O poder transformador da Verdade Texto: Iara Bichara | Ilustração: Gisele Caldas

Ilustração: Gisele Caldas Conceito individual, a realidade é o que se entende como possível. Assim, o limite do nosso entendimento está ligado ao conceito que fazemos de nós mesmos. Quando acreditamos que podemos realizar algo e nos propomos a enfrentar as situações que se apresentam para nos obstar a concretização desse ato, colocamos a nossa ação em movimento e fazemos o caminho mais adequado para chegar ao ponto desejado. Quando queremos algo e não colocamos em movimento as forças necessárias para ir buscá-lo, entregamos à energia envolvida, o poder de levar essa ação para outro local, onde ela possa se concretizar. Queremos muito que um desejo nosso se realize? Então por que não tomamos a rédea desse desejo e movemos as energias necessárias para que ele chegue até nós? Simples? Sim, isso é tudo que podemos e devemos fazer. Colocar nossa ação em movimento. Tudo e todas as circunstâncias apenas dependem do nosso poder transformador. Se movermos esse poder no sentido direto do nosso empenho, criaremos uma força geradora que irá se juntar a todas as energias que estão concentradas para a realização daquela mesma ação e se transformarão no objeto idealizado. Isto não quer dizer que sempre essas ações serão no sentido do crescimento. Também podem seguir no sentido da deterioração. A força é

sempre a mesma, mas o objetivo poderá ser diferente. O que importa é ter em mente que sempre que nos empenharmos visando uma realização – seja ela qual for – o objetivo será alcançado. É justamente aí que reside a nossa responsabilidade. Ao intencionarmos algo, devemos fazê-lo com o senso da consciência e o filtro do que for melhor para um número maior de individualizações. Se uma ação irá apenas nos favorecer, mas todas as outras criaturas que estão ao nosso redor não receberão qualquer benefício com essa ação, no campo das energias talvez ela não receba a prioridade necessária. Mas se ela vier a gerar uma onda transformadora e com possibilidades de aproveitamento por um número maior de individualizações, certamente sua expansão e realização ocorrerão dentro do prazo que for suficiente para que todos os envolvidos nessa situação possam tirar o melhor proveito desse ato. O importante é que apresentemos nossas ideias, nossas ações, nossos objetivos, tal como eles são, sem qualquer modificação ou interferência, o que colocaria em risco o seu sentido verdadeiro, uma vez a que a verdade está ligada ao conceito de honestidade. Uma ideia, uma ação, uma situação não é verdadeira porque é partilhada por algumas ou por milhares de pessoas. É verdadeira porque foi apresentada tal qual foi criada, sem modificação, nem manipulação. Como é mencionado no Codex, “o contrário de verdade não é mentira, é ilusão.” Pois é isto mesmo que ocorre quando transformamos “um pouquinho” um fato, mesmo que seja para dar uma conotação mais adequada ao interlocutor que está à nossa frente. Não podemos dizer que estamos mentindo, uma vez que não criamos uma nova situação, mas estamos modificando, manipulando uma ação para mostrá-la de uma maneira diferente da energia que lhe deu origem. Ao longo dos ciclos planetários muitas das situações que nos são apresentadas e transmitidas como verdadeiras, não passam de meros exercícios de ilusionismo, patrocinados pelas mãos e mentes hábeis daqueles que visam proveito próprio, controle, exclusivismo de informação, que se traduzem em uma só palavra: poder. Nesta nova era, com o conhecimento que estamos relembrando e a com a utilização consciente dos dons que estão à nossa disposição, há um aumento da nossa responsabilidade, especialmente para com a verdade, pois somente dentro deste parâmetro poderemos desenvolver o nosso limite de entendimento e expandir o conceito que fazemos de nós mesmos. Conhecendo o fundamento da Verdade, possuímos a ferramenta mais preciosa para criar e edificar uma Realidade de Luz!

Seja Luz! Sugestão: Leitura do capítulo 14, do Evangelho de João , onde no versículo 6 consta de finição de Verdade para Jesus.

Conciliando conceitos: Verdade e realidade Texto: Zeneide Batista | Ilustração: Gisele Caldas

Ilustração Gisele Caldas O conceito de Verdade é uma pergunta que sempre acompanha todo ser; todos de alguma maneira buscam a resposta. No dicionário: Verdade é também afirmação do que é seguramente certo e está dentro da realidade apresentada. Porém, no Codex, encontramos o conceito de realidade no qual “Realidade só existe individualizada no espaço mental de quem a formou e não tem dimensão.” Na Lei Universal, encontramos a resposta para essa questão. “Conhecimento e Consciência de que cada ser tem do Universo, todas as condições para desenvolver-se com pleno potencial, para crescer e para desfrutar, independente de sua forma de individualização.”

Se todas as condições estão em nós, também todas as respostas, se aplicando aos estudos, às vivências e às ações que aos poucos tornaram nossa caminhada mais equilibrada e nossa realidade mais harmoniosa. Conseguimos resolver os desafios, sem alterar nosso equilíbrio, sem exigir do outro mudanças, seguimos sem resistência e as situações se resolvem. A Lei dos Protótipos diz que toda energia emitida finaliza-se numa forma. Então, todas as nossas emissões vão finalizar-se de uma forma ou outra! Necessário se faz prestar mais atenção ao que emitimos ao que sentimos, pois essa energia vai se transformar, seja em idéia, ou sentimento. No encontro passado durante a palestra, essa frase ficou marcada para mim: “Verdade é o essencial para o estado do ser.” Lei da Essência é simplesmente a existência de tudo o que é. Então como saber o que é essencial? Essencial é maior e melhor, inclusivo e abrangente, adequado e útil em relação às opções. Temos que ficar, cosmicamente, com o essencial porque temos acesso a tudo. A Fonte tudo tem e tudo nos disponibiliza. Chego à seguinte conclusão, só mesmo com estudo do Codex, com o exercício do Espaço do Coração, e a aplicação diária em nossa vida, é que vamos encontrar a Verdade e agir mudando nossa realidade. Eis a chave, buscar no seu Eu superior, a resposta perfeita. “A mente tenta entender a Verdade; ela quer uma reposta racional para as coisas, e se agita em busca dessa resposta. Mas, as respostas só chegam quando a mente se aquieta. Então, você compreende a Verdade. É quando o conhecimento se transforma em sabedoria. E o conhecimento só se transforma em sabedoria através da experiência, não através da mente.” Sri Prem Baba O convite é passar das reflexões para as ações, vamos lá? Seja Luz!

A Verdade da realidade Texto: Marcelle Sampaio | Ilustração: Gisele Caldas

Ilustração Gisele Caldas Se tem um conceito entre as Leis do Codex, que de início sacudiu minhas estruturas profundamente, derrubando um mundo inteiro, para então expandir minha percepção, criando toda uma visão completamente nova para minha vida, foi o conceito de Realidade. Me lembro muito bem! “A realidade só existe individualizada no espaço mental de quem a formou e não tem dimensão. “ A Lei é sucinta, direta, no entanto o comentário dos Pleiadianos sobre a mesma nos leva bem além da sacudida de mundos, nos convidando a tomarmos consciência do que criamos como realidade, já que somos responsáveis por ela. Partindo do fato de que tudo é energia, e de que toda energia emitida finaliza-se numa forma, como diz a Lei dos Protótipos, incluindo aí sentimentos e idéias, já se torna claro que a atenção com o que estamos emitindo em forma de pensamentos e sentimentos é de fundamental importância. “A Realidade é um conceito mental e individual, não existindo um consenso relacionado à ela.” Mas como assim? A realidade não é coletiva? O que é verdade então? Pensei eu, em voz alta, num rompante de ansiedade ao começar a ler o

Codex pela primeira vez! No meu não entendimento era exatamente aí que tudo se tornava uma grande confusão, e é onde hoje, muitas soluções aparecem. Eu não conseguia entender como poderia viver uma realidade assim tão individual, onde eu era a responsável por ABSOLUTAMENTE TUDO que eu já experimentei viver. Sem algozes. Eu não queria assumir essa Verdade. Um dia percebi que resistir à Ela não estava facilitando em nada minha realidade. A solução do conflito, veio da decisão de olhar para dentro e começar a escolher com consciência o que eu estava emitindo, informando energeticamente e consequentemente, dando forma em seguida. Passei também a avaliar minha realidade percebendo o que não está em consonância com o que quero viver, para agir como responsável pelas mudanças necessárias, atualizadas com meu Agora. Trabalho diário, que à princípio me cansava, me desgastava com a idéia de ter que me vigiar o tempo todo. Com o tempo vem se tornando um novo modo de viver, que dá trabalho sim, mas também um prazer em estar atenta na construção do que estou criando como realidade. É como se eu tivesse mudado a lente através da qual vejo o meu mundo. Sim, também sou parte de uma realidade coletiva que se transforma a partir das realidades individuais. E sobre isso esclarecem: “Em primeiro lugar a realidade é apenas um conceito na mente de quem a formou. Muitos dos seres que formam a realidade têm um poder grande de convencimento e passam este conceito pelas gerações, que a entendem como algo real.” E que belo é saber que a evolução planetária que escolhemos viver nesse Novo Ciclo se dá em “pleno desenvolvimento individual com vistas ao coletivo”. Ainda nos comentários do Codex, sobre a Realidade é dito claramente que o que cada ser conhece como realidade necessita ter uma base criada na mente que compreenda aquilo como realidade, ou seja, nossa experiência constrói nossa realidade que por sua vez é o suporte para ser viver as experiências. Dentro disso não nos favorece em nada a máxima de São Tomé. “Ver para crer” somente nos impede de expandir nosso conceito e experiência de realidade. Na nossa gama de percepção dos sentidos decodificamos diversas vibrações diferentes nos informando o que reconhecemos como um objeto, uma música, uma pessoa, uma emoção. Apesar de serem

diferentes em sua vibração e portanto em sua forma, todos são energia/informação. Indo mais fundo nisso: “Se querem avançar no processo de verificar outras coisas além das que conseguem tocar, ver, ouvir ou cheirar, têm que formar essa dimensão em suas mentes…Como conseguiriam entrar em contato com outro tipo de realidade? Apenas se isso coubesse dentro daquilo que entendem como possível.” O que você acredita ser possível? Você se arriscaria a ir além do conhecido, e permitir que sua mente dê o salto para além do abismo? Ao alcançar essa compreensão, o conceito de verdade que tanto se misturava com realidade para mim, se transformou por completo. Para criarmos a própria realidade é preciso manipular energia, certo? Sendo verdade “a consequência de se apresentar uma idéia, fato ou situação sem manipulação”, como diz a Lei da Honestidade, e também o aspecto contrário à ilusão, como diz a Lei da Consciência, então Verdade , em qualquer nível, me leva docemente para a própria Fonte Criadora. Seja LUZ!

Verdade e Realidade Texto: Alê Barello | Ilustração: Gisele Caldas

Ilustração: Gisele Caldas

Na frente de cada individualização neste início do Novo Ciclo, deveria ter uma placa luminosa, com letreiros em neon piscando constantemente a frase: “Estamos em reforma para atendê-lo melhor!” Sim, estamos “em processo” e a tônica é justamente derrubar nossos próprios conceitos ilusórios e chegar à Verdade. O contrário de verdade não é mentira é ilusão. Ilusão que nos leva a achar que realidade é tudo o que existe e se não existe, não pode ser verdadeiro. Também nos faz imaginar que o que existe é verdadeiro, um perigo maior ainda. Mas faz mais do que isso; a ilusão nos envergonha de vez em quando, ao detectarmos internamente que não podemos sustentar o desafio de nos transformarmos, apenas nos utilizando dos elementos da realidade: se não for verdadeiro, irá ruir. Daí temos uma gama enorme de aspectos da ilusão em nossas vidas, desde as que aprendemos a amar quando crianças (a fantasia pura e simples, a superstição), às que nos ensinaram (os conceitos cristalizados no tempo e no espaço, o senso comum), as que quisemos que fizessem parte de nossas vidas por escolha (as teorias aceitas sem comprovação pessoal, ou aquilo que sempre funcionou para os outros e “deve” funcionar para mim também), as que não temos condições de avaliar do nosso ponto de contato com outras esferas (o sistema da terceira dimensão, os postulados imutáveis, o funcionamento do Universo), as que insistimos em perpetuar mesmo já tendo a resposta interna e agora, sem parênteses e em maiúsculo: O PADRÃO DO VELHO CICLO. Se você ainda está em dúvida quanto à diferença de uma e outra — verdade e realidade — pode pensar em termos hipotéticos: Tome este mundo como verdadeiro. Imagine-se chegando junto com Alice ao País das Maravilhas. No caso, em comparação ao seu mundo verdadeiro, ele seria realidade… Agora pense que o cenário do Senhor dos Anéis é o território vizinho ao País onde está Alice… Daqui desse mundo fora da ficção, o mundo de Tolkien é realidade, assim como o País das Maravilhas é realidade… Dê uma volta de 180 graus e pense no seguinte conceito: este mundo no qual vivemos agora é tão “real” quanto é o País das Maravilhas e a Vila Hobbit, ou Valfenda! Não se engane: não há ninguém, que tenha rompido definitivamente o véu entre realidade e verdade, pois este é um desafio tão grande que não poderia nos pertencer. Há vislumbres, há epifanias, não há perenidade. Por isso, o próprio Ciclo é quem se incumbe de dar conta de rasgar — por

vezes, dilacerar — a estrutura para que enxerguemos. “É uma tragédia!” Ah, é sim! É desesperador aquele momento de ficar frente à frente com a Verdade e sucumbir à grandeza brilhante que cega e faz tudo mais desaparecer. (Êxodo 33: 18-23) “Então ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória. Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e apregoarei o nome do Senhor diante de ti: e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem me compadecer. E disse mais: NÃO PODERÁS VER A MINHA FACE, PORQUANTO HOMEM NENHUM VERÁ A MINHA FACE, E VIVERÁ. Disse mais o Senhor: Eis aqui um lugar junto a mim; ali te porás sobre a penha. E acontecerá que, QUANDO A MINHA GLÓRIA PASSAR, te porei numa FENDA DA PENHA, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. E, havendo eu tirado a minha mão, ME VERÁS PELAS COSTAS: MAS A MINHA FACE NÃO SE VERÁ.”

Por que será que não se podia ver Deus, a não ser pelas costas? De que tamanho era essa Verdade que não podia sequer se apresentar diretamente? Pois bem: não nos vemos, a não ser indiretamente. É através de um espelho, ou do outro, que tomamos consciência de nossa própria existência. Sua verdadeira face é tão misteriosa a você, quanto a minha é a mim. Temos o mundo todo para “ver”, menos a nós. 34. (…) Tenta aprender a verdade aproximando-te de um mestre espiritual. Faz- lhe perguntas com submissão e presta -lhe serviço. As almas auto-realizadas te podem transmitir conhecimento porque viram a verdade.

35. Tendo recebido verdadeiro conhecimento de uma alma auto-realizada, jamais voltarás a cair nesta ilusão, pois, com este conhecimento, verás que todos os seres vivos são apenas partes do Supremo, ou, em outras palavras, que eles são Meus. 36. Mesmo que sejas considerado o mais pecaminoso de todos os pecadores, quando estiveres situado no barco do conhecimento transcendental serás capaz de cruzar o oceano de misérias. 37. Assim como o fogo ardente transforma a lenha em cinzas, ó Arjuna, do mesmo modo, o fogo do conhecimento reduz a cinzas todas as reações às atividades materiais. 38. Neste mundo, não há nada tão sublime e puro como o conhecimento transcendental. Esse conhecimento é o fruto maduro de todo o misticismo. E aquele que se familiarizou com a prática do serviço devocional desfruta este conhecimento dentro de si no devido curso do tempo. 39. Um homem fiel que se dedica ao conhecimento transcendental e que subjuga seus sentidos está qualificado para conseguir este conhecimento, e, tendo-o alcançado, obtém rapidamente a paz espiritual suprema. Bhagavad Gita

De que mestre o Bhagavad Gita nos fala? Seria alguém igual a você na dimensão e existência, um que como qualquer outro, sequer enxerga sua própria face? O texto nos leva a recorrer à alma transcendente, auto-realizada, (AUTO, que faz a si mesma!!!) ou seja, à nossa própria individualização superior, aquela que subjugou os sentidos e não mais “vê, ouve, cheira, saboreia ou sente, fisicamente”. Transcendeu e sabe. No Ciclo anterior o desafio era que aprendêssemos a amar uns aos outros. Imaginando que alguns já conseguiram, o Novo traz a incumbência de que aumentemos as semelhanças e diminuamos as diferenças. O acréscimo da VERDADE não é exclusivo deste Ciclo, porque é indispensável tanto para amar quanto para conviver. Todo aquele que continua a se esconder da Verdade nem ama, nem convive, nem consigo, nem com as outras individualizações.

Então, a cada pista que me é mostrada de dissolução, de ruptura, de rompimento ou de aparente caos — trazida pela Verdade — eu agradeço e penso, aliviada: “estou mais perto, nesta circunstância, da Verdade.” E uma vez mais perto é impossível recuar. Quando a Verdade se apresenta na minha vida, não olho para trás: arquivo a situação, sacudo a poeira – você já assistiu à implosão de um edifício? — e amarro os sapatos com nó duplo para não perder mais tempo! Em frente, minha gente, caminhemos pavimentando essa estrada com o nosso melhor e deixando à Verdade a tarefa de abrir a trilha e romper os véus. Como guia, tomemos a mão de nossa individualização maior e permitamos que ela possa ser os olhos que nunca teremos nesta dimensão para enxergar o esplendor. Seja Luz!

Um projétil de Amor Texto: Claudia Sampaio | Ilustração: Gisele Caldas

Ilustração: Gisele Caldas “Senhor, Fazei de mim um instrumento de vossa paz! Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.” – atribuída a São Francisco de Assis. Manifesto tantas coisas na minha realidade que não gostaria de ver. Assisti a um vídeo, no qual um garotinho inconsolável perdeu seus entes queridos, numa guerra, que nunca entendi o motivo de existir. Como me doeu ouvir seu clamor, sua angústia. Na hora, fiquei enfurecida com a insanidade e as atrocidades dela decorrentes. Foi um assomo de revolta que me desestabilizou. Talvez pela

circunstância, percebi involuntariamente a semelhança entre duas palavras: projetor e projétil. No Codex, a Lei da Projeção diz: “Toda e qualquer imagem interna sujeita à atenção com qualidade, se exteriorizará.” Concluem nossos nossos Irmãos Cósmicos: “Então, projetem imagens interessantes!” Então, há um lugar dentro de mim, onde esta criança inocente tão igual aos meus filhos não sofra e seja feliz como lhe é de direito? Seria um devaneio? Percebi que meus questionamentos eram tantos quantos foram os anos desperdiçados no prolongar da ilusão de se aumentar diferenças e excluir semelhanças entre nós. Decidi me aquietar, num Exercício do Espaço do Coração: Na intenção, me conectei com aquele Menino Símbolo e lhe disse com carinho: “estamos com você, Querido.” Queria que o sentimento (que é uma energia/informação) se traduzisse para ele logo – lá do outro lado do mundo, alguém o abraçasse, lhe levasse ao menos um copo d’água. Alguém cuidasse dele e da família, com ternura. E me assustei comigo mesma. O que eu senti pelos algozes daquela família talvez fosse tão forte quanto a compaixão que senti pela criança. Era brutal. Horrível. Vi que sou também responsável. Quanto ´projétil de medo’ em sombra de ódio escapara de mim, naquele instante? Se eu distante, fisicamente, pude gerar algo tão pernicioso, como deve vibrar uma região em que isto foi nutrido em séculos pelos que se olham com tanta repugnância. “Amai os vossos inimigos.” – me pareceu distante e complexo de ser vivenciado. Mas, por mais que a minha mente não aceitasse esta mensagem, ela fazia todo o sentido dentro do coração. Um dia, haverá tanta consciência de nossa unidade, que estas imagens distorcidas irão fenecer. O medo, a fúria, a indiferença que cultivamos na mente não mais serão retroalimentadas, nem por mim, nem pelo outro. Não. E com mais percepção de que esta dualidade dolorosa não existe na Fonte – que nos reconhece como Deuses de nossa Realidade, permitiremos que o coração lance Amor e paz, sem distinções, sem condições. Quando a situação encontrou misericórdia, perdão no meu peito, e consegui emanar brevemente um pouco de acolhimento para aquele que repudiei, projetei outra imagem interna – um ‘projétil de amor’. Mais integrada, me lembrei de uma frase recente que meu filho pequeno disse, com meiguice: “Seus olhos são lindos como Deus”. O olhar de cada um é também poderoso como a Fonte e pode “escolher

imagens interessantes” – verdadeiras “como tudo que parte da Fonte” *** – lindas, no projetor do coração. Projéteis de amor lançados por um olhar cheio de LUZ. Imagens LUZ. – “… Onde houver trevas, que eu leve a luz. * ”. Seja Luz. *Oração de São Francisco de Assis: http://www.youtube.com/watch?v=3iUznYuuxlI ***Codex.

Vejo ou sinto? Texto: Iara Bichara | Imagem: Gisele Caldas

Ilustração: Gisele Caldas Há muito tempo que eu não ia ao centro da cidade de São Paulo. Hoje, aproveitando a necessidade de renovar alguns documentos, me permiti perambular pelas ruas do centro velho. Amo muito esta cidade e, mesmo com todas as suas mazelas, ela ainda consegue me surpreender e fazer meu coração bater mais forte. Passei por ruas que me trouxeram lembranças de momentos muito importantes da minha vida. A criança que erguia a cabeça e arregalava os olhos para ver o topo de mais uma torre que se erguia, reviveu em mim. Bebi como um licor, cada canto da praça imponente onde impera o prédio do meu primeiro emprego, que ainda majestosa, serve de porta e escudo ao outro lado da cidade. Embora o tempo tenha passado e muitas modificações tenham se processado, havia no ar a mesma sonoridade dos passos apressados, o

mesmo rumor que saia das lojas e ganhava as ruas, a mesma busca que acompanhava os olhares de outrora. No momento em que me dei conta desse desajuste – ou permanência – do tempo, busquei resposta nas sacadas de ferro, nas fachadas trabalhadas, nos beirais recuperados, mas em vão. Procurei exaustivamente por todas as transformações, fossem no trânsito – já que muitas ruas foram fechadas à passagem de veículos, fossem na mudança de ramo de lojas tradicionais, ou na construção de novas passagens e, até mesmo, na demolição de vários prédios, para dar lugar ao metrô. Qual o quê! Em tudo havia o mesmo cheiro da antiga cidade. Voltei para casa me questionando sobre a causa de toda a indignação que esta cidade causa aos seus visitantes e as opiniões tão diversas que eles têm sobre ela. Nem sempre vemos sua melhor parte, mas qual seria ela, se na sua grandiosidade, tudo é generoso e total? Lembrei-me imediatamente da palestra do último encontro do Movimento Era de Cristal, sobre Abundância e Plenitude e constatei que a cidade de São Paulo personifica bem o “Tudo o que Há”. E aí compreendi que sempre é mais fácil colocar o nosso foco de atenção nas manchetes e estas, nem sempre, retratam com exatidão a situação globalmente. Na maioria das vezes vemos apenas uma parte do todo e sobre ela fazemos o julgamento do conjunto. A cidade que habita em mim não é aquela que meus olhos veem, mas a que meu coração guarda. É nele que ela se mostra plena! E para ilustrar esse “Tudo o que há” em São Paulo, deixo com vocês, para reflexão e deleite, duas canções: Sampa – de Caetano Veloso e Amanhecendo – de Billy Blanco. Seja luz!

O que vejo não é o que existe Texto: Fátima Pedro | Ilustração: Gisele Caldas

Ilustração: Gisele Caldas Ainda com o conteúdo da palestra do último encontro, cujo tema foi “Vida Plena e Abundante”, reverberando em minha mente e coração, transmito uma parcela muito pequena de tudo o que foi trazido para nossa reflexão e aprendizado. Escolhi a parte que fala das nossas escolhas. Por quê? Bem, há umas três semanas atrás, cismei com o livre arbítrio. Fui ao CODEX e li a Lei: “Cada ser, cada forma de individualidade, tem a possibilidade de dirigir a sua existência, desde que não viole o mesmo direito de ação que outro ser está exercendo naquele momento. O livre arbítrio está relacionado a cada pequena ação e não a todas.” “Assim, nisto se incluem as escolhas e as possibilidades, porém, ao escolher uma possibilidade, não se pode violar esse direito, essa mesma possibilidade, em outro ser.” “Não é possível cuidar de todos os aspectos ao mesmo tempo. É possível ter consciência do que se faz naquele momento e respeitar o direito do outro de exercer o mesmo aspecto.” Porém, quando um dos pontos trazidos na palestra foi: “as escolhas já existem”. Pensei: mas, como assim? Até ontem eu tinha que escolher: “eu quero isto, ou eu quero aquilo”. E, ainda por cima, me responsabilizar pelas consequências das minhas escolhas e agora? Péra…. Se “as escolhas já existem”, então eu escolhi inconscientemente?

Eu não preciso mais me responsabilizar por elas? Nesta dimensão, onde a dualidade ainda se faz presente, e, consequentemente, ainda precisamos fazer escolhas, temos sim que traçar metas, definir prioridades e buscar no Espaço do nosso coração as indicações dos caminhos que devemos prosseguir. E viver “plena e abundantemente” a forma que escolhi. E, também, respeitar o direito do outro. Sinto que é, realmente, chegado o momento de acordarmos “plena e abundantemente” para a nossa realidade. Esta existência, a meu ver, nos traz, talvez, uma das maiores oportunidades de reflexão e entendimento sobre a nossa existência, sobre a nossa origem. Estamos, apenas, iniciando um ciclo que nos levará, na medida que nos empenharmos e nos dedicarmos, à compreensão de “tudo o que há”. “Quando decidimos por nos individualizarmos, partindo da Fonte, onde o nosso sétimo corpo foi criado, fomos criando esferas, com o objetivo de buscarmos o nosso desenvolvimento, percorrendo este “tudo o que há”, e, portanto, o que estamos vendo não é tudo o que há.” Como nos foi instruído: “O caminho de escolha é total e absolutamente livre. A sua individualização “vai se ligar numa frequência não utilizada e trazer para a sua consciência e ela passa a existir.” E vamos seguindo – aqueles que encontram-se despertos, com a certeza das possibilidades incríveis que temos à nossa frente – nesse “tudo o que há”, escolhendo viver “plena e abundantemente” o melhor momento desta existência. Seja LUZ! Toda luz em cada Agora! ______________________ Você pode adquirir o ebook com a transcrição da palestra citada o artigo, “Vida Plena e Abundante“, na loja do Movimento. Clique, compre e ajude na expansão do Codex !

Na encruzilhada

Texto: Gustavo Andriewiski

Naquela noite, antes de deitar eu resolvi. Vou lá falar com o responsável por essa bagunça. E lá fui eu, guitarra nas costas, até a primeira encruzilhada que encontrei. Sentei e esperei. Ele veio, não sem demorar um bocado e não antes de eu tocar os acordes certos. Ele sabia que eu não buscava nenhum pacto que me levasse às glórias da fama, mas deve ter achado divertido ver aquele carinha parado ali querendo respostas, então apareceu. É lógico que ele me lembrava alguém que eu conhecia. Eu ameacei começar a falar mas ele me interrompeu: - Por que você acha que eu vou te responder? – ele disse - Você veio até aqui, não veio? – respondi - Você sabe que eu não vou te atender e ainda assim você também veio até aqui. Eu parei por um instante, apreciando a inteligência do indivíduo. Ele se virou de lado observando a estrada. - Por que você existe? – eu segui. Silêncio. Ok, ele não vai me responder. Mudei de tática. - Você se parece com alguém que eu conheço. - É porque você já veio aqui antes. Aquilo me pegou desprevenido. - Como assim?

Silêncio. Esqueci, nada de perguntas. - Eu não me lembro. - É porque eu sempre venço. Então ele virou de frente me encarando e tomou a palavra. - Por que você existe? - Pra amar. Ele gargalhou. Eu me esforcei pra não me ofender - Você pode não acreditar mas é pra isso que eu existo. E é por amor que eu vim aqui falar com você – insisti. - Você veio aqui pra entender o que eu ganho com isso. Com a miséria e com a infelicidade, como se eu fosse o responsável. Não precisei de muito esforço pra admitir. - Você tem razão! Ele sorriu. E deu um passo atrás. - Foi mais rápido que antes – e continuou. – Pela sua sinceridade, eu vou te explicar: a experiência que vocês escolheram requer um agente oposto. Um centro magnético que irradie constantemente energia inversa ao impulso original. Entenda bem, o impulso original não é o que você pensa, não é evolutivo, ou em direção ao que você entende como um grande e eterno ser “perfeito e bom”. O impulso original é descendente em vibração. Descendeu da Fonte em direção a mim. Vocês me buscam e me encontram. Desse encontro original surge a impressão da dualidade. Eu sou a garantia de que vocês conseguirão retornar. Ele sorriu. O sorriso era sincero e amigo. O mais sincero e amigo que eu já tinha visto. Aí, eu me lembrei de todas as vezes que eu estive naquele mesmo ponto. E me lembrei que não era a primeira vez que ele me explicava aquilo. - Então se a origem é a verdade, eu sou….? - A ilusão – respondi. – A garantia de que eu vou sempre procurar retornar para a plenitude da verdade. Ele sorriu e estendeu a mão – Vamos?

- Aonde? – perguntei. Ele respondeu …. e eu não percebi que esse era o sinal. - Agora que você sabe a resposta não pode mais ficar aqui. Essa realidade não te serve mais. Eu dei um passo pra trás. – Não! Eu não quero deixar essa realidade, as pessoas que eu amo, as coisas que eu gosto de fazer e de sentir. Eu quero poder experimentar a vida sabendo do que você me explicou. - Isso não é possível – ele disse. - Se esse é o preço, eu prefiro não saber. O sorriso se foi. A mão, recolhida. Eu acordei na minha cama. Vazio. Lá na encruzilhada ele ficou, sabendo que em algum momento eu voltaria e, quem sabe, nesse momento eu não acreditaria nele.

Gotinhas de Luz

Era uma vez… Um grupo de gotinhas… Imóveis, formando austeros cubinhos de gelo. Por estarem isoladas nos quadrados das forminhas, tinham sentimentos contraditórios com relação às que lhes pareciam invisíveis, delas só se ouviam vozes. Algumas soavam angelicais. Outras pareciam mais assombradas pelo eco do freezer. Ficavam restritas à temperatura mais fria – que lhes dava a severa noção de seus limites. Temiam, apesar da curiosidade, cada vez que a porta do congelador se abria, e uma criatura estranha retirava de lá um dos potes. Um dia, houve

uma longa queda de energia e o resfriamento da geladeira foi comprometido. As gotinhas dos cubos de gelo ficaram aflitas com a dissolução parcial na sua estrutura outrora rígida. A tal criatura abriu o congelador e as jogou numa vasilha. Ali, algumas perceberam que eram UMA só, mesmo cientes de sua individualidade. Nossa, que alegria! No entanto, outras resistiram em blocos inflexíveis, o que gerou conflitos, esquentando o padrão vibracional delas. Então, a criatura as colocou numa chaleira e sentiram a mesma apreensão de antes. Seriam extintas? As valentes buscavam fluir com a mudança: “unificando suas semelhanças e diminuindo diferenças entre si.” - e assim, quentes (e cordiais) ficavam cada vez mais leves! Até que miraculosamente ascendiam, transcendendo as discórdias, elevando-se até a tampa e escapando por uma chaminé… Esse arrebatamento era individual e respeitava o tempo de alquimia de cada uma. Mal podiam acreditar: estavam voando! Sutilizadas ao extremo. Voaram tanto que chegaram ao céu das gotinhas – algo sensacional, zilhões irmanadas, numa configuração que parecia uma nave, mas era de fato uma nuvem. Nela, as uniões honravam afinidades mútuas e propósitos, impossível supor que fosse aleatório. Uma noite, atingidas por relâmpagos súbitos e trovões mais que ensurdecedores, a maioria delas despencou de suas naves. Seria o inevitável fim? Não. Mergulhavam inconscientes em mares, rios ou lagos. Parecia ao acaso: cair aqui ou ali. Creio que conosco, as criaturas humanas, não é muito diferente. Parece até o nosso ciclo. Às vezes, temos a impressão de que estamos (por engano) no ambiente desalinhado, num corpo inadequado, em companhias desajustadas. No auge do desespero, até no planeta errado. Se isto acontecer, ouça sua voz interior vibrando: – “Coragem! Longe do medo, perto do amor.” ***** Nossos irmãos cósmicos nos explicam no Codex: “A coragem é uma Lei que requer ação permanente.” O temor nos impede de vivermos nossa verdadeira natureza. Sem medo, mesmo o isolamento mais glacial pode ser usado para desenvolver autonomia. E quando um contexto nos parece tedioso, da ousadia brota a criatividade. E os ambientes tórridos? Neles, com muita coragem, você pode se identificar com a Luz ardente do seu coração – que transmuta qualquer energia e se integra – e sobrepor sua serenidade à qualquer tensão – ganha asas. Não se lembra de ter sido tão corajoso? Mas, que outra explicação haveria para que mesmo chegando a este estágio incrível, usufruindo de paz numa nuvem fofa (junto a queridos amigos irmãos de Eras, já noutro plano) tenha tomado a decisão de existir por aqui? Ah sim… Uma saudade estrondosa como trovão e a gratidão mais faiscante lhe apontaram de novo o destino que é sempre uma aventura – a Terra! Sentiu vontade de

retornar para compartilhar e aprender mais sobre suas lindezas. Então, mergulhou como um anjo audaz, mas adormecido em suas águas abençoadas. Rendição ao apelo irresistível da sua essência… Outra vez… Você é a Gotinha da Fonte do mais puro AMOR. Seja Luz! *** trecho da Lei da Reconciliação – Codex. ***** Lema do Movimento Era de Cristal: ”Longe do medo, perto do Amor.”

Questionamentos Texto: Iara Bichara | Ilustração: Gisele Caldas

No decorrer desta minha existência, já me surpreendi inúmeras vezes olhando para o infinito e me questionando sobre o porquê de ter tomado “aquela” decisão, se me preparara muito para seguir o caminho oposto. Em outras tantas vezes, realizei coisas que jamais pensara fazer, ou desisti de oportunidades que não mais se repetiriam. Empenhei-me com todas as forças em propósitos abandonados prematuramente. Acalentei por muito tempo sonhos simples de concretizar e acabei efetivando metas jamais imaginadas. Em momentos difíceis de perdas, de problemas com a saúde, de crises financeiras, de gastos inesperados, emergências ou quaisquer outras situações mais delicadas, mesmo sentindo as pernas falharem e o abandono querendo tomar conta de mim, algo me empurrava no sentido do movimento, da ação e isto sustentava a minha frágil estrutura. Busquei a origem dessa força na filosofia, na religião, na ciência, nas artes, nos seres que me cercam, nos meus ancestrais, nas minhas projeções, nos meus sonhos e, a cada vez que me atirei profundamente no estudo de um desses elementos, acreditei ter encontrado a resposta para o meu questionamento.

Hoje posso afirmar que tudo e todos tiveram extrema importância, cada qual com o seu peso exato para as diversas fases de minha vida. Foi no acúmulo das histórias ouvidas, dos livros lidos, das orações proferidas, dos estudos realizados, dos objetos criados, da intensidade do carinho recebido, da convivência compartilhada, dos devaneios flutuantes que me perdi e me achei… As vozes fazem parte das minhas existências externa e interna, a ponto de não mais saber – nem querer – distinguir de onde elas vêm. Sei que existe um “eu posso” que pula na frente de cada entrave, um “eu vou” que se coloca acima de um impedimento, um “estou aqui” que se fortalece com o peso da ausência e isto me impulsiona a saltar todas as barreiras. Mas também há um “não precisa ser agora” quando a ansiedade chega, um “vai ficar para outra vez” quando o imediatismo reclama ou o “não quero mais: desisto” quando a insistência ordena. Mais do que nunca, treino os meus ouvidos a apurarem a acuidade e captarem todos os sons, os tons, os murmúrios. E, como essas vozes também podem se apresentar vestidas de cores e de luzes, abro bem os meus olhos para que, ao enxergá-las, elas possam derramar suas mensagens e pintar com novos matizes a minha caminhada. A beleza do questionamento está em descobrir que a cada passo pode se abrir uma nova possibilidade de experiência, de aprimoramento e de crescimento! E para embalar esse artigo, um lindo Seja Luz! do Gilberto Gil.

Ouvindo as respostas da voz interior Texto: Zeneide Batista | Ilustração: Caroline Nunes

Ilustração: Caroline Nunes O que eu sinto quando ouço minha voz interior? Eis uma pergunta interessante. Na maioria das vezes, nos sentimos como vítimas sofredores, tristes e abandonados. Algumas raras vezes, nos sentimos cheios de criatividade, fé, com força de vontade para mudar tudo e a todos. Bem, como vemos, é um exercício interessante, nos observarmos. Já me senti assim… Vítima e sofredora; por diversas vezes, me achava sozinha e incompreendida… mimimi… Mas quando resolvi olhar melhor, percebi que ao invés de ser vítima, era sim, uma pessoa disposta a vencer o egoísmo, o comodismo e agir buscando a cada dia a calma, a serenidade o equilíbrio. Quando criança ouvia essa frase “Atingir o equilíbrio é a meta suprema” (Alziro Zarur), não entendia muito bem, mas ficou gravado na memória, e assim, passei a buscar o autoconhecimento, percebi quanto é necessário esse equilíbrio para superar os desafios diários, os enfrentamentos familiares de toda sorte. Conheci o grupo e o Movimento, e no início sentia dificuldades para fazer os exercícios propostos, mas com persistência e disciplina, passei a usálos e que maravilha… quantas descobertas, quantas respostas recebo, as coisas fluem de forma mais tranquila, sem resistência e com muito amor. O Codex é uma das ferramentas para essas mudanças, e convido você a fazer essa experiência: comece a se observar, a se ouvir, e procure anotar suas sensações, relatar o que sente; tenho certeza de que vai ser muito gratificante. Perceba tudo que já tem e o que ainda pode fazer para alcançar o equilíbrio necessário, converse com seu Eu superior e ouça suas respostas, lembrando sempre que “toda a individualização traz em si, todas as condições para se desenvolver com pleno potencial, para isso basta conhecimento e consciência.” “Concedei- me SENHOR, a serenidade necessária para aceitar as coisas que eu não posso modificar, *Lei Universal (Conhecimento e consciência) coragem para modificar aquelas que eu posso,*Lei da Coragem e Mudança (enfrentamento,e mudança)

e sabedoria para distinguir umas das outras.” *Lei da Essência(O que for melhor, mais útil, mais abrangente) Fiz um paralelo desta Oração de Chico Xavier com o Codex. E quando finalizava esse artigo recebi essa mensagem, e resolvi colocar também como complemento dessa reflexão. Seja Luz! ”Doçura é a maestria dos sentidos. Olhos que vêem o fundo das coisas, ouvidos que escutam o coração das coisas, voz que só expressa a essência das coisas. Doçura é o resultado de uma longa jornada interior ao âmago da vida e a habilidade de lá descansar e assistir. O que é realmente doce nunca pode ser vítima do tempo, porque doçura é a qualidade da pessoa cuja vida tocou a eternidade. ” Brahma Kumaris

Faça para saber Texto: Marcelle Sampaio | Ilustração: Gisele Cladas

Ilustração: Gisele Caldas Quantas formas de comunicação são usadas pela nossa voz interior? Sim, porque nossa inteligência intuitiva perpassa nosso corpo tridimensional, utilizando diferentes maneiras de nos chamar a atenção para a verdade que mora dentro de cada um de nós. Contamos com os cinco sentidos que com suas funções perceptivas podem nos servir de alarmes do sexto sentido, a intuição, nossa conexão entre consciência e memória cósmica. E o que aciona essa conexão, criando uma abertura entre nossa percepção tridimensional e nosso sexto corpo?

Bem, esse assunto foi discutido na nossa série de artigos sobre Intuição**. Quem não leu ainda, aproveita! Quanto mais me coloco em atitude de contato com a Fonte, mais meu Eu Superior, Aquela inteligência inerente, onipresente, onisciente e incondicionalmente amorosa em mim; tem espaço de ação no meu dia a dia. Quanto mais me prontifico a silenciar a mente dual, acalmando, neutralizando as emoções, mais abro meu canal de comunicação com essa Inteligência, ampliando minha capacidade de compreensão do que está sendo informado. Nossos sonhos são poderosos canais de comunicação com nossa inteligência e percepção sutis, basta que intencionemos usa-los desta forma e nos coloquemos em estado de observação. Muitas vezes tenho grandes insights durante a noite no intervalo entre um sonho e outro. De repente acordo com uma ideia, uma resolução de algo que não estava conseguindo ver com clareza, uma resposta mesmo. Neste caso não está no sonho a informação, mas ainda assim, está em um intervalo onde a mente racional está em silêncio. Cabe à mim, ligar os pontos e depois agir de acordo com o que me foi indicado. Sem dúvida, momentos de meditação, oração e Espaço do Coração podem ser perfeitos para nos colocar em contato com nós mesmos em um nível acima. Aqui a intensão de conexão se torna sua própria potência. Aqui, o Agora é inteiro para essa escolha. Semana passada vivi uma experiência que desejo compartilhar com vocês. Fiz o exercício do Espaço do Coração* com a intensão de entrar em contato com meu Eu Superior, em silêncio, sem nenhuma outra expectativa. A ideia era estar em conexão comigo mesma. Então algumas imagens começaram a surgir, e escutei: “Apenas ouça e receba as imagens.” Peguei um lápis e papel seguindo o impulso! A imagem era de um novelo de lã vermelho. Ele estava dentro de mim, no lugar do coração. E “ouvi” : “Como em um rolo de lã, os conflitos internos se acumulam estando sempre prontos para serem desenrolados, e terem cada parte do seu grande novelo exposta à luz.

Desafie-se a puxar a ponta. Puxe o fio sem medo algum. A única novidade será a verdade de que o rolo diminui a medida em que sua atitude se mantém. Conserve a calma em seu coração, esvaziando-o a cada dia, em cada situação que possa servir de acúmulo de conflitos internos. Enquanto este rolo, novelo, cresce, diminui o espaço humilde em seu coração e suas experiências passam a se tornar conflituosas também. Deixe ir, desapegue-se da imagem de seu antigo eu, que de modo condicionado acumula mais e mais fio ao novelo. Perceba que um conflito interno olhado sob a luz do Amor desapegado, o Incondicional, pode não só desaparecer como ainda se transformar em belas lições sobre si mesma. Recrie com os fios que foram puxados, afinal você os criou! Reinvente ou simplesmente corte sua relação com aquele pedaço de fio que não lhe traz benefício algum. Não adianta querer puxar o novelo todo de uma só vez. Mas sim, ousar puxar aquela ponta que está ali, bem à mão pronta para ser um fio e não mais um novelo. Sim, enquanto estão em novelo, fios são novelos, apesar de serem fios. Compreende? Não acumule. Libere. Desista ao invés de resistir. Esvazie-se. Não importa mais nada além disso, a não ser COM O QUE, você vai se preencher depois! A cada conflito, puxe o fio e olhe a situação como se você estivesse observando um filme, uma cena, mas sem o conflito. Veja a situação, sem o conflito, como se tivesse acontecendo na sua frente, e não dentro de você. Puxe o fio. Observe. Dentro de você o conflito começa a se dissolver. Faça para saber. Pela primeira, e única vez, meu pensamento interrompeu o fluxo e “disse”: mas isso dá muito trabalho!”

Sem deixar tempo para desenvolver o assunto, a resposta veio: “Menos do que sua mente quer que dê. O medo é resistência em estado puro. Faça para saber. Seja luz iluminando a si mesma. Banhe-se com a luz do seu próprio timo.” Depois de ficar boquiaberta, rsrs, sentir uma gratidão profunda e devolver toda aquela energia recebida, fui praticar! O resultado? Faça para saber!

Um grande abraço, com amor! Seja luz ! * https://www.youtube.com/watch?v=9EL3wPwdJ1U ** http://unaversidade.org/movimento//?s=intuição

Quando eu ouço a minha voz interior

Olá queridos e queridas! O convite desta semana é para que nos debrucemos a refletir sobre a nossa voz interior.

Voz interior não é o grilo falante, nem a intuição, nem o ego, nem algo externo refletindo no interno, apesar de parecer uma grande mistura de todos esses elementos. Disse que “não é” e já temo começar uma batalha em sua mente. Se não é isso, o que seria? Estou longe de esperar uma resposta instantânea. Nem a tenho nem pretendo que você a dê, de pronto. É preciso, mais uma vez, ponderar. Será que esse conceito corrente e ensinado há tanto tempo sobre voz interior, não é o responsável não apenas pelas confusões que fazemos sobre isso, como também por algo pior: não conseguir detectá-la? O Novo Ciclo cobra de nós o desenvolvimento. Não pense nisso e estará cheio de problemas para resolver sem ajuda nenhuma, gerados por você mesmo. Foque no desenvolvimento e, por outro lado, receberá aporte em forma de oportunidades, subsídios, material, insights, pistas, pessoas e tudo o mais que se fizer necessário para que evolua. Todavia, está mais do que claro que esse desenvolvimento não depende de mais ninguém, além de nós mesmos. A responsabilidade é inteiramente nossa e ao nos colocarmos no papel de timoneiros, o navio, por mais bravo que esteja o mar, saberá a rota. É dentro desse navio que estão todos os elementos: você e sua voz interior. Preparados para o embarque? Que a semana de artigos sobre a Voz Interior comece! Espere! Não terminei ainda! No sábado dia 19 faremos o encontro de julho, numa experiência diferenciada de nos encontrarmos num local público e acessível, o Centro Cultural São Paulo, na estação Vergueiro do metrô. Além do nosso protocolo normal de trabalho, com explicações e aprofundamentos sobre o Espaço do Coração, o Novo Ciclo e o Alinhamento Energético, encerraremos este ciclo do grupo – vêm novidades por aí! – com uma palestra sobre Vida Plena e Abundante. Por favor, desmarque seus compromissos e vá. RESERVE SEU LUGAR NA PÁGINA DO EVENTO:

http://unaversidade.org/ movimento/events/17/ encontro-movimento-era-de-c ristal-sao-paulo/ Um abraço em cada um, Alê Barello

Solidificando e sublimando Texto: Claudia Sampaio | Ilustração: Gisele Caldas

Ilustração: Gisele Caldas Admiro muito quem inventou esta palavrinha, sendo reinterpretada apenas reagrupando as sílabas. Sol i dar i edade. Ex: Sol – algo inteiro, autogerador de energia. Dar – doar. Edade – maturidade, condição, estado. Mas, vou me ater ao solidar – sólido, etimologicamente a mesma raiz. Segundo a Wikipédia: “sólido é um estado da matéria, cujas características são volume e forma definidos, isto é, a resiste à deformação. Os átomos ou as moléculas estão próximos, se movendo quase imperceptivelmente, com ordenação espacial fixa.” “A solidificação é a transição de fase na qual uma substância passa de seu estado líquido ao sólido. A passagem direta do estado gasoso ao sólido (o inverso também) é chamada de sublimação – é característica de substâncias que possuem pressão de vapor no ponto de fusão maior que a pressão atmosférica. Isso ocorre geralmente com substâncias apolares, de alta simetria.” Hum… Vamos guardar estas características? Ponto de fusão maior que a pressão atmosférica, apolares, alta simetria.

Sublimação também é um termo usado por Freud e guarda muitas semelhanças com a física: “Mecanismo onde o inconsciente desloca energia psíquica de certas tendências desalinhadas ou inaceitáveis, para realizações socialmente permitidas e até louváveis – nas artes, ciências, esportes, atividades altruístas. A energia é redirecionada, realocada.” O que solidariedade, solidificação e sublimação teriam em comum? São demonstrações de união. No altruísmo sua energia é aplicada para sanar a fome, o frio, a sede, distribuir afeto, atenção, repouso, ou através de um dom seu para que o outro redescubra a própria integridade, inteireza, solidez. É gratificante e o primeiro beneficiado é você mesmo, pois agindo assim, colabora, se portando sólido ao lidar com pressões altamente adversas. Na solidificação, os átomos ou moléculas seguem o mesmo padrão de agrupamento. E a sublimação? Ela é diferenciada por transcender tanto na física quanto na psicologia. Vai de um extremo ao outro. Do muito individual (puramente egóico eu diria) à integração com algo maior, o coletivo, o todo, o organismo universal. Nesta sublimação, a dualidade e a polaridade deixam de existir pela capacidade de se integrar com equilíbrio, sem assimetrias desconexas. Tal como o cubo do gelo seco, você pode dar densidade a um impulso desafiador, criando com_paixão uma obra de arte consistente, por exemplo, que servirá de reflexão à sociedade por séculos, preservada na memória. Ou… Dissolver-se, etérico, como faz a névoa fascinante que se desprende do gelo seco, na sua mais diáfana e sábia individualização que vive sempre a máxima: “todos somos um e o mesmo***”. Na explicação do Codex é dito que: “A Lei da Graça verifica o aparente mal que foi causado a um, por outro, não contra aquele ser, e liberta e perdoa o ser em nome de outro, assim criando liberdade e mais espaço de expansão. A Lei da Graça é uma prerrogativa divina, mas quem tem existência e não partiu da Fonte? Aquele ser não está mais atrelado e acorrentado a uma situação. Tem mais espaço para expandir-se.” Somos solidários conosco e com o outro ao aplicamos esta Lei. Quanto maior o raio da misericórdia mais “sublime é a ação”, sem distinção de estados, sem antagonismos, abarcando a todos. Esta sublime ação demonstra um paradoxo:

Do coração mais derretido nasce o amor mais sólido. Seja Luz! Beautiful, simple dry ice (gelo seco): P.S.: peço desculpas pela extensão dos trechos que colei da Wikipédia, mas precisava relembrar ciências com vocês. *** Frase de Ale Barello.

Solidariedade: parece simples, mas não é Texto: Iara Bichara | Ilustração: Gisele Caldas

Ilustração: Giesele Caldas Estamos habituados a utilizar a palavra SOLIDARIEDADE geralmente ligando-a a um sentimento de identificação com um estado de dor, de sofrimento ou de desgraça. O solidário coloca seus préstimos a serviço de vítimas de uma tragédia, solidariza-se com a família que perdeu um ente querido, ajuda com alimentos e agasalhos os abalados por uma guerra ou por uma catástrofe. Pode-se dizer que, nesse sentido, solidariedade é um ato de bondade para com o seu semelhante. Mas essa palavra também pode designar o sentimento que une os membros de um grupo em torno de interesses ou propósitos comuns. E no entendimento desse conceito, poderíamos escrever extensas laudas sobre a Solidariedade e suas diversas aplicações e interpretações, tanto na área das Ciências Sociais, quanto no campo jurídico. Porém, o que vemos em comum é o sentido de responsabilidade que se manifesta em todas as suas utilizações.

Não é apenas limpando os armários para doar aos desprovidos as roupas que não estamos mais usando, ou aquelas que ficaram pequenas para as crianças, ou os objetos que compramos ou ganhamos e que nunca terão utilização, que executamos um ato de solidariedade. É claro que tudo isto se transformará em benefício para alguém. Mas onde fica a nossa parte de responsabilidade nesse ato? Somos solidários, sim, quando nos unimos em torno de um objetivo para darmos aquilo que temos de melhor em nós, sem pensarmos em retribuição ou recompensa. E o nosso melhor pode ser um abraço, uma palavra, um carinho, ou até mesmo um simples sorriso. Também não precisamos ir muito longe para encontrar quem necessite da nossa solidariedade. Quantas pessoas necessitadas estão ao nosso redor, mas nós não nos damos conta. Nem sempre elas vivem sós, ou estão doentes, em situações de risco de vida, de miséria, de constrangimento e tudo o mais que possa atrair a nossa comiseração. Passam despercebidas porque ocupamos o nosso tempo com “grandes” questões a resolver, deixando o restante para o campo da solução mais rápida, do inevitável ou do “sem importância”. Quantas individualizações necessitam de uma simples conversa sobre assuntos banais, sem cobranças ou instruções. Tagarelamos muito com os bebês, esperando que aprendam logo a falar, mas depois as entregamos aos seus devaneios e fantasias. Brinquedos, televisão, jogos, escola, amiguinhos… A correria da vida em busca de provisão e de recursos materiais, desfoca o objetivo principal da vida solidária. O cansaço e a falta de tempo limitam a qualidade da troca que deveria ser exercida entre pais, avós, tios, padrinhos, amigos e, até mesmo vizinhos. Inconscientemente, ensinamos essas crianças a serem sozinhas e até achamos muito bom que se tornem independentes. Claro, isto tira de nossos ombros a responsabilidade de nos ocuparmos e de repartirmos um pouco do nosso aprendizado. Reclamamos quando, em um extremo elas fazem estardalhaço, ou em outro se isolam, para chamarem a atenção, mas não ouvimos o seu grito de socorro! Nós nos engajamos em ações em prol das mais diversas causas: compartilhamos pelas redes sociais as campanhas para salvar animais em extinção em cantos remotos deste planeta; divulgamos amplamente o abandono de pets e procuramos com afinco por interessados em adotálos; repartimos milhares de mensagens motivadoras de comportamentos sadios e justos, mas estamos surdos aos apelos daqueles que verdadeiramente necessitam de nossa solidariedade. Não importa a idade, o poder econômico ou o nível cultural, um abraço – desde que espontâneo e desinteressado – sempre causa uma sensação de

aconchego. Mesmo as criaturas mais arredias, ao se deixarem abraçar, se enternecem. Que tal se parássemos para pensar um pouquinho nas nossas ações que não são divulgadas, aquelas que ninguém vê ou aplaude, que não têm repercussão em qualquer âmbito, a não ser em nossa consciência e em nosso coração? Talvez aí – escondida num cantinho onde não são considerados “piegas” ou “fraquezas” os gestos de carinho e afeição – more a responsabilidade da verdadeira SOLIDARIEDADE. Seja Luz!

Solidários seremos União Texto: Fatima Pedro | Ilustração: Gisele Caldas

“Ainda que eu fale a língua dos homens ou dos anjos, sem amor eu nada seria…” Momento mais que oportuno para se falar de solidariedade, não é? E a Copa do Mundo de 2014, iniciou neste País – a nossa querida Pátria amada chamada “Brasil”, justo no dia, dia 12 de junho, quando se comemorou o Dia dos Namorados e, para aqueles que encontram-se sem um “par” – como eu, dos enamorados. Serei eternamente enamorada por esta Terra, especialmente, este País, que me acolheu e me deu condições de estar e ser uma individualização, nesta dimensão, com a missão maior que é amar e mostrar todo este amor a todos que compartilham desta minha existência. Muitos podem estar desanimados, torcendo contra, enfatizar as dificuldades e falcatruas, mas, são tantas atitudes de alegria, amor e solidariedade entre as pessoas, ao receberem os jogadores e turistas de muitas partes do mundo, que sinto cada vez mais orgulho do povo brasileiro.

Não vou ressaltar qualquer atitude que se oponha à energia do AMOR. Prestem atenção, guardem e repitam o que vimos: nós – povo brasileiro, recebendo a todos com todo carinho e atenção, colocando-nos à disposição para auxiliar os que estão chegando e, eles – os turistas, nos trazendo lindas atitudes de educação, camaradagem e solidariedade, respeito e amor…. Vi, pela internet: ● Um porteiro de um edifício perto do Maracanã – ofereceu uma TV a um grupo de Chilenos que não conseguiram ingressos para ver o jogo; ● Os japoneses recolhendo o lixo no estádio, que influenciaram alemães a recolherem o lixo na praia e, consequentemente, alguns brasileiros também o fizeram na Arena das Dunas; ● Outro caso surpreendente, um morador de Natal, que pintou uma placa com o número da senha do Wi-fi para que todos pudessem utilizar caso precisassem; ● E o taxista que devolveu aos mexicanos os 40 ingressos que haviam esquecido em seu taxi? ● A Banda da Polícia Militar de Porto Alegre e a Banda Holandesa Factor 12, tocando juntas, “Aquarela do Brasil”; ● Sem contar o exemplo belíssimo da Argélia doando, os 19 milhões que receberam pela sua classificação, à população de Gaza; ● E não poderia deixar de citar o povo brasileiro se solidarizando com o jogador Neymar, para que sua recuperação seja breve. Sinto, apesar de todas as dificuldades, adversidades, corrupção e por toda usurpação que podemos sofrer, que o AMOR e a SOLIDARIEDADE estão prevalecendo. Fico imaginando a avalanche de SERES da LUZ que, com certeza, estão trabalhando e dando-nos o suporte necessário para lidarmos com toda essa carga energética que estamos recebendo e emitindo. E pensando um pouco mais sobre a SOLIDARIEDADE… O que seria a solidariedade? Uma atitude, um estado ou um sentimento? A Solidariedade como uma “ATITUDE”: eu me coloco à disposição de outra individualização, para que eu possa ajuda-la naquilo que ela necessita, e se ela quiser, é claro. A Solidariedade como um “ESTADO”: aqui eu penso em todos que se colocam nesse estado de DISPONIBILIDADE – à disposição, um dos outros, para que, juntos, possam oferecer ajuda à uma ou outras diversas

individualizações. Existem vários grupos, organizações sociais – aqui no Brasil e internacionais, que estão sempre disponíveis para socorrer aqueles que necessitam. E a Solidariedade como um “SENTIMENTO”: podemos oferecer nosso coração, pleno de AMOR e, simplesmente, estar ao lado. Um coração que escolhe amar, sem qualquer distinção. E eu encerro aqui com uma frase, dita por Bezerra de Menezes: “Solidários seremos união. Separados uns dos outros seremos pontos de vista. Juntos alcançaremos a realização dos nossos propósitos.” A frase acima, remete-nos também ao Codex, onde a Lei da Co-criação nos apresenta uma chave de todas as dimensões, demonstrando que “quando existem 144 indivíduos em qualquer uma que seja, 144 contáveis e contados indivíduos mensuráveis de qualquer forma, tomam e manifestam o padrão.” E por tudo isso, Eu creio, escolho e manifesto a minha efetiva intenção, colocando-me à disposição da Solidariedade, em qualquer atitude, estado ou sentimento. E então, o que você escolhe? Toda LUZ em cada Agora! Nota do Editor: Este artigo foi escrito pela Fátima Pedro no dia 22 de junho. No meio do caminho, houve uma mudança de tema. Continuamos com o cronograma de postagem normal, o que faria com que ele viesse a ser publicado hoje, o dia seguinte à derrota contra a Alemanha. A pergunta final: “o que você escolhe?” nunca foi tão importante de ser entendida.

No mundo das sombras Texto: Gustavo Andriewiski | Ilustração: Gisele Caldas

Ilustração: Gisele Caldas O mundo das sombras é esse logo aí, na nossa frente. Nesse mundo a verdade é um desafio que se confunde com mitos de vitória sobre si mesmo em um conto esquecido no tempo. No mundo das sombras somos como Peter Pan, lutando indefinidamente contra nossa projeção na parede, acreditando que ela é algo diferente de nós mesmos. É um mundo onde as palavras, as ofertas, os benefícios e malefícios, os prazeres e dores, as trocas, as experiências e tudo mais é vivido pela sombra na parede. É um mundo onde nós, assistindo por milênios nossas sombras sobreviverem dia após dia no sacrifício do que pensamos ser real, nos deixamos levar pelos enredos desses dramas, um após o outro, ansiando por aquele em que o final nos surpreenderá e fara tudo ter sentido. Tudo nesse mundo é uma projeção. Tudo nesse mundo é ilusão. Nesse mundo quem estende a mão pedindo ajuda é a sombra de um ser multidimensional, experimentando uma aspecto temporal de necessidade. A mesma coisa acontece com quem estende a mão em solidariedade. Atos pensados de caridade onde acreditamos estar fazendo algo por nossos irmãos mais necessitados ou temporariamente impossibilitados, quando estamos principalmente nos satisfazendo, enquanto aliviamos nossa iludida consciência que, cansada de observar sua própria sombra na parede, começa a virar levemente o rosto em auxílio às sombras ao redor. De inicio não questionamos que alívio é esse e, daí, quando retornamos nossos olhares para nossos pequenos universos projetados na parede, percebemos que a satisfação de antes não existe. Descobrimos que observar nossos dramas de sobrevivência não basta e que, ao viramos o rosto em auxílio às sombras que nos cercam, encontramos mais satisfação e sentido. Por um tempo não enxergamos ou não entendemos o porquê, até que percebemos que ao olharmos para o lado, ali pelo cantinho do olho penetra um raio de luz. Assim, começamos a lembrar. Sim, a sombra só existe porque há luz. Agora eu lembro que em um momento virei as costas pra essa fonte de luz e me perdi na ilusão do mundo das sombras.

Cada vez mais nossos olhos se acostumam e nossos rostos se viram no exercício de desapego das nossas vidas ilusórias, ensaiando nas ilusões alheias para que aprendamos o verdadeiro valor da vida no mundo das sombras. E então começamos a tomar coragem. Coragem pra virar o rosto. Coragem para encontrarmos nossa Fonte de Luz e nela, finalmente, nos encontrarmos.

Faça um pedido Texto: Claudia Sampaio | Ilustração: Gisele Caldas

Ilustração: Gisele Caldas Logo que os temas destas duas últimas semanas no Unaversidade foram revelados, olhei distraída o desenho que meus filhos assistiam. Por coincidência, naquele exato momento, a personagem Peppa Pig descobria com seu vovô pelo telescópio: Saturno e os anéis gelados (disciplina) e na imediata sequência se encantava com uma estrela cadente (a realização de um milagre). Pensei: – Mas hein?! Ao voltar a refletir sobre o tema, ouvi do outro cômodo o Hi5 cantando: “Sua estrela vai brilhar/ Seus desejos, desejos / Desejos vão se realizar!” ** Muito grata, pelos pequenos e grandes milagres que se cumpriam com os meus amigos e comigo, escrevi o texto abaixo ao som da música “O pastor de estrelas” – Corciolli***. Com todo o carinho, convido que você a ouça junto comigo na leitura: Há alguns anos, um óvulo, que fora guardado por um longo tempo, caminhou bem suavemente pela trompa… Um espermatozoide também, junto a milhões de outros, lançou-se veloz pelo duto… No meio da escuridão, ambos rumaram ao destino.

Com serenidade, a Terra percorria sua órbita. De algum lugar longínquo, uma abundância de meteoroides voou célere pelo espaço sideral… Na imensidão do infinito, seguiram a mesma direção. Então, aconteceu um encontro fantástico e simultâneo. Desta união, no contato do meteoroide com a atmosfera terrestre, surgiu um rastro luminoso – chamado de ESTRELA CADENTE. Da outra junção, surgiu uma Luz também, quando o espermatozoide mergulhou no óvulo. Que recebeu outro adorável nome… … o SEU nome. Num plano bem sutil, seu sétimo corpo contemplou maravilhado sua concepção: uma pequenina Estrela mergulhando na tridimensionalidade. E comovido pela mais profunda ternura, fez um pedido, envolvendo-o em abençoadas vibrações e as condensando dentro do seu coração. Sua Verdadeira Identidade confia em você com a mesma pureza de uma criança. Se sua porção mais sábia crê amorosamente, por que resistir, julgar-se incapaz? Já lembrava Jesus e muitos outros: “Vós sois deuses” – sua existência atual é um milagre. Por consequência, sua essência está capacitada a realizar os prodígios mais incríveis, ousados, gratificantes. Mas, precisa olhar no seu coração e sentir a fagulha tremeluzindo dentro dele: esteja consciente na vivência do Codex, presente no Espaço do Coração, reative o próprio poder de correção do Alinhamento Energético. “Assim como é em cima, é embaixo, mas assim como é dentro, é fora.” – disseram nossos irmãos cósmicos no trecho da explicação sobre a Lei da Correspondência. Celebre sua origem – una com a onisCIÊNCIA, oniPRESENÇA e oniPOTÊNCIA da Fonte – ventre fértil de todos os milagres. Deixe que o rastro de luz do seu chacra tímico se desprenda neste tempo e neste espaço e inunde a eternidade e o infinito com sua gratidão. Constelações inteiras cintilam por sua causa. Tudo que você entrega à Fonte com gratidão, é devolvido em milagres. Pela Lei da Troca: “Trocar é obter de outro, algo que não se pode produzir. O Universo só valida trocas na base de impossibilidade de produção de algo por aquele próprio ser.” A Fonte é especialista na manifestação do que nos parece impossível. Oferte o melhor de si mesmo a Ela. Você é uma Estrela viajando e emocionando a muitas centelhas na vastidão das dimensões, com todo o potencial de milagre que existe e simplesmente por ser quem é: LUZ. Brilhe!

P.S.: em tempo, ao acabar, me deparei com uma rosa azul cintilando em mãos dadivosas no mural. Na busca virtual vi que “simboliza a conquista do impossível”. _/\_ ** Hi5 – Sua estrela vai brilhar: *** Do mural da querida Rose de Moraes.

O milagre do dia Texto: Iara Bichara | Imagem: acervo pessoal Iara Bichara

Arquivo Iara Bichara Não vi quando você chegou. Estava tão atribulada em meus afazeres, que nem percebi sua presença pequenina e acanhada. Por que você não me avisou? Por que não fez um estardalhaço ao chegar, se já sabia que era ansiosamente aguardada? Mas pensando bem, acho que foi melhor assim: adorei ser surpreendida nesta manhã! Ao contrário de outras de suas vindas, quando nós nos preparávamos para recebê-la, o impacto de hoje renovou minha emoção e fez com que eu transbordasse de alegria! Nossa história é antiga, mas sempre regada a um frescor delicado e tênue, que demanda disciplina, dedicação e atenção. Há mais de vinte anos estabelecemos o acordo singelo e simples da mútua maravilha…

Você era muito querida por minha mãe, que nunca soube seu verdadeiro nome e a tratava simplesmente por “tamanquinho holandês”. Eu soube recentemente que você pertence ao gênero paphiopedilum, que possui mais de cem tipos de orquídeas, mas prefiro continuar a tratá-la pelo seu apelido familiar. Lembro-me muito bem do dia em que você chegou à nossa casa, pelas mãos frágeis de Dona Maria, nos seus quase noventa anos de idade. Ela mesma plantara a pequena muda e a cultivara até obter a primeira flor, quando a presenteou carinhosamente à minha mãe, amiga antiga. Todos os anos havia um encantamento quando você florescia e isto era motivo de alegria para nós. Depois que mamãe e Dona Maria partiram, continuei cuidando do vaso e esperando por sua visita, mas você não dava o ar de sua graça. Já estava quase me desfazendo do vaso — embora suas folhas estivessem tão bonitas — quando resolvi conversar francamente com você e lembrála de sua beleza e de quanto você era importante para mim. No ano passado, nesta mesma época, deu-se o milagre: você surgiu linda. Apenas uma flor, mas que me gratificou pelos 15 anos de espera. E hoje, quando eu não estava esperando por você, eis que a vejo linda e banhada pelo sol da manhã! Sua chegada foi o bastante para que eu sentisse toda a força de sua expansão e o fluxo da energia movimentando-se em tão delicada individualização.

Milagre | Foto: Iara Bichara Agradeci imensamente à Fonte por esse momento de completude e troca, com o coração pleno de alegria e entusiasmo quando se fez a maravilha do milagre!

Seja Luz!

Milagres em forma de Amor Texto: Zeneide Batista | Imagem: Gisele Caldas

Ilustração: Gisele Caldas A todo o momento ouvimos, comentários a respeito de situações e casos conhecidos como verdadeiros milagres, pois são acontecimentos extraordinários. Sabemos que existe um poder que nos dirige. Quando nos ligamos a Ele via coração e através de nossas ações criamos mecanismos para a solução de situações difíceis. Movendo as forças internas, aliadas às experiências arquivadas em nossas memórias cósmicas, junto com conhecimento, consciência e gratidão à Fonte, reconhecemos que nossa essência é perfeita. Relembrando dessas informações, podemos realizar as grandes transformações em nossas vidas. Já dizia o Mestre Jesus “Assim também brilhe a vossa Luz”… No Codex encontramos a Lei da Correspondência “As ações têm igual correspondência e validade em todos os seus níveis. Esta correspondência é sempre uma ligação com o aspecto oposto ou imediatamente coligado. Todas as ações têm uma repercussão nas direções que estão imediatamente coligadas a elas.” Se todas as ações têm repercussão, a partir do momento em que passamos a agir internamente, melhorando nossos sentimentos, externamente

também passamos a agir melhor, conosco e com os que estão ao nosso redor. Assim acontece com aos nossos corpos pois, se trabalhamos o emocional, isso repercute no físico. Para manter essas energias em ação temos que manter sempre o entusiasmo, o amor e a gratidão. Que cada um possa criar sempre oportunidades para que milagres se tornem comuns em nossa existência. “Se o amor está em nossos corações, cada pensamento, palavra e ação pode trazer um milagre.” Thich Nhat Hanh (monge budista, pacifista e escritor vietnamita)