Práticas linguísticas na fronteira Brasil /Uruguay: una historia de “ir” y “venir” Prof. Msc. Sara dos Santos Mota (UNIPAMPA) [email protected]

Prof. Msc. Isaphi Marlene Jardim Alvarez [email protected]

• Presentación • Nuestras experiencias y nuestras prácticas • Asignaturas que trabajaremos este semestre en Unipampa

• Cada grupo escribe sobre su idea de frontera y de lengua – (lenguas que circulan en este contexto fronterizo) • Enseñanza de lengua (portugués, español e inglés) • Enseñanza de lengua extranjera o “adicional”

Pedir que se manifiesten sobre los conceptos que manejan de: • lengua materna; • lengua próxima; • lengua extranjera; • segunda lengua; • cómo piensan, a partir de los conceptos que manejan, la enseñanza de la lengua portuguesa y de la lengua española en el contexto local.

Fronteira: • fronteira. [F. subst. do adj. fronteiro] S.f. 1. Limite (1) de um país ou território extremo onde confina com outro:  demarcação de fronteiras. 2. A região adjacente a este limite:  cidade de fronteira. 3. • Conforme Hissa (2002, p.34), “O marco de fronteira, reivindicando o caráter de símbolo visual do limite, define por onde passa a linha imaginária que divide territórios”.

• Martin (1997, p.51) define fronteira “enquanto lugar em que se realizam os contatos com o exterior, isto é, onde duas comunidades políticas se encontram.” • Milán, Sawaris e Welter (1996, p.124): “frontera como ‘área de frontera’, como território que (...) es el espacio de acontecimientos microsociales, linguísticos y culturales que deben ser considerados en su carácter de continuuum.”

Língua • Orlandi (1999, p. 15-16) : “não se trabalha com a língua enquanto sistema abstrato, mas com a língua no mundo, com maneiras de significar, com homens falando, considerando a produção de sentidos enquanto parte de suas vidas.”

• Guimarães (2007, p. 64): Língua materna: é a língua cujos falantes a praticam pelo fato de a sociedade em que se nasce a praticar; nesta medida ela é, em geral, a língua que se representa como (que se apresenta como sendo) primeira para seus falantes. • Língua estrangeira: é a língua cujos falantes são o povo de uma Nação e Estado diferente daquele dos falantes considerados como referência.

• Língua alheia: é toda língua que não se dá como materna para os falantes de um espaço de enunciação. • Língua nacional: é a língua de um povo, enquanto língua que o caracteriza, que dá a seus falantes uma relação de pertencimento a este povo.

• Língua próxima “funciona em um estado de interface com a outra, pertence a um conjunto de representações históricosociais e interculturais que as identificam como tal”, são línguas “condicionadas à presença uma da outra”. (Fernandes e Sturza, 2007, p.5)

Página de anúncios de “O Maragato”, edição de 23 de março de 1898.

No tempo e no espaço: Mapeando as línguas de fronteira no RS.

No tempo e no espaço: Mapeando as línguas de fronteira no RS.

Página de anúncios de “A Fronteira”, edição de 09 de maio de 1908.

No tempo e no espaço: Mapeando as línguas de fronteira no RS.

Entrevistas para exemplificar a forma como são designadas as línguas faladas na fronteira: •

“Esses castelhanos são muito calaveras.”



“Quando eu falo com eles falo apaisanado”



“O idioma que mais se usa do lado de cá, na fronteira, é esse portunhol pra gente poder se entender.”



“Nós temos as duas línguas muito próximas, então a gente faz uma mescla quando fala com os hermanos.”



“Eu não sou daqui, faz trêis mêis que tô aqui, por isso não consigo entender esse gaúcho que mais parece espanhol que os cara usam aqui”

Inserção de outra língua no repertório fronteiriço: • • • • • •

falar apaisanado, portuñol, fronterizo, mixturado, mescla, gaúcho que mais parece espanhol

• Não só a questão de novas designações dadas às práticas linguísticas fronteiriças, mas também a presença de palavras da língua espanhola no português fronteiriço: Exemplos: • Manojo, • fiambrería, • não fica mais, • changa, • baixar aqui, • enchufe , • alambrado, etc.

Escolas Bilíngües, na fronteira: • • • • • •

Brasil/ Uruguay Brasil/Argentina Brasil/Paraguay Brasil/Venezuela Ensino bilíngüe: situação que nos traz uma questão política (onde existem essas escolas, desde quando, proposta do projeto/programa, concepção de língua, metodologia de projetos).



Política que separa/aproxima, ao mesmo tempo, essas línguas.

No tempo e no espaço: Mapeando as línguas de fronteira no RS.

Referências bibliográficas GUIMARÃES, Eduardo J. Semântica do Acontecimento: um estudo enunciativo da designação. Campinas: Pontes, 2002.  FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3.ed. totalmente revisada e ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. HISSA, Cássio E.V. A Mobilidade das Fronteiras: Inserções da Georafia na Modernidade. Editora Humanitas/UFMG: Belo horizonte, 2002. MARTIN, André R. Fronteiras e nações. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1997. (Repensando a Geografia)

• MILÁN, José G.; SAWARIS, Gerri; WELTER, Milton L. El camino recorrido: Lingüistas y Educadores en la Frontera Brasil Uruguay. In: Fronteiras, Educação, Integração. TRINDADE, Aldema e BEHARES, Luis. E.(Orgs.). Santa Maria: Palotti, 1996. • ORLANDI, Eni. Língua e conhecimento lingüístico. Para uma História das Idéias no Brasil. São Paulo, Cortez, 2002. • SCHÄFFER, Neiva O. A especificidade funcional da urbanização na fronteira meridional do estado. p. 33-41. In: Reckziegel, Ana L. S. e Félix, Loiva O. (Orgs.). RS: 200 anos definindo espaços na história nacional. Passo Fundo: UPF, 2002. • STURZA, Eliana. R. Línguas de Fronteira e Política de Línguas. Uma História das Idéias Linguísticas. 2006. Tese (Doutorado em Linguística) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.

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Camblong (2006, p. 5) assim expressa a condição de ser fronteira:

[…] un territorio de pasajes, de tráfico perpetuo y de ajetreos simbólicos enrevesados, complejos y mixturados. Un mundo dinámico en el que se manejan varias monedas, distintas lenguas, más de una documentación personal, se compra y se vende, se llora y se ríe, se ama y se odia en movimientos continuos de un lado al otro. En el habitat fronterizo las diferencias, la diversidad y los mestizajes son el pan nuestro de cada día: tensiones ideológicas, prejuicios y estigmas se entrelazan con simpatías ancestrales, afecto comunitario e idiosincrasia local reconocible a la legua por los de aquí nomás. Estamos pues bosquejando “otro mapa” en el que anida y se agita el irónico tufillo paradojal: lo que para el centro es exótico, para nosotros familiar; lo que para el Estado-Nación es extranjero, para nosotros, vecino; lo que las gramáticas distinguen, nosotros lo usamos mezclado, pues también en el habla atravesamos fronteras, y a la vez, las fronteras nos atraviesan en continuidad. [Grifos nossos]