QUE FAZER COM... NOSSAS AUTORIDADES, POR EXEMPLO?

2009/12/18 QUE FAZER COM ... NOSSAS AUTORIDADES , POR EXEMPLO ? Vânia L. Cintra (Brasil) Não sabemos exatamente que é o que nossas autoridades pe...
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2009/12/18

QUE

FAZER COM

... NOSSAS

AUTORIDADES , POR EXEMPLO ?

Vânia L. Cintra (Brasil) Não sabemos exatamente que é o que nossas autoridades pensam do mundo e pensam a seu próprio respeito. Os fatos nos dizem, porém, que crêem que bons tradutores, assim como bons livros em bom português, não nos fazem falta. Crêem também que nem uns nem outros lhes fazem falta. Assim não cressem, poderiam saber do que havia sido escrito num certo papel que um certo senhor hondurenho assinou, e não insistiriam em dizer que esse papel diz o que não diz. Mas nossas autoridades também gostam de assinar papéis. Muitos papéis. Para permanecer bem acomodadas e bem satisfeitas em sua virtual passárgada totalmente despegada de nosso território, de suas condicionantes e de nós todos, assinam acordos e tratados que, provavelmente (provavelmente porque lhes concedemos o benefício da dúvida), também não foram lidos nem, muito menos, discutidos, na expectativa de que ninguém venha cobrar o cumprimento e a eficácia daquilo com que se (e nos) comprometeram. São uma gente alegre, muito amiga dos reis, que lhe permitem gozar dos direitos que lhe conferem, como o de dizer o que lhe dá na telha e dá prazer, no palanque que lhe permitem escolher, já que isso pouco lhes afeta o humor. Se nossas autoridades se preocupassem com bem compreender o que dizem os papéis que assinam, também poderiam bem compreender o que determinam alguns acordos internacionais, que, embora não tenham assinado, elas próprias devem acatar, e cujo conjunto, ao ser adotado por todos os Estados, faz o Direito Internacional. Mas nossas autoridades não gostam de acatar Direito algum. Nem precisam: sabem que são autoridades. E não querem ser confundidas com aqueles que promovem a tal “contra-revolução jurídica” que alguns dizem estar em curso na “América Latina”. Dizer e fazer bobagens é uma boa forma de chamar atenção. Quanto mais bobagens dizemos e fazemos, mais nos é dito, em franco e absoluto desvario político, que estamos no bom caminho e ganhando prestígio internacional. Para que digamos e façamos mais bobagens. A notícia abaixo novidade já não é, e mais uma vez nos vem prevenir das conseqüências de um dos acordos insanos firmados por nossas autoridades. Vale transcrevê-la, ou, pelo menos, transcrever parte dela. Ela contribui a que não tenhamos mais dúvidas, se é que alguma dúvida ainda tínhamos: nunca antes, na história desse nosso país, fez-se tanto em benefício de todos, exceto em benefício de nós mesmos, os brasileiros. "(...) existe uma total "sintonia" entre os Governos de Luiz Inácio Lula da Silva e José Luis Rodríguez Zapatero, que se estende a "assuntos globais, como a mudança climática e a reforma da ONU", entre outros assuntos, disse Alonso Zaldívar em entrevista coletiva. O embaixador apontou que, em contrapartida, as relações entre as sociedades espanhola e brasileira são "frágeis" se comparadas com o resto da América Latina, o que atribuiu em boa parte à diferença de línguas. "Tanto ao Brasil como à Espanha interessa corrigir isso", declarou o diplomata, que considerou como "muito importantes" nesse sentido os planos para o ensino da língua de Cervantes nas escolas brasileiras, baseados em uma lei sancionada por Lula em 2005. Alonso Zaldívar também avaliou um acordo assinado em meados deste ano pelo Ministério da Educação e o Instituto Cervantes, mediante o qual essa instituição espanhola colaborará com a formação de professores de espanhol e com o ensino da língua nas escolas brasileiras por meio da internet. "Isso pode fazer com que 40 ou 50 milhões de crianças brasileiros aprendam espanhol, o que seria uma experiência única no mundo"[1] Pois bem. Fiquemos, por enquanto, com a última frase, que é: "Isso pode fazer com que 40 ou 50 milhões de crianças brasileiros (sic) aprendam espanhol, o que seria uma experiência única no mundo". “Criança” é um substantivo feminino. No plural, ganha um ‘s’ no final (mas nem todos sabem disso ou gostam de usar um ‘s’ no plural); e continuará sendo um substantivo feminino. Já

“fazer” é um verbo. E "com" é uma preposição. Deixemos agora a gramática e vamos à sintaxe. Quem faz, fazalgo. Esse algo será umobjeto direto — ex: “Nós fazemos. Que fazemos? Fazemos coisas. Fazemos que coisas aconteçam”. Nem objetos diretos nem orações subordinadas substantivas objetivas diretas são preposicionados (bem, em alguns casos serão, graças a alguma licença literária, mas apenas como licença literária, nunca na linguagem coloquial ou jornalística).Quando dizemos "fazemos com" estamos dizendo que 1. não fazemos algo sozinhos, fazemos com alguém mais ou 2. fazemos algo usandoqualquer coisa — ex: "quando cortamos uma fatia de queijo, fazemos isso com quê? Fazemos isso com uma faca".Ou seja, usamos uma faca para cortar o queijo. Simples assim. Posso eu aqui dizer e, é claro, digo-o apenas por mim: gosto muito da língua portuguesa — ela me seduz. É forte, é bonita, é intrigante. Gosto do som que produz quando bem falada — o que a última reforma ortográfica põe em risco, mas, como os que encontravam dificuldades em ler e escrever em português eram autoridades, o mais fácil foi considerado o melhor, tudo bem: autoridades autoridades são. Gosto da lógica que ela ainda exige quando queremos articular idéias, que não permite tropeços, da sua estrutura correta, do vocabulário amplo e preciso, da gramática rica e cuidadosa. E, quando falo ou escrevo, procuro não cometer erros — o que sempre encaro como um desafio. Se nela aprendi a falar e, portanto, a pensar, creio até hoje, sinceramente, que, se algodito, ouvido ou pensado em nossa língua nos parecemuito complexo, se oferece dificuldades ao entendimento e à reflexão, é porque complicado de fato é — não se tornará menos complicado ou mais descomplicado se por nós for lido, ouvido, pensado ediscutidoemoutra língua qualquer. E posso ainda afirmar, desta vez sem medo de errar: quem não sabe português não consegue pensar em brasileiro. Nossas autoridades, porém, não pensam como penso, não gostam do que gosto e dispensam solenemente tudo isso. E são autoridades. Mas, seja dito em português, seja dito em qualquer outro idioma, nem tudo é muito complicado. Há o que seja muito fácil. Por exemplo: é relativamente fácil calcular o que pretendem fazer conosco nossas atuais autoridades. Nós é que não sabemos que fazer com elas. E, considerando que, segundo dados oficiais da EPA (Encuesta de Población Activa), o desemprego que aflige Espanha atingia bem mais de quatro milhões de indivíduos (17,93%) no início do 3º trimestre de 2009 e prometia alcançar 19,4 por cento no primeiro trimestre de 2010[2] (**), será também relativamente fácil imaginar o quepossa, num futuro próximo, pretender o generoso reino espanholfazer com 40 a 50 milhões de jovensque continuarão sem saber escrever, ler ou falar português naquele ilusório, fantásticouniverso composto por200 milhões de pretensos lusófonos dos quais mais de 190 milhões são brasileiros. Creio também eu, acertada ou erradamente, que nada melhor teríamos a fazer, para nossa boa saúde geral, que nos permitir o acesso ao pensamento elaborado em todos os cantos do mundo através de palavras bem ditas, de textos bem escritos, em muito boas traduções. Teríamos, assim, a tradução da nomenclatura, dos procedimentostécnicos, dos nomes dos produtos que deixariam de ser “mágicos”, das marcas, saberíamos a que se referem, conheceríamos o desenvolvimento dosprocessos de produção do que consumimos mesmo que só intelectualmente, teríamos a tradução de textos, de livros inteiros, a dublagem bem feita de documentários, de filmes e por aí vai a coisa — que, de quebra e sem dúvida, abre postos de trabalho, inclusive em editoras (afinal, há ou não há, para as editoras, um mercado potencial de mais de 200 milhões de leitores em língua portuguesa?), para quem bem trabalha e quer bem trabalhar, tal qual ocorre em qualquer país civilizado desse nosso mundo todo. Posso também dizer que admiro muito o trabalho dos tradutores — e, em geral, confio neles. Ou, melhor dito, quando são bons tradutores, que conheçam a sua responsabilidade, não os que criam palavras e deturpam idéias, deixando-as sem nexo. Não são especialistas em coisa mais alguma, mas são tradutores. E as Universidades brasileiras produzem tradutores aos montes todos os anos. Produzem maus tradutores. Porque para ser um bom tradutor é preciso conhecer muito bem o português. E nossas Escolas não mais nos ensinam português. Faz tempo isso. Portanto, podemos concluir, mais uma vez, que nossas autoridades consideram os tradutores desnecessários e dispensáveis. Além de que não estão preocupadas com a possibilidade de que cometam ou de que cometamos erros. Por isso puderam transformar nossas Escolas em depósitos provisórios de gente dedicada a colecionar diplomas que exige ser, sem muito esforço próprio, aprovada pelos professores, nada mais. Uma tradução é um trabalho admirável. Traduzir, no entanto, não se resume a tentarmos adivinhar que significam palavras ditas e escritas em outras línguas por seu som ou sua grafia, ao risco de afirmarmosquea palavra General, por também corresponder a General em português, referir-se-á sempre a um OficialSuperior de um Exército qualquer. Não podemos incluir, de repente, um Ilmo Sr.

Gen. Motors na história mundial, não é mesmo? Traduzir é não permitir que a palavra América, encontrada num texto escrito em inglês, possa ser compreendida como sendo a América mesma, ela inteira, Brasil inclusive, uma vez que se refere, sempre, apenas aos Estados Unidos e às suas circunstâncias, a nada mais além disso. Ou não permitir que alguém imagine que um personagem qualquer nas páginas de um romance escrito em castelhano possa estar mastigando algo salgado e recheado com carne moída se devora um pastel. Etc. etc. Tradutores são indivíduos que se dedicam a cumprir uma função que mereceria respeito e prestígio em qualquer sociedade contemporânea, pois é uma função essencial. Saber traduzir significasaber transmitir o mais perfeita e claramente, o menos complicadamente possível, em nosso código de comunicação, as idéias expostas em outros códigos, para que todos nós as compreendamos e, concordando com elas ou delas discordando, possamos lhes acrescentar outras mais, a nós mais adequadas ou menos inadequadas. Traduzir um texto é bem compreendê-loao fazer uma leitura na linguagem em que foi escrito ou dito— para o que é necessário que conheçamos essa outra linguagem a fundo — e, conhecendo a nossa linguagem o suficiente para não dizer bobagens, ter flexibilidade mental suficiente para nela reproduzir exatamente o que ouvimos ou lemos, sem partirmos da pressuposição de quebobagensquaisquer nos devamconvencer ou, mais ainda, possam nos acrescentar. Traduzir uma obra é produzir uma obra. Traduzir um saber produzido de fato é produzir saber de fato. Traduzir com arte será produzir arte. Conheço bem Espanha, que émuito bonita, pude viver por lá durante um tempo, e mantenho os amigos que fiz. Gosto muito dos espanhóis, gente boa, muito esforçada. A qualquer país que se preze importa a proteção de sua gente, a proteção de seus bens, seus valores, seus saberes, suas tradições, que importam apenas à sua gente, contra a ganância e a esperteza dos demais. Os espanhóis devem saber disso. Ou suas autoridades devem saber. A língua castelhana pôde unificar a população de Espanha que a fezcrescer e aparecer. Tanto cresceu e apareceu tanto que hoje pretende incorporar Portugal. A língua portuguesa é uma dessas tradições, um desses valores, um desses bens e saberes brasileiros. Ou deveria ser. A língua portuguesa é um dos elementos que dá identidade à gente brasileira, e é, portanto, fundamental para orientá-la nos procedimentos que visem a atingir seus próprios interesses de conjunto, que são os interesses nacionais. Por insistir tanto no valor e na necessidade de boas traduções, além de em outras providências muito simples mais, algunsamigos meus, que, em tese, até concordam algumas vezes com o que digo, mostram-se, ao mesmo tempo, muito preocupados com não parecerem "nacionalistas fanáticos". Provavelmente me consideram fanática... (!?!). Talvez porque diga tanto das gentes, das necessidades e das vontades das gentes, das condições e das possibilidades das gentes todas desse mundo todo e insista em afirmar em forte e bom som o que pensode nós e dos demais para quem quiser ouvir - ou para quem quiser se horrorizar, habituados que estamos com as traduções mal feitas de textos escritos por fanáticos anti-nacionalistas. Pois afirmarei algo mais, agora: afirmo queum nacionalista fanático é uma impossibilidade lógica. O fanatismo nos destrói pela confiança que nos induz a depositar nas palavras e nas imagens como se elas tivessem poderes mágicos. O fanatismo nos leva a ter expectativas descabidas, a acreditar em mitos grosseiros, desprezando a realidade. O fanatismo nos leva a pressupor quebasta-nos decretar que o dia das bruxas passa a ser comemorado como o dia dosaci-pererê, apresentar ao mundo altosíndices de aprovação nas Escolasepintar de verde e amarelo a nossa nudez, nossa ignorância, nossa miséria, nossa violência e nossa falta de habilidade e competência para quetudo isso possa ser respeitado pelo resto do mundo como "brasileirices" e como perfeiçõesemocionais, artísticas e/ou até mesmo científicas. Nenhum fanáticoterá condições intelectuais para serum nacionalista. Um fanático serásempre e apenas um fanático, nada mais. O nacionalismo que aprendi a praticar e respeitar desde muito cedo me diz que o maior bem que podemos estimular e querer distribuir a todos os indivíduos brasileiros é o que os mais velhos denominavam como “massa cinzenta”, seja ou não seja considerada muito criativa essa massa que alguns possam levar entre as orelhas. Para o que é necessário que nossas autoridades tenham massa cinzenta entre as orelhas. E é necessário garantir a todos, e a quem os tiver concebido, uma boa alimentação, uma boa saúdee uma boa Escola, onde possam ser bem informados para que se tornem capazes de somar dois com dois, sozinhos, sem errar -o quenenhuma ONG, nenhuma cesta básica e nenhumacota sob critérios étnicos ou econômicos promoverá. E esse assunto não se resolverá afirmando-se, “patrioticamente”, que é saber de fato um contraproducente decoreba de datas, fatos, nomes e vocabulário obtido daqueles que não puderam ou, tendo oportunidade, não quiseram desenvolvera massa cinzenta porventura existente entre suas orelhas; ou que correspondem a um saber de fato os títulos universitários conferidos aos milhares que não tinham condições intelectuais de ingressar numa Universidade, títulos esses que apenas lhes permitem reproduzir profissional e, portanto, socialmente sua ignorância mantida por

professores desinformados e desinteressados; ou que cria saber de fato uma inventividade individual qualquer desenfreada, despida de objetivo e responsabilidade social etc. etc. — essas “modernidades” todas destinadas a enganar os tolos eos mal desenvolvidos. Criatividade, boa memória e títulos nem são bens, nem são valores, nem sãotradições nacionais. Sãomerosatributos individuais. Atributos que são esporádicos, que estão esparsos e descoordenados na sociedade. Socialmente, portanto, nada valem. A notícia acima, que, por importante, aos incautos poderá passar perfeitamente por desimportante, foi aqui transcrita para que possamos acumular conhecimentos a respeito da forma como nossos bens, valores, tradiçõesandam sendo "protegidos". E possamos refletir no que acontece pelo mundo enquanto dormimos no ponto. É uma noticiazinha, bem mal escrita, como muitas outras semelhantes que podemos ler todos os dias nos jornais, referentes à área econômica, à militar ou à cultural, que a essas todas se acrescenta e nos diz dos atos de nossas autoridades que comprometem, cada vez mais, o desempenho nacional, mansa, mas estupidamente, por toda a estupidez com que nossa Diplomacia vem sendo conduzida em todos os setores em que se vê presente. Não nos surpreende, pois, que, embora a idéia não lhes pertença, nossas autoridades atuais venham continuando a colaborar com que a população brasileira aprenda e queira aprender a língua de Cervantes, que é também a de Bolívar e é a utilizada pelos Governos e pela população de dez Estados nacionais outros que nos empurram em direção ao Atlântico. Não nos surpreende que, tão de repente, saber castelhano, idioma que chamam, por ignorância, de espanhol, tornou-se imprescindível e até, digamos, chique. Tão chique quanto era, há algumas décadas, saber francês e tão imprescindível quanto, até bem pouco tempo, era saber inglês, que chique nunca foi. Mesmo que saber mais ou menos. Nossas autoridades consideram o português absolutamente dispensável. Por certo, ambiciosas que são, preferem que nós, os brasileiros todos, conheçamos muitas línguas. Todas elas, até, de preferência. Menos o português. Nossas autoridades nunca se preocuparam com saber se o francês ou o inglês algum dia foi bem compreendido por quem que tentou aprender essas línguas no colégio. Nem estão preocupadas com se alguém compreenderá bem o castelhano que passaremos a usar para nos comunicar — tal como pouco lhes importa o português que hoje usamos. Muito menos se interessam por saber quantas coisas formidáveis seria possível fazer com as nossas, hoje, crianças, que amanhã serão os jovens adultos brasileiros, todos esses 40 a 50 milhões de indivíduos que permitem que saiam das Escolas semiletradose sem qualquer noção do que seja o Brasil e de quais são suas condições de sobrevivência num mundo em que pretensões soberanas estão em permanente conflito. As autoridades de Espanha, porém, por certo estão sabendo que fazer com nossa gente -por cujas condições de sobrevivência e oportunidades de trabalho não são e jamais serão responsáveis — quando ela estiver falando castelhano, ouvindo o castelhano, lendo em castelhano, aceitando e acatandopropósitos que não são exatamente osque possam ser atribuídos aumDom Quixote qualquer, mas, sim (para quem sabe ler), explícitos projetos de poder. Quem cultiva a massa cinzenta que tem entre as orelhas por certo se perguntará: facilitá-los por quê? Para quê? ****** Vânia L. Cintra é socióloga, com especialização em docência do ensino superior (PUCCAMP), mestrado em Integração da América Latina (USP) e doutorado em Relações Internacionais. 1] http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2009/12/09/ult1808u150340.jhtm [2] Comentáriointeressante em http://economy.blogs.ie.edu/archives/tag/encuesta-de-poblacionactiva : La economía española sigue destruyendo empleo. Escrito el 24 Octubre 2009 por Rafael Pampillón en Economía española - La población activa de un país es igual a la suma de las personas ocupadas (los que tenemos un empleo) y parados (los que no tiene empleo pero lo buscan). La población activa refleja el mercado de trabajo. La Encuesta de Población Activa (EPA) publicada ayer (tercer trimestre de 2009), es muy extraña. Disminuye el número de activos (89.000 activos menos), disminuye el número de ocupados (75.000 ocupados menos) y también se reduce el número de parados (14.000 parados menos). El paro baja en 14.100 personas, por razones estacionales. La destrucción de empleo aumenta. Según la EPA la ocupación total en España, en el tercer trimestre, fue de 18.870.200 trabajadores, lo que supone una reducción de 75.000 personas con respecto al segundo trimestre de este año.

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