UN OBISPO Y UN PRESIDENTE DE AUDIENCIA

U N OBISPO Y U N PRESIDENTE DE AUDIENCIA Rubén VILLA SE Ñ OR BORDES N o SON DESCONOCIDAS las m e n u d a s disensiones y tragicómicas reyertas q u...
17 downloads 3 Views 431KB Size
U N OBISPO Y U N PRESIDENTE DE AUDIENCIA Rubén

VILLA

SE Ñ OR

BORDES

N o SON DESCONOCIDAS las m e n u d a s disensiones y tragicómicas reyertas q u e h u b o , e n l a segunda m i t a d d e l siglo x v n , entre d o n J u a n de Santiago de L e ó n G a r a v i t o , o b i s p o de G u a d a l a j a r a , y d o n A l o n s o C e v a l l o s de V i l l a g u t i e r r e , g o b e r n a d o r y p r e s i d e n t e de l a A u d i e n c i a de l a N u e v a G a l i c i a . U n h i s t o r i a d o r a n t i g u o , M o t a P a d i l l a , nos dice q u e " e r a d i c h o señor G a r a v i t o n i m i a m e n t e celoso de sus fueros, y p o r su g r a n d e viveza todo lo advertía"; y u n historiador moderno, J u a n B. I g u í n i z (Los gobernantes

de Nueva

Galicia),

nos i n f o r m a acer-

c a d e l presidente de l a A u d i e n c i a : " E l d o c t o r d o n A l o n s o C e v a l l o s V i l l a g u t i e r r e . . . d e b i d o a su carácter d o m i n a n t e t u v o frecuentes d i f i c u l t a d e s c o n e l p r e l a d o diocesano d o n J u a n de S a n t i a g o de L e ó n G a r a v i t o , celosísimo t a m b i é n de sus p r e r r o gativas."

F a t a l m e n t e , pues, c h o c a r o n e l O b i s p o y e l G o b e r -

n a d o r , y sus querellas m o t i v a r o n u n a seria división entre l a esfera c i v i l y l a esfera eclesiástica, de l o c u a l h a n q u e d a d o h u e l l a s d o c u m e n t a l e s a l o l a r g o de m u c h o s años, sobre t o d o e n f o r m a de quejas enviadas p o r u n o y o t r o b a n d o a l R e y de España. L o s c o n f l i c t o s c o m e n z a r o n e n e l m o m e n t o m i s m o de l a l l e g a d a d e l O b i s p o a G u a d a l a j a r a , e l a ñ o de 1678, pues e l j o v e n p r e l a d o — h a b í a n a c i d o e l 13 de j u n i o de 1641— c o m e t i ó u n a serie de i r r e g u l a r i d a d e s . L a recepción d e l n u e v o o b i s p o fué m u y solemne. E n S a n P e d r o T l a q u e p a q u e l o a g u a r d a b a n v a r i o s oidores y e l p r o p i o d o n A l o n s o C e v a l l o s ; los m i e m b r o s de las c o m u n i d a d e s religiosas, revestidos y l l e v a n d o cruces procesionales, se c o n g r e g a r o n e n l a c a t e d r a l , d o n d e e n t r ó p o m p o s a m e n t e e l señor G a r a v i t o b a j o p a l i o , sostenido p o r los can ó n i g o s . L o m a l o es q u e S u Señoría Ilustrísima a n d u v o ostent a n d o traje p r e l a t i c i o antes de presentar, c o m o era de r i g o r , los

ioo

RUBÉN

VILLASEÑOR

BORDES

papeles que acreditaban su carácter. Por supuesto, no dejaron de comunicarse al Rey tamañas irregularidades. N o es difícil descubrir en el obispo Garavito ciertas rarezas psicológicas. E l P. Miguel de Castilla, en su Espejo piares obispos,

de exem-

nos da a este respecto u n dato interesante cuan-

do habla de los exagerados escrúpulos del prelado: se confescaba cada día, y sus confesiones duraban varias horas, de manera que muchas veces, enteramente agotado, sufría desfallecimientos.

Este carácter escrupuloso se relaciona con la

quisquillosa susceptibilidad que le hacía defender celosamente sus prerrogativas.

Los choques con el Gobernador menudea-

ron seguramente desde el comienzo, como se puede ver por la siguiente real cédula, que, a lo que creo, se publica ahora por vez primera: «El Rey. »Conde de Paredes, Marqués de la Laguna, etc. . . .o a la persona o personas a cuyo cargo fuere su gobierno: » E n m i Consejo de las Indias se han tenido repetidas noticias de los encuentros y desazones que ha habido entre don Alonso Ceballos Villagutierre, presidente de la Audiencia de Guadalajara, y el obispo de la iglesia catedral de aquella ciudad, en que también ha cooperado el doctor don Baltasar de la P e ñ a y Medina, su provisor, por la estrecha amistad que tenía con algunos ministros de aquella Audiencia;

y aun-

que por vista de todo determiné lo que tuve por conveniente para que conservasen la unión y buena correspondencia que debían practicar, manteniéndose cada uno en los límites de su jurisdicción, se continúan los dichos encuentros, en que también tiene parte el dicho provisor. Y considerando lo mucho que importa a la paz pública la quietud entre estos sujetos y atajar el desorden a que han llegado, de que tendréis noticia, he tenido por bien dar la presente, por la cual os mando me informéis en la primera ocasión de ios medios que se os ofrecieren y conduzcan a que entre el dicho Presidente y Obispo haya la unión y buena correspondencia que deben tener por razón de los ministerios que ejercen y evitar que el dicho don Baltasar de la P e ñ a tenga parte en semejantes excesos, para que con vista de ello resuelva lo que tuviere por más conveniente al servicio de Dios y M í o .

UN OBISPO

Y UN

PRESIDENTE

» F e c h a e n M a d r i d a 21 de j u n i o de 1682 años. »Yo EL R E Y . »Por m a n d a d o d e l R e y N u e s t r o Señor.» [ U n a r ú b r i c a ilegible.]

1

OBSÉRVESE QUE LA REAL CÉDULA h a b l a de "repetidas n o t i c i a s " llegadas a l C o n s e j o de I n d i a s a propósito de l a p u g n a entre los dos poderes.

C o n todo, l a i n t e r v e n c i ó n d e l M o n a r c a n o

l o g r ó acabar, n i m u c h o menos, c o n los m e n u d o s p l e i t o s entre e l G o b e r n a d o r y e l O b i s p o . S o n conocidas otras escaramuzas d e esta l a r g a c o n t i e n d a . E n 1683, apenas u n a ñ o después de l a expedición

de l a r e a l cédula a r r i b a t r a n s c r i t a , e l señor

G a r a v i t o n o m b r ó catedrático de i d i o m a m e x i c a n o a l d o c t o r F r a n c i s c o de R i v e r a (hacía a l g ú n t i e m p o q u e n o existía esta clase e n l a U n i v e r s i d a d de G u a d a l a j a r a ) . C e v a l l o s se apresuró a i m p u g n a r e l n o m b r a m i e n t o , y los contendientes e l e v a r o n e l p l e i t o a l g o b i e r n o español, q u e sentenció e n c o n t r a d e l prelado.

N u e v a d e r r o t a sufrió e l O b i s p o e n e l m i s m o a ñ o

de 1683, y p o r u n a cuestión p a r e c i d a . D e s d e t i e m p o i n m e m o r i a l , los o b i s p o s de l a N u e v a G a l i c i a a t r i b u í a n a su c a b i l d o l a f a c u l t a d de a d m i n i s t r a r el n o s o c o m i o de S a n M i g u e l ; p e r o e l señor G a r a v i t o q u i s o d a r u n paso más, pues, estando enferm o e l c a p e l l á n , se atrevió a designar u n s u p l e n t e ; n o toleró esto l a a u t o r i d a d c i v i l , q u e elevó su q u e j a y r e c i b i ó respuesta favorable. L a s i g u i e n t e r e a l cédula, que, c o m o l a a n t e r i o r , juzgamos inédita, nos h a b l a de o t r a de las i n n u m e r a b l e s escaramuzas de esta p o r f i a d a c o n t i e n d a , y —dato r e v e l a d o r — se refiere a " d i versas cartas" q u e " e n diferentes t i e m p o s " h a n e n v i a d o a l C o n s e j o de I n d i a s e l O b i s p o , e l G o b e r n a d o r y los oidores. E l a s u n t o tocado p o r este d o c u m e n t o de 1687 n o p o d í a ser más b a l a d í , p e r o p o r e l l o m i s m o nos d a u n a i d e a d e l a m b i e n t e en q u e se d e s a r r o l l ó l a q u e r e l l a : «EL R E Y . » M i V i r r e y , P r e s i d e n t e y O i d o r e s de m i A u d i e n c i a R e a l de l a c i u d a d de M é x i c o de l a N u e v a E s p a ñ a : »En m i C o n s e j o de las I n d i a s se h a n r e c i b i d o e n diferentes t i e m p o s diversas cartas de d o n A l o n s o de C e v a l l o s V i l l a g u t i e rre, p r e s i d e n t e de l a de G u a d a l a j a r a , de l a A u d i e n c i a de aque-

RUBÉN

102

VILLASEÑOR

BORDES

lia ciudad y del Obispo de la catedral de ella, cuyos contenidos se reducen a representar cada uno las razones que les asisten para que los sacerdotes revestidos para oficiar la misa, después de haber llegado al altar, hagan primero la venia al uno que al otro, pretendiendo ambos la anterioridad en este caso: el Presidente respecto de haber sido costumbre inmemorial, practicada y executada con todos los presidentes de aquella A u diencia, sin que jamás se haya dificultado n i e x t r a ñ a d o por los obispos; y el dicho Obispo por ser conforme a las rúbricas del misal y authores que expresamente hablan de ellas, declarando que el sacerdote revestido, después de llegar al altar, sólo vuelva a hacer venia a su obispo, estando presente, como para pedirle licencia de celebrar en su presencia, y no a otro alguno; con cuyo motivo remitió la dicha Audiencia, con carta de quince de junio del a ñ o pasado de 1684, dos testimonios para comprobación de haberse ejecutado hacerse venia primero a dicho Presidente que al Obispo cuando concurren juntos a las festividades así de la catedral

2

como de las demás iglesias:

el uno en que deponen diferentes prelados de las religiones de aquella ciudad, como son fray Marcos de Aguiluz, superior y vicario in capite de la de Santo Domingo, fray Francisco de Olivares, ministro provincial de la de San Francisco,

fray

G e r ó n i m o Álvarez, de ella, fray Nicolás de Ángulo, provincial que ha sido de dicha orden, fray Carlos de Salazar, lector jubilado y calificador del Santo Oficio de la Inquisición, fray Juan de Estupiñán, ministro provincial de la provincia de Jalisco; los lectores de T h e o l o g í a fray Antonio Carrillo, fray Joseph

de Asperíqueta y fray Antonio de Avellane-

da; fray Juan T e l l o , prior del convento de San Agustín, fray Gabriel de Vergara, comendador de la Merced, fray Ventura de Alfaro, Diego de Medina, rector del Colegio de la Compañía de Jesús, fray Nicolás Gutiérrez, prior del convento de San Juan de Dios, y los oficiales reales de aquella ciudad, don

B a r t o l o m é de Llerena y Ayala y don Pedro Paniagua,

haber visto que antes de empezarse el santo sacrificio de la misa se ha hecho primero la venia al presidente que al obispo; y en esa misma conformidad lo declara en el segundo testimonio informativo el capitán don Agustín de Gamboa, Cristóbal

UN OBISPO

Y UN

PRESIDENTE

103

G u t i é r r e z , d o n P e d r o de V i d a r t e , d o n L u i s de Porres V i l l a v i c e n c i o , D i e g o de l a P a r r a A r d e n o l , e l alférez d o n J u a n de A g u i l a r , e l c a p i t á n F r a n c i s c o de Z ú ñ i g a , M e l c h o r de M e d r a n o y Pacheco, d o n J u a n de V e r a , D i e g o V á z q u e z González, d o n G a s p a r C l e m e n t e de M e d r a n o , B a l t a s a r de Plascencia, J o s e p h d e T a p i a P a l a c i o s , M e l c h o r de A r a g ó n , F r a n c i s c o R e d o n d o , d o n J o s e p h de Casalde, J u a n de Z ú ñ i g a , F r a n c i s c o de P a l a c i o s , N i c o l á s de M e n d o z a , D i e g o F r a n c o de O r t e g a , d o n F r a n c i s c o Suárez I b a r r a , J u a n Básquez y d o n D i e g o de I b a r r a , todos vecinos de l a d i c h a c i u d a d de G u a d a l a j a r a .

3

»Y visto en e l d i c h o m i C o n s e j o de las Indias, c o n l o q u e d i j o el fiscal de él, he t e n i d o a b i e n d a r l a presente, p o r l a c u a l os m a n d o a vos, el d i c h o m i V i r r e y , q u e j u n t á n d o o s c o n m i A u d i e n c i a de essa c i u d a d , os informéis m u y especialmente de personas de t o d a i n t e g r i d a d y satisfacción q u e h a y a n asist i d o en l a d i c h a c i u d a d de G u a d a l a j a r a , de l o q u e se hubiese p r a c t i c a d o allí y l a c o s t u m b r e q u e se h a observado e n esta m a t e r i a , d a n d o órdenes m u y apretadas p a r a que ésta se g u a r d e y se c u m p l a y execute, s i n q u e p o r n i n g u n a de las partes de d i c h o Presidente y O b i s p o se altere en n i n g ú n caso n i c o n n i n g ú n p r e t e x t o l o q u e vosotros d e t e r m i n a r e i s acerca de e l l o . Y de l o q u e e n v i r t u d de este despacho obrareis y resolviereis, m e daréis c u e n t a e n l a p r i m e r a ocasión q u e se ofrezca, q u e así conviene a m i servicio. »Fecha e n M a d r i d , a veintidós de septiembre de m i l seiscientos o c h e n t a y siete años. »Yo e l R e y . »

4

L o s EPISODIOS MÁS TARDÍOS d e l d u e l o entre e l p o d e r eclesiástico y e l c i v i l son y a conocidos. P e r o n o estará de más a l u d i r a algunos encuentros entre estos bandos i r r e c o n c i l i a b l e s . M e n o s de c i n c o años después de e x p e d i d a l a a n t e r i o r cédula r e a l h u b o u n escandaloso e n c u e n t r o , a u n paso de l a catedral de G u a d a l a j a r a , entre los q u e p o d r í a m o s l l a m a r " c l e r i c a l e s " y "gobiernistas''. L o describe así e l h i s t o r i a d o r L u i s Páez B r o t c h i e : " E l sábado catorce de j u n i o de m i l seiscientos n o v e n t a y dos, entre 10 y 11 de l a noche, después de q u e m a d o s los fuegos e n l a p l a z u e l a de S a n t a M a r í a de G r a c i a p o r ser l a víspera de q u e e n d i c h o c o n v e n t o se c e l e b r a b a l a fiesta d e l Santísimo Sacra-

104

RUBÉN

VILLASEÑOR

BORDES

m e n t ó por el Corpus, se efectuó un tumulto por motivo de los vítores organizados por los partidarios de don Gerónimo de Soria y don Francisco Sarmiento, opositores a la canonjía doctoral de la catedral de Guadalajara; y los de este último, que lo eran en su mayoría estudiantes de la C o m p a ñ í a de Jesús, acometieron en la plaza mayor a los contrarios, que lo eran adictos al gobierno, y resultaron de tai encuentro lesionados a pedradas el oidor José Osorio Espinosa de los Monteros, el fiscal de la Real Audiencia don Luis Martínez Hidalgo M o n temayor, y el capitán don Alonso Ramos de Herrera y Salcedo, aparte de algunos otros."

5

Completan el cuadro de estas continuas reyertas dos movidos episodios de violación del sagrado derecho de asilo por parte de las autoridades civiles. E n 1693, José Mercado (alias Iglesias), perseguido por robo de cuatrocientos pesos, se refug i ó en el convento de los franciscanos. Los alguaciles lo sacaron, con gran escándalo de los frailes.

Mientras se contro-

v e r t í a el punto de inmunidad, el reo huyó y volvió a San Francisco. Entonces los oidores Juan de Escalante y Cristóbal de Palma y Mesa penetraron para echarle mano. Los frailes, por supuesto, pusieron el grito en el cielo, y el Obispo excom u l g ó a los dos oidores. E n el juicio de inmunidad que se siguió, el fiscal adujo ciertas disposiciones reales que hicieron que

se levantara la excomunión, pero de todos modos los

oidores fueron multados. Mientras tanto, la Audiencia cond e n ó a la horca al ladrón de los cuatrocientos pesos.

E n el

camino del cadalso, los estudiantes de la C o m p a ñ í a de Jesús arrebataron al reo y se lo llevaron al Colegio; varios otros eclesiásticos se aliaron en contra de la Audiencia, que no pudo salirse con la suya y recibió además una reprimenda del Rey de E s p a ñ a . Algún tiempo después u n tal Pedro de Vandenende, tras asestar una descomunal bofetada a Diego Franco de Ortega, escribano de cámara, se acogió al asilo de la catedral. E l alcalde ordinario, don Miguel Amezcua, acudió con su gente, y de manera atropellada pugnó por sacar de allí al culpable. E l Obispo, n i corto n i perezoso, ordenó que las campanas t a ñ e r a n a entredicho.

C u n d i ó la alarma entre el vecindario.

UN

OBISPO

Y UN

PRESIDENTE

105

D e s p u é s de m u c h o , resolvió l a A u d i e n c i a q u e dos oidores lev a n t a r a n e l cerco.

M i e n t r a s tanto, había h a b i d o tiempo

de

i n f o r m a r a S u M a j e s t a d , q u i e n d i s p u s o e n 1696 q u e , s i p o r v e n t u r a a t r a p a b a n a V a n d e n e n d e , se le o y e r a e n j u s t i c i a y, e n caso de ser c o n d e n a d o a l p a t í b u l o , i n f o r m a r a n a l R e y antes d e ejecutar l a sentencia, p a r a q u e los regios l a b i o s a p r o b a r a n o rechazaran e l veredicto. T a l e s son los p r i n c i p a l e s episodios de esta p u g n a entre e l O b i s p o y e l G o b e r n a d o r de l a N u e v a G a l i c i a , personajes tillosos e irascibles.

L o s documentos

que

hemos

pun-

exhumado

a r r o j a r á n —así l o esperamos— u n a n u e v a l u z sobre l a c o n t i e n da.

Ésta, desde l u e g o , n o t u v o n i n g u n a t r a s c e n d e n c i a especial,

p e r o nos deja v e r a l g o d e l a m b i e n t e s o c i a l de l a N u e v a G a l i c i a a m e d i a d o s d e l s i g l o XVII.

NOTAS 1 A r c h i v o General de l a Nación, Reales cédulas* v o l . 19, exp. 3 4 . 2 E n l a crujía de l a catedral, bajo doseles, tomaban asiento los oidores y e l Presidente de l a A u d i e n c i a , y en " l a banca de l a c i u d a d " los m i e m bros d e l Ayutamiento. (Luis R I V E R A M . , Sección histórica de l a Gaceta Municipal de Guadalajara.) 3 E n l a real cédula se especifican los cargos de los eclesiásticos, pero n a d a se dice de los seglares. N o estará de más transcribir este párrafo de l a Historia de la conquista del reino de la Nueva Galicia, donde M o t a P a d i l l a alude a varios de los personajes mencionados en el despacho d e l M o n a r c a : "Estaba vaco e l oficio de alférez real, p o r l o que para l a j u r a y aclamación del señor d o n Carlos II se nombró p o r alférez mayor a l capitán d o n Agustín de Gamboa (el hombre de mayor caudal en toda l a América septentrional), . . .y como los demás vecinos y republicanos tenían a l a vista las riquezas y magnificencia de tal alférez, se esforzaron y se excedieron p o r que con l a i g u a l d a d en sus portes fuese armonioso el acompañamiento, p o r lo que tocaba a l a caballería. T a m b i é n e l comercio hizo su deber, con u n bien f o i m a d o trozo de infantería española, cuyos soldados... en e l ejercicio de los precedentes ensayos quisieron acreditar las plazas de gastadores en las galas que alternaban, reservando las joyas, diamantes y demás preciosas piedras y plumas para el día de l a celebridad, en e l q u e d i e r o n vuelo a su fama, capitaneada de l a que dejó d o n Cristóbal Gutiérrez, que presidía no sólo p o r lo espléndido en el porte de su persona y e n l a de sus lacayos, sino p o r l a esplendidez con que ministró refrescos, divisas y pólvora a sus c o n m i l i t o n e s . . . E l alférez [Gamboa], acompañado de los principales republicanos que su cortesanía había convidado, . . .sacó el real estandarte y practicó con destreza y gallardía su aclamación en e l público

IOÓ

RUBÉN

VILLASEÑOR

BORDES

teatro en que l a R e a l A u d i e n c i a con su presidente aguardaba, cuyas ceremonias por sabidas omito, como las demás solemnidades de l a iglesia, monedas que se tiraron, los globos que artificiosamente contenían i n f i n i dad de aves, que libres de l a prisión se remontaron, llevando a las regiones más distantes l a noticia del feliz reinado de nuestro esclarecido rey e l señor don Carlos I I . Fué este plausible día el 8 de septiembre d e l año d e los seises [ 1 6 6 6 ] . Y a el día 3 1 de mayo había l a R e a l A u d i e n c i a solemnizado el recibimiento del real sello, que se entregó a don Juan de Aguilar, como canciller." E n su l i b r o Los gobernantes de Nueva Galicia, J u a n B . IGUÍNIZ trae algunos otros datos sobre Agustín de Gamboa. De Pedro Vidarte dice M o t a P a d i l l a que fué alcalde ordinario de Guadalajara y que después se ordenó de misa y llegó a ser cura del Sagrario. (Algún otro dato acerca de V i d a r t e puede verse en el prólogo de Jacinto R u b i o a l a Historia de M o t a Padilla.) De Diego Franco de Ortega, escribano de cámara hacia 1 6 9 5 , se h a b l a más adelante en el presente artículo. E n cuanto a Porres de V i l l a v i c e n c i o , hay que notar que es éste el apellido de uno de los mayorazgos más ricos de toda l a N u e v a España. 4 A r c h i v o G e n e r a l de l a Nación, Reales cédulas, vol. 2 1 , exp. 1 2 5 . 5 L u i s P Á E Z B R O T C H I E , La Nueva Galicia a través de su viejo Archivo Judicial. E l historiador tapatío dice tomar su relato de l a copia que posee de cierto manuscrito, y añade que "ningún historiador cita el caso, de suma importancia para el sociólogo". Esto no es del todo exacto, pues d o n A l b e r t o SANTOSCOY, en su Historia de Nuestra Señora de San Juan de los Lagos, cita el Diario de Martín de G u i j o , donde se lee que el 1 0 de j u l i o de 1692 llegaron noticias a l a ciudad de México de que los tapados habían tenido t u m u l t o estudiantil, en el cual resultaron apedreados dos oidores. — C o n posterioridad a Páez Brotchie, q u i e n esto escribe encontró u n animado relato del mismo motín. Dice así: " C o n ocasión de haber salido los estudiantes de l a Compañía de Jesús vitoreando a uno de los opositores a l a canonjía doctoral que está vaca en esta iglesia catedral, y concurriendo en la plaza de esta c i u d a d delante del palacio del dicho vuestro Presidente o t r o vítor que había salido l a misma noche vitoreando a otro opositor distinto del que victoreaban los estudiantes, que se componía de muchas gentes de todas esferas, y entre ellas el dicho sobrino del dicho vuestro Presidente [don Alonso Ramos de H e r r e r a y Salcedo] se adelantó con armas ofensivas y defensivas y embistió a los dichos estudiantes, que pasaban quietos y sin armas con su vítor, cuyo arrojo pareció más intrépido por acompañarle u n mulato cochero que con el azote comenzó a darles a los estudiantes, siendo españoles todos y los más gente p r i n c i p a l , que p o r los dichos ultrajes ofendidos, y arrebatados del ardor j u v e n i l de sus pocos años, viéndose sin armas cogieron piedras e hicieron retirar al dicho d o n Alonso Ramos y a todos los que le acompañaban, participando de las pedradas hasta dos ministros togados que, según dicen, habían salido a meter paz." (Rubén V I L L A S E Ñ O R BORDES, Reales células referentes a Nueva Galicia.)

Suggest Documents