Jeová por controlar o que dizemos sobre outros. Isso inclui especialmente nossa atitude para com os homens designados na congregação. — Leia Hebreus 13:17; Judas 8. 12Outra característica dos servos de Jeová é a honestidade, e não o desejo de tirar vantagem. O apóstolo Paulo escreveu: 10. De acordo com o Salmo 15:3, 5, o que Jeová re-

quer de nós para que sejamos seus amigos? 11. Por que devemos evitar a calúnia? 12, 13. (a) Por que devemos ser honestos em todas as coisas? (b) Que efeito nossa honestidade pode ter em outros? 15 DE FEVEREIRO DE 2014

“Fazei orações por nós, pois confiamos em ter uma consciência honesta, visto que queremos comportar-nos honestamente em todas as coisas.” (Heb. 13:18) Já que estamos determinados a “comportar-nos honestamente em todas as coisas”, evitamos tirar vantagem de nossos irmãos cristãos. Por exemplo, se um irmão trabalha para nós, devemos tratá-lo com imparcialidade e pagar seu salário conforme o acordo que fizemos. Como cristãos, somos honestos ao lidar não só com nossos empregados, mas com todas as pessoas. E, se trabalhamos para um irmão cristão, tomamos cuidado para não nos aproveitar dele por exigir privilégios especiais. 13 Recebemos muitos elogios de pessoas que têm tratos com Testemunhas de Jeová. Por exemplo, o diretor de uma grande empresa de construção observou que as Testemunhas de Jeová são pessoas de palavra. Ele disse: “Vocês sempre cumprem o que prometem.” (Sal. 15:4) A honestidade nos ajuda a manter a amizade com Jeová. Além disso, traz louvor ao nosso amoroso Pai celestial. AJUDE OUTROS A SE TORNAREM AMIGOS DE JEOVÁ

Apesar de acreditarem que Deus existe, muitas pessoas que encontramos no ministério não o encaram como seu melhor Amigo. Como podemos ajudá-las? Observe as instruções que Jesus deu a 70 discípulos que ele enviou de dois em dois para pregar: “Onde quer que entrardes numa casa, dizei primeiro: ‘Haja paz nesta casa.’ E, se ali houver um amigo da paz, descansará sobre ele a vossa paz. Mas, se não houver, ela voltará para vós.” (Luc. 10:5, 6) Podemos atrair as pessoas à verdade por ser amigáveis. No caso de opositores, essa 14

14, 15. Em nosso ministério, como podemos aju-

dar outros a se tornarem amigos de Jeová?

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Ajudamos outros a se tornarem amigos de Jeová (Veja os parágrafos 14 e 15.)

atitude pode ajudar a acabar com a hostilidade e abrir caminho para que eles nos recebam melhor em outra ocasião. 15 Quando encontramos pessoas que estão profundamente envolvidas na religião falsa ou que seguem costumes contrários à Bíblia, continuamos a demonstrar uma atitude amigável e pacífica. Em nossas reuniões, damos calorosas boas-vindas a pessoas que querem aprender mais sobre nosso Deus porque estão insatisfeitas com a sociedade moderna. Os artigos da série “A Bíblia Muda a Vida das Pessoas” contêm muitos exemplos assim. COLABORAMOS COM NOSSO MELHOR AMIGO

16Pessoas que trabalham juntas geralmente desenvolvem uma forte amizade.

Todos os dedicados a Jeová têm o privilégio de ser considerados tanto amigos como “colaboradores” de Deus. (Leia 1 Coríntios 3:9.) De fato, quando participamos na obra de pregar e fazer discípulos, passamos a conhecer mais a fundo as maravilhosas qualidades de nosso Pai celestial. Também vemos como seu espírito santo nos ajuda a cumprir nossa comissão de pregar as boas novas. 17 Quanto mais participamos na obra de fazer discípulos, mais achegados a Jeová nos sentimos. Por exemplo, percebemos como Jeová frustra os que se opõem a essa obra. Além disso, pense no que vem acontecendo nos últimos anos. Não percebemos claramente como Deus está nos orientando? Ficamos impressionados com a grande quantidade de excelente alimento espiritual que recebemos. A matéria considerada em nossos congressos e assembleias mostra que nosso amoroso Pai se preocupa com nossos problemas e necessidades. Depois de um congresso, uma família escreveu uma carta de agradecimento dizendo: “O congresso realmente tocou nosso coração. Sentimos o quanto Jeová ama a cada um de nós e quer o nosso melhor.” Depois de assistir a um congresso especial na Irlanda, um casal da Alemanha expressou sua gratidão por ter sido muito bem recebido e cuidado, acrescentando: “Mas agradecemos principalmente a Jeová e seu Rei Jesus Cristo. Eles nos convidaram a fazer parte de um povo que é realmente unido. Nós, como povo de Jeová, não apenas falamos de união, mas praticamos isso no nosso dia a dia. O que vimos e sentimos no congresso especial em Dublin sempre nos lembrará do 17. Como o alimento espiritual que recebemos em

16. Em que sentido podemos ser considerados tan-

to amigos como “colaboradores” de Jeová?

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congressos e assembleias demonstra que Jeová é nosso Amigo? A SENTINELA

valioso privilégio que temos de servir nosso grandioso Deus junto com todos vocês.” AMIGOS SE COMUNICAM

Uma amizade se fortalece quando há boa comunicação. Por isso, as redes sociais e as mensagens de texto são tão populares nessa era da internet e do telefone celular. Em comparação, como está nossa comunicação pessoal com Jeová, nosso melhor Amigo? É verdade que ele é o “Ouvinte de oração”. (Sal. 65:2) Mas com que frequência tomamos a iniciativa de conversar com ele? 19 Alguns servos de Deus acham difícil abrir o coração e expressar emoções profundas. Ainda assim, é isso o que Jeová espera de nós quando oramos. (Sal. 119:145; Lam. 3:41) Mesmo que achemos difícil expressar em palavras o que sentimos, temos uma ajuda. Paulo escreveu aos coríntios em Roma: ‘Não sabemos o problema em prol de que devemos orar assim como necessitamos, mas o próprio espírito implora por nós com gemidos não pronunciados. Contudo, aquele que pesquisa os corações sabe o sentido do espírito, porque está intercedendo de acordo com Deus, a favor dos santos.’ (Rom. 8:26, 27) Meditar nas palavras registradas em livros bíblicos como Jó, Salmos e Provérbios nos ajuda a expressar a Jeová nossos sentimentos mais profundos. 20 Quando surgem situações aflitivas, é bom acatar o inspirado conselho de Paulo aos filipenses: “Não estejais ansiosos 18

18. O que podemos nos perguntar com respeito a

nossa comunicação com Jeová? 19. Que ajuda temos se achamos difícil abrir o coração ao nosso Pai celestial? 20, 21. Que consolo nos dão as palavras de Paulo em Filipenses 4:6, 7? 15 DE FEVEREIRO DE 2014

Como a oração fortalece nossa amizade com Deus? (Veja o parágrafo 21.)

de coisa alguma, mas em tudo, por oração e súplica, junto com agradecimento, fazei conhecer as vossas petições a Deus.” Essa comunicação aberta com nosso melhor Amigo com certeza nos dará consolo, pois Paulo acrescenta: “A paz de Deus, que excede todo pensamento, guardará os vossos corações e as vossas faculdades mentais por meio de Cristo Jesus.” (Fil. 4:6, 7) Que sempre prezemos essa incomparável “paz de Deus” que realmente protege nosso coração e nossas faculdades mentais. 21A oração nos ajuda a desenvolver uma amizade com Jeová. Por isso, ‘oremos incessantemente’. (1 Tes. 5:17) Que este estudo fortaleça nosso valioso relacionamento com Deus e nossa determinação de cumprir seus justos requisitos. E que meditemos nas bênçãos que temos por Jeová ser realmente nosso Pai, nosso Deus e nosso Amigo.

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PERGUNTAS DOS LEITORES

Que base os judeus do primeiro século tinham para estar na “expectativa” da vinda do Messias? Nos dias de João Batista, “o povo estava em expectativa e todos raciocinavam nos seus corações a respeito de João: ‘Será este o Cristo?’” (Luc. 3:15) Por que os judeus estariam esperando o aparecimento do Messias naquela época? Existem vários motivos. Após o nascimento de Jesus, um anjo de Jeová apareceu a alguns pastores que estavam cuidando de suas ovelhas perto de Belém. (1) O anjo proclamou: “Hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Luc. 2:8-11) Depois disso, o anjo se juntou a “uma multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: ‘Glória a Deus nas maiores alturas, e na terra paz entre homens de boa vontade.’” — Luc. 2:13, 14. Aquele anúncio com certeza teve um efeito poderoso naqueles humildes pastores. Eles imediatamente se dirigiram a Belém e, quando encontraram José, Maria e o bebê Jesus, ‘fizeram saber a declaração que se lhes fizera a respeito da criancinha’. Em resultado disso, “todos os que ouviram isso maravilhavam-se com as coisas que os pastoA Bíblia não diz que os anjos “cantaram” quando Jesus nasceu.

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res lhes contavam”. (Luc. 2:17, 18) A expressão “todos os que ouviram” indica que os pastores falaram a outras pessoas além de José e Maria. Daí, no caminho de volta para casa, os pastores continuaram “glorificando e louvando a Deus por todas as coisas que ouviram e viram, exatamente como se lhes dissera”. (Luc. 2:20) Aqueles pastores certamente não guardaram para si as boas coisas que tinham ouvido sobre o Cristo. Quando Maria levou seu filho primogênito a Jerusalém para apresentá-lo a Jeová, conforme exigido pela Lei mosaica, a profetisa Ana “começou a dar graças a Deus e a falar sobre a criança a todos os que aguardavam o livramento de Jerusalém”. (2) (Luc. 2:36-38; Êxo. 13:12) Assim, a notícia do aparecimento do Messias continuou se espalhando. Mais tarde, “astrólogos das regiões orientais [foram] a Jerusalém, dizendo: ‘Onde está aquele que nasceu rei dos judeus? Pois vimos a sua estrela quando estávamos no Oriente e viemos prestarlhe homenagem.’” (Mat. 2:1, 2) “O Rei Herodes, ouvindo isso, ficou agitado, e, junto com ele, toda Jerusalém; e, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, começou a indagar deles 2

onde havia de nascer o Cristo.” (3) (Mat. 2:3, 4) Assim, um grande número de pessoas ficou sabendo que o futuro Messias havia chegado. Lucas 3:15, já citado, indica que alguns judeus achavam que João Batista podia ser o Cristo. No entanto, João deixou claro que essa ideia era equivocada quando disse: “O que vem depois de mim é mais forte do que eu, não sendo eu nem apto para tirar-lhe as sandálias. Este vos batizará com espírito santo e com fogo.” (Mat. 3:11) Esse comentário modesto de João só aumentou as expectativas a respeito do Messias. Seria possível que os judeus tivessem calculado a época em que o Messias surgiria com base na profecia das 70 semanas registrada em Daniel 9:24-27? É verdade que essa possibilidade não pode ser descartada, mas ela também não pode ser confirmada. O fato é que havia muitas interpretações conflitantes para as 70 semanas nos dias de Jesus, e nenhuma delas se aproxima de nosso entendimento atual. Os essênios, geralmente encarados como uma seita monástica judaica, ensinavam que dois Messias apareceriam perto do fim de um período de 490 anos, mas não podemos afirmar que eles baseavam seus cálculos na profecia de Daniel. MesTalvez surja a pergunta: como os astrólogos associaram o aparecimento da “estrela” no Oriente com o nascimento do “rei dos judeus”? Será que eles ouviram falar do nascimento de Jesus ao viajar por Israel enquanto seguiam a estrela? Para nosso entendimento atual da profecia das 70 semanas, veja Preste Atenção à Profecia de Daniel!, capítulo 11.

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mo se tivessem feito isso, é difícil imaginar como a cronologia de um grupo tão isolado conseguiria influenciar os judeus. No segundo século EC, alguns judeus acreditavam que as 70 semanas abrangiam o período desde a destruição do primeiro templo em 607 AEC até a destruição do segundo templo em 70 EC. Já outros relacionavam o cumprimento dessa profecia com o período macabeu do segundo século AEC. Assim, não havia um consenso em relação ao cálculo das 70 semanas. Se a contagem das 70 semanas tivesse sido entendida do modo correto no primeiro século EC, seria lógico acreditar que os apóstolos e outros cristãos no primeiro século mencionassem essa contagem para provar que o prometido Messias havia surgido no tempo certo na pessoa de Jesus Cristo. Mas não há nenhuma evidência de que eles tenham feito isso. Existe ainda outro fator interessante. Os escritores dos Evangelhos destacaram que certas profecias das Escrituras Hebraicas se cumpriram em Jesus Cristo. (Mat. 1:22, 23; 2:13-15; 4:1316) Contudo, nenhum deles relacionou o aparecimento de Jesus na Terra com a profecia das 70 semanas. Resumindo: não podemos confirmar que as pessoas nos dias de Jesus entendiam corretamente a profecia das 70 semanas. Mas os Evangelhos fornecem outros bons motivos pelos quais as pessoas estavam na “expectativa” do Messias.

Contemple “a afabilidade de Jeová” Situações estressantes podem nos abalar profundamente. Elas podem tomar conta de nossos pensamentos, esgotar nossas forças e afetar a maneira como encaramos a vida. O Rei Davi, do antigo Israel, passou por muitas dificuldades. Como ele conseguiu enfrentá-las? Em um salmo comovente, Davi conta: “Com a minha voz passei a clamar por socorro a Jeová; com a minha voz comecei a implorar favor a Jeová. Eu derramava diante dele a minha preocupação; eu continuava a contar diante dele a minha própria aflição, quando meu espírito se debilitou dentro de mim. Tu mesmo conhecias então a minha senda.” Davi humildemente orou a Deus pedindo ajuda. — Sal. 142:1-3. Em outro salmo, Davi cantou: “Uma coisa pedi a Jeová — é o que procurarei: morar na casa de Jeová todos os dias da minha vida, para contemplar a afabilidade de Jeová e olhar com apreciação para o seu templo.” (Sal. 27:4) Imagine Davi, parado do lado de fora do pátio sagrado, próximo ao tabernáculo, que era o centro da adoração verdadeira na época. Embora não fosse levita, Davi se sentia tão grato a Deus que queria passar o resto de sua vida ali, para que pudesse “contemplar a afabilidade de Jeová”. A palavra “afabilidade” vem de “afável”, que transmite a ideia de algo de aspecto agradável, que causa bem-estar. Davi sempre mostrava apreço pelas provisões de Jeová para Sua adoração. E você? Sente o mesmo que Davi? ‘OLHE COM APREÇO’ PARA AS PROVISÕES DE DEUS

Em nossos dias, as provisões que Jeová faz para nos aproximarmos dele não dependem de uma estrutura física. Ao invés disso, elas estão relaciona-

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das ao grande templo espiritual de Deus, ou seja, às provisões sagradas para a adoração verdadeira. Para conseguirmos “contemplar a afabilidade de Jeová”, precisamos ‘olhar com apreço’ para essas provisões, assim como Davi fazia. Pense no altar de cobre para ofertas queimadas, que ficava em frente à entrada do tabernáculo. (Êxo. 38:1, 2; 40:6) Esse altar representava o desejo de Deus de aceitar a vida humana de Jesus como sacrifício. (Heb. 10:5-10) Por que isso é significativo para nós? O apóstolo Paulo escreveu: “Quando éramos inimigos, ficamos reconciliados com Deus por intermédio da morte de seu Filho.” (Rom. 5:10) Quando mostramos ter fé no sacrifício oferecido por Jesus, podemos ter certeza de que Deus nos aprova e de que confia em nós. Em resultado, podemos ter uma amizade íntima com Jeová. — Sal. 25:14. Além disso, podemos sentir o alívio que vem de Jeová, visto que nossos pecados ‘são apagados’. (Atos 3:19) Nossa situação é parecida à de um prisioneiro no corredor da morte que se arrepende sinceramente de seus erros passados e, então, faz drásticas mudanças. Diante disso, um juiz misericordioso fica tão impressionado que decide limpar a ficha desse homem e anular a sentença de morte. Consegue imaginar o alívio e a alegria desse prisioneiro? Assim como esse juiz, Jeová mostra favor para com humanos arrependidos e anula a sentença de morte deles. PREZE A ADORAÇÃO VERDADEIRA

Davi podia observar vários aspectos da adoração verdadeira na casa de Jeová, por exemplo, multidões de israelitas reunidos, a leitura e a exVeja A Sentinela de 1.° de julho de 1996, páginas 14-24. A SENTINELA

Ao enfrentar dificuldades, Davi humildemente orava a Deus pedindo ajuda plicação da Lei ao povo, a queima de incenso e o serviço sagrado prestado pelos sacerdotes e levitas. (Êxo. 30:34-38; Núm. 3:5-8; Deut. 31:9-12) Essas características da adoração verdadeira têm seus paralelos hoje em dia. Tanto hoje como no passado, é ‘muito bom e agradável irmãos morarem juntos em união’. (Sal. 133:1) Tem acontecido um aumento extraordinário da ‘associação inteira de irmãos’ em todo o mundo. (1 Ped. 2:17) A Palavra de Deus é lida e explicada em nossas reuniões públicas. Por meio de Sua organização, Jeová tem provido um rico programa de instrução. Uma grande quantidade de alimento espiritual está disponível na forma impressa para ser usada no estudo pessoal e no estudo em família. Um membro do Corpo Governante comentou: “Meditar na Palavra de Jeová, refletir no seu significado e buscar perspicácia e entendimento têm preenchido meu tempo com riquezas espirituais e satisfação.” Realmente, ‘o conhecimento pode se tornar agradável à nossa própria alma’. — Pro. 2:10. Todos os dias, as orações aceitáveis dos servos de Deus chegam até ele. Para Jeová, essas orações são como o delicioso aroma de incenso perfumado. (Sal. 141:2) É ‘agradável à nossa alma’, isto é, 15 DE FEVEREIRO DE 2014

nos faz bem, saber que Jeová Deus fica muito feliz quando humildemente oramos a ele. Moisés orou: ‘Mostre estar sobre nós a afabilidade de Jeová, nosso Deus, e estabeleça firmemente o trabalho das nossas mãos.’ (Sal. 90:17) Se formos zelosos no ministério, Jeová vai abençoar nosso trabalho. (Pro. 10:22) Por exemplo, talvez tenhamos ajudado alguém a aprender a verdade ou tenhamos perseverado por anos em nosso ministério, apesar de apatia, doença, dor emocional ou perseguição. (1 Tes. 2:2) Apesar dos desafios que enfrentamos, conseguimos “contemplar a afabilidade de Jeová” e perceber que nosso Pai celestial se orgulha muito de nós quando vê nossos esforços. Num de seus salmos, Davi cantou a Jeová: “Tu és o meu refúgio, meu quinhão [ou herança] na terra dos viventes.” (Sal. 142:5) Ele estava agradecido por Jeová ser seu “quinhão”, ou seja, por ter um bom relacionamento com Deus e por ter o privilégio de servi-lo. Assim como Davi, somos muito abençoados em sentido espiritual, mesmo quando enfrentamos dificuldades. Então, continuemos a prezar a adoração verdadeira e a sempre ‘olhar com apreço’ para o templo espiritual de Jeová.

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DE NOSSOS ARQUIVOS

Um

completa cem marcante anos filme “Ele se parece mais com o irmão Russell do que o próprio irmão Russell!” — Espectador do “Fotodrama” em 1914.

HÁ CEM anos estreava o “Fotodrama da Criação”, uma apresentação marcante produzida para que as pessoas desenvolvessem fé na Bíblia como a Palavra de Deus. Numa época em que a crença na evolução, a alta crítica e o ceticismo corroíam a fé de muitas pessoas, o “Fotodrama” defendia a Jeová como o Criador. Charles Russell, que tomava a dianteira entre os Estudantes da Bíblia, estava sempre procurando meios mais rápidos e eficazes para divulgar a verdade bíblica. Os Estudantes da Bíblia já faziam uso do poder da página impressa havia mais de três décadas. Agora, uma nova ferramenta atraiu a atenção deles: os filmes. O EVANGELHO DIVULGADO EM FILME Na década de 1890, o público conheceu o cinema mudo. Alguns anos depois, em 1903, um filme religioso foi exibido numa igreja em Nova York. Em 1912, quando a indústria cinematográfica estava apenas iniciando, Russell corajosamente começou a

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preparar o “Fotodrama”. Ele percebeu que os filmes poderiam transmitir a verdade bíblica de uma forma que a página impressa por si só não conseguiria. O “Fotodrama”, que tinha oito horas de duração, era geralmente exibido em quatro partes. Ele consistia em 96 gravações de pequenos discursos bíblicos, narrados por um locutor bem conhecido da época. Muitas cenas eram acompanhadas por música clássica. Operadores habilidosos usavam fonógrafos para tocar as gravações de música e voz, sincronizando o som com slides e filmes coloridos que encenavam histórias famosas da Bíblia. A maior parte do material do filme e muitos slides de vidro foram produzidos por estúdios comerciais. Artistas profissionais em Nova York, Filadélfia, Paris e Londres pintaram os filmes à mão, quadro a quadro, além dos slides de vidro. Equipes do Departamento de Arte de Betel também participaram na pintura do material e, muitas vezes, preparavam novos slides para substituir os que quebravam. Além do material feito comercialmente, membros da faA SENTINELA

mília de Betel foram filmados em Yonkers, Nova York, onde encenaram os papéis de Abraão, de Isaque e do anjo que impediu Abraão de sacrificar seu filho. — Gên. 22:9-12. Numa entrevista à imprensa, um colaborador do irmão Russell disse que os filmes ‘atrairiam milhares de pessoas às Escrituras, mais do que qualquer outra coisa que já tivesse sido usada na divulgação de mensagens religiosas’. Será que todo esse esforço inovador para alcançar as multidões espiritualmente famintas foi elogiado pelos clérigos? Não. Ministros da cristandade como um todo condenaram o “Fotodrama”; alguns chegaram a usar táticas tanto ardilosas quanto descaradas para impedir o público de assisti-lo. Por exemplo, um grupo de clérigos até mesmo cortou a energia elétrica de um dos locais de exibição. Mesmo assim, os teatros ficavam lotados de pessoas que queriam assistir ao “Fotodrama”, apresentado gratuitamente. Nos Estados Unidos, o “Fotodrama” era exibido todos os dias em até 80 cidades. Muitos espectadores ficaram maravilhados por ver seu primeiro “filme falado”. A técnica time-lapse, que produz cenas a partir de fotos sequenciais, permitiu que a assistência pudesse ver um pintinho sair da casca do ovo e o botão de uma flor desabrochar graciosamente. Informações científicas da época mencionadas no filme destacaram a maravilhosa

sabedoria de Jeová. Como citado no início do artigo, quando um espectador viu na tela o irmão Russell fazendo a introdução do “Fotodrama”, ele achou que aquele homem se parecia “mais com o irmão Russell do que o próprio irmão Russell”. UM MARCO NA HISTÓRIA DO ENSINO BÍBLICO O autor e historiador de cinema Tim Dirks descreveu o “Fotodrama” como “o primeiro grande filme que sincronizou imagens em movimento e projeção de slides coloridos com falas e discursos gravados”. Algumas dessas técnicas já tinham sido usadas na produção de filmes, mas essa foi a primeira vez que todas foram usadas na mesma apresentação, e tudo isso para falar sobre assuntos bíblicos. E nenhum filme teve tanta audiência até então — só no primeiro ano, ele foi exibido a cerca de 9 milhões de espectadores na América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia. O “Fotodrama” estreou em 11 de janeiro de 1914, na cidade de Nova York. Sete meses depois, estourou a terrível Primeira Guerra Mundial. Apesar disso, multidões em todo o mundo continuavam a assistir o “Fotodrama”, sendo consoladas pelas cenas fascinantes das bênçãos que o Reino de Deus vai trazer no futuro. Sem dúvida, o “Fotodrama” foi uma apresentação marcante para aquele ano de 1914.

O “Fotodrama” estreou em 11 de janeiro de 1914, nesse elegante teatro na cidade de Nova York, que pertencia à Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia

Voluntárias de congregações locais recepcionavam os espectadores; elas distribuíram milhões de livretos contendo cenas da apresentação Todos recebiam também um broche com o rosto do menino Jesus e a palavra pax; esse broche era um lembrete de que o usuário deveria ser um “filho da paz”

Conforme o ano de 1914 se aproximava, um esforço extraordinário era feito pela Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia para dar testemunho de forma global. Com esse objetivo em mente, foi produzido o “Fotodrama da Criação”. Para completar esse projeto foi necessário muito tempo, esforço e recursos. “Este filme narrava a história da humanidade, desde a criação das estrelas até o glorioso clímax do Reinado Milenar de Cristo.” — Francis S. Barnes, que tinha 14 anos em 1914

Operadores treinados coordenaram de forma precisa a apresentação de mais de 3 mil metros de filme, 26 discos fonográficos e cerca de 500 slides de vidro

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w14 02/15-T 131031

Foram usados 20 kits de material para a exibição do “Fotodrama” na América do Norte