Pablo A . Pozzi y Claudio Pérez

(eds.)

Por el camino del Che

Las guerrillas latinoamericanas 1959-1990

J

La Red Latinoamericana de Historia Oral (RELAHO) es un espacio académico de articulación, intercambio y difusión de la investigación que se realiza en diversos países de América latina sobre la historia del presente, basada tanto en las fuentes tradicionales de la historia, como en la memoria oral de nuestros pueblos, propug­ nando el uso de las fuentes orales de la misma manera que otros recursos recientes. En 1992, historiadores orales de México, Argentina y Brasil se reunieron en la ciudad de San Pablo, Brasil, para debatir acerca de la necesidad y la posibilidad de organizar reuniones periódi­ cas. En 1995, un más diverso y nutrido grupo de latinoa­ mericanos asistieron a un congreso en la ciudad de Nueva York, organizado por la Oficina de Historia Oral de la Biblioteca de la Universidad de Columbia, en donde se discutieron posibles temas de historia comparativa y estrategias para crear vínculos, entre ellos la creación de una red de historia oral en la región. Pero fue hasta el 2005, en el marco del congreso de historia oral en Colombia, que la idea de una organización y de reuniones periódicas adquirió cuerpo y figura. Posteriormente hubo un segundo y un tercer encuentro latinoamericano de historia oral: Panamá en 2007 y Nicaragua en 2009. En este último no solo se votó hacer un siguiente encuentro en Venezuela para el 2011, sino que se propusieron algunos pasos concretos para consolidar la actual organi­ zación

Por el camino del Che Las guerrillas latinoamericanas 1959-1990

Pablo A. Pozzi - Claudio Pérez (editores)

Por el camino del Che Las guerrillas latinoamericanas 1959-1990

Instituto Inlerdiscipfinarío de Estudios e Investigaciones & de América Latina w> ( ^ - ‘ÍTÍ Facultad de Filosofía y Letras

/W V A C A P tjw ?

^ D C ¡ I F L J l \ C l a > I I , Reo u tin o .m .fic a K . d . m .io ri. o.m

■ " '. • 'l .. j^ Y IT N 1 > 1

COLECCIÓN EN DEFENSA DE LA HISTORIA D irigida p o r Pablo Pozzi Pablo A. Pozzi y C laudio P érez (ed ito re s) Por el cam in o d el Che. Las g u errillas la tin o a m e ric a n a s 1 9 5 9 -1 9 9 0 . l a ed . B uenos A ires: Im ag o M undi, 2 0 1 1 . 4 8 0 p. 2 2 x 1 5 cm ISBN 9 7 8 -9 5 0 -7 9 3 -1 3 4 -5 1. H isto ria P olítica L a tin o a m e ric a n a . I. Pozzi, P ablo, e d . lit. II. P érez, C laudio, ed. lit. CDD 3 2 0 .9 8 0 Fecha d e cata lo g ació n : 0 2 /0 6 /2 0 1 1 © 2 0 1 2 , Pablo A. Pozzi y C laudio Pérez © 2 0 1 2 , E diciones Im ag o M u ndi D istribución: Av. E n tre Ríos 1055, local 36, CABA e m a il: info@ im agom undi.coni.ar w e b s it e :www.imagomundi.com. a r D iseño y a rm a d o de in terio r: A lberto M oyano, h ech o con il£ D iseño de tap a: A lejan d ra Spinelli F o to g rafía d e ta p a y c o n tra ta p a : págs. 1 9 8 -1 9 9 d el lib ro Che desde la m em o ria , O cean S ur H echo el d ep ó sito que m arca la ley 1 1 .723 Im p reso e n A rg en tin a. T ira d a de esta edició n : 1 .0 0 0 e je m p la res

Este libro se term in ó de im p rim ir en el m es de o ctu b re de 2 0 1 2 en G ráfica S an M artín , P u e y rre d ó n 2 1 3 0 , S an M artín , p ro v in cia d e B u en o s A ires, R epública A rg e n tin a . N in g u n a p a rte d e e sta p u b lic a c ió n , in c lu id o el diseño de cu b ierta, p u e d e se r rep ro d u c id a , a lm a c e n a d a o tra n sm itid a de m an era alg u n a ni p o r n in g ú n m edio, ya sea eléctrico, quím ico, m ecánico, ó p tico , d e g ra b a c ió n o d e fo to co p ia , sin p e rm iso p rev io p o r esc rito d e l editor.

índice general

Pablo A. Pozzi y Claudio Pérez I n tr o d u c c ió n : e s t u d ia r la g u e r r illa la tin o a m e r ic a

. . . .

IX

1

Félix Ojeda Reyes Los q u e tu m b a r o n a T ru jillo . P u e r to R ico e n la s e x p e d ic io n e s d e 1 9 5 9 .............................................................................

1

2

Ernesto José Salas « U tu ru n c o s » . Los o r íg e n e s d e la g u e r r illa p e r o n i s ta ( 1 9 5 9 - 1 9 6 0 ) .............................................................................................

23

3

José Luis M oreno Borbolla U n a v is ió n re tr o s p e c tiv a d e lo s m o v im ie n to s a r m a d o s e n M éx ico . M o v im ie n to A rm a d o S o c ia lis ta (1 9 6 5 - 1 9 8 0 ) . . .

53

4

Denise Rolletnberg C a rlo s M a r ig h e lla y C a rlo s L a m a rc a : m e m o r ia s d e d o s r e v o l u c i o n a r i o s ........................................................................................9 7

5

José Luis Rénique D el APRA R e b e ld e a la lu c h a a r m a d a . P e rú (1 9 6 5 )

. . . .

115

6

M arcelo R aim undo I z q u ie rd a p e r o n is ta , v io le n c ia a r m a d a y c la s e o b r e r a : u n a e x p e r ie n c ia a l t e r n a t i v a ....................................................................... 155

7

G ustavo R odríguez O stria B o liv ia e n el ciclo g u e r r ille r o , 1 9 6 3 -1 9 7 0 c o n tin u id a d e s y d i f e r e n c i a s .................................................................................................. 1 8 9

8

Igor Goicovic Donoso P u e b lo , c o n c ie n c ia y f u s il.’EI M o v im ie n to d e Iz q u ie rd a R e v o lu c io n a ria (M IR ) y la ir r u p c ió n d e la lu c h a a r m a d a e n C h ile ( 1 9 6 5 - 1 9 9 0 ) ..................................................................................

9

203

Clara A ldrighi El M o v im ie n to d e L ib e ra c ió n N a c io n a l T u p a m a ro s ( 1 9 6 5 - 1 9 7 5 ). E s tr u c tu r a in te r n a , fa s e s d e d e s a r r o llo y p o lític a d e a l i a n z a s .................................................................................. 2 4 3

10

M ario A guilera Peña E jé rc ito d e L ib e ra c ió n N a c io n a l: e n tr e la s a r m a s y la p o lític a

283

11

Claudio Pérez Silva E xilio e in t e r n a c io n a lis m o e n la in ilita n c ia c o m u n is ta d e lo s s e t e n ta . Su a p o r t e a la c o n s tru c c ió n d e la p o lític a m ilita r d e l P a r tid o C o m u n is ta d e C h i l e ....................................................... 3 3 5

12

Ivette Lozoya López V io le n c ia p o lític a y tr a n s ic ió n a la d e m o c r a c ia e n el C h ile d e lo s n o v e n ta . El M A P U -L au taro y la d e r r o ta d e la v ía r e v o l u c i o n a r i a ........................................................................................3 7 3

13

José Pan toja Reyes El C o m a n d a n te C é s a r M o n te s: s o b r e v iv ie n te d e m á s d e c ie n b a t a l l a s ........................................................................................................ 3 9 9 A u t o r e s ........................................................................................................ 4 2 1 B i b l i o g r a f í a ............................................................................................. 4 2 5 ín d ic e d e a u t o r e s .................................................................................. 4 5 2

VIII

Introducción: estudiar la guerrilla latinoamerica

P a b lo A. P o z z i I C la u d io P é re z

¿P or q u é e s tu d ia r las g u e rrilla s la tin o a m e ric a n a s? Las ra z o n e s son m últiples, y si bien no excluyen opciones y p o sicio n am ien to s políticos, la m ay oría tien en que ver con la construcción del conocim ien to y con aproxi­ m arn o s a la com prensió n de la realid ad h istórica y social latin o am erican a. Así, la h e te ro g e n e id a d d e e x p e rie n c ia s g u e rrille ra s , la p e rm a n e n c ia del fen ó m en o a trav és del tiem p o , y su existencia en geo g rafías y socied ad es re la tiv a m e n te d is tin ta s su g ie re no so lo su c o m p le jid a d , si n o ta m b ié n c u e stio n e s c o m u n e s y c o m p a rtid a s p o r la re a lid a d la tin o a m e ric a n a . De h e c h o , si b ien el fe n ó m e n o d e las g u e rrillas re v o lu c io n a ria s es am p lio y m u n d ia l, a b a rc a n d o d e sd e G recia y M alasia h acia 1 9 4 7 , a F ilip in as d u ra n te g ran p a rte del siglo xx, al F ren te P olisario, a las B rigadas Rojas ita lia n a s, nos p a re c e q u e la e x p erie n c ia g u e rrille ra la tin o a m e ric a n a ha te n id o esp ecificid ad es p ro p ias. Este es u n o d e los asp ecto s q u e su g ieren los e stu d io s d e caso aq u í reu n id o s. Pero, a d e m á s, h a y u n a serie de o tro s e le m e n to s q u e d e te rm in a n la im p o rtan cia d e e stu d ia r y conocer estos m o v im ien to s arm a d o s revolucio­ n ario s. El p rim e ro es q u e es im p o sib le c o m p re n d e r el h o y sin e n te n d e r el ayer. En e ste se n tid o las g u errillas la tin o a m e ric a n a s p e rm ite n id e n ­ tificar u n a serie d e p ro b le m a s y ta m b ié n d e re iv in d ic a c io n e s e n tre los sec to re s p o p u la re s de A m érica Latina. A sim ism o, la re c u rre n c ia de los fe n ó m e n o s g u e rrille ro s, su p e rm a n e n c ia en el tie m p o , y su s n ex o s con los m o v im ie n to s so ciales p o n e n en c u e stió n u n a visió n c a ra a la h is to ­ rio g rafía d el c o n tin e n te : la d e la p asiv id ad y d o c ilid a d d e los se c to res p o p u la re s, cuya p rese n c ia en los procesos h istó rico s solo es co n sid e ra d a com o «explosiones de irracionalidad». De hecho, el fen ó m en o g u errillero su g iere c u e stio n am ien to s (o p o r lo m enos m atices) a aq u e lla s in te rp re ta ­ ciones de las sociedad es latinoam ericanas que en fatizan en la hegem o n ía

Pablo A. Pozzi | Claudio Pérez

y el c o n se n so , o en los p ro ce so s m o d e rn iz a d o re s q u e g e s ta n « d e m o c ra ­ cias» e in c o rp o ra c ió n « ciu d ad a n a » . En re a lid a d , lo q u e se e v id e n c ia es u n a se rie d e d e b a te s y c u e stio n a m ie n to s so b re el cu rso d e l d e sa rro llo socioeconóm ico latin o am erican o que co n v ierten a las g u errillas no en un p ro d u cto irracio n al y utópico, sino en el em erg en te de u n a realid ad social d e te r m in a d a y e x c lu y e n te de las g ra n d e s m ay o ría s de la p o b la c ió n . Así ev id en cian u n a serie de posibles a lte rn a tiv a s a los p royectos de co n stru c ­ ción n a c io n a l d e las b u rg u e s ía s d el c o n tin e n te . N o e sta m o s p la n te a n d o q ue estas a ltern a tiv as sean «correctas», sino sim p lem en te c o n statam o s su ex istencia. Es m ás, n o es n u e stra ta re a ni n u e stra in te n c ió n d isc u tir la ética o la m o ral d e la violencia re v o lu cio n aria; so b re to d o en el co n te x to histó rico de un co n tin e n te do n d e la violencia ha sido siem p re la política de E stado de los d istin to s sectores d o m in an tes. Sí es n u e stra in ten ció n a v a n z a r en el co n o cim ien to de las d istin ta s ex periencias g u errillas en función de p o d e r c o m p a ra rla s y c o m p re n d e rla s com o fen ó m e n o h istó rico c o n tin e n ta l. Los tra b a jo s p re s e n ta d o s en e ste lib ro p re te n d e n a p o r ta r al c o n o c i­ m ien to y co m pren sió n de la historia recien te de A m érica L atina a p a rtir de uno de sus aspecto s m ás conflictivos, la violencia política. Las expresiones y ciclos d e v io le n c ia p o lítica so n un e le m e n to c e n tra l p a ra a n a liz a r las d in ám icas sociales y políticas que ten sio n an y c aracterizan a u n a sociedad en p leno pro ceso de cam bio. S ituación q u e afectó n o ta b le m e n te al co n ti­ n e n te a m e ric a n o a p a rtir de la d é c a d a d el c in c u e n ta co n el in c re m e n to de la in d u s tria liz a c ió n p o r su s titu c ió n d e im p o rta c io n e s, el p ro c e so d e m igración cam p o -ciu d ad , com o tam b ién el ace le ra d o a u m e n to y peso de la clase tra b a ja d o ra , los conflictos p o r d e m a n d a s de tierra s, m asificación de los m e d io s d e c o m u n ic a c ió n , in c re m e n to de la e d u c a c ió n p rim a ria , secu n d a ria y u n iv ersitaria, aspectos todos que fav o reciero n el ráp id o p ro ­ ceso de p o litizació n de m iles de jó v en es (e s tu d ia n te s y tra b a ja d o re s) que v eían com o n ecesaria, u rg en te y posible las refo rm as y la p ro fu n d izació n de las co n q u ista s sociales o b te n id a s h a sta ese m o m e n to . E ste m u n d o d e cam b io y tran sic ió n g en e ró reaccio n es y resisten cias, e n tre las cu ales las g u errillas fu ero n u n a d e las m ás n o tab les. N o o b s ta n te , d ich o p ro ce so ta m b ié n significó u n a fu e rte o p o sició n y rec o n fig u ra c ió n p o r p a rte d e las b u rg u e sía s la tin o a m e ric a n a s q u e , d e la m a n o d e E stad o s U n id o s, lo g ra ro n e n fr e n ta r co n n u e v a s lóg icas y a rm a s la a rr e m e tid a d e los d istin to s p ro y e c to s p o lítico s q u e e m e rg ía n en dich o p ro ceso d e tra n sfo rm a c ió n . R esu ltad o de ello, so n las e n o rm es d ificu ltad es p a ra q u e el b lo q u e en el p o d e r m a te ria liz a ra su d o m in a c ió n con am plios consensos, te n ie n d o que a p e la r en m u ch o s casos y de form a siste m á tic a a la re p re sió n a b ie rta y m asiv a en tie m p o s d e « n o rm a lid a d

X

Introducción: e stu d ia r la

g u e r r illa

latinoam erica

d e m o c rá tic a » o p o r m ed io d e c ru e n ta s d ic ta d u ra s o d e m o c ra c ia s d e fach ad as con fu e rte s tin tes a u to rita rio s, a n tip o p u la re s y ex clu y e n tes. T an to las d is tin ta s re s p u e sta s d e los se c to re s d o m in a n te s fre n te a la a rre m e tid a d e los tra b a ja d o re s y sus v a ria d o s p ro y e c to s d e tra n s fo r­ m ació n social, co m o las n u e v a s e stra te g ia s p o lític o -m ilita re s su rg id a s d esd e la izquierda revolu cio n aria la tin o am erican a e n c am in a d a s hacia los cam b io s e stru c tu ra le s d e la so cied ad y la c o n stru c ció n d el so cialism o , o tam b ién aquellas ap u esta s políticas que veían en la violencia p olítica y la lucha a rm a d a u n a de las m a n e ra s p a ra te rm in a r con la p ro b le m á tic a d e la d e p e n d e n c ia , el su b d e sa rro llo o con las d ic ta d u ra s q u e se in s ta la b a n en n u e s tro c o n tin e n te a p a rtir de la d é c a d a d el se se n ta , a b rie ro n p aso a un nuevo y p a rtic u la r ciclo político de la h isto ria latin o am e rica n a . C arac­ te riz a d o en té rm in o s g e n erales p o r el p ro tag o n ism o h istó rico d e la clase tra b ajad o ra y las organizacio n es de izquierda con sus proyectos societales, la presencia y d esarro llo de altos niveles de conflictividad lab o ral, social y violencia política popular, com o ta m b ién la reco n fig u ració n d e las clases d o m in a n te s , el b lo q u e en el p o d e r y las lógicas d e d o m in a c ió n co n sus respectivos m ecan ism o s de co n tro l social y re p resió n política. Según E d u ard o G onzález Calleja, la violencia h a sido y es un elem en to fu n d a m e n ta l en la h isto ria de la h u m a n id a d y se e n c u e n tra p re s e n te en to d o s los á m b ito s d e la vida, e n las d iv ersio n es, las relac io n es sociales y p o líticas y en n u e stra s in stitu cio n e s u o rd e n a m ie n to so c ia l.1 Es u n co m ­ p o n e n te q u e su rg e en diversos g rad o s en la co m u n ica c ió n in te rp e rso n a l, en las m o d a s e sté tic a s o en la v ida e c o n ó m ica , p o lítica y re lig io sa . Por tan to , «el fen ó m en o violento no es un h echo p u n tu al, sino un h ech o social g lobal, v in cu lad o c ie rta m e n te a la política, p e ro ta m b ié n a la eco n o m ía, a las rep resen tacio n es colectivas y al im aginario social».2 Esto sugiere, en el caso la tin o a m e ric a n o , q u e la v io len cia d o m in a n te so b re c a m p e sin o s, obreros, pobres u rb an o s y ru rales, m ujeres y p oblación de color, en g en d ró a su v ez u n a co n tra v io le n c ia . Al d e c ir d e la m ilita n c ia d e la d é c a d a d el sesen ta: la violencia d e sd e arrib a e n g e n d ra la v io len cia d e sd e abajo. Es ju s ta m e n te la univ ersalid ad de la violencia, la m u ltip licid ad de sus m a n ife sta c io n e s y co n sec u en c ia s y su e n o rm e p o te n c ia l co m o e le m e n to de tran sfo rm ació n de la realid ad cotid ian a, lo que le da im p o rtan cia com o h ech o y p ro ceso social de significación. O to rg á n d o n o s la p o sib ilid ad de 1. E duardo G onzález Calleja. La violencia en la política. Perspectivas teóricas sobre el empleo deliberado de la fuerza en los conflictos de poder. M adrid: Consejo Superior de Investigaciones Científicas, 2002; véase adem ás Robcrt Litke. «Vio­ lencia y poder». En: Revista Internacional de Ciencias Sociales. Pensar la violencia: Barcelona (junio de 1992), pág. 161. 2. G onzález Calleja, La violencia en la política. Perspectivas teóricas subt e el empleo deliberado de la fuerza en los conflictos de poder, pág. 11. XI

Pablo A. Pozzi | C laudio Pérez

a c e rc a rn o s y c o m p re n d e r lo m ás p ro fu n d o y conflictiv o d e las c a ra c te ­ rísticas d e u n a so c ie d a d e n u n m o m e n to d e te rm in a d o , lle g a n d o a ella, a tra v é s d e las s itu a c io n e s d e m a y o r aflicción social o d e los fa c to re s y e le m e n to s q u e la d isto rsio n a n o m o ld e a n .3 Bajo e sta m ira d a , las c o y u n tu ra s p a rtic u la re s d e co n flictiv id ad social v io le n ta o d e v io len cia p o lítica d e se n c a d e n a d a , com o lo se ñ a la n A rostegui y Tilly,4 tie n e n p a ra el h is to ria d o r u n p ro fu n d o sig n ificad o h istó rico , ya q u e se p u e d e n id e n tific a r las c a ra c te rístic a s p ro p ia s d el su ceso , las d in á m ic a s p a rtic u la re s del conflicto social y p olítico q u e se e n c o n tra b a n p resen tes en las condiciones de an o rm alid ad o n o rm alid ad política, p erm i­ tié n d o n o s a d e m á s, o b serv a r y d e te rm in a r el su rg im ie n to , los ob jetiv o s y la form a v io len ta en q u e rev ien tan las con trad iccio n es sociales y políticas de u n a so cied a d en u n m o m e n to histó rico particu lar. C reem o s q u e la e m e rg e n c ia s d e o rg a n iz a c io n e s q u e c o n te m p la n la lucha arm a d a com o un e lem en to cen tral de su e strate g ia p a ra la con secu ­ ción de objetiv o s políticos, com o ta m b ié n las m a n ife sta cio n e s p o p u lare s de p ro te sta social v io len ta, son u n a m u e stra c lara d el c a rá c te r q u e tien e la violencia colectiva en u n m o m en to d ete rm in a d o , sien d o estas ex p resio ­ n es p o r ta n to , u n a esp ecie d e te rm ó m e tro q u e nos in d ic a los niv eles de conflictividad q u e e stá n afe cta n d o la vida eco nó m ica, social y p olítica de un país o u n a región. En función de lo anterior, rescatam o s la concepción de v io len cia e la b o ra d a p o r el h isto ria d o r e sp a ñ o l Ju lio A ró steg u i, q u ien identifica v iolencia con la «resolución o in ten to de resolución, p o r m edios no c o n sen su ad o s, de u n a situ ació n de conflicto e n tre p a rte s e n fre n ta d a s, lo q u e c o m p o rta e s e n c ia lm e n te u n a acció n d e im p o sic ió n , q u e p u e d e efe c tu a rse , o no, con p re se n cia m an ifiesta d e fu erz a física».5 A n u e stro ju icio , es posible a d e n tra rse en las tra m as políticas la tin o a ­ m ericanas a p a rtir de las d istin tas expresiones de violencia p olítica, ya que se p u ed e e stu d ia r h istórica y o p eracio n alm en te las d inám icas p articu lares que se p re se n ta n en cada país, al ser p ro d u cto de las relaciones sociales y políticas, al ex p re sa r objetivos e in te rp re ta cio n e s de la so c ied ad , al te n e r 3. E d u ard o G onzález Calleja. «La definición, caracterización y análisis de la violencia a la luz de las ciencias sociales: u n a reflexión general». En: Revista Historia Social y de las M entalidades, vol. 2: (2008), págs. 191-240. 4. Julio Aróstegui. «Violencia, sociedad y política: la definición de la violen­ cia». En: Revista Ayer, n.° 13: (1 9 9 4 ); Julio A róstegui. «La especificación de lo genérico: La violencia política en perspectiva histórica». En: Revista de Ciencias Sociales SISTEMA, n.° 132-133: (junio de 1996), págs. 9-39; C harles Tilly. «Collective Violence in E uropcan perspectiva». En: Violence and Politics: Theories and Research. N ueva Jersey: Englcw ood Cliffs, 1972, pág. 342. 5. A róstegui, «Violencia, sociedad y política: la definición de la violencia», pág. 30. XII

Introducción: estu d iar la guerrilla latinoam erica

p o r lo ta n to la v io len cia u n c a rá c te r d e acció n d e lib e ra d a . P o r últim o , p or c o n te n e r estas expresio n es una en o rm e p o ten c ia lid a d d e ru p tu ra del o rd e n so cial.6 Por ta n to , si e n te n d e m o s la violencia com o u n e le m e n to p ro p io de lo social y d e lo p o lítico, es p o sib le de se r h is to ria d a , fu n d a m e n ta lm e n te .i tra v é s d e su re la c ió n con las e stru c tu ra s so ciales y e c o n ó m ic a s q u e la m oldean en d iferen tes inten sid ad es. De esta m an era es esencial identificar las variables históricas de g ran trascen d en cia que inciden en las d inám icas políticas, p a rtic u la rm e n te en los procesos de politizació n que ex p licarían el s u rg im ie n to d e o rg a n iz a c io n e s p o líticas d e iz q u ie rd a q u e c o n tie n e n estrate g ias políticas m ilitares o que co n tem p lan la lu ch a a rm ad a com o un co m p o n en te m ás de la política, como tam b ién el d esarro llo de las form as d e p ro te s ta o ex p re sió n p o lítica v io len ta y la in c o rp o ra c ió n d e m iles de m ilita n te s a e sta s o rg a n iz a c io n e s, ro m p ie n d o con la tra d ic io n a l lógica m ilitan te co n stru id a por la izquierda trad icio n al latin o am eric a n a h asta la d é c a d a del c in c u e n ta . F ue a p a rtir d e 1 9 5 9 d o n d e e m e rg ió lo q u e se h a d e n o m in a d o «la n u ev a izq u ierd a» . E sta e n c o n tró sus o ríg e n e s ta n to e n e scisio n es de los p a rtid o s c o m u n ista s co m o en los g ru p o s tro tsk ista s d el p e río d o anterio r. E stas e scisio n es se c o m b in a ro n con g ru p o s p ro v e n ie n te s d e los m o v i­ m ien to s p o p u listas y n acio n a lista s del p erío d o p a ra g e sta r un p a n o ra m a o rg á n ic o difícil d e siste m a tiz a r. Esta n u e v a iz q u ie rd a se vio fu e rte m e n ­ te im p a c ta d a ta n to p o r el eje m p lo d e la R evo lu ció n c u b a n a y la figura d el C he G u ev ara, com o p o r la g u e rra d e V ietn am . A m bos a sp e c to s g e­ n e ra ro n fu e rte s y ricas d is c u sio n es e n to rn o a tre s ejes: el c a rá c te r d e la re v o lu c ió n la tin o a m e ric a n a , las vías d e la re v o lu c ió n , y el su je to d e la re v o lu ció n . M uy sin té tic a m e n te , esto s ejes im p lic a b a n el d e b a te en to rn o a si la re v o lu c ió n d e b ía se r so cialista y a n tiim p e ria lista o p o p u la r y a n tiim p e ria lis ta ; si el c a m in o e ra la lu ch a a rm a d a o p o r el c o n tra rio e ra n fo rm as d e ac u m u la c ió n d e n o m in a d a s «pacíficas»; y si el p rin c ip a l secto r social revolucion ario era la clase o b rera o si p o r el co n tra rio lo e ra el c a m p e s in a d o ju n to co n se c to re s de la « b u rg u esía n a cio n a l» y de los p o b res del cam p o y la c iu d ad . En los p erío d o s a n te rio re s la iz q u ierd a co n tó con n u trid o s g ru p o s d e a d h e re n te s en todos los secto res sociales. Sin e m b arg o , fue e n tre 1960 y 1 9 9 0 , q u e to d a u n a g e n e ra c ió n se lan zó p o r el c am in o d e la re v o lu ció n social, y el p e río d o se d e sta c ó p o r el su rg im ie n to d e n u m e ro so s g ru p o s g u e rrillero s y o rg an iza c io n e s político- m ilitares.

6. G onzález Calleja, La violencia en la política. Perspectivas teóricas sobre el empleo deliberado de la fve rza en los conflictos de poder, pág. 42. XIII

Pablo A. Pozzi | C laudio Pérez

En el e stu d io d e A m érica L atina c o n te m p o rá n e a es n o ta b le có m o las investigaciones h a n p rescin d id o - o c a s i - de la iz q u ierd a rev o lu cio n aria co m o p ro ta g o n is ta . S o rp re n d e a ú n m ás d a d o q u e sie m p re ex istió un in te ré s ta n to p o r los e stu d io s so b re las re v o lu c io n e s la tin o a m e ric a n a s , co m o so b re los m o v im ie n to s o b re ro s y c a m p e sin o s d e l sig lo xx. La iz­ q u ierd a rev o lu cio n aria, e n to n ces, p arece d esap arecer, so b re to d o a p a rtir del s u rg im ie n to d e los m o v im ien to s p o p u lista s, y c u a n d o re c ib e a lg u n a m e n c ió n es p a ra c a ra c te riz a rla com o v a n g u a rd ista , a le ja d a d e los tr a b a ­ ja d o re s , el p u e b lo y las tra d ic io n e s p o líticas n a c io n a le s, o ú ltim a m e n te , co m o v íc tim a s d e los p ro c e so s rep resiv o s a b ie rto s a p a r tir d e la d é c a d a d el se se n ta , es d ec ir sin p ro tag o n ism o , iniciativa y p ro y ecto político. Así las d is tin ta s v e rtie n te s d e l so cialism o la tin o a m e ric a n o y el tro stk ism o d e sa p a re c e n d e la h isto ria d e las luchas o b re ra s y ca m p e sin a s; los p a rti­ d o s c o m u n ista s so n o lv id ad o s en su p ap e l ta n to e n tr e los in te le c tu a le s , com o en el m ov im ien to o b rero y cam pesino; y la «nueva izquierda» se ve re d u c id a a m e m o rias e stu d ia n tile s in d iv id u ales d o n d e a p a re c e co m o un s u b p ro d u c to d e la ra d ic a liz a c ió n de la d é c a d a d el s e s e n ta in flu e n c ia d a p o r la R evolución c u b a n a. Lo q u e sí q u e re m o s d e c ir es q u e el siglo xx la tin o a m e ric a n o se c a ­ ra c te riz ó p o r u n a re lació n d in á m ic a y d ialéctica e n tre la iz q u ie rd a y los m o v im ie n to s so ciales e in te le c tu a le s. Y asim ism o , q u e u n a c a n tid a d d e fe n ó m e n o s h istó rico s d e n u e stro c o n tin e n te so n in c o m p re n sib le s sin p ro fu n d iz a r e n e ste te m a . De ah í q u e n o s in te re se e s tu d ia r la e x p e ­ rien cia d e la iz q u ie rd a rev o lu c io n a ria , sus o rg a n iz a c io n e s y ex p re sio n e s po lítico -m ilita re s, c o m p re n d e r en p ro fu n d id a d su h isto ria , sig n ificad o y la so cied ad qu e las gestó. Los tra b a jo s a g ru p a d o s e n e sta ed ició n a n a liz a n , c o m p a ra n y e x a ­ m in a n los p rin c ip a le s c o n te x to s y d in ám ic a s en las cu a le s se in scrib e el su rg im ie n to y d e sa rro llo d e u n c o n ju n to d e o rg a n iz a c io n e s p o líticas de iz q u ie rd a , q u e d e sd e la d é c a d a d el se s e n ta a la d el n o v e n ta , so stu v ie ­ ron q u e el d e sa rro llo d e la v io len cia re v o lu c io n a ria - l u c h a a rm a d a y e s tra te g ia s p o lítica m i lita r e s - e ra n la ú n ic a fo rm a y c a m in o a tr a n s ita r p o r la clase tra b a ja d o ra y el p u eb lo p a ra a v a n z a r h a c ia la c o n stru c c ió n d el p o d e r p o p u la r, d e rr o ta r a las clases d o m in a n te s y el im p e ria lism o , c o n q u is ta r el p o d e r e in ic ia r la edificació n d e u n n u ev o o rd e n so cial, el so cialism o . E n fo cam o s e n a q u e llo s m o v im ie n to s q u e se p la n te a b a n el cam bio social y que c u e stio n ab an la situ ació n y los m odelos de d esarro llo im p e ra n te s. C om o tal n o se tr a ta de e s tu d ia r to d o s los m o v im ie n to s arm ad o s del co n tin en te, sino solo aquellos que se reco n o cían com o p a ite de u na revolución social. A sim ism o, elegim os co m e n z a r en 1959, a ñ o de la R evolución c u b a n a , ya q u e e n te n d e m o s q u e ese m o m e n to fu e clave en el d e sa rro llo d e esta fo rm a social d e luch a. T am bién eleg im o s lim ita r XIV

Introducción: e studiar la guerrilla latinoam erica

los e stu d io s a p rin cip io s d e la d é c a d a d el n o v e n ta al c o n s id e ra r q u e, si bien ex isten c o n tin u id a d e s e n esto s m o v im ie n to s (los caso s d e C olom ­ b ia y M éxico so n n o ta b le s en e sto ), el c o n te x to so cio ec o n ó m ic o h ab ía sid o su s ta n c ia lm e n te m o d ific ad o d e b id o a la situ a c ió n g e n e ra d a p o r la im posición del n eo lib eralism o y la trasn a cio n a liz ac ió n del cap ita l. Pensam os que a través de u n a m irad a «nacional» y «latin o am erican a» a la vez, es posible ap re c ia r los d istin to s y co m u n es escen ario s, ex p e rien ­ cias, d in á m ic a s y tra y e c to ria s vividas p o r e stas o rg an iz ac io n e s políticas. Tam bién se p u ed en ap reciar las diferen tes form as en q u e estas se vincula­ ro n a p a rtir de las a p u e sta s y c o n c ep c io n e s e s tra té g ic a s e n tre sí, d a n d o c u e n ta d e u n im p o rta n te y rico p ro ceso de s o lid a rid a d e in te rn a c io n a ­ lism o. E sto se tra d u jo e n a m p lio s d e b a te s y a p u e s ta s c o m u n e s con u n a significativa circu lació n d e id eas, tra sp a so d e m a te ria l, m o v im ie n to d e m ilita n te s, ap o y o en re cu rso s e in fra e stru c tu ra , p ro ce so s de fo rm ació n p o lítica y m ilita r e n c o n ju n to , exilios, re p re sio n e s, y e x p e rie n c ia s in tern a c io n a listas rev o lu cio n a rias triu n fa n te s com o la d e N icarag u a e n 1979. T odo e sto d io fo rm a y se n tid o a u n a e sp ecie d e e s tra te g ia c o n tin e n ta l q u e m o ld e ó , a tra jo y p e rm e ó a g ra n p a rte d e los m ilita n te s d e estas o rg an izacio n es y d e la izq u ierd a la tin o a m e ric a n a e n g en eral. A p a rtir de u n a preo cu p ació n co n ju n ta sobre la histo ria de las distin tas o rg a n iz a c io n e s e s tu d ia d a s (so b re to d o a p a rtir d e las m o tiv a cio n e s y contextos que m arcaro n el su rg im ien to de ellas, com o tam b ién los sujetos que p a rticip aro n en su fo rm ación y d esarro llo ) es posible sostener, que a p e sa r de que el surgim ien to de la m ayoría de las o rg an izacio n es políticas e stu v ie ro n m a rc a d a s p o r el influjo d e la R evolución c u b a n a y la G u erra Fría, estas em ergieron, se en raiz a ro n , m asificaron y d esarro llaro n a p artir d e u n fu e rte im p u lso lo cal-n a c io n al, es d e c ir a p a rtir d e las p ro p ias dinám icas in tern as de cad a país. Pensam os p o r o tra p arte , que es al calor del propio conflicto local-nacional y de las con trad iccio n es que e m an a b an de él, d o n d e nació y se d e sa rro lló u n a m irad a , te n d e n c ia y v o lu n ta d de co n co rd an cia m a rc a d a p o r u n a clara id e n tid a d c o n tin e n ta l. Com o lo d e m u e s tra n los estu d io s c o n ten id o s en esta ed ició n , a p e sa r d e las d ife re n te s re a lid a d e s p o líticas de n u e s tro s p aíse s a p a rtir d e la d écad a del cin c u e n ta en a d e la n te , ex istiero n p a tro n e s, p ro b le m ática s, li­ m itacion es y situaciones c o m p arativ am en te co m u n es en lo social, político y eco n ó m ico . Esto p erm itió la a p e rtu ra , en la g ra n m ay o ría de los casos, d e n u ev o s escen ario s de conflictividad social y lab o ral, com o ta m b ié n la e m e rg e n c ia d e n u ev o s ciclos d e v io len cia p o lític a . La g ra n m a y o ría d e estos ciclos fueron originados p o r el fracaso e in terru p ció n de los procesos de in d u s tria liz a c ió n . De ig u al m a n e ra , e n c u e n tra n su s o ríg e n e s en las reaccio n es b u rg u e s a s fren te al su rg im ie n to y m a te rializa c ió n d e los p ro ­ yectos d c sa n o llista s , los diversos populism os y las iniciativas reform i frir.

Pablo A. Pozzi | Claudio Pérez

y g ra d u a lis ta s d e iz q u ie rd a . Pero fu n d a m e n ta lm e n te , se o rig in a n e n la u n ifo rm e, fírm e y crecien te re sp u e sta a u to rita ria (p o lítica-m ilitar) a rtic u ­ lad a p o r el co n ju n to de las clases d o m in an tes de n u e stro c o n tin e n te, m ás el apo y o y re c o n o c im ien to d e E stados U nidos, fre n te a las in n u m e ra b le s y crecien tes d em a n d a s le v an tad as p o r el co n ju n to de la clase tra b a ja d o ra la tin o am erican a , las d istin ta s iniciativas políticas del m o v im ien to p o p u la r y p o r so b re to d o , fre n te a la a rtic u la c ió n política e n to rn o a u n p ro y ecto societal en d o n d e se p o n ía com o cen tro a la clase tra b a ja d o ra y el p u eb lo y en cuyo n o rte esta b a el socialism o. Es en este co n tex to d o n d e se inscriben la g ran m ayoría de los procesos de politizació n de m iles de trab ajad o res, jó v en es, e stu d ia n te s, in te le c tu a ­ les y p ro fe sio n a le s, su s p rim e ro s a c e rc a m ie n to s a las lu c h a s so ciales y p o líticas, los p rim e ro s d e b a te s en to rn o a la re fo rm a o la rev o lu ció n , su vínculo con las d istin tas v ertien tes del cam po p o p u la r y d e la izq u ierd a, la in corporación a las o rg an izacio n es políticas que veían en la revolución so­ cialista la ún ica alte rn a tiv a p ara su p e rar el d eb ilitam ie n to y a g o ta m ie n to de los m o d elo s d esa rro llistas, p o p u listas y refo rm ista s. De ig u al m a n e ra , las sim p a tía s y a c e rc a m ie n to s a la lu c h a a rm a d a y la c o n stru c c ió n d e o rg an izacio n es (p artid o s) con e stra te g ia s políticas m ilitares d isp u e sta s a e n fre n ta r glo b alm en te a las clases d o m in an tes locales, sus a p a ra to s re p re ­ sivos, al c o n ju n to de las fuerzas a rm ad as y al im p erialism o , a n te s d e que estos n u e v a m e n te fre n a ra n política y m ilitarm e n te a través de reg ím en es d e m o c rá tic o s d e fach ad as, o a trav és de la re p re sió n a b ie rta y d e s a ta d a , p o r in term ed io s de g o b iern o s au to ritario s o d ic tad u ras, los in te n to s o las e s tra te g ia s d e tra n sfo rm a c ió n política p o r vía leg al o pacífica al in te rio r de los p ro p io s m á rg e n e s de los reg ím en es políticos. A p a rtir d e lo a n terio r, es p o sib le id e n tific a r tres p e río d o s c o n c re to s en la h is to ria d e los g ru p o s g u e rrille ro s y las o rg a n iz a c io n e s político m ilita re s d e la iz q u ie rd a la tin o a m e ric a n a . El p rim e ro , q u e p u e d e se r d e n o m in a d o el p erío d o del foco (a p ro x im a d a m e n te de 195 9 a 1 9 6 9 ), se c a ra cterizó p o r la influencia g u ev arista tal com o se p lasm ó e n la o b ra de Regis D ebray ¿Revolución en la revolución? Incluye o rg a n iz a cio n e s com o la d e C arlos M arig h ella e n B rasil, las FARN d e V en ezu ela, las FARC y el ELN de C olom bia, el MIR y el APRA R ebelde en Perú, U tu ru n co s y el EGP en A rg en tin a , las g u errillas d e los m exicanos G en aro V ázq u ez C a sta ñ o y d e A rtu ro G ám iz, las FAR e n G u a te m a la, y los sa n d in ista s (en su p rim e r p erío d o ) en N icarag u a. La m ay o ría de esto s g ru p o s fu ero n rá p id a m e n te rep rim id o s, sin e m b a rg o alg u n o s de ellos, com o las FARC y el ELN, y los sa n d in ista s e v o lu c io n a ro n p a ra co n stitu irse , lu eg o d e d e rr o ta s in iciales, en co m p lejas o rg a n iz a c io n e s p o lítico -m ilitares h a c ie n d o la tra n sic ió n al se g u n d o p erío d o .

XVI

Introducción: estu d ia r la guerrilla latinoam erica

El p e río d o d e las o rg a n iz a c io n e s p o líticas y m ilita re s (1 9 7 0 -1 9 7 9 ) im plicó q u e estos grup o s trasc e n d iero n la existencia com o m ero s grupos g u errillero s y d esa rro lla ro n u n a com binación d e lucha a rm a d a ju n to con tra b a jo d e m asas, ta n to legal co m o ilegal. Así fu e ro n o rg a n iz a c io n e s con p re n s a legal, a g ru p a c io n e s sin d icales, e stu d ia n tile s y c a m p e sin a s, e inclusive, en algunos casos, lo graron ten e r re p re se n ta n te s p arlam en tarios. A diferencia de los grupos del prim er período, la m ayoría de esto s d esarro liaron la lucha u rb an a, ad em á s de la lucha en el cam po. A lgunos ejem plos fu ero n : el M L N -T upam aros d e U ruguay, el PRT-ERP y los M o n to n e ro s d e A rg en tin a, las ya m e n c io n a d a s PARC, las FPL F a ra b u n d o M artí d e líl Salvador, el PRT-ELN d e Bolivia, el MIR ch ile n o y el M -19 c o lo m b ian o . El éxito d e esto s g ru p o s fue m uy v ariad o . A lgunos fu ero n e x term in ad o s (la g u errilla a rg e n tin a ), o tro s hicieron la tran sic ió n a la p olítica electoral d e ja n d o la lu c h a a rm a d a (M -19, FPL F a ra b u n d o M artí, T u p a m a ro s), y o tro s su b siste n e n tre los g ru p o s g u e rrille ro s m ás p o d e ro so s d el m u n d o (FARC y ELN en C olom b ia). El te rc e r período (1 9 8 0 -1 9 9 5 ) ha sido d e n o m in a d o por alg u n o s com o el d e la « g u e rrilla p o sm o d e rn a » y p o r o tro s c o m o el d e los « an tig u ev aristas». A m bos té rm in o s so n in e x ac to s y o c u lta n m á s de lo q u e rev elan p uesto que la realid ad es m ás com pleja. Este fue el perío d o d o n d e su rg ie­ ro n o se la n z a ro n a la lu ch a a rm a d a g ru p o s co m o el P artid o C o m u n ista del Perú Sendero Lum inoso - c l a r a m e n te de te n d e n c ia s a n tig u e v a rista s , c a m p e sin ista s y m i le n a r is ta s - y el M o v im ien to R ev o lu c io n ario T upac A m aru de o rie n ta c ió n g u ev a rista , el EZLN y el EPR de M éxico, el MAPU L autaro y el F rente Patriótico M anuel R odríguez de Chile, o rg an izad o por el PC d e Chile. P ero a d e m á s de las g u e rrillas y las o rg a n iz a c io n e s p o lítico m ilitares, e n tr e las d é c a d a s d el se s e n ta y 1995 im p lic a ro n u n d e sa rro llo d e u n a inm ensa c a n tid ad de g ru p o s m uy d istintos, con estrate g ias y ejes tam b ién m uy v ariad o s. Este fue el p erío d o d o n d e h u b o un d e sarro llo im p o rta n te de grupos que se reivin d icaro n m aoístas y tro tsk istas, ad em ás de n u m e ro ­ sos g ru p o s d e « izq u ierd a in d e p e n d ie n te » (n o a lin e a d o s con n in g u n o de los países so cialistas). En c a d a u n a d e esta s ép o cas su rg ie ro n n u ev as c am a d a s d e activ istas y m ilita n te s con c a ra c te rístic a s p ro p ia s.7 D u ra n te cad a p erío d o las o rg a ­ n iz a c io n e s y g ru p o s d e iz q u ie rd a e stu v ie ro n in te g ra d o s p o r m iem b ro s cuyos o ríg e n e s y e x p e rie n c ia s h istó ric a s p o d ía n se r d istin to s p e ro q u e co m p a rtía n ele m e n to s c u ltu ra le s (u n a e stru c tu ra de se n tim ie n to ) q u e se 7. Por activista se entiende aquel individuo que se desem peña principalm ente en la organización social, y se diferencia del m ilitante en que este últim o tiene la política com o eje prim ordial de su actividad. XVII

Pablo A. Pozzi | C laudio Pérez

tra d u c ía n e n u n le n g u a je , un sim b o lism o y p rá c tic as q u e te n ía n fu e rte s e le m e n to s e n c o m ú n y de c o n tin u id a d h istó ric a -p o lític a . Las m ism as fu e ro n m a d u r a n d o d u ra n te c ad a p e río d o y se tra n s m itie ro n o ra lm e n te d e u n a g e n e ra c ió n d e iz q u ie rd ista s a o tra . Así to d o u n im a g in a rio y u n a tra d ic ió n fu e ro n tra n sm itié n d o se y m a n te n ié n d o s e vivas a p e sa r d e la re p re sió n . E sta tra d ic ió n e n tro n c ó con la re a lid a d y las e x p e rie n c ia s clasistas d e las n u ev as g en eracio n es. F ue así co m o m iles de tra b a ja d o re s, ca m p e sin o s, c ristia n o s, jó v e n e s, d e se n c a n ta d o s con el p o p u lism o y el d esarro llism o , y c o m p a rtie n d o u n a e s tru c tu ra d e s e n tim ie n to , fu e ro n re cep tiv o s a los p la n te o s d e la n u e v a iz q u ie rd a re v o lu c io n a ria . M uchos se a c e rc a ro n a la p o lítica im p a c ta d o s por la gesta del Che G uevara, o p o r el ejem plo de la R evolución c u b an a y la v ietn am ita. O tros lo hicieron im pactados p o r u n a rea lid a d la tin o am e ri­ can a de m iseria, p o b re z a y ex p lo tació n . F in a lm en te, m u ch o s in te n ta ro n p rim ero las vías in stitu cio n ales de p ro testa p ara en c o n tra rse con la re p re ­ sión d e sp ia d a d a y el re c h a z o a to d a refo rm a. Todos los p ro ta g o n ista s de la é p o c a , re g istra n su d e se n c a n to y su se n sació n d e p ro fu n d a in justicia, d o n d e el d iscu rso de ju stic ia , lib ertad y b ie n e sta r d e la b u rg u e sía lib eral la tin o a m e ric a n a no se c o n d ec ía con sus p rá c tic a s d e d o m in a c ió n . E stos últim os co n fo rm aro n la m ayoría de la m ilitancia en el p erío d o 1960-1995. En c u a n to a la p ro ce d e n c ia social o b serv am o s q u e incluía a to d o s los sectores. C om o es de esperar, d ad a la com posición social latin o am erican a, en tre estos m ilitan tes existió u n a p rep o n d eran cia de cam p esin o s, obreros, e m p le a d o s y se c to res m ed io s. Es im p o rta n te d e s ta c a r ta m b ié n la in c o r­ p o ra c ió n d e m iles d e jó v e n e s e stu d ia n te s p ro v e n ie n te s d e los d istin to s sectores sociales. C om o lo d em u e stra n los estu d io s p re se n tad o s, en el p e ­ ríodo a n a liz a d o h u b o un p o rcen taje significativo de hijos d e cam p e sin o s, o b re ro s y tra b a ja d o re s n o p ro le ta rio s q u e lo g ra ro n c o n tin u a r e stu d io s se c u n d a rio s e in g re sa r a la u n iv ersid ad . De to d a s m a n e ra s, q u e d a claro q u e la v a sta m ay o ría d e los m iem b ro s q u e in g re sa ro n al c o n ju n to de las org an izacio n es de izq u ierd a fueron activistas jó ven es, de e n tre dieciséis y tre in ta a ñ o s d e e d a d . Por o tra p a rte, el a fia n z a m ie n to d e las te n d e n c ia s rad icales ta m b ié n estu v o d a d o p o r las c a ra c te rístic a s q u e p re s e n tó la in ­ d u strializació n de la región d u ra n te las d écad as del sesen ta y se te n ta . En ella se d esarro lló un m ovim iento ob rero con una serie de p a rtic u la rid a d es d istin tas a las o rig in ad as en las d écad as del tre in ta y c u a re n ta , e n tre o tras con u n fu e rte v ín cu lo a las c o m u n id a d e s c a m p e sin a s d e d o n d e h a b ía n su rg id o s los nuev o s trab aja d o re s. El vínculo e n tre o b re ro s y cam p e sin o s, que se d e sa rro lló d u ra n te las m igraciones del perío d o , no p u e d e se r su b ­ e stim a d o y a m e rita un e stu d io p articu lar, sin e m b a rg o d a p ista s p a ra la com prensión de la difusión de ideas izquierdistas y rev o lu cio n arias en las co m u n id ad es cam p e sin as la tin o a m e ric a n a s d e la d é c a d a d el se te n ta . Por Y ''M I

Introducción: e stu d ia r la guerrilla latinoam erica

últim o, esta politización abarcó a sectores religiosos p ractican tes. De este m odo, curas obreros, m iem bros de co m u n id ad es de base tcrcerm u n d istas, g ru p o s sio n ista s so cialistas y m isio n ero s p ro te s ta n te s se in c o rp o ra ro n a los g ru p o s de la izq u ierd a rev o lu cio n aria. E sta o b ra a b a rc a estu d io s so b re u n a serie de g ru p o s g u e rrille ro s e n ­ tre 1 9 5 9 y 1 9 9 5 . Si b ie n e sto s no so n ex h a u stiv o s, sí d a n c u e n ta d e lo h e te ro g é n e o y am p lio del m o v im ien to . De los e stu d io s a rtic u la d o s en e sta p u b licació n , m ás los n u ev o s tra b a jo s so b re las o rg a n iz a c io n e s rev o ­ lu c io n a ria s d e n u e stro c o n tin e n te y los testim o n io s d isp o n ib le s e n estas in v estig acio n es e m erg e n u n a serie de c u estio n es su m a m e n te su g e re n te s sobre el c o n ju n to de la h isto ria de A m érica Latina. Lo p rim e ro , la v iolen cia es alg o e n d é m ic o en la so cie d a d la tin o a m e ­ ric a n a ; o sea, la h e g e m o n ía d e la clase d o m in a n te se h a v isto p e rm a ­ n e n te m e n te c u e stio n a d a p o r el p ro ta g o n ism o d e la clase tra b a ja d o ra , el m o v im ien to p o p u la r y los p ro y ecto s rev o lu c io n ario s e n c a rn a d o s p o r los d is tin to s p a rtid o s o m o v im ie n to s de la iz q u ie rd a la tin o a m e ric a n a . La b u rg u esía ha lo g rad o m a n te n e r su do m in ació n a trav és de u n a rep resió n siste m á tic a y salv aje, c o n te n id a en la D o ctrin a d e S e g u rid a d N acio n al, en los conflictos de baja in ten sid ad y en la crim in alizació n de la p ro testa p o p u lar, e s tra te g ia s le v a n ta d a s b ajo la h e g e m o n ía d e E stad o s U n id o s y las d is tin ta s facciones d e la clase d o m in a n te d e A m érica L atina. En o tro se n tid o , la e m e rg e n c ia d e la iz q u ie rd a re v o lu c io n a ria y sus resp ectiv as e stra te g ia s d e lu c h a c o m o tal, n o h a n sid o p ro d u c to d e v a n ­ g u a rd ia s ilu m in a d a s o d e g ru p o s e stu d ia n tile s ro m á n tic o s, o m en o s a u n de jó v en es d esesp erad o s, sino que e n c u e n tra p ro fu n d as raíces en la situ a ­ ción del c o n tin e n te , e n los co n tex to s de co n ílictiv id ad social y lab o ral, o sea al alero de la lucha de clases. Por lo que tam p o co no son un fenóm eno local ni siq uiera cam pesino, sino que se ex ten d ió p o r todo el c o n tin en te y a b a rc ó a d is tin to s se cto re s sociales. Por o tra p a rte , la p ro p ia d in á m ic a d el conflicto p o lítico, ta n to local co m o reg io n a l, y la p e rsiste n c ia d e las co n d ic io n e s so ciales en las c u a le s se in sc rib e n e sto s co n flicto s, im plicó que el a n iq u ilam ien to y la d e rro ta de u n a g en eració n izq u ierd ista resu ltó en la sem illa p ara el su rg im ien to de la sig u ien te. Por lo q u e las d istin ta s expresiones d e la izquierd a que u tilizaron y legitim aron la violencia revo­ lu cio n aria com o p arte de su estra te g ia de lu ch a, se co n stitu y e ro n en una a m e n a z a re a l a la d o m in a c ió n , m ás allá d e su p o d e r d e fu eg o o a p o y o p o p u lar. Por ú ltim o , co n v a ria c io n e s de ép o c a y d e g ru p o en g ru p o , y a p esar de c ru e n ta rep resió n y las re cu rren tes d erro ta s políticas y m ilitares, la p e rs iste n c ia d e la iz q u ie rd a rev o lu c io n a ria e n su s d is tin ta s fo rm as, p a re c e in d ic a r q u e c o n tó co n m ás sim p a tía , in se rc ió n y a p o y o p o p u la r del q u e h e m o s su p u e s to h a sta a h o ra . Esta s im p a tía p o d ría in d ic a r la existencia d e u n a estru c tu ra de sen tim ien to por la cual la cu ltu ra p o p u lar XIX

Pablo A. Pozzi | Claudio Pérez

latin o am erican a tiene p u n to s de contacto con lo q u e se p o d ría d e n o m in a r un «sen tid o co m ú n » d e izq u ierd a. C onsideram o s que la reconstrucción h istórica y el cruce de testim onios c o n te n id o s en e sta p u b lic a c ió n , d a n c u e n ta de la e x p e rie n c ia y el p ro ta ­ g o n ism o d e m iles d e m ilita n te s, p e rm itié n d o n o s a c e rc a rn o s a p ro ce so s históricos (ta n to subjetivo com o objetivo) que p erm itie ro n la em erg en cia de n u m ero so s g rupos gu errillero s y de org an izacio n es rev o lu cio n arias que c o n te m p la b a n la u tiliz a c ió n d e la v iolencia re v o lu c io n a ria p a ra la tra n s ­ form ación radical de la sociedad. De igual form a, nos p erm ite ap re c iar la recepción de estas iniciativas políticas en el m u n d o de los tra b a ja d o re s y el p u eb lo , c a ra c te riz a n d o e id en tifican d o el g ra d o de in serció n , e n ra iza m ien to y articu la c ió n con el m o v im ien to p o p u lar y su in cid en cia política en el resto d e la so cied ad . En e ste se n tid o , y en la m e d id a en que cad a in v estig ació n se p la n te ó u n a h isto ria «desde abajo», y no solo de los d irig en tes o de las in stitu c io ­ nes, la e n tre v ista se h a c o n v e rtid o en fu e n te de in d u d a b le riq u e z a h istó ­ rica al c o n tr a s ta rla con las tra d ic io n a le s fu e n te s e sc rita s d e las p ro p ia s o rg a n iz a c io n e s (d o c u m e n to s in tern o s, p u b licacio n es in te rn a s y p úblicas, b o le tin e s , d e c la ra c io n e s , e tc .), y el m a te ria l accesib le d e los m e d io s d e co m u n ic a c ió n y del E stad o . Lo a n te rio r es d e b id o a q u e e n los p ro ceso s d e c ru e n ta re p re sió n p o lítica, c o m o los vividos en n u e s tro c o n tin e n te , la p ro d u c c ió n d e d o c u m e n to s p a rtid a rio s q u e re g istre n d isc u sio n e s y d ecisio n es p o líticas re la c io n a d a s con la activ id ad m ilita r o con accio n es a rm a d a s p o r p a rte d e las o rg a n iz a c io n e s d e iz q u ie rd a , so n e scaso s. De ig u al fo rm a, la so b re v iv en c ia d e la p ro d u c c ió n d o c u m e n ta l fu e p o c a y la g ra n m a y o ría d e las v eces d e stru id a . Por ta n to , la ú n ic a fo rm a de re c o n s tru ir y ex p lica r esto s p ro ceso s h istó rico s d e sd e las su b je tiv id a d e s p o líticas y d e sd e los p ro ta g o n ista s p a ra re s c a ta r el re c o rrid o m ilita n te d e u n a g e n e ra c ió n ,8 es a tra v é s d el re la to co m o fu e n te d e e sc p a sa d o v ivido.9 C om o señ ala m o s a n te rio rm e n te , nos in teresa d a r c u e n ta d e u n p ro ce­ so h istó rico y p o lítico m a rc a d o p o r la v io len cia y en la g ra n m a y o ría de los casos p o r la c la n d e stin id a d de sus p ro ta g o n ista s, de a h í q u e v e am o s u n a e n o rm e im p o rta n c ia e n la h isto ria o ral, ya q u e p e rm ite « c o n stru ir una fu en te que nos ap o rte a lo g rar una form a m ás c o m p leta d e co m p ren ­ sión del proceso so cial» .10 Los testim o n io s so b re la ex p e rie n c ia m ilita n te 8. Pablo Pozzi. «Historia oral: rep en sar la historia». En: Cuéntam e cómo fue. Introducción íi la historia oral. Comp. por Gerardo Necoechea Gracia y Pozzi Pablo. Buenos Aires: Ediciones Im ago M undi, 2008, pág. 5. 9. Josefina C uesta Bustillo. «M em oria e historia. Un estado de la cuestión». En: M emoria e Historia. 32. M adrid: Revista Ayer, 1998. 10. Pozzi, «Historia oral: repensar la historia», pág. 6. XX

Introducción: e stu d ia r la guerrilla latinoam crica

en la iz q u ie rd a a rm a d a la tin o a m e ric a n a , si b ie n c o n tie n e n im p o rta n te s lím ites re la c io n a d o s con la ca rg a su b jetiv a, tie n e n p o r o tra p a rte la v en ­ taja p a ra d o ja l de d is fru ta r y c o n c e n tra r p re c isa m e n te ese e le m e n to , que c o n stitu y e b ajo n u e s tra m ira d a y p a ra n u e stro s o b jetiv o s, al su je to en u n se r h istó rico . En el m ism o se n tid o , d e b id o a q u e las fu e n te s e scritas trad icio n ales c o n tien en poca inform ación relativ a a asp ecto s id en titario s o cualitativos sobre la su bjetividad del m ilitan te y la m ilitancia co tid ian a, rec u rrim o s a la o ra lid a d . Con la u tilizació n d e los te stim o n io s p o d em o s in d a g a r en u n m u n d o y en á m b ito s q u e las fu e n te s im p re sa s e n p apel no h an re g is tr a d o .11 Es u n a fu en te con u n a e n o rm e c a rg a irru p tiv a , q u e p e rm ite c o n o c e r asp e c to s y la m ira d a del m ilita n te c o m ú n , q u e a su m e d iferen tes respo n sab ilid ad es en distin to s m o m en to s de su vida m ilitan te y nos perm ite ob serv ar ju stam en te ese proceso y esa m irad a de largo plazo. No o b sta n te , la fu en te oral com o ya lo dijim os es de u n a en o rm e riqueza h istó rica, q u e re q u ie re n e c e sa ria m e n te de u n a c o n fro n ta c ió n n e c e sa ria c o n la fu e n te e sc rita . En b a se a lo e x p u e sto , q u e re m o s re s a lta r q u e si b ie n esto s e stu d io s c o n tie n e n y se b a san en u n a c a n tid a d im p o rta n te d e te stim o n io s, no es u n a h isto ria o ral de la g u e rrilla re v o lu c io n a ria , es d e to d a s fo rm as una h isto ria social y p o lítica q u e re c u rre a las fu e n te s d o c u m e n ta le s y o ra le s, cuyo e n tre c ru z a m ie n to n o s p o sib ilita n co n o c e r y re le v a r p ro ceso s so ciales y político s v ela d o s p o r las h isto ria s e scrita s d e sd e el p o d e r y d e sd e el co n sen so , las c u a le s o sc u re c e n , d isfra z a n y esco n d en las relaciones del pasado y los nexos de co n tin u id a d con el p re ­ sen te, fu n d a m e n ta lm e n te resp ecto del papel que ju e g a n los tra b aja d o re s y el p u e b lo y so b re to d o , el d e la izq u ierd a re v o lu c io n aria en la h isto ria de A m érica L atina d u ra n te la se g u n d a m itad d el siglo xx. C lau d io P érez y P ablo Pozzi

11. Pablo Pozzi. Por las sendas argentinas... El PRT-ERP. La guerrilla m arxista. Buenos Aires: Ediciones Im ayo Mundi, 2004. XXI

Pablo A. Pozzi | Claudio Pérez

Revolucionarios de distintas nacionalidades en la finca Mil Cum bres, provincia de Pinar del Río, Cuba. (Colección Instituto de Estudios del Caribe. U niversidad de Puerto Rico).

XXII

Capítulo 1 Los que tumbaron a Trujillo. Puerto Rico en las expediciones de 1959

F é lix O je d a R e y e s

E stam os en la llam ad a Isla del E ncanto, en el P u erto Rico d e principios d e la d é c a d a d e l c in c u e n ta . De a q u ello s a ñ o s q u e c o rre s p o n d e n a los d e m i n iñ e z , co n se rv o re c u e rd o s m u y a g ra d a b le s y sim p á tic o s. Ja m á s olvidaré que en el balcón de mi casa había u n a m eced o ra, un m u eb le que se hallab a p o r to d as partes; p ero el n u estro , de m etal, en b lanco brillante, te n ía rib e te s re p u ja d o s e n v erd e. Y m ie n tra s nos m ecíam o s, u ste d po d ía leer el p erió d ico , p la tic a r con los vecinos o ju g a r con o tro s m iem b ro s de la fam ilia. A quel era, sin lu g a r a d u d as, el d ecen io de la m e c e d o ra ... La v id a e n to n c e s p a recía len ta. Y p ara d a rle m ás q u ie tu d al e n to rn o , en m arzo d e 1954, irru m p e la televisión p o r alg u n o s p a ra je s d e n u e stra c iu d ad cap ital. El blanco y el n eg ro p re d o m in a n en la fo to g rafía, el cine, los p e rió d ic o s y en la p a n ta lla chica. Es p o sib le q u e to d o se h a lle p e r­ fec ta m e n te o rd e n a d o . N o se p resen cian m ay o res conflictos sociales. Los p recios d e los a lim e n to s se m a n tie n e n bajos. Los ín d ices de la inflación re g istra n e sta b ilid a d . S u p u e sta m e n te la c o n fo rm id a d y el a s e n tim ie n to figuran com o categ o rías p red o m in an tes. No o b stan te, aq u ella d écad a del siglo p asad o su rg e m ás co m p leja y conflictiva de lo q u e su ele parecer. P o d ría m o s d e c ir q u e d o s h o m b re lle n a n b u e n a p a rte d e la h isto ria de ese m o m e n to histó ric o . U no es b lan co , el o tro es d e l c o lo r d el Dr. R am ó n E m e te rio B etan ces, el p a d re d e la n ac ió n p u e rto rriq u e ñ a . El p rim ero , el b lanco, sería el carcelero del seg u n d o ; p ero e ste últim o , Don Pedro A lbizu C am pos, p ro n to se tran sfo rm aría en un sím bolo co n tin en tal,

Félix Ojeda Reyes

p e rso n ific a c ió n d e l v a lo r y d e l su frim ie n to e n la e sc a b ro sa b a ta lla p o r n u e stra lib ertad . El 3 0 d e o c tu b re d e 195 0 m arca la fech a d e la in su rre c c ió n n a c io n a ­ lista a c a u d illa d a p o r D on P ed ro A lbizu C am p o s. D ías m á s ta r d e , e n el d is trito fe d e ra l d e W a sh in g to n , dos b o ricu a s a te n ta » c o n tra la v id a del p resid en te T rum an . A hora, las noticias de la lucha an tico lo n ial de P uerto Rico se cuelan p o r los resquicios de la p ren sa in tern acio n al. A lgunos años m ás ta rd e, en 1954, luego de ser in d u ltad o , Don Pedro vuelve a la cárcel. U tiliz a n d o a rm a s d e p e q u e ñ o calib re, tre s h o m b re s y u n a m u je r de su p a rtid o irru m p e n en la se d e del C o n g reso de E stad o s U n id o s y a ta c a n a los allí p re s e n te s . De re p e n te , el e n cie rro d e Don P ed ro p re s e n ta u n a s v a ria n te s in d escrip tib les. ¿S erá c ie rto q u e el M aestro n a c io n a lista es v íctim a d e e x p e rim e n to s de ra d ia c ió n llev ad o s a cab o p o r ag en cias d el g o b ie rn o e s ta d o u n id e n s e m ien tras se h allab a en ce rra d o en la Cárcel de la P rincesa lo calizad a en el Viejo S an J u a n ? De ello se q u e ja b a él, q u e te n ía un g ra d o e n in g e n ie ría qu ím ica d e la U n iv e rsid a d d e V erm o n t; p e ro su c a rc e le ro - d o n Luis M uñoz M a r ín - d ecía q u e el p a trio ta de la ciu d a d d e P once e sta b a loco. En lo to c a n te a e ste a su n to , m e e m p e ñ a ré e n d e c ir q u e la v e rd a d se c o n o c e rá m á s te m p ra n o q u e ta rd e . Lo in te re s a n te d el a s u n to es q u e el D e p a rta m e n to d e E n erg ía d e E stad o s U nidos h a a d m itid o q u e d u ra n te los añ o s c in c u e n ta llevó a cabo e x p erim e n to s de ra d io a c tiv id a d e n seres h u m a n o s sin el c o n se n tim ie n to d e las v íc tim a s.1 Y yo, q u e h e p a sa d o b u e n a p a rte d e m is a ñ o s d e a d u lto h u sm e a n d o d o c u m e n to s, lib ro s y pap eles viejos en los archivos y en las bibliotecas de la p a tria d e Lincoln, puedo d ecir q u e los estad o u n id en se s lo g u a rd a n todo. D efinitivam ente la v erd ad se sa b rá m ás te m p ra n o q u e tard e. A quí y a h o ra d e b o re c o rd a r q u e en 1 9 5 6 m é d ic o s e s ta d o u n id e n s e s e x p e rim e n ta ro n p o r p rim e ra vez, en u n a b a rria d a p o b re d e P u e rto Rico, el c o n tracep tiv o oral llam ad o Enovid. Poco d esp u és, los e x p e rim e n to s de «la p íldora» se e x tie n d e n a la rep ú b lica n eg ra de H aití. M ie n tra s ta n to , e n G u a te m a la , p ro fe sio n a le s d e la sa lu d d e E stad o s U nidos inoculan e n ferm ed ad es de tran sm isió n sexual a g e n te p o b re sin su co n sen tim ien to . En en ero de 2 010 la jefa de la dip lo m acia e sta d o u n id e n ­ se, H illary C linton, ju n to a la secretaria de la S alud, K aihleen S ebelius, le

1. A principios de 1994, el presidente Bill Clinton solicitó se investigaran las acusaciones relacionadas a los experim entos de radiación sin el consentim iento de los afectados. El inform e se puede co n su ltar en h ttp ://w w w .e h .d o e .g o v /o h re / r oadm ap/ochr e /r e p o r t . h tm l.

Los que tum baron a TíujiUo. P uerto Rico en.

p id ie ro n d iscu lp as al p u eb lo de G u a te m a la p o r ta n a b o m in a b le s e x p e ri­ m e n to s.2 Da la c asu alid ad q u e h e fo rm ad o p a rte d e u n a g e n e ra c ió n q u e creció con el s o n s o n e te q u e d ecía y re ite ra b a q u e D on P e d ro Albi/.u C am p o s e s ta b a loco. ¿T en d ría ra z ó n a q u e l h o m b re b la n c o q u e p o co a n te s del d eceso d e D on P ed ro lo in d u lta p a ra q u e no m u rie ra en p risió n ? P ara­ d ó jic a m e n te y c o m o d is ta n c ia m ie n to de lo q u e a d v e rtía el g o b e rn a d o r co lo n ial, d o n Luis M u ñ o z M arín, n u e stra Isla p re s e n c ia ría u n o d e los e n tierro s m ás con currid o s de su historia. Miles de p erso n as se m an ten ían p o r horas y horas, en fila religiosa, tra n sita n d o la av en id a Ponce de León de n u estra ciu d ad capital p ara ren d irle sus resp eto s al p a triarc a del valor y del sacrificio p u e rto rriq u e ñ o s. En lo re fe re n te a los p aíses d el C arib e las d ic ta d u ra s e s ta b a n a la o rd e n del d ía d u r a n te la d é c a d a d el c in c u e n ta : T rujillo e n la R ep ú b lica D o m in ic a n a , B atista e n C uba y el d o c to r D u v a lier en H aití. La T ierra F irm e no se q u ed ab a atrás: Rojas Pinilla en C olom bia y P érez Jim én e z en V enezuela. A dem ás, se p u ed e m en cio n ar a C astillo A rm as en G uatem ala y el clan n icarag ü en se de los Som oza, co rtad o s todos p o r las m ism as tijeras. L a m e n ta b le m e n te , esos reg ím en es represivos y n eo lib e ra les de e n to n ce s fu ero n b e n d e c id o s p o r los g o b iern o s de tu rn o en E stad o s U nidos, d esd e T ru m an h asta Kennedy. Por o tro lado, las p ro testas p o p u lares y las acciones vio len tas en Cuba, V en ezu ela, R ep ú b lica D o m in ican a y P u e rto Rico d e s m ie n te n la c o n fo r­ m id a d y la a q u ie s c e n c ia co m o a le g a d a s c a te g o ría s de a q u e lla d é c a d a . Pero creo q u e e n esto s precisos in sta n te s co n v ien e h a c e r un p a ré n te sis y refle x io n a r so b re los e v id e n te s p arecid o s y d ifere n cia s q u e ex isten e n tre el filón d e la lite ra tu ra y el d e la h isto ria. N o es difícil e n c o n tr a r una aclaració n . En 1605, en la novela de don M iguel de C ervantes S aavedra se desata el n u d o de form a m ag istral, p o rq u e uno es escrib ir com o p o eta y o tro es e scrib ir c o m o h isto ria d o r. El p rim e ro , el p o e ta , « p u e d e c o n ta r o c a n ta r las cosas, no com o fu ero n , sino com o d e b ía n ser; y el h is to ria d o r las ha

2. H illary Clinton y K athleen Sebelius suscribieron la siguiente declaración c onjunta: «A lthough these events occurred m ore th an 64 ycars ago, w e a re outraged th at such reprehensible research could have occurred u n d e r the guise oí' public Health. We deeply regret th a t it happened, and w e apologize lo all indivi­ d u áis w ho w ere affectcd by such a b h o rre n t research practice». Hillary Clinton y Kathleen Sebelius. «US apologizes for 1940s syphilis inoculation experim ent in G uatem ala». En: The W ashington Pust: (1 de octubre de 2010). 3

Félix Ojcda Reyes

de escribir, no co m o d e b ía n ser, sin o com o fu ero n , sin a ñ a d ir ni q u ita r a la v e rd a d cosa alg u n a » .3 El fe rv ie n te d e se o d e c o n ta r los h e ch o s tal y c o m o s u c e d e n d e b e ría se rv ir d e n o rte a to d o a q u e l q u e p ra c tiq u e el oficio d e h is to ria r lo q u e tien e se n tid o , lo q u e tien e v alo r p ráctico, en co n tra p o sic ió n co n lo irreal e ilu so rio . E n to n c es, el c o m p ro m iso tie n e q u e se r co n la v e rd a d . Y sin q u ita rle a la v e rd a d «cosa alg u n a» , c o m o a c o n se ja la in m o rta l n o v e la d e C e rv a n te s, q u ie ro in v ita r a n u e stro s lecto res, sin p e rd e r el s e n tid o del m isterio , a e x a m in a r u n a histo ria m aravillosa, al p a re c e r to m a d a del m u n d o m ágico d e la lite ra tu ra . En resu m id as cu en ta s, la que voy a n a rra r sucede a fines de la d é cad a d e las m e c e d o ra s. No sé p o r q u é se m e o c u rre d e c ir q u e p e rsig o el p ro p ó sito d e h a c e r ju stic ia . T engo la in ten ció n de re n d irle h o m e n a je de ad m iració n y resp eto a los jó v en es p u erto rriq u eñ o s q u e d u ra n te los m eses d e ju n io y ju lio d e 1 9 5 9 sacrificaro n sus v id as lu c h a n d o p o r la lib e rta d del p u e b lo d o m in ic a n o . N ad ie e n P u e rto Rico sab e c ó m o o c u á n d o ca y e ro n . A p e s a r d e ello , p o d em o s re ite ra r q u e e ra n in te m a c io n a lis ta s de n u e v a fa c tu ra . Ellos su p ie ro n e n c o n tra r u n trá g ic o final p a ra sus v id a s b a ta lla n d o c o n tra u n a d e las d ic ta d u ra s m ás o d ia d a s d el e n to rn o an tilla n o . R esu lta la stim o so e n te n d e r qu e, a falta d e in fo rm a c ió n , se n o s h a c e e x tr e m a d a m e n te difícil re d a c ta r los p erfiles b io g ráfic o s d e lo s c o m b a ­ tie n te s p u e rto rriq u e ñ o s. El p ro b lem a se agrava c u a n d o d escu b rim o s q u e to d o s n u e s tro s e x p e d ic io n a rio s re sid ía n e n E stad o s U n id o s y c o n se g u ir a fam ilia re s o am ig o s d e los c a íd o s en ta n e x te n so te rrito rio , re s u lta co m p licad o en ex trem o . Im aginaba q u e en la ciudad de La H abana se h allarían los d o cu m en to s q u e c o n te s ta ría n n u e stra s p rim e ra s p re g u n ta s. L a m e n ta b le m e n te no ha sido así, p e ro C uba siem p re nos tien d e sus m an o s. Y c u a n d o solicitam o s a los co m p añ ero s del p a rtid o q u e co m p artieran sus fu en tes y re s p ald a ra n n u e s tro p ro y e c to , d irig id o a re s c a ta r u n a h isto ria d o n d e se h e rm a n a n in te m a c io n a lista s p u e rto rriq u e ñ o s, c u b an o s, d o m in ic an o s, v en ez o la n o s, españ oles, e sta d o u n id e n se s y gu atem alteco s, hicieron todo lo posible por ap o y a rn o s . A ta le s efecto s, d e sd e la m a y o r d e n u e s tra s islas re cib í el sig u ien te m en saje: « Q u erid o Félix. A yer m e te le fo n e a ro n d el D e p a rta m e n to d e A m érica d e l C o m ité C en tral del P artid o y m e e x p licó el c o m p a ñ e ro ( . . . ) q u e ellos h a b ía n re cib id o u n a so lic itu d de 3. Miguel De Cervantes. Don Quijote de la Mancha. Edición del IV Centenario. M adrid: A lfaguara, 2004, pág. 569. 4

Los que tum baron a Trujillo. Puerto Rico en.

A larcón en relación con tu investigación acerca de los b oricuas en el p lan rev o lu cio n ario c o n tra Trujillo. M e d ijo q u e te c o m u n ic a ra q u e la so licitu d fu e a te n d id a d i­ re c ta m e n te p o r el je fe del D e p a rta m e n to , G u illerm o A rb ezú , y q u e ellos c o n firm a ro n q u e no d isp o n e n d e d o c u m e n ta c ió n a lg u n a al resp ecto , p u es d e esa é p o ca no se g u a rd a n a d a e n los arch iv o s d e ellos ni en los q u e p e rte n e c ie ro n a M an u el P iñ e iro ... ».4 Q uiso la c a su a lid a d q u e n u e stro tra b a jo se h a lla ra llen o d e o b stá c u ­ los. N o o b s ta n te , m u y b u e n o s am ig o s e n C u b a lo g ra ro n c o o rd in a r u n a im p o rta n te re u n ió n con el c o m a n d a n te D elio G ó m ez O ch o a. El e n la c e se h a ría en la c a p ita l d o m in ic a n a d o n d e p u d e co n o c e r a M ay o b an ex V argas. L uego, a la lleg ad a d e D elio, a c o rd a m o s tra s la d a rn o s a la resi­ d e n c ia de Poncio Pou S aleta y, sin ta rd a n z a , p u d e c o n v e rsa r con los tres so b rev iv ien tes de aq u ella h ero ica g esta .5 ¡Q ue n a d ie se asuste!, p ero te n em o s el d e rech o de c o m en z a r n u estra h isto ria p o r el principio. Y creo que el principio a lu d e al d ésp o ta . Rafael L eó n id as T rujillo h a b ía c o n v e rtid o a la R ep ú b lica D o m in ica n a e n u n a g ig a n te sc a e m p re s a de su ex clu siv a p ro p ie d a d . E n tre su s n eg o c io s so ­ b re sa lía n « h oteles, p lan ta s de c e m e n to ... fábricas d e tejid o s, de zap ato s, d e m a te ria le s d e c o n s tru c c ió n ... bancos, lín eas de n av eg ació n m a rítim a y a é re a , m o n o p o lio d e la sal, d e los fósforos, de la c a rn e , in g e n io s d e azúcar, fáb rica d e arm as y a d e m á s se h ab ía co n v ertid o en el la tifu n d ista m á s g ra n d e del país».6 T rujillo h a b ía a m a sa d o u n a in m e n sa fo rtu n a . El D e p a rta m e n to de E stado de E stados U nidos la e stim a b a en 500 m illones de d ó la re s, u n a c a n tid a d so rp re n d e n te p a ra aq u ello s días. M ientras ta n to , el 7 de d iciem bre de 1958 a te rriza b a en el aero p u e rto re b e ld e de C ien ag u illa, en la S ierra M aestra de C uba, un avió n ca rg a d o de a rm a s. La n av e, p ro c e d e n te de V en ezu ela, co n m á s de 3 .0 0 0 libras de p eso so b re el lím ite de la c arg a, tra n s p o rta b a 8 4 caja s d e p e rtre c h o s m ilitares. E ntre sus pasajero s se h allab a el d o m in ic a n o E n riq u e Jim énez. M oya, e n v ia d o a C uba a fo rm a rse co m o c u a d ro m ilita r e n la g u e rra c o n tra la d ic ta d u ra de B atista. A m eritan c itarse u n a s p a la b ra s re cie n te s d el c o m a n d a n te Fidel C astro. D icen así:

4. Félix O jeda Reyes. Boricuas en Santo Domingo. C orreo electrónico. 11 de diciem bre de 2009. 5. La conversación se llevó a cabo el 7 de julio de 2005 en la residencia de Pou Saleta. 6. J u a n Bosch. A ntología personal. Río Piedras: Editorial de la U niversidad de Puerto Rico, 1998, pág. 390. 5

It IU ( )jcdn IU*yes

« Jim én ez M oya, q u e ju n to a o tro s rev o lu c io n a rio s d o m in ic a ­ nos a te rriz ó en las in m ed iacio n es d e la S ierra M aestra e n un avión civil v en ezo lan o , co n d u cie n d o 150 fusiles se m ia u to m á ticos G a r a n d ... y u n fusil PAL. q u e p e rs o n a lm e n te m e en v ió el a lm ira n te L a rra z á b a l... se in co rp o ró a n u e stra s fu e r z a s ... c u an d o lib ráb am o s los últim os com bates en la región o rien tal d e C uba» .7 B ueno sería a ñ a d ir que Jim én ez Moya so b resale com o c o m b a tie n te en la b a ta lla del c u artel de Maffo, en la provincia de O rien te, d o n d e se libra u n a d e las re frie g a s m ás e n c a rn iz a d a s de la g u e rra c o n tra B atista. Las acciones ad q u irie ro n visos de e n fre n ta m ie n to co n v en cio n al. M ás d e diez días d u ró la to m a de aq u el c u a rte l.8 Y es c a su a lm e n te en a q u e lla b a talla d o n d e el d o m in ican o cae g rav em en te h erido. La esq u irla de u n a g ra n a d a d e m o rte ro le a tra v e só un riñ ó n . P rá c tic a m e n te « to d o s los in te stin o s se le sa lie ro n » .9 Y allí m ism o , al aire lib re, te n d id o so b re el b a n c o d e un p arq u e de la localid ad , Jim én ez Moya recibió los p rim ero s auxilios de los m édicos c u b a n o s .10 A lg u n o s d ía s m ás ta rd e , m ie n tra s c o n v ale cía, los m ed io s n o ticio so s in fo rm a b a n la h u id a d e l d icta d o r, F u lg en cio B atista h a b ía a b a n d o n a d o la isla d e C u b a en la m a d ru g a d a d el p rim e ro d e e n e ro d e 1 9 5 9 ju n to a su fam ilia y los p rin c ip ale s esb irro s de aq u e lla d ic ta d u ra . Im ita n d o a su h o m ólogo v en ez o lan o , P érez Jim é n e z , B atista se refu g ia en la R epública D om inicana. A hora b ien , el 23 de e n e ro d e 1959, c u a n d o el p u e b lo d e V en ezu ela se d is p o n ía a c o n m e m o ra r el p rim e r a n iv e rsa rio de la c a íd a d e P érez Jim é n e z , el je fe d e la R evolución c u b a n a llega a la p a tria d el L ib e rtad o r invitado por las organ izacio n es p o p u lares que pro m o v ían aq u ella c e le b ra ­ ción. F.1 viaje d e Fidel se hacía p a ra a g rad e c erle al p u eb lo v e n e z o la n o la ay u d a q ue le h a b ía n b rin d a d o a la R evolución. Los m edios d e inform ación calcularon en m ás de 100 mil las p erso n as que c o n cu rriero n al recibim iento. B uena p arte d e N u estra A m érica estuvo allí re p r e s e n ta d a : los in d e p e n d e n tis ta s p u e rto rriq u e ñ o s q u e g rita b a n c o n tra el co lo n ia je , los re v o lu c io n a rio s h a itia n o s q u e h a c ía n o tro ta n to 7. Fidel Castro. «Mi encuentro con Leonel Fernández, presidente de la Repú­ blica Dom inicana». En: Granma: (7 de m arzo de 2009). H, Delio Góm ez Ochoa. Constanza, Maimón y Estero Hondo. La victoria de los caídos. Sonto Dom ingo: Editorial Alfa & Om ega, 1998, pág. 22. 9. P o n d o Pou Saleta. En busca de la libertad. M i lucha contra la tiranía irujillista. República D om inicana: Editorial Lozano, 1998, pág. 96. 10. G óm ez O choa, Constanza, M aim ón y Estero Hondo. La victoria de los caídos, pág. 22. 6

Los que tum baron a Trujillo. Puerto Rico en.

c o n tra el d o c to r D uvalier, m ie n tra s u n a p o d e ro sa d e le g a c ió n d el exilio d o m inicano, p o rta n d o g ran d es cartelo n es, le d ab a la b ien ven id a a F id e l.11 El 25 d e e n e ro el C o m a n d a n te c u b a n o se e n tre v istó co n R ó m u lo B e ta n c o u rt. C u e n ta F ran cisco Pividal P a d ró n 12 q u e fu e el recién e le c to p re s id e n te d e V en ezu ela, en la re s id e n c ia p a rtic u la r d e e ste , q u ie n p ro ­ p uso el tem a de Trujillo, co m p ro m e tié n d o se en a p o rra r m ed io m illón de d ó la re s p ara los g asto s d e u n a e x p ed ic ió n d irig id a a d a r al tra s te con la d ic ta d u ra d o m in ic a n a . P ividal P a d ró n estu v o p re s e n te e n ese p rim e r y ú n ico e n c u e n tro e n tre Fidel y B etan co u rt. In m e d ia ta m e n te d esp u és de re g resar a C uba, el C o m an d an te le solicita a D elio G óm ez O choa y al d o c to r Pividal q u e viajen a C aracas a rec o g e r el d in e ro p ro m etid o . N inguna ocasión m e p arece tan propicia com o esta p ara in fo rm ar que a m e d iad o s d e o c tu b re de 2 0 0 9 p artic ip é en el xu C ongreso de la A cade­ mia D om inicana de la H istoria, d ed ica d o a co n m e m o rar el 50 aniv ersario de las ex p e d ic io n e s a rm a d a s d e ju n io d e 1959. En e sa o c asió n c o n o c í al c o m a n d a n te v e n e z o la n o D ouglas Ig n acio B ravo M ora. El le g e n d a rio c o m b atien te hab ía in gresad o a te m p ra n a ed ad en el P artido C om unista y en 1 959 era el jefe del Buró M ilitar del m ism o. En S a n to D o m in g o , D ouglas B ravo m e a se g u ra b a q u e el PC d e Ve­ n e z u e la le h a b ía d a d o su a p o y o al p ro y ec to e x p e d ic io n a rio c o n tra la d ic ta d u ra de T rujillo. Y él, q u e p e rte n e c ía al a p a ra to a rm a d o d e la o rg a ­ n izac ió n , fue el e n c a rg a d o de re c lu ta r a la casi to ta lid a d d e los jó v e n e s q u e c o la b o ra ría n en la g e sta d o m in ic a n a . T odos los v e n e z o la n o s q u e p a rticip aro n en las exped icio n es fueron asesin ad o s b ru ta lm e n te . He aquí sus n om bres: J u a n C árden as Soto, Edwin Erminy, A ntonio Luis G onzález, Jo sé Isaac M olina G o n zález y O scar Luis Vega A costa q u e e stu v ie ro n en la e x p e d ic ió n a é re a . R afael A rrech ea R o d ríg u ez, G e n e ro so H e rn á n d e z , N elson A ndrés H ern án d e z G onzález, Luis Alfonso M edina Rosales y Ju lio C a m a c h o , ex p e d ic io n a rio s d e M aim ó n . Así co m o Jo sé A ltag racia A rias Q u in te ro , P ed ro Jo sé L inares B adillo, Jo sé Luis R o d ríg u ez y Je s ú s Ávila, q u e ta m b ié n lleg aro n en las ex p ed ic io n es m a rítim as. Fabricio O jed a q u e ría u n irse al p ro y e c to d o m in ic a n o , m e d ecía el c o m a n d a n te D o u g las B ravo. Sin e m b a rg o , la d ire c ció n d el m o v im ie n to 11. A Coruña. España, 15 de m arzo de 2004. 12. Pividal Padrón vive en Caracas por espacio de 11 años. Además de e jn e e r la docencia, co o rd in a r el M ovim iento 26 d e Julio y a c tu a r com o em b ajad o r d r Cuba en V enezuela, es un estudioso de la vida y obra de Bolívar. «Con Francisco Pividal sostuve en La H abana las lentas conversaciones prelim in ares que me perm itieron form arm e una idea clara del libro que debía escribir». A;.( lo informa Gabriel García M árquez cuando iba a escribir su novela ¿7 general cu su laberinto, en la que narra los últim os días de Bolívar. 7

Félix Ojeda Reyes

v en ezo lan o se opu so , no a u to riz a b a la salid a de Fabricio p o r lo q u e ya se p ro y ectab a: u n a g u errilla q u e d u ra ría v ein te larg o s añ o s. Fabricio O je d a co n sig u ió e n o rm e p ro ta g o n ism o e n 1 9 5 8 co m o p re ­ s id e n te d e la J u n ta P a trió tic a q u e p ro m o v ió la c a íd a d e P é re z Jim é n e z . Iíse m ism o a ñ o fu e e le c to d ip u ta d o al C o n g reso . En 1 9 6 2 se re tiró del g o b ie rn o y a b ra z ó la lu ch a a rm a d a . El d e s ta c a d o re v o lu c io n a rio fu e a se sin a d o en los cala b o zo s d e las fu erzas a rm a d a s en ju n io d e 1966. C o n fo rm e a lo p ro m e tid o , el re c ié n ele c to p re s id e n te d e V en ezu ela a p o rta ría m e d io m illó n d e d ó la re s. L a m e n ta b le m e n te , el a c u e rd o fue d e s h o n ra d o . La c a n tid a d d e 150 m il d ó la re s e ra m u c h o m e n o r d e lo p ro m e tid o . N o o b s ta n te , d in e ro e n m a n o , los c o m p lo ta d o s te n ía n u n a p rio rid a d : c o m p ra r u n av ió n d e c arg a q u e los lle v a ría a tie rra s d o m in i­ ca n a s. La tra n sa c c ió n se llevó a cab o e n el s u r d e E sta d o s U n id o s. Del d in e ro v e n e z o la n o , 9 0 mil d ó la re s fu ero n d e s tin a d o s a la c o m p ra d e la nave. T ra sla d a d o a C uba el avión su fre d istin ta s a lte ra c io n e s re a liz a d a s en el a e ro p u e r to m ilita r d e C o lu m b ia. U tilizan d o ta la d ro s e sp e c ia le s se le h a c e n g ru e so s orificios en los co sta d o s p a ra in tro d u c ir el c a ñ ó n d e los fusiles FAL en caso d e se r a ta c a d o s d e sd e el a ir e .13 ¡H ay q u e p re p a ra rse p ara lo peor!, y no le estam o s a ñ a d ie n d o ni le hem os q u ita d o a la v e rd ad «cosa alg u n a» c u a n d o h ab lam o s d e aqu ello s b o q u e te s q u e d ra m a tiz a n lo peligroso de la m isión q u e se llev aría a cabo. S ería p re c is a m e n te a p rin c ip io s d e l m es d e m a rz o d e 1 9 5 9 c u a n d o re v o lu c io n a rio s d e d is tin ta s n a c io n a lid a d e s c o m ie n z a n a lle g a r a C uba. E stab an co n v e n c id o s q u e d e rro c a ría n la o d io sa d ic ta d u ra d e T rujillo. Los c o m b a tie n te s e ra n hijos de P u e rto Rico, E sp a ñ a , C u b a, V en ezu ela, G u a te m a la , E sta d o s U nidos, N ic a ra g u a y R ep ú b lica D o m in ic a n a . La im previsible y peligrosa m isión se concebía com o u n a im p o rtan te h a zañ a d e so lid a rid a d y, C uba, lib e ra d a d e la d ic ta d u ra de F u lg en cio B atista , le p re s ta ría el m as e x tra o rd in a rio co n cu rso a las g estio n es in iciad as p o r las o rg a n iz a c io n e s rev o lu c io n a ria s d o m in ican as. El Listín Diario de S an to D om ingo inform a q u e p a ra d a rle a p o y a tu ra logística al p ro y e c to se e sta b le c e n dos o ficin as e n La H a b a n a . U na le serv ía de a sie n to a E n riq u e Jim é n e z M oya, c o m a n d a n te y je fe m ilita r de la expedición. La o tra la dirigía la cu b an a Acacia S ánchez. En la se g u n d a oficin a «se d e s p a c h a b a n las c a rta s e n v ia d a s p o r los fu tu ro s e x p e d ic io ­ n ario s a sus fa m ilia re s y se re c ib ía n las q u e e sto s les e n v ia b a n a ellos.

13. José Miguel Abreu Cardet. Cuba y las expediciones de junio de 1959. Santo l»ominy,o: Editorial M anatí, 2002, pág. 98.

Los que tum baron a Trujillo. Puerto Rico en.

T am b ién se re c ib ía n las a y u d a s re c a u d a d a s a tra v é s d e las a c tiv id a d e s p ro m o v id as en apoyo a la ex p ed ic ió n » .14 Para so s te n e r a q u ellas g estio n es el g o b ie rn o d e C uba d e p o sitó e n un b a n c o , a n o m b re d e A cacia S á n c h e z ,15 u n a b u e n a c a n tid a d d e d in e ro . A dem ás, en aq u el p u n to de operacio n es, rad icad o en el secto r del V edado d e La H a b a n a , se in s ta la ría u n a p la n ta d e ra d io d e h o n d a c o rta p a ra c u b rir los a c o n te c im ie n to s d o m in ican o s. Pero fue en la finca Mil C um bres, localizada en la z o n a m o n tañ o sa de la p rovincia d e P in a r del Río, d o n d e se estab le c e la fra n ja d e e n se ñ a n z a m ilita r.16 Los ejercicio s c o m e n z a ro n a fin ales d el m es d e m a rz o . La in stru c c ió n básica co n sistía d e c a m in a ta s, lecc io n es e n el m a n e jo d e arm as co rtas y de largo alcance, p rácticas de tiro con fusiles FAL, G arantí y S pringfield, así corno a d ie stra m ie n to e n el em p leo de a m e tra lla d o ra s y g ra n a d a s , uso d e explosivos, m inas y sistem as d e co m u n icacio n es. L arry B evins y C h arles W hite, p o se e d o re s d e am p lio s co n o c im ie n to s m ilitares, p u es e ra n v e te ra n o s d e la g u e rra d e C orea, e je rc ían co m o in s­ tru c to re s de la tro p a. El p rim ero e n se ñ a b a a m a n e ja r las a m e trallad o ras; m ie n tra s q u e W hite se e n c a rg a b a d e las d e m o stra c io n e s d e tiro con p ro ­ y ectiles d e m o rte ro y d e b a zu ca s. A h o ra, llen o s d e e n tu s ia sm o , los d o s e sta d o u n id e n se s e sta b a n d isp u esto s a c o m b a tir p o r u n a ca u sa ju s ta .17 En aq u el in m u eb le d e P in ar del Río se a d ie stra ro n 2 6 4 co m b atien tes: 211 e ra n d o m in ican o s, 21 cub an o s, 13 v en ezo lan o s, 12 p u e rto rriq u e ñ o s, 3 e sta d o u n id e n se s, 3 esp añ o les y 1 g u a te m a lte c o , p ero no to d o s in te g ra ­ ro n la e x p e d ic ió n .18 De los 12 p u e rto rriq u e ñ o s q u e se a d ie s tra ro n en Mil C u m b res, seis p a rtic ip a ro n e n la g e sta, c u a tro no d ie ro n el g ra d o , y dos q u e d a ro n e n C uba p o r m o tiv o s d e e n fe rm e d a d . T am b ién , e n el c a m p a m e n to se h allab an cu atro m ujeres d o m in ican as, d isp u e sta s a ab rir

14. Emilio H erasm e Peña. «La expedición a rm a d a de ju n io de 1959». En: Listín Diario: (14 de ju n io de 2004). 15. En julio de 1961, poco después del ajusticiam iento de Trujillo, el com an­ dante Góm ez Ochoa contrae nupcias con Acacia Sánchez Manduley, herm ana de Celia Sánchez, la noble y distinguida revolucionaria cubana. 16. A lgunos años m ás tard e, por Mil C um bres pasarían los expedicionarios que aco m p añ a n al co m a n d an te E rnesto G uevara en su gesta boliviana. En Mil C um bres tam b ién se a d ie stran los hom bres de la guerrilla d om inicana de Francisco A lberto C aam año Deñó. 17. G óm ez O choa, Constanza, M aim ón y Estero ¡Iondo. I.a victoria de los caídos, pág. 36; véase adem ás, The New York Times, 10 de ju lio de 1959, pág. H. 18. Góm ez Ochoa habla de unos 300 hom bres en el cam pam ento. Anselmo Brache dice que eran alred ed o r de 250. A algunos se les da de baja por enferme* dad o po rq u e físicam ente no a g u an tab a n los rigores del a d ie stram ien to , otros, porque llegaron m uy tard e y no hubo tiem po para instruirlos. 9

Félix Ojeda Reyes

fuego c o n tra la d ic ta d u ra . Por raz o n es p u ra m e n te sex istas, en c o n tra de su v o lu n ta d , las m u je re s fu ero n ex clu id as de la e x p e d ic ió n .19 El 5 de ju n io de 1959 se d esm o n tó el cam po de e n tre n a m ie n to . E n to n ­ ces, los exp ed ic io n ario s in iciaron un largo viaje p o r a u to b ú s. R ecorrieron to d a la isla h a sta llegar a la provincia de O riente, a un nuevo cam p a m e n to localizado al pie de la S ierra M aestra. El d ía 8 el d irig e n te m áx im o de la ex p ed ic ió n , E n riq u e Jim é n e z M oya, in fo rm ó q u e p ro n to p a rtiría n hacia la R ep ú b lica. A lg u n o s v ia ja ría n p o r aire, en a v ió n c a m u fla d o co n las in sig n ias d e la A viación M ilitar D o m in ican a. Los o tro s d o s g ru p o s irían p o r barco. A d em ás d e las a rm a s, a c a d a h o m b re se le re p a r tie ro n 5 0 0 tiros, g ra n a d a s , u n a h a m a c a y a lim e n to s p a ra cinco d ías. El av ió n , p ilo te a d o p o r el v e n e z o la n o Ju lio C ésar R o d ríg u ez, d e sp e g ó a las tres d e la ta rd e . El c u b a n o O re ste s A costa h a c ía d e c o p ilo to y el d o m in ic a n o J u a n d e Dios V entura S im ó serv ía d e a se so r e n los m o m en to s del a te rriz a je en el a e ro p u e rto m ilita r de C o n stan za. Un total de 54 h o m b res b ajaro n de la nave. La fecha no d eb e olvidarse: d o m in g o 14 de ju n io d e 1 9 5 9 . El reloj m a rc a b a las seis en p u n to d e la ta rd e. P ara p ro te g e r el d e sc e n so se tiró a la p ista el g ru p o d e v a n g u a rd ia c o m p u e s to p o r seis v o lu n ta rio s. El te n ie n te F ra n k E b e rto L ópez fu e el p rim e ro en s a lir d el av ió n . El c u b a n o iba e n la p u n ta d e la v a n g u a rd ia . Le seguía el c a p itá n R am ón López, tam b ién cu b an o . Luego iba el c o m a n ­ d a n te Delio G óm ez O choa. D etrás de Delio, los d o m in ican o s M ayobanex V argas y J u a n A n to n io A lm ánzar. F in a lm e n te el p u e rto rriq u e ñ o G a sp ar A n to n io R o d ríg u ez Bou. De p ro n to , se acercaro n tres vehículos con so ld ad o s de la d ic ta d u ra . El p rim ero en d is p a ra r fue el d o m in ican o Pedro Pablo F ern án d ez q u e llevaba u n FAL. In m e d ia ta m e n te tiró G óm ez O ch o a. Los e x p e d ic io n a rio s d e la v an g u ard ia ab riero n fuego n u trid o d estru y en d o u n o d e los vehículos. Los o tro s dos vehículos de la d ic ta d u ra se vieron o bligados a regresar. En ese m o m e n to , c o m e n z ó a c a e r u n a llovizna m u y su av e y a b a ja r u n a n ieb la m uy d e n sa q u e a p e n a s p e rm itía v er a cien m e tro s d e d ista n c ia . D isp u esto a no p e rd e r tiem p o , el p ilo to v e n e z o la n o , m u y n erv io so , a p resu rab a a los g u errero s p ara que b ajaran de la nave. E ntonces, giró el a v ió n so b re sí m ism o y enfiló p o r d o n d e h a b ía a te rriz a d o . S o ld a d o s d e la d ic ta d u ra le d is p a ra ro n a la n a v e con a rm a s d e p e q u e ñ o calib re . Le

19. R ecom endam os el reportaje de Ángela Peña: «D om inicana Perozo. Una de las cuatro guerrilleras que iban a venir el 14 de junio», publicado en la prensa dom inicana a m ediados de 2001 (envío cortesía de Ángela Peña). 10

Los que tum baron a Trujillo. P uerto Rico en.

h irie ro n u n a s 22 p erfo racio n e s, p a rtic u la rm e n te e n las ala s. Así el C -46 i eg resó a su lu g a r de p a rtid a , a eso de las 8 :4 5 de la n o ch e. En el te a tro d e la acció n , in m e d ia ta m e n te d e sp u é s d e l tiro te o los t o rn b a tie n te s se d iv id e n a c c id e n ta lm e n te fo rm á n d o se d o s g ru p o s. U no lo e n c a b e z a E n riq u e Jim é n e z M oya con 33 h o m b re s. El o tro lo d irig e D elio G ó m ez O ch o a, q u ie n ib a en la re ta g u a rd ia con 19 h o m b re s. Los d os g ru p o s ja m á s se e n c o n tra ría n . Esa d iv isió n , d e a c u e rd o co n P oncio l*ou S aleta, seria u n facto r d e te rm in a n te en la d e rro ta m ilitar. B ueno sería a c o ta r que el ex pedicionario Jo sé A ntonio Spignolio M ena, ni d e s c e n d e r a b ru p ta m e n te d e l av ió n , p e rd ió u n a v a lio sa m o c h ila, q u e sería c a p tu ra d a p o r soldad o s de la d ic ta d u ra , d o n d e v en ían los p lanos de to d a la o p e ra c ió n m ilitar, in clu y en d o los p u n to s d e los d e se m b a rc o s p o r M aim ón y E stero H ondo. A p a rtir de en to n ces, la aviación y la m a rin a de la d ic ta d u ra e sta ría n en c o n sta n te a s e c h o .. . O rig in a lm e n te los o rg a n iz a d o re s d e l o p e ra tiv o se h a b ía n tra z a d o un ru m b o e s tra té g ic o : in te rn a rs e e n las m o n ta ñ a s d e C o n sta n z a h a s ta a lc a n z a r el Pico D u a rte , el p u n to m ás a lto d e la g e o g ra fía d o m in ic a n a . Allí se e s ta b le c e ría la b a se d e o p e ra c io n e s. M as n o h a b ía n tra n s c u rrid o dos h o ras del a terrizaje en C o nstanza cu an d o el pro p io Trujillo le inform a lo a c o n te c id o al e m b a ja d o r d e E stad o s U nidos, Jo s e p h S. F a rla n d .20 El servilism o se d e c la ra oficial y v o lu n tario : «O n J u n e 14, 1959, G e n eralissim o T rujillo in fo rm e d A m bass a d o r F arland o f an a tte m p te d inv asió n o f th e D om in ican Rep u b lic th a t afte rn o o n . In te le g ra m 4 8 0 from C iu d ad Trujillo, J u n e 14, F arlan d re p o rte d th e fo llo w in g to th e D e p a rtm e n t: “Trujillo advised m e a t 8 :15 to n ig h t th a t one tra n sp o rt a ircraft la n d e d a t C o n sta n z a la te th is a fte rn o o n w ith 18 in s u rg e n ts a b o a rd . D om inican arm y g arriso n rep o rte d in p u rsu it. O rigin o r n a tio n a lity g ro u p as y e t u n k n o w n . L an d in g s m o m e n ta rily a n d w ill k eep E m b assy fully in f o r m e d ... ” ( 7 3 9 .0 6 /6 1 4 5 9 )» .21

20. Farland es egresado de la West Virginia University, hace estudios gradua­ dos en P rinceton y S tanford, practica la abogacía y preside una em p resa de su propiedad dedicada a la m inería del carbón. D urante la Segunda G uerra Mundial trabaja como agente del Buró Federal de Investigaciones (FBI). Además de oficial de la m arina, estuvo activo con las fuerzas de ocupación de la península de Corea. El 20 de m ayo de 1957 el presid en te E isenhow er le n om bra e m b a jad o r en In República D om inicana, cargo que ocuparía h asta 1960. 21. FRUS. American Republics. Microfiche Supplem ent. W ashington: D epart­ m ent o f State, 1991. Declassified for publication.

Félix O jeda Reyes

Un d ía m ás ta rd e , el 15 d e ju n io , F arland en v ía el te le g ra m a n ú m e ro 4 8 0 al s e c re ta rio d e E stad o , e n W ash in g to n , y c o p ia d e d ic h o m e n sa je a las e m b a ja d a s e n La H a b a n a y C aracas: « M a n u e l d e M oya a d v ise d m e th is m o m in g th a t in s u rg e n t g ro u p carne from C uba. In su rg en ts p re se n tly su rro u n d e d cióse C o n sta n z a a n d GODR e x p ects th e ir c a p tu re to d a y ; how ev er, p la ñ e u se d in inv asió n successfully ev a d e d in te rc e p tio n » .22 Ese m ism o día, a las tres de la tard e, Farland d e sp ach a o tro teleg ram a, el n ú m e ro 4 8 2 , al se c re ta rio de E stado: «Plañe y este rd ay escaped d etec tio n by flying in above D e lta ... De M oya also sta te d th a t GODR h a d n o in te n tio n a t th is tim e to re q u e s t assistan ce from OAS. In a d d itio n to o b serv ed D o m in ican Air Forcé activity, Dom A rm y a n d D om N avy also o n a le rt» .23 La in fo rm a c ió n c o n tin ú a su ca u ce d e fo rm a in in te rru m p id a : d e l g o ­ b ie rn o d o m in ic a n o a la E m b a ja d a d e E stad o s U n id o s y d e la lla m a d a c iu d a d T ru jillo al D e p a rta m e n to d e E stad o e n W a sh in g to n . V eam o s el sig u ie n te te le g ra m a (E m btel 4 8 4 ) fech ad o el 16 de ju n io : « In s u rg e n ts still h o ld in g p o sitio n in m o u n ta in s a n d fig h tin g c o n tin ú e s. GODR m a in ta in in g situ a tio n u n d e r c o n tro l a n d ex p e c ts re b el c a p itu la tio n th is a fte rn o o n . Also d e M oya sp ecifícally re q u e s te d E m b assy n o t, re p e a t n o t, m a k e c o m m e n t US p ress. N o p u b lic ity h e re b u t c o u n try alive w ith ru m o rs a n d s tre e ts w e re e m p ty la s t n ig h t ... SIM m a k in g W h olesale a r r e s ts .. . ».24 E se m ism o d ía 16, a las d o ce e n p u n to , F a rla n d e n v ía o tro m e n s a je (E m btel 4 8 6 ) a W ash in g to n : «De M oya h as advised m e th a t p lañ e involved in invasión charte re d in M iam i a n d flow n fro m M iam i to C u b a by A m e rica n 22. NARA. College 1959. 23. NARA. C ollege Farland al secretario de H abana. 24. NARA. College Farland al secretario de 12

Park, M aryland. T elegram a confidencial, 15 de ju n io de Park, M aryland. Telegram a confidencial del e m b a jad o r Estado, 15 de junio de 1959. Copia a la em bajada en La Park, M aryland. T elegram a confidencial del e m b a jad o r Estado, 16 de junio de 1959.

Los que tu m b aro n a Trujillo. Puerto Rico en.

pilot. Pilot w as h ired an d a rra n g em en ts m ad e by Federico Al­ b e rto H en riq u ez, nick n am ed “C hico”, a D om in ican trav ellin g w ith C u b a n p a p e r s ... GODR h as c a p tu re d so m e in s u rg e n ts w h o h av e con firm e d in fo rm a tio n th a t tw o b o a tlo a d s a d d itio n a l m e n h av e d e p a rte d fro m C uba. GODR b e lie v e s al le a s t o n e US Citizen n a m e d W hite w ith g r o u p .. . ».25 M ie n tra s ta n to , la cap ital d o m in ic a n a se h alla en c alm a. Los v ecin o s ig n o ran q ue en la co rd illera cen tral rev o lu cio n ario s p ro c ed e n te s de C uba se esté n tiro te a n d o con los soldados de la d icta d u ra . M uy d istin ta resu lta ser la in ten sa actividad m ilitar que se atisb a en los alred e d o re s de la base a é re a d e S an Isidro. Los m en sajes d e la E m b ajad a d e E sta d o s U n id o s al D e p a rta m e n to d e E stado en W ash in g to n so n c o n sta n te s: «In te le g ra m s 4 8 2 a n d 4 8 4 fro m C iu d ad T rujillo, J u n e 15, F arland re p o rted on discussions w ith Foreign M inister M anuel d e M oya w h o s ta te d th a t m e m b e rs o f th e in s u rg e n t g ro u p carne from C uba a n d V en ezuela (7 3 9 .0 0 /6 -1 5 5 9 ) A ccording to te le g ra m 4 8 7 from C iu d ad T rujillo, J u n e 16, D e M oya in fo rm e d F arlan d th a t d ay th a t o n e o f th e in v a sió n p la n e s w as c h artered in M iami and flown from M iam i to C uba by an A m erican pilot. (7 3 2 .0 0 /6 -1 6 5 9 )» .26 En la m a ñ a n a d el lu n e s 15 c o m ie n z a n a lle g a r lo s av io n e s d e la d ic ta d u ra . Las nav es a m e tra lla n el p e rím e tro d o n d e c re e n q u e e stá n los co m b atien tes. A los aviones se les ve p a sa r p o r d e b a jo de los g u errillero s (g ru p o G ó m ez O ch o a) q u e se h a lla n e n u n a m o n ta ñ a b a s ta n te ele v a d a . A lred ed o r de 20 ó 25 nav es se m a n tie n e n en el a ire to d o el tiem p o . La c o y u n tu ra es e x tre m a d a m e n te p elig ro sa . Los in c e s a n te s b o m b a r­ d eos d e la aviación y la m e tra lla del en e m ig o h a n fra g m e n ta d o la tro p a del c o m a n d a n te Jim é n e z M oya. V eam os las sig u ien tes e n tra d a s q u e a p a ­ recen e n el D iario d e Jo s é A n to n io B atista C e rn u d a , al m a n d o d e u n a n u ev a fracció n en la que se h a b ía d iv id id o aq u e lla re d u c id a tro p a: « M artes 16. H oy c a m in a m o s m u y poco. N u e stra s tro p a s e s tá n c a n sa d a s . Al a m a n e c e r fu im o s d e sc u b ie rto s p o r las tro p a s en e m ig a s. P eleam o s d e sd e el p rin cip io d e la m a ñ a n a 25. NARA. College Park, M aryland. T elegram a confidencial de Parland al secretario de E stado, 16 de junio de 1959. 26. FRUS. A m erican Republics. M icrofiche S u pplem ent. W ashington: De­ p a rtm e n t of S tate, 1 9 9 ]. Declassified for publication. Véase copia original del docu m en to (telegram a 4 80) en: NARA. College Park, M aryland, H de ju n io de 1959. (Record G roup 84. Caja 42). 13

Félix O jeda Reyes

h a s ta e n tr a d a la ta rd e . Los a v io n es n o s a m e tra lla ro n y n o s d is p a ra ro n co h e te s. D u ra n te la b a ta lla p e rd í c o n ta c to co n el c a p itá n Jim e n e s (sic) y co n m u ch o s c o m p a ñ e ro s. C o n té m ás de cinco b ajas del enem igo. La lom a ha sido in cen d iad a. Bajo fuego, salim o s a las 9 de la n o ch e d e ese lugar. M iérco le s 17. C a m in a m o s h a sta el a m a n e c e r. F u im o s h acia u n a lo m a . Los av io n es e n e m ig o s e s ta b a n d is p a ra n d o c o n ti­ n u a m e n te p o r e n c im a a la lo m a, ju s to a d e la n te d e n o so tro s. C uatro d e los co m p añ ero s no quisieron su b ir y se q u e d a ro n al pie de la lom a. A cordam os re u n im o s al m ed io d ía en u n sitio, p e ro s o la m e n te yo m e p re s e n té . V ino u n c a m p e sin o d iz q u e a a y u d a rn o s . ¿ S e rá am ig o ? C a m in a m o s to d a la n o c h e p o r cam p o a b ie rto d esp ro v isto d e á rb o le s ... Ju e v e s 18. L e v a n ta d o s m u y te m p ra n o . Ya a lg u n o s av io n e s e stá n v o la n d o p o r en c im a. R ecogí un fusil FAL q u e u n c o m ­ p a ñ e ro h a b ía a b a n d o n a d o . A sum í el m a n d o de u n a co lu m n a d e 15 h o m b re s. D o rm im o s to d o el d ía y d e sc a n s a m o s. Se n o s e s tá a c a b a n d o la c o m id a. C a m in a m o s to d a la n o c h e . N u e stro c a m p e sin o n o s a b a n d o n ó e n las p rim e ra s h o ra s d e l v ie r n e s ... ».27 A nselm o B rache es, sin lu g ar a d udas, el h is to ria d o r m ás im p o rta n te de aq u ello s a c o n te c im ie n to s. E scuchem os sus a u to riz a d a s p a la b ra s c u a n d o se refiere al g ru p o G óm ez O choa: «Estos se g u ía n m o v ilizándose sin h a c e r c o n tac to con el ejérci­ to. Su c o m a n d a n te , diestro en la táctica g u errillera, hacía que c a d a q u ie n u tiliz a ra su p ericia p a ra p ro lo n g a r la re s iste n c ia a n te el ased io ten az , au n q u e d e so rd e n a d o de las tro p as re g u ­ lares. A v an zab an p o r las p a rte s m ás b ajas d e las lo m as, p a ra q u e la av iac ió n no p u d ie ra localizarlos. R etro ce d ían , c a m b ia­ b an c o n tin u a m e n te d e d irecció n y b o rra b a n sus h u e lla s p a ra co n fu n d ir a los p erseg u id o res de la ru ta seg u id a. Pero a m e n a ­ zaba la escasez de com ida, y el frío a g u d iza b a esta necesidad d e a lim e n ta rs e p a ra re c u p e ra r las e n e rg ía s p e rd id a s p o r las c am in atas» .28 27. A nselm o Brache. Constanza, M aim ón y Estero Hondo: (testim onios e investigación sobre los acontecim ientos). Taller: S anto D om ingo, 1994, pág. 93 (el d om ingo 28 de ju n io , a n tes del m ediodía, es asesin ad o el d iarista B atista C ornuda). 28. Íbíd., págs. 130-131.

14

Los que tu m b aro n a Trujillo. P uerto Rico en.

M ie n tra s , e n P u e rto Rico c ircu lan n o ticia s a d u lte ra d a s . El p e rió d ic o F.l Im parcial in fo rm a q u e u n o s cien c o m b a tie n te s al m a n d o d e Jim é n e z M oya le h a b ía n c a u sa d o u n a s 15 b ajas a las fu e rz a s d e la d ic ta d u ra . La e x a g e ra d a n o ta a ñ a d e q u e lu eg o d e o c u p a r d u r a n te v a ria s h o ra s el a e ro p u e r to y la lo c a lid a d de C o n sta n z a los e x p e d ic io n a rio s se d irig e n h a c ia las m o n ta ñ a s. En C uba el p erió d ico Revolución in fo rm a q u e las n o ticias « p ro v e n ie n ­ tes d e l fre n te in te rn o q u e h a d ifu n d id o la ra d io d e V e n e z u e la .. . so n a b s o lu ta m e n te v eríd icas. Los rev o lu cio n ario s a ta c a ro n el a e ro p u e rto de C o n sta n z a , d e s b a n d a ro n la g u a rn ic ió n m ilita r y o c u p a ro n la c iu d a d d u ­ rante pocas horas». La m ism a inform ación a ñ a d e que la lucha c o n tin u a b a «bajo la d irecció n del c o m a n d a n te E nrique Jim é n e z M oya».29 El m ié rc o le s 17 d e ju n io , c u a n d o a p e n a s tra n s c u rre n tre s d ía s d el a terrizaje e n C onstanza, el p iloto d o m in ican o Ju a n de Dios V entura Sim ó es a p re s a d o . El p e rio d ista M iguel G u e rre ro in fo rm a q u e V e n tu ra S im ó te n ía se ria s lim ita c io n e s físicas. Se h a lla b a in c a p a c ita d o p a ra las d u ra s h ien as d e p a rtic ip a r en u n a g u e rra de g u errillas. V en tu ra S im ó te n ía los pies p lanos, no p o d ía h a c e r larg as c am in atas. Los m ilitares d o m in ica n o s lo h a lla ro n re c o sta d o de u n árb o l, p ro fu n d a m e n te d o rm id o . Sus pies los te n ía ta n in flam ad o s que « p rác tic a m e n te h a b ía n ro to sus botas». A quí se ría b u e n o a b rir u n p a ré n te sis e in fo rm a r q u e e n h o ra s d e la m a ñ a n a d el ju e v e s 3 0 de ab ril d e 1 9 5 9 , to m a n d o p o r so rp re sa al in trin cad o sistem a de segurid ad m ilitar de E stados U nidos en P u erto Rico, el piloto d o m in ican o había a te rriz a d o su avión de re tro p ro p u lsió n en un in có m o d o a e ro p u e r to de la c o sta n o rte d e P u e rto Rico. E n fre n ta d o a la lim ita d a lo n g itu d d e la p ista , V en tu ra S im ó co n firm a su p e ric ia co m o a v ia d o r d a n d o v u e lta s p o r el lito ral h a s ta a g o ta r el c o m b u stib le d e la nave. E ntonces, enfila el ap a ra to p a ra que to q u e tie rra en un e x trem o de l¡i p ista. T ie n e q u e m a n io b ra r con su m a lig e re z a h a s ta d e te n e r la n av e e n el o tro e x tre m o . D esp u és de e sta c io n a r el je t c e rc a d e l ed ificio d e la .id m in istració n , el d o m in ican o le en treg a al e n c arg a d o del a e ro p u e rto su ein tu ró n c o n dos pistolas calibre 45 y, sin ta rd a n z a , solicita asilo político. M ilitar d e c a rrera y piloto de profesión, V entura Sim ó se h ab ía fugado «le la b ase a é re a d e S an Isid ro . H a rto d e ta n ta in d e c e n c ia , se d isp u so to tn p e r to d o vín cu lo con la d ic ta d u ra . En la R epública n o p o d ía vivir.30 A su lleg ad a a P uerto Rico, los m edios noticiosos cu b ren el suceso con g ratules caracteres. Bajo estrech a vigilancia policíaca, en lu g a r no rev ela­ d o del á re a m e tro p o lita n a d e S an J u a n , el p ilo to es so m e tid o a in te n so 29. Revolución. La H abana, 19 de ju n io de 1959. C ortesía de M ercedes Alonso. 30. The New York Times, I o de m ayo de 1959, pág. 6. El Imparcial. San Juan, ' de m ayo de 1959, pág. 4. 15

Félix O jeda Reyes

in te rro g a to rio p o r los fiscales del D e p a rta m e n to de J u s tic ia .31 El v iern es I o d e M ayo sa le en lib e rta d p ro v isio n al. U n d ía m ás ta rd e , lo e n tre v ista la p ren sa. V entura Sim ó luce nervioso. Fum a un cigarrillo d e trá s del otro. Su se m b la n te d e n o ta can san cio extrem o p o r el p ro lo n g a d o in te rro g a to rio al q u e le h a b ía n so m e tid o . En la in te rp e la c ió n p a rtic ip a n a g e n te s del B uró F ed eral d e In v estig acio n es (FBI), p e ro V en tu ra Sim ó no se a rre d ra . A ntes d e a b a n d o n a r n u e stro país, p u e rto rriq u e ñ o s y d o m in ic a n o s se u n en en acto de am istad p a ra allegarle a lg u n a ayu d a. Es decir, p ag arle el p asaje, lle n a rle la m ale ta de ro p a «y e n tre g a rle u n a c a rte ra con b a sta n te d in ero » p a ra q u e p u e d a re m e d ia rse e n C a ra c a s o e n La H a b a n a «en lo q u e co n sig u e algo q u e h acer» .32 V e n tu ra S im ó te n ía 25 a ñ o s d e e d a d .33 H ab ía lle g a d o a P u e rto Rico con 4 7 d ó lare s y su u n ifo rm e m ilitar. Sin e sp e ra r re sp u e sta a su p etició n d e asilo, a b a n d o n ó n u e s tro p aís el 3 d e m a y o .3'’ Luis A lcalá, c ó n su l d e V en ezu ela e n S an J u a n , le g e stio n a ría re fu g io p o lítico . M u ch o m ás, el có n su l tu v o la g e n tile z a d e a c o m p a ñ a rlo e n el viaje h a c ia C a ra c a s.35 In m e d ia ta m e n te d e sp u é s de p isar la tie rra del Libertador, V e n tu ra Sim ó se re ú n e co n los d irig e n te s d el exilio d o m in ic a n o y, d e sd e ese m o m e n to , se d esc o n e c ta de to d a activ id ad m ed iática. D istintas fu en tes c o n su ltad a s in d ican q u e los p eo res su frim ien to s, las p e o re s to rtu ra s , la m u e r te m ás h o rre n d a se ría la p a d e c id a p o r a q u e l joven d o m in ican o . A nselm o B rache dice que es el p risio n ero de la ag o n ía p ro lo n g a d a y, p a ra fra se a n d o a N eru d a, p o d ría m o s a ñ a d ir q u e a V entura Sim ó lo c o n d e n a ro n a to d a s las p e n a s d el in fierno. C ie rta m e n te , su m u e rte fu e el p u n to c e n tra l d e to d a u n a c o m p le ja y a p a ra to s a u rd im b re . Se h a p o d id o e s ta b le c e r q u e tra s s e r so m e tid o a 31. El 16 de agosto de 2005 le escribim os al entonces secretario de Justicia Roberto Sánchez Ram os, solicitándole co m partiera con nosotros la inform ación que p u d ie ra te n e r su oficina en lo referente a J u a n d e Dios V entura Sim ó. El licenciado Sánchez Ramos refirió nuestra petición al Fiscal G eneral Pedro G eró­ nim o Goyco Am ador. El 20 de septiem bre Goyco A m ador m e in fo rm a que los docum entos de aquellos años, Justicia los había trasladado a un búnker en Isla de C abras. L am entablem ente, un incendio destruyó todos los archivos. A p e sa r del frío que m e corrió por la espalda al conocer la noticia, debo ag rad ecer el interés de Goyco Am ador por com unicarse con los fam iliares del fenecido fiscal asignado al caso, Jo sé C. A ponte, e in q u irir p or docu m en to s útiles a n u e stro trabajo. Por otro lado, en el Archivo General de Puerto Rico, bajo los fondos del D epartam ento de Ju stic ia , d o n d e d e b erían e sta r tales fuentes, no a p are ce d o c u m e n to alg u n o relacionado con la m ateria que nos preocupa. 32. El Imparcial, San Ju a n , 5 de m ayo de 1959, pág. 3. 33. The New York Times, I o de m ayo de 1959, pág. 6. 34. The New York Times, 4 de m ayo de 1959, pág. 26. 35. El M undo, San Ju a n , 20 de ju n io de 1959, págs. 1-12. 16

Los que tum baron a Trujillo. Puerto Rico en.

b árb aras to rtu ra s, ex tray én d o le to d a la d e n ta d u ra con u n alicate a san g re fría, se le e n c e rró en u n a so lita ria . H ab ría e s ta d o e n c o n fin a m ie n to d u ra n te nuev e m eses, p ro b ab lem en te h a sta com ienzos d e m arzo d e 1960. En to d o ese la p so se le su m in istra b a so la m e n te u n a ja r r a d e a g u a y u n p e d a z o d e p a n al d ía. A c a u sa d e ello se le c a e ría n los cab e llo s y e m p e q u e ñ e c e ría . Al sa c á rse le de la so lita ria p a ra e n c e rr a rle e n el saco d e h e n e q u é n e n q u e fue fin a lm e n te la n z a d o al m ar, te n ía u n a sp e c to so b reco g ed o r, d e u n c a d á v e r v iv ien te. Su e sp o sa Y olanda G a rrid o d e V entu ra fue in fo rm a d a de su m u e rte el 9 d e m arzo , el d ía d e sp u é s d e la fecha d el c u m p le a ñ o s de su m a rid o , e sp e c u lá n d o se q u e en o tro a c to de c ru eld ad típico de la Era, Trujillo esp eró p acie n te m e n te p o r el aniv ersario de su n a c im ie n to p a ra h a c e r oficial la m u e rte d el p ilo to .36 A quí y ah o ra deb em o s info rm ar que el d escalab ro m ilitar del p royecto co n tra la d ic ta d u ra d e Trujillo o cu rre a fines del m es d e ju n io . Así lo ase­ g u ra G óm ez O choa, pues p ara esa fecha, a dos sem an as del a terrizaje por C o nstanza, todos los com b atien tes bajo el m a n d o del co m a n d a n te E nrique Jim é n e z M oya y del c a p itá n R am ón López h a b ía n sido e x te rm in a d o s. L uego de los p rim ero s co m b ates, Jim é n e z M oya se h a lla b a c o m p le ta ­ m e n te aislad o . En sus h o ras p o stre ra s, a c o m p a ñ a d o de o tro e x p ed icio n a­ rio llegó a la casa de unos cam pesinos d o n d e solicita auxilios. La traición no se h izo esperar. «Ambos co m b atien tes fu ero n so rp ren d id o s, a p re sa d o s y asesi­ n ad o s p o ste rio rm e n te d u ra n te el tray ecto a C o n stan za. C u an ­ d o el je fe d e n u e s tra ex p ed ic ió n se n e g ó a c a m in a r y fu e m a ltra ta d o p or sus captores, le p ro p in ó a u n o un p u n ta p ié en los te stíc u lo s. O tro d e los so ld a d o s d ec id ió e n to n c e s a c rib i­ lla rlo a b a la z o s. Yo lo vi m u c h o s d ía s d e sp u é s e n la m o rg u e y su c u e rp o te n ía v aria s h e rid a s p u n z a n te s e n e l p e c h o y el v ie n tre , a d e m á s d e varios d isp aro s» .37 H u b o u n m o m e n to c u a n d o e n el fre n te d e C o n sta n z a , M ay o b an ex Vargas, Pedro Pablo F ernández, Ju a n A ntonio A lm ánzar y David C hervony le tie n d e n u n a e m b o s c a d a a so ld a d o s de la d ic ta d u ra . De p ro n to , se p ro d u jo la b alac era. El d o m in ican o P edro Pablo F ern á n d ez re su ltó g rav e­ m en te h erido. Las balas le atrav esaro n el v ien tre lesio n án d o le la colu m n a v e rte b ra l. Al c a e r el d o m in ic a n o , él m ism o o los d e m á s, d is p a ra ro n su s rifles liq u id a n d o a los so ld ad o s de la d ic ta d u ra . 36. M iguel G uerrero. «La m uerte de Ju a n de Dios Ventura Simó». En: Clave digital: (9 de febrero de 2004). 37. G óm ez O choa, Constanza, M aim ón y Estero Hondo. La victoria de los caídos, págs. 171-172. 17

Félix Ojeda Reyes

Por su d o n d e g e n te s , a F ern án d ez se le ten ía en alta estim a. Él se h ab ía g an ad o la am ista d d el c o m b a tie n te p u e rto rriq u e ñ o D avid C hervony. Pero P ed ro P ab lo e s ta b a er* m a la s c o n d icio n e s. P ara a liv ia rlo , le in y e c ta ro n m o rfin a. S in e m b a r g o , p o r la g ra v e d a d d e las h e rid a s él sa b ía q u e no te n ía salv a c ió n . De r e p e n te , e x tra jo su cu ch illo d e m o n te y se lo clavó en la g a rg a n ta p a ra n o s e r o b stá c u lo a la m o v ilid a d d e la tro p a . D avid C h erv o n y tr a tó in fru c tu o s a m e n te de so c o rre r al c o m p a ñ e ro g ra v e m e n te h erid o . En u n s a n tia m é n le a rre b a tó el a rm a, p e ro ya e ra m u y ta rd e . El c o m a n d a n te G ó m e z O choa m e decía q u e esos cuchillos c o m an d o s d e la in fa n te ría e s ta d o u n id e n s e tie n e n u n a s e stría s q u e n o p e rm ite n la sa lid a d e la s a n g re y la h e m o rra g ia se p ro d u c e in te rn a m e n te en el acto . P ed ro P ablo F e rn á n d e z m u rió el 16 de ju n io d e 1 9 5 9 , te n ía 2 4 a ñ o s d e e d a d , era la p rim e ra b a ja de la g u e rrilla de G óm ez O choa. En aq u e llo s p re c iso s m o m e n to s se p ro d u jo un la m e n ta b le in c id e n te . E nfurecido al v er al d o m in ica n o en su m o m en to p o strero , David Chervony, con el cu ch illo q u e te n ía e n su s m an o s c o m e n z ó a d a rle tajo s e n la c ara y en la g a rg a n ta a u n o d e los so ld a d o s d e la d ic ta d u ra q u e e s ta b a e n el suelo. La ira del b o ricu a resu ltó indescriptible, d esd e q u e se irrita c u an d o d e sc u b re al d o m in ic a n o h e rid o , h a sta q u e el c o ra z ó n se le a lb o ro ta p re s e n c ia n d o la m u e rte d el am igo. G ó m ez O ch o a m e d e c ía e n S a n to D o m in g o q u e to m ó la m e d id a d e d e s a r m a r a D avid . Lo tu v o q u e re p r e n d e r d e la n te d e la tro p a , p u e s su a c titu d no h a b ía sid o d ig n a d e un rev o lu cio n ario : — Tlivim os q u e lla m a rle la ate n c ió n , aco tó el c o m a n d a n te . Aquel d ía , en la casa de Poncio Pou S aleta le p re g u n té a G óm ez O choa cu á n d o le devo lv ió las a rm as a David. Y el c o m a n d a n te , con u n a so n risa en sus labios, m e dijo: — Félix, al o tro díaA h o ra b ie n , a m e d id a e n q u e p a sa n las h o ra s , el g ru p o d e G ó m ez O choa co n tin ú a d iezm án d o se. Jo sé Luis C allejas, v e te rin ario de profesión y oficial q u e h a b ía c o m b atid o en la S ierra M aestra, se e n c o n tra b a h erid o e n u n a p ie rn a . P id ió q u e le a y u d a ra n a se n ta rse . Y e n u n m o m e n to d e d is tra c c ió n se d is p a ró u n tiro e n el p ec h o . N o q u e ría s e r e sto rb o al d e s p la z a m ie n to d e la tro p a. Sin ta rd a n z a , n a rre m o s los m in u to s p o stre ro s d e o tro e x p e d ic io n a rio caído en C o n stan za. Al d o m in ican o Ju a n A ntonio A lm án zar las tro p as de la d ic ta d u ra le d ie ro n el a lto . En v ez de d is p a ra r el c a rg a d o r c o m p le to d e su fusil, A lm á n z a r corrió h a c ia el re sto d el g ru p o p a ra a le rta rlo s . El e n e m ig o ¡ilu ió fu eg o y la g u e rrilla ta m b ié n . A d e m á s d e A lm á n z a r y de l-'rnnk líber lo López, C hervony se in corporó al trío p a ra re p e le r el a ta q u e , (¡ó rn e / Estas in v a sio n e s se g e n e ra liz a n p o r o o el E sta d o y o tra s regiones co m o S o n o ra y D u ra n g o . on tom a 0s la tifu n d io s o grandes p ro p ie d a d e s, com o so n las ie rra s e la V da. d e M uñiz, d e A n to n io A ún, la fa m ilia C h á c n ^ T n 6 *C*aS’ ^°S ^a t 'f un
Carlos M arighella y Carlos Lamarca: m em orias d e dos revolucionarios

f ic r p tó el sacrificio p o r la lib ertad v e rd a d e ra d e su pueblo». En el « m arti­ rio*» de M arighella observó la «consagración» de u n «proceso histó rico en rl cual el h é ro e se d e sp re n d e del hom bre». « C uando u n h o m b re llega a este nivel de tra sc e n d e n c ia , c a m ­ b ia la p ersp e c tiv a y se d e fin e el perfil c o n el c u a l p a s a rá a la h is to ria . En c o n secu en c ia , c o m ie n za n a s e r m e n o s im p o r­ ta n te s los d etalles de su acción y ciertas p e c u lia rid a d e s d e su p e n s a m ie n to , p u e s la im a g in a c ió n co lec tiv a se c e n tra e n la tra y e c to ria co m p leta de esa ex isten cia ejem plar. Yo d iría q u e a h o ra C arlos M arighella ya no es solo el g ra n re v o lu cio n ario , a d m ira d o p o r los q u e sie n te n y p ie n s a n c o m o él p e n s a b a y se n tía , sino u n h é ro e d el p u e b lo b ra sile ñ o , a d m ira d o p o r to ­ d o s los que asp iran a u n a condición h u m a n a p len a p a ra to d as las p e rs o n a s en n u e s tro p a ís ( . . . ) . Del h o m b re q u e h izo el m ay o r sacrificio p ara el p ueblo brasileñ o , es decir, el sacrificio d e la vida, surgió la figura del h é ro e m o d e lo » . 32 ¿A e s t e n iv e l, h a b r á h is to r ia ? N oé G ertel dice que «M arighella lo sabía todo: e n te n d ía d e fútbol, de política, te n ía h ab ilid ad m an u al, sabía dibujar, sab ía escribir, sab ía h acer v e rs o s ... » . 33 S eg ú n J o rg e A m ad o , «él es q u ie n r e p r e s e n ta m á s a u té n ti­ c a m e n te al p u e b lo b ra sile ñ o d e a q u el e n to n c e s [la d ic ta d u r a ] » . 34 P ara los h is to ria d o re s C ristiane N ova y Jo rg e N óvoa, «la fig u ra de M arig h ella se u n ió al e jé rc ito de v isio n a rio s e id ealistas» . En el p a n te ó n , ju n to a 7.umbi d o s P a lm ares, el C he G u ev ara, S a n d in o , L u m u m b a. C om o u n p e rso n a je d e la m ito lo g ía g rieg a, Glauco, in m o rta liz a d o , m ita d h o m b re , m itad d io s .3S En el in te n to p o r c o m p re n d e r al ho m b re detrás del m ito se cre a u n m ito d e trá s d e l m ito q u e d e s h u m a n iz a a lo s h o m b re s; u n a h isto ria d e sh u m a n iz a d a , la a n tig u a h isto ria d e los g ra n d e s h o m b res. ¿N o e s ta ría e n este nivel el tra b a jo d e l h is to ria d o r? ¿En c o m p re n d e r cóm o y p o r q u é la m em o ria de esto s h o m b re s fue c o n stru id a así? 32. A ntonio C andido. «Um herói do povo brasileiro». En: Carlos Marighella. O hom em por trás do m ito. Ed. por C ristiane Nova y Jo rg e N óvoa. San Pablo: l UNESP, 1999, págs. 377-378. 33. G ertel, «M arighella na llha G rande de E speranzas (entrevistas)»,

(

pág. 426. 34. A m ado, «O hom em que ria e que chorava», pág. 383. 35. C ristiane Nova y Jorge Nóvoa. «Evocaqoes e m etáfo ras d e Carlos M a­ righella: um Glauco brasileiro». En: Carlos Marighella. O homem por trás do mito. Ed. por C ristiane Nova y Jorge Nóvoa. San Pablo: UNESP, 1999, pág. 324.

Denise Rollemberg

C arlos M arighella, así com o C arlos L am arca, e stá n lejos d e re p re se n ­ ta r « a u té n tic a m e n te al p u e b lo b rasileñ o » en la é p o c a de la d ic ta d u ra . Sus lu c h a s p o r o tro siste m a , c o n tra el c a p ita lism o , p o r el so c ialism o y c o n tra la d ic ta d u ra d e e n to n c e s no e n c o n tra ro n a c e p ta c ió n . La im ag en d e te r ro rista s, su b v e rsiv o s, e n e m ig o s, tra id o re s, m alo s b rasile ñ o s, fue asi­ m ilad a p o r im p o rta n te s se g m e n to s d e la so c ie d a d , n o so lo p o rq u e el g o b iern o civ il-m ilitar c o n tro la b a los m ed io s de c o m u n ic ac ió n , o p o rq u e h a b ía ce n su ra , p risió n p o lític a, to rtu ra . Todo e sto ex istía y es re le v a n te . Pero u n a d ic ta d u ra no se so stien e solo p o r la rep resió n , sino ta m b ién por la m a n ip u la c ió n . La so cied ad q u e estos h o m b res q u e ría n tra n sfo rm a r no los co n sid erab a héroes, ju stic ie ro s, liberta d o res de los o p rim id o s. M uchos de sus héro es e ran un ifo rm ad o s, ap lau d id o s en e stad io s co lm ad o s. D icta­ dores am ado s. M enos p o r tem erles que p o r reco n o cerlo s com o sus líderes. Y hoy sus no m b res e stá n en las calles, com o en la in terse c c ió n ju n to a la U niversidad de Río de Ja n e iro (UERJ), en las av en id as Emilio G arrastazu M édici y C astelo B ran co ; o e n el p u e n te C o sta e Silva, q u e u n e Río de Ja n e iro con N iterói. Incluso el to rtu ra d o r F leury tie n e su n o m b re en una p laca d e u n a calle d e S an C arlos, en el in te rio r p a u lista . M u ch a s cosas h an cam b iad o d e sd e el final de la d écad a del se te n ta . Y p a ra los h isto ria ­ d o re s es im p o rta n te n o ta r c ó m o e sta m e m o ria v ie n e sie n d o c o n stru id a desde ento n ce s. En este ca m b io p o d em o s e n te n d e r m u ch o d e la sociedad b ra s ile ñ a , ro m p ie n d o c o n la d ic o to m ía e n tre o p re so res y o p r im id o s que o c u lta y disu elv e sus v a lo re s y re fe re n c ias. Es p o sib le im a g in a r p o r q u é las izq u ierd a s q u ie re n h é ro es y ley en d a s; p o r q u é in sisten e n la tesis de la re siste n cia d e la so c ied a d a la d ic ta d u ra , a su s p rin c ip io s y p rá c tic as; p o r q u é se h a n n e g a d o a a c e p ta r la realid ad . C arlos M arighella y Carlos Lam arca p e rm a n e c en a u se n te s de los lu g a ­ res de m e m o ria , p o rq u e sus proyectos, sus vidas y sus m u e rte s p erm an ecen al m argen. Para reco n stru ir sus historias, h asta p ara h o n ra r sus luchas, se d eb e tr a ta r de e n te n d e r p o r q u é se q u e d a ro n solos: p o r q u é im a g in a ro n a d e p to s d o n d e so lo h a b ía e x tra ñ o s, p o r q u é n o c o m p re n d ie ro n e sto en sus ép o c a s; p o r q u é d e sc o n o c ía n al p u e b lo y a la so c ie d a d q u e q u e ría n tra n s fo rm a r; p o r q u é sig u e n sie n d o e x tra ñ o s p a ra la m a y o r p a rte d e la so cied ad -c o n o c id o s , p e ro e x tr a ñ o s - p o r q u é h o y se los h o n ra p a ra no h a c e r fre n te a e sta s cu estio n es. N o so n ni fu e ro n h é ro e s p a ra el p u e b lo b ra s ile ñ o . N o so n ni fu e ro n e n c a rn a c io n e s d e l m al. Las m e m o ria s c o n stru id a s - a la iz q u ie rd a y a la d e r e c h a - n o le sirv en a la h isto ria . Y, p ro b a b le m e n te , u n a y o tra d e sc o n o c e n al p u e b lo b ra sile ñ o . H o m b re s so lo s, e n su s v id a s, e n sus m u e rte s, y solos p e rm a n e c e n en la m em o ria q u e los aísla de la h isto ria.

114

Capítulo 5 Del APRA Rebelde a la lucha armada. Perú (1965)*

J o s é L u is R é n iq u e

A fines de octubre de 1965 las fuerzas a rm a d a s del Perú d a b a n cu en ta del an iq u ilam ien to - e n la zona de M esa P elada, p a rte o rie n ta l d el d e p a r­ ta m en to del C u z c o - de la llam ad a g uerrilla P achacútec. Luis de la P uente U ceda e s ta b a e n tre las b ajas. C aía co n él la d ire c c ió n d e l m o v im ie n to . M enos de seis m eses h ab ía to m ad o su p rim irlo s . 1 U na m e ra n o ta a pie de p ágina d e la G uerra Fría latin o am erican a. En la lite ra tu ra de la «era de la R evolución cub an a» el caso del M ovim iento de Izq u ierd a R ev olucionaria (M IR) p e ru a n o o c u p a u n lu g a r m a rg in a l. Ni siq u ie ra R egis D eb ra y e n su ¿R evolución en la R evolución? s u p u e s ta sín te sis te ó ric a d e l c a strism o - p u b lic a d o e n e n e ro d e 1 9 6 7 - le d e d ic a ría poco m ás q u e u n a m en ció n al p a so . 2 D iversos trab ajo s h a n d e lin e a d o el co n te x to político -id eo ló g ico e n q u e s u rg ie ro n p ro y e c to s co m o el m iris ta . 3 Q u e d a a ú n p o r e x p lo ra r *. Este texto es una versión actualizada de José Luis Rénique. «De la “traición ap rista ” al “g esto h eroico”. Luis d e la P uente U ceda y la g uerrilla del MIR». En: Estudios Internacionales de América Latina, vol. 15, n.° 1: (2004-2005). URL: h t tp : //www. a n d e s .m is s o u r i. e d u /a n d es/E sp e c ia le s/JL R L a P u e n te /JL R \_ L a P u e n te 1 . htm l. 1. M inisterio de G uerra, ed. Las guerrillas y su represión. Lima: M inisterio de G uerra, 1966, pág. 76 y ss. 2. Regis D ebray. ¿Revolución en la Revolución? La H ab an a: Casa de las Am éricas, 1967. 3. Jo sé R odríguez Elizondo. La crisis de las izquierdas en Am érica Latina. C aracas: In stitu to d e C ooperación Iberoam ericana y E ditorial N ueva Sociedad, 1990; T im othy W ickham -C row ley. Guerrillas and R evolution in Latin America:

José Luis Rénique

la d im e n sió n n a c io n a l. En el caso del Perú, esa h isto ria desde dentro del fe n ó m e n o g u e rrille ro de los se s e n ta , co n d u c e , re tro s p e c tiv a m e n te , a la e x p e rie n c ia in s u rre c c io n a l a p rista . Es e n re fe re n c ia a e s ta q u e el MIR d efin e su ethos rev o lu cio n ario . E xplora e ste tra b a jo la co n stru c c ió n de u n a n u e v a id e n tid a d política - m il it a n te , g u e rrille ra , s u b v e r s iv a - e n un c o n te x to p a rtic u la r d e la his­ to ria p e ru a n a : de e m erg e n c ia d el P erú ru ra l, d e u n la d o , y de revisión y d e se c h o p o r p a rte d el P artid o A p rista P e ru a n o (PAP) d e a sp e c to s fu n d a ­ m en tales d e su p ro p ia trad ició n de lucha. El an álisis, p a ra ello, incide en tres d in á m ic a s b ásicas: 1. La d e los in d iv id u o s y su s p a sio n es, la n a tu r a le z a d e la opción p o lítica d e los fu tu ro s in su rrecto s. 2. Las re d e s y esp a c io s p ú b lico s e n q u e se e s tru c tu r a lo in d iv id u al com o acció n c o n c erta d a. 3. Los c o n te x to s del e n c u e n tro de p ro y ecto s político s y so cied ad . En to rn o a esto s tres aspectos se e n tre te je u n a h isto ria cuyo objetivo es c o m p re n d e r la co n stitu ció n de id e n tid a d e s leg itim a d o ra s d el ejercicio de la violen cia en el Perú. Cómo, en o tras p a lab ra s, la ex p erie n cia d el 65 afe c tó la c u ltu ra p o lítica del iz q u ie rd ism o local, p re p a r a n d o el te rre n o p a ra la g ra n te m p e stad de los och en ta. En e sta h isto ria, Luis de la P uente U ceda e m e rg e co m o eslabón e n tre las tra d ic io n es in su rre c c io n a le s novec e n tista s - r e a r ti c u la d a s en el a p rism o p r im ig e n io - y el g u e rrille rism o c o n tem p o rá n e o . Las huellas escritas y o rales de su a p a sio n a d a tray ectoria a p a re c e n p o r ello c o m o eje de u n re la to q u e p re te n d e c o n s tru irs e d e lo p e rso n a l a lo social.

1948: una rebelión frustrada El 3 d e o c tu b re d e 1948 Lim a a m a n e c ió co n la n o tic ia d e u n a su b le ­ vación: un m o tín e n el p u erto del C allao p ro ta g o n iz a d o p o r p e rso n a l de la a rm a d a y « b rig ad istas» ap rista s. El m o v im ie n to se ría c ru e n ta m e n te d eb ela d o . ¿Q ué h ab ía fallado? C u atro d é cad as d e sp u é s se se g u iría n d eb a­ tie n d o re sp o n sa b ilid ad es. Los d irig e n te s del p a rtid o , se g ú n u n o s, h ab ían tra ic io n a d o a las b a s e s .4 A u n oficial m ilita r d e filiació n a p ris ta - q u e h a b ría a c tu a d o «con la p re sc in d en c ia to ta l d e l C o m ité d e l E jec u tiv o » a com parative stu d y ofinsurgents and regimes since 1956. P rin ceto n : Princeton U niversity Press, 1992; Richard Gott. Guerrilla M ovem ents in Latin America. N ueva York: A nchor Books, 1972; y Luis M ercier Vega, ed. Guerrillas in Latin America. N ueva York: Praeger, 1969. 4. Víctor Villanueva. La sublevación aprista del 48. Tragedia de un pueblo y un partido. Lima: Editorial Milla Batres, 1973. 116

Del AFRA Rebelde a la lucha arm ad a. Perú, 1965

I in h a la ría n o tro s co m o re s p o n sa b le . 5 Q u e e sta b a « d is p u e sto a j u r a r q u e f ni yo ni p e rs o n a a lg u n a d e m i p a rtid o h a b ía te n id o n a d a q u e v e r con la ■ rebelión», p u n tu a liz a ría e n 1 954 el p ro p io líd er d e l ap rism o , V íctor R aúl Haya d e la T o rre . 6 Tres a ñ o s a n te s el PAP h a b ía a p o y a d o la elec ció n d el m a n d a ta rio I que a q u e lla m a d ru g a d a se b u sc a b a d e rro c ar. H acia m e d ia d o s d e 1 9 4 7 , i no o b s ta n te , los a p rista s h a b ía n c o m e n z a d o a co n sp irar, re a c tiv a n d o I r n ese a fá n a su s « eq u ip o s d e c o m b a te » . 7 Su p e rc e p c ió n e ra q u e , tra s b a stid o res, la o lig a rq u ía a c tu a b a p a ra fru s tra r la o p c ió n d e m o c rá tic a , I p re te n d ía n a d e la n tá rs e le s con u n m o v im ie n to cívico-m ilitar. En ese i ro n te x to , m ie n tra s los líd eres b u sc a b a n un g e n e ra l «am igo», la s «bases» I o p ta b a n p o r a g ita r a la tro p a . F u ese c u a l fu ese su tra sfo n d o , a q u e l in c id e n te a c e le ra ría el g o lp e c o n se rv a d o r b ajo el m a n d o d el g e n e ra l I M anuel O dría, o cu rrid o v ein ticu atro días d esp u és. De tal su e rte , el 27 de I o ctu b re d e 19 4 8 , m ie n tra s el d e p u e sto p re sid e n te m a rc h a b a al exilio, el in iciab a un nuev o ciclo en la c la n d e stin id a d . a c u s é i s a ñ o s a n te s - b a j o el ré g im e n d e l c o ro n e l Luis M. S án c h e z (I e r r o - h a b ía co m en z ad o la p rim e ra p ersecu ció n . E n to n ces, el fu n d a d o r del a p rism o h a b ía d e lin e a d o d e la sig u ie n te m a n e ra el se n tid o d e la lucha p o r v en ir: si a Palacio lleg ab a c u a lq u ie ra p o r la v ía d e l o ro o los fusiles, la «m isión d el ap rism o » e ra « lle g a r a la c o n c ie n c ia d e l pueb lo » . Y a e lla , so lo se lle g a b a , «con la lu z d e u n a d o c trin a , c o n el p ro fu n d o am or de u n a causa de justicia, con el ejem plo glorioso d el sacrificio » .8 De la re p re sió n , el p ro p io H ay a se ría u n a d e las p rim e ra s v íc tim as. E stab a d e te n id o c u a n d o , e n ju lio d e 1 9 3 2 , se p ro d u jo la re v o lu c ió n d e T rujillo d irig id a p o r d irig e n te s a p rista s locales im b u id o s a ú n d el e sp íritu a n a r ­ quista y m o n to n ero del siglo an terio r .9 La m em o ria de d ich o m o v im ien to se co n v ertiría en el m ito fu n d a d o r de un com bativo ap rism o popular. Seis m il m u e rto s y u n o s ocho mil p risio n ero s re c la m a ría el a p rism o de aq u el

5. D om ingo Tam ariz Lúcar. La ronda del general. Lima: Jaim e Cam podónico Editor, 1998, págs. 116-125. 6. Víctor Raúl Haya de la Torre. «Cinco años de exilio en mi patria». En: Life: (24 de m ayo de 1954), págs. 242-258. 7. A rm ando Villanueva del Campo. «La otra revolución». En: Domingo Tama­ riz Lúcar. La ronda d d general. Lima: Jaim e Cam podónico Editor, 1998, pág. 117. 8. V íctor Raúl Haya de la Torre. «Discurso del 8 de diciem bre de 1931». En: Obras Completas. Vol. 5: Obras Completas. Lima: Editorial Ju a n Mejía.Baca, 1984, págs. 87-90. 9. Luis A lfredo Tejada Ripalda. «La influencia a n arq u ista en el APRA». En: Socialismo y Participación: (29 de m arzo de 1985), págs. 9 7-109; y M argarita (íiesecke. La insurrección de Trujillo del 7 de julio de 1932. Lima: Fondo Editorial del Congreso del Perú, 2009. 117

José Luis Rénique

ciclo de «dolor y m u erte» que, a la larga, los c o n v ertiría en u n a su e rte de fra te rn id a d de d istin tiv a co h esió n m o ra l . 10 ¿ P ro p o n ía H ay a d e la T orre u n a re v o lu ció n ? A p e la n d o a T olstoi, a G h a n d i, a E ngels y a M arx, so ste n ía q u e lo p e c u lia r d el a p rism o e ra el p la n te m ie n to de « lleg a r a l p o d e r p a ra o p e ra r d e sd e él la re v o lu c ió n , en u n se n tid o d e tra n sfo rm a c ió n , d e ev o lu ció n , d e re n o v a c ió n , p e ro su jeta sie m p re a los im p e ra tiv o s y lim ita cio n e s d e la re a lid a d » . 11 Q u e - « s in elu d ir la posibilidad de que to d a revolución p u e d a im p licar o n o violencia e n u n se n tid o físico o m o r a l» - e ra factib le u n a rev o lu c ió n sin v iolencia. Y, sin em b a rg o , d e su te m ib le im a g e n in su rre c c io n a l d e l 3 2 , el APRA no p o d ría prescindir. D ep en d ía , m ás a ú n p a ra so b rev iv ir: n o só lo com o d e fe n s a d e la re p re sió n , sin o p a ra s o s te n e r el m ito d e u n « g ran e jército civil» su b te rrá n e o , g a ra n tía de la fu tu ra « revolución aprista». U na larga lista de m ovim ientos, aso n ad as, in su rreccio n es en co lab o ra­ ció n con oficiales m ilitares d eriv a ro n d e a q u ella e stra te g ia cara c teriz a d a , e n tre otros elem entos, p o r un uso lim itado, p ro p ag an d ístico , de la violen­ c ia . 12 C on sus d irig e n te s h istó ric o s re c lu id o s o d e p o rta d o s , la ju v e n tu d e m e rg e ría com o p ro ta g o n ista . D iversas o rg a n iz a c io n e s co n c ib ió H aya p a ra c a n a liz a r h a c ia los o b jetiv o s p a rtid a rio s su e sp íritu d e c o m b a te . La V an g u ard ia A p rista d e la J u v e n tu d P e ru a n a e ra u n a d e ellas. C om o «escuela del sacrificio, la disciplina y el en tu siasm o de la ju v e n tu d ap rista o rg a n iz a d a m ilitarm en te » la d efin ían sus n o rm a s . 13 H ero ísm o y e n tre g a e ra n sus valores fu n d a m e n ta le s y co b a rd ía y traic ió n la n e g a c ió n m ism a d e l se r a p rista . 14 E ran claves m e d u la re s de lo q u e h a sid o d e sc rito com o u n a «com unidad em o cio n al » , 15 un «sim ulacro d e n ació n » 16 o, sim p lem en ­ 10. Véase a respecto, Im elda Vega-Centeno. Aprismo popular: cultura, religión y política. Lima: CISEPA-PUC y TAREA, 1991. 11. Victor Raúl Haya de la Torre. «M aniñesto de Febrero de 1932». En: Obras Completas. Vol. 5. Lima: Editorial Ju a n Mejía Baca, 1984, págs. 94-124. 12. T hom as M. Davies Jr. y Victor V illanueva. Secretos electorales del APRA. Correspondencia y documentos de 1939. Lima: E ditorial H orizonte, 1982; y Luis C handuví Torres. El APRA por dentro: lo que vi, y lo que sé. Lima: Talleres Gráficos, 1988. 13. «Reglam ento interno de la V anguardia A prista de la Ju v e n tu d Peruana» en Colección de Volantes de la Biblioteca Nacional del Perú. Según un testim onio, esta entidad era «una fuerza juvenil revolucionaria y p or tan to m ilitarizada que perfeccionó a la VACH», en Luis Felipe de las Casas. El Sectario. Lima: C entro de Investigación y Capacitación, 1981, pág. 78. 14. Haya de la Torre, «Discurso del 8 de diciem bre de 1931», págs. 87-90. 15. Hugo Neira. Hacia la tercera m itad. Perú XVI-XX. Ensayos de lectura herética. 2.a ed. Lima: SIDEA, 1997. 16. Karen Sanders. Nación y Tradición. Cinco discursos en torno a la nación peruana 1885-1930. Lima: Pontificia Universidad Católica y FCE, 1997. 118

Del APRA Rebelde a la lucha arm ad a. Perú, 1965

te, - e n p a lab ras de su propio je fe a p r i s ta - com o u n a «locura co lectiv a » . 17 «SEASAP» («Sólo el APRA salv ará al Perú») era el salu d o co tid ian o . M ísti­ ca y e n tre g a , m ás q ue te o ría, c ara c te riz a b a n a la m ilitan cia a p rista . Más q ue le ctu ras, re c o rd a ría u n m ilita n te d e aq u ello s añ o s, «sólo re p e tía m o s lo q u e el je fe y las d ire c tiv as decían», en ta n to q u e , la v isió n e stra té g ic a de la resisten cia q u e d a b a lib ra d a a su «genial in tu ic ió n » . 18 E v e n tu alm en te, tras v ario s a ñ o s de luch a, a p o sta ría H aya d e la Torre n dos im p o rta n te s accio n es tá c tic a s con el fin d e a c e le ra r el re to rn o d el ap rism o a la le g alid ad : (a) ace rc arse a W ash in g to n a p ro v e c h a n d o d e la política de «buena vecindad» de F. D. R oosevelt con el fin de co n v en cer a losyan/cees d e la filiación d e m o c rá tic a d el a p rism o ; su s c ita n d o , p o r esa vía, su « in te rv e n c ió n m o ral» c o n tra «los tira n o s d e n u e stro s p a ís e s » 19 y (b) el re c u rso a la re v o lu c ió n in c ru e n ta a p o y a d a e n las « b ases ap ristas» en a lia n z a con m ilita re s n a c io n a lista s c o m o m é to d o d e la lu c h a a n tio li­ g árq u ica, e ra la se g u n d a d e sus p ro p u e sta s. El in m e n so p re stig io m o ral d e q u e g o zab a e n tre sus p a rtid a rio s, el d e sg a ste n a tu ra l d e la e ra d e las catacu m b as, la p ro m esa de q u e el re to rn o a la leg alid ad se ría la a n tesa la d e la « rev o lu ció n ap rista » , co a d y u v a ro n a la a c e p ta c ió n d e l v iraje q u e deriv ó en su e n tu sia sta p a rticip ació n e n la « p rim av era d e m o crática» q u e se a b ría e n 1945. C on su inicio, « v an g u a rd ista s» y « d efen sistas» q u e d a ­ ro n en c o m p á s de e sp e ra . La m a d ru g a d a d el 3 d e o c tu b re d e 1 9 4 8 , no o b s ta n te , las c o n tra d ic c io n e s e n g e n d ra d a s p o r el a m b iv a le n te d isc u rso d el «Jefe m áxim o», sa ld ría n a la superficie e n las calles d el C allao. APRA: crisis y exilio El 3 d e e n e ro d e 1 9 4 9 V ícto r R aú l H ay a d e la T orre in g re sa b a , en b u sca d e asilo , a la e m b a ja d a d e C o lo m b ia e n Lim a. Lo q u e e n c irc u n s­ ta n c ia s n o rm a le s d e b ió se r u n trá m ite h a c ia el exilio, se c o n v irtió en u n s o n a d o in c id e n te d ip lo m ático : cin co a ñ o s p a s a ría n a n te s d e q u e el g o b ie rn o p e ru a n o a c c e d ie ra a o to rg a rle u n sa lv o c o n d u c to . Ese a c o n te ­ c im ie n to m a rc ó la d ife re n c ia fu n d a m e n ta l e n tre los d o s g ra n d e s ciclos d e la c la n d e s tin id a d a p rista . Por p rim e ra v ez d e sd e 1 9 3 1 , el Je fe n o e s ta b a al fre n te d e la o rg a n iz a c ió n . En su a u se n c ia el d e b a te in te rn o se d e sp le g a ría in c o n te n ib le , h a s ta lle v a r al PAP al b o rd e d e la ru p tu ra . D e a h í q u e , los a ñ o s d e O d ría, fu ese n «los m ás a d v e rso s y difíciles» en 17. Victor Raúl Haya de la Torre. «Discurso del 12 de noviem bre de 1933». En: Obras Completas. Vol. 5. Lima: E ditorial Ju a n Mejía Baca, 1984, págs. 153-160. 18. J u a n C ristóbal. ¡Disciplina Compañeros! Lima: D ebate Socialista, 1985, pág. 32. 19. V ictor Raúl H aya de la Torre. «La D efensa C ontinental». En: Obras Completas. Vol. 4. Lima: E ditorial Ju a n Mejía Baca, 1984, págs. 230-268. 119

José Luis Rénique

«to d a la h isto ria de la cla n d e stin id a d a p rista » .20 De las re sp o n sab ilid ad es p o r el 3 de o c tu b re , p asó el d e b a te a la crítica d e la a c tu a c ió n p a rtid a ria e n la a p e rtu ra d e m o c rá tic a y, p o r e x ten sió n , a in n o v ac io n e s d o c trin a ria s h a y is ta s q u e te n ía n u n in d u d a b le sa b o r a d e re c h iz a c ió n . ¿ H ab ía el PAP tra ic io n a d o su s id e a le s p rim ig en io s? D ecep cio n ad o s, m u c h o s m ilitan tes de larg a tra y e c to ria se m a rc h a ría n del p a rtid o , en fo c a n d o su s d e n u n c ia s en la p ropia la figura del llam ad o «Jefe m áxim o» del a p rism o . 21 ¿A donde ir d e s p u é s d el APRA? H acia la iz q u ie rd a , los « v a n g u a rd ista s» a p rista s e n c o n tr a b a n al P a rtid o C o m u n ista y a u n p e q u e ñ o , p e ro m u y activ o , g ru p o tro ts k is ta . 22 Los a p rista s m ás d isp u esto s a « in c o rp o ra rse a u n a o r­ g a n iz a c ió n rev o lu c io n a ria » - s e g ú n A rq u ím ed es T o r r e s - e n fre n ta b a n el p ro b lem a de que, del ap rism o «salíam os v acu n ad o s c o n tra el com unism o» a p a rte d e q u e les re p e lía su z ig za g u ean te línea seg u id a, so b re to d o , e n tre 1 9 3 9 y 1 9 4 5 c u a n d o - s ig u ie n d o la lín e a fre n tis ta s o v ié tic a - h a b ía n c o la b o ra d o co n el p re s id e n te o lig árq u ico M an u el P ra d o . En el fo n d o , la tra g e d ia del «ala izquierda» del ap rism o -c o n c lu iría T o rre s - e ra qu e, los q u e se ib an del p a rtid o , «no d e ja b a n de se r a p rista s » . 23 E v en tu alm en te, el d e b a te in tern o se desp lazó a los círculos de exilados. D esde B ueno s A ires, M an u el S eo a n e lan zó la id ea de re a liz a r co n g re so s po stales con p articip ació n de los diversos com ités de d e ste rra d o s ap ristas. En el p rim e ro d e e sto s e v en to s p rev aleció el criterio d e a c a ta r a u to rid a d d e l C o m a n d o N a c io n a l d e A cción - q u e d irig ía el p a rtid o e n a u se n c ia d e H a y a - d e m a n d á n d o s e , al m ism o tie m p o , (a) d e m o c ra c ia in te rn a y (b) d a r p o r te rm in a d o el e x p e rim e n to de «co o p eracio n ism o con E stad o s U n id o s » . 24 En el S e g u n d o C o n g reso P ostal, asim ism o , M a n u e l S e o a n e -re c o n o c id o en la p ráctica com o el n ú m ero dos del a p r is m o - se en carg ó d e s in te tiz a r c ritic a s y d e lin e a r p e rsp e c tiv a s q u e re u b ic a b a n al APRA e n la se n d a n a c io n a l-re v o lu c io n a ria . El APRA seg u ía r e p r e s e n ta n d o la

20. A ndrés T ow nsend E scurra. 5 0 A ños de aprismo. M emorias, ensayos y discursos de un m ilitante. Lima: Editorial e Im prenta Desa, 1989. 21. Ciro A legría. Mucha suerte cah harto palo. Memorias. B uenos Aires: E ditorial L osada, 1976, pág. 255; Luis E duardo Enríquez. La estafa política más grande de Am érica. Lima: Ediciones del Pacífico, 1951; M agda Porral. ¿Quiénes traicionaron al pueblo? Lima: n /d , 1950; y A lberto Hidalgo. Por qué renuncié al APRA. Lima: n /d , 1954. 22. H ern an d o A guirre Gamio. «Presentación». En: Carlos H ow es Beas. Fun­ dam entos ideológicos de la Revolución Peruana. Lima: Ediciones D ebate, 1973. 23. Cristóbal, ¡Disciplina Compañeros!, pág. 11. 24. «Proposiciones p ara el 2do C ongreso Postal de D esterrados A pristas y .ilumina conclusiones del 1er Congreso Postal».

Del APRA R ebelde a la lucha a rm a d a. Perú, 1965

ún ica fu e rz a « capaz de ejecutar la a u té n tic a ren o v a c ió n so cial d el Perú» - d e c í a - d e stru y e n d o el feudalism o y a firm a n d o el in d u s tria lism o . 25 A sim ilan d o críticas, reco b ran d o el m e n s a je p ro g re sis ta d e l a p rism o , figuras d e la g e n e ra c ió n fu n d a d o ra d e l PAP (S á n ch e z, S e o a n e ) irían lle ­ n ando el vacío dejad o por el Jefe; c o n ta n d o co n el resp a ld o de e lem en to s d e la g e n e ra c ió n sig u ie n te (A ndrés T o w n se n d , A rm a n d o V illan u ev a del C am po, N icanor M ujica, Ramiro Prialé, R icard o Tem oche y o tro s). U nidas am bas en la lucha contra el «revisionism o rad icalizan te» y los «quistes filosoviéticos» que b ro ta b a n en la org an izació n . De ah í que, a esa «tendencia e stu d ian til ap rista a culpar a los líderes», a « resp o n sab ilizarlo s de to d o lo o cu rrid o » e in clu so «a reem p lazarlo s» h a b ía q u e re s p o n d e r su b ra y a n d o que, «la fu e rz a del partid o e stá e n su c o n tin u id a d , en su d e c u rso d el 19 a hoy»; s ie n d o im p erativ o « d e m o s tra r q u e n in g ú n m o v im ie n to fue en A m érica ta n c o n tin u o , tan co o rd in ad o , ta n c o n c e rta d o » . 26 Ese discurso, sin em bargo, ch ocaba co n las e x p erien cias del exilio. Al co n tac to con las experiencias arg en tin a, g u a te m a lte c a , m ex ican a, chilena, los d e p o rta d o s re flex io n a ría n so b re to d o a q u e llo q u e el APRA h u b ie se po d id o co n seg u ir de no h ab er enfocado - c o m o d iría H é c to r C ordero G ue­ v a r a - co n u n «m iope reiv id in cacio n ism o » la a p e rtu ra 4 5 -4 8 q u e d e b ió h a b e r sid o , p o r el c o n tra rio , «la e ta p a d e p re p a ra c ió n d e la rev o lu ció n » e n el P erú . El p ro b le m a , se g ú n él, e s ta b a e n la v isió n e stra té g ic a , e n el a b a n d o n o d e los prin cip io s, e n la m e zc la d e e cle c ticism o y cau d illism o q ue la conducción m esocrática del ap rism o p ro p iciab a. Sus p la n te a m ie n ­ tos al S e g u n d o C ongreso Postal iban, n o to ria m e n te , m ás allá d e l m o d elo d e re v o lu c ió n b u rg u e s a ra d ic a l p ro p u e s ta p o r S e o a n e . P ro p o n ía «un re p la n te a m ie n to revolu cio n ario » d el p a rtid o : re to m a r el m arx ism o y los id eales p rim ig e n io s, in c o rp o ra r a la clase o b re ra y al c a m p e sin a d o , fu n ­ d a m e n ta lm e n te in d íg en a, com o fa cto res activos y c o n sc ie n te s .27 Exilado e n B u en o s A ires, C o rd e ro G u e v ara se h a b ía v in c u la d o a los círcu lo s d e e stu d io d el m arx ism o e n c a b e z a d o s p o r Silvio F ro n d izi e n los cu ale s, u n p e ru a n o d e sim p a tía s a p rista s - R ic a r d o N a p u r í- te n ía u n p a p e l m u y activo. Tom ó d e a h í id eas c e n trale s p a ra la co n stitu ció n de la «izq u ierd a 25. M anuel Seoane, «Carta de 1952» en Proposiciones para el 2do Congreso Postal de Desterrados Apristas y algunas conclusiones del le r Congreso Postal. 26. De Victor Raúl H aya de la Torre a Luis A. Sánchez, 25 de noviem bre de 1 952 e n V ictor Raúl H aya d e la Torre y Luis A lberto S ánchez. Correspondencia. Vol. 2. Lima: Mosca Azul Editores, 1982, pág. 32. 27. H éctor C ordero G uevara. «El A pra y la Revolución (Tesis p ara un rep la n ta m ie n to revolucionario) [1952]». En: Del Apra al A pra Rebelde. El Apra y la revolución (1 9 5 2 ). La re alid a d nacional y la linea política de la convivencia (1958). Acuerdos de la prim era asam blea nacional del Apra rebelde (1960). Lima: P erugraph Editores, 1980, págs. 1-35. 121

José Luis Rénique

aprista» y, e v e n tu a lm e n te , de la «nueva izquierda» d e los sese n ta . Dos en p a rtic u la r: 1. La c a d u cid ad d e la b u rg u e sía co m o fu erza p ro g re sista d e vocación d e m o c rá tic a e in d u s tria lista q u e, ap o y a d a p o r los se c to re s p ro g re ­ sistas del ejército y p o r la clase o b rera, sería p o rta d o ra d e u n nuevo tip o de so cied ad . 2. La crítica b a la n c e a d a d el p e ro n ism o - a s e r a p lic a d a al ca so del a p r i s m o - ni c o m o « d esviación» ni c o m o « ep id em ia» , sin o com o u n a m ac iz a re a lid a d h istó ric a d e efe cto s irre v e rsib le s, c o m o «un in te n to fallid o de rev o lu ció n n a c io n a l-b u rg u e sa» a se r re s c a ta d o y re o rie n ta d o d e sd e la iz q u ie rd a .28 De lo que se infería, la in u tilid ad de ro m p er con el APRA, d eb ié n d o se a g o ta r a su in terio r, m ás b ie n , to d a s las p o sib ilid a d e s d e lu c h a . Id e n ti­ ficado co m o m a rx ista C o rd e ro G u ev ara se ría m a rg in a d o d e l C o m ité de D esterrad o s de B uenos Aires. En 1 957 re to rn ó al Perú d isp u e sto a d a r la lu ch a p o r co n so lid a r a la iz q u ierd a a p ris ta .29 D esde T rujillo, s im u ltá n e a m e n te , Luis d e la P u e n te U ced a h a b ía e n ­ c o n tra d o su p ro p io cam in o h acia el exilio. Era u n h o m b re de acción. Un p ro d u c to típico de la trad ició n «defensista» del p a rtid o .30 P a rien te lejano d e l «Jefe m áxim o», m ilita n te d e sd e la e d a d escolar, h a b ía su frid o a los 16 añ o s - e n 1 9 4 4 - su p rim e ra carcelería. Preso n u e v a m e n te en 1948 a raíz de la to m a d e la U niversidad de Trujillo, sería fin alm e n te d e p o rta d o e n 1 9 5 3 tra s o rg a n iz a r u n a h u e lg a en el valle a z u c a re ro d e C hicam a. E n c o n tra ría e n M éxico u n a p rism o d iv id id o . G u illerm o C a rn e ro H oke, M an u el S co rza, E d u a rd o Jib a ja , J u a n P ablo C h a n g y G u sta v o V alcárcel c o n fo rm a b a n el a la ra d ic a l. En d ic iem b re d e 1 9 5 2 h a b ía re n u n c ia d o e ste ú ltim o a la se c re ta ria g en eral d el C om ité d e D ep o rtad o s. H ab íam o s p en sad o -e x p lic ó V a lc á rc e l- que «ante el sism o de la realidad» q u e el 48 había significado «los líderes ab rirían los ojos y cam b iarían el ru m b o de la nave a p rista » .31 N in g u n a e sp eran za q u e d a b a ya para él a fines del 52. En 1953, estan d o ya en G u atem ala, Valcárcel fundó el F ren te R evolucionario P eru an o , u n p a so e n el p ro ceso q u e lo llev aría al PCP. El p ro p io Luis de 28. H oracio Tarcus. El m arxism o olvidado en ¡a Argentina: Silvio F ro n d iziy Milcíades Peña. Buenos Aires: Ediciones El Cielo por Asalto, 1996, pág. 26 y 141. 29. Ju a n C ristóbal. ¡Disciplina Compañeros! Lima: D ebate Socialista, 1985, pág. 120. 30. Cfr. Nelson M anrique. ¡Usted fu e aprista! Bases para una historia crítica del APRA. CLACSO ans Fondo Editorial de la Universidad Católica del Perú: Lima, 2009, pág. 317. 31. G ustavo Valcárcel. El APRA y la claudicación de sus líderes. G uatem ala: Publicaciones del Frente Revolucionario Peruano, 1953, pág. 11. 12 2

Del APRA Rebelde a la lucha arm ad a. Perú, 1965

la P u e n te se ría s e p a ra d o d e l C o m ité d e M éxico p o co d e sp u é s . A hí lo en co n tró H ilda G adea hacia sep tiem b re u o ctu b re del 54 p re o c u p a d o p o r «la e x p lo ta c ió n y la m ise ria q u e re in a b a e n n u e stro país». H ay a h a b ía p asad o p o r M éxico tra s fin a lm e n te a b a n d o n a r la e m b a ja d a c o lo m b ia n a en Lim a a co m ie n z o s d e ju n io de a q u e l añ o . A H ild a, Luis le c o n tó q u e, «•n aq u ella o p o rtu n id a d , el Jefe «había h ech o llam ar» a los se p a ra d o s del C om ité d e E xilados y q u e , « d esp u és de u n se rm ó n d iscip lin ario » , h a b ía c o n se g u id o c o n v e n c e rlo d e q u e se re in c o rp o ra ra , a u n q u e sin d e te n ta r carg o a lg u n o . Le c o m e n tó , asim ism o q u e, co n m iras a las e lec cio n es p resid en ciales d el 56, «se fra g u a b a u n a conciliación e n tre el APRA y las fu erzas re a c c io n a ria s re p re s e n ta d a s p o r la fam ilia P rad o , g ra n b a lu a rte fin an ciero e n el país». C on la c u al, p o r c ie rto , él no e s ta b a d e a c u e rd o sien d o p o r el c o n tra rio d e la o p in ió n de q u e «era n e c e sa rio re c h a z a r las co n sig n as del p a rtid o » p ro c e d ie n d o m ás b ie n a « h a c er la rev o lu ció n » . P lan eab a con ese fin su reg reso al Perú « d o n d e se re u n iría co n u n g ru p o de c o m p a ñ e ro s q u e lo e sta b a n e sp e ran d o » . D ías d e sp u é s, e n c asa d e la p e ru a n a L aura d e Albizú C am pos - e s p o s a del lu c h a d o r in d e p e n d e n tista p u e rto rriq u e ñ o Pedro A lbizú C a m p o s - u n g ru p o d e ex ilad o s d esp id ió al joven a p rista q u ien p a rtía de re to rn o al sur. En a q u ella ocasió n el propio Luis h a b ía e n to n a d o « a lg u n as c a n cio n e s en q u e c h u a » . «Tuve e n m e n ­ te - r e c o r d a r í a H ilda a ñ o s d e s p u é s - p re s e n ta rlo con E rn e sto G u ev ara - c o n q u ie n se h a b ía casa d o en G u a te m a la r e c ie n te m e n te - p e ro n o fue po sib le » . 32 De la P u en te re to rn a b a al Perú co m p ro m etid o con un p royecto su b v er­ sivo que, d esd e A rgentina, c o o rd in ab a M anuel S eo an e y q u e co n tab a con el re s p a ld o d e l g e n e ra l P eró n y d el MNR b o liv ia n o .33 D esd e el E c u a d o r - c o n el apoyo de un g en eral p e ru an o resid en te en ese p a í s - e n tra ría n al Perú m ie n tra s o tro g ru p o e n tra b a p o r B olivia. La lib e ra c ió n de H aya se in te rp u so en sus p lan es. No b ien libre, el líd e r a p rista se h a b ía ab o c a d o a c o n so lid a r su c o n tro l d el p a rtid o a p a rtir d e lo ya h e c h o p o r su s m ás fieles a lle g a d o s. Se h a b ía d irig id o a M o n tev id eo p rim e ro p a ra p o n e r en lín ea al p ro p io M an u el S eo a n e . P ara d e sa le n ta r, s o b re to d o , la c e rc a n ía q u e a lg u n o s d e los d e s te rra d o s h a b ía n g a n a d o con el p e ro n ism o . Visitó lu eg o G u a te m a la y M éxico d o n d e , tra s se rm o n e a r a D e la P u e n te , se d irig ió a E u ro p a a d o n d e p e rm a n e c e ría h a s ta 1 9 5 7 . En e sa s c irc u n sta n ­ cias, el p la n in s u rre c c io n a l p e rd ía v ia b ilid a d . De la P u e n te , C a rn e ro H oke, F e rn á n d e z G aseo y o tro s c o m p a ñ e ro s q u e d a ro n a tr a p a d o s e n el 32. H ilda G adea. Che Guevara, años decisivos. M éxico, DF: A guilar Editor, 1972, pág. 103. 33. Cristóbal, ¡Disciplina Compañeros!, pág. 135; y M anuel Jesús O rbegoso. Luis de la Puente Uceda: un rebelde con causa. Lima: MJO y E ntrevistas, 1989, págs. 46-53. 123

Jo sé I.uis R énique

m edio. E n tra ro n al Perú sólo p ara en c o n tra r q u e sus pro p io s co m p añ ero s fa c ilita ro n su d e te n c ió n . La tra ic ió n y las to rtu ra s m a rc a ría n el esp íritu del jo v e n d irig e n te . H ilda G a d e a re p re s e n ta b a o tra de las h e b ra s del e n tr a m a d o su rg id o d e l fiasco d el 4 8 : el celo, la d isc ip lin a, la fo rm a c ió n in te le c tu a l d e la m u je r a p ris ta . Su m e m o ria e sc rita p erfila, a sim ism o , lo s d ile m a s que a c e c h a b a n a los m ilita n te s d e esa o rg a n iz a c ió n . P oseía u n a a p re c ia b le form ación m arx ista. De c u ltu ra rusa, a d em á s d e Lenin, conocía la clásicos literario s de las d é ca d as previas a la revolución. La R evolución ch in a era su nuev a pasió n . A dm iraba la larg a lu ch a del p u eb lo ch in o cuya realid ad e q u ip a ra b a ella a la d e « n u estra s m asas c a m p e sin as in d íg e n a s » . 34 Tenía, p o r so b re to d o , a lm a d e m ilita n te . La c e rte z a d e q u e «no p o d ía m o s ser felices v ie n d o e x p lo ta c ió n y m iseria» p o r lo q u e « h acía m o s el p ro p ó sito d e d e d ic a rn o s a re m e d ia r e n lo posible esto s m ales, in v irtien d o n u e stras v id as y n u e s tro esfu e rz o en ello, no im p o rta los riesg o s q u e significara». En su s p ro p ia s p a la b ra s, u n « se n tid o ag ó n ico » d e la v id a e n la lín e a de U n a m u n o . S in te m o r a la m u e rte , d is p u e sta a a fro n ta rla e n b en eficio d e la s o c ie d a d . «C om o m ilita n te p o lítica - a s e v e r ó H i l d a - d e jé atrás los p ro b le m a s a b s o lu ta m e n te in d iv id u ales, a d o p ta n d o u n a c o n d u c ta de lu ch a» . « ¿C ó m o vo s, q u e p ie n sa s co m o c o m u n ista , e re s a p rista ? » le in te rp e la b a E rn e sto G u e v ara en 1 9 5 4 q u ie n tr a ta b a , p o r e se e n to n c e s - p o r p ro p ia confesión - de p e rsu ad irla «de que se larg u e de ese p a rtid o de m ie rd a » . 35 G adea resp o n d ía que el PAP e ra un m edio p a ra lleg ar al po d er e in iciar el p ro ceso de «hacer u n a so cied ad nueva». Q ue, «com o m uchos d irig en tes ju v e n ile s del APRA así lo creíam os, todo ese a p a re n te a b an d o n o d e las b a n d e ra s p rin cip a le s d e lu ch a e ra n tá ctica s te m p o ra le s, p ero que, u n a vez en el g o b ie rn o , el APRA h a ría u n a v e rd a d e ra tra n sfo rm a c ió n » .36 En los d ía s fin ales d e A rb en z, H ild a e ra la ú n ic a re p r e s e n ta n te en G u a te m a la d e la « te n d e n c ia iz q u ie rd ista d e n tro d e l APRA». A su paso p o r ese p aís q u iso p la n te a rle al Je fe q u e n o v ia ja se a E sta d o s U nidos, q u e ello te n d r ía « c o n se c u e n c ia s d e n tr o d e l APRA, q u e e sa a c titu d p ara el p u e b lo se ría m u y co n fu sa» . N o p u d ie n d o h a c e rlo p e rs o n a lm e n te le e n tre g ó u n a c a rta co n su s p la n te a m ie n to s . N o re c ib iría r e s p u e s ta .37 T iem po d e sp u és, ya d e sd e M éxico, tras v er p a rtir a su esp o so E rn esto en 34. O rbegoso, Luis de la Puente Uceda: un rebelde con causa, pág. 37. 35. Luis H e rn án d e z S errano. «Ernesto no m e gustó. (T estim onio de Myrna Torres Rivas sobre la form ación revolucionaria del )joven E rnesto G uevara en G uatem ala y su am istad en México)»». En: Juventud Rebelde Digital: (14 de junio de 2 0 0 3 ). URL: h t t p : / /www . j r e b e ld e . cu / 2003 / a b r i l - j u n i o / ju n - 1 4 / p r i n t / c r n e s to .h tm l. 36. Hilda G adea. Che Guevara: años decisivos, n /d : A guilar, 1973, pág. 34. 37. Ibíd., pág. 39.

Del APRA Rebelde a la lucha arm ada. Perú, 1965

l.i leg en d aria expedición del Granma H ilda re g resaría a o c u p a r su puesto , com o d irig e n te a p rista , e n su país n a ta l. T ras la to r tu ra y el e n c ie rro «ufrido a ra íz d e su c a p tu ra , C arn ero H oke o p tó p o r u n p ro y e c to a p a rte , el Partido N acio n alista R evolucionario P e ru an o de b rev e e in sig n ifican te rx iste n c ia . De la P u e n te U ced a, p o r su p a rte , e lig ió re in c o rp o ra rs e al l’AP id e n tific a d o ya co m o líd e r d e la iz q u ie rd a a p rista . A m e d ia d o s de 1‘>57, se e n c o n tró con H é c to r C o rd e ro G u ev a ra p o r p rim e ra vez. «Me dejó - r e c o r d a r í a e ste añ o s d e s p u é s - u n a e x tra o rd in a ria im p re sió n , un hom b re co n id e a s d e fin id a s; co n la fu e rz a e s p iritu a l y la v o lu n ta d q u e p resag iab an a un v e rd a d e ro d irig e n te » .38 Ju n to s h a ría n la e ta p a final de m in fru c tu o so e sfu erzo p o r re o rie n ta r al APRA, q u e h a b ría de c u lm in a r en su ex p u lsió n . Con la salid a d e H aya d e la e m b a ja d a c o lo m b ia n a , tra s su crisis m ás p ro fu n d a, el PAP, de a lg u n a m a n e ra , re to rn a b a a la n o rm a lid a d . Las prim eras d eclaracio n es del líder ap rista no p e rm itía n a b rig a r d em asiad as rs p e ra n z a s e n u n cam b io e n la lín e a d e l p a rtid o . S u s c o m p a ñ e ro s m ás radicales esp e ra b a n una d e n u n cia e n cen d id a de la d ic ta d u ra . S o rp ren d ió rn p rim er lu g ar que escogiera una re v ista y a n kee -L ife en e s p a ñ o l- p ara • ••en co n trarse co n el m u n d o . 39 N ad a c o n tra el im p e ria lism o , a v a n z a b a »us re flex io n es, m ás b ie n , so b re el p ap e l d e las « n ac io n e s a m e rica n a s» en el m a rc o d e la « p u g n a m u n d ial» . A los 55 a ñ o s, el c o m b a tie n te de «uros tiem p o s a p a re c ía p a u sa d o y c au te lo so . Su objetiv o - c o m o su g iere Frederick B. P i k e - era c o n s tru ir u n n u e v o p a rtid o b ajo el m a n to d e la co n tin u id ad d e la trad ició n a p ris ta .'10 P ro p o n e r al PAP, en tal sen tid o , co­ mo m odelo de p artid o dem o crático a ltern ativ o tan to a los PC, com o a los populism os au to ritario s tipo pero n ista. A ndrés T ow nsend sin tetizó el obje­ tivo de la re o rien tació n aprista: en L atinoam érica, los p artid o s socialistas te rm in a b a n sie n d o trib u ta rio s d el co m u n ism o ; la m o d e rn a d e m o c ra c ia locial, e n c am b io , te n ía co m o « in stru m en to p ro p io d e re alizació n » a los ► p a rtid o s d el p u eb lo » cu y o « arq u e tip o » e ra el PAP, h e rm a n o m a y o r de l.t e m e rg e n te « izq u ierd a d e m o c rá tic a la tin o a m e ric a n a » .'’ 1 D u ra n te los cin cu en ta, H aya p o n d ría p a rtic u la r énfasis e n d ifu n d ir e sta visión en los m edios acad ém ico s e sta d o u n id e n se s d o n d e , en efecto , e n c o n tra ría p arti-

38. Cristóbal, ¡Disciplina Compañeros!, pág. 153. 39. Haya de la Torre, «Cinco años de exilio en mi patria». 40. Frederick Pike. «The Oíd and the New APRA in Perú: Myth and Reality». I n: ¡nter-American Economic Affairs, vol. 18, n.° 2: (1964), págs. 3-45. 41. A ndrés Townsend Escurra. «El Partido Aprista y las elecciones generales de 1962». En: Cuadernos (Congress for C ultural Freedom ), vol. 57: París (1962), piigs. 27-46. 125

José Luis R énique

ciliar s im p a tía . 42 A pristas d e iz q u ie rd a co m o A lfredo H e rn á n d e z U rbina, p e n sa b a n , p o r aq u el e n to n ce s, q u e la posibilidad de q u e el APRA devinie­ se P a rtid o D e m o c rá tic o R ev o lu cio n a rio p a sa b a p o r « b a ja r al llan o » a la v ieja g u a rd ia , p ro m o v ie n d o s im u ltá n e a m e n te u n a d e m o c ra tiz a c ió n del p a rtid o a tra v é s de p e rm itir «la existencia de c o rrien tes y c o n traco rrien tes in te rn a s c o m o leg ítim a ex p resió n d e d e m o cracia política», la realizació n d e c o n g re s o s a n u a le s q u e « n o rm e n la v id a p a rtid a ria » , im p id ie n d o la re e le c c ió n d e q u ie n e s h a b ía n sid o p a rla m e n ta rio s d e l 31 al 4 5 y, por ú ltim o , c a n c e la n d o «la J e f a tu ra d e l P artid o » , lo q u e c o n lle v a b a «abolir la o rg a n iz a c ió n v e rtic a l » . 43 N a d a p o d ía im p e d ir p a ra ese e n to n c e s la n eg o c ia c ió n en cu rso co n M an u el P ra d o , q u e p e rm itiría al PAP rec o b rar e s ta tu s leg al. En m a rz o d e 1 9 5 6 , u n a C o nvención N acional d el p a rtid o dio fac u lta ­ des a R am iro Prialé p a ra « co n certar alian zas o pactos con cu a lq u ie r fuerza p o lític a c o n el fin d e c o n se g u ir la le g a lid a d d e l p a rtid o » m a n te n ie n d o , p o r c ie rto - en p a la b ra s d e u n h isto ria d o r a p r i s t a - «el d e c o ro y la digni­ d a d d e las b a n d e ra s p ro g ra m á tic a s e id eo ló g icas d e l a p rism o red en to r» . A c a m b io d e su a p o y o e le c to ra l, los a p rista s ex ig ían , «el re to rn o a la le g a lid a d , la lib e rta d d e su s d e te n id o s, el re g re so d e los d e p o rta d o s , la d evolució n d e los bienes in ca u ta d o s y el resp eto a los acto s c iu d a d a n o s » .44 M anuel P ard o sería el elegido. E staba en curso la fo rm ació n de lo q u e los p ro p io s a p ris ta s d e n o m in a ría n co m o el «rég im en d e la convivencia». De u n a d isc ip lin a d a acep ta c ió n d e dich o rég im en d e p e n d ía , su p u e sta m e n te , q u e e n 1 9 6 2 las fu erzas a rm a d a s y la o lig a rq u ía - l o s g ra n d e s enem igos del a p r i s m o - p erm itiese n su lleg ad a al poder. D espués de u n a d ic ta d u ra - d i r í a H aya d e la T o r r e - «los p u eb lo s com o los in d iv id u o s n e c e sita n un p e río d o d e c o n v a le c e n c ia » . 45 C on el p o d e r u n a v e z m ás al a lc a n c e d e la m a n o , e n to d o caso , la p o sib ilid a d d e u n APRA ra d ic a l - q u e h a b ía p a re c id o re la tiv a m e n te c e rc a n a e n tre fines d e los c u a re n ta e inicios d e los c i n c u e n t a - se a le ja b a a c a so d e fin itiv a m e n te . D e a c o n te c im ie n to s 42. R obert A lexander. «The Latín A m erican A prista Parties». En: Political Quarterly, vol. 20, n.° 3: (ju lio -se p tie m b re de 1949), págs. 2 36-247; y H arry K antor. The ideology and program o f the Peruvian A prista m ovem cnt. California: U niversity o f C alifornia Press, 1953; en noviem bre 25 d e 1952, H aya escribió a Luis A lberto S ánchez que a académ icos com o Kanror h a b ía que «com o fichas», había que «jugar con ellos y coincidir en lo que ellos nos favorecen» en Haya de la Torre y S ánchez, Correspondencia, pág. 36. 43. Alfredo H ernández Urbina. Los partidos y la crisis delApra.JLima: Editorial Raíz, 1956, pág. 19. 44. V ictor García Toma. Las alianzas del APRA. Lima: Prom ociones Gráficas Im agen, 1982, pág. 110. 45. C itado en ibíd., pág. 122. 126

Del APRA Rebelde a la lucha arm ada. Perú, 1965

q u e o c u r r ía n lejos d el P erú su rg iría u n n u ev o in te n to p o r re c o n c ilia r al a n tig u o p a r tid o con sus su p u esto s «ideales prim igenios» rev o lu cio n ario s. En d ic ie m b re de 1956, cuan d o P rado llevaba cinco m eses en el poder, los e x p e d ic io n a rio s del G ranm a a rrib a b a n a las co stas c u b a n a s.

El embrujo cubano V einte a ñ o s ten ía R icardo G adea cu an d o arribó a C uba, p ro c e d e n te de A rg e n tin a , e n e n e ro d e 1960. Del Colegio M ilitar Leoncio P rad o de Lima a la U n iv ersid ad de La P lata, hab ía ido d escu b rien d o su id en tid a d ap rista. Le v e n ía p o r tra d ic ió n fam iliar: de su p a d re , u n m o d e s to tr a b a ja d o r a p ris ta c o m o d e su h e rm a n a m a y o r H ilda, e x ilad a e n G u a te m a la d e sd e el 4 9 .46 E n A rg en tin a hab ía conocido y hech o am ista d con o tro jo v en p e­ ru an o , e l ja u jin o M áxim o V elando, hijo de cam pesinos, q u ec h u a -h ab lan te , q u ie n h a b ía sa lid o de su tie rra - a los 20 a ñ o s - e n 1 9 5 2 . En A rg en tin a, V elan d o sig u ió e stu d io s d e E co n o m ía y se v in c u ló a la J u v e n tu d C o m u ­ n ista m ie n tr a s tra b a ja b a com o ob rero . En 1961 volvió al Perú, d e d o n d e p a rtiría h a c ia C uba p o r su p ropia c u e n ta . 47 Ahí se re e n c o n tró con R icardo e n ro la d o y a com o e stu d ia n te de co m unicaciones en la U n iversidad de La H a b a n a . J u n to s se o fre c ie ro n a c o la b o ra r en la d e fe n s a d e C u b a en los a z a ro s o s d ía s d e la crisis de los m isiles. A trav és d e R icardo co n o cería al C he. E ste , le h a b ría p la n te a d o q u e « debía re g re sa r a su p a tria y m ilitar, p o rq u e e ra a tra v é s d e la m ilita n c ia p o lític o -p a rtid a ria q u e p o d ía te n e r acceso a cu a lq u ie r p erm an e n c ia en Cuba» p u esto que, en esos m o m en to s, d a d o q u e « e ra u n a p e rs o n a q u e v ia ja b a e s p o n tá n e a m e n te » , su e sta d ía te n ía lim ita c io n e s p re c isa s .48 C uba era com o un m a g n e to ; u n a fu e n te d e c u rio sid a d e ilusión fren te a los añ o s grises del o ch en io de O dría: tiem p o s d e a m a r g u ra , fru stració n y escep tic ism o .49 A C u b a , R icard o h a b ía lle g a d o in v ita d o p o r su h e rm a n a H ilda. En Lim a, e s ta h a b ía im p u ls a d o a c tiv id a d e s d e so lid a rid a d c o n C u b a co n a p o y o d e la ju v e n tu d d e su p a rtid o . U n a vez e n la isla, a p e s a r d e la r u p tu r a m a rita l con el C he, se g u iría sien d o c o n d u c to p riv ileg iad o d e los re v o lu c io n a rio s p e ru a n o s c o n su c é le b re ex esp o so . Así lo c o m p ro b ó R icardo N apurí, u n o de los prim eros izqu ierd istas p e ru a n o s en co n o cer al Che tr a s la v icto ria rev o lu cio n aria. T am bién a él, O d ría le h a b ía la n z a d o 46. E ntrevista con el autor, Lima, 14-15 de agosto de 2003. 4 7 . «T estim onio d e C arm en G astan Olivera» (viuda de M áxim o Velando) en J u a n C ristóbal. M áxim o Velando: el optim ism o frente a la vida (El vencedor de Yahuarina). Lima: Ediciones D ebate Socialista, 1984, págs. 21-29. 4 8 . «Testim onio de R icardo Gadea» en ibíd., págs. 17-20. 49. Miguel G utiérrez. La generación del 50: un m undo dividido. Lima: Editorial Labrusa, 1988, pág. 23. 127

José Luis R énique

al exilio. U n a v ia d o r m ilita r d e p o rta d o p o r h a b e rs e n e g a d o - s e g ú n testim o n io p r o p io - «a b o m b a rd e ar a m arinos y m ilitan tes de la izquierda ap rista en la in su rrecció n de octu b re de 1948».5Ü En A rg en tin a, el ab o g ad o Silvio Frondizi lo ay u d ó a salir de la cárcel n acie n d o e n tre ellos u n intenso vín cu lo in te le c tu a l y p o lítíc o . 51 El 8 d e e n e ro d e 1 959 - e n el a v ió n qu e tr a s la d a b a a e x ila d o s c u b a n o s y a los p ro p io s fa m ilia re s d e G u e v a ra a rrib ó N a p u rí al « p rim e r te rrito rio lib erad o » d e A m érica, c o n o c ie n d o al c o m a n d a n te a rg e n tin o cu a n d o «vestía a ú n ro p a de c am p a ñ a, con algo de b a rro en sus p a n ta lo n e s y z a p a to s » .52 C o n o c e r al C he y c o n v e rtirse en m ilita n te d e la R ev o lu ció n c u b a n a fu e ro n , p a ra N ap u rí, p rá c tic a m e n te , u n a m ism a cosa. A su o fre c im ie n to d e c o la b o ra c ió n , el c o m a n d a n te resp o n d ió in d ic á n d o le q u e la m a n e ra m á s efectiv a d e h a c e rlo se ría re to rn a n d o al P erú « con la ta r e a d e v er q u é o rg a n iz a c io n e s y h o m b re s a p o y a b a n a C u b a, p e ro q u e a la v ez e s­ tu v ie ra n d isp u e sto s a a su m ir u n co m p ro m iso re v o lu c io n ario » . «A ceptas o n o ace p ta s» le dijo. F ue así - r e m e m o r ó el p e r u a n o - q u e «decid í a b a n d o n a r to d o , m i fam ilia, mi tra b a jo , to d o » . De ta l s u e r te , tra s u n a d é c a d a d e a u se n c ia , volvió el ex av ia d o r al P erú c o n v e rtid o e n e m isa rio n a d a m en o s q u e d el líd er de la «revolución c o n tin e n ta l» q u e se in iciaba. N o le e ra a je n a a G u e v a ra la situ a c ió n p e ru a n a , las te n s io n e s d e l APRA en p a rtic u la r, q u e le h a c ía n re c o rd a r al p e ro n ism o d e su tie rra n a ta l. Q ue n o c o m p re n d ía - h a b r í a c o m e n ta d o a R icard o N a p u r í- p o r q u é los tra b a ja d o re s a rg e n tin o s d e m o ra b a n en lib e ra rse d e las a ta d u r a s d e un m o v im ie n to «p ro cliv e a p a c ta r y c a p itu la r al im p e ria lism o » . De se g u ro vio e n el n ú c le o d e los « ap ristas reb eld es» u n a a lte rn a tiv a re a lis ta p a ra d e riv a r h a c ia la iz q u ie rd a los c o n tin g e n te s p o p u la re s e n ro la d o s e n sus filas. De a h í q u e o rie n ta ra a N a p u rí h ac ia e se e m e rg e n te m o v im ie n to . «E stan d o a ú n e n C u b a, y p o r consejo del C he - r e c o r d a r í a e s t e - a d h e rí al A pra R eb eld e» . Al lle g a r a T rujillo, sin e m b a rg o , n o tu v o u n rec ib i­ m ien to e n tu sia sta . R econociéndolo com o « com unista» - r e c o r d a r í a añ o s d e s p u é s - « u n o d e los lu g a rte n ie n te s de Luis d e la P u e n te » m e dijo: «te re tira s de acá, hijo d e p u ta ; v ien es a q u ita rn o s lo q u e ten em o s» . «No les a g ra d a b a v e rm e lle g a r -c o n c lu y ó N a p u r í- co m o u n h o m b re p ro te g id o de C uba». T a rd a ría n en d ilu irse las su sp icacias. U n te m a e ra d e c la ra rse en «rebeldía» d e n tro del APRA y otro, m uy distin to , o p ta r p o r u n a opción 50. Jo sé B erm údez y Luis Castelli. «A trein ta años del Che (en tre v ista a R icardo N apurí)». En: Revista H erram ienta, n.° 4: Buenos Aires (julio de 1997). U R l.: h t t p : / / v A v w . i n i s o c . o r g / c h e . h t m .

/

51. Tarcus, El m arxism o olvidado en la Argentina: Silvio Frondizi y Milcíades

/VIlo, pdg. 143. 52. B erm údez y C astelli, «A trein ta años del Che (e n tre v ista a Ricardo N.ipm l)», las citas siguientes corresponden a este im portante texto.

Del APRA Rebelde a la lucha a rm a d a. Perú, 1965

« com unista» p a ra q u ie n e s v e n ía n d e u n p a rtid o d e p o sic ió n c la ra m e n te n n tic o m u n ista . A fines d el 59, los a p rista s re b e ld e s n o rte ñ o s e ra n u n núcleo su m id o en la in certid u m b re .

Del APRA Rebelde al MIR En o c tu b re d e 1 9 5 8 , e n la IV C o n v en ció n d e l PAP - y a re s ta b le c id a l e g a l id a d - h a b ría d e p ro d u c irse el d e b a te p o s te rg a d o d e s d e 1 9 4 8 . C ontra el llam ad o pacto de «convivencia» con M anuel P rad o enfilaron los se c to res crítico s d e la d irig en cia. A d u cían q u e te rm in a ría c a m b ia n d o la n a tu ra le z a m ism a del p artid o ; que no o b edecía a u n a leg ítim a tran sició n , sino a u n so m e tim ie n to a los in te re se s d e la o lig a rq u ía . Y ac a so n o les faltab a razó n . El régim en p rad ista 1 9 5 6 -1 9 6 2 - s e g ú n F red erick B. P ik e significaría el m ás d esp erd iciad o sexenio de la h isto ria p e ru a n a del x x .53 No se ría p o r ello e x tra ñ o q u e, com o re s u lta d o d el a p o rte a p ris ta a su e x iste n c ia - c o m o d e n u n c ia b a el ala iz q u ie rd a a p r i s t a - « u n a a u n a las b a n d e ra s h istó ricas del APRA» le fu esen a rre b a ta d a s p o r fu erz as n u ev as com o A cción Popular, el M ovim iento Social D em ocrático y la D em ocracia C ristiana. Incluso, de g a n a r - « p o r los cam inos de la tran sacció n y el co n ­ v e n io » - en el 62, «¿no significará eso la m u e rte de n u e stro m ovim ien to ? ¿No te n ía n acaso, m o vim ien to s históricos co m o el APRA, un d e stin o que c u m p lir ? » . 54 De a h í que, su «norm alización», su m eta m o rfo sis a la «con­ dición de cu a lq u ie r p a rtid o tradicional» fuese, sim p le m e n te , in acep ta b le . No b a stó q u e esg im ieran a la p ro p ia o bra de H aya de la T orre com o guía d el reciclaje p a rtid a rio , sus p ro p u e s ta s d e rectificació n , d e d e m o c ra c ia in te rn a , de «ren u n cia in m e d ia ta de to d o s los a p ristas q u e o c u p a n cargos d ip lo m ático s, m u n icip ales y políticos» e n el ré g im en p ra d ista , no te n ía n lu g a r e n la tra d ic ió n a p rista de d iscip lin a v ertical. Su p ro p u e s ta m ism a, en re a lid a d , los h ab ía p u esto fu era d el p a rtid o . S a n c io n a d o con la m áx i­ m a p e n a p a rtid a ria , el p e q u e ñ o n ú cleo n o rte ñ o se co n stitu y ó en C om ité d e D efen sa d e los P rincipios y, p o ste rio rm e n te , e n APRA R ebelde, com o « o rg a n iz a c ió n a u tó n o m a p a ra la rea liz a c ió n d el id e a rio a p rista » a b a n ­ d o n a d o p o r «los a c tu a le s d irig e n te s co n v iv ien tes» , e sta b le c ie n d o c o m o objetivo fu n d am en tal, la creación de u n a «conciencia rev o lu cio n aria para o rg a n iz a r y a c e le ra r el p ro c e so de la re v o lu ció n n acio n a l» . «M iserables,

su

53. Pike, «The Oíd and the New APRA in Perú: Myth and Reality», pág. 37. 54. «La R ealidad N acional y la línea política de la Convivencia». M oción p resen tad a en la IV C onvención del Partido Aprista el 10 de octubre de 1958 en Héctor Cordero Guevara. Del Apra al Apra Rebelde. El Apra y la revolución (1952). La realid ad nacional y la linea política de la convivencia (1958). A cuerdos de In p rim era asam b lea nacional del Apra rebelde (1960). Lima: Perugrapli Editores, 1980, págs. 56-108. 129

José Luis R énique

n o sa b e n q u e a h o ra so m o s m ás a p rista s q u e n u n c a » h a b ría c o m e n ta d o Luis d e la P u e n te ased iad o p o r el asm a y la a n sie d a d al p erio d ista M anuel Je s ú s O rb eg o so p o r ese e n to n c e s . 55 A m e d ia d o s d e 1 9 5 9 , De la P u e n te se m a n te n ía a ú n d e n tr o d e los m arcos de u n a persp ectiv a nacio n alista rad ical. Tras su carcelería de 1955 se h a b ía a b o c a d o al te m a a g ra rio . En 1 9 5 7 h a b ía p re s e n ta d o u n a tesis d o c to ra l titu la d a «La R eform a d e l A gro P e ru an o » e n d o n d e se in c lin a b a p o r u n a fó rm u la de «antifeu d alism o realista» e q u id ista n te de los p la n te a ­ m ie n to s im p e ria lista s, co m o d e los aq u e llo s « in to x icad o s d e m arxism o». R eform a A g raria sí, p e ro no p o r el « cam in o re v o lu cio n ario » - escab ro so , c ru e n to y d e co n se c u e n c ia s m u y d u d o s a s - sin o c o m o «acto le g ítim o de p ro m o c ió n d e l d e sarro llo » , e je c u ta d o e n « e stric to c u m p lim ie n to d e la C onstitución y las leyes » .56 Un cam ino ev olutivo p e rfe c ta m en te e n c u a d ra ­ do d e n tro del «ideal in d o -am erican ista» e x p re sa d o p o r el ap rism o y qu e, e n la re v o lu c ió n b o liv ia n a , p o r e je m p lo , h a b ía e n c o n tra d o c o n c re c ió n . T en ía ese p u n to d e v ista al m o m e n to d e su p rim e r v iaje a C u b a e n ju lio d e 1 9 5 9 , ta l co m o lo ex p re só en u n fo ru m so b re la R efo rm a A g ra ria c u b a n a d ó n d e se p ro n u n c ió e n fav o r d e l re s p e to a la p ro p ie d a d p riv a ­ d a , d el « d e re c h o a u n a p a rc e la» d e l c a m p e sin o c u b a n o e n a ra s d e u n a tra n sfo rm a c ió n c o n ju s tic ia y lib e rta d . A p a sio n a d o c o m o era , d e m a n d ó con in s iste n c ia - s e g ú n M arco A n to n io M a lp ic a - u n a d e fin ic ió n d e los cub an o s, q u ien es, prefirieron no resp o n d er . 57 Estas posiciones - c o m o las ex p u estas en el pro y ecto de ley p re se n ta d o p o r los « ap ristas reb eld es» en o c tu b re de 1961 - no se d istin g u ía n d em a siad o de las d e fe n d id a s p o r los nuevos g ru p o s refo rm ista s q u e su rg ie ro n de la lu ch a c o n tra la d ic ta d u ra d e O d ría : AP, DC, MSP. D e n tro d e l p ro p io e jé rc ito e Ig lesia c a tó lic a se re g istra b a n fu e rte s indicios de p re o cu p a c ió n re fo rm ista . Así, a m e d ia d o s d e los a ñ o s s e s e n ta el P re la d o d e u n a d e las z o n a s m á s p o b re s d e l s u r an d in o p e ru a n o , solicitó q u e la A sam blea Episcopal P eru an a d isc u tie se el p ro b le m a d e las p ro p ie d a d e s d e la Ig lesia te m e ro so d e q u e d ic h o te m a fuese lev a n ta d o p o r los a g ita d o re s co m u n istas, c re c ie n te m e n te ag resiv o s d e sp u é s del «éxito» c a stris ta . 58 En n o v ie m b re d e 1 9 6 0 , co n la tra n sfo rm a c ió n d e l APRA R e b eld e e n MIR el proceso h acia la co nstrucción de u n a id e n tid a d p ro p ia, a u tó n o m a , e n tra b a e n u n a nu ev a fase. Es el inicio d el curso que lleva a M esa P elad a 55. C ordero G uevara, Del Apra al Apra Rebelde, págs. 123-124. 56. O rbegoso, Luís de la Puente Uceda: un rebelde con causa, pág. 46. 57. M arco A ntonio M alpica. Biografía de la Revolución. Historia y antología del pensamiento socialista. Lima: Ediciones Ensayos Sociales, 1967, págs. 503-504. 58. De Nevis Mayes, Prelado N ulius de Sicuani [Cuzco] a M onseñor J u a n L in d ázu ri RiekrU s, p resid en te de la A sam blea Episcopal, 26 de se p tie m b re de I**n Archiva tic la Prelatura de Sicuani. I Id

Del APRA Rebelde a la lucha arm ada. Perú, 1965

1965 . En ello los pupilo s de Silvio Frondizi - N a p u r í y C o r d e r o - te n d ría d istin tiv a in flu en cia. A m e d ia d o s d e los c in c u e n ta , e ste h a b ía fu n d a d o l.t p rim e ra d e v a ria s o rg a n iz a c io n es con este n o m b re e n L a tin o a m é rica : r l M IR -Praxis.5y S iete m eses a n te s de la d ecisió n d e los p e ru a n o s , u n lla m a n te M1R v e n e z o la n o se h a b ía p ro n u n c ia d o p o r el c a m in o a rm a ­ do. E n tre el ím p etu g u e v a rista y la crítica filo -tro tsk ista d el c o m u n ism o p ro -so v iético se d e lin e a b a u n a n u ev a fo rm a de se r iz q u ie rd ista . A p u n ­ ta n d o e n esa d irecció n , los p e ru a n o s a sp ira b a n a s u p e r a r el « cam in o evolucionista» del «com p ro m iso y la co m p o n e n d a » p a ra v in cu larse a los m ovim ientos sociales -p a r tic u la rm e n te r u r a le s - que c o n m o v ían el país. La defección del PAP, m ás aú n , co ad y u v ab a a c o n fig u rar un escen ario cíe p o la riz a c ió n e n d o n d e , «la so lu ció n o lig a rc o -im p e ria lista » c o n te n d e ría con la « so lu ció n p o p u lar, rev o lu cio n a ria» p o r d e fin ir el ya in so ste n ib le Im passe q u e e n tr a m p a b a el d e sa rro llo n a c io n a l. U na R efo rm a A graria «radical y p ro fu n d a » era , en e ste se n tid o , la m e d id a p rio rita ria . De a h í que, la o rg a n iz a c ió n del ca m p e sin a d o e n el p lan o n a c io n a l e ra «la ta re a im p erativ a del m o m e n to a c tu a l » . 60 Ese p aso d efinitivo h ac ia la izq u ierd a d e ja b a en el c am in o a m u ch o s «apristas rebeldes». Ja v ie r Valle R iestra, p o r ejem p lo , se h a b ía su m ad o al APRA R ebelde, seg ú n dijo, p o r «un exceso de o rtodoxia», p o rq u e «quería re a lizar los id eales c u b an o s d e ese in sta n te , d e Pan co n L ibertad». A p ar­ tándose luego, al ver que lo q u e iba configurándose era u n a organ izació n «stalinista». En 1962, finalm ente, a raíz de un artícu lo en el diario ap rista La T ribuna titu la d o «El 10 de ju n io v o ta ré p o r H aya d e la T orre» este lo llam ó y le dijo: «ven al p a rtid o , el m u n d o es a m p lio , el p a rtid o es e n o rm e , las p u e rta s e stá n ab iertas, estás a m n istiad o » . A p e sa r d e h a b e r­ se m a rc h a d o d e l PAP - d i r í a Valle R ie s tr a - n u n c a h a b ía d e ja d o d e se r « id eo ló g icam en te a p ris ta » . 61 Luis d e la P u e n te , p o r el c o n tra rio , asu m ió el re to de a d o p ta r u n a visión nueva, de ro m p er con el v ínculo em ocional q u e la id e n tid a d a p ris ta - y la id en tificació n p e rs o n a l c o n H ay a d e la T o rre - conllevaba. Y si unos se m arch ab an del «APRA Rebelde» d ebido a su d efin ició n iz q u ie rd ista o tro s se su m a b a n , p re c isa m e n te , a tra íd o s p o r esa n u ev a p o stu ra. M áxim o V elando, p o r ejem plo, q u ien a su reto rn o de C uba se h a b ía tra s la d a d o a su te rru ñ o , e n la sie rra c e n tra l, d o n d e h ab ía in te n so tra b a jo p o lítico c a m p e sin o . En 1 9 6 2 , R icard o G a d ea te n d ría la

59. Tarcus, El m arxism o olvidado en la Argentina: Silvio Frondizi y Milcíades Peña, pág. 149. 60. Movimiento de Izquierda Revolucionaria. M anifiesto de Chiclayo. Lima: Ediciones Voz Rebelde, 1963, pág. 13. 61. Valle Riestra. Lo que no había dicho Javicho. 13 de agosto de 1998. url: h t t p : //www.caretas.com.pe/1998/1529/Javier/javier.htm. 131

Jo sé Luis Rénique

«gratísim a so rp resa» d e e n c o n trarse con M áxim o al recib ir e n La H ab an a a u n a « deleg ació n d e m ilitan tes» d el M IR .62 El cam bio de persp ectiv a reflejaba, sin d u d a , u n a cad a vez m ás intensa re la c ió n co n C u b a . En ju lio d e 1 9 6 0 u n a d e le g a c ió n d e l APRA R eb eld e h ab ía viajad o a la isla. El propio De la P u en te p e rm an eció a h í p o r algunos m eses. EraTi m o m e n to s d ecisivos p a ra el ré g im e n c a stris ta . En la p laz a d e la re v o lu c ió n h a b a n e ra los p e ru a n o s e sc u c h a ro n a F id el v a tic in a r la tra n sfo rm a c ió n d e la co rd illera de los A ndes en u n a « S ierra M ae stra h e ­ m isférica». Por ese e n to n ces com enzó a con ceb irse el p lan in su rreccio n al d el MIR. Al p la n te a m ie n to del C he - s e g ú n N a p u r í- «del foco guerrillero c o m o la h e rr a m ie n ta p rim e ra y fu n d a m e n ta l d e la rev o lu c ió n » , De la P u e n te h a b ría c o n te s ta d o con su visión de q u e «la a lia n z a d el a p rip sm o re b e ld e co n C u b a se c o n v e rtiría e n u n fo rm id a b le c a ta liz a d o r» p a ra la crisis d el PAP, a b rie n d o las p u e rta s p a ra q u e «m iles d e tra b a ja d o re s y jó v e n e s» o p ta r a n p o r su m a rse al « p ro y ecto re v o lu c io n a rio » d e l M IR . 63 S ituación tal p erm itiría un e sq u em a o rg an izativ o m ás am plio y com plejo q u e a q u e l d e lin e a d o p o r las tesis fo q u istas. E ra el c o m ie n z o d e u n a discusión e n tre De la P u en te y el Che que se p ro lo n g a ría a lo larg o de los sig u ien tes dos añ o s. En el Perú, m ie n tra s ta n to , el estallid o c a m p e sin o a trav és de la sie rra a c e le ra b a a ú n m ás el tie m p o p o lítico . 64

La hora de la vanguardia H u g o B lanco G ald ó s fu e u n o d e los m iles d e p e ru a n o s q u e h a b ría n s a lid o h a c ia la A rg e n tin a d u ra n te los a ñ o s o d riís ta s .65 A hí, c o m o o tro s c o m p a trio ta s suyos, p asó p o r los círculos d e Silvio F ro n d izi p a ra recalar, p o ste rio rm e n te , en el g ru p o tro tsk ista de N ah u el M oreno. Volvió al Perú c o n el inicio d el ré g im e n d e la «convivencia». P re te n d ía in s e rta rse en el m o v im ien to o b re ro , te rm in ó com o o rg a n iz a d o r c a m p e sin o . En la cárcel del C uzco co n o ció a los d irig e n te s d e C h au p im a y o , v alle de La C o n v en ­ ción, q u ien es so ste n ía n u n a á sp era c o n fro n tació n co n los h a c e n d a d o s de 62. Testim onio de Ricardo Gadea en Cristóbal, M áximo Velando: el optimismo frente a la vida (El vencedor de Yahuarina), pág. 18. 63. Testim onio de Ricardo Gadea en ibíd. 64. Véase H ow ard H andelm an. Struggle in tlie Andes: peasant political mobilization in Peni. Austin: University of Texas Press, 1974; Eric Hobsbaw n. «Peasant Land O ccupations». En: Past and Present, n.° 62: (febrero de 1974), págs. 120152; Hugo Neira. «Sindicalismo cam pesino y complejos regionales agrícolas». En: Aportes, n." 18: París (octubre de 1970), págs. 27-67; y Hugo Neira. Cuzco: tierra y muerte, reportaje al sur. Lima: Problem as de Hoy, 1964. 65. A lfredo H e rn án d e z U rbina. N ueva política nacional. Trujillo: Ediciones Raíz, 1962, pág. 53. 132

Del APRA Rebelde a la lucha arm ada. Perú, 1965 mi lo calid ad . En lu ch a c o n tra los a seso res «stalinistas» a h í in v o lu crad o s,

Illanco b u scó ra d ic a liz a r la lu ch a de los sin d ica to s a g ra rio s im p u ls a n d o accio n es d ire c ta s , la co n q u is ta d e la tie rra y la o rg a n iz a c ió n d el v alle eon crite rio s n e ta m e n te cam p esin o s. Su o rig e n a n d in o , su c o n d ic ió n d e q u e c h u a-h ab lan te, le p erm itiría u n a g ran acep tació n en el m ed io convenrian o . « N uestra o p resió n no es so la m e n te eco n ó m ica - d i r í a B la n c o - se nos a p la s ta n u e s tra c u ltu ra , so m o s los e sc u p id o s » .66 El in d ig e n ism o , en mis escritos, reco b rab a su p re ten d id o fu lg o r rev o lu cio n ario . C arism ático, d ecid id o , su figura creció a niveles m íticos a inicios d e los a ñ o s se s e n ta , in fu n d ie n d o e n los g ru p o s « v an g u ard ista s» u b ic a d o s a la iz q u ie rd a d el PC un fu e rte s e n tim ie n to d e u rg e n c ia e in e v ita b ilid a d . «Por p rim e ra vez e n n u e stra h isto ria rep u b lic a n a - e d ito ria liz a b a u n d iario tro ts k is ta som os testigos de u n a m ovilización a ex tensión y p ro fu n d id a d que ab arca :i d e c e n a s d e m iles d e c am p e sin o s» . La p e rsp e ctiv a e ra irre fu ta b le : la «revolución agraria». Desde este ángulo ¿qué peso p o d ía te n e r un proceso ele c to ra l q u e d e ja b a al m a rg e n a m ás d e seis m illo n e s d e c am p e sin o s? Con su g ran m ovilizació n , el c a m p e sin a d o m o stra b a la fu tilid ad del «ca­ m ino pacífico p a ra la revolución». Y si, h a sta a h o ra «nos d e b a tía m o s en mil p ro b lem as teóricos» la R evolución cu b a n a p ro p o rc io n ab a un «com ún d e n o m in a d o r» , la b a se p a ra fo rm a r u n « p a rtid o ú n ic o d e la iz q u ie rd a re v o lu c io n a ria » . 67 Los s in d ic a to s c a m p e sin o s q u e p ro life ra b a n p o r la s ie rra d e l Perú h a b ría n d e se r las b ase s, se g ú n B lanco, de u n « p a rtid o re v o lu c io n a rio sui generis d e m asas» al q u e el tra b a jo d e los m ilita n te s u rb a n o s no ten ía sin o q u e a m o ld a rse . No se ría n e n el P erú los focos g u e rrille ro s a la c u b a n a los q u e a rr a s tr a ría n a las m a sa s c a m p e sin a s a la rev o lu ció n sino q u e e sta s m ism as, a p a rtir d e su s p ro p io s sin d ic a to s, lle g a ría n a la « d efen sa a rm a d a d e las o c u p a c io n e s d e tie rra s a tra v é s d e la fo rm a c ió n d e m ilic ia s » . 68 P o lític a m e n te , la d u p la R evolución c u b a n a -M o v im ie n to C am pesino - s e g ú n J u a n Pablo C h a n g - c u e stio n ab a el p ap el del P artido C o m u n ista c o m o « esta d o m a y o r o b lig a d o d e las m a sa s en la lu c h a p o r 66. H ugo Blanco. Tierra o muerte. México, DF: Siglo XXI, 1974, pág. 148. 67. O rgano del Partido O brero R evolucionario (POR) n.° 9 (1 de julio de 1961) y n.° 10 (20 de julio de 1961). 68. A parte de Tierra o M uerte sus plan team ien to s son expuestos en H ugo Blanco. El cam ino de nuestra revolución. Lima: Ediciones Revolución Peruana, 1963; sobre sus experiencias en La Convención, véase Tom Brass. «Troskyism, H ugo Blanco and the Ideology of a Peruvian Peasant M ovem ent». En: Journal o f Peasant Studies, n.° 162: (en ero de 1989), págs. 173-197; E d u ard o Fioravnnfi. la tifu n d is m o y sindicalismo agrario en el Perú. Lima: Instituto de Estudios Peruanos, 1974; y Victor V illanueva. Hugo Blanco y la rebelión cam pesina. Lima: Librería Juan Mejía Baca, 1973. 133

José Luis Rénique

el p o d e r e n la rev o lu c ió n la tin o a m e ric an a » . Su « p érd id a d e l ritm o de la h istoria» p ro p ic iab a que las m asas c re a ra n «sus p ro p io s in s tru m e n to s de lucha» p a ra a v a n z a r h acia el so cialism o .69 Varios proyectos co m en zaro n a arm arse en to rn o a los logros de Blanco e n La C o n v en ció n . El d el S e c re ta ria d o L a tin o a m e ric a n o d el T rotskism o O rto d o x o (SLATO) fu e u n o d e ellos. D erivó e n u n a se rie d e asalto s a b a n c o s q u e , s u p u e s ta m e n te , p ro v e e ría n los fo n d o s n e c e sa rio s p ara m o n ta r el a p a ra to p o lítico d e a p o y o al m o v im ie n to c a m p e sin o . A la la rg a , la re p re sió n q u e e sto s su sc ita ro n te rm in ó d e s tru y e n d o lo q u e los tro tsk istas locales h ab ían logrado acu m u lar .70 A esa «desviación putchista» a trib u iría B lanco la frustració n del m ovim iento convenciano. A vincularse d ire c ta m e n te co n C u b a a p u n tó o tro g ru p o d e ex m ilita n te s c o m u n ista s (H é c to r B éjar y G u illerm o L o b ató n ) y a p rista s d is id e n te s (J u a n Pablo C h a n g ). Lo su y o e ra v a n g u a rd ism o p u ro : b u s c a r e n la isla c a rib e ñ a los m edios p a ra la n za rse a la acción directa. Investidos del «continentalism o» g u e v a rista , s a lta ría n las «vallas p a rtid a ria s» - o b s e r v a r ía H é c to r B é ja rp a ra co n ectarse con aq u ella «inm ensa p oblación p e ru a n a a cuyas espaldas o p e ra b a n los partidos». En diciem bre de 1961 a rrib a ro n a cap ital cubana. En fe b re ro d e 1 9 6 2 , en la S e g u n d a D eclarac ió n d e La H a b a n a , lo q u e h a s ta e n to n c e s h a b ía sid o u n a e m p re sa s e c re ta , d e v in o a b ie rta y d esafian te: el apoyo cu b an o a las luchas rev o lu cio n arias latin o am erican as. P or sus cam p o s y m o n ta ñ a s - d i r í a en esa o p o rtu n id a d el líd e r c u b a n o p o r sus lla n u ra s y su s selv as, «los p u ñ o s c a lie n te s d e d e se o s d e m orir p o r lo su y o , d e c o n q u is ta r d e re c h o s p o r casi q u in ie n to s a ñ o s b u rlad o s» s e p u lta b a n las ra z o n es, im p o n ie n d o la n u e v a v e rd a d d e su in co n ten ib le v o lu n ta d d e lu c h a . El e sc a la m ie n to del « c o n tin e n ta lism o » co n llev ab a d e s p la z a r a los viejos co m u n ista s: im p o n e r la p rim a c ía d e la «sierra» so b re el «llano», d e la acció n d ire c ta so b re la te o ría . En 1 9 6 3 , en una n u e v a v e rsió n d e su céle b re m a n u a l g u e rrille ro , G u e v a ra d e jó d e lado la id e a p re v ia d e q u e , el o rig en d e m o c rá tic o d e u n g o b ie rn o im p o n ía re stric c io n e s a la p o sib ilid a d d e la n z a r ac cio n e s a rm a d a s . 71 M ás que n u n c a , el d e s tin o d e los B éjar y los De la P u e n te d e p e n d ía d e l c u rso de a q u ello s d e b ate s.

69. J u a n Pablo Chang. «Cuba y el papel de la vanguardia». En: Revolución Peruana, n.° 5: (5 de enero de 1963). 70. Para una historia detallada de este episodio, véase G onzalo Añí Castillo. /•'/ secreto de las guerrillas. Lima: Ediciones Más Allá, 1967. 7 1. Véase al respecto M att Childs. «An H istorical C ritique o f the E m e rg en a 1 uní I volullon of Ernesto Che G uevara’s Foco Theory». En: Journal o fL a tin Ameri• .iii Mui/u*», ti." 27: (1 9 9 5 ), págs. 593-624. I (I

Del APRA Rebelde a la lucha a rm a d a . Perú, 1965

De la Sierra Maestra a los Andes En 1 9 6 2 h a b ía e n la isla d o s g ru p o s d e p e ru a n o s q u e h a b ía n p arlido co n el fin d e recib ir e n tr e n a m ie n to g u e rrille ro . U n o v in c u la d o al A PRA -R ebelde/M IR que h a b ía n eg o ciad o d ire c ta m e n te c o n el Che - c o n in te rm e d ia c ió n d e N a p u r í - su a rrib o a C uba y o tro , m á s p e q u e ñ o , e n ­ c a b e z a d o p o r Fléctor B éjar al q u e «am igos» del ré g im e n re v o lu c io n a rio com o el e s c rito r Luis F elipe A n g elí «Sofocleto» y V io leta C a rn e ro H oke, les h a b ía n se rv id o de p u e n te p a ra lle g a r al « te rrito rio lib e r a d o » . 72 Los Instructores cu b an o s se a se g u ra ro n de m a n ten e rlo s s e p a ra d o s. E v en tu al­ m en te, h a b ría n d e e n c o n tra rs e . Era la m a n e ra en q u e se m a n e ja b a n las cosas. B éjar reco rd aría que su su b rep ticia salida de Lima q u e d ó ex p u esta cu an d o , recién lleg ad o a La H a b a n a , se tro p e z ó con u n d irig e n te del PC p e ru a n o e n el lobby del H o tel R iviera en d o n d e su g ru p o se e n c o n tra b a alo jad o . S ig u ie ro n las q u e ja s c o rre sp o n d ie n te s q u e , p o r c ie rto , p oco rfecto te n d ría n en el án im o c u e stio n a d o r a los PC la tin o a m e ric a n o s p ro ­ m ovido p o r el p ro p io C he. D esd e un inicio, p o r o tro la d o , B éjar h a b ía «nspechado que algo m ayor se tra m a b a p u esto qu e, c o m o el p ro p io Fidel le h a b ía d ic h o e n la p rim e ra e n tre v ista q u e s o s tu v ie ro n , «son u ste d e s d e m a s ia d o pocos, 1 5 0 c o m o m ín im o es lo q u e se n e c esita» . Ellos, no pasab an d e la m ed ia d o c e n a .73 U n te r c e r c o n tin g e n te d e p e ru a n o s e sta b a in te g ra d o p o r u n o s 8 0 becarios q u e h a b ía n lleg ad o a C uba - s e g ú n le e x p re sa ro n a Fidel C astro CA su p rim e r e n c u e n t r o - c o n el d eseo de « a p re n d e r de las e x p erien cias tic la R ev o lu ció n cu b a n a » . «C uba tie n e to d a la v o lu n ta d d e a y u d a rle s - h a b r ía re s p o n d id o el c o m a n d a n te - se a q u e b u sc a ra n u n a p ro fe sió n o co n o cer n u e s tra e x p e rie n c ia re v o lu cio n aria» . R icard o G a d e a se in te g ró a ellos. U n re c o rrid o p o r la S ierra M aestra fue p a rte d e ese a p re n d iz a je . Era e v id e n te - r e c o r d a r í a G a d e a - q u e « en tre los c u a d ro s a b o c a d o s al área in te rn a c io n a l hab ía u n a posición clara d e favorecer la e x p an sió n de la R evolución cu b an a p a ra ro m p er el aislam iento» p ero su pro p io d estino era to d av ía u n a incógn ita. U na v ez h ech o el d e slin d e , los «becados» c o m p ro m e tid o s co n el p ro ­ yecto a rm ad o fueron p resen ta d o s a los «aprorebeldes» y al g ru p o de Béjar. Él en c u e n tro rep ro d u jo los conflictos q u e im posibilitaban la u n id a d de la izquierda en el Perú. P esaban las tradiciones, p o r m ás críticos q u e fueran con sus p a rtid o s d e p ro c e d e n c ia , a p rista s y c o m u n ista s no se m ira b a n bien. E stos ú ltim o s llev ab an h a sta el ex tre m o la lógica a n ti-p a rtid o y de acción d irecta, no q u erían «un p artid o más» sino construir, m ás bien, «un e q u ip o m ilita r d iscip lin ad o » q u e fu e ra el n ú c le o d e l «ejército rev o lu c io ­ 72. E ntrevista con el autor. Lima, 20 de agosto de 2003. 73. Ibíd. 135

José Luis R énique

nario» d e to d o el p u e b lo , d e la m asa sin p a rtid o . Era la ú n ic a m a n e ra d e ir al fo n d o d el p ro b le m a , d e s u p e ra r co m p lejo s y a c o rta r d istan cias. S olo d e sd e «el se n o d e las m asas» p o d ía s u rg ir el p a rtid o . Y solo un p a rtid o en q u e « rev o lu c io n a rio s y e x p lo ta d o s» se u n ie s e n «en u n solo haz» p o d ría fu n c io n a r c o m o « a u té n tic a v a n g u a rd ia » p o p u la r .74 Era su m a n e ra d e s u p e r a r su fru stra c ió n co n el in v e te ra d o fra c c io n a lism o de la iz q u ie rd a local. Los m iristas, e n cam b io , se v e ía n co m o el m u ñ ó n de un p a rtid o d e g ra n tra d ic ió n el cu a l, e v e n tu a lm e n te , se c o n v e rtiría en su n ú c le o re c o n s titu tiv o . Se v e ían , p o r lo ta n to , c o m o m ilita n te s de un p ro y e c to m a y o r c la ra m e n te id en tific a b le e n la h isto ria d e l rad icalism o de su país. N o e s ta b a n a h í c o m o m ilita n te s d isp e rso s q u e p o d ía n , por v o lu n tad p ro p ia, su scrib ir un proyecto d istinto. «Aún sien d o u n a escisión, el MIR c o n ta b a con líderes pro v in cian o s, con ex p erien cias, bases p o pula­ res, g e n te q u e h a b ía su frid o c a rc e lería , era u n a c o rrie n te , c o n u n a baso social» re c o rd a ría R icardo G a d e a .75 U na figura im p o rta n te d e l g ru p o de B éjar co m o e ra G u ille rm o L o b ató n M illa o p tó , e n e sa o p o rtu n id a d , por in c o rp o ra rse al pro y ecto MIR. Para a g re g a r sal a las h e rid a s, los c u b a n o s p ro p o n ía n q u e G onzalo F e rn á n d e z G aseo - e n su c o n d ic ió n d e d e le g a d o d el g ru p o a p rista re­ b e l d e - a s u m ie ra la c o o rd in a c ió n g e n e ra l d e l g ru p o . El g ru p o d e Béjar - e in clu so a lg u n o s m i r i s ta s - se re h u s ó d e m a n e r a ta ja n te . F ern án d ez Gaseo, ex p resab a p ara m u ch o s de ellos lo m ás rep ro b ab le de la conducta a p rista : la lla m a d a « b u falería» ,7ft el a n tic o m u n ism o , la in te m p e ra n c ia y el c au d illism o . E ra él, sin e m b a rg o , el h o m b re d e c o n fia n z a d e Luis d e la P u e n te . Se e x tra ñ a b a su a u to rid a d y su s d o te s d ip lo m á tic a s en aq u e lla s n eg o cia c io n e s. No e sta b a , sin em b arg o , el je fe d el MIR, exento de ese ra sg o d e la fo rm a c ió n a p rista . A ello se d e b ía , p re c isa m e n te , su au sen cia en La H ab an a. En un confuso in cid en te o cu rrid o en Trujillo - e n fe b re ro d e 1 9 6 1 - h a b ía Luis e m p u ñ a d o su a rm a p a ra , su p u e s ta m e n te , d e fe n d e rse d e u n a ag re sió n de sus ex co m p a ñ e ro s a p rista s, ocasio n an d o la m u e rte d e u n o d e ellos. Por ello , p u rg a ría c a rc e le ría h a s ta agosto 74. H éctor Béjar. Las guerrillas de 1965: balance y perspectivas. Lima: PEISA, 1973, págs. 17-18. 75. E ntrevista con el autor. 76. En la m em oria aprista, M anuel «Búfalo» B arreto a p are ce com o el para­ digm a del com batiente popular. Barreto, un trabajador azucarero - a n a rq u is ta y luego a p r is ta - fue uno de los líderes de la revolución de Trujillo de julio de 1932. M uerto en el ataque al cuartel O’Donovan, fue uno de los 5.000 m ártires apristas que la historia del PAP reclam a. Su nom bre sería aplicado a los «defensistas» del partid o de las subsiguientes generaciones. M ientras que, para los enem igos del PAP, térm inos com o «búfalo» o «bufalería» denotaban la prepotencia y el agresivo fanatism o del m ilitante aprista. 136

J

Del APRA Rebelde a la lucha arm ada. Perú, 1965

I

d r 1 9 6 2 . S u a u se n c ia , co ad y u v ó a q u e el g ru p o d e Béjar, a p e s a r d e su precaried ad , p asara a ser la p rio rid ad de los an fitrio n es. Se aco m o d a b a n [p e rfectam en te a la im pacien cia c u b a n a de esa h o ra . C om o p ro y e c to d e p a rtid o q u e el su y o era , los m irista s se v e ía n re ­ to rn a n d o al P erú in d iv id u a lm e n te , p a ra ir filtrá n d o se h a c ia las « zo n as [guerrilleras» tras h a b e r aseg u rad o vínculos políticos y resp ald o d e m asas. Sería u n p ro c e so p a u la tin o , a tra v é s d el c u al iría n d e te r m in á n d o s e los lu g ares m á s p ro p icio s p a ra la acció n m ilitar. Im p o sib le c o n c ilia r visió n lal con el m o d e lo d e in g re so e inicio d e la ac c ió n a rm a d a q u e el g ru p o de B éjar re p r e s e n ta b a : u n a c o lu m n a d e g u e rrille ro s d e v e rd e oliva e n ­ tran d o , com o invasores, p o r la fro n tera con Bolivia con u n a o rg an izació n lecida; con cada u n o de sus m iem bros o cu p a n d o su p u esto , retav a n g u a rd ia , etc. F id ed ig n a re p ro d u c c ió n d el m o d e lo d el C he, ío m b re - E jé r c ito d e L iberación N a c io n a l- lo h a b ía n ad q u irid o en ta n to q u e, c a d a u n o d e su s p a so s, h a s ta su d e stin o final, d e los asesores cu b an o s y sus vínculos bolivianos. Para c u an d o I Luis d e la P u e n te U ceda re g re sa ra a C uba, el fla m a n te ELN e ra ya u n a lireb atib le re a lid a d . A crecido con m iem b ro s d el g ru p o d e los «becados», ■ con 4 0 c o m b a tie n te s, e n el se g u n d o se m e stre d e l 63, a q u e l p ro y ec to de luco p a rtió h acia S u d am érica. Su objetivo era alcanzar, d esd e la fro n te ra b o liv ian o -p eru an a, la zona de La C onvención. T rescientos kilóm etros de ag reste te rrito rio se p a ra b a n i\ d ich o v a lle d e l b o rd e b o liv ia n o -p e ru a n o . U n o b stá c u lo m e n o r p a ra la v o lu n ta d d e lu c h a de q u ie n es, de lab io s d e l p ro p io F id el C a stro , haMan recib id o las o rie n ta c io n e s q u e les im p u lsa ría n h a sta la lo calid ad de ■ C h au p im ay o d o n d e , e n a b ril d e 1 9 6 2 , B lanco - e n lo q u e e ra el p u n to cu lm in an te de su c a rrera com o o rg a n iz a d o r- h ab ía sido eleg id o secretario g e n e ra l de la F ederación Provincial de C am pesinos d e La C onvención y Lares. C u a tro d é c a d a s d e sp u é s, R icard o G ad ea re c o rd a ría la sesión I en qu e, fre n te a u n m a p a d el P erú, el c o m a n d a n te c u b a n o ex p lic a b a la fórm ula p a ra p ro ced er con éxito de la fro n tera b o liv ian o -p eru an a al área I co n v e n c ia n a : h a b ía q u e g a n a r la c u m b re d e la c o rd ille ra y p ro c e d e r a

I

I través d e ella, d e m a n e ra q u e «si el ejérc ito v ie n e p o r el la d o o rie n ta l ustedes se p asan al o cciden tal y si v ien en p o r el lado o ccid e n tal se pasan itl o rien tal» . Esa su m em o ria de lo qu e, m ás q u e u n a c o n fe ren c ia g eo p o ­ lítica, e ra u n ritu a l de la v o lu n ta d . In o c u lta b le la se n sa c ió n d e p asm o ‘ ;1 e n tre v ista d o al re tro tr a e r a q u e l ep iso d io : « h ab ía u n g ra n v o lu n tariso - c o m e n t a G a d e a - u n a sim p lificació n d e la in fo rm a c ió n , u n g ra n ¡sco n o cim ien to » . 77 77. E ntrevista con el autor. 137

Jo sé Luis R é n iq u e

El p lan era c ru z a r al Perú p o r la provincia p aceñ a de Reyes, en la zona altiplánica boliv ian a, hacia C arabaya, d e p a rta m e n to d e P u n o , p a ra luego enfilar hacia el n o rte , al d e p a rta m e n to del Cuzco. Se m o n ta el o p erativ o con a y u d a d el PC boliviano. U na v ez en el te rre n o , n o o b s ta n te , los co n ­ tactos locales a d u jero n problem as de seg u rid ad en esta ru ta , p ro p u siero n ir m ás al n o rte , p a ra in te n ta r c ru z a r h ac ia el d e p a rta m e n to p e ru a n o de M adre d e D ios. De a h í, a tra v és d e la m u ra lla v e rd e a m a z ó n ic a , p ro ce ­ d e ría n h a s ta La C onv en ció n . Las v icisitu d e s de la e m p re s a p re lu d ia b a n aquellas q u e cinco a ñ o s d esp u és a tra p a ría n en o tra re g ió n d e ese m ism o país al p ro p io G u ev ara. T res m e se s to m a ría el m ero tra s la d o d e lo s c o m b a tie n te s h a s ta el p u n to d e cru c e. C u a re n ta a ñ o s d e sp u é s, H é c to r B éjar se p re g u n ta ría si los c o m u n ista s b o liv ian o s q u e d e b ía n fac ilitarle s el p a s o h a c ia el Perú no e s ta b a n , sim p le m e n te , tr a ta n d o d e d e sh a c e rse d e e llo s . 78 Q u e su p resen cia p o n ía en riesgo a su s c o m p a ñ e ro s p reso s, fu e u n a d e las m ás c o n siste n te s q u e ja s d e sus c o n ta c to s lo cales. C o rta d a la co m u n ica c ió n con los a se so re s c u b a n o s d e b id o a la «crisis d e los m isiles» , m ás aún, los c o m b a tie n te s d e l ELN q u e d a ro n en m a n o s d el PC lo cal. A rrib ad o s al p u n to d e c ru c e o p ta ro n p o r e n v ia r u n d e s ta c a m e n to d e a v a n z a d a c o m p u e sto p o r o c h o h o m b res. Su ta re a e ra , n a d a m e n o s , q u e to m a r contacto con el m ovim iento de Blanco y p re p a ra r las c o n d icio n e s p a ra la e n tra d a del g ru eso d e la colum na. Tras varios días d e c a m in a ta en tra ro n a la localidad de P u erto M aldonado, d o n d e fu ero n d e te c ta d o s. H ubo una breve c o n fro n ta c ió n . La m a y o ría d e l g ru p o lo g ró hu ir. D os q u e d a ro n rezagados. T ra ta ro n d e rendirse. U no de ellos - e l p o e ta J a v ie r H e r a u d cayó a b a tid o . A tra v é s d e la o n d a c o rta , su s c o m p a ñ e ro s c a p ta ro n la noticia h o ras d esp u és. No q u ed ó sino e m p re n d e r el a lu c in a n te re to rn o .79 Del o tro la d o d e la fro n te ra , la situ a c ió n p o lític a e n q u e el ELN e sp e ra b a in s e rta rs e iba c a m b ia n d o a c e le ra d a m e n te . En ju lio d e l añ o anterior, una Ju n ta M ilitar de G obierno h ab ía re e m p la z a d o al m an d a ta rio co n stitu c io n a l: la «convivencia» te rm in a b a a tro m p ic o n e s. C on una co m b in ac ió n d e co n cesio n e s y m e d id a s re p re siv a s, el n u e v o rég im en com enzó a c o n te n e r al m o vim iento cam p esin o . En e n e ro d el 6 3 , cientos de m ilita n te s y sin d ica lista s c a y e ro n e n lo q u e se ría la m a y o r re d a d a co n tra la iz q u ie rd a de la q u e te n g a m e m o ria h a s ta e n to n c e s . Y, tras una e sc a ra m u z a - o c u r r id a a m e d ia d o s d e d ic ie m b re d e 1 9 6 2 - e n que se p ro d u jo la m u e r te de d o s po licías, B lanco p a sa b a a la d e fe n siv a . En feb rero , u n d e c re to -le y o rd e n a b a el inicio d e la R e fo rm a A g raria e n los 78. E ntrevista con el autor. Lima, 20 de agosto de 2003. 79. B erm údez y Castelli, «A trein ta años del Che (e n tre v ista a Ricardo Napurí)».

I Ul

Del APRA R e b eld e a la lu c h a a r m a d a . P erú , 196 5

valles d e L ares y La C o n v en ció n . B lanco q u e d ó a isla d o . El 2 9 d e m ay o , finalm ente, cayó en m anos de sus perseg u id o res. Q uince días d e sp u és de l;i m u erte d e H erau d en P u erto M aldonado. D esde prisió n , u n a s sem an as m ás ta rd e , re a firm a ría su d ista n c ia d e la « e rró n ea» lín e a g u e rrille rista : •«admiré la v a le n tía d e los m u c h a c h o s d e M ad re d e D ios - d i r í a - p e ro siento m u ch o que ta n ta en erg ía rev o lu cio n aria se h ay a d e sp e rd ic ia d o » .80 De esto s a c o n te cim ie n to s su p o Luis de la P u e n te d e sd e prisió n . Salió recién en a g o sto del 6 2 , tras 18 m eses d e c o n fin a m ie n to . Se tra sla d ó , a los p o co s d ías, al v alle d e La C o n v en ció n . C uba - s e g ú n re c o rd a ría R icardo N a p u r í- les h a b ía o rd e n a d o to m a r c o n ta c to c o n H u g o B lanco. De la P u e n te se hab ría resistid o , su b ra y a n d o su d e sin te ré s p o r unificarse con e ste o con el p ro p io Béjar. P en sa b a - s e g ú n el m ism o te s tim o n io que el lid e ra z g o d e la re v o lu c ió n d e b ía e s ta r e n m a n o s d e l M IR y te n ía su sp icacia s d e tr a ta r co n u n tro tsk ista c o m o B lanco o, in clu siv e, c o n el propio N ap u rí. Tras u n a «gran discusión» el viaje, fin a lm e n te , se realizó. Una vez allí - s e g ú n N a p u r í- De la P u en te quiso ap ro v ech arse del hecho de «que B lanco a c o stu m b ra b a a h o m e n a je a r a q u ie n lo v isita b a con u n a g ran c o n m e m o ra c ió n , co n m iles d e c a m p e sin o s» p a ra film a r el e v e n to con el fin de m o s tra r en C uba q u e to d o ese m o v im ie n to « esta b a b ajo su disciplina». N ueva discu sió n : «porque e ra u n p ro b le m a ético, ad e m á s de político», sie m p re se g ú n N a p u rí . 81 Q u e d a ro n las im á g e n e s d e Luis d e la P u e n te d irig ié n d o se a u n a m u ltitu d c a m p e sin a e n la p la z a d e a rm a s d e Q uillabam ba. Era el m o m en to de gloria de la lu ch a co nv en cian a. Q ue no d u ra ría m u ch o , com o vim os an tes: la victoria del m o v im ien to re a lm en te ex isten te - una ley de R eform a A graria específica p ara su p ro v in c ia - fue el inicio d e l fin del « p o d e r d u al» de B lanco. Lo c ie rto es q u e n o h u b o acu erd o e n tre los líderes. No volverían a en c o n trarse. De La C onvención, vía L im a, el lid e r m irista se d irig ió a C u b a, d o n d e le e s p e r a b a n n u ev o s p ro b lem as. La p re fe re n c ia d el C he p o r el ELN re fleja b a n o so lo las p re fe re n c ia s por un esq u em a foquista típico, sino las d ificultades e n tre aq u el y el MIR. De la P u e n te se h a b ía re sistid o a la im p ac ie n cia d el a rg e n tin o . A caso te n ía G u e v a ra u n a visió n ta n p o b re d e l lid e ra z g o a p ris ta q u e p e n sa b a q u e el m e ro a cto in su rre c c io n a l e je rc e ría u n in flu jo m a g n é tic o so b re u n a m a s a co m o la a p rista , ta n ta s v eces e n g a ñ a d a . P or ello, h a b ría q u e rid o p re s io n a r al M IR a a lin e a rs e con su «m odelo». Así, m ie n tra s De la P u e n te p u rg a b a p risió n , las so lic itu d e s d e sus c o m p a ñ e ro s p a ra 80. Hugo Blanco. «Generalidades sobre el modo de acción del m ilitante de la ciudad que atiende al cam po y algunas notas (Cuartel Mariscal Gam arra, junio de 1963)». En: Revolución Peruana órgano del FIR: (2 de julio de 1963), págs. 7-11. 81. B erm údez y Castelli, «A trein ta añ o s del Che (en trev ista a R icardo Napurí)». 139

J o s é L uis R é n iq u e

reg re sa r a c o m b a tir al Perú h a b ía n sido deso íd as, en v ián d o lo s m ás bien a c a z a r b a n d id o s e n el E scam b ray .82 T erm in a d o el e n tr e n a m ie n to m ilitar - rec o rd a ría R icardo G ad ea - «nos sen tíam o s d esesp e ra d o s p o r reg resar y no e n te n d ía m o s p o r q u é no nos lo p erm itía n » . 83 Testigo de esas tratativas, R icard o N a p u rí n o s a c e rc a al c o n te n id o d e las m ism a s. D e la P u en te «era un e x p e rto e n el p ro b le m a a g rario y cam pesino» y «lo d e sa rm a b a al C he c u a n d o le e x p licab a la co m posición o rg án ica d el c a m p o e n el Perú». Le h a b ía e x p lic a d o la im p o rta n c ia d e la sin d ic a liz a c ió n ru r a l y el peso d e las «m iles d e c o m u n id a d e s cam p esin as» y «su tra d ic ió n d e disciplina in te rn a y d e co m b a te » . Lo q u e p o n ía e n d u d a el e sq u e m a d el «foco p u ro » p u e s D e la P u e n te le d e c ía q u e e n el P erú h a b ía « o rg an iz ac io n es ca m p e sin a s c o n cretas» , con las cuales h ab ía q u e h a c e r u n tra b a jo previo p u e s, el c a m p e sin o , n o ib a «a a b a n d o n a r sus o rg a n iz a c io n e s p o rq u e yo le p o n g a u n a guerrilla» . E ntonces - s e g ú n N a p u r í- «el C he co m p ren d ió q u e d e b ía “m a tiz a r” su id e a d e l foco p e n s a n d o q u e lo q u e se p ro m etía e n P erú e ra m u c h o m ás». A tal p u n to q u e , « p o r u n tie m p o co n sid eró q u e P erú e ra u n a p u n ta d e la n z a e n su s a fa n e s in te m a c io n a lis ta s de e x p o rta r la revolución». De a h í que, «m uy c o n v in c e n te m en te nos dijo que si la in s u rre c c ió n “p re n d ía ”, lo te n d ría m o s a n u e s tro la d o e n las sierras p e ru a n a s » . 84 En esa discu sió n , N ap u rí fo rm u lab a u n a p re g u n ta b a sta n te pertin en te: si ex istía «un n ú c le o p ro b a d o d e m ilita n te s y a c tiv ista s, si q u e d a b a n a ú n re la c io n e s c o n el c a m p o , si se h a b ía n m e jo ra d o los v ín c u lo s con e stu d ia n te s y la clase o b rera» , ta l com o so ste n ía De la P u e n te . E ntonces: « ¿ p o r q u é n o c o n s tru ir al MIR co m o u n p a rtid o o b re ro y so cialista?» , lo cual «no n e g a b a los com prom isos con el Che, ni el in tern acio n alism o , sino que los inscribía sobre u n a nu ev a base». Se d e sa tó en to n ce s - s e g ú n el ex av iad o r p e r u a n o - «una discusión decisiva». ¿Era el foco «necesariam ente c o n tra d ic to rio co n la e x iste n c ia d el p a rtid o » ? N a p u rí o p in a b a q u e no, e n ta n to q u e la g u e rrilla se s u je ta ra al p a rtid o re v o lu c io n a rio . Así lo d e m o s tra b a n e x p e rie n c ia s co m o la len in ista y la m a o ísta . A n aliza n d o el caso cu b an o , «De la P u e n te y q u ien es lo se g u ían a firm a b an q u e el factor d e te rm in a n te d e la victoria era la lucha g uerrillera». N apurí, p o r su parte, su b ra y a b a el p a p e l ju g a d o p o r el «llano», p o r «el g ra n a p a ra to u rbano» del M ovim iento 26 de Ju lio que, con la h u elg a g en eral del 1 d e e n e ro del

82. T estim onio de R icardo G adea en Jo n Lee A nderson. Che Guevara. A HfvulutUmary Life. N ueva York: Grove Press, 1997, pág. 560. MI, E ntrevista con el autor. M I Un m úde* y Castelli, «A trein ta años del Che (e n tre v ista a Ricardo Nrt|»uií)"t 140

I

Del APRA R ebelde a la lu c h a a r m a d a . P erú , 196 5

SV, «había im p ed id o los in ten to s del general [Eulogio] C antillo de fo rm ar una ju n ta m ilita r que im pidiera el acceso al p o d e r de Fidel y los su y o s » .85 Es p o sib le im a g in a r la co n fu sió n : el c h o q u e e n tre la so fisticació n Icórica de R icardo N apurí y el ím p etu de Luis de la P u e n te y de su lugarIr n ie n te F e rn á n d e z G aseo. ¿P o d ía el C he a rb itra r e n tre a m b o s? H ab ía, p a ra ello, im p o rta n te s « facto res ad v erso s: la d is ta n c ia , los p ro b le m a s de co m u n icació n » . C om o ta m b ié n «el h ec h o d e q u e el C he c o n c e n tra b a las d e c isio n e s so b re Perú a p e s a r de e s ta r a b ru m a d o d e ta re a s y d e sus Irccu en tcs viajes al exterior». De tal su e rte , re c o rd a ría N ap u rí: « ( . . . ) a veces h ab ía q u e e sp e ra r p o r m u ch o s d ías en el h o te l a n te s d e v e r al C he. El ú n ico c o n ta c to e ra él, y c u a n d o no e sta b a , n o h ab ía con q u ién p a c ta r n a d a . No h a b ía u n eq u ip o q u e se re u n ie ra co n tig o , así q u e la a te n c ió n n o e ra rig u ro sa , ta l co m o sí lo e ra c u a n d o se im p a rtía in stru c c ió n m ilita r e n los c a m p a m e n to s y e n la lo gística d e ap o y o . P e rso n a lm e n te , d e p e n d ía de H ild a G a d e a p a ra c o n ta c ta rm e c o n el C he. No podía decirle “te llam o tal d ía ”, p o r ejem plo. H ab lab a a H ilda y ella h a c ía el c o n ta c to , y lu eg o m e d ecía : "El C he te e sp e ra , a tal d ía, tal hora, conform e su ag en d a , en el Banco d e C uba”. M ás ta rd e , cu an d o yo e sta b a en Perú, el vínculo oficial q u ed ó bajo re sp o n sa b ilid a d d e De la P u e n te » . 86 El e le m e n to m ilita n te c a p a z d e o rg a n iz a r ese e n o rm e p o te n c ia l p ro ­ v e n d ría d e la ju v e n tu d a p rista q u e - s e g ú n De la P u e n t e - re s p o n d e ría al lla m a d o d el MIR a la lu z de la e v id e n te tra ic ió n d e la d ire c c ió n del PAP. Por eso, G u ev ara se h a b ía a v en id o a esp erar. El tie m p o p a sa b a , sin e m b a rg o , y lo p ro m e tid o , n o se m a te ria liz a b a . La re a lid a d e ra q u e no so lam en te el MIR no hab ía lo g rad o c o n stitu irse «en u n p olo de atracció n p a ra la ju v e n tu d a p rista» sin o q u e , e n el m u n d o c a m p e sin o , so la m e n ­ te te n ía , la « in flu en cia m a rg in a l q u e te n ía De la P u e n te m ism o p o r su c o n d ició n d e a b o g a d o lab o ralista» . N o te n ía p u es, el tru jilla n o , «lo q u e h a b ía d ich o al C he q u e te n ía » .87 Sin la ru ta d e u n a p rism o d e iz q u ie rd a p o sh ay ista d isp o n ib le, co n sus v ín cu lo s d e n tro d e l APRA p rá c tic a m e n te c o lap sad o s tra s la « d e u d a d e san g re» a d q u irid a a ra íz d e l a s e s in a to del 85. Ibíd., al a b an d o n a r el poder, Batista intentó d ejar el m ando a una ju n ta liderada po r el general Cantillo, c o m a n d an te d e la provincia de O riente. Esta designó a C arlos P iedra, el m ás antiguo m iem bro de la C orte S uprem a, com o presidente provisional d e acuerdo con la C onstitución de 1940. Cantillo quedó como jefe del E stado m ayor del ejército. Castro se opuso, llam ando asim ism o a una huelga general contra el régim en de Piedra. 86. Ibíd.

J o s é Luis R é n iq u e

«d efen sista» a p ris ta en T rujillo, D e la P u e n te y el p ro y e c to M IR h a b ía n lleg ad o a u n p u n to crítico. M e ro d e a d o p o r e sto s d ile m a s, De la P u e n te o p tó p o r u n a s u e rte de fuga hacia d e la n te . Con su c a racterística p asió n buscó e n el m u n d o revo­ lu c io n a rio la sín te sis id e o ló g ic a q u e a v a la ra su p ro y e c to . Así, m ie n tra s el Perú m a rc h a b a h a cia su se g u n d a elecció n p re sid e n c ia l e n d o s añ o s en p rocesos q u e h a b ía n in clu id o c a m p a ñ a s co n crec ie n te p a rtic ip a ció n y en los cu a le s la R efo rm a A g raria a p a re c ió co m o te m a p rin c ip a l , 88 m ie n tra s el estallid o cam p e sin o e n tra b a en rep lieg u e al co m p ás d e u n a m ezcla de c o n c e sio n e s y re p re sió n , el líd e r d e l MIR re c o rría la g e o g ra fía d e l este com u n ista, lleg an d o a en trev ista rse con M ao Tse Tung, con H o Chi M ing y Kim II Sun. De re to rn o a C uba aco rd ó con el C he un d iseñ o táctico basado - e n descrip ció n de N a p u r í- «en u n su p u esto m od elo único cubano» con­ sisten te en varios focos g u errillero s apoyados p o r «un m ínim o de partido» q u e e n tra ría n e n acció n «a la b re v e d ad posible». C o n v en cid o d e q u e ese p ro y ecto no fu n c io n a ría , N a p u rí escrib ió u n a c a rta al C he a n u n c iá n d o le q u e re n u n c ia b a al MIR. Este, p o r su p a rte , a n u n c ia ría p ú b lic a m e n te que h a b ía «zanjado» con el tro tstk ism o .

El gesto heroico N o h a b ía sid o p ro p icio p a ra la iz q u ie rd a lo cal e l la rg o a ñ o e n tre la en trev ista de Luis de la P u en te con H ugo B lanco y el ú ltim o - y definitivo re to rn o d e a q u e l al Perú. El m o v im ie n to c a m p e sin o - s im b o liz a d o p o r las lu c h a s d e La C o n v e n ció n - h a b ía sid o c o n te n id o , la iz q u ie rd a h ab ía sido d u ra m e n te g o lp e a d a y, en ju lio d el 63 - c o n ap o y o d e l PC y con un in é d ito re s p a ld o r e g i o n a l- h a b ía sido eleg id o co m o p rim e r m a n d a ta rio F ernando B elaú n d e Terry. Un arq u itecto de 51 años, m ezcla de tecn ó crata y ca u d illo , d e sd e 1 9 5 6 , h a b ía h e c h o c a m p a ñ a a tra v é s d e lo s «pueblos o lv id ad o s» d e l P erú o fre c ie n d o a R eform a A g raria, d e sc e n tra liz a c ió n , cam inos, a y u d a técn ica p ara las co m u n id ad es: u n a v e rd a d e ra «conquista del Perú p o r los p eruanos» en su m a . 89 ¿R ep resen tab a este u n a altern ativ a v iab le d e tra n s ic ió n p o so lig á rq u ic a ? El PAP, la iz q u ie rd a , la d erec h a o d riísta, to d o el e sp ectro político, se e n c a rg a ría , en to d o caso, d e q u e tal cosa n o su c e d ie ra . 8 8 . En las elecciones presidenciales de 1962, Haya de la Torre había de­ rrotado por escasísimo margen a Fernando Belaúnde Terry. Esos comicios, sin embargo, fueron declarados nulos por la Junta Militar en el poder. En el nuevo sufragio de 1963, Belaúnde alcanzó el porcentaje necesario para convertirse en presidente de la república. 89. Terry Fernando Belaúnde. La conquista del Perú por los peruanos. Lima: Ediciones Tawantinsuyu, 1959.

142

Del APRA R ebelde a la lu c h a a r m a d a . P erú , 1 9 6 5

Im p o sib le e x a g e ra r el se n tid o d e u rg e n c ia q u e la d e m a n d a p o r re ­ fo rm a s h a b ía c o b ra d o p o r a q u e l e n to n c e s. D esp u é s d e v is ita r el P erú • n u m e r o s o s o b se rv a d o re s e x tra n je ro s tie n d e n a p e n s a r q u e u n se g u n d o fre n te rev o lu cio n ario p ro n to ap arecerá en n u e stro país» señ aló a fines de 1V62 S e b a stiá n S alaza r B ondy un in telectu al m o d e ra d o v in cu lad o al MSP. Pnra e llo - c o n t i n u ó - las co n d ic io n es o b jetiv as e sta b a n , e fe c tiv a m e n te , p re s e n te s : el a b is m o so cio eco n ó m ico y la p e n e tra c ió n im p e ria lista se p ro f u n d iz a b a n , e n ta n to q u e la m iseria se e x te n d ía y la a c u m u la c ió n d e riq u e z a p o r la c a sta o lig á rq u ica d e v e n ía c a d a v ez m ás ra p a z . En la h a c ie n d a com o p eó n , en las altu ra s com o c o m u n ero , en el socavón com o m in e ro , e n el u m b ra l d e su ch o z a d e a d o b e y p a ja e n las « b a rriad as» q u e ro d e a b a n Lim a, m ace rab a - a ñ a d i ó - el an tig u o o dio in d íg e n a hacia la u rb e ra c ista y o c c id e n ta liz a d a y to d o lo q u e e lla re p re s e n ta b a . Con 5 6 % de p e ru a n o s viviendo en condiciones su b h u m a n a s, con los grem ios u rb a n o s bajo co n tro l de los «social-traidores» d el APRA, co n ta n sólo dos d e once m illones de p eru an o s ejerciendo el d e rech o al v o to , las elecciones no p o d ía n se r sin o u n escen a rio m ás d e la «farsa o lig á rq u ic a » .90 F re n te al p o d rid o siste m a , el m u n d o a n d in o in d íg e n a - e n p le n o p ro ceso d e d e sb o rd e so b re la fran ja c o s t e r a - a p a re c ió co m o el su s tra to lo cial de un p royecto alternativ o , revolucionario. A inicios de los sesen ta, »in e m b a rg o , esa fu n d a m e n ta l d im e n sió n d e la n a c io n a lid a d p e ru a n a seguía ta n d esco n o cid a com o en los v einte. En a u sen cia de estu d io s serios y e n las co n d icio n es represiv as prev alecien tes bajo O d ría, la lite ra tu ra se convirtió en un refugio intelectu al, en un «recurso p a ra co n o cer m ejo r esta re alid ad so cial y tam b ién p a ra tr a ta r de influir so b re ella y c a m b ia rla » .91 De las o b ra s d e C iro A legría, Jo sé M aría A rg u e d a s y M a n u e l S co rza, en re a lid a d , m u c h o s d e los a s p ira n te s a m ilita n te s c a m p e sin ista s h a b ía n e x traíd o sus im ág en es del cam p o . Su a p reciació n d e esa re a lid a d , de tal s u e rte , e ra ta n a p a s io n a d a c o m o poco in fo rm a d a d e su s e s tru c tu ra s y p rocesos in te rn o s. En ese c o n te x to d e «señ o res feu d ales» y «siervos in d íg e n a s» , De la P u en te y los su yos se v iero n com o el g ra n cata lizad o r. En v ísp e ra s d e su últim o re to rn o al Perú, A dolfo Gilly se h a b ía e n c o n tra d o co n el líd e r del MIR en La H abana. «H ablaba con pasión de la g u errilla q u e su m ovim ien­ to h ab ía co m en z ad o a o rg an iz a r en el Perú» re c o rd a ría el arg en tin o . Con la p o lém ica chino-soviética a to d o vapor, el p e ru a n o , « ap o y ab a sin d u d a la lín ea d e Pekín». M ás p re o c u p a d o p o r los asp e c to s p ráctico s de la g u e ­ 90. Sebastián Salazar Bondy. «Andes and Sierra Maestra». En: M ontly Review, vol. 14, n .u 8: (diciem bre de 1962), págs. 414-422. 91. W A A . «E ntrevista a M ario Vargas Llosa». En: Primera Mesa Redonda sobre Literatura Peruana y Sociología. Ed. p or IEP. Lima, 26 de m ayo de 1965, págs. 70-87. 143

J o s é Luis R é n iq u e

rrilla, sin e m b a rg o , p re fe ría «no e x p re s a r p ú b lica m e n te sus reserv as para e v ita r roces». De la P u e n te - r e c o r d ó G illy - h a b ía lleg ad o al socialism o « p o r el c a m in o e m p íric o d e los c u b a n o s» y, p o r ese c a m in o , ib a «para a d e la n te d esd e la ru p tu ra con el APRA ( . . . ) h a sta su aplicación co n creta e n la lu c h a a r m a d a » . 92 C on ese ím p e tu re to rn ó al P erú . E n fe b re ro de 1 9 6 4 en la P la z a S an M a rtín - v i e jo fo ro d e m a sa s d e la p o lítica lo c a ld e lin e ó a n te u n a s 3 0 .0 0 0 p erso n as el e sc en a rio q u e ju stific a b a la opción a rm a d a . La visión d e un país sin salid a . Con p a rtid o s b u rg u e se s q u e sólo p o d ía n o frecer « traición y escepticism o», con u n a izq u ierd a e rró n e a m e n te ilu sio n ad a co n «los cam in o s ele c to ra lista s y p o litiq u e ro s en la q u e , h asta “in m u n d o s tra id o re s ” p ro s titu ía n la p a la b ra “re v o lu c ió n ”. En el m u n d o y e n A m érica, m ie n tra s ta n to , “la re v o lu c ió n a v a n z a b a in c o n te n ib le ”. Y si en el Perú, la iz q u ie rd a a ú n no a c tu a b a era p o rq u e p a sab a p o r u n a grave “crisis d e fe ” » . 93 El e n tr a m p e del b e la u n d is m o , en los p ró x im o s m eses, a v a la ría ese d ia g n ó s tic o inicial: la p ru e b a d e la n e c e sid a d h istó ric a de u n a v a n g u a rd ia c a p a z d e ro m p er, c o n las a rm a s e n la m a n o , el im p asse sem ico lo n ial. El m ism o d ía d e la in a u g u ra c ió n d e su ré g im e n , e n e fe c to , m iles de cam p e sin o s c o m e n z a ro n a to m a r h a c ie n d a s a través de v arias p rovincias d e la sie rra d el país. T ras v a rio s m e se s d e p a siv id a d , a in icio s d el 64, c o m e n z ó la re p re s ió n . El PAP, m ie n tra s ta n to , su sc rib ía c o n la U nión N acional O d riísta d el ex d ic ta d o r u n a a lia n z a p a rla m e n ta ria ab o cad a, en los m eses su b sig u ie n te s, a b lo q u e a r y m e d ia tiz a r la a p ro b a c ió n d e la ley d e R eform a A g raria. De los se n tim ie n to s p o r e sta m e d id a su sc itad o s, un te stim o n io p a rtic u la rm e n te sim b ó lico fu e el d e los h ijos d e l g ra n m á rtir d e la R ev o lu ció n d e 1 9 3 2 , M an u el B a rre to «El B úfalo», q u ié n e s , e n su c a rta d e re n u n c ia al PAP so stu v iero n : « ( . . . ) cu an d o el avance rev o lu cio n ario del m u n d o es m ás p o ­ te n te, c u a n d o g o lp ea su in m in e n c ia en las p u e rta s d e n u e stro C o n tin e n te , c u a n d o la c o n c ie n c ia d e la n e c e sid a d re v o lu c io ­ n a ria es m á s c la ra y p ro fu n d a e n n u e stro p u e b lo , c u a n d o el tiem p o p a ra la revolución es m ás propicio, su ced e lo increíble: ¡la traició n ! La m ás in fam e y v e rg o n z o s a d e to d a la H isto ria d e A m érica. T raició n a los m ilita n te s d el P a rtid o y al p u e ­ b lo p e ru a n o ; tra ic ió n a los o b re ro s, a los c a m p e sin o s, a la ju v e n tu d ; tra ic ió n , e n fin, a lo s q u e sa c rifica ro n e n la lu c h a a p rista b ien es, porvenir, fam ilia; a los q u e su frie ro n p risio n es 92. Adolfo Gilly. I n senda de la guerrilla. México, DF: Editorial Nueva Imagen,

I 'JH6, pág. 150. 93, Luis de la Puente Uceda. «El cam ino de la revolución». En: Obras de Luis iIr li i l'iirntc Uceda. Lima: Voz Rebelde Ediciones, 1980, págs. 3-19.

Del APRA R e b eld e a la lu c h a a r m a d a . P erú , 196 5

y to r tu ra s , y a los q u e o fre n d a ro n su v id a c re y e n d o e n los id eales rev o lu cio n a rio s del APRA».94 La violencia en ese co ntex to - a j u i c i o de los m iris ta s - era u n e lem en ­ to inevitable. La ex p erien cia de las re cu p eracio n es d e tie rra s - a p u n t a r í a De la P u e n t e - p ro b a b a q u e «si los cam p esin o s no se o rg a n iz a n , se u n en y se a rm a n , so n m asa c ra d o s» . Y q u e, e n e sa s c irc u n sta n c ia s, «el ú n ico p o d e r v a le d e ro y re a l es el q u e se so stie n e e n los fusiles». P or eso, el c a m p e sin a d o re q u e ría de «su p ro p ia fu e rz a a rm a d a » c u y o e m b rió n no e ra o tro q u e la g u e rrilla. Era la clave d e su « esq u em a in s u rre c c io n a l » . 95 N egaba el « esq u em a citad in o » de la R evolución de O c tu b re in a d e c u a d o - s e g ú n el M I R - p a ra la re a lid a d p e ru a n a . D e lin e a b a , m á s b ie n , v ario s focos g u e rrille ro s p ro te g id o s p o r u n a « zo n a d e se g u rid a d » q u e, p o r su to p o g ra fía y v e g e ta c ió n , e ra n v irtu a lm e n te in a c c e sib le s .96 D esde ah í, la g u e rrilla irra d ia ría su m e n saje , e ro s io n a n d o g ra d u a lm e n te al « ejército m ercenario»; p e rsu a d ie n d o a sus sold ad o s-cam p esin o s de n o a ta c a r a sus h erm an o s del pueb lo; d esen c a d e n an d o , en fin, «todas las p o ten cias h ero i­ cas de las m asas » .97 Ya in stalad o en su base de M esa P elada, p rovincia de La C o n v en ció n , De la P u e n te co m p a rtiría c o n A dolfo G illy su v isió n d el proceso a rm a d o a p u n to d e iniciarse: las accio n es g u e rrille ra s e n «corto plazo» d a ría n p aso a « u n a re v o lu ció n a g ra ria , s e rra n a , c a m p e sin a » . En ese m arco, dirigidos p o r el p artid o revolucionario, los g ru p o s cam pesinos in v ad irían las tie rra s d e los la tifu n d io s «com o ya lo h ic iero n e s p o n tá n e a ­ m en te en 1963 en tod o el territorio». En u n « m om ento po sterio r» saltaría «la b o m b a d e tiem p o de las b a rria d a s m arg in ales d o n d e vivía el 3 0 % de la p o b lació n d e Lim a c o n stitu ía u n “c in tu ró n de re s e n tim ie n to y m iseria q u e e n m o m e n to d a d o va a a p r e ta r ”». A e sa d in á m ic a se s u m a ría n los e stu d ia n te s d e « las dieciséis u n iv ersid a d e s q u e h a y e n el Perú», d o ce de 94. «Adiós a V íctor Raúl le dicen los hijos de M anuel B arreto “El Búfalo”», Lima, 1 d e diciem bre de 1963 en Roger M ercado. La Revolución de Trujillo y la traición del Apra. Lima: Fondo de Cultura Popular, 1966, págs. 124-126; reflejando el punto de vista aprista al respecto, según Víctor García Toma, en 1963, la Unión Nacional O driísta «era una im portante fuerza política de conducción oligárquica, pero con el apoyo de m edio m illón de peru an o s hum ildes». En G arcía Toma, Las alianzas del APRA, pág. 139; p ara un testim onio sobre el im pacto negativo de dicho a c u e rd o en la m ilitancia aprista, véase Felipe de las C asas, El Sectario, pág. 275. 95. Luis de la Puente Uceda. «Los dos árboles». En: Obras de Luis de la Puente Uceda. Lima: Voz Rebelde Ediciones, 1980, págs. 111-113. 96. Luis de la P u en te U ceda. «Esquem a d e la lucha arm ada». En: Obras de Luis de la Puente Uceda. Lima: Voz Rebelde Ediciones, 1980, págs. 59-65. 97. Luis de la P u en te U ceda. «N uestra posición». En: Obras de Luis tic In Puente Uceda. Lima: Voz Rebelde Ediciones, 1980, págs. 23-27.

J o s é L uis R é n iq u e

las c u a le s e sta b a n « co n tro lad as por la izquierda», ju v e n tu d q u e se e n co n ­ tra b a «m uy rad icalizad a» y cuya «vocación de lu ch a es m u y g ra n d e » . 98 Así lo h a b ía po d id o a p re c ia r el propio De la P u e n te en m ayo de 1 9 6 4 , cuando tras la m asacre del E stadio N acional, a raíz de u n in cid en te d ep o rtiv o , es­ tu d ia n te s y p olicías se c o n fro n taro n v io le n tam en te a lo larg o de dos días en las calles del cen tro de la c ap ita l .99 S in to m ática m en te, a co n tin u ació n d e lo s e s tu d ia n te s , el flam a n te c o m a n d a n te g u e rrille ro a ñ a d ió : «pienso, m e o lv id a b a , q u e la clase o b re ra p a rtic ip a rá co n p o s te rio rid a d , p rim e ro co n su s p ro p ia s fo rm a s d e lu ch a y e n u n m o m e n to d a d o , d ire c ta m e n te d e n tr o d el p ro c e so in su rreccio n al» . Y e n ese ru m b o , los m in e ro s serían «los m á s av an z ad o s» , seg u id o s p o r «los b ra c e ro s ag ríc o la s d e la C osta y, e n ú ltim o lugar, los o b re ro s fabriles » . 100 E ra m á s q u e u n sim p le lapsus. La p ré d ic a d e l M IR d e s d e ñ a b a no sólo el p a p e l d e los p a rtid o s « trad icio n ales» sin o la p o lític a m ism a. Y a h í la d ife re n c ia , con m iem b ro s im p o rta n te s d e la iz q u ie rd a local era m u y cla ra . U n a rd u o tra b a jo d e m asas se re q u e ría p a ra c o n s o lid a r un lid e ra z g o re v o lu c io n a rio en u n p aís c o m o el P erú e n el c u a l - d i r í a el se c re ta rio g e n e ra l d el PCP, Jo rg e del P r a d o - los facto res su b jetiv o s m a r­ c h a b a n c la ra m e n te d e sfa sa d o s d el d e sa rro llo d e lo s fa c to re s o b jetivos: u n a la b o r q u e re q u ería u sa r «todas las form as de lucha», la elec to ral en tre e lla s . 101 En la creació n de las «condiciones revolucionarias» - e r a la répli­ ca m i r i s ta - nos ab sten em o s no so tro s de e n tra r a ese ju e g o co rro m p id o y co rru p to r y preferim o s identificarnos con ese p ro fu n d o y a le n ta d o r rech a­ zo q u e e x p re sa el p u e b lo cu a n d o dice: «la p o lítica es u n a c o c h in a d a » . 102 El P a rtid o d e la R ev o lu ció n P e ru a n a , e n to d o caso , s u rg iría d e la lu ch a. N os lla m a n « co m u n istas» -e s c rib iría De la P u e n te e n su m isiv a a G illy— p e ro la v e rd a d c ru d a es «que se tr a ta d e u n m o v im ie n to q u e p o r a h o ra c o rre s p o n d e a b s o lu ta m e n te al MIR». El p ro c e so se h a b ía in ic ia d o «de fo rm a irrev ersib le» . Si n o q u e ría n « p e rd e r el tre n d e la h is to ria » a los p a rtid o s de iz q u ie rd a solo les q u e d a b a « asu m ir su p a p e l » . 103

98. De Luis de la P u en te Uceda a Adolfo Gilly, Illarec Ch’aska (E strella del A m an ecer), 15 d e agosto de 1965 en Gilly, La senda de la guerrilla, págs. 152156. C uando Gilly pu d o leer esta m isiva, el gu errillero p e ru an o ya h a b ía sido victim ado. 99. Luis de la P uente U ceda. «La Revolución Peruana». En: Obras de Luis de la Puente Uceda. Lima: Voz Rebelde Ediciones, 1980, págs. 41-56. 100. Gilly, La senda de la guerrilla, pág. 155. 101. Jo rg e del Prado. «Mass Struggle. The key to Victory. T he Political M luation in Perú an d th e Tactics o f th e C om m unist Party». En: W orld Marxisl H> view, n.° 7: (m ayo de 1964), págs. 11-18. 102. De la P uente Uceda, «Nuestra posición», pág. 30. 103. Gilly, La senda de la guerrilla, págs. 155-156.

IWi

Del APRA R e b eld e a la lu c h a a r m a d a . P erú , 196 5

Las o b jecio n es, en re a lid a d , n o sólo p ro v e n ía n d e fu e ra d e la o rg a n i­ zación. A p ro b a r el e sq u e m a in su rre c cio n a l significó u n n u e v o d e s g a rra ­ m iento, p u esto q ue no tod o s d e n tro del MIR co m p a rtía n la visión de Luis de la P u e n te de u n escen a rio con u n a sola sa lid a de c o rte in su rreccio n al. Así, c u a n d o e n m a rz o d e 1 9 6 4 se d e c id e «ir h a c ia la c a p tu r a d e l p o d e r por la vía arm a d a » d ich a p ro p u e sta d eb e im p o n e rse a las d e C arlos M alpica, q u ie n so stu v o q u e d e b ía e n ru m b a rse a « lu ch ar p o r la co n stru cc ió n d el p a rtid o » y a la de H éc to r C o rd e ro G u ev a ra , q u ie n a b o g ó p o r u n a c o m b in ació n de lu ch a a rm a d a y lu ch a e le c to ra l . 104 C o n v e rtid o e n la «sierra» d e la v e rsió n p e ru a n a d e la rev o lu ció n c a stris ta , ¿ c u á n to p o d ía e s p e ra r el M IR d el «llano» lo cal? D e h e c h o , h acia a b ril d el 6 5 , a R icard o G ad e a se le e n c a rg ó e s ta b le c e r c o n ta c to con la iz q u ie rd a c a p ita lin a . Al re sp e c to , n o fu e m u c h o lo q u e p u d o lograr. D e los «m oscovitas» d el PCP, re c u e rd a , recib ió « u n a c a u te lo sa solidaridad». O frecieron «form as m ínim as d e re sp a ld o p ráctico , ab rirn o s alg u n o s v ín cu lo s con p a rtid o s d el c am p o so cia lista , p o r ejem p lo » . Con la facción p e k in e s a fue u n a re u n ió n difícil. Los a c u sa ro n d e p re s io n a r a su g e n te p a ra in c o rp o ra rse a la g u errilla. En g e n e ra l - c o n c lu y e G a d e a n u n c a se d ilu y ó el se n tim ie n to d e q u e , e n el fo n d o , s e g u ía m o s sie n d o ap rista s; q u e ig n o rá b a m o s el p a p e l h istó ric o d e l PCP e ra la a c u sa c ió n capital. A las fracciones p ek in esas -c o m e n ta r ía De la P u e n te - n o se les podía p e d ir que se sacu d ieran «de la noche a la m a ñ a n a de to d a s sus taras revisionistas » . 105 De los tro tsk istas y del F ren te de L iberación N acional, en cam bio, sí recibim os apoyo, au n q u e la realid ad e ra q u e «ellos carecían de aparato». En ta n to que, con la recién fu n d a d a V anguardia R evolucionaria no c o n v e rsa m o s o rg á n ic a m e n te « a u n q u e ellos se a p ro v e c h a ro n d e la sim p atía p o r la g uerrilla p a ra a tra e r g en te hacia sus filas». En el caso del MSP, e n el p la n o p e rs o n a l, a lg u n o s co m o S e b a stiá n S a la z a r B o n d y nos d ie ro n su ap o y o p e rs o n a l. En el fo n d o - c o n c lu ir ía G a d e a - « creíam o s que n u e s tra s c a p a c id a d e s m ilitares ib an a se r su ficien tes p a ra in iciar un proceso sim ila r al c u b a n o » . 106 Reflejo d e esa falsa se g u rid a d , n o sólo no ac tu a ro n p ara prev en ir la infiltración, sino que sus d irig en tes co m en taro n p ú b lic a m e n te sus p lan es, el e sq u e m a táctico y, a ú n , la p o sib le u bicación de su s z o n a s g u e rrille ra s . Al re s p e c to - c o m o lo re c o n o c e ría R icard o G adea a ñ o s d e s p u é s - h a b ía u n grave p ro b le m a d e fo n d o : «Sobre el diseño de las acciones carecíam os de in fo rm ació n o reflexión específica. N inguno de n o so tro s e ra u n co m b a tien te 104. Cristóbal, M áximo Velando: el optim ismo frente a la vida (El vencedor de Yahuarina), pág. 12. 105. Gilly, La senda de la guerrilla, pág. 154. 106. E ntrevista con el autor. 147

J o s é L uis R é n iq u e

ex p erim e n ta d o , no co n táb am o s con n in g ú n m ilitar d e v e rd a d , n i e x tra n je ro ni p e ru a n o . S obre las fu e rz a s a rm a d a s n u n c a se a n a liz ó q u e E stad o s U nidos h ab ían a d o p ta d o u n a lín e a c o n tra la su b v e rsió n c o n tin e n ta l y q u e e s ta b a e n tr e n a n d o c u a d ro s d e l e jé rcito p e ru a n o ; no sab íam o s ta m p o c o q u e el P erú e ra el se g u n d o p aís e n n ú m e ro d e o ficiales e n tr e n a d o s e n la E scu ela de las A m éricas. Ja m á s se tra b a jó ese a sp e c to siste m á tic a m e n te . De a h í q u e n a d ie se d e tu v ie ra a c a lc u la r las e n o rm e s d e b ilid a d e s en ese p lan o . En c o m u n ic a c io n e s, p o r e je m p lo , e stá b a m o s se p a rad o s p o r in m e n sa s d ista n c ia s. D e 5 o 6 n ú cleo s q u e se p la n e a ro n o rig in a lm e n te so la m e n te dos lleg aro n a ten er real conform ación. O tro q u ed ó a m edias. E stá b a m o s a c ien to s d e k iló m etro s d e d is ta n c ia , y la ú n ic a c o m u n ic a c ió n e ra u n siste m a de ch asq u is q u e p a s a b a n p o r Lim a. N o te n íam o s cóm o estab lecer esta rela c ió n d ire c ta , d e h a b e r c o n ta d o con eq u ip o s de rad io tra n sm iso r h u b ié se m o s p o d id o e v ita r m uchísim os errores. H ubo u n a so b rev alo ració n d e n u e stra s cap acid ad es políticas, se dio p o r d e sc o n ta d o que lo m ilita r e ra u n a ac titu d h e ro ica » . 107 El cu rso m ism o d e los a c o n te c im ie n to s re f re n d a ría la v a lid e z del te stim o n io d e G ad ea. La re sp u e sta del « co m an d a n te» D e la P u e n te a un c u e stio n a rio q u e le en v ia ra la rev ista Caretas, p o r o tro la d o , refle ja b a el estad o d e án im o con que estos hom bres h abían m arch a d o al co m b ate. Las p re g u n ta s in c id en en los p u n to s críticos del e x p e rim e n to a rm a d o . ¿Q ué p o sib ilid a d tie n e n d e « a m p lia r su acción» p a rtie n d o d e u n « se c to r tan rem oto»? ¿C óm o te n er éxito en una zona com o el valle d e La C onvención co n «los efectiv o s a p re c ia b le s co n q u e c u e n ta el ejército » e n e sa z o n a y «todos los tra b a jo s q u e v ien e realizan d o allí la fu erza a rm ad a » ? ¿P uesto que dicho valle se conecta con el resto del país a trav és de un desfiladero, no p o d ría n las fu erzas a rm a d a s em b o tellarlo s co n facilid ad ? R esp o n d ió el je fe d el M IR su b ra y a n d o la flex ibilid ad d e la g u e rrilla : h ay cam inos de h e rra d u ra , cam inam os «por cu alq u ier cam in o , a cu alq u ier h o ra , con cu a lq u ie r clim a y en cu alq u ier dirección». A caso u n c u artelazo o un m o tín -c o n tin u ó el líd er tru jilla n o - podía se r «em botellado», pero no u n a rev o lu ció n . De ah í, en to n c e s, que no les p re o c u p a ra n «los efectiv o s del E jército, d e R angers, d e la P olicía o d e los C u erp o s d e Paz si lo q u e e sta b a e n cu rso b ajo la d ire c c ió n d el MIR e ra un “h e c h o social, un s e n tim ie n to d e re b e ld ía co lectiv a, u n a b a n d e ra id eo ló g ica”, e v e n to s im p o sib les d e 1 0 7 . Ibíd. 148

Del APRA R e b eld e a la lu c h a a r m a d a . P erú , 19 6 5

em b o tellar, “c u a le sq u ie ra fuese el n ú m e ro de efectivos d e las fu e rz a s re p re siv a s”. Por alg o - a ñ a d i ó - n u e s tra “z o n a g u e ­ rr ille ra ” se llam a “Ilarec C h ’a sc a ” o “E strella d e l A m a n e c e r” c e n tro o rie n ta d o r d e co n cien cias, an u n cio d el n u ev o d ía. D a­ d a su p re c a rie d a d m a te ria l y logística, de su “fe e n el p u eb lo y la rev o lu c ió n ” d e p e n d ía , en ú ltim a in sta n cia , la v ic to ria d e la re v o lu c ió n » . 108 U na p re g u n ta final in cid iría en el p ro b le m a d e id e n tid a d q u e el m o ­ v im ien to re v e la b a . ¿M ás allá d e la re tó ric a , no es el su y o u n «gesto d e se s p e ra d o » m ás q u e el inicio d e «un p ro ce so re a l y c o h e re n te h acia u n P erú m ejo r» ? «No so m o s re v o lu c io n a rio s p o r a c c id e n te » re s p o n d ió el tru jillan o , h a c ie n d o re c u e rd o - e n esa h o ra c r í tic a - d e su tra y e c to ria a p rista , re m o n tá n d o s e a 1 9 5 4 , a su e n tr a d a c la n d e s tin a al P erú « d es­ d e n u e s tro d e s tie rro e n M éxico». «Si no h u b ié ra m o s sid o c o n se c u e n te s con n u e s tro s p rin cip io s - c o n t i n u ó - e sta ría m o s e n el P a rla m e n to o en c u a lq u ie r p o sició n d e p oder» . Y, sin e m b a rg o , al m ism o tie m p o , el MIR e ra «algo c o m p le ta m e n te nu ev o d e n tro de la izq u ierd a p e ru a n a» , po rq u e « n u estra d irecció n es jo v e n , in c o n ta m in a d a , d e c id id a y c o n se c u e n te , co­ m o lo d e m o s tra b a q u e h u b ie s e n a b a n d o n a d o los m é to d o s clásico s q u e h a b ía n d e s p re s tig ia d o y c o n trib u id o a la d e s in te g ra c ió n d e n u m e ro so s p a rtid o s d e izq u ierd a» . Viejo y n u e v o , a p rista e iz q u ie rd ista , el p ro p io e n fo q u e po lítico de la in su rre c ció n vacilab a e n las v ísp eras m ism as de la e n tre g a final. En m ay o d el 6 4 , D e la P u e n te se h a b ía e n tre v is ta d o con el m in is tro d e G o b iern o - r e s p o n s a b le d e la re p re sió n d e l m o v im ie n to cam pesino inflingida a com ienzos de a ñ o - a quien p ro p u so qu e, fren te al o b struccionism o del bloque ap ro -o d riísta e n el p a rla m e n to , el p re sid e n te B elaúnde, d e b ía «disolver» a ese o rg an ism o y «convocar un p lebiscito n a ­ cional p a ra ro m p er el círculo vicioso», d en u n cia n d o a los o bstru ccio n istas « ante el p u e b lo e n u n m itin q u e sería g ig an tesco e h istórico». C o n tin u ar, co n la p a siv id a d - a d v i r ti ó el re v o lu c io n a r io - h a c ía m a d u r a r «las c o n ­ d icio n es p a ra la lu c h a a rm a d a e n el país». U n a ñ o d e sp u é s , e s ta n d o ya en el m o n te , las « consignas in m e d ia ta s» del MIR se g u ía n su g irie n d o la p o sib ilid ad d e u n a salid a política a la in su rrecció n : 1. D isolución in m e d ia ta del P arlam en to . 2. A m nistía g en eral y sanción a todos los resp o n sab les de las m asacres c o n tra el p u eblo. 3. R eform a A graria a u té n tic a , sin ex cep cio nes d e n in g u n a clase. 4. S alario v ital-fam iliar y m óvil de a c u e rd o al costo d e v id a. 108. Luis de la Puente Uceda, «Respuesta al cuestionario p resen tad o p or la revista Caretas», págs. 101-107. 149

Jo s é L u is R é n iq u e

5. R e fo rm a U rb an a . 6 . R e c u p e ra c ió n in m e d ia ta d el p e tró le o p e ru a n o y d e n u n c ia d e los c o n tr a to s co n e m p re sa s im p e rialista s so b re n u e stra s riq u e za s. 7. R e c u p e ra c ió n d e la p le n a so b e ra n ía n a c io n a l . 109 El p a rla m e n to - e l b a stió n de la o lig arq u ía y sus aliad o s a p r is ta s - no el E je c u tiv o e n c a b e z a d o p o r B e la ú n d e T erry a p a re c ía , e n ese m o m en to , c o m o e l b la n c o d e l M IR. El d e stin o d e la g u e rrilla , sin e m b a rg o , e stab a p a ra e s e e n to n c e s d efin id o . En d ic ie m b re de 1 9 6 4 h a b ía n a c o rd a d o que, a p a r t ir d e e n to n c e s, d e se r d e te c ta d o s , d e b ía n d e fe n d e rse , im p e d ir su c a p tu r a . En ab ril sig u ie n te , en u n a re u n ió n c e le b ra d a e n lea, la base del su r in fo rm ó q u e un d e sta c a m e n to de unos 2 0 0 policías h a b ían e n tra d o al á re a d e M esa P elad a, « in te rro g a n d o c am p e sin o s m o s tra n d o u n a foto de Luis d e la P u e n te , p id ie n d o inform ación so b re él». La direcció n local había a c o rd a d o « m o n ta r u n a e m b o s c a d a e n ta l p u n to e in ic ia r la s acciones». S o lic ita b a , e n c o n se c u e n c ia , el re sp a ld o d e las o tra s b ases. El d e le g a d o d el c o m ité re g io n a l d el c e n tro - l a g u e rrilla T ú p a c A m a r u - volvió a su b a se c o n ese a c u e rd o e n m a n o . «Ya n o v o lv e ría m o s a co m u n ic a rn o s» re c u e r d a G a d e a . Al r e to r n a r a M esa P ela d a , sin e m b a rg o , c o m p ro b ó q u e la situ a c ió n d e e m e rg e n c ia a h í se h a b ía a te n u a d o y q u e se h a b ía re to m a d o el tra b a jo c a m p e sin o . La p o licía se h a b ía re p le g a d o a n te s de lle g a r a l p u n to d e la e m b o s c a d a . «Un d ía , a la h o ra d e l d e sa y u n o , nos e n te ra m o s p o r la ra d io q u e en el c en tro h a b ían co m e n z ad o su c a d e n a de o p e ra c io n e s. F ue u n a situ a ció n terrib le » . 110 E ran los p rim ero s d ías de ju n io de 1965. En el P arlam en to , la coalición a p ro -o d riísta d e m a n d ó m an o d u ra p ro p o n ie n d o la em isió n de «bonos en d e fe n s a d e la s o b e ra n ía n acio n a l» p a ra a p o y a r la liq u id a c ió n d e l b ro te in s u rg e n te . A fines de m es tien e lu g ar la llam a d a « b atalla de Y ahuarina». N u ev e p o lic ías m u e rto s , e n tr e ellos u n oficial. El g o b ie rn o o rd e n a al C o m a n d o C o n ju n to de las fu erzas a rm ad as h acerse c a rg o de la situ ació n . A fines de sep tiem b re, a p resu rad o p o r el sorpresivo inicio de las acciones, el re c o n s titu id o ELN d e H é c to r B éjar e n tra en acció n a ju s tic ia n d o a dos la tifu n d is ta s e n la s ie rra d e A yacucho, p o r a lg u n a s se m a n a s a c tu a ría n e n la z o n a o rie n ta l d e ese d e p a rta m e n to e n el lím ite con C uzco. En o c tu b r e , co n la m u e r te d e Luis d e la P u e n te , cayó la d ire c c ió n . El 2 de d ic ie m b re c ae M áxim o V elando. G adea, e n v iad o a Lim a a re c o n s tru ir la red d e apoyo u rb a n o cae p risionero. En el n o rte , el fren te e n c a b e z a d o por G onzalo F ern án d ez G aseo se dispersa sin com batir. A inicios d e e n ero del 6 6 , con la caíd a de G u illerm o L obatón, el gesto heroico d e l MIR q u e d a b a c o m p le ta m e n te d e b e la d o . A lg u n as ex p lo sio n es d in a m ite ra s in te n ta r o n 109. Ibíd., pág. 107. 110. E ntrevista con el autor. 1 SO

Del APRA R e b eld e a la lu c h a a r m a d a . P erú , 196 5

h a c e r re s o n a r e n la c a p ita l el inicio d e la lu c h a a rm a d a . « H asta los m ás e scép tico s en la iz q u ie rd a -e s c r ib ir ía R icard o L e t t s - se a lin e a ro n m o m e n tá n e a m e n te , co n a d m ira c ió n y resp eto » . N o se p ro d u je ro n , sin e m b arg o , actos m asivos de resp ald o a los alzad o s: «el p aís p a re c ía com o a n o n a d ad o » . A c u e n ta g o ta s se h a id o re v e la n d o la h isto ria d e su trá g ic o final. La in filtració n d e la CIA h a b ía lleg ad o a la m ism a m é d u la d e l m o v im ie n to . C om o en o tras ex p eriencias g u errilleras de la época, n o p a re c ía h a b e r un reg istro eficaz de la efectiva p o ten ciació n de los m é to d o s d e in telig en cia m ilitar o c u rrid a de la victo ria cu b a n a en ad e la n te . T am p o co d e la cru d a eficacia d e los m é to d o s c o n tra in su rg e n te s q u e in c lu ía n d e sp lie g u e s d e violencia poco conocido s e n la h isto ria d el país: d e sd e los « co n q u ista de la m e n te y el c o razó n d el cam p e sin a d o » -in c lu y e n d o u n a co m b in ac ió n de « in te rro g a to rio s científicos» y «acción c ív ic a » - al u so d e n a p a lm e n b o m b a rd e o s o rie n ta d o s a p ro v o c a r d e sv a ta c ió n y te rro r. F re n te a ello, e n La C o n v en ció n , u n a red c o n fo rm a d a p o r u n p u ñ a d o d e m ilita n te s - q u e in clu ía al d e la to r A lvino G u zm á n q u ie n in fo rm a ría al e jérc ito «de n u e s tro s sie te c a m p a m e n to s d e e n tre n a m ie n to , a lm a c e n a m ie n to d e v í­ v eres y m u n ic io n e s » - p re c a ria m e n te in te g ra d a , con su líd e r se ria m e n te afectad o p o r «su p ro b lem a de las úlceras» ten ía los d ías co n tad o s. N ueve q u e d a b a n - s e g ú n el te stim o n io d e C arlos M o rrillo C a n a l - el e n la c e e n Q u illa b a m b a de la g u e rrilla P ach acú tec, c u a n d o se le p id ió v ia ja r al C uzco p a ra g e stio n a r refu g io p a ra los c o m b a tie n te s a n te el c o n su la d o b elg a. E ra ta rd e , sin e m b a rg o , p a ra in te n ta r u n tr a s la d o d e sd e M esa P e la d a al C uzco. De h e c h o , c o n scie n te s d e la e x tre m a g ra v e d a d de su situación, hab ía aco rd ad o el «consejo guerrillero» n e g o cia r con el ejército la e v a c u a c ió n d e su a b a tid o c o m a n d a n te . C a p tu ra d o s los m e n sa je ro s, in terv en id o el últim o b astió n insurrecto, o p ta ría n los m ilitares p o r fusilar a sus a d v e rs a rio s . 111

Epílogo La m u e r te d e su s p rin c ip ale s p ro ta g o n ista s, su v e rtig in o sa d e rro ta , d ra m a tiz a n la n o ta b le p re c a rie d a d del p ro y e c to del MIR. E n te n d ie ro n q u e su m isió n e ra p ro v e e r el e le m e n to su b je tiv o e n u n a situ a c ió n , en térm in o s objetivos, a b ru m a d o ra m e n te rev o lu cio n aria. El cam ino elegido, sin e m b a rg o , los e m p u jó h a cia el m ás c o m p le to a is la m ie n to . Ni u n a e v a lu a c ió n c ab al d e las c a u sa s d el triu n fo c u b a n o , ni u n a le c tu ra a d e ­ 111.

Indym edia, ed. En la tum ba de Luis de la Puente Uceda. 15 de s e p t i e m ­

b r e de 2 0 0 5 . URL: h t tp : / / l i s t s . indymedia .org/pipermail / e m i - b o l I v l . i

editoriales/2005-September/0918 -v u .h tm l.

Jo s é L uis R é n iq u e

c u a d a d e la re a lid a d ru ra l a n d in a e s tu v ie ro n a m a n o e n el 6 5 . Ya en el m o n te , a s e m a n a s e sca sa s d e su c o m b a te final, De la P u e n te escrib iría « este p aís es q u iz á el m á s c o n tra d ic to rio d e A m érica L atin a» p a s a n d o a e x a m in a r e n d e ta lle la e n o rm e c o m p le jid a d d e la s o c ie d a d p e ru a n a . A m a y o r co m p le jid a d , sin e m b a rg o , m a y o r fe e n q u e la fu e rz a d e l p u eb lo co n cu rriría al llam ad o in surreccional. Era ese el ethos m ism o d el proyecto g u e rrille ro : n a d a sin o la in su rrecció n , p o d ía d e s a ta r las fu e rz a s capaces d e b a rr e r c o n la d o m in a c ió n o lig á rq u ica y el c o n sig u ie n te c o lo n ialism o in te rn o . C o n o c e d o r d e p rim e ra m a n o d el p ro c e so del M IR, viejo am igo d el a b o g a d o c o n v e rtid o en c o m a n d a n te , R oger M ercad o c o n v ersó con él a n te s de verlo p a rtir a en co n trarse con su d estin o final. C oncluyó que este so b reestim a b a «la cap acid ad del MIR p ara lograr, con su hero ico gesto, la u n id a d in d isp en sab le p a ra la victoria», su g irien d o que su viejo am igo era co n cie n te q u e el se n tid o últim o de su grave d ecisió n e ra reiv in d ic a r para el m o v im ie n to re v o lu c io n ario «la co n secu e n c ia y la d ig n id a d ta n v en id a a m enos». A quel im p erativ o m o ral era m otivo p o r d e m á s su ficien te para q u ie n - s e g ú n M e r c a d o - a p a re c ía com o «el vín cu lo , h acia a trá s, con las tra d ic io n e s in s u rre c c io n a le s d el APRA y, p o r e x te n s ió n , d e los c au d illo s civiles d el siglo x ix » . 112 En la m e m o ria d e los a p rista s d e la g e n e ra c ió n d e Luis d e la P u e n te U ceda, la h is to ria d e su p a rtid o p o d ía se r v ista co m o u n a su c e sió n de g estos a u d a c e s y h ero ico s q u e, a trav és d el tiem p o , h a b ía n se d im e n ta d o u n a tra d ic ió n d e lu c h a g e n u in a m e n te pop u lar. E ra el c am in o a p rista de e n c o n tr a rs e c o n el p u e b lo . La fig u ra d el Je fe a n u d a b a el p ro c e so y le o to rg ab a su sello particular. La confluencia de e stu d ia n te s y o b rero s en las calles de Lima e n c a b e z a d a p o r H aya con ocasión del p aro g en eral d e 1919 h a b ía sid o el p rim e ro . L uego, e n 1 9 2 3 , en la c é le b re p ro te s ta c o n tra la cerem o n ia de en tro n iza c ió n d e Lima al C orazón de Jesú s, a p a re ce ría este com o g ran líd e r de m asas. Su salida al exilio, sem an as d e sp u és, dejó en la m em o ria de sus seg u id o res u n a im agen im b o rrab le de e n tre g a a su causa: in tro d u c id o e n b ra z o s -in c a p a c ita d o p a ra c a m in a r c o m o re s u lta d o de la h u e lg a de h a m b re con q u e h a b ía re sp o n d id o a la r e p r e s ió n - al v ap o r q u e lo lle v a ría a su p rim e r y p ro lo n g a d o exilio. Y así, su c e siv a m e n te , h a s ta la p e rs e c u c ió n d e los tre in ta . En H aya, c o m o in d iv id u o , a n c la b a n las a m a rra s d e la m ás d istin g u ib le id e n tid a d p o lítica fo rjad a e n el Perú. En o c tu b re d e 1 9 4 8 , sin e m b a rg o , h a b ía c o m e n z a d o u n a h isto ria d istin ta. Con la m ística h o ra d a d a , de en to n ces al 59, De la P u e n te viviría el co m p licad o ale ja m ie n to d e su alm a m a ter po lítica. E n tre el 6 0 y el 62 la ru p tu ra alcan zó niveles m ás p ro fundos en to rn o a la carcelería p o r este 112. Roger M ercado. Las guerrillas del MIR, 1965. Lima: Editorial de Cultura Popular, 1982, pág. 81.

Del APRA R eb eld e a la lu c h a a r m a d a . P erú , 196 5

íu frid a a raíz de su confro n tació n a rm a d a con activistas de su ex p artid o . E n las lu c h a s re v o lu c io n a ria s la tin o a m e ric a n a s y a siá tic a s, d e l 6 3 e n a d ela n te, buscó el m arco teórico a ltern ativ o p a ra la v e rd a d e ra revolución p e ru a n a q u e el PAP h a b ía tra ic io n a d o . D erivó d e ese a p re n d iz a je u n a visión p o la riz a d a q u e a c e n tu ó su se n tid o trág ico y h e ro ic o d e la p o lítica que d e su fo rm ació n a p rista p ro v en ía. En u n p aís d e «vicios, co rru p c ió n , p eculados», - h a b í a so ste n id o H aya e n los a ñ o s t r e i n t a - p a ra se r d ig no de la victoria, el APRA d eb ía lavarse «con la sa n g re de su sangre», to m a r conciencia d e que la « m uerte no p u ed e ser o b stác u lo » . 113 De la «traición a p rista» e ra d e lo q u e h a b ía q u e la v arse e n los s e s e n ta p a ra re s c a ta r lo a u té n tic o , lo p rim ig e n io d e a q u e lla h is to ria h e ro ic a q u e a m e n a z a b a p e rd e rse . F ue ese g esto lo q u e, en ú ltim a in sta n c ia , im p u ls a ría a De la P u e n te U ceda a la lu ch a g u e rrille ra , d e ja n d o d e lad o su p ro p io y ta rd ío re c o n o c im ie n to d e q u e ex istía to d a v ía un im p o rta n te e sp a c io p a ra la acción política n o a rm a d a . Las g u e rrilla s del 65 - c o m o re c o n o c e ría p o s te rio rm e n te el p ro p io H écto r B é ja r - n o h a b ía n lo g rad o « fu sio n a r su s m é to d o s co n los d el c a m p e sin a d o » . H ab ían te rm in a d o re p le g á n d o se , m á s a ú n , h a c ia las « zonas se lv áticas del o rie n te p e ru a n o » , se g u ra s d e sd e el p u n to d e v ista m ilitar, p e ro a le ja d a s d e q u ie n e s d e b ía n se r su g ra n b a se so cial: los p o b la d o re s ru ra le s d e las a ltu ra s se rra n a s. P ara v e n c e r - s e n te n c i ó el líd er g u e r r ill e r o - te n d r á n q u e a p re n d e r los a lz a d o s a « h a c e r la g u e rra en la sierra» . Esa se ría , p re c isa m e n te , la lecció n q u e e x tr a e ría n d e un m inucioso análisis de la experiencia del 65, quien es en 198 0 iniciarían su p ropia « g u erra p o p u lar» q u in ce añ o s d esp u és.

113. Haya de la Torre, «Discurso del 12 de noviem bre de 1933», págs. 153160. 153

Capítulo 6 Izquierda peronista, violencia armada y clase obrera: una experiencia alternativa

M a rc e lo R a im u n d o

El p erío d o histórico que va d esd e m ed iad o s de la d é c a d a del cin cu e n ­ ta a m e d ia d o s d e los s e te n ta , re p re s e n ta u n o d e los m ás im p o rta n te s m o m e n to s d e la lu ch a d e clases a b ie rta e n A rg e n tin a . En el m a rc o d e u n re a c o m o d a m ie n to en las a lia n z a s d e los p o d e re s e c o n ó m ic o s y d e u n p ro c e so d e ra c io n a liz a c ió n c a p ita lista a nivel in te rn a c io n a liz a c ió n , se d io u n a d is p u ta p o lítica q u e c o n d u jo a u n ciclo d e d ic ta d u ra s y d e ­ m o cracias a b o rta d a s q u e m a n tu v ie ro n co m o c o n s ta n te la p ro sc rip c ió n del p e ro n ism o , la p rim e r fu e rz a p o lítica y e x p re sió n d e la m a y o ría d el sin d icalism o . E sta co n fro n ta c ió n , e stu v o a c o m p a ñ a d a d e la em e rg e n c ia d e n u m e ro sa s o rg a n iz a c io n e s re v o lu c io n aria s, to d a s co n c a ra c te rístic a s n o v e d o sa s re s p e c to a los tra d ic io n a le s g ru p o s re p r e s e n ta n te s d e la iz­ q u ie rd a . D en tro del c o n ju n to d e lo q u e se h a d e n o m in a d o la « izq u ierd a p e ro n ista » , la in d isc u tib le p re se n c ia m a y o rita ria d e los M o n to n e ro s, h a o p a c a d o la a c tu a c ió n d e o tra s o rg a n iz a c io n e s, e n tre e llas las F u erzas A rm ad as P ero n istas y el P eronism o de Base. A p e sa r del tiem po tran scu rrid o , el estu d io d el proceso d e v iolencia re ­ v o lu cio n aria q u e a trav esó la realid ad a rg e n tin a d u ra n te los a ñ o s se se n ta y s e te n ta d e l p a sa d o siglo, c o n tin ú a sie n d o u n a te m á tic a g e n e ra lm e n ­ te a tr a p a d a p o r u n d o b le m o v im ie n to in te rp re ta tiv o d e p a rc ia liz a c ió n y a b so lu tiz a c ió n . T a n to e n el an álisis de las v e rtie n te s re v o lu c io n a ria s p ro v e n ie n te s d e la iz q u ie rd a m a rx ista , co m o d e las p e rte n e c ie n te s a la iz q u ierd a p e ro n ista , las exp erien cias del E jército R evolucionario del P u e­ blo (ER P) y d e M o n to n e ro s h a n re s u lta d o re s p e c tiv a m e n te los iconos

M arcelo R a im u n d o

m ás re p re se n ta tiv o s d e d ic h o s cam p o s. Sus re s p e c tiv o s p ro ta g o n ism o s resp ecto d e o tra s o rg a n iz a c io n e s a rm a d a s de la ép o ca, h a n re s u lta d o en u n a visión h e g e m ó n ic a q u e su b su m e u n a d iv e rsid ad fá c ilm e n te c o m p ro ­ b ab le d e m a n e ra em p írica . Y no sólo eso, ya q u e al s e r la c a ra c te rístic a d istin tiv a de d ich as o rg a n iz ac io n es la u tilizació n d e la v io len cia a rm a d a co m o m é to d o d e lu c h a, las a c u sa c io n e s d e u n p ro g re siv o e irra c io n a l m ilitarism o q u e caen sobre ellas, se irrad ia hacia el c o n ju n to de la política re v o lu cio n a ria d e la época. Sin e m b a rg o , q u ie n e s se p ro p o n e n a b o rd a r h is tó ric a m e n te c u e stio ­ n es re fe re n te s a la c o n flictiv id ad so cial, fo rz o sa m e n te se to p a n - ta rd e o te m p ra n o y q u ie ra n re c o n o c e rlo o n o - con los lím ite s q u e p o n e el re d u c c io n ism o . Y el in te n to de su p e ra rlo , q u e n o es m á s q u e u n a ele c ­ ció n , n o só lo c o n tie n e p o sib les c o n se c u e n c ia s a n a lític a s, sin o ta m b ié n p rá c tic a s. C o m p le jiz a r u n a re a lid a d h istó ric a , in e v ita b le m e n te im p a c ta en el p re s e n te y e n el fu tu ro d e u n a so c ie d a d . E ste tra b a jo se p ro p o n e re a liz a r un a p o rte e n ese se n tid o . Por su p u e s to es u n p a so p a rc ia l, q u e a p u n ta a m o s tra r q u e n o to d a s las p rá c tic a s d e v io le n cia a rm a d a q u e vivió la A rg en tin a en aq u ella e ta p a tuvieron las m ism as características, ni sig u iero n el m ism o cam in o . Se p ro p o n d rá en to n ce s, un análisis de las F uerzas A rm adas P eronistas y el Peronism o de Base (FAP-PB), org an izacio n es que fo rm a ro n p a rte de la izq u ierd a p e ro n ista en 1968 (c u a n d o h ace su p rim e ra a p a ric ió n pú b lica) h a sta el golpe de E stado de 1976 (a u n q u e recién en el a ñ o 1979 term in a n p o r disolverse a raíz de la caída de su dirección n acio n a l). Este reco rrid o a b o rd a rá su ev o lu c ió n p o lítico -id eo ló g ica, las fo rm a s o rg a n iz a tiv a s q u e fu e ro n a d o p ta n d o , y la re la ció n q u e e sta b le c ie ro n e n tr e lu c h a p o lític a , lu c h a sin d ic a l y lu c h a a rm a d a . E stas lín e a s g ira rá n e n to rn o a u n eje q u e a p a re c e co m o clave p ara la co m p ren sió n de su d ev e n ir p a rtic u la r: la e stra te g ia q u e se d ie ro n hacia la clase o b rera. D icho an álisis, a d e m á s, se v e rte b ra rá en to rn o a d o s c u e stio n e s. Por u n la d o , el d e sa rro llo a p u n ta r á a e sta b le c e r c ie rto s o b se rv a b les, q u e in ­ te n ta rá n p o n e r a p ru e b a u n a d e las p rin c ip ale s tesis q u e a p a re c e n en el trab ajo p io n ero sobre las FAP y el PB, realizad o p o r Cecilia Luvecce. En él, se cu estio n a la relació n estre c h a e n tre las FAP y el PB, lleg a n d o a su g erir co m o h ip ó te sis fu tu ra d e tra b a jo la e x iste n c ia d e v a rio s « p e ro n ism o s a lte rn a tiv o s» . L uvecce e n su in te ré s p o r c o n c e p tu a liz a r el ca so , to m a u n a c a te g o ría p ro p u e sta p o r M ichel W iew orka - u n a n a lista d e o rg a n iz a ­ cio n es g u e rrille ra s v a n g u a rd ista s, m ás esp e c ífic a m e n te te r r o r i s ta s - «la “inversión sim p le”, e n te n d id a com o el proceso sociológico de ale jam ie n to d el a c to r p o lític o d e la e x p e rie n c ia v ivida p o r a q u e llo s e n n o m b re de

Iz q u ie rd a p e ro n ista , v io le n c ia a r m a d a y c la s e o b re ra :

q u ien es a c tú a » . 1 De esto, la a u to ra a firm a rá q u e el proceso de «inversión» re su lta ser ap ro p ia d o p ara las FAP, p u es se alejan p ro g resiv am en te de los sectores sociales que d e seab a n re p re se n ta r, e in a d e c u a d a p ara el PB, que «podría caracterizarse com o un ejem plo d e fusión o de a b so lu ta id en tifica­ ción con los rep resen tad o s» . Por lo ta n to , las FAP no se h a b ría n lib erad o d e l d e te rm in ism o m ilitarista q u e tiñ o al re s to d e las o rg a n iz a c io n e s q u e a d o p ta ro n la lu ch a arm a d a . Por o tro , y lig a d o al a sp e c to m e to d o ló g ic o , las fu e n te s u tiliz a d a s - d iv e r s o s d o c u m e n to s escrito s, p u b lic a c io n e s y e n tre v ista s p e rs o n a le s a d e m á s de se rv ir co m o d a to em p íric o , s e rá n tra ta d a s c o m o m a te ria l d iscu rsiv o útil p a ra u n a reflex ió n m ás a m p lia a c e rc a d é c ie rta s lógicas no e x p re sa d a s d e fo rm a d ire cta . A d em ás, d a d a s las p a rtic u la rid a d e s d e la o rg a n iz a c ió n a n a liz a d a , se in te n ta r á re s a lta r las c o n se c u e n c ia s q u e tien e re a liz a r un d e te rm in a d o re co rte te m p o ra l y esp acial, en relació n a p o sterio res g e n e ra liz a c io n e s . 2 A ntes de c o m e n z a r a d e sa rro lla r lo p la n te a d o , cab e a c la ra r co n el fin de ev itar posibles confusiones, que la sigla FAP no es p a trim o n io exclusivo d e l g ru p o al q u e h a re m o s re fe re n c ia . Las p rim e ra s FAP s u rg ie ro n e n el a ñ o 1 9 6 4 , p o r in iciativ a d e a lg u n o s a c tiv is ta s lig ad o s al la n z a m ie n to d e l M o v im ien to R ev o lu cio n ario P e ro n ista (M R P ), d o n d e a m b a s o rg a n i­ z a cio n es fo rm a b a n el b ra z o p o lítico y m ilita r d e u n p la n d is e ñ a d o p o r los secto res d el p e ro n ism o c o m b ativ o p a ra el re g re so d e P e ró n . 3 La c o n ­ cep ció n d e la v io le n c ia d e e sta s FAP se a n c la b a e n u n m o d e lo d e lu c h a a rm a d a u rb an a, pero d e n tro de u n a e stra te g ia in su rreccio n al y no estab a e n tre sus tácticas la realización de p ro p a g a n d a a rm a d a . La relación en tre

1. Cecilia Luvecce. Las Fuerzas A rm adas Peronistas y el Peronismo de Base. Buenos Aires: CEAL, 1993, pág. 77. 2. La m ayoría de los docum entos internos y públicos de las FAP y el PB que se u tilizarán, fu ero n cedidos gentilm ente hace algunos años - p a r a una versión pre lim in a r de este e s c rito - p o r E duardo P érez, un ex m ilitan te que en esos m om entos se e n c o n tra b a abocado a u n a tare a de recopilación d e los m ism os. La m ism a dio com o resultado la publicación de varios de dichos docum entos en Eduardo Luis D uhalde y E duardo Pérez. De Taco Ralo a la alternativa independiente. Historia docum ental de las Fuerzas A rm adas Peronistas y del Peronismo de Base. Vol. 1: Las FAP. Buenos Aires: E ditorial De la cam pana, 2003. 3. El MRP se conform ó por un p u ñ a d o de sindicalistas com bativos, se c to ­ res de la ju v e n tu d p eronista y o tro s pequeños grupos, y fue el p rim er ensayo organizativo en el que se inten tó d o tar de definiciones ideológicas de izquierda a un n ucleam iento p len am en te peronista; véase M arcelo R aim undo. «Acerca de los orígenes del peronism o revolucionario». En: De la revolución libertadora al menem em ism o. Com p. por Pablo Pozzi, Alejandro Schneider y H ernán Cam arero. Buenos Aires: Ediciones Im ago M undi, 2000.

M a rce lo R a im u n d o

el MRP y las FAP s ie m p re fu e te n sa , y d e riv ó e n la d iso lu c ió n d e estas ú ltim a s hacia 1 9 6 6 , lu eg o d e m u y poca activ id ad c o m p ro b a d a . 4

Encendiendo el foco: los comienzos La e x is te n c ia d e las F u e rz a s A rm ad as P e ro n istas se d io a c o n o c e r en o ctu b re d e 1 9 6 8 , a u n q u e n o p o r decisión prop ia, sino p o rq u e u n nú m ero im p o rta n te d e su s in te g ra n te s fu ero n d escu b ierto s p o r u n a p a tru lla de la g en d a rm e ría e n la lo calid ad de Taco R alo (T ucum án), c u a n d o realizab an ta r e a s d e re c o n o c im ie n to d e l te rre n o . La fo rm a c ió n d e la s FAP por s u p u e s to h a b ía c o m e n z a d o u n tiem p o a n te s , h ac ia m e d ia d o s d e 1966 y en su c o n fo rm a c ió n c o n v e rg ie ro n in te g ra n te s d e d istin ta s v e rtie n te s y experien cias p olíticas p rev ias, au n q u e to d as m uy recien tes. E ntre ellas se c u e n ta n : 1. El M o v im ien to d e la J u v e n tu d P e ro n ista (M JP ), fu n d a d o e n 1963 en el p ro ceso de la re o rg a n iz a c ió n de la Ju v e n tu d P ero n ista . Tenía p o stu ra s co m b ativ as, p e ro solió oscilar e n tre las d istin ta s líneas del p e ro n ism o d e la é p o c a , e stre c h a n d o in clu so lazos co n el v an d o rism o .5 2. La A cción R e v o lu c io n a ria P ero n ista (A RP), o rg a n iz a d a p o r Jo h n W illiam C o o k e a su re g re s o d e C uba en 1 9 6 3 .6 E ste fu e u n g ru p o p e q u e ñ o , p o r d o n d e c irc u la ro n u n a se rie d e jó v e n e s q u e lu e g o se in te g ra ría n a d is tin ta s o rg a n iz a c io n e s de la iz q u ie rd a p e ro n ista de los a ñ o s s e t e n ta . 7 A R P ta m b ié n fu e u n p u n to d e c o n ta c to e n tre m ilitan tes p ero n istas y m ilitan tes de orig en tro tsk ista que se acerca­ b a n al p e ro n ism o . Y re p r e s e n tó a d e m á s u n n ex o im p o rta n te con C uba p o r la s re la c io n e s q u e ten ía C ooke; p o r ejem p lo , p a ra viajes d e e n tre n a m ie n to .

4. Esto ha sido tra ta d o co n m ayor p ro fu n d id ad en M arcelo R aim undo. «La política arm ada en el peronism o. 1955-1966». En: Cuadernos del CISH, n.° 4: La Plata (1998). 5. C orriente sindical (in fo rm al) lid erad a p o r el tra b a ja d o r m etalúrgico A ugusto Vandor, el icono de la burocracia sindical peronista de los años sesenta. 6. Cooke fue deleg ad o d e Perón (podría decirse «su» h o m b re) e n el país en la prim era e ta p a de su exilio y es uno de los sím bolos que re p re se n ta n la «tradición» del peronism o que evoluciona hacia la izquierda, asum iendo posturas revolucionarias. 7. Al parecer, el objetivo no era c rea r u n a organización política en sí, sino ser una organización de form ación de cuadros que luego se in se rta ría n en los diferentes frentes de lucha, y d o tad o s con una preparación teórica suficiente para dlieccionar la acción de esos ám bitos.

I z q u ie rd a p e ro n ista , vio len cia a r m a d a y c lase o b re ra :

3. El M o v im ien to N acio n alista R ev o lu cio n ario T a cu ara (M NRT), que su rg ió c o m o u n a escisió n d el M o v im ien to N a c io n a lista T a cu ara - d e o rie n ta c ió n d e re c h ista e x tr e m a - d e d o n d e so n e x p u lsa d o s u n g ru p o d e jó v e n e s, a raíz de su in te ré s p o r la s e x p e rie n c ia s de liberación nacional de los países del Tercer M undo. In co rp o ra ro n en su ideología política el m arxism o, la id e n tid a d p olítica p e ro n ista y la lu ch a a rm a d a . Son conocidos p o r el a ta q u e re a liz a d o al Policlínico B an cario en 1 9 6 4 , q u e se h a c o n sid e ra d o u n a d e las p rim e ra s a c c io n e s d e g u e rrilla u rb a n a se g ú n la m ística d e esa ép o ca . Si bien luego algunos de sus in te g ra n te s te rm in a ro n presos, a fines de 1 9 6 5 el re sto tu v o c o n tac to s con el g ru p o T u p a m a ro s e n U ruguay, d o n d e p a rtic ip a ro n ju n to s en acciones d e stin a d a s a e n tre n a m ie n to y p e rtre c h a m ie n to . 4. El g ru p o o rg a n iz a d o p o r Á ngel B en g o e c h e a , u n ex m ilita n te d e la o rg a n iz a c ió n tro tsk ista P alab ra O b rera (P O ), q u e d e sp u é s d e la R evolución cubana se o rien ta a la lucha a rm a d a .8 Al re g re sar de un viaje d e e n tre n a m ie n to a C uba en 1963, ro m p e con el líd er N ahuel M o re n o y e n ta b la u n fu e rte d e b a te con M ario R o b e rto S a n tu c h o - f u t u r o líd e r del P artid o R ev o lu cio n ario de lo s T ra b a ja d o re s (PRTERP) - p ero aliado por ento n ces de M oreno, en to rn o a la polém ica foco v e rsu s p a rtid o . D e allí co m ie n z a a o rg a n iz a r u n g ru p o con el fin d e la n z a r u n a g u e rrilla ru ra l e n T u cu m án ; e ste p ro y e c to se a b o rta cu an d o en 1964 estallan explosivos en un d e p a rta m e n to del c e n tro d e B ueno s A ires, m u rie n d o el p ro p io B e n g o e c h e a y v ario s de sus p a rtid a rio s. 5. A lgunos sa c e rd o te s, se m in a ristas y m ilita n te s c ristia n o s id e n tific a ­ d o s co n el M o v im ien to d e S a c erd o te s p a ra el T ercer M undo.L a e s­ tru c tu ra c ió n del gru p o original estuvo fu erte m e n te im p re g n a d a p o r u n a n ecesid ad de e n tr a r en acción rá p id a m e n te a la e sc e n a . 9 Unos a ñ o s m ás ta rd e , sus in te g ra n te s a firm a ría n q u e «en sus co m ien zo s n u e s tra o rg an izació n se fo rm a en b ase a a c u e rd o s e le m e n ta le s » . 10 8. Lo que distinguió a Palabra O brera dentro del conjunto de las organizacio­ nes de izquierda, es que se propuso hacer un «entrism o» político e ideológico en el peronism o. 9. C abría a q u í recordar, que el periodo ab ierto luego del golpe de 1966 es vivido p o r m uchos sectores de la m ilitancia com o un m om ento de quietism o y estancam iento en la lucha. Son tiem pos donde el m ismo Perón hace un llam ado a «desensillar h a sta que aclare». Sin em bargo, debe d e stac arse, que el nivel de conflictividad obrera continuó en un índice im portante d u ra n te fines de 1966 y gran p a rte de 1967. 10. «Prólogo» al d o cu m en to político n.° 1, FAP, 8 de m arzo d e 1971, en D uhalde y Pérez, Las FAP, pág. 203. 159

M arcelo R aim undo

C om o e sta c u e stió n tuvo sus im p lican cias en el d e sa rro llo d e la o rg a­ n ización, ¿cu áles fu ero n estos ac u erd o s? P rim ero , el re c o n o c im ie n to del p e ro n ism o c o m o un m o v im ie n to d e lib erac ió n n a c io n a l, d e fin ic ió n que p e rm ite u n p u n to p o lítico de u n id a d e n tre d iv e rsa s e x p e rie n c ia s q u e lo co n stitu y en . S eg u n d o , la elección de la lucha a rm a d a com o m etodología, ju stificad a p o r el fracaso de los m éto d o s u tilizados con a n te rio rid a d : «No­ s o tro s no d e c id im o s q u e la g u e rrilla se a la ú n ica so lu c ió n , sim p le m e n te c re e m o s q u e es la ú n ic a p o sib ilid ad , la ú n ica fo rm a de lu c h a , p ro te s ta o ex presión q u e les q u ed a a los m ilitarm en te débiles».11 Tercero, el objetivo a cum plir. «N uestros p lan es se red u cen al regreso de Perón y a la vigencia d e u n a P atria J u s ta , Libre y S o b e ra n a » .12 Los p rim e ro s c o m u n ic a d o s del g ru p o , q u e e stá n im p re g n ad o s de un fu erte tin te n a c io n a lista - y en m u ­ chas ocasio n es tam b ién c ris tia n o - d en u n cia n com o p rin cip ales enem igos a la o ligarqu ía, al im perialism o y a las fuerzas arm a d as. En resu m en , para la e ta p a inicial no se e n c o n tra rían , en a p arien cia, g ra n d e s d iferen cias con o tra s o rg a n iz a c io n e s p e ro n ista s q u e e sta b a n p re s e n te s en e se m o m en to , p o r ejem p lo M o n to n ero s y D e sc am isa d o s.13 E n ta b la r u n a lu c h a a tra v é s d e las a rm a s c o m o e s tra te g ia , p a rte de la co n cep ció n fo q u ísta q u e h a b ía a d o p ta d o el g ru p o . El foco g u errillero , s e g ú n lo d e fin ió E rn e sto G u ev ara e n su p o r e n to n c e s d iv u lg a d a Guerra de guerrillas, c u m p liría la d o b le fu n c ió n d e s e r el g e rm e n d e u n fu tu ro «ejército del pueblo» y de d e sp e rta r la conciencia del p u eb lo d em o stran d o la v u ln e ra b ilid a d d el p o d e r m ilita r d e los d o m in a d o re s , a tra v é s d e lo q ue se h a d e n o m in a d o « p ro p a g a n d a a rm a d a » .14 La elecció n d e T ucum án p a ra el inicio d e la lu c h a a rm a d a no im p lica, c o m o p u e d e p a re c e r, u n a 11. «R eportaje de cárcel a cárcel. D ardo Cabo d e sd e la cárcel d e U shuaia, e n tre v ista p or c arta a los guerrilleros de Taco Ralo alojados e n la cárcel de La Plata», e n R oberto B aschetti. Documentos de la resistencia peronista, 19551970. B uenos Aires: E ditorial De la C am pana, 1997, pág. 5 54; se consideraba que un c o n ju n to d e tácticas utilizadas tales com o «golpes, elecciones, huelgas, terrorism o», ya a esa a ltu ra resultaban insuficientes. 12. Ibíd., pág. 555. 13. Poca inform ación hay sobre este g ru p o juv en il qu e al p a re c e r era de extracción socialcristiana. 14. Esta rem ite a la p ro p a g an d a que destaca los hechos de violencia como c read o res de v o lu n ta d y conciencia, frente a la m ás clásica p ro p a g a n d a escrita y discursiva. Al parecer, la teoría del foco en la concepción política de las FAP a principios d e 1969, se m anifestaba de m an e ra p a rticu la r com o se p u e d e ver u n ex tra cto de un d o cu m en to in tern o titu lad o «La g u erra re v o lu c io n a ria del pueblo: sus tareas fundam entales». «Nuestra línea estratégica se diferencia de las otras porque: a) P lantea que el foco debe e star cim entado con bases de apoyo y form ado por gente del lugar, b) Plantea la lucha urbana, c) Plantea un trabajo de superficie». 160

Izquierda peronista, violen cia arm ada y cla se obrera:,

orien tació n hacia el foquism o rural. D u ran te los p re p a rativ o s previos del y.rupo, ya se había ex p resad o u n a tensión e n tre im p u lsar la g u errilla rural o la u rb a n a ; e sta ú ltim a p o sició n fue p la n te a d a p o r el g ru p o q u e v en ía de p a rtic ip a r e n T u p am a ro s y fue re fo rz a d a p o r la c a íd a d e G u e v a ra en Holivia en 1967. Finalm en te se llegó a u n a síntesis d e n o m in a d a «la teo ría de las dos p a ta s » ,15 p ero p a ra el la n z a m ie n to in icial p rim ó la d e cisió n ya to m a d a . S in e m b a rg o , si b ien la c a p tu ra d el d e s ta c a m e n to d e Taco Ralo fue c o n sid e ra d a u n a « d e rro ta táctica» q u e «no in v alid a el m étodo», las FAP no v o lv iero n a in te n ta r o tro en say o de g u e rrilla ru ra l; to d a s sus fu tu ra s accio n es fueron u rb a n a s. El d esarro llo de la din ám ica política y social d el país no h izo m ás que reafirm ar a los m ilitan tes el cam ino elegido. En m ayo de 1969 un estad o de h u e lg a p ro lo n g ad o en C órdoba - u n a d e las c iu d a d e s in d u stria les del p a í s - p ro d u jo u n a reb elió n p o p u la r q u e sitió la c iu d a d d u ra n te los días 29 y 30. C o n o cid a com o el «C ordobazo», p la n te ó e n el c a m p o d e las org an izacio n es revolucion arias la discusión «insurrección» versus «guerra p o p u la r p ro lo n g a d a » (GPP) com o e stra te g ia s p a ra la to m a d e l poder. Al resp ecto , la posición de las FAP fue clara: « N u e stra e s tra te g ia se o p o n e a la te o ría d e la in s u rre c c ió n p o p u la r co m o vía re v o lu c io n a ria . . . El n iv el e n q u e a c tu a l­ m e n te se d esarro lla la ofensiva co n trarre v o lu c io n a ria im pone la lucha a rm a d a com o u n a vía co n d u cen te al triu n fo . D u ran te to d a u n a p rim e ra e ta p a de la lu c h a d e m a sa s se se g u irá n d a n d o en fo rm a n o c o o rd in a d a con las a ccio n es a rm a d a s de las org an izacio n es re v o lu c io n a ria s. . . Es u n a ta re a de los rev o ­ lucionarios e n c o n tra r la m an e ra de unificar, e n u n a estra te g ia d e c o n ju n to , to d a s las fo rm as y niveles d e lu c h a . N u e stra ta re a p o lítica fu n d a m e n ta l e n e ste m o m e n to es tr a ta r d e in ­ c o rp o ra r a las lu ch as re iv in d icativ as m é to d o s sim ila re s a los de la g u e rra rev o lu cio n a ria» .16 Es decir, el C o rd o b azo n o h izo m ás q u e c o n firm a r la lín ea ya to m a d a e h izo v e rse a las FAP (y e n g e n e ra l a v arias o rg a n iz a c io n e s a rm a d a s) co m o n e c e sa ria s p a ra d a r u n a p e rsp e c tiv a re v o lu c io n a ria a las lu c h as p o p u lares. T am bién es posible o b serv ar que p a ra 1 970 el PB de C órdoba se e n m a rc a b a en un p la n te o sim ilar: «Si L an u sse n o s h a d e c la ra d o la

15. D uhalde y Pérez, Las FAP. 16. E quipo de redacción. «Reportaje a las FAP (12 preguntas)». En: Cristia­ nismo y Revolución, n.° 25: (septiem bre de 1970).

161

M arcelo R aim undo

g u e rra d e los im p e r ia lis ta s y cap italistas, n o so tro s d e c la ra m o s la g uerra re v o lu c io n a ria » .17 D espués del g o lp e recib id o en Taco Ralo, co m ien za la reo rg an izació n de las FAP y u n a a c tiv a e ta p a de acciones u rb an as, cuyo pico se d a en 1970 y se m a n tie n e h a s ta m e d ia d o s de 1 9 7 1 . El p e río d o a rr a n c a e n o ctu b re d e 1 9 6 9 con el a s a l to a dos d e sta c a m e n to s p o liciales e n T o rtu g u itas, al n o rte d e B u e n o s A ire s . A cciones de d iv erso tip o e ra n lle v a d a s a cabo, o rie n tá n d o se p rin c ip a lm e n te a la « p ro p a g a n d a d el m é to d o » 18 y tam bién al p e rtre c h a m ie n to , p a r a c o n stru ir u n a in fra e s tru c tu ra o p e ra tiv a . La g a m a d e o p e ra c io n e s fu e variad a: « e x p ro p iacio n es» d e a rm a m e n to s y u n ifo rm e s a tr a v é s d e l a ta q u e a p u e sto s p o liciales, d e l ejérc ito , de la m a rin a e in c lu so a ag re g ad o s m ilita re s e s ta d o u n id e n s e s ; a sa lto s a b a n c o s p a ra r e c a u d a r fo n d o s; robos e n d is tin ta s firm as p riv a d a s co n el fin de d e sa rro lla r lo g ístic a (m áquinas de escribir, fo to co p iad o ras, distinto tip o d e d o c u m e n ta c ió n , autom óviles, m a te ria le s sa n ita rio s, a rtíc u lo s de la b o ra to rio ); c a m p a ñ a s de explosivos ta n to a edificios públicos y em presas ex tran jeras, c o m o a d is tin to s particulares (e n tre ellos m ilita re s); rep arto s de leche y ju g u e te s e n villas m iseria; tom a de radios; lib eració n de presos y a cto s d e ju s tic ia p o p u la r (e jecu cio n es). P aralelo a e ste accio n ar, en 1 9 7 0 fu ero n s u r g ie n d o v arias reg io n ales: C ó rd o b a, M e n d o z a , T ucum án y R osario. E ste d e s a r r o llo llevó a u n a re e s tru c tu ra c ió n , c re á n d o s e una dirección nacio n a l q u e establecía relaciones con las reg io n ales. E stas a su vez fu n c io n a b a n p o r d e sta c a m e n to s, d e los cu ale s h a b ía u n re sp o n sab le q u ie n a la vez fo rm a b a p a rte de la d irecció n re g io n a l.19 Un proceso sim u ltá n e o que se dio en ese p erío d o , fue la c o n stitu ció n d e las O rg a n iz a c io n e s A rm ad as P e ro n istas (O A P), ju n to a M o n to n e ro s,

17. «Toma de la Fábrica Fiat. Peronismo de Base», m ayo de 1970, en Roberto Baschetti. Documentos (1970-1973). De la guerrilla peronista al gobierno popular. B uenos Aires: E ditorial De la C am pana, 1995, pág. 71; se ad v ierte tam bién ver en e ste v o lan te q u e el PB para estos m om entos ten ía claras p o stu ra s clasistas, consignas que todavía n o estaban presentes en el repertorio de las FAP. 18. Es in teresan te v e r la constante búsqueda de significación que se trataba de d a r con los com unicados, pues todos los volantes son em itidos como «parte de guerra». 19. En general los com unicados posteriores a las op e rac io n e s arm ad as e ran firm ados p o r d e stac am e n to s (Eva Perón, Felipe Valiese, etc.) y en algunas ocasiones, por com andos que pertenecían a los m ismos. En el caso de la regional B uenos Aires, e n tre los destacam en to s y la dirección existieron las colum nas (con funciones específicas), que nucleaban varios destacam entos. E ntre ellas, la «colum na de superficie», dedicada al trabajo de m asas, pero p ara esos m om entos era (le escaso desarro llo y cum plía en realidad una función de reclutam iento.

Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:.

las F u erzas

A rm ad as R ev o lu cio n arias (FAR)20 y D escam isad o s. El eje de la re la c ió n se a rg u m e n tó d e la sig u ie n te m a n e ra : «Lo q u e n o s se p a ra , creem os, n o es de fondo, p ro b lem as políticos q u e no son fu n d a m e n ta le s, y lo q u e n o s u n e sí es fu n d a m e n ta l: 1) la m e to d o lo g ía ; 2 ) el e n e m ig o y el o b jetiv o final».21 Sin e m b a rg o , to d o q u e d ó e n u n a e x p e rie n c ia de co lab o ració n y no llegó a m ad u rar.

La alternativa independiente: de las primeras discusiones a la homogenización En el añ o 1971 im p o rtan tes cam bios su ced en en las FAP, q u e te rm in a ­ ron p o r p ro v o car u n a refo rm u la ció n en las co n cep cio n es p o lítico -id eo ló ­ gicas, e n las p rá c tic a s y en la p ro p u e s ta o rg a n iz a tiv a . V arios fa c to re s ju g a ro n en su irru p ció n . U no d e ellos es la m o d ificació n d e la c o y u n tu ra p o lític a n a c io n a l: la d ic ta d u ra m ilita r e stá in m e rsa e n la e m e rg e n c ia de u n p ro c e so de m ovilización social y u n ciclo d e p ro te sta , q u e p ro m u e v e u n a e stra te g ia a p e rtu rista d e re tira d a p o r p a rte las fu erzas a rm a d a s; te rm in a p o r a n u n ­ ciar un próxim o llam ad o a elecciones. A esto, se su m ó la reco n sid eració n de lo q u e se ju z g a b a com o «la situ ació n de lu ch a d e m asas» q u e se ab rió con el C o rd o b a z o . A m bas c u e stio n e s se c o n ju g a ro n p a ra d a r lu g a r a la a p a ric ió n a u n n u ev o « p ro b lem a político»: se p la n te a co m o n e c e sid a d u rg e n te « d a r u n a re sp u e sta político - o rg an izativ a - m ilita r q u e su p e ra ra el a is la m ie n to d e las m a sa s y q u e c o n tu v ie ra el ca m b io d e re la c ió n d e fu erzas q u e se in sin u a b a en las clases d o m in a n te s e n tr e sí y co n el p u e ­ blo».22 C abe a c la ra r q u e e ste p la n te o n o fu e ex clu siv o d e las FAP, sino q u e ta m b ié n afectó a las OAP e n g e n e ra l; m ás a d e la n te se tr a ta r á de 20. Las FAR fue una organización guevarista que term in a p or incorporarse al peronism o p or conisderarlo un m ovim iento de liberación nacional. 21. «Con las arm as en la m ano», abril de 1971, en B aschetti, Documentos (1970-1973). De la guerrilla peronista al gobierno popular, pág. 230. 22. FAP Regional Buenos Aires, ed. Proceso de la organización. 30 de julio de 1973. D ocum ento inédito, este docu m en to fue p roducido p or el se c to r de las FAP que se hace con la conducción de la regional, que oficiaba las veces de dirección nacional a fines de 1972. Unos m eses d espués son desplazados, de hecho organizándose las FAP Com ando Nacional como dirección a nivel nacional de la organ izació n hasra su disolución final. Aquel secto r buscó llegar a una especie de síntesis de las discusiones que a continuación se verán y acercarse asi n la Tendencia Revolucionaria Peronista, pero antes de llegar a ello se disolvió. En este d o cu m en to se puede ver una reconstrucción de la historia de las FAP hasta m arzo de 1973 y tiene un fuerte com ponente crítico de las «desviaciones» que sufrió la organización d u ra n te los debates internos de los años 1971-1972. 163

M arcelo R aim undo

i n t e r p r e t a r p o r q u é fu e r e s u e lto d e u n a f o r m a p a r ti c u l a r p o r p a r te d e a q u e lla s . ¿ C ó m o fu e i n t e r p r e t a d a la n u e v a c o y u n tu r a y c u á le s f u e r o n su s im ­ p lic a n c ia s ? : « (E )n e s te m o m e n to se n o s p r e s e n t a la n e c e s id a d d e te n d e r a la c o n v e r g e n c ia d e n u e s tr o a c c io n a r c o n e l d e s a r r o llo d e la s lu c h a s p o p u la r e s : e n d e fin itiv a , p a s a r d e la e ta p a d e l fo c o c o m o g e n e r a d o r de c o n c ie n c ia a la e ta p a d e la g u e r ra p o p u la r p r o lo n g a d a . E sta p ro b le m á tic a fu e la q u e c o n d u jo al r e p lie g u e d e la s OA P: h o y d e lo q u e se t r a t a e s d e c o n v e r tirn o s e n u n a a lte rn a tiv a p o lític o o rg a n iz a tiv o , e n u n a o p c ió n re v o ­ lu c io n a ria p a r a el c o n ju n to d e l M o v im ie n to . E sto im p lic a d a r re s p u e s ta a la c r e c ie n te e x p e c ta tiv a d e l g r u e s o d e lo s a c tiv is ta s d e l m o v im ie n to , a la c la s e o b r e r a e n s u c o n ju n to , c o m o ú n i c a fo r m a d e a lc a n z a r u n a e ta p a c u a lita tiv a m e n te s u p e r io r » .23 S e p u e d e v e r p la s m a d o a q u í e l inicio d e la c r ític a a l f o q u is m o , « fo rm a o r g a n iz a tiv a q u e s ó lo e n c u a d r a a los m a y o r e s n iv e le s d e c o n c ie n c ia , in d iv id u a le s , s e p a r á n d o l o s d e la lu ch a d e m a s a s » ,24 y u n a e ta p a q u e a b r e la b ú s q u e d a d e u n « n u e v o m o d e lo o r g a n iz a tiv o » , q u e c u lm in a r á r e c ié n h a c ia 1 9 7 3 . S e a n ti c ip a n ta m b ié n d o s p a la b r a s q u e r e c o r r e r á n y v e r te b r a r á n el d is c u rs o d e la o rg a n iz a c ió n d e a q u í e n a d e la n te , a lte rn a tiv a y clase obrera, té rm in o s c u y a in c lu s ió n en la n u e v a p r o p u e s t a n o se p u e d e n e x p lic a r e x c lu s iv a m e n te p o r « la crisis d e l fo q u is m o » y q u e e n tr e o t r a s c o sa s - a u n q u e d e m e n o r im p o r ta n c ia q u e s u s c o n s e c u e n c ia s f u n d a m e n t a l e s - lle v ó a l fin d e la « h e rm a n d a d » c o n la s OAP. El « D o c u m e n to P o lític o » n .° 1 ( D P I ) e n c e n d ió la m e c h a q u e h iz o e s ta lla r u n o s m e s e s d e s p u é s las c o n tra d ic c io n e s e x is te n te s e n la o rg a n iz a c ió n , d e ja n d o e x p líc ita la e x is te n c ia d e d o s lín e a s c o n tra p u e s ta s : los « a lte m a tiv is ta s » y los « m o v im e n tista s» . V arios a u to r e s , h a n s u s c rip to q u e e n la iz q u ie rd a p e r o n is ta se p u e d e n re c o n o c e r la s lín e a s a n te r io r m e n te m e n c io n a d a s c o m o d o s c o r rie n te s con c a r a c te rís tic a s d ife re n c ia d a s y q u e se a so c ia ro n a o rg a n iz a c io n e s d istin ta s: M o n to n e ro s , FAR y D e sc a m isa d o s fu e ro n los m o v im e n tis ta s , y la s FAP-PB y el M o v im ie n to R e v o lu c io n a rio 17 d e O c tu b re (M R 1 7 ) lo s a lte m a tiv is ta s .25 23. «Am pliación del D ocum ento Político» n.° 1, de sep tiem b re de 1971, D uhalde y Pérez, Las FAP, pág. 227; en realidad es la carátula de un im portante d o c u m e n to que provocó un am plio d e b ate en la o rganización, el «D ocum ento Político»» n.° 1, de en ero d e 1971. A p a ren te m e n te en su red acció n tuvo parti­ cipación Jo rg e C afatti, un ex MNRT que tuvo m ucho peso en las definiciones lilrológico-políticas de esta etapa de las FAP. 2*1. FAP Regional Buenos Aires, Proceso de la organización. 2.r>. lint re ellos el clásico de Richard Gillespie. Soldados de Perón. Los M onto­ neros. Buenos Aires: Grijalbo, 1988, en el caso del MR17, que se fundó en 1970 y e n cu en tra sus raíces en la ju v en tu d del MRP, se planteó m ás com o alternativista ideológico que político. 164

Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:

|V ro a q u í q u e d a claro , q u e en e sta e ta p a la te n s ió n se d a ta m b ié n al in terio r d e u n a sola o rg a n iz a c ió n . ¿C uál e ra el c o n te n id o específico «U* e sta « a lte rn a tiv a » , q u e im p licó la crisis in te rn a d e las FAP, crisis no m a n ife sta d a e n las o tra s o rg a n iz a c io n e s p e ro n ista s q u e ig u a lm e n te p o r esos m o m e n to s viero n la insuficiencia o rg an iza tiv a d el fo q u ism o ? Para in te n ta r re s p o n d e r a e sta p re g u n ta , h a b ría q u e in d a g a r lo q u e ■ c e d ió p o s te rio rm e n te a Taco Ralo. L uego de c a e r el g ru p o g u e rrille ro rural, el s e c to r re s ta n te q u e d a d e b ilita d o y se p o d ría d e c ir casi d e sp e ro n izad o , e n el se n tid o q u e el g ru eso de los activ ista s q u e so n d e te n id o s rrn n los q u e v e n ía n d e «la ex p erien cia del m o v im ien to » . Así, las n u ev as in co rp o ra c io n e s en e sta e ta p a p ro v ie n e n d e g ru p o s u n iv e rsita rio s y de izq u ierd a, p e ro a lre d e d o r d e 1 9 7 0 in g re sa n a las FAP u n c o n ju n to d e m ilitan tes, q u e se g ú n los d o c u m e n to s y te stim o n io s, s e rá n los q u e te n ­ d rá n u n p a p e l fu n d a m e n ta l en la n u e v a o rie n ta c ió n : los lla m a d o s «XX», c o m p u e sto p o r a c tiv ista s o b re ro s p e ro n ista s q u e h a b ía n p a rtic ip a d o d e la CGT d e los A rg en tin o s (CGTA),26 alg u n o s de ellos ta m b ié n c e rcan o s a la ARP de C ooke, y cuyo re fe re n te e ra el o b re ro m e ta lú rg ic o R ay m u n d o Villaflor. Este cam bio de com posición te n d rá com o c o rrela to un rep lan teo sobre la p o lítica d e la o rg a n iz a c ió n y p o r lo ta n to p o n d rá e n te n sió n los acuerdos que perm itió la form ación del gru p o original. Se p u e d e ob serv ar cuáles so n los rasg o s q u e se a trib u y e ro n e ste sector, a p a rtir d e u n a cita extensa d e un d o c u m e n to posterior. «Visión e stra té g ic a (G ru p o XX): 1. C o n te n d rá c o m o a sp ecto s positivos fu n d a m e n ta le s: a ) En lo id e o ló g ic o -e stra té g ic o : la v isió n d e la lu c h a d e clases y n e c e sid a d d e la h e g e m o n ía d e la clase o b rera en el proceso de Liberación N acional y Social, c o n s e c u e n te con la n e c e sid a d d e o rg a n iz a c ió n de la clase o b re ra p e ro n ista e n fá b ric a y e n d is tin to s niveles d e vio len cia h acia la GPP. 2. C o n te n d rá co m o asp ecto s n eg ativ o s fu n d a m e n ta le s: a ) En lo político: n in g u n a resp u esta política a la nueva s itu a c ió n d e las clases d o m in a n te s ; n e g a c ió n d e la e x iste n c ia d e u n a b u rg u e sía n a c io n a l; n e g a c ió n de la im p o rtan c ia de las cap as m ed ias e n n u e stro país;

26. Fue la central sindical nacional com bativa, enfrentada a la m ás concilia­ dora CGT. N úcleo e n tre 1968 y principios de los años se te n ta a varios sectores radicalizados del peronism o y la izquierda. 165

M arcelo R aim u n d o

su b e stim a c ió n de P eró n , n eg an d o su rol co m o líd e r re v o lu c io n a rio , b) E n lo m etodológico: se considera to d a co n trad icció n c o m o a n ta g ó n ic a y se resu elv e n e g a n d o m e c á n ic a ­ m e n t e u n polo (e s to in iciará lu e g o u n a se rie de r u p tu r a s m en o res e n la o rg a, q u e e m p e z a rá co n la s e p a r a c ió n de la v isió n u n iv e rsita ria ); to d a e x p re ­ s ió n p o lítica e x p re s a m e c á n ic a m e n te a u n a clase, p o r lo ta n to , a a n ta g o n is m o s d e clase (lo s o sc u ro s s e rá n los pequebu, n o so tro s la clase o b re ra) (sic)».27 E stas fu e rte s d efin ic io n e s, s e r á n la b ase d e l D P I (ro l c e n tra l d e la clase o b re ra c o m o su je to rev o lu cio n a rio , c o n tra d ic c io n e s al in te rio r del m o v im ie n to p e ro n is ta , im p o sib ilid ad d e a lian z a co n la b u rg u e s ía n acio ­ n al, c u e s tio n a m ie n to d el rol re v o lu c io n a rio d e P e ró n ) y p ro v o c a rá n el é x o d o h a c ia m e d ia d o s d e 1971 d e l s e c to r «oscuro», id e n tific a d o co n el d e s ta c a m e n to u n iv e rsita rio , q u e a d h e ría a la p o s tu ra m o v im e n tis ta (el p e ro n ism o c o m o m o v im ien to sin c o n tra d ic c io n e s d e clase y la visión de P eró n co m o líd e r re v o lu c io n a rio ). De e sta m a n e ra la n u e v a p ro p u e s ta , la « a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te de la clase o b re ra y el p u e b lo p e ro n ista » , significaba la a d o p c ió n d e una d efin id a posición clasista, q u e p ro p o n ía la o rg an izació n p o lítica au tó n o m a de los obreros p ero n istas p o r fu era de las e s tru c tu ra s fo rm a le s d el m o v im ien to p e ro n ista . Si b ien la relativ izació n d el ro l d e P e ró n e n la co n d u cc ió n d e l p ro c e so re v o lu c io n a rio n o fue e x p re s a d a p ú b lic a m e n te p o r o b v io s m o tiv o s p o lítico s, fue u n a cu e stió n que provocó te n sio n e s constantes h acia d e n tro y fuera de la organ izació n d u ra n te to d a su tra y e c to ria , te n s io n e s q u e p u e d e n se r a m p lia m e n te e n ­ c o n tra d a s e n to d a s las fo rm u lac io n e s d iscu rsiv as p ro d u c id a s a p a rtir de ese m o m e n to . El la n z a m ie n to d e la a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te (AI) tuvo recepción en v ario s sindicalistas de la ex CGTA (O ngaro, Di Pascuale, Gui­ llan), secto res d e la JP de Vicente López y B uenos Aires, el M ovim iento de Bases P ero n istas d e M ar del P lata y p rin c ip a lm en te d e l PB d e C ó rd o b a,28 a lla n a n d o el c a m in o p a ra la u n id a d d e las d o s o rg a n iz a c io n e s y p a ra la ex p an sió n d e l PB a nivel n acio n al. La nu ev a o rie n ta c ió n co n ten ía tam b ién un in g re d ien te de su m a im por­ tan cia: la c rític a a la fo rm a d e o rg a n iz a c ió n le n in ista , a la co n stru cc ió n «desd e arrib a» , d e s d e u n p a rtid o d e c u a d ro s q u e a rtic u la y d irig e al m o ­ v im ie n to d e m a sa s. Los m ilita n te s de las FAP p e n s a b a n a la a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te co m o u n a h e rra m ie n ta , un a p o rte a la o rg a n iz a c ió n de la 27. FAP Regional Buenos Aires, Proceso de la organización. 28. Como se dijo, el PB cordobés tenía ya claras concepciones clasistas desde tiempo atrás. 166

Izquierda peronista, violen cia arm ada y cla se obrera:.

d a s e o b re ra p e ro n ista , « (Q )u e es u n a o rg a n iz a c ió n a c o n stru ir, q u e no rs " tu ” o rg a n iz a c ió n . N o so tro s d e cía m o s q u e n u e s tra o rg a n iz a c ió n e ra una h e rra m ie n ta estraté g ic a al servicio, tra n sp o rta d a a esa o rg an izació n , p ero q u e n o é ra m o s n o so tro s» .29 La fo rm a le n in is ta n o só lo p re s e n ta b a rl p ro b lem a de la « ex tern alid ad » d e sd e el p u n to d e v ista d e la d irecció n política, s e g ú n o tro ex m ilita n te : «A n u e stro c riterio e sta e ra u n a fo rm a de c o n stru c c ió n e rró n e a p o rq u e le q u ita b a p ro ta g o n ism o a la p ro p ia estru ctu ra de m asa. E ntonces se nos acu sab a de basistas p o rq u e no so tro s decíam os que la o rg an izació n d ebía re p re se n ta r la form a de construcción que era accesible al p u eb lo , q u e no e ra p osible p e n sa r e n e stru c tu ra s de o rg an izació n q u e ten g a n u n a d in á m ic a m u y d is tin ta a la d in á m ic a d e la m ilitancia p o p u lar ( . . . ) . E ntonces había que acom odar, si q u eríam o s que la o rg a n iz a c ió n fu e ra de la clase o b re ra , la fo rm a d e v id a in te rn a d e la org an izació n a la d in ám ic a de la p rá c tic a social de la clase o b rera » .30 Es in te re sa n te ta m b ié n v er el im p acto q u e tuvo la a d o p c ió n d e u n a co n c e p ­ ción o rg a n iz a tiv a d is tin ta , q u e p o r su p u e s to e s ta b a in d iso c ia b le m e n te lig ad a a la to m a d e p osició n c lasista. Si el o b je tiv o e ra c o n s tru ir u n a « h erram ien ta» d e ese tipo, «Eso te m odificaba to d a la p ráctica, toda tu visión de cóm o te p a ra b a s fre n te a la re a lid a d . P o rq u e vos sa cas u n v o la n te , o p a rtic ip a s e n u n co n flicto , o h a c es u n a acció n a rm a d a , y tenés q u e e sta r verifican d o p e rm a n e n te m e n te si a c e rta ste o no, có m o lo to m a ro n , a p o rta m o s, n o a p o rta m o s, u n a d isc u sió n p e rm a n e n te so b re q u é es lo q u e e sta m o s h a c ie n d o . Q u ié n tie n e la p o sició n d e l p a rtid o de la clase, ese p ro b le m a y a lo tie n e re s u e lto . En ú ltim a in sta n c ia , es u n a c o n c e p c ió n casi religiosa. Es decir, reem p lazan a Dios y p o n en a la h e rra m ie n ­ ta científica, o a la clase o b rera, p o r lo q u e so n co n cep cio n es q u e se ju s tific a n a sí m ism as. Las accio n es e stá n ju stific a d a s en sí m ism as».31 Para afin ar y afirm ar el n uevo m odelo de o rg an izació n y las p rácticas d e s tin a d a s a la clase o b re ra , c o m ien z a e n se p tie m b re d e 1971 el lla m a ­ do «P roceso de H o m o g en e iz a c ió n Política C om pulsiva», c o n o cid o com o I PHPC, que reo rie n tó la o rg an izació n hacia la actividad in te rn a y provocó co n secuencias no b uscad as. R especto a este proceso, el an álisis q u e hace 29. E ntrevista a G uillerm o (FAP, Regional Eva Perón, es decir La Plata, 1 Berisso y E nsenada). Los testim onios serán citados con los nom bres de guerra de I los m ilitantes entrevistados. 30. Entrevista a Raúl (FAP, Regional Eva Perón). 31. E ntrevista a Guillerm o. 167

Marcelo R aim undo

Luvecce32 d e ja la im a g e n de u n a activ id ad con u n fu e rte c a rá c te r d e fo r­ m ación teó rica, d a d a p rin c ip a lm e n te p o r la influencia d e Louis A lthusser y M arta H arnecker. En los hechos, la im p ro n ta a lth u sse ria n a estu v o dada p or la o rie n ta c ió n q u e le d io el « g rupo d e e la b o ra ció n » q u e c o m a n d ó el PHPC, e n el s e n tid o d e la n e c e sid a d a c e n tu a r la « p rác tic a teó rica» . Es decir, h a b ía q u e c a p a c ita rs e p ro fu n d a m e n te a n te s d e in ic ia r c u a lq u ie r práctica política, cu estió n que re d u n d ó en la re tira d a de to d o s los frentes políticos y sindicales m ien tras d u ró el proceso. Pero en re alid a d , si bien a p artir de d istin to s testim o n io s se ad v ierte q u e la fo rm ació n in tele ctu al se n utrió de d iversos a u to re s y líneas de p e n sa m ie n to político (M arx, Lenin, M ao, F an ó n , L u x e m b u rg o , Potere O peraio, R o ssa n d a, H o C hi M inh, Lúkacs, Pichón R iviere, H ern á n d e z A rregui y C ooke e n tre o tro s), al p arecer ta m b ié n «No h a b ía un m a n u a l. De o rie n ta c ió n y d e la b ú sq u e d a seg u ro ( . . . ) p e ro no h a b ía le c tu ra s oficiales d e p la n te o teó ric o » .33 En el PHPC se leyeron y d isc u tie ro n so b re to d o d o c u m e n to s in te rn o s p ro d u c id o s por el g ru p o q u e lo c o o rd in ó , m u c h o s d e los c u a le s se re fe ría n a la h isto ria del p e ro n ism o . E ste d a to re s u lta d e in te ré s a la h o ra d e p e n s a r cuál era la g u ía o d e sd e q u é c o n c e p c io n e s se e la b o ra b a la p ro p u e s ta p a ra la n u e v a o rg a n iz a c ió n . Y h e a q u í el e le m e n to n o v e d o so , d e s d e el que b u sc a ro n d ife re n c ia rse d e l re sto de las p ro p u e s ta s p o líticas: «La fu en te d e la te o ría e s tá en la e x p e rie n c ia a c u m u la d a d e los tra b a ja d o re s , y no e n el s a b e r cien tífico . El m arx ism o es u n a h e rr a m ie n ta d e a n á lisis p a ­ ra s a c a r c o n c lu sio n e s y e x p e rie n c ia a c u m u la d a . E n to n c e s, ¿ d ó n d e está n u e stra v e rd a d ? E stá en las cosas q u e fu e ro n h a c ie n d o los tra b a ja d o re s y q u e n o so tro s re v isa m o s. Pero a d e m á s, esa v e rd a d q u e sa c a m o s hoy la v am o s a p o n e r en p rá c tic a a v e r si es c ie rto , a v e r si sa c a m o s bien la co n clu sió n , p o rq u e ta m b ié n la e x p e rien c ia a c u m u la d a p u e d e se r o tra vaca s a g ra d a » .34 El eje p a sab a p o r re s c a ta r las ex p e rie n c ia s d e lu c h a de la clase o b re ra p e ro n ista y d e allí e x tra e r la experiencia a cu m u la d a , p ara d e lin e a r la p ro p u e s ta d e a u to n o m ía y h e g e m o n ía d e la clase o b re ra en el pro ceso rev o lu c io n ario , co m o ta m b ié n las fo rm as de lu c h a a d e c u a d a s p a ra a c tu a r e n él. A p a rtir de la n oción d e ex p e rie n c ia a c u m u la d a - q u e al re c o rre r la p ro d u c c ió n discursiva de la o rg an izació n d e sd e e sta e ta p a , ta n to e n v o la n te s, d e c la ra c io n e s, re p o rta je s, d iscu rso s, d o c u m e n to s , se p u ed e e n c o n tra r in n u m erab le c an tid ad de v e c e s - se buscab a resignificar las d istin ta s ex p e rie n c ias y luchas o b re ra s, sien d o el p u n to de referen cia p a ra e v a lu a r ta n to d e rro ta s co m o victorias.

32. Luvecce, Las Fuerzas Armadas Peronistas y el Peronismo de Base, págs. 9799. 33. Entrevista a Lucio (FAP, Regional Buenos Aires). 3*1. liiitiw is ta a G u illerm o .

IfiM

Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:.

El PH PC tu v o d is tin ta in c id e n c ia se g ú n las re g io n a le s. De a c u e rd o con los te s tim o n io s, d o n d e se llevó a cab o m á s c o n s e c u e n te m e n te fue en la z o n a d e C ap ital F ed eral y B uenos A ires, p e ro p o r e je m p lo , e n M ar d el P la ta n o tu v o g ra n p re d ic a m e n to y e n el caso d e C h aco « c u a n d o lle g a b a n los p a p e le s d el PHPC los tira b a n » .35 En las re g io n a le s d o n d e se lo im p le m e n to d e c id id a m e n te significó u n c ie rre h a c ia a d e n tr o d e la o rg a n iz a c ió n y u n a b a n d o n o d e las p rá c tic a s m ilita n te s. E sto fu e la c au sa d e u n a n u e v a crisis, p u e s la re tira d a d e los fre n te s se e x te n d ió m u ch o m á s d e lo p e n s a d o in ic ia lm e n te - h a s t a s e p tie m b re d e 1 9 7 2 en m o m e n to s q u e u n a c re c ie n te m o v ilizació n d e m a sa s e n to m o a la a p e rtu ra e le c c io n a ria lle v a d a a d e la n te p o r la d ic ta d u ra m ilita r e s ta b a sien d o c a p ita liz a d a p o r M o n to n e ro s, a tra v é s d e la J u v e n tu d P ero n ista d u ra n te la c a m p a ñ a del «Luche y Vuelve». En v ista d e ello , el PHPC fue d e sg a já n d o se y los m ilita n te s lo a b a n d o n a ro n p ro g re siv a m e n te . E stas cu e stio n e s p ro v o caro n q u e la direcció n d ie ra p o r te rm in a d o el PHPC, lo que c o n d u jo a u n a ru p tu ra co n el s e c to r q u e e sta b a m ás in te re s a d o en p ro fu n d izarlo : los «ilum inados», co n sid erad o s los m ás «ideo lo g istas» .36 Se h a rá aquí un p arén tesis p a ra tra ta r u n te m a ta n g e n c ia lm e n te , a u n ­ que n o p o r ello m en o s im p o rta n te : la a c titu d de la d irecció n . En el caso d e las FAP se p u e d e o b se rv a r u n a c ie rta ev o lu c ió n , q u e v a d e sd e u n a p o s tu ra m á s tra d ic io n a l y v ertic al, co m o e n el caso d e la crisis d e los «oscuros» (c u a n d o d e te rm in a q u e los q u e tie n e n d ife re n c ia s n o o p e re n h a sta q u e esta s n o se so lu c io n e n ) o d e los « ilu m in ad o s» (q u e p ro v o ca com o ya dijim os su alejam ien to ), a u n a que e sta rá m ás a c o rd e a la n u ev a p ro p u e s ta d e d e sa rro llo , d o n d e la d ire cc ió n in te n ta r á te n e r u n lu g a r m ás d e in te rm e d ia c ió n y c o o rd in a c ió n . En g e n e ra l, los te s tim o n io s de m ilitantes, salvo alg u n as ex cepciones,37 reco n o cen el alto g rad o de d em o ­ cracia in te rn a d e la o rg an izació n , la am p lia p articip ació n d e los distin to s niveles e n la e la b o ra c ió n d e po lítica, m ás a ú n e n el fu n c io n a m ie n to d el PB, q u e fue reco n o cid o ta n to d esd e d e n tro co m o d e sd e fu e ra , co m o una o rg an izació n «federativa».™ Todas estas fu ero n cu estio n es q u e d eriv aro n 35. Ibíd. 36. El grupo de los «ilum inados» rom pe con la organización, lo que implicó la separación tam bién de los grupos interm edios y de base ligados a ellos. Luego e n 1973, algunos de los «ilum inados» se reintegran a la m ism a. 37. Por ejem plo, en un testim onio que aparece en Pablo Pozzi y A lejandro S chneider. Los setentistas. Izquierda y clase obrera: 1969-1976. B uenos Aires: EUDEBA, 2 000, d o n d e «El Negro» afirm a la existencia de v erticalidad en el eje Buenos A ires/Interior. 38. En Luvecce se puede encontrar un testim onio que m uestra la concepción de trabajo político: «En vez de im poner una línea, se aspiraba a crear una política propia, específica. No se tra ta b a de la aplicación de d e te rm in a d o s principios o 169

M arcelo R aim undo

en u n a escasa conflictividad e n tre la d in ám ica del fren te de m asas y la lu­ cha a rm a d a , u n a diferen cia im p o rta n te re sp e c to de o tra s o rg an izacio n es arm a d a s, c o m o p o r ejem plo M o n to n e ro s, d o n d e sus m ilita n te s n u m e ro ­ sas veces h a n reco n o cid o las te n sio n e s q u e p ro v o c a b a n las o p e ra c io n e s a rm a d a s e n re la c ió n al d e sa rro llo d e la p o lític a a niv el b ase. P e n sa r en este se n tid o el caso de las FAP-PB, p e rm itiría sa lir u n p o co d el e sq u e m a q u e ex p lica la fa lta d e d e m o c ra c ia a c a u sa d el d e sa rro llo de u n a p a ra to m ilitar, es d ecir q u e a p are n te m e n te esta « desviación», no sería resu ltad o exclusivo de u n a política de lucha arm a d a , sino m ás b ien d e d ete rm in ad a « e stra te g ia a rm a d a » , que a p a rtir d e e n fa tiz a r a la a rm a d a c o m o fo rm a su p e rio r d e lu ch a, prio riza la c o n stru cció n d e un ejército rev o lu cio n ario , y por lo ta n to lo m ilita r te rm in a p o r su b su m ir a lo político. La evolución po lítico id e o ló g ic a d e las FAP, d e u n fo q u ism o d o n d e el foco a su m e un papel cen tral y los frentes son solo «organism os de superficie» o «bases de apoyo», a p o n e r la lucha a rm a d a «al servicio de la clase obrera», perm itió e s q u iv a r la te n d e n c ia h acia u n a p re p o n d e ra n c ia m ilita rista , fe n ó m e n o que ta m b ié n se p o d ría v e r co m o u n triu n fo fre n te a la c o n so lid a c ió n de un a p a ra to b u ro crático -m ilitar en la o rg an izació n , q u e h u b ie ra te n d id o a afirm a r su s p ro p io s in te re se s, com o to d a b u ro c ra c ia , so b re los objetivos p o lítico s.39 El p e río d o de crisis que d e sa tó el PHPC no se so lu cio n ó con el éxodo d e los « ilu m in ad o s» , sin o q u e d e jó in s ta la d a u n a d isc u sió n m a y o r: la falta d e u n a lín ea po lítica, so b re to d o e n re la c ió n a la n u e v a c o y u n tu ra . La c u e stió n d e riv ó e n lo q u e se llam ó - a fin es d e 1 9 7 2 - el « g o lp e de Estado», q u e se dio en la R egional B uenos Aires y resu ltó en un recam bio d e la d ire cc ió n y e n u n re to m a r la p o s tu ra m o v im e n tis ta , p e ro n o en el sen tid o p la n te a d o p o r los «oscuros», sino en p o s d e la artic u la ció n con la T endencia R evolucionaria P eronista.'10 La e ta p a co n clu irá con u n a nueva ru p tu ra , c u a n d o se o rg a n iz a n las FAP C o m an d o N acio n al, ya en la etap a pos ele c c io n a ria de m arz o de 1 9 7 3 , q u e c o n s titu irá n las FAP d efin itiv as con el c la ro p erfil a lte rn a tiv ista q u e te n d r á n h a s ta su d e sa p a ric ió n ; papolítícas, sino de la creación de política». Luvecce, Las Fuerzas Armadas Peronistas y el Peronismo de Dase, pág. 108. 39. Sin em b arg o , es necesario e n fatiz a r que e ste cam bio en el estilo de dirección se consolida lentam ente y com ienza a funcionar m ás claram ente hacia fines de 1973. 40. Conocida com o «la Tendencia», esta postura política consideraba a modo de síntesis el potencial revolucionario del p e ronism o con la n e ce sid ad de una lucha a su interior, ya que consideraba la existencia de proyectos irreconciliables en su seno. Si bien sus orígenes se rem ontan a 1969 y convocó inicialm ente a un am plio espectro de m ilitantes, p ara 1972 o rg anizativam ente se e n co n trab a bajo la hegem onía d e M ontoneros, 170

Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:.

le la m e n te se d a rá u n a rá p id a e x tin c ió n d e las FAP R e g io n al B u en o s ires, que h ab ían q u ed ad o com o d isid en tes.41 Es d ecir q u e recién a p a rtir de e ste m o m e n to se p u e d e c o n sid e ra r c o m o c o n so lid a d a la n u e v a lín ea p o lítica d e la o rg a n iz a c ió n , p la s m a d a en la c re a c ió n d e la « a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te » , q u e a p u n ta b a a a c tu a r d e fo rm a d ife re n c ia d a : «En lo ideológico, so s ten ien d o la necesidad de co n stru ir la p a tria socialista. En lo ~olítico d á n d o n o s u n a política q u e no sea c ap italizad a p o r la b u ro cracia y la b u rg u e sía . En lo organizativo, crea n d o la o rg an iza c ió n p o lítico -m ilitar de la clase o b re ra y el p u eb lo p e ro n ista . En lo m etodológico, d á n d o n o s una m eto d o lo g ía que vaya de ab ajo hacia a rrib a, d esd e las b ases h acia la d irección».42 De a h í en m ás, to d o s los e sfu erzo s se o rie n ta ro n al tra b a jo p olítico en la clase o b rera.

Algunas cuestiones de concepción Si bien el tra ta m ie n to h a sta aq u í re aliza d o h a p e rm itid o a c la ra r a lg u ­ n as d e las c o n cep cio n es p o líticas e id eo ló g icas q u e se fu e ro n p e rfila n d o en las FAP, se ría n e c e sa rio re s a lta r o tra s q u e h ic ie ro n a la p a rtic u la r id e n tid a d d e la o rg an izació n . U na, q u e se p u e d e c o n sid e ra r e n tre las m ás c o n tro v e rtid a s al m en o s re s p e c to d e o tra s o rg a n iz a c io n e s p e ro n ista s , es la c a ra c te riz a c ió n q u e re a liz a b a n d e P eró n . C om o se h a v isto , u n o d e los c o n te n id o s fu e rte s d e la a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te e ra el c u e s tio n a m ie n to al ro l d e lid e ­ razg o e s tra té g ic o d e P eró n co m o c o n d u c to r d e l p ro c e so re v o lu c io n a rio , p o r c o n sid e ra rlo u n líd er b u rg u é s. E ste p o sic io n a m ie n to re s u ltó e n un d ile m a p a ra la o rg a n iz a c ió n , c o m o b ien lo h a s e ñ a la d o G illespie: «(E )l a p o y o q u e la clase o b re ra d a b a a a q u e llo s “a lte rn a tiv is ta s ” e ra d e m a ­ sia d o d éb il p a ra q u e re n u n c ia ra n a la p ro te c c ió n d el g e n e ra l. P or se r ta n g ra n d e la a u to rid a d d e este, p a re cía p ru d e n te n o le v a n ta r a lb o ro to re sp ecto a sus m a n io b ra s, y usar, en vez d e ello, su re tó ric a y su s gestos 41. T am bién se org an izaro n las FAP 17, por p arte d e los m ilitantes de Taco Ralo que fueron liberados d e prisión en m ayo de 1973, pero tuvieron u n a corta duración. Algunos de sus integrantes volvieron a las FAP y otros se incorporaron a M ontoneros. 42. «Argentina M ontonera. Chaco. Peronismo de Dase», 2 0 /1 2 /7 3 . Docum en­ to inédito. Cabe a clara r que la definición político-ideológica de las FAP term ina por a lla n a r el proceso de confluencia con el PB. Am bas o rg anizaciones habían c om enzado u n a e strech a relación desde el año 1971, e inclusive, según las re­ giones, d e sd e el PB se form aban grupos de la FAP y viceversa. Para profundizar en de ta lle s sobre e stas y o tras cuestiones, se puede acced er al artícu lo «Una aproxim ación a la h istoria de las Fuerzas A rm adas Peronistas», véase D uhalde y Pérez, Las FAP, págs. 33-106. 171

M arcelo R aim un d o

c u a si-re v o lu c io n a rio s p a ra ju s tific a r y h a c e r m ás a c e p ta b le s su s propias id e a s y a c tiv id a d e s » .43 E sta te n s ió n se m a n tu v o p o r larg o tie m p o e n In o rg a n iz a c ió n y es p o sib le o b serv arlo ta n to en las o scilacio n es y d istin tas e stra te g ia s d isc u rsiv as e m p le a d a s p a ra a rtic u la r las p o sicio n es d e Perón con la po lítica de la o rg an izació n , com o en las co n trad iccio n es q u e sufrían los m ilita n te s. Un e je m p lo es có m o e ra in te rp re ta d a la re lac ió n e n tr e P eró n y el sistem a de d o m in a c ió n . M ientras q u e en 1971 se p e n sa b a q u e P erón «no e ra e n c u a d ra b le » d e n tro d el m ism o , e n 1 9 7 3 se p u e d e e n c o n tr a r a un P eró n c a p ita liz a b le p o r el en e m ig o : «Pero h o y al im p u ls a r el G e n e ra l la L iberació n N acio n al sin d efin ir c la ra m e n te la n ec e sid a d d e co n stru cció n del socialism o lev an ta un p ro g ram a que los m o nopolios y el im perialism o h acen suyo, p o rq u e ellos sab en m uy b ien q u e m ie n tra s lo lleven ad ela n te los b u ró c ra ta s , los b u rg u e s e s y las fu e rz a s a rm a d a s , n o p e lig ra rá n sus in tereses fu n d am en ta le s» .44 Esta afirm ación deja e n tre v e r u n a im ag en de P erón co m o in s tru m e n to , y p o r lo ta n to ta m b ié n p u e d e s e r d is p u ta d o y u tiliz a d o p o r las fu e rz as re v o lu c io n a ria s: «C reem o s q u e la s a lid a a esta situ a c ió n n o p a s a p o r re n e g a r d el lid e ra z g o d e P eró n sin o p o r tr a ta r de re c u p e ra r su a p o rte , co m o u n a h e rra m ie n ta m ás, a n u e s tra lu c h a p o r la L iberación N acio n al y Social».4S De lo c itad o , se p u e d e n d e riv a r alg u n as co n sid erac io n e s: 1. Se e stá fre n te a u n a d e las e s tra te g ia s d iscu rsiv a s e sg rim id a s. En •g e n e ra l, si b ie n re c o n o c e n a P eró n c o m o líd e r (d el p u e b lo , d e los tra b a ja d o re s, a n tim p e ria lista ), m u y p o cas veces se h a n e n c o n tra d o e n la d o c u m e n ta c ió n re fe re n c ia s d el estilo « n u e stro líder», algo co m ú n en la v erb o rrag ia m o n to n e ra . O tro d a to q u e se su m a a esto, es q u e Perón a p arece escasa m e n te alu d id o en los v o lan tes, e incluso en o casio n es brilla p o r su au sen cia. A dem ás, fre c u e n te m e n te no se lo tra ta b a co m o « general» sin o com o «com pañero». 2. Perón es «una» h e rra m ie n ta m ás, no «la» h e rra m ie n ta . 3. U na de las form as de a se g u ra r la in stru m e n ta lid ad rev o lu cio n aria de P erón p a sa b a p o r la consigna «Perón al p o d er: con los tra b a jad o re s y n o c o n los tra id o re s» , c u e stió n q u e refleja u n a s in to n ía co n la lla m a d a « te o ría d el cerco » .46 E sto re s u lta alg o p a ra d ó jic o , y a que 43. Gillespie, Soldados de Perón. Los M ontoneros, págs. 71-72. 44. «FAP. A la Clase O brera y al Pueblo Peronista», Volante del 17 de octubre d e 1973, en D uhalde y Pérez, Las FAP, pág. 392. 45. «FAP. Regional La Plata, Berisso, Ensenada. A la Clase O brera y al Pueblo Peronista», Volante inédito. 5 de enero de 1974. 46. Q ue explicaba el giro a la d erech a de Perón p re sid en te p o r el e n to rn o personal y de confianza que lo rodeaba 172

Izquierda peronista, violen cia arm ada y cla se obrera:

la id e a d el cerco e ra re c h a z a d a p o r las FAP-PB; p e ro q u iz á s la d isp u ta con M ontoneros llevó a pro v o car este tipo de in co h eren cias discursivas. H u b o ta m b ié n u n a c o n s ta n te lu ch a p o r re s ig n iñ c a r las a c titu d e s d e Perón p ara can alizarlas hacia los objetivos p ropios, «al reclam o d e Perón q u e el p u e b lo lo d e fie n d a , le re sp o n d e m o s q u e su d e fe n s a e s tá e n la lu ch a del p u e b lo c o n tra sus en em ig o s inco n ciliab les; el im p eria lism o , la o lig a rq u ía , la b u ro c ra c ia p o lítica y sin d ical, la b u rg u e s ía m o n o p o lista , las fu e rz a s a rm a d a s» ,47 y p o r m a rc a r los lím ites de su g o b ie rn o : «No d e b e m o s e n g a ñ a rn o s . La lleg ad a del G ral. PERON al g o b ie rn o no c o n ­ c re ta rá to d a v ía n u e s tro s o bjetiv o d e LOS TRABAJADORES AL PODER CON PERON PRESIDENTE, pu es p a ra a lca n zarlo s d e b em o s h o y m ás que n u n c a o rg a n iz a m o s d e sd e las b ases, in d e p e n d ie n te d e los b u ró c ra ta s y traidores».'18 Pero m ás allá de m a n te n e r u n a p o stu ra de crítica «indirecta», p a ra no m e rm a r u n a leg itim id a d p ro v ista p o r la m ism a fig u ra de P erón, en d e te rm in a d a s situaciones - p o r ejem plo fren te al Pacto Social, la ley de A sociaciones P rofesionales o la reform a del C ódigo Penal - no se escatim ó la crítica d ire c ta ,4’ te n d en c ia q u e se p ro fu n d izó d esp u é s d e la m u e rte de Perón: «Los o b rero s p e ro n istas, e in clu so los m ilita n te s, n o c o m p re n d ía ­ mos to d av ía que el proy ecto del Viejo Perón, en el fondo e ra p a tro n a l» .50 U na c u e stió n q u e ta m p o c o h a b ría q u e d e ja r de lad o , es q u e m ás allá de las d e fin ic io n e s d e la a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te , m u c h o s m ilita n te s, al m e n o s h a s ta la m u e rte d e Perón, n o e ra n a je n o s a c o n tra d ic c io n e s q u e p ro v o cab an ta n to la ex ito sa y m ay o rita ria c o rrie n te m o v im e n tista, com o las e s p e ra n z a s p o p u la re s d e p o sita d a s e n el líder. S e g ú n un m ilita n te o b rero « ten ían m ás expectativas los estu d ia n te s que nosotros»; p en sab an , a c o rd e co n u n a co n c e p c ió n m ás tra d ic io n a l d el p e ro n ism o co m b a tiv o , «que P eró n v eía la re lació n de fu e r z a s ... si n o s o rg a n iz a m o s , se v ería re s p a ld a d o y h a ría los cam bios».51

47. Equipo de redacción. «Conferencia de prensa de la regional Buenos Aires del Peronism o de Base». En: M ilitando Peronista para la Liberación, n.° 34: (2 de febrero de 1974). 48. «C om unicaciones. Peronism o de Base. R egionales C órdoba, Buenos Aires, Rosario, Tucum án». Volante inédito. 20 de setiem bre de 1973. 49. Vale a cla ra r que M ontoneros no expresó u n a crítica d irecta al Pacto Social, sino que b reg aro n «para que los trab a ja d o re s estén re p re se n tad o s en el Pacto Social», véase Roberto Baschetti. Documentos (1973-1976). De Cámpora a la ruptura. Vol. 1. Buenos Aires: Editorial De la C am pana, 1996, pág. 389. 50. Suplem ento Evita. Vocero del Peronism o de Base, septiem bre de 1975. 51. E ntrevista a N éstor (FAP, Regional Eva Perón). C abe destacar, que fue d u ra m e n te criticado p or algunos c uando plan teó , d esp u és del discurso de 173

M arcelo R aim undo

S u e x p re s a y rá p id a to m a d e p a rtid o p o r el so c ia lism o fu e o tr a d e las c o n ce p c io n e s p o lític a s q u e d efin ió la id e n tid a d de las FAP-PB. L uego d e u n a p rim e ra e ta p a d o n d e las FAP p o n e su s m ira s só lo e n lo g ra r u n a «Patria J u s ta , Libre y S o b eran a» , p a ra el añ o 197 0 ya se a d v ie rte u n a p o s­ tu r a m á s ra d ic a l, ju s ta m e n te e n u n d o c u m e n to q u e h a sid o c o n sid e ra d o in te rn a m e n te c o m o « m o v im en tista» : «(E )s e v id e n te q u e la h u m a n id a d m arch a h o y e n lo eco n ó m ico hacia form as socialistas d e p ro d u c c ió n . N o­ s o tro s no n o s c o n te n ta ría m o s co n u n a p ersp e c tiv a de m e ra d istrib u c ió n d e la riq u eza» .52 Con el paso d e los añ o s, es in te re sa n te v e r ta m b ié n que d e la c o m ú n p ro c la m a d e la é p o c a « lib eració n n a c io n a l y so cial» , en las FAP-PB se fue d efin ien d o con m ay o r precisión el peso de los facto res: «no h ay lib e ra c ió n n a c io n a l sin lib e ra c ió n social, y n o h a y lib e ra c ió n social sin so cialism o » .53 T am b ién el te m a d el so cialism o fo rm ó p a r te d e las polém icas q u e se d ie ro n con las o rg a n izacio n es de iz q u ie rd a , e n relación a cuáles e ra n las fu en tes d e sd e d o n d e e m a n a b a la p ro p u e s ta , « p reten d e n im p o n e rn o s la id e a d e so cialism o c o m o alg o q u e sale d e la c a b e z a de o tro s, en c a m b io d e s u rg ir n a tu r a lm e n te d e n u e s tra p rá c tic a d e clase, d e la re c u p e ra c ió n d e n u e s tra e x p e rie n c ia p o lític a c o m o tr a b a ja d o re s p e ro n ista s» .54 En re la c ió n a las p o lé m ic a s, ta m p o c o h a b ría q u e d e ja r d e la d o u n a d e las m á s fu e rte s q u e se dio c o n los M o n to n e ro s, q u e p u e d e c o n sid e ­ ra rse d e riv a d a d e la o p o sició n e n tre alte rn a tiv ism o y m o v im e n tism o : el e s tra te g is m o v e rs u s el tacticism o . Las FAP-PB fu e ro n e n tr e o tra s cosas p o r lo p rim e ro , u n a «desviación» re c o n o c id a p o r su s p ro p io s m ilita n te s: « q u ien es o p ta m o s p o r la a ltern a tiva independiente, te n e m o s la te n d e n ­ cia a c a e r e n el e stra te g ism o » .55 E sta c u e stió n fu e ta m b ié n u n fa c to r de p ro b le m a s in te rn o s, so b re to d o e n d e te rm in a d a s c o y u n tu ra s p o líticas im p o rta n te s, tales co m o las elec cio n es d e m a rz o d e 1973. P ero m ás allá d e re c o n o c e r e sta falla, fue p re fe rid a e sta p o sició n fre n te al c ú m u lo de a sp ecto s n e g a tiv o s q u e p o rta b a su o p u e sto : «El vicio ex trem o co n trario , el tactitaje, consiste en detenerse de tal m anera en los medios, que se pierde de vista el fin . . . Q u ie­ Ezeiza, que Perón era un «contrarrevolucionario». Sus críticos term in aro n luego em ig ran d o a la Ju v en tu d Peronista. 52. Equipo de redacción, «Reportaje a las FAP (12 preguntas)». 53. «A la Clase O brera y el Pueblo Peronista. Peronism o d e Base. Jo h n W. Cooke», volante inédito, 20 de setiem bre de 1973. 54. Con Todo (el peso de 18 años de lucha de la clase obrera pero n ista), n." 3, pág. 8. Es claro este fragm ento en reflejar en qué consistía para la organización la polém ica en tre espontaneísm o y vanguardism o. 55. «M aterial d e discusión». Rubén R. Dri, Resistencia, Chaco, en Baschetti, Documentos (1973-1976). De Cámpora a la ruptura, pág. 384. 174

Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:

n e s se d e ja n lle v a r p o r el ta c tita je , en la p rá c tic a re la tiv iz a n los acu erd o s estratégicos au n q u e se los m an ten g a te ó ric a m e n ­ te . . . sin d u d a s el tac tita je es, sin c o m p a ra c ió n , m u ch o m ás fu n e s to q u e el e stra te g ism o . En e fecto (el e s tra te g is ta , M R) . . . tien e la p osibilidad de re c u p e ra rse d e las c o y u n tu ra s q u e se h a y a c o m id o . . . El tactitaje siem pre bordea la traición, y m u ch as veces no se sab e a ciencia cierta si ya h a in c u rrid o en ella. Su o rig e n h ay q u e b u sc a rlo e n el c o lo n ia lism o eje rcid o p o r las clases d o m in a n te s, q u e h a c e n q u e m u c h o s re v o lu c io ­ n a rio s in tro y e c te n los v alo res, las p a u ta s c u ltu ra le s d e los d o m in a d o re s» .56 Al «tacticism o» se lo relacio nab a con la ocu p ació n de lu g ares d e poder, c u e stió n d e p la n o re c h a z a d a p o r los p a rtid a rio s d e la a lte rn a tiv a in d e ­ p e n d ie n te . La crítica a la llam ad a «lucha su p e re stru c tu ra !» fue p ro fu n d a y e ra to ta lm e n te p o lém ica fre n te a la p o sició n m o n to n e ra : «D esde u n a p o s tu ra re v o lu c io n a ria , lo único que se pu ed e hered a r del M o v im ie n to en lo estructural, es una estructura fo r m a l que no responde a los intereses de la clase obrera, sino a los de la burguesía y la burocracia».57 C o n tra la o c u p a c ió n d e a lg ú n esp acio d el g o b ie rn o , se o p in a b a q u e «un g o b ie rn o elegido p o r el pueb lo p u ed e utilizarse y d e fen d erse com o h e rra m ie n ta de lucha, pero no com o el m edio principal, sino al servicio de la lucha principal, q u e es el fo rta le c im ie n to d e n u e s tro p ro p io s m e d io s es decir, a q u e llo s q u e v ay am o s co n stru y e n d o en las fábricas, en los b a rrio s y allí d o n d e se e n c u e n tre el p u e b lo » .58 E sta p o sició n se a s e n ta b a e n u n a d e te rm in a d a concepción de la to m a del poder. Como afirm a un ex m ilitan te: «La tom a del p o d e r era a largo plazo . . . p rim ero íbam os a lleg ar al g o b iern o , pero el p o d e r iba a ta r d a r en llegar. T en er el p o d e r era algo m u y d is tin to que llegar al g o b iern o . . . El p o d er no era te n e r el M inisterio d e T rabajo p ara te n e r el poder, o el M inisterio de D e fe n s a ... ».59 Para finalizar, es p ara ten e r en c u e n ta cóm o se e v alu a b a el crecim iento d e la o rg a n iz a c ió n p o lítica y su p ro p u e s ta . A quí p o d e m o s v e r u n a g ran d ife re n c ia c o n los crite rio s q u e e n g e n e ra l se p la n te a n e n las o rg a n iz a ­ c io n es rev o lu cio n arias, y qu e su ele re la c io n a rse con el c re c im ie n to en sí d e la o rg an izació n , en n ú m e ro de m ilitan tes o incluso con la c a n tid a d de p eriódicos ven d id o s. En las FAP-PB, en razó n d e sus p artic u la re s objetivos políticos, la p o n d eració n era realizad a de o tra form a: «¿C óm o m edíam os 56. Ibíd., págs. 385-386. 57. Ibíd., pág. 375. 58. «FAP. A la Clase O brera y al Pueblo Peronista». 22 de agosto de 1973, en ibíü., págs. 173-174. 59. E ntrevista a Enrique (FAP, Regional M ar del Plata). 175

M arcelo R aim undo

n o so tro s el c re c im ie n to d e u n a fá b rica ? Por el niv el d e o rg an iza c ió n a u tó n o m a d e los tra b a ja d o re s , al m a rg e n d e n o so tro s m ism o s» .60 En el m ism o s e n tid o se re a liz a b a la le c tu ra d e los ciclos d e lu c h a : m ie n tra s q u e p a ra M o n to n e ro s el a u g e d e m o v ilizació n c o rre sp o n d ió a l p erío d o q u e v a d e sd e los in icio s d e l ciclo d e p ro te s ta p o lític a y so cial e n to rno a la c o n sig n a «L uche y Vuelve», h a s ta la lla m a d a « m a sa cre d e Ezeiza» ( 1 9 7 1 - 1 9 7 3 ),61 p a ra las FAP-PB el a lz a c o in c id ió con el a u m e n to d e las lu ch as o b re ra s, sie n d o e n to n ce s e n tre los a ñ o s 1 9 7 4 -1 9 7 5 .

La construcción de «poder obrero» U n a o b se rv a c ió n so b re d iscu rso s h a c ia la clase tr a b a ja d o r a , p a ra a tra v é s d e ello lo g ra r un a c e rc a m ie n to a p rác tic a s p o líticas c o n c re ta s sus­ ta n c ia le s - a sa b ie n d a s de q u e existe u n a in ev itab le com o así cam b ian te d is ta n c ia e n tr e a m b o s p l a n o s - es lo q u e se in te n ta r á h a c e r a c o n tin u a ­ ción. La c u e stió n re s u lta clave p a ra e n te n d e r el d e rro te ro d e las FAP-PB h a c ia u n a d e sm ilita riz a c ió n d e sus p rá c tic a s, y a q u e ese p ro c e so estuvo asociado al en say o de u n a form a de vínculo con los obreros. Esta relación n o e ra c u a lq u ie ra , sin o la q u e d o ta b a d e , p o d ría d ec irse , fu e rz a «moral» p a ra red u cir el g ra d o de violencia. Por su p u esto , llevarlo a d e la n te estuvo p la g a d o de te n sio n e s e in co h eren cias. E m pecem os a v er cóm o se p re se n ta b a n las d iferencias. Al d ía siguien­ te de la m u e rte d e Perón, M ontoneros publicó u n a so licitad a pro clam an d o la n ecesidad de un « acu erd o form al» e n tre las diversas fuerzas in teresa d as e n la lib e ra c ió n n a c io n a l, p a ra d a r so s té n el g o b ie rn o d e Isa b el Perón. E n ella se lla m a b a a « G a ra n tiz a r q u e e n e se A c u e rd o se a re s p e ta d a la v o lu n ta d d e l G e n e ra l P eró n y los tra b a ja d o re s c o n stitu y a n su co lu m n a v e rte b ra l, cuyos in te re se s sea n c o n te m p la d o s e n sus a sp ira c io n e s eco n ó ­ m icas y en su a fá n d e p a rtic ip a c ió n e n las decisio n es» .62 ¿Q ué p en sa b a n las FAP-PB al resp ecto ? Q ue la clase o b re ra m ás q u e « co lu m n a vertebral» d e b e ría s e r la «cab eza» , es d e c ir q u ie n h e g e m o n ic e el p ro c e so d e libe­ ra c ió n , p u e s n o se tr a ta r ía s im p le m e n te d e u n a c u e stió n d e «liberación n acional» sin o «social». No era sólo u n a su n to d e c o n te m p la r in te re se s y 60. E ntrevista a Guillerm o. 61. En el m arco del regreso de Perón a Argentina luego de su exilio, alrededor de un m illón de p erso n as se m ovilizaron al a ero p u e rto in te rn ac io n al d e Ezeiza para recibirlo. Se transform ó en el escenario de una batalla arm ada e n tre sectore;; de la derecha y la izquierda peronistas, y tuvo un saldo de m ás de una decena di; m uertos y casi 300 heridos. 62. «Mi único h e re d e ro es el pueblo. M ontoneros», en R oberto Baschetti. Documentos (197 3 -1 9 7 6 ). De la ruptura al golpe. Vol. 2. Buenos Aires: Editorial l>c la C am pana, 1996, pág. 99. !*/(>

Á

Izquierda peronista, violen cia arm ada y cla se obrera:.

de d a r u n a p a rtic ip a c ió n en las d ecisio n es, sin o d e q u e los tra b a ja d o re s dirijan y co n d u zcan el país. Esta no es u n a d iferen cia m e n o r e n tre las dos o rg a n iz a c io n e s, y p e rm ite e n te n d e r m e jo r el lu g a r q u e o c u p a el tra b a jo político e n la clase o b re ra de las FAP-PB a p a rtir d e 1973. C om o en to d a o rg a n iz a c ió n a la iz q u ie rd a d e l e sp e c tro id eo ló g ico , e sta b le c ie ro n u n a p o lítica so b re la re la c ió n e n tre lu c h a sin d ic a l y lu ch a p o lítica. El s in d ic a to e ra v isto co m o el o rg a n ism o n a tu r a l d e la clase o b rera, que posibilita su desarro llo y la to m a de conciencia. Pero no sería el in s tru m e n to a d e c u a d o p a ra la lu ch a rev o lu cio n aria, p u e s «su accio n ar e stá lim itad o por un c o n ju n to d e leyes c u id a d o sa m e n te e la b o ra d a s p a ra que la “le g a lid a d sin d ical” se re m ita a p la n te a r la lu ch a s o la m e n te en el m arco p u ra m e n te económ ico . . . el Sindicato ve tra b a d a su acción política y e stra te g ia d e clase, lim itan d o su acción a la m era reivindicación».63 Así, y m ás allá de re c o n o c e r la im p o rta n te fu n ció n d e los sin d ica to s clasistas e n re la c ió n a la p o litizació n d e los tra b a ja d o re s , «(E )s e rró n e o q u e re r tra n s fo rm a r la lu c h a sin d ical clasista (o al sin d ic a to c la sista ) e n u n a o rg an izació n que lu cha p ara to m a r el poder, sin o q u e d e b e tra b a ja r p ara la d efen sa d e los trab ajad o re s. Un sin d icato o a g ru p a c ió n clasista es u n a p a rte d e l p ro c e so rev o lu c io n a rio p o rq u e u n e a los o b re ro s, lu c h a p o r m ejoras sociales e identifica a los enem igos, p ero eso no q u iere d ecir que sea la o rg a n iz a c ió n p ara d irig ir el p roceso rev o lu c io n ario . P ara dirigirlo, hace falta la o rg an izació n p o lítico -m ilitar d e los o b rero s y el E jército del P ueblo».64 P ara se r c o n se c u e n te s con e sta lín e a p o lítica, el in s tru m e n to im p u lsa d o p o r las FAP-PB fue la agrupación de base. E stas se b u sc a ro n d e s a rro lla r p rin c ip a lm e n te a nivel fab ril - p r i n c i p a l m e n t e - y a nivel territo ria l o b a rria l, a u n q u e las ú ltim a s fu e ro n p e rd ie n d o p eso p ro p io y se m a n tu v ie ro n e n fu n ció n al a p o rte q u e re a liz a b a n a l tra b a jo p o lítico con la clase o b rera. La a g ru p a c ió n de b ase se d efin ía c o m o « . . . (L )a fo rm a e n q u e los co m pañeros com ienzan a o rg an izarse p o líticam en te d e n tro de los lugares de tra b a jo (y n o sólo sin d ic a lm e n te ), se tra ta e n to n c e s d e u n a fo rm a d e o rg a n iz a c ió n re v o lu c io n a ria q u e e n su a c c io n a r va a p o rta n d o a la c o n s­ trucción del Ejército del Pueblo. La A grupación d eb e ser a la vez, un lu g ar d o n d e los activistas d iscutan p o líticam en te, se form en y cap aciten , a p re n ­ d ie n d o la e x p e rie n c ia de o tro s lu g a res y a n a liz a n d o p e rm a n e n te m e n te los p ro b le m a s g e n e ra le s d e la situ a c ió n p o lítica, p la n ifiq u e n la s ta re a s a re a liz a r e n su lu g a r d e tra b a jo » .65 S u sta n c ia lm e n te , la id e a e ra q u e a 63. «A grupación de Base “26 de Ju lio ” Evita de M aterfer. A porte p ara el análisis y la discusión». Diciem bre de 1973, en ibíd., págs. 130-131. 64. M ilitando Peronista para la Liberación n.° 33, 31 de enero de 1974. 65. Ibíd. La Juventud T rabajadora Peronista (JTP) tam bién propuso la form a­ ción de a g rupaciones de base, y m ás allá de plan tearlas com o «perm anentes ya 177

M arcelo R aim un d o

p a rtir d e las a g ru p a c io n e s , d e sd e la b a se o b re ra , se iría c o n stru y e n d o p a ra le la m e n te la o rg a n iz a c ió n p o lítica re v o lu c io n a ria , es d e c ir el PB, y ta m b ié n se d e sa rro lla ría la o rg an izació n a rm a d a , las FAP: «El p la n teo de la o rg a n iz a c ió n e ra c o n s tru ir a g ru p a c io n e s o b re ra s p e ro n is ta s e n cada secto r d e la b u ro , en ca d a grem io. A p a rtir de lo reivin d icativ o e m p ez a r a tra n sita r el cam in o h ac ia lo político. Ju s ta m e n te , el fo rm ar ag ru p acio n es d e base sin d ical re la c io n a d a s fu e rte m e n te al sin d ic a to n o e ra el objetivo, p o rq u e ib a a c re a r p rá c tic a s m u c h o m ás re la c io n a d a s co n la e stru c tu ra sindical q u e co n las n ecesid ad es de la e stru c tu ra política, con la visión de la o rg an iz a ció n p o lítica».66 El PB fu n cio n ab a com o la co o rd in ació n de las d istin tas ag ru p ac io n e s, y estas ten ían un c a rá c te r fu e rte m e n te autónom o. E staban o rg a n iza d as en m esas (zonales, reg io n ales y n ac io n a l) y algunos in te g ra n te s (los m á s id e n tific a d o s con el PB) e ra n los q u e fo rm a b a n los c o m a n d o s d e la s FAP. R esp ecto a la co m p o sició n so cial d e las a g ru p a ­ c io n es - y a te n ié n d o s e a los te stim o n io s o r a l e s - fu e e v o lu c io n a n d o a lo la rg o d e la h is to ria d e la o rg a n iz a c ió n . Al p are c er, e n u n principio se e n c o n tr a b a n c o n fo rm a d a s e n g ra n p ro p o rc ió n p o r « p ro letarizad o s» ; re c u é rd e s e q u e a p a rtir d el d efin itiv o e sta b le c im ie n to d e la a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te la o rg a n iz a c ió n re o rie n tó to d a la m ilita n c ia al trab ajo o b rero , so s te n ie n d o sólo alg u n o s trab ajo s b arriales. Al irse d esarro llan d o e sta p o lític a , la p ro p o rc ió n p aso a se r m a y o rita ria m e n te o b re ra , ya sea p o r g a n a r activism o en los lugares de trab ajo o p o r a rtic u la r agrupaciones a tra v é s d el tra b a jo b a rria l, su m a d o a q u e se h a b ía a b a n d o n a d o to ta l­ m e n te el fre n te u n iv e rsita rio , lu g a r in icial d e re c lu ta m ie n to d e fu tu ro s p ro le ta riz a d o s . U n d a to q u e se d e riv a d e lo a n te rio r, es q u e h u b o una e scasísim a c a n tid a d d e m ilita n te s re n ta d o s, a veces só lo p o r u n período

que responden organizativamente al proyecto estratégico», la idea era que debían ser «las conducciones político-gremiales de cada sindicato», es decir, su función difería sustancialmente de la propuesta alternativista. La JTP se podría entender como el «brazo sindical» de Montoneros. Las agrupaciones de base eran para las FAP-PB los puntos desde donde se articularía la organización revolucionaria. Las citas son del «Primer encuentro de la JTP. 25 y 26 de agosto de 1973», en Baschetti, Documentos (1973-1976). De Cámpora a la ruptura, pág. 179. 66. Entrevista a Lucio. Para una clara comprensión de cómo se articularon las prácticas de las FAP y el PB entre ellas y con la clase obrera, hay que tener présenle cuál era su horizonte primordial: la construcción de poder obrero. Este se entendía como poder de los trabajadores dentro de la fábrica, y sus ejes fundam entales eran: el control obrero de la producción, la democracia obrera y la organización de comisiones o consejos obreros (que no eran lo mismo que las comisiones internas o de delegados). A continuación se profundizan estas cuestiones, pero para una referencia docum ental que sintetiza lo apuntado se puede consultar «Punteo sobre el reordenam iento de nuestra práctica», en Duhalde y Pérez, Las FAP, págs. 433-437. 17 »

Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:

de tiem p o , pues la política de la o rg an izació n era q u e to d o s los activistas tra b a je n , in clu so los d e la d irecció n , n o sólo p o r c u e stio n e s eco n ó m icas, sino fu n d a m e n ta lm e n te p o rq u e «la o rg a n iz a c ió n no p o d ía se r e x te rn a a la d in ám ica obrera». El objetivo principal de la ag ru p ació n era o rg a n iz a r a los trab a ja d o re s p o r secció n y d e a h í la to ta lid a d d e la fáb rica: « N o so tro s el tra b a jo q u e h acíam o s e n las secciones d o n d e está b a m o s, fu n d a m e n ta lm e n te , e ra lo que no so tro s llam ábam os la org an izació n de la sección. Es decir, nosotros ten íam o s u n a id ea de q ue el p o d e r e ra d e los tra b a ja d o re s, q u e lo fu n d a ­ m en tal no e ra c a p tu r a r los cu e rp o s de d ele g a d o s, c o m o e n u n c ia b a n los tro tsk o s. Y en eso n os d ife re n c iá b a m o s d e ellos. N o so tro s p e n sá b a m o s q u e lo im p o rta n te era la secció n o rg a n iz a d a . Si la se cc ió n e s ta b a o rg a ­ n izad a, el d e le g a d o te n ía p o d e r co n los tra b a ja d o re s» .67 Se c o n sid e ra b a e straté g ico el d e sa rro llo de la «dem o cracia o b rera» - re p re s e n ta d a en la asam b lea p o r sección, tu rn o s y f á b r ic a - p o r d efin irse co m o n e c esa ria la p a rtic ip a c ió n d e to d o s los tra b a ja d o re s e n las d e c isio n e s. T am b ién e ra c o n sid e ra d a co m o el re a s e g u ro fre n te a p o sib les d e sv ia c io n e s e n to rn o a la c o n stru cció n d e « p o d er obrero», q u e d e b ía e s tru c tu ra rs e a p a rtir de te n e r en claro que el en em ig o e ra la p a tro n a l (n a c io n al o e x tra n je ra ): «Por eso vem os que re p e tid a m e n te caen e n co n fu n d ir a n u e s ­ tro en em ig o principal cu an d o dicen q u e es la b u ro cracia, q u e to d o el p eso d e la lu c h a lo d e b e m o s v o lc a r e n a rra n c a rle las elecciones a la UOM; estos erro res, ju n to al error principal que es no consultar perm anentem ente al conjunto hace q u e el c u e r­ po d e d eleg a d o s se vaya tra n sfo rm a n d o e n u n a c o o rd in a d o ra de o rg an izacio n es d o n d e m uy pocos v an con m a n d a to de sec­ ción, d o n d e m uy pocos h an d iscutido re a lm e n te co n n o so tro s c u á le s so n los p ro b le m a s q u e te n e m o s q u e a fro n ta r, có m o h a c e m o s p a ra ir c o rrig ie n d o n u e stro s e rro re s d e c o n ju n to , cóm o h acem o s p ara a v a n z a r m ás en o rg an iza c ió n » .68 La cita hace ev idente la d iferencia en las concepciones de construcción política re s p e c to d e o tra s o rg a n iz a cio n es. Por ejem p lo , la JT P a p u n ta b a p rin cip alm en te a o cu p ar el a p a ra to sindical, p ro p ician d o la form ación de listas o p o sito ras p a ra g a n a r el sindicato, luego las 62 O rg an izacio n es (de la cuál fo rm ab a p a rte ) y de ah í la CGT. Las FAP-PB b u sc a ro n fu n d a m e n ­ ta lm e n te la o rg a n iz a c ió n a nivel b a se d e la clase tr a b a ja d o r a y c u a n d o lograron alg ú n espacio (com isión in tern a, cuerpo de d eleg a d o s, sin d icato ) 67. E ntrevista a G uillerm o. 68. «Boletín Obrero» n.° 1. Peronismo de Base de Propulsora, Volante inédito. Sin fecha (estim ada m arzo de 1975), destacado (bastardillas) en el original. 179

M arcelo R aim undo

fue m ás b ien , seg ú n los testim o n io s, «un pro ceso n a tu ra l» , no el objetivo básico, que p ara ellos era «(Q )u e la ag ru p ació n ten g a el p o d e r d e n tro del esp acio . P or ejem p lo , q u e u n a a g ru p a ció n te n g a el p o d e r d e n tio de una fábrica, qu e te n g a peso m ás allá de la bu ro cracia, p o rq u e allá to d o lo que e ra sin d ic a to e ra b u ro c rá tic o , n o h a b ía grises. E n to n c e s n o s o cu p am o s e n la o rg a n iz a c ió n , d e a b a jo p a ra a rrib a » .69 M ás a llá d e c o n sid erarse c o m o « a n tib u ro c rá tic o s» , e sta d efin ició n p o r m o m e n to s to m a b a un con­ te n id o q u e e x ced ía la lu c h a p o r d e sb u ro c ra tiz a r el sin d ic a to , llegán d o se a p la n te a r e n a lg u n o s v o la n te s q u e «al g rem io no lo n e c e sita m o s para n ad a» . Se v o lc a b a n fu e rte s críticas a las listas c o m b a tiv a s p o r d e sv ia r el eje d e la lu c h a h a c ia o tro s c arrilles, q u e re p r e s e n ta b a n m á s los in te re ­ ses d e d e te r m in a d a s o rg a n iz a c io n e s q u e los in te re se s d e las b ases, por ejem plo el caso d e M o n to n ero s en su d isp u ta con la b u ro cra cia sindical y el g o b ie rn o o el c aso de o rg a n iz a c io n e s de iz q u ie rd a q u e p ro p o n ía n la c re a c ió n d e o rg a n ism o s c o n sid e ra d o s «artificiales» p o r las FAP-PB (por e je m p lo c o o rd in a d o ra s , co m ités, e tc .), q u e b u sc a n d o « e m b a n d e ra r» las lu chas, te rm in a b a n p o r aislar los conflictos. O tro im p o rta n te d e b a te q u e e n ta b ló la o rg a n iz a c ió n e ra so b re las fo rm as d e lu c h a o b re ra . M ie n tra s q u e la JTP, co m o a sim ism o o tra s or­ g a n iz a c io n e s, a firm a b a n la to m a d e fá b ric a c o m o « u n a d e las form as m ás eficaces p a ra im p o n e r n u e stro s re c la m o s y d e r r o ta r las a rb itra rie ­ d a d e s p a tro n a le s » , el PB b re g ó in c a n s a b le m e n te p o r el c o n tro l de la p ro d u c c ió n : «P orque con el p a ro p e rd e m o s n u e s tro su e ld o y c a em o s en la tra m p a d e las ley es p a tro n a le s a p ro v e c h a n d o la p a tr o n a l p a ra e ch ar a los c o m p a ñ e ro s m ás co m b ativ o s. Con la b aja de p ro d u c c ió n peleam os c o n tra la p a tr o n a l co n las a rm a s q u e m á s co n o ce m o s, n u e s tra s p ro p ias m á q u in a s, g o lp e a n d o a la p a tro n a l e n sus g a n a n c ia s y o b lig á n d o le s a q u e n o s p a g u e n los su e ld o s» .70 Así, y ex c e d ie n d o el m a rc o efectivista d e los M o n to n e ro s, el co n tro l o b re ro p la n te a b a a d e m á s u n a c u e stió n de eficiencia. La id e a e ra m a n te n e rs e e n lu c h a d e n tr o d e la fá b ric a , ta n to fren te a la p ro p u e s ta d e m ovilizaciones com o a la sim p le o c u p ació n , que te r m in a b a « re la ja n d o la d iscip lin a» y « m in a n d o la u n id a d » . Al d e c ir de los te s tim o n io s, la p ro p u e s ta de c o n tro l d e la p ro d u c c ió n n o fu e una tá c tic a tra íd a d e s d e fu e ra d e l co lectiv o o b re ro , « ... eso e n re a lid a d no fue u n in v e n to n u e s tro , sin o d e la g e n te , d e los tr a b a ja d o r e s . Lo que pasa es qu e n o so tro s lo a d o p tam o s ráp id a m en te. Los tro tsk o s se tom aron m ás tie m p o , y s ig u ie ro n a d e la n te . En re a lid a d , ese te m a fu e u n a cosa 69. E ntrevista a E nrique. Esta es una visión que refleja el desprecio que se tenía por los ám bitos considerados «superestructurales». 70. «Boletín O brero» n.° 1. Peronism o de Base de Huber. V olante inédito. M arzo de 1976. Nótese aquí el desplazam iento discursivo: el arm a obrera pasa a ser el instrum ento de trabajo, la m áquina. 18 0

Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:.

que a p a re c e y te resu e lv e to d o s los p ro b le m as. Vos sa b é s q u e te n e s q u e p e le a rte o sa b é s q u e si p e le a s te ro m p e n la c a b ez a . E n to n c e s q u e d a s e m p a n ta n a d o . H a sta q u e e n un m o m e n to d e sc u b ría s q u e p o d e s p e le a r sin q ue te ro m p an la cabeza».71 El control ob rero se tran sfo rm ó en u n o de los ejes políticos m ás im p o rta n te s, pues se lo c o n sid e ra b a valioso no sólo táctica sin o e s tra té g ic a m e n te : « (E )n la m e to d o lo g ía d e lu c h a se h a cía m uy difícil el p a ro o la h u e lg a g e n e ra l y a d e m á s m u y v u ln e ra b le e n la re p resió n . Y la e x p e rie n c ia d e d is tin ta s fá b ricas y d e a lg u n a s fáb ricas de la z o n a e ra q u e si el c u e rp o d e d e le g a d o s o la a g ru p a c ió n p o lítica m ilita n te d e la o rg a n iz a c ió n o en c o n ju n to co n o tra a g ru p a c ió n p o d ía llegar a te n e r el contro l, el m anejo técnico de la fábrica, se p o d ía g e n e rar desde desp erd icio , en el caso de p ro d u ccio n es en serie, h a s ta in crem en to de p ro d u c c ió n p o r v o lu n ta d d e l c u e rp o d e d e le g a d o s o d el activ ism o , o baja e n las p ro d u c c io n e s. Y eso h acía m ás d a ñ o q u e el p a ro o la h u elg a y no e x p o n ía n ta n to a los m ilita n te s. E ra u n sig n o c o n c re to d e e n tr a r a d is c u tir el ejercicio d e la p ro p ie d a d . En re a lid a d fu e ro n las p rim e ra s d is cu sio n es q u e h u b o de có m o se h a ría el p ro c eso re v o lu c io n a rio y q u é significaba el c o n tro l o b re ro de la p ro d u c c ió n , q u é sig n ifica la p ro p ie ­ d ad . En re a lid a d es u n a re la ció n d o n d e h a y u n títu lo d e p ro p ie d a d y la e sta tiz a c ió n ta m p o c o e r a . . . » . 72 V arias v eces se d isc u tió ta m b ié n la n e c e sid a d d e u n co n tro l d e la c ircu lació n , d e la c o m e rc ia liz a c ió n , un facto r q u e si n o se te n ía e n c u e n ta , te rm in a b a p o r d e b ilita r el co n tro l lo g rad o e n las fáb ricas. La to m a d e p o sició n p o r el c o n tro l o b re ro , al im p licar la v u e lta a la fáb rica d u ra n te u n c o n flicto , les co stó m u c h as veces a los m ilita n te s el tild e d e «reform istas». P ero e sta n o fu e la única razón p a ra esa acusació n , p o rq u e a d em á s, el PB siem p re criticab a lo que consideraba el «trem endism o» y las co n d u cta s de a lg u n as org an izacio n es q ue c o n d u c ía n a « rev en ta r» los con flicto s: « N o sotros íb a m o s e n b u sca d el triu n fo , m ín im o triu n fo , triu n fo s o b re ro s q u e fu e ra n e je m p lo p a ra las z o n a s. La h is to ria d el re tro c e so d e la clase o b re ra tie n e q u e v e r con p e rd e r co n flicto s, se tr a ta b a de no lle v a r el co n flicto al e x tre m o . En unos caso s p a re c ía n refo rm ista s los c o m p a ñ e ro s p o rq u e si v e ía n q u e las relaciones de fuerzas v en ían jo d id a s no h acía n quilom bos».73 La cuestión era m a n te n e r a ra ja ta b la la p o sib ilid a d d el tra b a jo legal q u e p e rm itía 71. E ntrevista a Guillerm o. 72. E ntrevista a Raúl. La idea de la a p u esta por el control obrero, llegando a p lan te arse com o u n a form a de consejism o obrero concreta en varias fábricas, p erd u ra en las referencias de ex m ilitantes que incluyen Bagley, La H idrófita, Peugeot, e incluso Petroquím ica Sudam ericana; en Daniel Fernández. «Las luchas obreras en la A rgentina m oderna». En: Cuadernos Políticos, n.u 31: Buenos Aires (1982). 7 3 . Ibíd.

M arcelo R aim undo

a rtic u la r y m a n te n e r la o rg an izació n de las bases. U na esca la d a represiva o d e d esp id o s, e ra v ista co m o un retro ceso fatal, p u es p ro v o cab a la caída d e u n tra b a jo p o lítico d e in se rc ió n q u e h ab ía llev ad o la rg o tiem p o .

El tribunal obrero A h o ra b ien , ¿cóm o se co n ju g ó e sta d in ám ica con la id e a d e h a c e r po­ lítica «con las a rm a s en la m ano»? Se ha dich o a q u í q u e la consolidación d e la « a ltern a tiv a in d e p e n d ie n te » o casionó varios cam bios. En relación a lo a rm a d o , h a y u n a im p o rta n te tra n sfo rm a c ió n e n la lín ea o p eracio n a l, q u e tr a ta r á a p a rtir d e allí se r c o n se c u e n te c o n la m e ta e s tra té g ic a do la o rg a n iz a c ió n , de « c o n stru cc ió n de p o d e r o b rero » . P rim e ro , h a y un p ro g re siv o a b a n d o n o de las g ra n d e s o p e ra c io n e s, p re d o m in a n d o desde m e d ia d o s d e 1973 las p e q u e ñ a s acciones. S e g u n d o , se ach ica el abanico d e o b jetiv o s, q u e c o m p re n d e rá p rin c ip a lm e n te a su je to s lig a d o s al ám ­ b ito la b o ra l: e m p re s a rio s , su p e rv iso re s, los c o n sid e ra d o s b u ró c ra ta s y «alca h u etes» .74 E x cep cio n alm en te, e n alg u n a s re g io n a le s h a b rá acciones c o n tra o rg a n iz a c io n e s d e la u ltra d e re c h a y la policía, p e ro se a b a n d o n o c o m p le ta m e n te el e n fre n ta m ie n to con las fu erz as a rm a d a s. En cu an to a los á m b ito s d e sd e d ó n d e se realizan las acciones violentas, solo en alg u n as reg io n ales seg u irán o p e ra n d o los d e sta ca m e n to s. En otras esto s se d ilu y e n y la fo rm a d e acció n se rá n los c o m a n d o s, fo rm a d o s por alg u n o s in te g ra n te s d e los fren tes. Esto está en relació n con el lu g a r que p asa a o c u p a r la lu ch a a rm a d a e n el eje de co n stru c c ió n clasista. Si bien se m a n tie n e la e s tra te g ia d e g u e rra p o p u la r p ro lo n g a d a , e sta te n d r á un c o n te n id o d is tin to a la q u e le d a b a n los M o n to n ero s: «(E )llos c o n sid e ra ­ b an q u e e n tra b a n en g u e rra con el ejército, y te n ía n que a rm a r u n ejército p a ra e n fr e n ta r a o tro e jé rcito . Y ellos se c o n sid e ra b a n c o m o u n ejército, cosa q u e n o so tro s n u n c a h icim o s. N o so tro s e stá b a m o s c la ra m e n te en la g u e rr a d e g u e rrilla s. N o p la n te á b a m o s e sc u a d ra s, e sc u a d ro n e s o cosas p o r el estilo. Lo n u e stro e ra m ás célula, m ás co m an d o » .75 Esta diferencia se ve p la s m a d a ta m b ié n e n q u e no ex istió d e u n a je r a rq u ía m ilita r de o ficialid ad . Es a sí q u e la s a c c io n e s a rm a d a s fu e ro n to m a n d o c a d a v e z m á s las c a ra c te rístic a s d e « a u to d efen sa» de la clase o b re ra y los acto s d e ju sticia p o p u la r - m ás clásicos de las organ izacio n es re v o lu c io n a ria s- term in aro n p o r tra n s fo rm a rs e e n u n a fo rm a m ás esp ecífica y sin g u la r: el tribunal obrero. E ste c a m b io c o m e n z ó a d e lin e a rs e e n tr e fines d e 1 9 7 3 y 1974, p a sa n d o d e a te n ta d o s con explosivos, a m e tra lla m ie n to s y eje c u cio n es de 74. Es decir, los tra b a ja d o re s que a ctu ab a n com o d e la to re s o cóm plices, o que c o n sen su ab an las políticas patronales. 75. E ntrevista a E nrique.

im>

Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:.

em p resario s, d ir ig e n te s g re m ia le s y m ilita re s, al u so d e b o m b a s (c o n tra em p resas, d o m ic ilio s y v e h íc u lo s), se c u e stro s, « a p re ta d a s» y p a liz a s a su jeto s v in cu lad o s a conflicto s la b o rale s precisos. Ya h a c ia p rin c ip io s d e 1975 p rá c tic a m e n te to d a s las o p e ra c io n e s p ú b licas d e las FAP sig u e n el p a tró n que se p u e d e o b se rv a r el sig u ie n te v o lan te: «OSCAR EDGARDO DAMONTE, p o r se r u n o d e los p a tro n e s de BAGLEY, fu e e n c o n tra d o c u lp a b le d e VIOLACION DEL CONVENIO en el salario y co ndiciones de trab ajo , d e PRÁCTI­ CA DESLEAL e n la re la c ió n o b re ro -p a tro n a l, y d e PROVOCA­ CIÓN ORGANIZADA en co m p licid ad co n el m in is tro OTERO y el b u ró c ra ta DAMIANI -s e c re ta r io g en eral del S in d ic a to de la A lim e n ta c ió n - al d e sp ed ir a 115 o b rero s q u e lu c h a b a n p o r sus d erech o s. En no m b re de los OBREROS de BAGLEY y d e la CLASE OBRERA PERONISTA n u e stra o rg an izació n lo co n d e n ó a m u erte. Salvó su vida al rein co rp o rar la em p resa a to d o s los d e sp e d id o s a p a r tir d el inicio d e l co n flicto , re c o n o c ié n d o le s la a n tig ü e d a d y los sa la rio s caíd o s. R ec u p e ró su lib e rta d al pagar, a la to ta lid a d del p erso n al, los salario s c a íd o s d u ra n te todos los d ías del conflicto y la m u lta de $ 5 0 0 .0 0 0 .0 0 0 a n u e s ­ tra o rg a n iz a c ió n . FUE UN TRIUNFO DE LA CLASE OBRERA PERONISTA (sic)».76 A fines d e m a y o d e ese a ñ o y e n el m a rc o d e u n co n flic to co n las em presas d e tra n sp o rte público, las FAP secu estra n al g e re n te d e la línea 5 2 0 d e ó m n ib u s d e la c iu d a d d e La P la ta, y d ic ta n la p e n a d e m u e r te a los g ere n te s de to d a s las líneas: «ESTA SENTENCIA SERÁ EJECUTADA EL DÍA Y EN EL LUGAR QUE EL PODER OBRERO QUE LOS PERONISTAS DE ABAJO ESTAMOS CONSTRUYENDO LO DECIDA (sic)».77 F in a lm e n te , la p e n a fu e c o n m u ta d a al o to rg a se u n a u m e n to d e s a la ­ rios y u n a c o n v o c a to ria a a sa m b le a vía u n a so lic ita d a p u b lic a d a p o r la to talid ad de las em p resas de colectivos. A principios de ju n io , e n la zo n a, se a te n ta co n tra un jefe d e tu rn o de la fábrica P etroquím ica S u d a m eric a n a y se a n u n c ia el ju z g a m ie n to d e to d o su d irec to rio , p e rs o n a l je rá rq u ic o y los d irig e n te s sin d icales y de la com isión in te rn a c o n sid e ra d o s c o la b o ra ­ cionistas. Al parecer, fin alm en te se hab ía e n c o n tra d o u n a fo rm a ideal de 76. Archivo 77. Archivo

«C onstruyendo el po d er de los obreros», FAP, 26 de febrero de 1975. de la DIPBA, m esa DS, carpeta varios, legajo n.° 3.264. «Com unicado» n.° 1, FAP, s / f (a lre d ed o r del 21 d e m ayo d e 1975). de la DIPBA, mesa B, carpeta 1, legajo 1, UTA. 183

M arcelo R aim un d o

a rtic u la r o sin te tiza r la lu c h a o b re ra co n la lu c h a a rm a d a , e n el ca m in o h acia el « p o d e r obrero». De to d as m a n era s, cabe d e sta c a r q u e al in d a g a r so b re e sta cuestió n se p re s e n ta n c ie rta s te n sio n e s q u e se h a cen e v id e n te s a la h o ra d e e sc ru ta r d is tin to s te s tim o n io s. S e g ú n alg u n o s d e ellos, el u so d e la v io le n c ia no era u n a definición to m a d a m ecá n icam en te y llev ad a a d e la n te per se, sino q u e e ra c o n s ta n te m e n te d e b a tid a , « . . . se d a n d isc u sio n e s m u y ricas en ese se n tid o : el ro l de la v io le n c ia e n re la c ió n a e sa s p rá c tic a s , c u á n d o c o rre s p o n d e y c u á n d o no, es d e c ir c u á n d o c o rre s p o n d e s u p lir la fu erza p ro p ia d e los la b u ra n te s e n d e te rm in a d a b ú s q u e d a re iv in d ic a tiv a con el g ru p o e sp e c ia liz a d o e n e je rc e r la v io le n c ia .. . ».78 Se v eía ju stific a d a , e n p a la b ra s d e u n m ilita n te , « c u a n d o n o se g a ra n tiz a b a la d e m o c ra c ia o b re ra » , p a ra « e m p a rd a r» la v io len cia q u e p ro v e n ía d e la p a tro n a l y la burocracia. Sin em b arg o se p u e d e ob serv ar que en o tro s casos el accio n ar e sc a la b a s e g ú n la s c irc u n sta n c ia s: « N o sotros é ra m o s m u y e fe c tista s, lo­ g ráb am o s el objetivo. Si n o so tro s q u eríam o s q u e la fáb rica d e ascen so res a u m e n ta ra d o s p eso s la h o ra , e m p e z a b a la h u e lg a. Si v eía s q u e se ven ía c a y e n d o la h u e lg a , se m e tía u n c añ o a la p a tro n a l p a ra q u e afloje an tes, se a p re ta b a de to d o s lados. E m pezaba con un p ed id o no rm al. Los co m p a­ ñ e ro s p ro p o n ía n un p aro . Si no se lo g rab a con el p a ro se a p re ta b a , p ero fin alm en te se lo g ra b a . Y si co n el a p rie te no p a sa b a n a d a , se lo c h u p a b a al p a tró n . Se se g u ía , y h a s ta n o lo g ra rlo , n o se p a ra b a » .79 P arecería e n to n c e s h a b e r u n a co n trad ic c ió n e n tre los rela to s, p ero p a ra e v ita r u n a le c tu ra lin e al al re s p e c to no se d e b e ría n o b v ia r d o s c u e stio n e s. Por un la d o las FAP-PB - s e p o d ría d e c i r - so n u n a « o rg a n iz a c ió n e n pro ceso » , s u m e rg id a e n u n a in te n s a b ú s q u e d a p o lític a m á s a llá d e te n e r a lg u n a s d e fin ic io n e s a su m id a s. Por el o tro , no h a b ría q u e p e r d e r d e v ista las d iv e rsa s re a lid a d e s re g io n a le s. H ubo re g io n a le s d o n d e el p e so d e las FAP, c o m o a p a ra to a rm a d o , e ra m a y o r q u e el d e l PB, m ás allá d e q u e a p a re n te m e n te n u n c a se d ie ro n te n s io n e s fu e rte s c o m o las q u e h u b o e n d e te rm in a d o s m o m e n to s e n tr e M o n to n e ro s y su s fre n te s d e m asas. Para p o n e r u n caso, la reg io n al M ar del P lata, q u e se g ú n u n ex m ilita n te e ra la m ás « ferre te ra» ,80 te n ía un a p a ra to m ilita r so b re d im e n s io n a d o en c o rre sp o n d e n c ia a su d e sa rro llo político. Pero e ste d e sfa sa je re sp ec to de la p ro p u e s ta g e n e ra l, q u e p la n te a b a d a r m á s p e so a lo p o lític o q u e a lo a rm a d o , fu e re c o n o c id o y c ritic a d o : «H ubo u n m o m e n to e n el q u e no m e d im o s r e a l m e n t e ... Yo m e a c u e rd o q u e u n a v ez v in e a La P la ta, y el g o rd o R am ón m e dice: “Decile a los m uchachos q u e se e stá n equivocando de m úsica”, y yo le p re g u n to p o r qué. Y m e rep itió lo m ism o: “Se escucha 78. E ntrevista a Lucio. 79. E ntrevista a Enrique. 80. En la jerg a, es un derivado de «fierro» o arm a de fuego.

184

i

Izquierda peronista, violen cia arm ada y clase obrera:.

m ás ru id o q u e m ú sic a ”. Y d e sp u é s se d isc u tió e s o . .. ».81 A ún así, los testim onios afirm an que existía un «consenso» o b rero al a ccio n ar arm a d o y ex iste u n a o p in ió n e x te n d id a d e q u e las o p e ra c io n e s q u e re a liz a b a n re s u lta b a n «sim páticas»: « (N )o so tro s te n ía m o s u n je fe q u e e ra u n hijo de p u ta , h a c ía llo ra r a las m u je re s. C reo q u e era e x tra n je ro , a le m á n . El tipo e ra u n a b a su ra . U n d ía lo a g a rra m o s, yo no fui, fu e ro n o tro s. Lo ca g a ro n a p alo s y le c o rta ro n el culo con u n a G illette (risa s). Así q u e el jefe te rm in ó en el h o sp ita l d e E n se n a d a , cu lo p a ra a rrib a c o m o v e in te días. Y to d o el m u n d o decía q u e le h a b ía n ro to el culo».82 En relació n a la p artic ip a ció n de los o b re ro s en estas accio n es h a b ría q ue s e ñ a la r d o s a sp ecto s. Al in d a g a r so b re el nivel e n el q u e se to m a b a la d e c isió n d e re a liz a r u n a acció n v io le n ta , la re s p u e s ta fu e q u e e n a lg u n o s c aso s e n el c o m a n d o , y e n o tro s, e n las a g ru p a c io n e s d e base; y en e ste ú ltim o caso se tra ta b a d e h a c e r p a rtic ip a r a in te g ra n te s de la a g ru p a c ió n . E sta d in á m ic a e stá v in c u la d a al h e c h o d e q u e d e sd e la d efin itiv a u n id a d de las FAP y el PB, los m ilita n te s te n ía n u n d o b le e n c u a d ra m ie n to , y e sta ló g ica in te n ta b a e x te n d e rse a las a g ru p a c io n e s de base en los lu g a re s de tra b a jo , cu y a co m p o sic ió n n o se re d u c ía a los in teg ran tes de la organizació n . En este sen tido hab ía u n a fu erte diferencia con la línea de M onton ero s, a la que llam ab an «política a rticu lato ria» , es decir u n a re sp u e sta e n te n d id a com o «desde fuera» con el a p a ra to m ilitar an te u n a d e m a n d a o b re ra . Esto re s u lta b a n e g a tiv o e n la c o n ce p c ió n de las FAP-PB p o r d o s cu e stio n e s: p o r u n la d o , se re e m p la z a b a a la clase o b rera; p o r o tro , los triu n fo s re s u lta b a n lo g ro s d e u n a o rg a n iz a c ió n , n o de los o b re ro s, n o a le n ta n d o así a la c o n fia n z a e n las « p ro p ia s fu erzas» de las b ases. Por ello «se re s ig n a b a a no te n e r p re s e n c ia , q u e a te n e rla sin h a b e r c o n stru id o p re v ia m e n te algo, sin te n e r u n d e sa rro llo afincad o , firm e».83 R esu lta in te re s a n te v e r có m o se fue in te n ta n d o d a r a la v io len cia u n lu g ar preciso, su b o rd in ad o p ero a la vez d in am iz ad o r de u n a co nstrucción política. Esto se p u ed e a p re c iar en relación a cóm o e ra n recibidas en oca­ siones las accio n es a rm a d a s p o r p a rte de los tra b a ja d o re s y la re sp u e sta de la o rg an izació n : «A v eces g e n e ra b a n p r o b le m a s .. . El p ro b le m a era q u e los c o m p a ñ e ro s se q u e d a b a n con u n a visión facilista d e la c u e s­ 81. Entrevista a Enrique. El «Gordo Ramón» era p arte de la dirección de las FAP C om ando Nacional. 82. E ntrevista a G uillerm o. Para hacer un c o n tra p u n to , con esta y o tras cuestiones, se puede c o n su ltar la entrevista a «El Negro», en Pozzi y S chneider, Los setentistas. Izquierda y clase obrera: 1969-1976. 83. E ntrevista a Lucio. 185

M arcelo R aim undo

ti ó n ... Tenías q u e d iscu tir m ucho con ellos, c o n v e rsa r m u ch o s o b re ese t e m a . . . El a p a ra to , al h a b e r p u e s to la fu e rz a s u ­ p le to ria q u e ellos n o te n ía n los h a b ía a g ra n d a d o . H ab ía q u e c o n tr o la r ese tip o d e a sp ira c ió n ta m b ié n , p o rq u e sin o q u e ­ d a b a co m o q u e si te n é s u n a p a ra to m á s g ra n d e te n é s p oder. N osotros no afin cam o s e n el p o d e r del a p a ra to a rm a d o , p a ra n a d a . El d e sa rro llo e ra m ás b ien e n el p o d e r p o lítico y en el p o d e r d e c o n v o c a to ria » .84 Para te rm in a r e ste re c o rrid o , q u e d a ría p e n d ie n te u n a b rev e p u n tu alización so b re el e n fre n ta m ie n to con la b u ro cracia sindical. C om o se p udo v er en u n a cita m ás a rrib a , las FAP-PB era n fu e rte m e n te an tib u ro c rá tic a s, a la b u ro c ra c ia se la c o n sid e ra b a u n e n e m ig o . Pero e ra u n e n e m ig o se c u n d a rio resp e c to al p rin cip al, la p a tro n a l. A p e s a r d e ello no faltaro n las « ejecu cio n es» d e b u ró c ra ta s , es el e je m p lo d e D irk K lo o ste rm a n del SMATA o d e M a rc e lin o M an silla, se c re ta rio d e la CGT d e M ar d e l P lata. Pero e sta línea d e acción fue a b a n d o n a d a h a c ia fines d e 19 7 3 : «Era m ás im p o rta n te el triu n fo o b rero de u n a fábrica co m o PASA, P ro p u lso ra, que la ju s tic ia p o p u la r c o n tra el b u ró c ra ta , e ra m ás im p o rta n te eso. La co n s­ tru c c ió n d e l triu n fo o b re ro , a lc a n z a b a u n a d ifu sió n y u n e je m p lo h acia la clase o b re ra m u c h o m á s im p o rta n te q u e la e je c u c ió n d e l b u ró c ra ta . A unque si ese b u ró c ra ta h u b ie ra sido un g ra n tra id o r to d o el m u n d o decía “q u é b ie n ”, p ero en la co n stru c c ió n c o tid ia n a no a p o rta b a » .85

A modo de conclusión R eferirse a las «FAP-PB», p u e d e d a r a sim p le v ista u n a im a g e n de e stre c h a id e n tific a c ió n d el estilo d el PRT-ERP. En re a lid a d , el re c o rrid o re a liz a d o h a s ta a q u í e s ta ría d e m o s tra n d o q u e d ic h a id e n tid a d es m ás b ie n u n p u n to d e lle g a d a , q u e re s u lta o b se rv a b le a n iv el d e l d e sa rro llo o rg a n iz a tiv o n a c io n a l, p e ro q u e no e stá e x e n to d e h e te ro g e n e id a d e s reg io n ales. Esta breve h isto ria de las FAP-PB, se ha p ro p u e sto b rin d a r u n a visión y evaluación d ife re n te s de las p ro p u estas en el tra b a jo de Luvecce. Prim ero, y m a n te n ié n d o s e e n su ló g ica, si la tesis d e M ichel W ie w o rk a se basa e n o rg a n iz a c io n e s a rm a d a s , no se ría a p lic a b le al PB, ya q u e la m ism a L uvecce la d efin e co m o o rg a n iz a c ió n e x c lu siv a m e n te p o lítica. S eg u n d o , la ta ja n te s e p a ra c ió n q u e h a c e e n tre las FAP y el PB, d e riv a d e u n p ro ­ b lem a reco n o c id o p o r la m ism a a u to ra , las d ife re n c ia s re g io n a le s . Pero luM iim rntr su análisis e n fatiza los casos d o n d e m en o s d e sarro llo tuvo las

Izquierda p eron ista, violen cia arm ada y clase obrera:

FAP o, d o n d e los tuvo, sesga te m p o ra lm e n te el análisis co n stru y e n d o una g en eralizació n incorrecta. Ju s ta m e n te , la e ta p a ab ierta e n 1973 es la que p erm ite v e r a las FAP-PB com o u n a u n id a d , a u n q u e com o se h a señ alad o , en c o n s ta n te p ro ceso . Un p ro c e s o q u e d io co m o re s u lta d o , m á s q u e un progresivo ascenso de las p rácticas arm ad as, una e stra te g ia c ad a vez m ás cercan a a cedant arm a togae, concedat laurea laudiSb y a le ja d a del inicial foquism o. En este trabajo, se h a in te n ta d o realizar un c o n tra p u n to con la in te rp re ta c ió n o riginal a p a rtir d e en fo car: 1. La e ta p a d o n d e la « a lte rn a tiv a in d e p e n d ie n te » e n tra en p le n o fu n ­ c io n a m ie n to , q u e co in c id e co n la e stre c h a re la c ió n e n tr e FAP-PB, c o m p ro b a d a por el g e n e ra liz a d o d o b le e n c u a d ra m ie n to . 2. Los te stim o n io s de 3 reg io n a le s, d o n d e: a) el PB tuvo escaso d e sa rro llo (M ar del P lata); b) las FAP d e sa rro lla ro n el PB (B uenos A ires); c) e x istía n , en u n a e ta p a inicial, las FAP y el PB p o r s e p a ra d o (La P lata, Berisso y E n se n a d a ). Q uizás este tip o de e stra te g ia m etodológica, q u e hace pro p io el p ro b lem a del sesgo espacial y te m p o ra l, p e rm ita p ro fu n d iz a r la co m p re n sió n d e o rg a n iz a ­ c io n es p o líticas n o ta n v e rtic a lista s co m o M o n to n e ro s, sin o m ás p a recid as a u n a red. Sin em b arg o , el fenóm en o quizás m ás in te re sa n te es el que ju sta m e n te re b a te la «inversión» g en e ra liz a d a q u e p ro p o n e W iew orka en su m o d elo de análisis. La organizació n a rm ad a aquí estu d ia d a ensayó u n a d esm ilita­ rización (com o reducción al m ínim o del a rm a m e n to y acciones arm ad as) m ie n tra s se especializó e n in te rv e n ir en conflictos lab o rales, y al p a re c e r el trib u n al o b rero sería la form a ideal e n c o n tra d a p ara articu larse con las luchas o b reras. U na de las cuestiones que q u ed a ab ierta p ara in d a g ar con p ro fu n d id ad , es b u s c a r con m a y o r p recisió n los d e te rm in a n te s q u e a c tu a ro n p a ra d a r u n a esp ecífica a rtic u la c ió n e n tre , p o r u n la d o , m a rx ism o y p e ro n ism o , y p o r o tro , lu ch a p o lítica y lu ch a a rm a d a , y q u e d ie ro n c o m o re s u lta d o re la c io n e s d is tin ta s a las q u e ex istie ro n e n o tra s o rg a n iz a c io n e s q u e fo rm a ro n p a rte d e la iz q u ie rd a . Si b ien a q u í se h a h e c h o h in c a p ié en la in flu en cia d e la co m p o sic ió n social d e la o rg a n iz a c ió n p o lítica, esto h a sid o p ro p u e s to m ás a m o d o d e h ip ó te sis q u e de tesis, ya q u e no se p o d ría a s e g u r a r q u e la so lu ció n sea sim p le m e n te e sta . Tal vez en este s e n tid o se a re v e la d o r c o m p le m e n ta r lo e s tru c tu ra l con lo h istó ric o , y q uizás m ás p recisam en te, con el d ev en ir de las luchas e n ta b la d a s no sólo 86. «Que las arm as cedan a la toga y que el laurel se dé a los m éritos», frase de Cicerón. 187

M arcelo R aim undo

co n los e n e m ig o s e x te rn o s, sin o ta m b ié n c o n los a d v e rs a rio s in te rn o s. E x p lo rar el sig n ific ad o p ro fu n d o d e lo q u e fu e la lla m a d a « e x p erien cia a c u m u la d a » , c o n sig n a p u e sta en ju e g o (y de m a n e ra in s is te n te ) p o r los m ism os p ro ta g o n ista s, p u e d e q u e sea u n p u n to d e e n tr a d a a ello .87

87. Cuando se habla de buscar un .significado «profundo», no se alude a una cu estió n d e hechos (los que se p u e d en ver en los re cu e n to s m íticos d e h azañas y errores, que se repiten frecu en tem en te en los testim o n io s ta n to ora le s como escritos), sino a relaciones concretas en ta b lad a s e n tre los sujetos. M uchas veces, los hechos que hab itu alm en te se invocan no fueron vividos d irec ta m en te p or los que testim onian, pero cobran una significación d e n tro de una relación. 188

Capítulo 7 Bolivia en el ciclo guerrillero, 1963-1970 continuidades y diferencias

G u s ta v o R o d ríg u e z O s tr ia

Introducción La g u errilla conducida p o r E rnesto G uevara en 1967, cob ra u n sentido d istinto si se la ex am in a d e n tro un arco tem p o ral mayor. E m erge en to n ce s no co m o u n a in cu rsió n a isla d a , sino com o p a rte d e u n a la rg a e stra te g ia que involucra a Bolivia de d istin tas m an eras, pero siem p re u n id a s p o r un lazo d e c o n tin u id a d . A inicios d e los añ o s se se n ta del siglo xx, la direcció n c u b a n a decidió p rom over la lucha a rm ad a en A m érica del Sur, com o un m ecan ism o de a u ­ todefensa y con la seg u rid ad de que aislada, sin el co n cu rso de regím enes sim ilares, te n d ría m e n o s p o sib ilid a d e s d e sobrevivir. En 1 9 6 0 , E rn esto G uevara p u b licó su fam o so e im p a c ta n te te x to La g u erra de guerrillas q ue in flu iría e n v a ria s g e n e ra c io n e s. En fe b rero d e 1 9 6 2 , la S egunda D eclaración de La H abana n o d ejó n in g u n a d u d a d e esa d e te rm in a c ió n . En C uba, e n co n secu en cia , se e n tre n ó a m iles de c o m b a tie n te s, c u a d ro s m isio n ero s p a ra « e x p o rta r la rev o lu ció n » . Los p a rtid o s c o m u n ista s, las e s tru c tu ra s p a rtid a ria s d e iz q u ie rd a m ás im p o rta n te s d e la re g ió n , se o p u sie ro n a b ie rta y c o n tu n d e n te m e n te al fo q u ism o . Sin e m b a rg o , la perspectiva cu b an a co n tab a con el apoyo poco d isim u lad o de secto res de la izquierda radical, cansad o s de la in o p eran cia de los co m u n istas y de su confianza en el trán sito pacífico al socialism o. C onvencidos com o estab an de que C uba y su m étodo de lucha arm ad a re p re se n ta b a n u n a altern ativ a

G ustavo R odríguez Ostria

d u ra, p e ro fin alm en te la única e infalible p ara im p la n ta r la r e v o lu c ió n en la regió n , se su m a ro n p o r d e ce n as a la lu ch a a rm a d a e n z o n a s rurales. En 1962 el pro y ecto cu b an o , en el m arco de severos a t a q u e s im periales a su R evolución, co b ró fu erza definitiva, a b rie n d o u n a o la d e incursiones g u errilleras en varios países del c o n tin e n te que d u ra ría h a s t a la siguiente d é c a d a . En e ste tra b a jo e x p o n d re m o s los e fec to s d e e s a d e c is ió n en B olivia y e sta b le c e re m o s a c o n tin u a c ió n c ó m o se e n t r e l a z a n las tres fases, 1 9 6 3 , 1 9 6 7 y 1 9 7 0 d e la g u e rrilla e n e ste p aís, p r i n c ip a l m e n t e a nivel de p a rtic ip a n te s, co n c ep c io n e s p o lítico -m ilitares, u s o d e l territo rio g u errillero y re su lta d o s.

Fases guerrilleras en Bolivia P r im e r a fa s e , 1 9 6 3 -1 9 6 6 En 1 9 6 3 , la p lan ifica c ió n e stra té g ic a im p u ls a d a p o r el C h e o rg an izó d o s c o lu m n a s g u e rrille ra s , e n tr e n a d a s en C u b a, q u e se d e s p la z a r ía n h a c ia P erú y A rg e n tin a . En el p rim e r caso , el E jérc ito d e L ib e ra c ió n N acio n a l (ELN), e n la lla m a d a O p e ra c ió n M a tra c a , y e n el s e g u n d o , el Ejército G u errille ro d el P ueblo (EGP), con la O p eració n S o m b r a .1 A m bas co lu m n a s in te g ra b a n la d e n o m in a d a O p eració n M atraca. S u o b je tiv o no era to m a r el p o d e r en Bolivia ni u sarlo com o te a tro de o p e ra c io n e s , sino utilizar su territo rio com o base logística y zo n a de trá n sito h a c ia el Perú y la A rg en tin a, re sp e c tiv a m e n te . Los c u b a n o s c o n v in ie ro n co n el P artid o C o m u n ista d e B o liv ia (PCB), e n to n c e s u n p a rtid o leg al e in flu y e n te en a lg u n o s c írc u lo s s in d ic a le s p e ro c o n esc aso p eso p o lítico n a c io n a l, q u e c o la b o ra ra e n la m isió n . Los c o m u n ista s p ro p o rc io n a ro n c u a d ro s p a ra las ta re a s lo g ístic a s; p e ro lo h ic ie ro n n o sin c ie rta s re tic e n c ia s e in eficien cia. T a n to q u e a lg u n o s p ie n s a n q u e fu e ro n d e lib e ra d a s p a ra re tra s a r el in icio d e las a c c io n e s y no p e r tu r b a r su s re la c io n e s co n los p a rtid o s c o m u n ista s - « h e rm a n o s » de am b o s países, p a rtic u la rm e n te los p e ru an o s. Por lo m en o s en el caso del ELN, cuya apro x im ació n a su zona de o p e ­ racio n es su p o n ía un d e s p la z a m ie n to de u n a fu erza n u m e ro sa p o r b u e n a p a rte d e l te rrito rio b o liv ia n o , e s tá c o m p ro b a d o q u e ta m b ié n c o n ta r o n con la a q u ie s c e n c ia d e l g o b ie rn o d e e ste país, e n to n c e s en m a n o s d el po p u lista M ovim iento N a cio n alista B oliviano (M NR). Bolivia, era u n o de los pocos países la tin o a m eric a n o s q u e no h ab ían ro to relaciones con C uba y es p ro b ab le q u e el g o b iern o del p re sid e n te V íctor Paz Estenssoro lle g a ra

1. Esta p arte se basa en H um berto V ázquez Viaña. Una guerrilla para el Che. Santa Cruz: Editorial RB, 2000, Vázquez y su herm ano Jorge, m ás conocido com o El Loro, fueron im portantes c u ad ro s d u ra n te el período analizado. 190

Bolivia en el ciclo guerrillero, 1 9 6 3 -1 9 7 0 con tin u id ad es y.

ii Un m o d u s vivendi c o n los c u b an o s. E stos n o p ro m o v e ría n a ccio n es g u errilleras en B olivia, a cam b io de m a n te n e r rela c io n e s d ip lo m á tic a s, y tic que C laudio San R om án, el te n eb ro so je fe de la policía po lítica, com o u d m itie ro n m á s ta r d e los c u b a n o s, se h ic ie ra d e la v ista g o rd a d e sus nociones a rm a d a s e n los p aíses v ecin o s.2 S itu a c ió n q u e p e rm itió q u e la em b ajad a d e C uba en La Paz o p e ra ra com o c e n tro de co n ta c to y c o m u m e n d o n e s. En sus in sta la c io n e s tra b a ja ro n los o p e ra d o re s U lises E stra d a J u a n C a rretero «Ariel», Jo sé M aría M artín ez «Papi» y O lo P an to ja, m ie m ­ bros de la se g u rid a d c u b a n a y e stre c h a m e n te lig ad o s a E rn esto G u ev ara l,os dos últim o s m o rirían en 1967 cu an d o in te g ra b a n la c o lu m n a bajo su d irecció n .3 A p rin cip io s d e 196 3 , al m a n d o d e H é c to r Bejar, a p ro x im a d a m e n te u n a v e in te n a d e p e ru a n o s , fu n d a m e n ta lm e n te e s tu d ia n te s b e c a d o s en C uba, in g re só a B olivia. L leg aro n p o r p a re ja s tra s s e n d a s v u e lta s de e n m a s c a ra m ie n to p o r E u ro p a. Los c o m u n ista s lo cales los c o b ija ro n en las c iu d a d e s d e O ru ro , C o c h a b a m b a , La Paz y los c e n tro s m in e ro s n a cio n alizad o s, d o n d e tra d ic io n a lm e n te el g o b ie rn o n a c io n a l te n ía escasc co n tro l. L uego d e u n a e sp e ra d e u n p a r d e m eses, a inicios d e ab ril, los a y u d a ro n a m o v e rse h a c ia la fro n te ra e n tre P erú y B olivia (p ro v in cia de P a n d o ). Del lad o p e ru a n o c o o rd in a b a Ju lio D ag n in o « S ánchez», que h ab ía recib id o v ario s e n tre n a m ie n to s m ilitares e n C u b a .4 La e x p e d ic ió r fue u n d e sa s tre . La c o lu m n a d el ELN n o lo g ró ni siq u ie ra in g re s a r a' territo rio de Perú y fue d esin te g ra d a en la fro n te ra p e ru an o -b o liv ian a. Er la z o n a d e P u e rto M ald o n ad o , el 15 de m ayo, cayó el jo v e n p o e ta Javiei H e ra u d m ie n tra s q u e o tro s d e su s c o m p a ñ e ro s e ra n a p re s a d o s p o r k G uard ia R epublicana del Perú. El resto, g o lp ead o , volvió so b re sus pasoí y se refugió en Bolivia. Los p ro tag o n istas g u a rd a n h asta hoy la im presiór de q u e fu e ro n e n g a ñ a d o s p o r el PCB, so lid a rio co n su p a r p e ru a n o que re p u d ia b a el fo q u ism o .5 Los co m u n ista s c o b ija ro n n u e v a m e n te a los p ró fu g o s p e ru a n o s y le; a y u d a ro n a e n te r r a r su s a rm a s, e sp e ra n d o u n a n u e v a o p o rtu n id a d . Sir em bargo, al m enos la m itad cayó presa p o r las fuerzas m ilitares bolivianas Fiel a su com prom iso el gobierno de Paz E stenssoro liberó a los deten id o ; 2. E ntrevista con Jo rg e Kolle C ueto, ex p rim er se c re tario del PCB, Cocha bam ba, m arzo de 2006. 3. Ulises Estrada. Tañía la guerrillera y la epopeya sudamericana del Che. n /d Editorial O cean Sur, 2006. 4. Declaraciones de Julio Dagnino, arrestado el 27 de m arzo de 1968, cuandc in teg rab a la red u rb a n a que in te n tó ap o y ar al Che, e n Presencia, La Paz, 21 d< abril de 1968. 5. Equipo de redacción. «Entrevista con H éctor Béjar». En: La Lucha Armadi en la A rgentina, n.° 9: Buenos Aires (2007), págs. 60-75. 19

Gustavo R odríguez Ostria

y les co n c e d ió a silo p o lític o . Sin e m b a rg o alg u n o s g u e rrille ro s , co m o N ésto r G u e v a ra «N eg ró n » , se q u e d a ro n e n B olivia. R e a p a re c e ría e n las dos sig u ie n te s v e rs io n e s d e la g u e rrilla g u e v a rista e n B olivia, ta n to en 1967 y 1970. C u a n d o los m ilita n te s d el ELN e sta b a n p re m a tu r a m e n te p u e sto s en d e s b a n d a d a , a rr ib a ro n a B olivia c u a tro a rg e n tin o s in te g ra n te s d e l EGP y u n c u b a n o , c o b ija d o s con p a sa p o rte s a rg e lin o s y s e c u n d a d o s p o r d i­ p lo m ático s d e ese p a ís q u e los g u e re c ía n .6 Al m a n d o se h a lla b a Jo rg e M asetti, p e rio d ista , a m ig o y c o m p a trio ta d el C he, d e s d e q u e e n 1958, e n u n g e sto d e a u d a c ia , lo e n tre v istó e n S ie rra M a e s tra . P a rtic ip a b a ta m b ién C iro B ustos, o tro a rg e n tin o co n o cid o com o el «P elado».7 Luego, u n a vez c o n so lid a d a la fase de a p e rtu ra , v e n d ría el C he a c o m a n d a r las accio n es. D esp u é s d e p e rm a n e c e r c la n d e stin o s u n tie m p o e n La Paz y O ruro, se estab le c ie ro n en Tarija, en el su r de Bolivia c e rca n a a la fro n tera A rgentina, a u n q u e esp o rád ic a m e n te Bustos se m ovía a La Paz p a ra recibir instrucciones en la e m b a ja d a carib eñ a. Su co n ta c to e ra el c u b a n o «Papi». Los co m u n istas bolivianos p u siero n en m arch a el m ism o e q u ip o q u e cola­ b o ró con los p e ru a n o s . R odolfo S a ld a ñ a y J o s é Luis T ellería e s ta b a n al frente. O cu p arán roles sim ilares en 1967.® Bajo la p a n ta lla de un in g en ie­ ro a g ró n o m o c o m u n ista , de ap ellid o M urrillo, a d q u irie ro n , co n recu rso s p ro p o rc io n a d o s p o r ios c u b an o s, u n a p ro p ie d ad en E m b o ro z ú , cerc a del río B erm ejo qu e m arc a el lím ite con la fro n te ra arg e n tin o -b o liv ia n a . Allí, e n la C asa d e P ie d ra , c o m p le ta ro n su e n tr e n a m ie n to . Se e n c a rg ó al c o m u n ista b o liv ian o Jo rg e V ázquez-V iaña d a rle s c o b e rtu ra y p ro tecció n . Para v a lid a r m ás su p ap el se trasla d ó con su esp o sa e hijos. V iaña, com o casi to d o s los in v o lu c ra d o s c o n M asetti, se ría u n a p ie z a d e la g u e rrilla del C he en 1967. C a p tu ra d o p o r los m ilitares, fue e je c u ta d o p o r ellos. El 21 d e ju n io el re d u c id o g ru p o in g re só d e s d e la C asa d e P ied ra p o r p rim e ra vez a te rrito rio a rg e n tin o , p ero tuvo q u e re to rn a r e m p u ja d o p o r u n m e d io a m b ie n te d esco n o c id o y h o stil. V aivén e n tr e a m b o s p aíses q u e d u ró h a sta inicios de 1964, cu an d o la p e q u e ñ a c o lu m n a se tra sla d ó sin re to rn o a te rrito rio a rg e n tin o . Sólo p a ra m orir, m a l c o n c e b id a , y sin c o n ta c to s co n su e n to rn o social e in filtra d a su c u m b ió e n p o co s m eses. P ara ab ril de 1 9 6 8 , ya no existía. 6. Gabriel Rot. Los orígenes perdidos de la guerrilla en la Argentina. La historia de Jorge M assetiy el Ejército Guerrillero del Pueblo. Buenos Aires: Ediciones Cielo por A salto, 2000; tam bién Daniel Ávalos. La Guerrilla del Che y M asetti en Salta (1 9 6 4 ). Salta y C órdoba: Ediciones Política y C ultura y La Intem perie, 2005. 7. Bustos ha proporcionado su versión en su libro, véase Ciro Bustos. El Che quiere verte. Buenos Aires: Vergara editor, 2007. 8. El testim onio de Saldaña en: Rodolfo Saldaña, Mary-Alice W aters y Michael Taber. Terreno fértil: Che Guevara y Bolivia. La H abana: E ditora Política, 2005. 192

Bolivia en el ciclo guerrillero, 1 9 6 3 -1 9 7 0 co n tin u id ad es y.

En los plan es preco n ceb id o s la g u errilla de M asetti fu n c io n a ría com o ca ta p u lta de u n le v a n ta m ie n to ru ra l en la reg ió n d e T u cu m án , y d e b e ría ser a c o m p a ñ a d a p o r o tro g ru p o sim ilar, así co m o d e a cc io n e s u rb a n a s a c arg o d e los eq u ip o s tro tsk ista s al m a n d o d e l V asco B e n g o ch e a, ex m ilita n te s d e P alab ra O b re ra (P O ), y o rg a n iz a d o s a h o ra e n las F u erzas A rm adas de Revolución N acional (FARN).9 Uno de sus d irig en tes, F austino S tam p o n i C orinaldesi, d e 33 añ o s, o p erab a com o re sp o n sa b le d el tráfico de a rm a s e n tre Bolivia y A rg en tin a. Fue a p re n d id o e n ab ril d e 1 9 6 4 , en posesión d e un v e rd a d e ro arsen al. Una p a rte se g u ra m e n te a d q u irid a p o r los co m u n istas en el m ercad o boliviano y o tra tra íd a p o r los cu b an o s por «valija d ip lo m ática» d e sd e sus arse n ales en el C aribe. Por su p arte, el Vasco B engochea y cu atro de sus co m p añ e ro s m u riero n la ta r d e d el 21 d e ju lio d e 1 9 6 4 en u n a ex p lo sió n e n u n d e p a rta m e n to alq u ilad o en el aristo crático b arrio b o n a eren se d e P alerino, p o r lo q u e se d e sin te g ró su g ru p o , q u e d a n d o a d em á s al d e sc u b ie rto sus in te g ra n te s. Tal fue el caso d e S ta m p o n i, u n im p o rta n te c u a d ro d e PO. H ab ía fo rm a d o p a rte d e la e x p ed ic ió n a C uba e n 1 9 6 2 , e n c o m p a ñ ía d e Á ngel - e l « V asco » - B en g o ch e a y o tro s tre s tro tsk ista s. Ya lib re , S ta m p o n i se tra sla d ó a La H ab an a h a sta e n fria r la p ersecu ció n . Volvió p o r un tiem p o a la A rg e n tin a y n u e v a m e n te el 19 d e m a rz o d e 1 9 6 7 , a c o m p a ñ a d o de su e sp o sa A licia B o rg ato y u n p u ñ a d o d e c o m p a trio ta s , e n ru m b ó o tra vez a C u b a, a d o n d e lle g a ro n a lre d e d o r d el 23 d e m a rz o , ju s to c u a n d o la c o lu m n a d e l C he in iciab a las accio n es b élicas e n Ñ a n c a h u a z ú . En el b ello b a rrio h a b a n e ro de M ira m a r c o m p a rtía u n a casa d e se g u rid a d con varios arg e n tin o s de d istin ta p ro ced en cia política, e n tre ellos y ellas, M an u el N egrín, E m ilio Já u re g u i y su c o m p a ñ e ra A na M aría N ico m en d i, M arcelo V erd y su esp o sa S a ra E u g en ia P alacios. El c o n ju n to , a d e m á s d e v a ria s d e c e n a s de a rg e n tin o s, te n ía n la d e te rm in a c ió n d e in te g ra rse a las fu e rz a s del C he e n Bolivia. Su m u e rte , el 9 d e o c tu b re de 1 9 6 7 , tru n c ó el p ro p ó s ito d e sus c o m p a trio ta s .10 S ta m p o n i n o su p o h a s ta un a ñ o m á s ta rd e , q u e el C he lo re q u e ría . Se e n te r ó al le e r el d ia rio d e 9. V éase al respecto Sergio Nicanoff y Alex Castillo. «Las prim eras experien­ cias g u errilleras en la A rgentina. La historia del Vasco B engochea y las Fuerzas A rm adas de la Revolución Nacional». En: Cuaderno de Trabajo. 29. Buenos Aires: C entro C ultural de Cooperación, 2004. 10. E ntrevista con Alicia Borgato, La H abana, abril de 2004. Borgato fue la com pañera de Stam poni. Sobre otros grupos argentinos que aguardaban órdenes p a ra in co rp o rarse con el Che en Bolivia, puede verse la o b ra testim onial de A lfredo H ellm an. II m ilitanti. M ilano, 2006, tam bién com unicación electrónica con el autor, 11 y 12 de octubre de 2007. H ellm an está m encionado en el Diario del Che com o un contacto que debía activar Ciro Bustos. E rró n eam en te se cree que es el lau read o poeta Ju a n Gelman. 193

G ustavo R od rígu ez Ostria

c a m p a ñ a d e su c o m p a trio ta p u b licad o el 1 d e ju lio d e 1 9 6 8 . Se a seg u ra q u e d e silu sio n a d o lloró a m a rg a m e n te . Por su p a rte , O scar P érez B etan cu rt, de 28 añ o s, ta m b ié n se tra sla d ó a La H abana. M ilitaba en PO desd e su época d e e stu d ia n te de bioquím ica en La P lata. En 1 9 6 3 fo rm ó p a rte del g ru p o q u e se tr a s la d ó a B olivia con la m isión, lu eg o fru stra d a , de seg u ir a Perú p a ra a c u d ir en auxilio de H ugo B lanco, q u e lu c h a b a en el te rrito rio d e n o m in a d o La C o n v en ció n y Lares. B lanco m ilitó en PO d u ra n te su e sta d ía e n A rg e n tin a e n 1 9 5 7 .11 El ciclo de 1 9 6 3 se ce rró con u n so n a d o fraca so . N in g u n a d e las tres co lu m n as g u e rrille ra s p u d o su p e ra r la fase d e im p la n ta c ió n ; dos de ellas, ELN y FARN, ni siq u ie ra lo g ra ro n in iciar acc io n e s. D e silu sio n a d o , com o es su fic ie n te m e n te co n o c id o , e n 1 9 6 5 , E rn e sto G u e v a ra in ició su fase a fric a n a .12n Pero no d ejab a de p e n sa r en re p ro d u c ir las acciones de 1963 en A rgentina y Perú, con Bolivia com o paso in term e d io . La p ru e b a es que envió a la alem an a- a rg e n tin a T am ara Bunke «Tania» a Bolivia en o ctu b re d e 1964. Con el falso n o m b re d e L aura G u tié rre z B auer, y co n el m a n to d e e tn ó lo g a , d e b ía in fíltra se en la a lta so c ie d a d b o liv ia n a y a g u a rd a r in s ta ic c io n e s .13 Los p la n e s c u b a n o s p a ra e s tru c tu r a r n u e v o s focos en P erú n o se d e tu v ie ro n . A m e d ia d o s de 1965, m ie n tras el C he p e rm a n e c ía e n África, el M o v im ien to d e Iz q u ie rd a R ev o lu cio n aria (M IR ), q u e n o p a rtic ip ó en 19 6 3 , c o n ju n ta m e n te con el ELN se a lz a ro n e n a rm a s e n la re g ió n de A yacucho.H Por su p a rte, C uba, luego de su fallid a in cu rsió n en el Congo q u e c o n clu y ó co n la sa lid a d e G u e v a ra d e e se p aís e n n o v ie m b re de 1 9 6 5 , a c tu a liz ó n u e v a m e n te la la titu d la tin o a m e ric a n a c o m o te a tro d e o p e ra c io n e s y d e c o n fro n ta c ió n co n el im p e ria lis m o .15 En e se m arco , B olivia se c o n v e rtiría n u e v a m e n te en u n e sp a c io d e tr á n s ito y e n un sa n tu a rio , tal com o h ab ía o cu rrid o en 1963 d u ra n te la O p eració n S om bra. 11. Gustavo Rodríguez Ostria. Sm tiempo para las palabras. Teopontc, la otra guerrilla guevarista en Bolivia. C ochabam ba: Editorial Kipus, 2006. 12. Véase W illiam Gálvez. El sueño africano del Che ¿Qué sucedió en la guerrilla congolesa? La H abana: Casa de las A m éricas, 1997; Piero Gleijese. M isiones en conflicto. La Habana, Washington y África, 1 9 59-1976. La H abana: Instituto C ubano del Libro, 2004, págs. 126-251. 13. G ustavo R odríguez O stria. «Los enigm as de Tania, de cla n d estin a a guerrillera». En: Sudestada, n.° 64: Buenos Aires (noviem bre de 2 0 0 7 ), págs. 815; el a u to r prep ara un libro sobre Tania. 14. Véase Peter Vrijer. La lucha guerrillera en el Perú. Los vibrantes años sesenta. Junio de 2007, m anuscrito. Agradecemos al a u to r el envío de este avance de investigación sobre la guerrilla en Perú. 15. Gleijese, Misiones en conflicto. La Habana, W ashington y África, 19591976, pág. 339. 194

Bolivia en el ciclo guerrillero, 1 9 6 3 -1 9 7 0 con tin u id ad es y . .

El g ru p o del ELN n o e ra n u m é ric a m e n te sig n ificativ o p e ro sí d e c i­ d id a m e n te fo q u ista , p o r lo q u e g o z a b a d e la c o m p la c e n c ia d el C he. A fines d e d iciem b re de 1965 o inicios de 1966, p ro b a b le m e n te d u ra n te la c o n fe re n c ia d e la T ric o n tin e n ta l, su d irec c ió n a c e p tó in c o rp o ra r al C he e n sus filas, q u e p o r e n to n c e s se h a lla b a refu g ia d o e n T a n z a n ia. C apac, im p o rta n te c u a d ro del ELN, nos re v e la ría :16 « Ju a n P ablo C hang N a v a rro L évano, el C hino, q u e e ra je fe d e la re d u rb a n a , ( . . . ) se h a b ía c o m p ro m e tid o co n F id el a h a c e rs e ca rg o del in g reso d el C he a la z o n a q u e e stá b a m o s o p e ra n d o (A yacucho). Al lleg ar a Lima (de C uba) C hang, m e dijo co m o g ran noticia “El Che viene con n o so tro s” ( . . . ) . Me dijo q u e to d o e sta b a d e c id id o y h a b ía q u e v e r la m a n e r a d e g u ia r al C he h a s ta la fro n te ra con B olivia y [d e allí] a u n q u e fu era a cam p o trav iesa h a sta p o n erlo en A y acucho».17 Perú e sta b a en la m ira y n u e v a m e n te no se h a b la b a d e B olivia com o e p ic e n tro d e la n u e v a g u e rrilla p a ra el Che. S u rg ió el o b stá c u lo de q u e el fre n te p e ru a n o te rm in ó p o r d e sm o ro n a rs e . En e n e ro d e 1 9 6 6 m u rió G u illerm o L o b ató n , u n o d e los c o m a n d a n te s d e l M IR. El p rim e ro de m a rz o , H é c to r B éjar fue c a p tu ra d o e n Lim a, d o n d e se re fu g ió e n fe rm o . El 2 6 d e m ay o , R icard o G ad ea , ex c u ñ a d o d el C he, y a lto m ie m b ro d el M IR, cayó e n las re d e s d e la policía. La g u e rrilla p e ru a n a se h izo triz a s o tra vez. Los in te g ra n te s del ELN co m p ren d iero n las consecuencias de la nueva y d e sv e n ta jo sa co rrelació n de fu erzas. En p a la b ra s d e C apac: «Las noticias p ro ced en te s de la zona g u errillera no e ran a le n ta ­ d o ras, e n to n ce s C hang en esas circu n sta n cias se vio o b lig ad o a in fo rm a r a los cu b a n o s d e la difícil situ a c ió n q u e a tr a v e s á ­ b am o s» .18 Las o scu ras circu n sta n cias d el a rre sto de B éjar e n Lim a y las m u erte s d e o tro s je fe s g u e rrille ro s p a re c ie ro n m u y so s p e c h o sa s p a ra los o p e ra ­

16. C om unicación electrónica con el autor, 16 de ju n io d e 2007. Resalta la im portancia de Capac, que fue citado en el cifrado núm ero 37 y enviado el 13 de ju n io d e 1967 p o r «Ariel» (Ju an C arretero) al Che, don d e se le m enciona com o «responsable ELN trabajo prep arato rio núcleo guerrillero en Puno». Por razones com prensibles no consignam os su verdadero nom bre. A ctualm ente es ingeniero a grónom o y vive en Perú. 17. Capac, com unicación electrónica citada. 18. Ibíd. 195

*

G ustavo R odríguez Ostria

d o re s c u b a n o s .19 La e v a lu a c ió n fu e c o n c lu y e n te : «La v e rd a d es q u e a n u e s tro c rite rio [el C he] n o p u e d e e n tr a r allí. T o d av ía tie n e n q u e a cla­ ra rse m u c h a s co sas ( . . . ) » , escrib iría en esos d ías el fiel «Pom bo», H arry V illegas, q u ie n se e n c o n tra b a en La Paz, p re p a ra n d o la lo g ística p a ra la lle g a d a d e l C h e, p o r e n to n c e s en P ra g a p e ro a p u n to d e p a rtir p a ra La H a b a n a .20 Su ta ja n te co n clu sió n n o e ra p erso n a l, sin o un eco del ánim o que a d v e rtía n las m ás altas esferas cu b an as. Si Perú ya no e ra posible, lo ú n ico p e rm itid o y p o sib le e ra c a m b ia r d e e sc e n a rio h ac ia B olivia. A sus ojos, y en térm in o s o p erativ o s este país ofrecía m u ch as v en tajas: am plias y d e s g u a rn e c id a s fro n te ra s; su c e rc a n ía co n la A rg e n tin a , y, so b re todo, un P artido C o m u n ista a p a re n te m e n te m en o s re c a lc itra n te con resp ecto a la lu ch a a rm a d a .21 S e g u n d a fa se : 1967 En n o v ie m b re d e 1 9 6 6 , G u e v a ra in g re só a te rrito rio b o liv ia n o p ro ­ c e d e n te d e C u b a , d e s c a rta n d o al P erú. Se d isc u te co n v e h e m e n c ia p o r q u é el C he te rm in ó e n Bolivia y a q u é p lan re sp o n d ía su p re se n c ia . ¿Lu­ c h a b a p o r el p o d e r e n B olivia o su o b jetiv o e ra A rg e n tin a , u tiliz a n d o n u e v a m e n te la p la ta fo rm a lo g ística b o liv ia n a c o m o e n 1 9 6 3 ? ¿ S e ría la C asa d e C a la m in a de Ñ a n c a h u a z ú el e q u iv a le n te a la C asa d e P ied ra de E m b o ro z ú ? ¿C o n d u jo el C he u n a g u e rrilla b o liv ia n a o u n a g u e rrilla en B olivia? Lo o c u rrid o , e n té rm in o s m ilitares, e n tre el 6 de n o v ie m b re d e 1967, c u a n d o el C he lle g a a Ñ a n c a h u a z ú , y el 23 d e fe b re ro d e 1 9 6 8 , cu a n d o los tres g u errillero s cu b an o s so brevivientes in g re saro n a C hile ev ad ien d o el cerco m ilitar, es su fic ie n te m e n te co n o cid o . N o es n e c e sa rio ni posible re p e tir su an á lisis, p o r a h o ra . N os in te re sa m ás b ie n s u b r a y a r las c o n ti­ 19. «Pombo» las reflejaría en su Diario de C am paña: «Al parecer ( . . . ) Calixto se en treg ó a través del m édico, puede h a b er sido con la condición de que se ga­ rantizara la vida», anotación del 6 de agosto de 1966. El Diario ha sido publicado por Carlos Soria G alvarro en el vol. 2, «Los otros Diarios», Carlos Soria Galvarro. El Che en Bolivia. D ocumentos y testim onios. 5 vols. La Paz: E ditorial La Razón, 2005. 20. G alvarro, El Che en Bolivia. D ocumentos y testim onios; «Pom bo» dice «Ramón», que era el prim er nom bre de guerra de E rnesto G uevara en Bolivia. La vida del Che en Praga en José Góm ez Abad. Como el Che burló a la CIA. Madrid: RD ed ito res, 20 0 7 ; el arg en tin o Abel Posse ha escrito una o b ra e n te ficción y realid ad sobre el m ism o período: Abel Posse. Los cuadernos de Praga. Buenos Aires: E ditorial A tlántida, 1998. 21. Sobre los vínculos entre el Che y el PCB, véase Gustavo Rodríguez Ostria. «Los com unistas bolivianos y el Che ¿traición o diferencia?» En: La Lucha Armada en la A rgentina, n.° 9: Buenos Aires (2007), págs. 82-93. 196

Bolivia en el ciclo guerrillero, 1 9 6 3 -1 9 7 0 co n tin u id a d es y.

n u id a d e s e n tre la nuev a ex p e rie n c ia g u e rrille ra d e 196 7 y la p re c e d e n te d e 1963, am b a s b ajo su b a tu ta . En p rim e r lu g a r e stá n los c u a d ro s p a rtic ip a n te s. P rá c tic a m e n te so n los m ism o s, pese a la au to e x c lu sió n del PCB. Del lad o c u b a n o h a lla m o s a «Papi», «Ariel» y O lo P an to ja, q u ien es, com o se ñ a la m o s, e stu v ie ro n en Bolivia en 1963. C onocían p o r ta n to el m edio y la g en te, sus in q u ie tu d e s y sus posibilidades. Del lado boliviano se en c o n trab a n José Luis Tellería, los h erm an o s V ázquez V iaña, los tam b ién h erm an o s R oberto «Coco» y Alvaro «Inti» P ered o ju n to a m u ch o s o tro s y o tra s q u e p a rtic ip a ro n ig u a lm e n te e n 1963. Inclusive re a p a re c e rá n , tras su n u ev o fracaso d e 196 5 en P erú, in te g ran tes del ELN, «Sánchez» e n tre ellos, in co rp o rad o e n la Red U rbana d el C he en La Paz, d o n d e tra b a ja rá ju n to a R odolfo S a ld a ñ a , su a n tig u o c o n o cid o d e 1 9 6 3 . «N egrón», p o r su p a rte , será clav e e n los c o n ta c to s c u b an o s con d isid en tes m ao ístas, varios tra b a ja d o re s m in e ro s. En se g u n d o lugar, la m ism a co n ce p c ió n de im p la n ta r u n a acció n a r­ m ada sin el co n sen tim ien to de las organ izacio n es políticas de la izquierda local, com o en el caso del ELN y el EGP. Esta vez el PCB, q u e en u n p rim er m o m e n to p a re c ió e s ta r c o n fo rm e d e ju g a r el m ism o ro l q u e e n 1 963, viró b ru s c a m e n te al p ercib ir q u e Bolivia ya n o se ría u n a sim p le ru ta d e trá n s ito o u n re fu g io tra n sito rio , sin o el te a tro d e o p e ra c io n e s . C om o re s u lta d o se p ro d u jo u n a ru p tu ra e n tre el PCB y las fu e rz a s a lz a d a s del C he el 31 d e d iciem b re d e 1 9 6 6 en p le n o c a m p a m e n to g u e rrille ro , q u e d ejó a su g u errilla sin los vasos co m u n ic a n tes u rb a n o s, q u e no p u d iero n se r re m p la z a d o s a v o lu n tad , y estu v iero n ac o m p a ñ ad o s d e u n a peligrosa inex p erien cia de los pocos cuadros ju v en iles q u e m ig raro n del PCB hacia las fu erzas de G uevara. En te rc e r lugar, la fase de 1966 -1 9 6 7 cerró de id én tic a m a n e ra que la d e 1 9 6 3 , es decir, con la d e rro ta , d e b id o a q u e lo s e rro re s lo g ístico s no h a b ía n sido su b san ad o s, ni la concepción foq u ista rev isad a. E n fren taro n a un e jé rc ito sin tra d ic ió n ni fo rm a c ió n e n la lu c h a a n tig u e rrille ra , m al a b a ste c id o y a lim e n ta d o , p ero q u e d e to d a s m a n e ra s se d io m o d o s d e a c o rra la rlo s y v en cerlo s.22 22. C onsultar al respecto el siem pre útil trabajo de Regis Debray. La guerrilla del Che en Bolivia. México, DF: Siglo XXI, 2004; tam bién las conocidas biografías del Che publicadas en 1997 por Paco Ignacio Taibo II, Pierre Kalfon, Jon Anderson y Jorge C astañeda. Igualm ente Reginaldo Ustariz. Vida, m uerte y resurrección del Che. M adrid: N ow tilus, 2007; una versión cu b an a se halla en la obra de Adys Cupull y Froilán González. Ña;i/ca/ii(asií a La Higuera. La H abana: Editora Política, 1989; la perspectiva m ilitar en Gary Prado. La guerrilla inm olada. 3 .a ed. La Paz: Los Amigos del Libro, 2006; Diego M artínez. Ñancahuazú apuntes para una historia m ilitar. La Paz: SPI, 1989; docum entos estadounidenses desclasificados en Mario Cereghino y Vincenzo Víisile. Che Guevara. Top Secret. La Guerrilla boliviana

197

G ustavo R od rígu ez Ostria

Tercera fase: 1970* El ase sin a to del C he en o ctu b re de 1 9 6 7 23 y la d e rro ta de su guerrilla, p a ra liz a ro n a aq u ello s c u ad ro s de d istin tas p ro ced en cias n acio n a les que se p re p a ra b a n en C uba p a ra in teg rase a sus fuerzas. Q u ed a ro n co n fu n d id o s y sin u n lid e ra z g o q u e seguir. M uch o s - s o b r e to d o los a r g e n tin o s e m p e z a ro n a re p e n s a r la v alid ez a b so lu ta d e l foco ru ra l. M ien tras tan to , la d irecció n c u b a n a se p ro p u so casi d e in m e d ia to re p o n e r la g u e rrilla en B olivia. En 1 9 6 8 , un g ru p o d e a lre d e d o r d e 80 c o m b atien tes, la m ayoría b o liv ian o s, p e ro co n im p o rta n te p re se n c ia d e c h ile n o s y a rg e n tin o s , se e n tre n ó en B aracoa, reg ió n o rien tal de la isla carib eñ a. S im u ltán eam en te, u n g ru p o m ás re d u c id o , se p re p a ró p a ra ta re a s u rb a n a s. C o n c lu id a la p re p a ra c ió n , d e sd e a b ril d e 1 9 6 9 e m p e z a ro n a tra s la ­ d a rs e h a c ia B olivia, p o r in te rm e d io d e C hile. C o n ta b a n co n el a p o y o lo g ístico d e in te g ra n te s d e l P a rtid o S o cialista d e ese p aís, c o m o Elm o C a ta lá n , B eatriz «Tati» A llen d e y A rn o ld o C am ú , q u e a te n d ía n las casas o p erativ as. Chile fungió esta vez com o re ta g u a rd ia y sa n tu a rio . El m ism o p a p e l q u e B olivia h a b ía c u m p lid o e n 1 9 6 3 . D esd e S a n tia g o , C ala in a y A n to fag asta se tra sla d a b a n h a sta la fro n te ra e in te rn a b a n p o r ru ta s c lan ­ d e s tin a s h a c ia B olivia, co n v itu allas, a rm a s y c o m b a tie n te s p ro c e d e n te s d e C ub a. Los in te g ra n te s d e la re d u rb a n a d e l E jérc ito d e L ib era ció n N acio n al (ELN )24 los tra sla d a ro n c la n d estin o s h a sta La Paz p o r se n d a s y cam in o s de c o n tra b a n d is ta s. E n tre ju lio y se p tie m b re d e ese m ism o a ñ o d e 1 9 6 9 la g u e rrilla en ciern es sufrió d u ro s golpes. A llanam ientos, d e te n c io n e s y m u e rte s de sus m a n d o s la c o lo c a ro n e n vilo. La m ás g rav e c a íd a fue la de «Inti» Peredo - j e f e del E stado M a y o r - el 9 de sep tiem b re en La Paz. En alg ú n m om ento, fru to d e la in s e g u rid a d re in a n te en Bolivia y p ro b a b le m e n te p resio n ad o s p o r los soviéticos, los c u b an o s retira ro n su apoyo. La guerrilla, fu e rte m e n ­ te g o lp ead a , logró reco m p o n e rse in co rp o ra n d o a secto res d e clase m edia en los docum entos del D epartam ento de Estado y la CIA. B arcelona: Ediciones RBA, 2008, diarios de guerrilleros, incluyendo el del Che, y otros docum entos se e n c u e n tra n en: w w w .c h e b o liv ia.o rg . *. Esta parte se basa ín tegram ente en G ustavo R odríguez Ostria. Sin tiempo para las palabras. Teoponte, la otra guerrilla guevarista en Bolivia. C ochabam ba: E ditorial Kipus, 2 006. Para escribirlo se realizaron m ás de 300 en trev istas a sobrevivientes d e la g u errilla, m ilitares e in te g ran te s del ELN. Ig u alm en te se dispuso de d o cum entos secretos de las fuerzas a rm a d as y de desclasificados del D epartam ento de Estado. 23. La versión e stad o u n id en se sobre la m u erte de E rnesto G uevara puede verse en h t t p :/ / w w w . g w u . e d u /- n s a r c h i V / N S A E B B / N S A E B B 2 3 2 / 1 9 6 7 1 0 1 8 . p d f. 24. El ELN fue fu n d a d o p or el Che el 25 d e m arzo de 1967, d u ra n te su cam p añ a en Bolivia. 198

Bolivia en el ciclo guerrillero, 1 9 6 3 -1 9 7 0 con tin u id ad es y.

e stu d ia n til, m u ch o s y m u ch a s de o rig en c ristia n o , p ro c e d e n te s ta n to de u n a escisió n ju v e n il d el P a rtid o D e m ó crata C ristia n o (PD C ), c o m o d e o rg an izacio n es d e reflexión carsm ática, com o la C ong reg ació n M arian a y la Ju v e n tu d E stu d ian til C atólica (JEC ). Al a m a n e c e r d e l 19 d e ju lio d e 1 9 7 0 in ic ia ro n ac c io n e s e n la z o n a selvática de T eoponte, zona selvática y a g reste a u nos 150 k iló m etro s de La Paz, la se d e d el g o b iern o boliviano. El n ú cleo de 67 c o m b atie n te s e sta b a in te g ra d o en su m ay o ría (80 %) p o r b o liv ian o s. Al m a n d o se e n c o n tra b a O sv ald o «C hato» P ered o , h e r­ m an o m en o r d e «Coco» e «Inti», co m b atien tes d el Che en Ñ an cah u azú . La expedición fue un v e rd a d e ro desastre. En m enos de cien días el ejército y el h a m b re los d e s tro z a ro n . De 6 7 in te g ra n te s d e la c o lu m n a so la m e n te so b re v iv ie ro n n u e v e , e n tr e ello s «C hato» P ered o . El 5 d e n o v ie m b re de 1 9 7 0 se a sila ro n e n C hile, g o b e rn a d o p o r S a lv a d o r A lle n d e, cuya h ija «Tati» p e rte n e c ía al ELN. ¿Fue T eoponte, com o se ha dicho fre c u e n te m e n te , u n a acción aislada, p ro ta g o n iz a d a p o r jó v e n e s e stu d ia n te s v o lu n ta rista s o, p o r el c o n tra rio , e x istió u n a co n ex ió n con la g u e rrilla d e G u e v ara d e 1 9 6 7 ? Los v ínculos con la g u e rrilla del C he son m ú ltip les. M en cio n em o s los p rin c ip a le s. ■ La reo rg an izació n del ELN y la nu ev a g u errilla en Bolivia se a sen tó fu e r te m e n te e n los g ru p o s, c u a d ro s y c o n ta c to s q u e e s p e ra ro n en v an o en ro la rse en la colu m n a de G uevara en 1967, o q u e p a rtic ip a ­ ro n d ire c ta m e n te e n ella, co m o el ex c o m u n ista R o d o lfo S a ld a ñ a . H eren cia q u e se rep ro d u jo ta n to en Bolivia, com o e n C uba, C hile y A rg e n tin a . El e q u ip o c u b a n o , a la c a b e z a d e « B arb arro ja» P iñ eiro , estu v o in te g ra d o p o r o p e ra d o res de la ép o ca d el C he, com o «Ariel» y «Lino» (G u stav o B u rg u é s), a los q u e se s u m a ro n c o m o c o n d u c ­ to re s del e n tr e n a m ie n to H a rry V illegas «Pom bo» y D ariel A larcón «Benigno», sobrevivien tes de la co lu m n a g u ev arista d e 1967. Ig u al­ m e n te , los p a rtic ip a n te s a rg e n tin o s, co m o Luis F au stin o S tam p o n i «M iseria» y Ó scar P érez B eta n cu rt «G ordo C arlos», e sta b a n ya c o n ­ te m p la d o s e n los p la n e s g u e v a rista s d e 1 9 6 7 , e, in clu so , com o v im o s, p a rtic ip a ro n en la fru stra d a g u e rrilla d e 1 9 6 3 . T am b ién co n flu y ero n q u ien es en 1963 o p e ra ro n e n e stru c tu ra s o rg án icas di­ feren tes, a u n q u e u n id o s bajo el m a n to del p ro y ecto g u ev arista . En 1970, el ELN boliviano reclutó a otro s co m b atien tes arg e n tin o s que, c o m o R u b én C e rd a t «O svaldo», te n ía n a m p lia tra y e c to ria . C e rd a t p e rte n e c ió a la F ed era c ió n Ju v e n il C o m u n ista ; fu e p re so en Icho C ruz (C ó rd o b a) en 1 963, en el c a m p a m e n to «C am ilo C ienfuegos», a p a re n te m e n te c u a n d o se e n tre n a b a p a ra p a rtic ip a r en las filas de M a se tti. En 1 9 6 6 se a d ie s tró en C uba, p a ra lu e g o , a su re to rn o ,

199

G ustavo Rodríguez Osería

m ilitar en el ELN. En el lado chileno se p ro d u jo u n fe n ó m e n o similüi Elm o C a ta lá n «R icardo», p erio d ista o riu n d o d e A rica y je f e de l.i sección ch ilen a del ELN, trab ajab a con los c u b an o s d e sd e principios d e los a ñ o s se s e n ta . In clu so se c o n te m p ló la p o s ib ilid a d de qmintegrara la red u rb an a e n Bolivia d u ra n te las o p e ra c io n e s del Clir El ELN b o liv ia n o a d o p tó sin ninguna crític a el fo q u ism o , o tro lazo con el pasado in m ed iato . C ontinuó co n cib ién d o se co m o u n a organl zación v a n g u a rd ista y m ilitar e stru c tu ra d a p a ra lle v a r la g u e rra de guerrillas al á re a ru ral. Con ello continuó los lin c a m ie n to s establee! dos por E rn esto G uevara en 1963 y 1967. La d ife re n cia rad icab a en q u e sin re n u n c ia r a un p ro y ecto c o n tin e n ta l d e lu c h a , nacio n alizó su proyecto y se concibió com o u n a o rg a n iz a c ió n q u e lu c h a b a poi o cu p ar el p o d e r en Bolivia. F ueron o riu n d o s de B olivia sus propios líderes, «Inti» P eredo h asta su m uerte el 9 d e se p tiem b re de 1969, y luego su h e rm a n o «Chato» que lo sucedió. A la m ism a n acionalidad p erten ecían la m ay o r p a rte de los in te g ra n te s de la c o lu m n a que se alzó en ju lio d e 1970. La zona de o p eracio n es, era la m ism a e x p lo rad a p o r Regis D ebray en 1966, cu an d o b u scab a un territo rio p a ra el acc io n a r d e G uevara. El francés re co m en d ó la región, y por lo q u e se co n o ce, el C he tam bién vio su p o ten cialid ad geográfica y política; sin em b a rg o , p o r razones desconocidas, d ecid ió o p e ra r en el su r b oliviano. La n u ev a guerrilla co n tó co n la m e m o ria d e aq u ella a c e p ta c ió n y u tiliz ó co m o apoyo la d o c u m e n ta c ió n e n tre g a d a p o r D eb ray ; su s m ie m b ro s p u d ie ro n c o n su lta rla d u r a n te su e n tre n a m ie n to e n B a ra c o a , e n el o rien te d e C uba. A in icio s d e 1 9 6 9 re a liz a ro n un n u e v o le v a n ta m ie n to geográfico, político y h u m a n o de la reg ió n , que confirm ó la decisión, y con ello se su b ra y ó la c o n tin u id a d co n 1 967. Los c u b a n o s p a rtic ip a ro n a c tiv a m e n te e n la p re p a r a c ió n m ilita r y logística d e la g u errilla , a u n q u e los tres c o m b a tie n te s co m p ro m eti­ dos fu ero n un n ú m e ro m u ch o m e n o r de los d ieciséis q u e o p eraro n con el C he. En u n p rin cip io se p ro d u jo u n a tá c ita d e p e n d e n c ia de los b o liv ian o s re sp e c to a los p la n e s c o n tin e n ta le s c u b a n o s. El país c a rib e ñ o in c lu so re g u ló el flujo d e re c u rso s h u m a n o s y logísticos hacia Bolivia, d e acu e rd o a la co n v en ien cia de su p ro p ia política. A fines d e 1 9 6 9 , e n v ista d e l re tiro d el ap o y o c u b a n o a los cu a d ro s m ilitare s d el ELN, y el fin del ap o y o logístico, el E stad o M ay o r del ELN d e c id ió re a firm a r su a u to n o m ía y c o n tin u a r a c c io n e s sin el a p o y o isleñ o . T e n d ie ro n e n c a m b io p u e n te s co n los «T upam aros» u ru g u a y o s, q u in e s le d ie ro n s o p o rte e co n ó m ico p a ra sus o p e ra c io ­ nes. S u s re la c io n e s co n C uba se « co n g ela ro n » h a s ta 1 9 7 1 , y solo 200

Bolivia en el ciclo guerrillero, 1 9 6 3 -1 9 7 0 continuidades y.

se re sta b le c ie ro n tras el go lp e m ilita r d e ag o sto d e ese añ o . D esde ese p u n to d e v ista p u e d e a firm a rse q u e la g u e rrilla de T e o p o n te fu e g u e v a rista , en el s e n tid o d e su co n c ep c ió n foquista, p e ro ya n o d ire c ta m e n te e n c u a d ra d a d e n tro los p la n e s cubanos, tal com o a c o n te ció con los «focos» de 1963 y 1967.

Dos guerrillas: un resultado Las o p eracio n es guerrilleras en Bolivia bajo el influjo de Cuba tan to de 1967 y 1 97 0 (incluso con la o p eració n de M asetti de 1963) m u e stra n va­ rias sim ilitudes a pesar de las d istin tas co ndiciones políticas y geográficas en las q u e o p e ra ro n . La p rim e ra v ic to ria en a m b o s casos fu e g u e rrille ra . El 23 de m a rz o de 1 9 6 7 las fu e rz a s d el C he a b a tie ro n a u n a c o lu m n a m ilitar. El 30 de julio de 1970 los h o m b res d e «C hato» P eredo e n fre n ta ro n a los m ilitares e n la z o n a d e C a ru ra . C ayó a b a tid o u n so ld a d o . El p án ico se p u so del lado de los m ilitares, com o ocu rrió en 1967. A unque la co n tu n d en c ia no fue de la m ism a m ag n itu d , c o m p arad a con lo o cu rrid o en Ñ ancahuazú el 23 de m a rz o . T ras la inicial d e rro ta , los m ilita res g a n a ro n la g u e rra . En 1970 c o n ta ro n con la ex p erien cia y las lecciones e x traíd as de e n fre n ta r al Che, q u e les o torgó una v en taja adicional, fren te a cu ad ro s m ucho m enos ex p e rim e n ta d o s m ilita rm e n te . En am b a s g u errillas los equipos de rad io y com u n icació n fallaron. En T eoponte ni siq u iera lleg aro n a funcionar. P esado y difícil de tran sp o rtar, a b a n d o n a ro n el e q u ip o a p e n a s in iciad a la g u e rrilla . En N a c a h u a z ú , el ra d io -tra n sm iso r, o b so le to y e n m al e sta d o , d e p e n d ie n te d e frágiles lá m p a ra s y u n m o to r a g a so lin a, q u e d ó sin c a p a c id a d de tra n sm itir m ensajes, e, incluso, en el curso de los aco n te cim ien to s, luego de algunos m eses, ta m p o c o se p u d ie ro n c o p iar los e n v iad o s d e sd e C uba.25 Es fre c u e n te q u e se a fírm e q u e la d e rro ta d el C he se d eb ió e n g ra n p a rte a la d iv isió n d e su s fu e rz a s el 17 d e a b ril d e 1 9 6 7 , c u a n d o , p a ra p o d e r m o v e rse m á s rá p id o d ejó a trá s a los e n fe rm o s y se se p a ró del g ru p o d irig id o p o r el c u b a n o « Joaq u ín » , Vilo A cu ñ a. N u n ca vo lv iero n a e n c o n tra rs e , m e rm a n d o p o te n c ia de fu eg o a a m b o s se g m e n to s. La c o lu m n a d e « Jo aq u ín » , e n la q u e ib a «Tañía» se ría e m b o sc a d a p o r las tro p a s m ilita re s el 31 d e a g o sto .26

25. Cfr. Paul Dosal. Comandante Che. Guerrilhciro, lider e estrategista, 19561967. San Pablo: Editora Globo, 2005. 26. José Luis Alcázar. Ñacahuasu. La Guerrilla del Che en Bolivia. México, DF: Ediciones ERA, 1969, págs. 126-176. 201

G ustavo R odríguez Ostria

D u ra n te las accio n es d e T e o p o n te el p rim e ro de se p tie m b re d e 1970 la c o lu m n a ta m b ié n se d iv id ió e n d o s al re c ib ir u n fu rib u n d o a ta q u e del e jército b o liv ia n o , q u e in clu y ó fu eg o c o n m o rte ro s y h e lic ó p te ro s. Cada p a rte , a is la d a y e n fr e n ta n d o d u ra s y a g o b ia n te s d ific u lta d e s lo g ísticas, pereció p o r in an ició n o a m an o s de sus a d v e rsario s, e inclusive m ed ian te el fu sila m ie n to d e d o s de ellos lle v ad o a c a b o p o r su s a u to rita rio s «com ­ p añ ero s» , al igual q u e o c u rrió c o n o tro p a r e n la c o lu m n a d e M ase tti en 1 9 6 3 -1 9 6 4 . Ni e n 1 96 7 ni e n 1 9 7 0 , las fu e rz a s a lz a d a s e n a rm a s lo g ra ro n apoyo c a m p e sin o , en cam b io , en a m b as o p o rtu n id a d e s , la p o b la c ió n ru ra l, por convicción y p resió n , colab o ró con el e jé rc ito , a lim e n tá n d o lo y d e latan d o a la g u errilla.

Palabras finales La h is to rio g ra fía so b re la g u e rrilla e n B olivia e stá d o m in a d a p o r la p re s e n c ia ico n o g rá fic a d e las a c c io n e s p ro ta g o n iz a d a s e n 1 9 6 7 p o r Er­ n e sto G u ev ara . Se d e sc o n o c e q u e su c e d ió a n te s y p o s te rio rm e n te . Así com o su s m ú ltip le s e n c a d e n a m ie n to s . U n rev a lo ra c ió n de los d a to s y do los hech o s m u e s tra , en el p erío d o e s tu d ia d o , la ex isten cia de tre s fases o m o m en to s de la lucha a rm a d a en Bolivia: 1 9 6 3 , 196 7 y 1970. E stas están u n id as p o r la m ism a convicción fo q u ista y p o r la p resen cia de los mismos e q u ip o s h u m a n o s . La d ife re n c ia e s trib a e n el u so d e l te rrito rio y en el locus de la acción política. En 1963, B olivia es escen ario de p a so , refugio y s a n tu a rio . En 1 9 6 7 , es p a rte d e u n a e s tra te g ia c o n tin e n ta l; c en tro d e sd e d o n d e ir ra d ia r fu e rz a s y c o lu m n a s . En 1 9 7 0 , la n a c io n a liz a c ió n g u e rrille ra s u p u s o e s tra te g ia s d e p o d e r y c o n q u is ta e n los lím ite s del p ro p io te rrito rio , a u n q u e no se a g o tó e n e lla. El in te rn a c io n a lis m o se m a n tu v o com o p rin c ip io rector, a u n q u e y a n o d e sd e la m ira d a guevarista, p ro c la m a d a c o m o p u n to n e u rá lg ic o d e la acc ió n g u e rrille ra p a ra el c o n tin e n te la tin o a m e ric a n o .

202

Capítulo 8 Pueblo, conciencia y fusil. El Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR) y la irrupción de la lucha armada en Chile (1965-1990)

Ig o r G o ic o v ic D o n o so *

Presentación La irru p ció n de la d e n o m in a d a n u e v a iz q u ie rd a o izq u ierd a rev o lu cio ­ naria en A m érica Latina, se relacio n a c o n u n a serie d e p rocesos sociales y políticos q u e tran sfo rm a ro n de m a n e ra p ro f u n d a el p aisaje reg io n al. Por una p a rte, los cam bios en el o rd e n m u n d ia l d eriv ad o s del d esen lace de la S eg u n d a G u erra M undial, su p u siero n u n a im p o rta n te a lte ra c ió n en el o r­ den político a escala hem isférica. E fe c tiv am en te , la posició n h eg em ó n ica que E stados U nidos h abía v en id o c o n fig u ra n d o d e sd e 1 918 se co n so lid ó a m p lia m e n te a p a rtir d e 1 9 45 . A su v e z , lo s a c u e rd o s su sc rito s a e sca la regional en 1947 (T ratado In te ra m e ric a n o d e A sistencia R ecíproca, TLAR, Río d e J a n e iro ) y 1948 (O rg an izació n d e E stad o s A m erican o s, OEA, Bo­ g o tá), reafirm aro n el control d e E stados U n id o s sobre la p olítica e x terio r *. Este trab ajo form a p arte de los p ro y e c to s de investigación: España y Chile: Similitudes y diferencias en la transición a la democracia. Análisis comparado en las ciudades de Murcia y Concepción, P ro y e c to H U M 2007-63387, M inisterio de E ducación y Ciencia, Dirección G en eral d e Investigación, Proyectos I+ D , Acciones E stratégicas y Errantes, Murcia (2 0 0 7 -2 0 1 0 ) y Representaciones políticoculturales para la recuperación de la dem ocracia y las transiciones: España/Europa y Argentina/C hile, Program a C onjunto CSIC-USACH, M adrid, Santiago de Chile (2 0 0 9 -2 0 1 0 ). Agradezco a A ndrea A rm ijo R eyes su apoyo en el trab ajo de recopilación de fuentes.

Í

Igor G oicovic D o n o so

d e los E stad o s la tin o a m e ric a n o s y s itu a r o n a e sto s e n el c a m p o de los p aíses c a p ita lista s (o M u ndo Libre) en e l c o n te x to d e la G u erra F ría .1 T am b ién es p o sib le observar, d e s d e m e d ia d o s d e la d é c a d a d e l cin­ c u e n ta , u n e v id e n te a g o ta m ie n to d el p a tr ó n d e a c u m u la c ió n cap italista b a sa d o e n la su stitu c ió n de im p o rta c io n e s. El m o d elo n o dio resp u e sta a los p ro b lem as e stru c tu ra le s de la d e p e n d e n c ia eco n ó m ica, ni al lastre del latifu n d io , y p o rq u e no logró resolver las e x p ectativ as ni las d e m a n d a s del g ru e s o d e la p o b la c ió n la tin o a m e ric a n a . A su vez, es p o sib le re co n o cer el a g o ta m ie n to d e l p o p u lism o co m o s is te m a p o lítico . E ste, ta n to e n su versió n d e m o c rá tic o -b u rg u e sa com o e n la n a c io n a l-c o rp o ra tiv ista, había c o n v e rtid o la m ovilizació n d e m asas e n u n c o m p o n e n te fu n d a m e n ta l de la e stra te g ia d e e rrad icació n del sistem a o lig árq u ico y en p rin cip al soporte d e los p ro y e c to s d e d e sa rro llo .2 N o o b s ta n te , a fin es d e la d é c a d a del c in c u e n ta , a m b o s m o d e lo s se e n c o n tr a b a n p ro fu n d a m e n te d esg a stad o s fre n te a los m o v im ie n to s so ciales q u e le s h a b ía n se rv id o d e p la tafo rm a social. J u n to a esto s fe n ó m e n o s es p o sib le re c o n o c e r u n m o v im ie n to d em o ­ g ráfico d e e x tra o rd in a ria s im p lic a n c ia s y p ro y e c c io n e s: Los d e sp la z a ­ m ie n to s c a m p o -c iu d a d . E fe c tiv a m e n te , d e sd e la d é c a d a d e l tre in ta en a d e la n te m illo n es de latin o a m e ric a n o s c o m e n z a ro n a e m ig ra r d e sd e las á re a s ru ra le s h a c ia los c e n tro s u rb a n o s , a tra íd o s p o r la s e x p ectativ as lab o rales que o fe rta b a el proceso de in d u stria liz a c ió n y p o r las ap aren tes co m o d id ad es q u e su g ería el novedoso e q u ip a m ie n to u rb a n o . No obstante, a su arrib o , los m iles de em ig ra n te s r u r a le s sólo e n c o n tra b a n subem pleo, a rr a n c h a m ie n to p re c a rio , ex clu sió n y m a r g in a c ió n .3 Es decir, e n el ám1. Cfr. H ilio H alperin Donghi. H istoria contem poránea de Am érica Latina. M adrid: A lianza Editorial, 1981, págs. 3 7 1 -3 7 7 ; y Alan Angelí. «La izquierda en A m érica L atina d e sd e 1930». En: Historia d e América Latina. Política y sociedad desde 1930. Ed. p o r Leslie Bethell. Vol. 12. B arcelona: E ditorial C rítica, 1992, págs. 73-131; u n enfoque cen trad o en la p o lític a e xterior estad o u n id en se sobre América Latina, desde la perspectiva de la seg u rid ad hem isférica en, H ernán Pozo. «La seg u rid ad nacional. Raíces in te rn ac io n ale s» . En: Docum ento de trabajo, n." 184: Santiago d e Chile (julio de 1983). 2. Cfr. Jo sé Del Pozo. Historia de A m érica Latina y el Caribe, 1825-2001. San tiag o de Chile: LOM Ediciones, 2002; T ulio H alperin D onghi. «La CEPAL en su co n tex to histórico». En: Revista de la CEPAL, n.° 94: (2 0 0 8 ), págs. 7-27; O ctavio Ianni. La form ación del Estado p o p u lista en América Latina. M éxico, DF: Editorial ERA, 1975. 3. Al respecto, véase T hom a Merrick. «La población de América Latina, 19301990». En: Historia de América Latina. Política y sociedad desde 1930. Ed. por Leslie Bethell. Vol. 12. Barcelona: Editorial Crítica, 1992, págs. 165-215; y Ju a n Carlos Elizaga. Migraciones a las áreas m etro p o lita n a s de Am érica Latina. S an tiag o de Chile: CELADE, 1970. 204

P ueblo, con cien cia y fusil. El M ovim ien to d e Izquierda R evolucionaria.

hito u rb a n o , el c ircu ito d e la p o b re z a, de la c u a l h u ía n co n a n g u stia , te rm in a b a ta m b ié n p o r ab so rb erlo s. P or o tro lad o , la lle g a d a al p o d e r en C uba (1 9 5 9 ) d e las c o lu m n a s g u e rrille ra s d e l M o v im ien to 26 d e Ju lio , tra s el d e s a rro llo p o r m ás d e dos año s de u n a estra te g ia d e e n fre n ta m ie n to a rm a d o con el E stad o b u r­ gués, e n c a b e z a d o p o r F ulgencio B atista, m odificó de m a n e ra im p o rta n te los lin c a m ie n to s tá c tic o -e stra té g ic o s d e u n se g m e n to im p o rta n te d e la izquierda la tin o am erican a.4 El principal im pacto de la R evolución cu b an a se p ro d u jo en el plan o político y, a través de él, e n el p lan o c u ltu ra l.5 E ntre o tro s a sp e c to s la R evolució n c u b a n a d e fin ió e x a c titu d a los e n e m ig o s d e los se c to re s p o p u la re s: la o lig arq u ía c rio lla y el im p e ria lism o e s ta ­ d o u n id e n s e ; ta m b ié n e stab le c ió u n a e stra te g ia p o lítica d e c o n q u ista d el p o d er: La lu ch a a rm a d a g u e rrillera. S ostu v o q u e la v a n g u a rd ia p opular, el eje c o n d u c to r del m o v im ie n to rev o lu cio n a rio , e ra el E jército R ebelde, in stancia e n la cual se p ro b a b a n y leg itim ab an los revo lu cio n ario s. Señaló q u e e n A m érica L atina el c o n d u c to r d e l p ro c e so re v o lu c io n a rio e ra el p ro le ta ria d o , p ero q u e al c am p e sin a d o le c o rre sp o n d ía u n a im p o rta n c ia fu n d am en tal en el proceso de co nstitución y d esarro llo del E jército R ebel­ d e. E n fatizó , a p a rtir d e l m o d elo g u e rrillero , u n a n u e v a c a te g o ría ético social: el h o m b re n u e v o , eje p ro y e ctu al d el g u e v a rism o . Y reiv in d ic ó el in tern acio n alism o político y social; de esta m a n e ra , ed u c ad o re s, m édicos y c o m b a tie n te s cu b an o s, p a rtic ip a ro n en c a m p a ñ a s in te m a c io n a lista s en los m ás a p a rta d o s rin co n es d el p la n eta : E tiopía, A ngola, M arru eco s, M o­ zam b iq u e, las a ltu ra s d e El G olán, V ietnam , Bolivia, A rg en tin a, G ran ad a, e tc.6 Pero, ad em á s, esto s aspectos de o rd en e stru c tu ra l d iero n o rig en a u n a serie d e reaccio n es, ta n to e n tre aq u ello s q u e m ira ro n con p reo c u p a c ió n el F enóm eno re v o lu c io n a rio , c o m o e n tre los q u e se c o n m o v ie ro n co n su 4. E ntre una am plísim a bibliografía vcase, Ernesto G uevara. Obra revolucio­ naria. M éxico, DF: E d itorial Era, 1969; Vania B am birra. La Revolución cubana: una reinterpretación. n .° 18. S antiago de Chile: C uadernos del CESO, 1973; y Dick Parker. La Revolución cubana. Caracas: U niversidad C entral de V enezuela, 1995. 5. Sobre e ste p u n to , véase Gabriel G aspar. Guerrillas en Am érica Latina. Santiago de Chile: FLACSO, 1997, págs. 9-24; el im pacto de la Revolución cubana en la constru cció n d e u n a «conciencia revolucionaria» en Chile e n los años 1960 y 1970, en C atalin a Olea. «La c u ltu ra rebelde: so p o rtes, construcción y c o n tin u id ad de la rebeldía». Tesis de lie. Santiago de Chile: D ep arta m e n to de Ciencias H istóricas, U niversidad de Chile, 2005, págs. 65-68. 6. Para este tem a c o n fro n ta r los textos de Vania B am birra. Diez años de insurrección en A m érica Latina. 2 vols. S antiago de Chile: E ditorial P rensa Lati­ n o am ericana, 1971; y Jo rg e C astañeda. La utopia desarmada: intrigas, dilemas y prom esas de la izquierda en América Latina. Buenos Aires: Ariel, 1994. 20 5

Igor G oicovic D o n o so

v ic to ria . R e a c c io n a ro n el im p e ria lism o y las clases d o m in a n te s . S urgió la A lian za p a ra el P ro g reso , la D o c trin a d e S e g u rid a d N a c io n a l y la E strateg ia de C o n train su rg en c ia. P o ste rio rm e n te el ascen so d e las luchas p o p u la re s , e n e l c o n te x to d e la m á x im a in flu e n cia d e la R ev o lu ció n c u b a n a , d e to n ó los g o lp es m ilitare s. P ero ta m b ié n in c e n tiv ó la creación d e la N ueva Iz q u ie rd a o Iz q u ie rd a R ev o lu c io n aria , q u e a s u m ió asp ecto s im p o rta n te s d e l c a stro -g u e v a rism o . P a rtic u la rm e n te la c o n c e p c ió n del p o d er, el p a rtid o d e c u a d ro s y la lu c h a a rm a d a . E sta n u e v a iz q u ie rd a tu v o o ríg e n e s p o lític o s disím iles, y a q u e p ro v in o ta n to d e la s filas del p o p u lism o -A P R A , PS, ju s tic ia lis m o - c o m o d el c o m u n ism o o rto d o x o . Los nuevos re fe re n te s políticos que su rg ie ro n - M o v im ien to de Libera­ ción N acional T upam aros, Ejército R evolucionario d el P u e b lo , E jército de L ib eració n N ac io n a l, MIR ch ilen o y p e ru a n o , e t c . - se a p o y a ro n , fu n d a ­ m e n ta lm e n te , e n m o v im ien to s so ciales ra d ic a liz a d o s o tr o ra e x c lu id o s o e sca sa m e n te priv ileg iad o s p o r la iz q u ierd a trad icio n al: jó v e n e s , cam p esi­ nos, p o b lad o res, m in o rías étnicas. La in flu en cia d e la R ev o lu ció n cubana no ta rd ó en h ac e rse sen tir en toda A m érica L atina. M iles d e tra b a ja d o re s, c am p e sin o s y e stu d ia n te s, se d u cid o s p o r la é p ic a g u e rrille ra c a rib e ñ a , y n u c le a d o s e n e m e rg e n te s o rg a n iz a c io n e s re v o lu c io n a ria s se la n z a ro n al m o n te p o rta n d o v e tu s to s fu siles, d is p u e sto s a a rr e b a ta rle e l p o d e r a la o lig arq u ía. En C hile, los efectos del p ro ceso c u b a n o se h ic ie ro n s e n tir en un a sc e n d e n te rad icalism o político. Este rad icalism o a rra s tró a l v ete ra n o P artido Socialista a a d o p ta r p la n te a m ien to s c a d a vez m ás re v o lu cio n ario s y fav o reció la ru p tu ra p o r la iz q u ie rd a d e lo s c u a d ro s ju v e n ile s d e la D em ocracia C ristian a, que d iero n o rig en al MAPU, p rim ero , y m á s ta rd e a la Iz q u ierd a C ristia n a .7 No o b sta n te , el fe n ó m e n o p olítico m á s re le v a n ie d e e ste p e río d o h istó ric o fu e la fu n d a c ió n d e l M o v im ie n to d e Izq u ie rd a R ev o lu cio n aria, MIR, e n 1965. En este a rtíc u lo n o s p ro p o n e m o s a n a liz a r la in c id e n c ia d e e s ta o rg a ­ n iz a c ió n p o lític a e n el d e v e n ir h istó ric o d e C h ile e n el ú ltim o te rc io del siglo x x, c o lo c a n d o el a c e n to e n la e v a lu a c ió n d e su c o n tr ib u c ió n a la in sta la c ió n y d e sa rro llo de las fo rm as a rm a d a s d e lu c h a. E fe c tiv a m e n te , 7. El Partido Socialista, du ran te su XXU Congreso G eneral O rdinario, suscribió la tesis de la inevitabilidad y legitim idad de la violencia política e n la lucha poi el poder. Véase al respecto, las resoluciones de d ich o congreso p u b lic a d a s poi Julio Cesar Jobet. El Partido Socialista de Chile. Vol. 2. Santiago de C hile: Editori.il PLA, 1971, págs. 128-149; la ru p tu ra de 1969, al interior de la DC, q u e dio origen al MAPU, en C ristina M oyano. MAPU o la seducción del poder y la ju v e n tu d . /.«»> anos fundacionales del partido m ito de nuestra transición. 1969-1973. S antiago de Chile: Ediciones Universidad Alberto H urtado, 2009; la trayectoria d e la Izquierd.i Cristiana aun no cuenta con un trabajo riguroso. Una reseña ilu stra tiv a en, Tadro Pavisch. Somos Izquierda Cristiana. Concepción: E ditorial INDESCU, 1996. 206

P ueblo, co n cien cia y fusil. El M ovim iento d e Izquierda R ev o lu cio n a ria ...

le c o rre sp o n d e al MIR la re sp o n sa b ilid a d de h a b e r p la n te a d o y lle v ad o a la p ráctica, d e m a n e ra p io n e ra en C hile, el u so d e la v io le n c ia p o lítica p o r p a rte de los trab ajad o res y clases p o p u lares, a o b jeto d e co n q u ista r el poder.

El MIR y el desarrollo de la lucha popular en Chile (1965-1973) El MIR irrum pió en la escena política n acional en el m es de ag o sto de esa o p o rtu n id a d u n am p lio y h e te ro g é n e o g ru p o d e o rg a n iz a ­ ciones revolucionarias asum ió la ta re a de c o n stru ir un n u ev o in stru m e n to o rg án ico q u e, d e a c u e rd o con sus p ersp ectiv as y o rie n ta c io n e s, le d isp u ­ ta ra la co n d u c c ió n del m o v im ie n to p o p u la r a la iz q u ie rd a tra d ic io n a l, en el p ro c e so d e lu ch a p o r la c o n stru c ció n d el so c ia lism o e n C hile. Al resp ecto , M artín H ernández, so stien e,

1965.a En

«El gran efecto del MIR en la sociedad de su época, a p e sa r de su p e q u e ñ o ta m a ñ o e in cip ie n te in serció n e n el m o v im ie n to so cial, e stá d a d o p o r el h e c h o q u e fre n te a tre s p ro y e c to s po lítico s d e reco m p o sic ió n o m o d e rn iz a c ió n d e l c a p ita lism o ch ile n o (el p ro y ecto de la d e re c h a , el p ro y e c to d e m ó c ra ta cristian o y el proyecto allen d ista), el MIR es la ú n ica o rg a n iz a ­ ción que p lan tea en form a co h eren te ap ro v e ch a r la c o y u n tu ra p a ra te rm in a r con el capitalism o».9

8. Para el h isto ria d o r Luis Vítale, el MIR fue el re su lta d o d e un proceso de unificación iniciado por varios grupos desde com ienzos de la década del sesenta. Entre otros, el Partido O brero Revolucionario (trotskista), la V anguardia Revolu­ cionaria M arxista -fo rm a d a por ex m ilitantes del Partido C om unista y del Partido Socialista, de o rientación c a s tr is ta - el M ovim iento R evolucionario C om unista (m aoísta) y antiguos m ilitantes anarquistas. Luis Vítale. Interpretación marxista de la historia de Chile. Vol. 5. Barcelona: Editorial Fontam ara, 1982, págs. 164-165; Luis Vitale. Contribución a la historia del MIR (1 9 6 5 -1 9 7 0 ). S an tiag o d e Chile: Ediciones del Instituto de Investigación de M ovim ientos Sociales Pedro Vuskovic, 1999, págs. 8-12; cfr. C arlos Sandoval. MIR (una historia). S an tiag o d e Chile: S ociedad E ditorial T rabajadores, 1990, págs. 13-25; Francisco G arcía N aranjo. Historias derrotadas. Opción y obstinación de la guerrilla chilena (1 9 6 5 -1 9 8 8 ). Morelia: U niversidad M ichoacana de San Nicolás de Hidalgo, 1997, págs. 28-34; véase un detallad o estudio de las organizaciones y m ovim ientos ideológicos que confluyeron en el MIR en Pedro Valdés Navarro. «Elementos teóricos en la form a­ ción y desarrollo del MIR d u ra n te el período 1965-1970». Tesis de lie. Instituto de H istoria y Ciencias Sociales. Universidad de V alparaiso, 2006, págs. 35-67. 9. M artín H ernández Vásquez. El pensamiento revolucionario de Bautista van Schouwen, 1943-1973. Concepción: Ediciones Escaparate, 2004, pág. 12. 207

Igor G oicovic D on oso

En su «D eclaración de principios», e la b o ra d a e n el m es de septiem bre de ese m ism o año, el MIR en u n c ia b a los fu n d a m e n to s teóricos y políticos q u e g u ia b a n su accio n ar. El MIR se v is u a liz a b a c o m o la v a n g u ard ia m a rx ista -le n in ista d e la clase o b re ra y d e las c a p a s o p rim id a s d e Chile, a la vez q u e se c o n c e b ía c o m o el h e re d e ro h is tó ric o d e las tradiciones re v o lu c io n a ria s c h ilen a s. En e sta p ersp e c tiv a la fin a lid a d d el M IR era d e rro car el sistem a cap italista y reem p lazarlo p o r un gobiern o de obreros y c a m p e sin o s, d irig id o p o r los ó rg a n o s del p o d e r p ro le ta rio , fijándose co m o ta r e a la c o n stru c c ió n d e l so cialism o y la e x tin c ió n g ra d u a l del E stad o , h a sta lle g a r a la so c ied a d sin c la se s.10 El MIR re c o n o c ía la e x iste n c ia h istó ric a d e la lu c h a d e clases y, de a c u e rd o c o n ello , a su m ía el c o m b a te in tr a n s ig e n te c o n tra los explota­ d o re s, re c h a z a n d o to d o in te n to d e a m o rtig u a r e s a lu c h a. Se planteaba, ad em ás, q ue el siglo xx era la e ta p a de agonía d e fin itiv a del sistem a capi­ talista. Para el MIR, e n ese siglo, la lu c h a re v o lu c io n a ria h a b ía asum ido un c a rácter m u n d ial. A gregando que el triu n fo d e la revolución en nume­ rosos países d e c ap ita lism o a tra s a d o d e m o s tra b a q u e to d a s las naciones te n ía n co n d icio n es su ficien tes p a ra re a liz a r la re v o lu c ió n so cia lista.11 P ara el MIR la b u rg u e s ía c h ile n a h a b ía d e m o s tr a d o su incapacidad p a ra re so lv e r las ta re a s d e m o c rá tic o -b u rg u e s a s - lib e r a c ió n nacional, re fo rm a a g ra ria , liq u id a c ió n d e los v estig io s s e m ife u d a le s , e t c . - . Este h ec h o p o n ía al d e sc u b ie rto la in e x iste n c ia d e u n a ilu so ria burguesía progresista y, p o r c o n sig u ie n te , re ch a zó la t e o r í a d e la rev o lu ció n por e ta p a s y la p o lític a d e c o la b o ra c ió n de clases a s u m id a p o r la izquierda tra d ic io n a l c h ile n a d e s d e fines d e la d é c a d a d e l tre in ta . Este enfoque e ra c o m p a rtid o p o r a q u e lla s o rg a n iz a c io n e s la tin o a m e r ic a n a s qu e, al ig u al q u e el MIR c h ile n o , se d is p o n ía n a d is p u ta r l e al re fo rm isn io y al n acio n a lism o b u rg u é s, la d irecció n del m o v im ie n to p o p u lar. 10. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «D eclaración de principios». En: El Rebelde: Santiago de Chile (1 de septiem bre de 1 9 6 5 ) ; un análisis interesante de este proceso se p u ed e v e r en el texto de su ú ltim o secretario general, véase A ndrés Pascal A llende. El MIR chileno. Una e xp e rien c ia revolucionaria. Buenos Aires: E ditorial C ucaña, 2003, págs. 14-30; un e n f o q u e crítico que define al MIR com o organ izació n «subversiva» y « a n tisité m ic a » en, A ndrés Benvanete. «M ovim iento de Izquierda R evolucionaria: tr a y e c to r ia y presente». En: Revista Política, n.° 12: S antiago de Chile (1 9 8 7 ), págs. 1 2 1 -1 5 5 . 11. En su caracterización de A m érica Latina y d e Chile com o economías periféricas y d e p en d ien te s, el MIR a d o p tó la v e r s ió n m ás radical de la teoría general de la dependencia. Tuvieron especial influ en cia en el pensam iento mirista teóricos com o T heo to n io Dos S antos, Emir Sader, R u y M auro M arini y Andró G under Frank. Véase al respecto, Ruy M auro M arini. D ialéctica de la dependencia. México, DF: Ediciones ERA, 1991. 208

Pueblo, con cien cia y fusil. El M ovim iento de Izq u ierd a R evolu cion aria.

«H oy d ía, d a d a la p a rtic u la r situ a c ió n d el p ro c e s o re v o lu c io ­ n a rio c o n tin e n ta l, d e b e m o s referirn o s e sp e c ífic a m e n te a d o s c o rrien tes de p e n sam ien to y acción, que c o n s p ira n p o d e ro s a ­ m e n te co n tra los esfuerzos revolucionarios d e los la tin o a m e ri­ can os. Ellos son un en em ig o : el n a c io n a lism o b u rg u é s y u n a co n cep ció n e rró n e a del cam p o p opular, el re fo rm ism o . A m bos, a veces estre c h a m e n te unid o s, in te n ta n e n c a ra m a rs e en el a u g e re v o lu cio n a rio s d e n u e stro s p u e b lo s ; lo g r a r su dirección e im p o n er sus concepciones e rr ó n e a s e in te re sa d a s, q u e in d e fe c tib le m e n te te rm in a ra n p o r d e te n e r y c a s tra r el im p u lso re v o lu cio n a rio . Por ello a d q u ie re u n a d im e n s ió n e s tra té g ic a la in tra n sig e n te lu c h a id e o ló g ic a y p o lític a q u e los re v o lu c io n a rio s d e b e m o s lib ra r c o n tr a e s a s c o rrie n te s , im p o n ern o s a ellas, g a n a r así la d irección d e las m ás a m p lia s m a sa s, p a ra d o ta r a n u e stro s p u e b lo s d e u n a c o n s e c u e n te d ire c c ió n rev o lu c io n a ria q u e n o s c o n d u z c a c o n c o n s ta n c ia , in telig en cia y efectiv id ad h acia la v icto ria fin a l» .12 M ás a d e la n te el MIR d e n u n c ia b a las tá c tic a s p o lític a s u tiliz a d a s p o r la iz q u ie rd a tra d ic io n a l, en p a rtic u la r la lu c h a p o r re f o r m a r el siste m a cap italista, el electoralism o, el a b a n d o n o de la a c c ió n d ire c ta , la vía pací­ fica y p a rla m e n ta ria al so cialism o , etc. P ara el M IR e s to s lin c a m ie n to s co n fu n d ían , d efra u d a b a n y d esa rm a b a n al p ro le ta ria d o . El MIR p la n te a b a com o a ltern ativ a la insurrección p o p u lar a rm a d a com o ú n ico cam in o p ara d e rro c a r el rég im en capitalista. P recisam e n te, u n o d e las c o n trib u c io n es teóricas y estratég icas m ás im p o rtan tes del MIR al p e n sa m ie n to rev o lu cio ­ n ario en Chile, fue la intro d u cció n de las fo rm as a rm a d a s d e lu ch a com o e stra te g ia d e e n fre n ta m ie n to con el E stado y las clases d o m in a n te s .13 En el Tercer C ongreso del MIR, realizad o en la c iu d a d de S an tia g o en el m es de diciem bre del año 1967, el secto r c a strista , lid e ra d o p o r M iguel E nríquez, B autista Van Schow en, Luciano Cruz y A n d rés Pascal, co n quistó la m a y o ría d el C o m ité C e n tra l - 1 0 c a rg o s d e 1 5 - lo s c in c o carg o s d el se c re ta ria d o n a c io n a l y la se c re ta ría g e n e ra l d e l p a rtid o - M ig u e l

12. Junta de Coordinación Revolucionaria. «A los pueblos de Am érica Latina». En: Revista Che, n.° 1: (noviem bre de 1974). 13. Luis C erda c Ignacio Torres. «La visión e stra té g ic a del Che sobre la revolución latinoam ericana». En: Miguel Enríquez. Páginas de historia y lucha. Ed. por Pedro Naranjo. Estocolmo: Centro de Estudios Miguel E nríquez (CEME), 1999, pág. 22; u n a visión d u ra m e n te crítica de este e n fo q u e se e n c u e n tra e n H ernán Vidal. Presencia del MIR. 14 claves existenciales. S a n tia g o d e Chile: M osquito Editores, 1999. 209

Igor G oicovic D on oso

E n r í q u e z - .14 A p a rtir d e e ste m o m e n to se d is e ñ ó u n n u e v o m od elo o rg a n iz a c io n a l. Se c o n fo rm a ro n los G ru p o s P o lítico -M ilitares (G PM s), q u e e r a n e s tru c tu ra s o rg á n ic a s in te rm e d ia s q u e a rtic u la b a n b a s e s de m asas, o p erativ a s, y de técn icas e in fra e stru c tu ra - r e d e s de a p o y o - . La p o lítica d e re c lu ta m ie n to se h izo m ás rig u ro sa , a p lic á n d o se c rite rio s de se le c tiv id a d en la p e rsp e c tiv a d e c o n s tru ir u n p a rtid o d e c u a d ro s ; y se com enzó a d e sa rro llar u n a política de acciones a rm a d a s -p rin c ip a lm e n te re c u p e ra c io n e s fin a n c ie r a s - q u e a p u n ta b a n a fo g u e a r a las u n id a d e s esp eciales y a d e sa rro lla r la e stru c tu ra de a s e g u ra m ie n to s .15 En el p la n o de m asas se a p ro v e c h ó la a g u d iz a c ió n e x p e rim e n ta d a p o r la lu c h a d e clases e n el p e río d o y la c o y u n tu ra e le c to ra l d e 1970 p a ra p e n e tr a r e n los secto res m ás ra d ic a liz a d o s d el m o v im ie n to popular. Se a rtic u ló u n a lín e a d e fre n te s in te rm e d io s - F r e n t e d e T ra b a ja d o re s R ev o lu c io n a rio s (FTR ); M o v im ien to U n iv e rsitario d e Iz q u ie rd a (M UI); F re n te d e E stu d ia n te s R ev o lu c io n a rio s (FER ); M o v im ie n to C am p esin o R ev o lu cio n ario (M CR ); y el M o v im ien to d e P o b la d o re s R ev o lu cio n ario s (M PR) - d e stin a d o s a siste m a tiz a r las d e m a n d a s p o p u la re s y a co n d u cir su s lu c h a s .lb En e ste p la n o se e x p e rim e n ta ro n c re c im ie n to s c u a lita tiv o s en los secto res e stu d ia n til, p oblacional y de cam p esin o s, p a rtic u la rm en te e n tre las co m u n id ad e s m a p u c h e s.17 P a ralelam en te se e stre c h a b a n las rela­ ciones al in te rio r del c o n g lo m erad o U nidad P o p u lar (U P), esp ecialm en te c o n g ru p o s y d irig e n tes del P artid o S o cialista (PS). AI fin a liz a r e sta e ta p a el MIR h a b ía lo g ra d o d e c a n ta r su e s tru c tu ­ ra o rg á n ic a ; p o r o tra p a rte co n sig u ió im p le m e n ta r las ta r e a s básicas c o n te m p la d a s e n su s d e fin ic io n es e s tra té g ic a s - p a r t i d o d e c u a d ro s y 14. S andoval, MIR (una historia), págs. 35-47; y V ítale, C ontribución a la historia del MIR (1 9 6 5 -1 9 7 0 ), págs. 17-25. 15. MIR, «Algunos an te ce d e n te s del M ovim iento de izquierda R evoluciona­ ria», S antiago d e Chile, M arzo de 1970, en M iriam O rtega y Cecilia R adrigán, com ps. M iguel Enríquez. Con vista a la esperanza. S antiago de Chile: Ediciones E scaparate, 1998, págs. 65-67; un enfoque psicológico que ap u n ta a d evelar los rasgos de la m ilitancia m irista y sus representaciones sim bólico-culturales durante la UP en, Ju lián Bastías R ebolledo. «A propósito del MIR chileno. Un in te n to de psicología p artid aria. R epresentaciones sociales y subsistem as ideológicos como factores de inhibición en la crítica de los m ilitantes». En: Psicología de la acción política. Comp. por M aritza M ontero, O rlando D’Adam o y Virginia García. Buenos Aires: Editorial Paidós, 1995, págs. 163-203. 16. Pedro Naranjo. «Sem blanza biográfica y política de Miguel Enríquez». En: M iguel Enríquez. Páginas de historia y lucha. Ed. por Pedro N aranjo. Estocolm o: C entro de Estudios Miguel Enríquez (C E M E ),1999, pág. 14. 17. La política del MIR d u ra n te la UP, esp ecialm en te el a lc an c e de sus de n o m in a d o s «frentes interm edios», se e n cu e n tra a m p liam en te tra ta d a en el texto de ibíd., págs. 73-101. 210

P ueblo, co n cien cia y fusil. El M ovim iento d e Izquierda R evolucionaria.

o rgan izació n p o lític o -m ilita r- y, p o r últim o, se consolidó com o o rg a n iz a ­ ción en el plano n acional, con u n a influencia cre c ie n te e n tre los secto res m ás activos del m o v im ien to de m a sa s.18 La e s tra te g ia del MIR re c o n o c ía la e x iste n cia en A m érica L atin a, y por e n d e ta m b ié n en C hile, de u n b lo q u e e n el p o d e r c o n stitu id o p o r el im perialism o e stad o u n id en se y por las clases d o m in a n tes criollas, ligados e strech am en te por sus interese s económ icos, políticos y m ilitares. Para el MIR las co ntradicciones que a trav esab an a los dos m iem bros del b loque en el p o d er no eran antagónicas, estas se v in cu lab an con las form as y m ontos de las cu o tas q ue les corresp o n d ían en el botín de la explotación. Pero por sobre esta s c o n trad iccio n es p rev alecía el in te ré s co m ú n p o r m a n te n e r el sistem a de dom in ació n y explotación sobre el que se su s te n ta b a su p o d er y su riq u e z a . E ste m arco re fe re n c ia l h a cía q u e el P ro g ra m a d e l MIR se d efiniera com o an tiim p erialista, a n ticap italista y socialista. Para el MIR la com posición del bloque d o m in a n te y la m ag n itu d d e sus in terese s hacían inviable u na e strate g ia de ocupación g rad u al de espacios al in terio r de la in stitu c io n a lid a d b u rg u e sa , p a ra , a p a rtir d e ello, a v a n z a r al socialism o, com o lo s o s te n ía el c o n g lo m e ra d o d e p a rtid o s a g lu tin a d o s en la UP.19 18. La política del MIR en los «frentes interm edios», su concepción del denom inado «poder popular» y el rol de la dirección del Partido en la elaboración y o rien tac ió n de esta política, e n Sebastián Leiva. «Teoría y práctica d el p o d e r popular: Los casos del M ovim iento de Izquierda Revolucionaria (MIR, Chile, 19701973) y el Partido R evolucionario de los T rabajadores - Ejército R evolucionario del P ueblo (PRT-ERP, A rgentina, 1973-1976)». Tesis de lie. S antiago de Chile: D epartam ento de H istoria, Universidad de Santiago de Chile, 2007, págs. 27-85. Llama la atención en este texto el apartado 4 (El diseño de la política, págs. 57-79), en el cual un a serie d e ex m ilitantes del MIR realizan un análisis retrospectivo de las relaciones políticas de carácter «jerárquico» que existían al interior de la organ izació n . Estas visiones que tien d en a re in te rp re ta r el p asado, a la luz de los p osicionam ientos presen tes, e lu d en situ arse en el co n tex to en el cual se protagonizaron determ inadas actitudes y situaciones. De esta m anera no explican a d e c u a d a m e n te por qué «acataron» ni cóm o valo raro n en esa coy u n tu ra dicha disposición al a ca ta m ie n to . Q ueda la im presión que los m ilitantes de la época o no c onocían o nadie les inform ó que la e stru ctu ra m irista se guiaba en su accionar partid ario por la teoría leninista del centralism o dem ocrático. No cabe d u d a q u e la experiencia trau m ática de la d e rro ta se convierte en el principal soporte de la autocrítica retrospectiva, la cual, si bien legítim a, no perm ite situar adecuadam ente el rol y conductas de los sujetos en el contexto histórico específico. Sin d u d a un problem a no m enor en el trabajo con fuentes orales. 19. La sistem atización por la base de la propuesta m irista fue el denom inado «Pliego del Pueblo», lev an tad o por las organizaciones locales y de trab a ja d o re s com o re sp u e sta al p aro p a tro n a l de o ctubre de 1972. Al respecto, véase Mo­ vim iento d e Izquierda R evolucionaria. «El Pliego del Pueblo». En: M arxism o y 211

Igor G oicovic D o n o so

E sta p e rc e p c ió n d ife re n te d el c a rá c te r q u e a su m ía la lu c h a d e clases en C hile c o n d u jo a v io le n to s e n fre n ta m ie n to s e n tre el MIR y la UP d u ra n te el p e río d o 1 9 7 0 -1 9 7 3 .20 El M IR p ro y e c ta b a la c o n stru c c ió n de u n a F u e rz a S o cial R ev o lu cio ­ n a ria (FSR ), c o n sc ie n te d e la in ev itab ilid ad del e n fre n ta m ie n to arm ad o , q u e fu e ra c a p a z de c re a r u n a n u e v a situ ac ió n p o lític a y, a p a rtir d e ello, la constru cció n de u n a nu ev a legalidad, com o único cam ino p a ra resolver el p ro b le m a d el p o d e r.21 De e sta m a n e ra , la c o n sig n a d el p o d e r p o p u ­ lar a d q u iría u n a d im e n sió n e stra té g ic a re le v a n te , en c u a n to c ristalizab a com o u n a m a n ife sta c ió n p a ra le la al E sta d o b u rg u é s, a s e n ta d o e n las o r­ g an izacio n es y fu erzas sociales au tó n o m a s del p ro le ta ria d o y el p u eb lo .22 Revolución. 1. Santiago de Chile, 1973, págs. 229-240; la im portancia del «cambio revolucionario» d u ra n te este período ha sido an alizad a por Julio Pinto Vallejos. «H acer la revolución en Chile». En: Cuando hicimos historia. La experiencia de la Unidad Popular. Ed. p or Julio Pinto Vallejos. Santiago de Chile: LOM Ediciones, 2 005, págs. 9-33. 20. Las diferencias program áticas entre el MIR y la UP se hicieron evidentes en se p tie m b re de 1970, cu an d o el MIR se abstuvo d e a p o y ar la c an d id atu ra presidencial de Salvador Allende. Más tarde, en 1972, el MIR caracterizó a la UP com o un gobierno «dem ocrático antiim perialista», fundado en u n a alianza entre la pequeña burguesía reform ista y el reform ism o obrero. Véase al respecto, MIR, «El MIR y las elecciones presidenciales», Santiago de Chile, abril-m ayo de 1970, en O rtega y R adrigán, Miguel Enríquez. Con vista a la esperanza, págs. 33-42; y MIR, «M em orándum . Resumen del Comité Central, 13 y 14 de noviem bre (1971)», S an tiag o de Chile, e n ero d e 1972, en O rtega y R adrigán, M iguel Enríquez. Con vista a la esperanza, págs. 99-107. Uno de los episodios m ás tensos de este período se pro d u jo el 5 de agosto de 1972, cuando d u ra n te un a lla n am ie n to practicado p or c ara b in e ro s en la población Lo Hermida de S antiago, un p o b lad o r resultó asesinado por las fuerzas policiales. La discusión entre el PC y el MIR respecto del rol d e los organism os de seg u rid ad en el Estado burgués, crispó d u ra n te varias sem anas el a m b ie n te político, véase A ugusto C arm ona. «El a p ara to policial y Lo H erm ida». En: Punto Final, n.° 165: S antiago de C hile (29 de ag o sto de 1972), págs. 28-29. Las diferentes declaraciones que el MIR y las organizaciones sociales v in cu lad as a e sta o rganización em itiero n en el tran scu rso d e e sta coy u n tu ra fueron p u b licad as en, M ovim iento de Izquierda R evolucionaria. Lo Herm ida: la cara más fea del reformismo. Santiago de Chile: Ediciones El Rebelde, 1972. 21. MIR, «E strategia de enfrentam iento y lucha p rolongada c o n tra intentos golpistas de las clases dom inantes», Santiago de Chile, febrero de 1972, en Ortega y R adrigán, Miguel Enríquez. Con vista a la esperanza, págs. 117-127. 22. La relació n e n tre la noción de fuerza social rev o lu cio n aria y po d er p opular se puede analizar en, Hugo Cancino Troncoso. Chile. La problemática del poder popular en el proceso de la vía chilena al Socialismo, 1970-1973. Un estudio de la emergencia de los Consejos Campesinos, Cordones Industriales y Comandos Comunales en relación a la problemática del Estado, la democracia y el socialismo 212

Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento d e Izquierda R evolucionaria.

Sobre este punto Miguel E nríquez so sten ía en ju lio de 1973, «Los pueblos tie n e n el derech o a h acer su s p ro p ias leyes. La clase o b re ra y el p u e b lo en Chile están construyendo ace le ra d am e n te sus propias leyes y ec h an d o las b ases de una nueva C o n stitu ció n , d e u n a n u e v a le g a lid a d , d e u n a legalidad revolucionaria, de esa legalidad que se co n stru y e en el com bate y en la lu ch a» .23 En esa m ism a lín e a d e in te rv e n c ió n el d irig e n te de la C om isión Política del MIR, N elson G u tiérrez, so sten ía en a g o sto de 1973, «El Poder Popular, los trab ajad o res, los C om andos C om unales, d e T rabajadores, los C onsejos C o m u n a les C a m p e sin o s, los C o rd o n e s In d u striales en p ro c eso de tra n sfo rm a c ió n e n C o­ m an d o s, deben d e sa rro lla rse in d e p e n d ie n te m e n te de la CUT, fu e ra a b so lu ta m e n te d el c am p o d e la d e m o c ra c ia b u rg u e s a ; sólo así será posible en persp ectiv a e x te n d e r y p ro fu n d iz a r la o rg an izació n del n u e v o Poder, d el P o d e r P opular, d e l P o d e r P ro letario , que fo rtale c ié n d o se co m o P o d er in d e p e n d ie n te , y a u tó n o m o , g en ere la d u alid a d de p o d e r p rim ero , la crisis del E stado burgués d esp u é s y el triu n fo d e la re v o lu ció n p ro le ta ­ ria. Esto sólo será posible a trav és de crisis y ru p tu ra s» .24 En este plano, las crisis de p o d e r se resolvía, n e c e sa riam e n te, a través del e n fren tam ien to arm ad o , el cual se concebía, a co m ien zo s de la d é cad a d el s e te n ta , com o u n a guerra revolucionaria irregular y pro lo n g a d a . En e sta p e rs p e c tiv a la línea d e c o n stru c ció n de la FSR a p u n ta b a a g a n a r la en Chile. A arhus: A arhus U niversity Press, 1988, págs. 321 -4 4 0 ; y en M arco A ntonio G ram egna y G loria Rojas. «La izquierda revo lu cio n aria en la lucha política e ideológica actual». En: M arxism o y Revolución, n.° 1: S antiago de Chile (ju lio -se p tie m b re de 1973), págs. 125-149; un e x celen te e stu d io de los avances q u e este proceso tuvo a escala regional en, J u a n José Salinas Valdés. «Poder p o p u la r provincial. Los casos de C oncepción-T alcahuano y C onstitución, 1970-1973». C oncepción: D epartam ento de Ciencias H istóricas, U niversidad de C oncepción, 2008. Tesis p ara o p ta r al título de Profesor, págs. 91-272; para el an álisis del hito m ás em blem ático del proceso, la A sam blea del Pueblo de C oncepción (julio de 1972), véase el trabajo de Danny M onsálvez. «La Asam blea del Pueblo en Concepción. La expresión del poder popular». En: Revista de Historia, n.° 16: Concepción (20 0 6 ), págs. 37-58; un testim onio com pleto sobre el proceso político d el período 1 9 67-1973, relacionado d irec ta m en te con este aspecto, en G uillerm o Rodríguez. De la Brigada Secundaria al Cordón Cerrillos. S an tiag o de Chile: E ditorial U niversidad Bolivariana, 2007. 23. MIR, «Discurso del secretario g eneral del MIR, M iguel Enríquez», Tea­ tro C au p o licán , S a n tia g o de Chile, 17 de ju lio de 1973; pub licad o en O rtega y R adrigán, Miguel Enríquez. Con vista a la esperanza, pág. 274. 24. N elson G utiérrez. «El poder popular y la lucha del p ro letariado chileno». En: Punto Final, n.° 190: Santiago de Chile (14 de agosto de 1973), pág. 12. 213

lgor G oicovic D o n o so

co n d u cció n d e l m o v im ien to d e m asas, para ello re su lta b a im prescindible in s e rta rs e e n los fre n te s so c ia le s e incen tiv ar las fo rm as ru p tu ris ta s de lucha; c o n s tru ir u n a in stitu c io n a lid a d p aralela, e n la qu e el g o b iern o de la UP y sus p olíticas d e b ía n c o n trib u ir a radicalizar el pro ceso ; desarrollar la fu erza m ilita r p ro p ia , sobre la base de núcleos orgánicos especializados, m asa a rm a d a y p e n e tra c ió n en el aparato m ilitar del E stado; y radicalizar las p o sic io n e s re v o lu c io n a ria s a l in terio r d e los p a rtid o s d e la UP.25 La ra d ic a liz a c ió n e x p e rim e n ta d a p o r la lucha de clases, e v id e n te m e n te , a c e n tu ó el e n fr e n ta m ie n to p o lític o ab rien d o ca m in o al d e sp lie g u e de la v io le n c ia . A e se efe c to , E d g a rd o E nríquez, m ie m b ro d e la C om isión Política del M IR se ñ a la b a e n 1 972, « ( . . . ) c u a n d o se a g u d iz a la crisis social, c u a n d o los p a rti­ dos p olítico s de la clase o b re ra d em u estra n in c a p a c id a d p a ra d irig ir la c o n q u is ta d el p o d er, surge u n s e n tim ie n to d e d e ­ s e s p e ra c ió n en a m p lia s c a p a s del p u e b lo y su rg e u n p a rtid o b u rg u é s cu y o o b jetiv o d ire c to es c a ld e a r al ro jo vivo a la b u rg u e s ía y dirig ir su odio y su desesperación co n tra el p ro le ­ ta r ia d o . El fascism o a c u d e a todos los recu rso s: la v io len c ia , la g u e rra civil, la co rru p c ió n y la desm oralizació n de la clase o b re ra . Su p ro p ó sito es g a n a r el lid e ra zg o d el c o n ju n to d e la b u rg u e s ía , c o n q u is ta r el g o b iern o y a se g u ra r la c o m p le ta d o m esticació n y su b o rd in ació n de las m asa e x p lo tad as p o r un la rg o p e río d o de tiem p o , a favor del g ra n cap ital» .26 Las ta r e a s d e los re v o lu c io n a rio s, en c o n se c u e n c ia , se e n c o n tra b a n re la c io n a d a s con el im p u lso d e la m ovilización d e m asas. Se tr a ta b a de te n s io n a r al m áx im o la situ a c ió n política d el p aís a o b je to d e a c e le ra r la d isp o sic ió n co m b a tiv a d el p u e b lo y, d e esa m a n e ra , c o n s tru ir una v o lu n ta d d e poder. Así lo m a n ife sta b a M iguel E n ríq u ez e n u n a re u n ió n con cam p e sin o s de T em uco en 1971, «E sta es la ta re a fu n d a m e n ta l del p erío d o . Es d e b e r d e to d a la iz q u ie rd a y d e l g o b ie rn o fa v o re c er y e m p u ja r e sta s m o v i­ lizacio n es. E sta es la ún ica fo rm a d e d e rro c a r a las clases d o m in a n te s , d e re so lv e r los p ro b le m a s d e los tra b a ja d o re s , d e h a c e r a v a n z a r a los o b re ro s y c a m p e sin o s, d e re s o lv e r 25. MIR, Resoluciones sobre la situación política nacional, C om ité C entral, S antiago de Chile, m ayo de 1973, en O rtega y R adrigán, M iguel Enríquez. Con vista a la esperanza, págs. 253-257. 26. E dgardo Enríquez. «La conciliación: caldo de cultivo del fascismo». En: Punto Final, n.° 168: Santiago de Chile (10 de octubre de 1972), pág. 6.

‘¿14

P ueblo, co n cien cia y fusil. El M ovim iento d e Izquierda R evolucionaria.

las c o n tra d ic c io n e s d e l perío d o , d e c o m b a tir las te n d e n c ia s v a c ila n te s e n el gobierno y d e a firm a r a los se c to re s m á s rad ic a liz a d o s» .27 Hacia 1973 el MIR, com o producto de su análisis de la situ ació n p olíti­ ca nacional y d e la evaluación de sus ran g o s de inserción y cond u cció n en y sobre el m o v im ien to de m asas, co ncluía q u e sólo e x istían d o s cam inos para el d esarro llo de la lucha de clases en Chile: la cap itu lació n refo rm ista frente a las p resio n es de la burguesía -d e v o lu c ió n de e m p resas to m ad as y c o n v o cato ria a u n plebiscito p a ra d irim ir el co n flicto p o lí ti c o - o la c ontrao fensiva revolucionaria. Si esta ú ltim a d e se n c a d e n a b a el golpe d e listado se creía q u e se contaba con la fu erza n e c e sa ria p a ra a p la s ta rlo .28 Pese a la ap reciación anterio r la resp u esta del m o v im ien to de m asas y del MIR al go lp e de E stado del 11 de se p tiem b re d e 1 973 no fue la e sp e ­ ra d a .’9 El m o v im ien to d e m asas d esco n c erta d o , g o lp e a d o y fra g m e n ta d o perm aneció en su m ayor parte pasivo, ate m o riz a d o y no d esa rro lló resis­ tencia; m ien tras que los sectores de v an g u ard ia en los b arrio s ind u striales, en p o b lacio n es y en a lg u n a s zonas ru ra le s, q u e o c u p a ro n su s fre n te s de lucha a la esp era de conducción y a rm am en to , fu ero n p o ste rio rm e n te d e s­ alojados y v io len tam en te reprim idos.30 En todo caso el b a lan c e in m ed iato realizado p o r el MIR diagnosticaba q u e la e stra te g ia q u e h a b ía fracasad o en Chile e ra la d e l reform ism o , no así la e s tra te g ia re v o lu c io n a ria , la que si bien q u e d a b a expuesta al reflujo y retro ceso e x p e rim e n ta d o p o r la lucha p o p u lar, a p a re c ía leg itim ad a p o lítica y m o ra lm e n te p o r c u a n to se

27. M iguel Enríquez. «Así habló el MIR en Temuco». En: Clarín: Santiago de Chile (5 de noviem bre de 1971), pág. 7; la política agraria del MIR en M ovimiento de Izquierda Revolucionaria. «La política del MIR en el cam po. Una respuesta a los ataques del Partido Comunista». En: El Rebelde: Santiago d e Chile (1972). 28. MIR, Resoluciones sobre la situación política nacional, C om ité C entral, Santiago de Chile, m ayo de 1973, en O rtega y R adrigán, M iguel Enríquez. Con vista a la esperanza, págs. 256-257. 29. Para C ristián Pérez la causa fu n d am en tal de la d e rro ta político-m ilitar de la izquierda en septiem bre de 1973 fue «la escasa oposición al golpe entre los m iem bros de las fuerzas arm adas». Efectivam ente, dicha política descansaba en el su p u esto d e un quiebre profundo en el a p ara to m ilitar del E stado, el cual, a su vez, favorecería la conform ación de u n a m asa a rm a d a qu e d e rro ta ra a la contrarrev o lu ció n , véase Cristian Pérez. «H istoria del MIR. Si qu ieren g u erra, guerra tendrán». En: Estudios Públicos, n.° 91: Santiago de Chile (2 0 0 3 ), pág. 9. 30. Igor Goicovic Donoso. «De la d u ra infancia, de la a rd ie n te vida, de la e s p e ra n z a ... Un testim onio po p u lar p ara la reconstrucción de n u e stra historia reciente». En: Última Década, n.° 6: Viña del Mar (1997), págs. 85-86. 215

Igor G oicovic D on oso

p la n te a b a co m o ú n ica a ltern a tiv a p ara re to m a r la c o n d u cc ió n d el proceso re v o lu c io n a rio .31

De la lucha contra el aniquilamiento a la Operación Retorno, 1973-1978 E n d ic ie m b re d e 1 9 7 3 el M IR e s ta b le c ía q u e el g o lp e m ilita r h ab ía c errad o el p e río d o p rere v o lu cio n a rio y a b ie rto p aso a un p e río d o c o n tra ­ revo lu cio n ario . Este se c aracterizab a p o r el in te n to d e la clase d o m in a n te d e re s ta u r a r el siste m a d e d o m in a c ió n , re s o lv ie n d o su crisis in te rn a y a p la sta n d o al m ov im ien to de m asas. Para el MIR la c o lu m n a v e rte b ra l del E stado - l a s fu erzas a r m a d a s - co lo cán d o se p o r en cim a d e las fracciones d e la clase d o m in a n te , h a b ía n re s u e lto p o r las a rm a s la c risis p o lític a y se a p re s ta b a n a re so lv e r la crisis d e a rr a s tr e d el s iste m a d e d o m in a c ió n ca p ita lista en n u e stro p a ís.32 M ás ta rd e el MIR so ste n ía : «La ú n ic a fu e rz a c a p a z d e la b u rg u e s ía d e lle v a r a c a b o la im p la n ta c ió n d el re q u e rid o e s ta d o e x c e p c ió n , y re s o lv e r la crisis de d o m in ació n , fue la de las fu e rza s a rm a d a s. Las fu e r­ zas a rm a d a s, c o n ta b a n con la c o h e sió n in te rn a e n su c u e rp o d e oficiales, y con los re c u rso s re p re siv o s p a r a e n f r e n ta r el m o v im ie n to d e m a sa s p o p u lar. P ero ta m b ié n las fu e rz a s a r ­ m a d a s , e ra n la s ú n ic a s q u e p o d ía n , d e s d e u n a p o sic ió n d e a u to n o m ía re la tiv a , e n c u a d ra r a las d iv e rsa s fra c c io n e s d e la b u rg u e s ía d e n tr o d e los in te re se s h is tó ric o s d el c o n ju n to , es decir, su p e ra r la crisis y fo rta le c e r n u e v a m e n te el siste m a d e d o m in a c ió n b u rg u é s. Es así q u e el E sta d o d e e x c e p c ió n e n C hile d e b e to m a r la fo rm a d e u n ré g im e n d ic ta to ria l m i­ litar. U na d ic ta d u ra m ilita r g o rila q u e c a re c e d e to d o a p o y o so cial p o p u lar, p e ro q u e se s u s te n ta e n su p o d e r re p re siv o m ilita r y en el a p o y o d el c o n ju n to d e la b u rg u e s ía , p o rq u e

31. MIR, «La táctica del MIR en el actual periodo», Com isión Política, Santia­ go de Chile, diciem bre de 1973; en Ortega y R adrigán, Miguel Enríquez. Con vista a la esperanza, págs. 293-328. 32. MIR, «A consolidar en la clase o b rera y c rea r po r las bases la u nidad del pueblo», Santiago de Chile, 1975, en M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. Va­ rios. M adrid: Editorial Zero, 1976, págs. 129-133; un análisis de los lincam ientos tácticos del MIR en el período 1973-1975 en, José C alderón López. «La política del M ovim iento de Izquierda Revolucionaria (MIR) d u ra n te los dos prim eros años de la dictadura m ilitar (1973-1975)». Tesis de lie. S an tiag o d e Chile: D epartam ento de H istoria, Universidad de Santiago de Chile, 2 0 0 9 , págs. 89-119. 216

Pueblo, con cien cia y fusil. El M ovim iento de Izquierda R evolucionaria.

es u n a n e c e sid a d h istó ric a p a ra el c o n ju n to d e la b u rg u e s ía chilena».33 En este nuev o p erío d o los aspectos m ás g en erales d el P ro g ra m a o rigi­ nal del MIR no sufrieron g ra n d e s alteracio n es. Se insistía en la n ecesidad de la rev o lu c ió n p ro le ta ria p a ra C hile, la q u e d e b ía c o m b in a r s im u ltá ­ n e a m e n te las ta re a s d e m o c rá tic a s y so cialistas. El o b je tiv o d e la m ism a seguía sien d o la d e stru c c ió n del E stado b u rg u é s, d el im p eria lism o y d el co n ju n to de la g ra n b u rg u e s ía n a c io n a l, a g ra ria , fin a n c ie ra y co m ercial. A p a rtir de 19 7 3 , la re p re se n ta c ió n del E stad o b u rg u é s la h a b ía su m id o la « d ic ta d u ra m ilita r gorila» , q u e p a sa b a a c o n v e rtirse e n el e n e m ig o principal del pueb lo y de las org an izacio n es rev o lu cio n arias.3'’ El d e rro ca ­ m iento del E stado bu rg u és era, en consecuencia, la ta re a m ás im p o rta n te de la clase o b re ra en alian z a con los p o b res d el c am p o y la c iu d ad y con las ca p a s bajas de la p e q u e ñ a b u rg u e s ía .3S En re la c ió n c o n e ste p la n te a ­ m iento, y d istin g u ien d o la p ro p u esta del MIR de aq u ella so sten id a p o r los p artid o s de la izq u ierd a trad icio n al, A ndrés Pascal A llende m an ife sta b a a com ienzos de 1975, «Si bien ta n to los se cto res refo rm ista s de la UP c o m o el MIR, perseguim o s el d erro ca m ie n to de la d ic tad u ra, dichos sectores a sp ira n sólo a la re s titu c ió n del E stad o b u rg u é s d e m o c rá tic o y le v a n ta n n u e v a m e n te la d a ñ in a ilu sió n d e q u e d e n tr o d e los m arcos de este E stado d em o crático b u rg u és a q u e a sp iran p o d rá n alca n zar, “ta rd e o te m p ra n o ”, la s o c ie d a d so c ialista . El MIR p e rs ig u e el d e rro c a m ie n to d e la d ic ta d u ra y la re s ­ titu c ió n d e las lib e rta d e s d e m o c rá tic a s, p e ro te n e m o s co m o o b jetiv o e stra té g ic o el d e sa rro lla r, a tra v és d e la lu c h a d e la re siste n c ia , la fu e rz a social, p o lítica y m ilita r re v o lu c io n a ria d e l p ro le ta ria d o y sus aliad o s, q u e p e rm ita so c a v a r el E stado b u rg u é s, co n stitu ir un sólido p o d e r p o p u la r y llev ar a d e la n te u n a revolución p ro le ta ria y socialista» .36 33. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «Análisis de coyuntura». En: El Rebelde: Santiago de Chile (febrero de 1977), pág. 24. 34. La sistem atización de las d e m a n d as po p u lares que el MIR concebía com o factor a g lu tin ad o r de la lucha antidictatorial en: M ovim iento de Izquierda R evolucionaria. «M anifiesto de la resistencia p o p u lar a los trab a ja d o re s y al pueblo de Chile». En: El Rebelde: Santiago de Chile (diciem bre de 1977). Núm ero especial, págs. 1-35. 35. MIR, «¿Qué es el MIR? D ocum ento preparado p or el C om ité Central del MIR en la clandestinidad», Santiago de Chile, diciem bre de 1974, en MIR, Varios, págs. 21-30. 36. Andrés Pascal Allende. «El secretario general del MIR habla sobre unidad y alianzas». En: El Rebelde, n.° 103: Santiago de Chile (m arzo de 1975), pág. 15. 217

Igor G oicovic D o n oso

Por su p a rte la línea estraté g ica, a d e cu á n d o se al nuevo p e río d o , ponía m á s én fa sis e n el c o m p o n e n te p o lítico -m ilitar, e s p e c ífic a m e n te e n la g u e rra re v o lu c io n a ria .37 La cual a d q u irió u n c a rá c te r c o n tin e n ta l, al co n stitu irse la J u n ta C o o rd in a d o ra R ev o lu cio n aria (JC R ), q u e a g ru p a b a al MIR chileno, al M LN -Tupam aros de U ruguay, al PRT-ERP de A rg en tin a y al ELN b o liv ia n o .38 P ara p o d e r d e s a rro lla r e sta lín e a d e in te rv e n c ió n estra té g ic a era im p rescin d ib le a b o rd a r u n a serie de objetivos p relim in ares: fo rta le c e r y a c e ra r el p a rtid o , re c o n s tru ir la FSR y d a r o rig e n al E jército R evolucionario del P ueblo para, a p a rtir de ello, d e rro c a r a la d ic ta d u ra y co n q u ista r el poder. La ex p erien cia m ás visible de esta n u ev a o rien tac ió n e s tra té g ic a d e l MIR fue el su rg im ie n to y d e sa rro llo d e las m ilic ia s de la re s iste n c ia p o p u la r, las q u e ju g a r o n u n ro l im p o rta n te d u r a n t e to d o el p e río d o d e lu c h a c o n tra la d ic ta d u ra .39n El c o m p o n e n te m ilita r e n la e s tra te g ia d el MIR c o n stitu ía u n so p o rte fu n d a m e n ta l d e l d is e ñ o . Así q u e d a e n e v id e n c ia e n u n d o c u m e n to d e re s p u e sta q u e el M IR le hace lle g a r a la D irección N acio n al del PC en 1975. «El d e sa rro llo d e fo rm as d e lu ch a a rm a d a d e m a sa s y d e u n p o d e r m ilita r d e la c lase o b re ra y el p u e b lo es u n a n e c e si­ d ad fu n d a m e n ta l en la resisten cia c o n tra la d ic ta d u ra m ilitar. En p rim e r lugar, en la m e d id a en q u e la b u rg u e s ía re p rim e m ilita rm e n te to d a a c tiv id ad p o lítica c o n tra la d ic ta d u ra , la d e fe n s a a rm a d a d e la lu c h a d e re s iste n c ia se le v a n ta c o m o 37. MIR, «El d esem peño táctico y la situación actual del MIR», S a n tia g o de Chile, m ayo de 1975, en MIR, Varios, págs. 321-341. 38. Véase JCR, «A los pueblos de Am érica Latina»; el tem a tam bién h a sido tra ta d o po r m ilitan tes d e la izquierda revolucionaria de U ruguay y A rgentina, véase Graciela Jorge Pancera y Eleuterio Fernández Huidobro. Chile roto. Urugua­ yos el día del golpe en Chile. Santiago de Chile: LOM Ediciones, 2003, págs. 36-37; Luis M attini. Hombres y Mujeres del PRT-ERP. Buenos Aires: Ediciones de la Cam ­ p a n a, 2003, págs. 102-103; E nrique G orriarán M erlo. M emorias. De los setenta a La Tablada. B uenos Aires: E ditorial P laneta, 2 003 , pág. 132, 176 y 2 8 7 ; el accionar co n train su rg en te destin ad o a liquidar este proyecto regional en, Frank G audichaud. Operación Cóndor. Notas sobre el terrorismo de Estado en el Cono Sur. M adrid: Sepha Edición y Diseño, 2005. 39. Sobre este punto, véase Eduardo Arancibia y Miguel Ramos. «Las Milicias de la resistencia popular. El M ovim iento de izquierda revolucionaria y la lucha a rm ada en dictadura. Tensiones y m om entos de esta experiencia histórica (19791984)». Tesis d e lie. S antiago de Chile: Escuela d e H istoria y C iencias Sociales, Universidad ARCIS, 2010, págs. 93-141; un testim onio sobre la form ación y desa­ rrollo de la resistencia en G uillerm o Rodríguez M orales. Destacamento Miliciano José Bordaz. S antiago d e Chile: C entro de E studios Sociales D agoberto P érez Vargas, 2008. 218

P ueblo, con cien cia y fusil. El M ovim iento d e Izquierda R evolucionaria.

u n a in elu d ib le n ecesid ad ya q u e lleg ará un m o m e n to en que la re s iste n c ia no p o d rá p a sa r a n iv eles s u p e rio re s d e la lu ­ ch a re iv in d icativ a y p o lítica sin te n e r el ap o y o d e las a rm a s. En se g u n d o lugar, to d o s sab e m o s q u e la d ic ta d u ra b u rg u e sa b a sa su p o d e r no e n el ap o y o social (el cual es m ín im o y se re d u c e d ía a d ía ), sin o en el p o d e r m ilita r y la re p re sió n sa n g rie n ta : a u n q u e la m ás g ra n d e m ayoría p o p u la r se o p o n g a a la d ic ta d u ra y d e se e su d e rro c a m ie n to , la b u rg u e s ía p u e d e se g u ir m a n te n ie n d o p o r larg o tie m p o su ré g im e n re p re siv o sin o se d e b ilita m ilita rm e n te y p o lític a m e n te a la d ic ta d u ra . Por ú ltim o , a u n q u e fu era p o sib le (y es la a s p ira c ió n de to ­ dos) d e rro c a r a la d ic ta d u ra sin te n e r q u e d e sa rro lla r niveles s u p e rio re s de e n fre n ta m ie n to m ilitar, sie m p re se rá b ásico la p resen cia de un E stado que asegure una am plia d em o cracia y el lib re d e sa rro llo d e las fu e rz a s re v o lu c io n a ria s y p ro g re sis­ tas».'10 La p ro y ecció n d e e sta lín ea e stra té g ic a se vio in te rru m p id a p o r el v io le n to a c c io n a r re p resiv o d irig id o c o n tra el MIR p o r los a p a ra to s de s e g u rid a d d el E stad o , e sp e c ia lm e n te el S erv icio d e In te lig e n c ia d e la F u erza A érea (SIFA) y la D irección d e In te lig e n c ia N acio n al (DINA). E n tre los a ñ o s 1 9 7 4 y 1975 m iles d e m ilita n te s y a y u d is ta s d e l MIR fueron d e te n id o s, to rtu ra d o s y m u ch o s d e ellos a se sin a d o s y su s cu erp o s h e c h o s d e s a p a re c e r.1,1 P rá c tic a m e n te to d a la C o m isió n P olítica y p a rte im p o rta n te d e l C o m ité C e n tra l d el MIR fu e ro n a n iq u ila d o s , e n tre ellos el s e c re ta rio g e n e ra l d el p a rtid o , M iguel E n ríq u ez , m u e rto e n c o m b a te el 5 d e o c tu b re d e 1 9 7 4 .4Z La m u e rte d e M iguel E n ríq u e z c o n stitu y ó un 40. M ovim iento de Izquierda R evolucionaria. «R esistencia. U nidad para luchar. C arta de respuesta a la Dirección del Partido C om unista». En: El Rebelde, n.u 105: S antiago de Chile (abril de 1975), pág. 44. 41. Sobre el papel jug ad o por el terrorism o de Estado en el proceso de refun­ dación de la sociedad chilena, véase Jorge Chateau. «Seguridad nacional y guerra antisubversiva». En: Docum ento de Trabajo, n.° 185: S antiago d e Chile (julio de 1983). Ed. p or FLACSO, págs. 73-91; los fu n d am en to s teóricos y políticos de la represión en Igor Goicovic Donoso. «La im placable p ersistencia de la m em oria. Reflexiones en torno al Inform e de la Comisión de Prisión Política y Tortura». En: Revista de Historia A ctual, n .u 2: Cádiz (2 0 0 2 ), en una visita realizad a a Chile en 1977 el d irig e n te socialista español, José Bono, señaló: « ( . . . ) la to rtu ra en Chile no sólo se practica para a rran car declaraciones, sino, principalm ente, para m a n te n e r un e stad o de te rro r e n tre la población que im pida lu ch a r co n tra el régim en», La Verdad, Albacete, 13 de m ayo de 1977. 42. R especto d e la política represiva y sus efectos en la d esarticulación del MIR véase N aranjo, «Sem blanza biográfica y política d e M iguel Enríquez», 21 9

Igor G oicovic D o n oso

d u ro g o lp e p a ra la o rg a n iz a c ió n y los e fecto s d e la m ism a n o p asaro n in ad v ertid o s p a ra los an a listas de la CIA, «Las fu erzas de seg u rid a d del gobiern o infligieron u n a sev era d e rr o ta a los e x tre m ista s d el M o v im ien to de Iz q u ie rd a Re­ v o lu c io n a ria la se m a n a p a sa d a . M iguel E n ríq u e z , líd e r del m o v im ie n to y el n ú m e ro u n o e n la lista d e m á s b u sc a d o s p o r el g o b ie rn o , fue a se s in a d o en S a n tia g o el 5 d e o c tu b re d u ra n te u n tiro teo e n tre fuerzas de se g u rid ad y el g ru p o , q u e al p a re c e r h a b ía sid o re sp o n sa b le d e u n a u d a z ro b o d e un b an co u n o s d ías an tes. Los in g e n te s esfu e rz o s d el g o b ie rn o p a ra d e s tr u ir al m o v i­ m ie n to h a n d a ñ a d o g ra v e m e n te a la o rg a n iz a c ió n . El g ru p o p a re c e te n e r u n a a tra c c ió n m a g n é tic a p a ra los jó v e n e s , p ro ­ clives a la v io len cia d e iz q u ie rd a , lo c u a l es p ro b a b le q u e le a y u d e a sobrevivir y seg u ir siendo cap az d e p o r lo m en o s u n a activ id ad lim ita d a co n tra el g o b iern o » .43 No o b sta n te la g rav ed ad de la situ ació n p o r la q u e a tra v e sa b a el MIR, sus d irig e n te s in te n ta b a n p ro y e c ta r u n a im a g e n d e so lid e z , c o h e sió n y continuidad/, «El MIR es ya in d e stru c tib le , se ha fo rtale cid o in te rn a m e n te , ha a p re n d id o a tra b a ja r en la c la n d e stin id ad y p o r sobre todo h a ech ad o p ro fu n d a s raíces en la clase o b re ra y m u ltip lic a d o sus vínculo s con las m asas. N u estro p a rtid o e sta b a y e stá p re p a ra d o p a ra s itu a c io n e s co­ m o la m u e rte o caíd a d e n u e stro se c re ta rio g e n e ra l y a u n d e to d a o d e la m ay o r p a rte de n u e stra D irección. La lu ch a rev o ­ lu c io n a ria c la n d e s tin a ex ig e p re v e r a u n e sa s c irc u n sta n c ia s. H oy las leyes de p ro tecció n , c o n stru cció n y re e m p la z o de las

págs. 165-202; un informe de la CIA de noviembre de 1974 indicaba que el MIR se encontraba «tambaleando» (recling) después de la muerte de Miguel Enríquez, véase Central Inteligence Agency. Sta ff Notes: Latín American Trends. Ed. por National Security Archives The George Washington University. 6 de noviembre de 1974. URL: h t t p : / / w w w . g w u . e d u . 43. Central Inteligence Agency. Chile: Extremists lose leader. Ed. por National Security Archives The George W ashington University. 11 de octubre de 1974. Uri.: h t t p : / / w w w .g w u .e d u .

'.'.no

Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda Revolucionaria.

d ire c c io n e s, co b ra n u n a m a y o r rele v an c ia y d e b e n ap lic arse con m a y o r rigor».44 A c o n tra p e lo d e lo an terio r, a m ed iad o s de 1976, el MIR ya ev alu a b a ta m o la situ ació n del p artid o , com o la u n id ad de la izquierda y la rean im ació n del m ovim iento de m asas. Las ex p ectativ as forjadas dos níios a n te s, resp ecto d e a v a n z a r h acia la fo rm ació n d e u n fre n te político de la resisten cia, se h ab ían d e rru m b ad o . La crisis fraccional del PS, un id a a los fu e rte s g olpes represiv o s de 1975, re s ta b a n a e sta o rg a n iz a c ió n de una particip ació n activa en la resistencia. El PC, p o r su p a rte , privilegiaba la b ú s q u e d a (p o r lo d e m á s in fru c tu o sa ) d e un a c e rc a m ie n to p o lítico co n la DC, fa c to r q u e lo d is ta n c ia b a del MIR. Por o tro la d o , el a scen so e x p e rim e n ta d o p o r el m o v im ien to sin d ical e n tre 1 9 7 4 -1 9 7 5 te n d ió a d e b ilita rs e en el m arc o d e la ap lic ac ió n d e las d e n o m in a d a s «p o líticas económ icas de shock», que m ás tard e d eriv aro n en la im p lem en tació n del m odelo económ ico n eo lib eral.45 A com ienzos de 1977, y en el co n tex to de m ay o r e sta b ilid a d política a lc a n z a d o p o r la d ic ta d u ra m ilitar, el b a la n c e del MIR se hacía a ú n m ás desolador, c ríticam en te

«La d ic ta d u ra cen tró sus esfuerzos y lanzó la m ás d e m o le d o ra y b ru ta l ofensiva rep resiv a c o n tra n u e stro P artid o a p a rtir d e la h ero ica m u e rte en co m b a te de n u e stro c o m p a ñ e ro M iguel E n ríq u ez . Por m ás d e seis m eses se g u id o s, los a p a ra to s r e ­ p resiv o s a se s ta ro n , u n o tra s o tro , fu e rte s g o lp es al P artid o . D ecenas de cuadros del Partido fueron asesinados, resistien d o la c a p tu r a o lu c h a n d o c o n tra el e n e m ig o en la to r tu ra . D e­ c e n a s d e c u a d ro s d e l P a rtid o fu e ro n to m a d o s p risio n e ro s y e n c a rc e la d o s. La d irecció n d e l P artid o , to d a s las e s tru c tu ra s c e n tra liz a d a s , to d o s los re g io n a le s y la casi to ta lid a d d e las e s tru c tu r a s lo cales recib ie ro n g o lp es re p resiv o s. En m u c h o s n ú c le o s d el P artid o cu n d ió la d e sm o ra liz a c ió n y el tem o r, y un n ú m e ro im p o rta n te d e m ie m b ro s d e s e rta ro n d e la lu c h a, a b a n d o n a n d o el P a rtid o s en sus m o m e n to s m ás d ra m á tic o s 44. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «Editorial. A los trabajadores y a los revolucionarios del m undo». En: El Rebelde, n.° 102: S an tiag o de Chile (diciem bre de 1974), pág. 2. 45. Este d iagnóstico se com ienza a h a ce r evidente en las ediciones del p eriódico El Rebelde, de m ed iad o s de 1976, véase M ovim iento d e Izquierda R evolucionaria. «Discurso de un m iem bro de la C om isión Política del MIR en la c landestinidad». En: El Rebelde, n.° 120: Santiago de Chile (agosto de 1976), págs. 9-14; tam b ién en M ovim iento de Izquierda R evolucionaria. «Chile, I o de m ayo de 1977: La izquierda aun está desunida». En: El Rebelde, n.° 126: Santiago de Chile (abril de 1977), págs. 3-11. 221

Igor Goicovic Donoso

( . . . ) . El P a rtid o s e stu v o al b o rd e d e l p re c ip ic io , al b o r d e d e su d e stru c c ió n o rg á n ic a en el país».46 Los g o lp es rep resiv o s re d u n d a ro n en la d e sa rtic u la c ió n d el p a rtid o , l;i que obligó a los c u ad ro s so brevivientes a re a d e c u a r la e s tru c tu ra orgánica y a re d e ñ n ir los lin c a m ie n to s táctico s.'17 Los c u a d ro s s o b re v iv ie n te s que p e rm a n e c ie ro n e n el in te rio r del p aís se a g lu tin a r o n e n la B a se M adre M iguel E n ríq u e z , in sta n c ia o rg á n ic a c o m p u e s ta p o r n o m á s d e 5 0 mili ta n te s q u e se d io a la ta re a d e re c o n s tru ir el in s tr u m e n to p a rtid a r io en las difíciles co n d icio n es im p u e sta s p o r el cerco re p re siv o .-18 E ste reducido n ú cleo m irista in ten tó reso lver el p ro b lem a de o rg a n iz a c ió n fo rtalecien d o u n a p a ra to m ilita r fé rre a m e n te c o m p a rtim e n ta d o . U n d e s ta c a m e n to de co m b ate q ue cen tró su opción e straté g ica en el im p u lso y d e sa rro llo de la p o lítica d e resisten cia popular. En ese se n tid o se fo rta le c ie ro n las estru c­ tu ra s m ilitares in te rn a s del p a rtid o -E s tr u c tu r a de F u e rz a C e n t r a l - y.se im p u lsa ro n las m ilicias d e la resiste n cia p o p u lar, e n to rn o a lo s sectores m á s ra d ic a liz a d o s y a ctiv o s d el m o v im ie n to d e m a s a s: b o ls a s d e cesan ­ tes, o rg a n iz a c io n e s v in c u la d a s a la d e fe n sa d e los d e re c h o s h u m an o s, p o b la d o re s, cam p e sin o s m a p u c h e s y e stu d ia n te s.49 La c o n m e m o ra c ió n d el I o d e M ayo del a ñ o 1 9 7 7 s o r p re n d ió al MIR, p re cisam en te, en su fase de reo rg an izació n y re a g ru p a m ie n to p olítico. El p ro y ecto , en co n se c u e n c ia , a p u n ta b a a fo rta le c e r la b a s e s o c ia l so b re la cu al se ed ificaría la v a n g u a rd ia rev o lu cio n aria. 46. MIR, «Análisis de coyuntura», pág. 89. 47. La recopilación histórica realizada por O rtega y R adrigán, e stab lec e que 4 4 8 m ilitan tes del MIR fueron asesinados, hechos d e sp a re c e r o m u rie ro n en e n fre n ta m ie n to s a rm ad o s, e n tre septiem bre de 1973 y m arzo de 1 9 9 0 . Ortega y R adrigán, Miguel Enríquez. Con vista a la esperanza. 48. Un docum ento posterior del MIR señala lo siguiente: «En los tre s primeros años de d ictad u ra, el partido había perdido alrededor de un m illar d e m ilitantes asesinados, o tro m illar de m ilitantes hab ían sido e n ca rce lad o s y o tr a cantidad sim ilar había salido al exilio. Varios miles m ás estaban m arginados, desconectados o sim p le m en te a n te el avance de la contrarrevolución h ab ían a b a n d o n a d o la m ilitancia revolucionaria. En Chile quedaba un puñado de cuadros clandestinos o rg a n iz ad o s que no su m ab a m ás de 50 m iem bros», M ovim iento d e Izquierda R evolucionaria. IV Congreso Nacional del MIR. Balance histórico d e l MIR y su lucha revolucionaría. S an tiag o de Chile, 1988, pág. 47; las cifras referid as a victim ización de los c uadros y m ilitantes del Partido nunca han sid o precisadas d ebidam ente. En ello incide que el registro o evaluación de los casos en algunas ocasiones considera como m ilitantes y en otras ocasiones los desestim a, a quienes form aban p a rte de la «periferia» m irista, ya sea en los «frentes in term ed io s» del período de la UP o en las milicias de la resistencia popular d u ra n te la dictadura. 49. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. Documento Central. Conferencia Nacional Extraordinaria. S antiago de Chile, noviem bre de 1990.

Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda Revolucionaria.

«En e sta la rg a lu ch a p o lític o -m ilita r c o n tra la d ic ta d u ra , se n e c e sita d e u n a a m p lia b ase p o p u la r de c o m b a tie n te s p a ra g o lp e a r en m u c h a s p a rte s a la v ez y p a ra ir d e s g a s ta n d o p o lítica y m ilita rm e n te a las fu erzas de la d ic ta d u ra . En e ste a sp e c to h a y re tra so en la re siste n c ia p o p u lar. D u ­ ra n te los p ró x im o s m eses, los m ilita n te s d e la iz q u ie rd a y tra b a ja d o re s m ás co n scie n te s d e b e rá n im p u lsa r y a m p lia r la org an izació n política de las m asas, d e b e rá n o rg a n iz a r cientos de C om ités de R esistencia, en to d as p arte s. J u n to con a m p lia r la o rg a n iz a c ió n p o lítica d e las m a sa s, se d e b e rá n a m p lia r ta m b ié n las fo rm as de lu c h a a rm a d a d e las m asas» .50 La c u lm in a c ió n d e e ste p ro c e so d e re o rg a n iz a c ió n o rg á n ic a y d e re a rtic u la c ió n de vínculos con el m o v im ien to d e m a sa s e stá d a d a p o r el Plan 78 -O p e ra c ió n R e to rn o - iniciativa táctica que a p u n ta b a a fo rtalecer la e s tru c tu ra m ilita r del p a rtid o con la rein se rc ió n en el p a ís d e cu a d ro s p o lítico -m ilitares p ro v e n ie n te s del exilio, fu n d a m e n ta lm e n te d e C u b a .51 A p a rtir d e e ste c o n tin g e n te se p re te n d ía in ic ia r u n a fase o fe n siv a de accio n ar arm ad o , realizan d o acciones de p ro p ag a n d a a rm a d a y g o lp ean d o o b jetivos m ilitares estraté g ic o s de la d ic ta d u ra .52 E ste n u e v o d is e ñ o e stra té g ic o co in cid e co n la e ta p a d e in stitu c io n a lizació n d e la d ic ta d u ra m ilitar. El MIR e sta b le ció en su an á lisis d e la situ a c ió n p o lítica q u e el itin e ra rio tra z a d o p o r la d ic ta d u ra , a p a rtir del d iscurso p ro n u n ciad o p o r P in o ch et en el cerro Chacarillas de S an tiag o (9 50. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «La resistencia grem ial y sindi­ cal no es suficiente para derrocar la dictadura». En: El Rebelde, n.° 126: Santiago de Chile (abril d e 1977), pág. 10. 51. El Plan 78 ha sido am p liam en te analizad o p or Julio Pinto Vallejos. «¿Y la historia les dio la razón? El MIR en dictadura, 1973-1981». En: Su revolución contra nuestra revolución. Izquierdas y derechas en el Chile de Pinochet (1973-1981). Ed. p or Verónica Valdivia, R olando Álvarez y Julio Pinto Vallejos. S antiago de Chile: LOM Ediciones, 2006, págs. 179-193; y Rodrigo Barros y H éctor Rodríguez. Plan 78: El MIR y su caída fin a l. 2004, rep o rtaje en p ro fu n d id ad p a ra o p ta r al títu lo d e Periodista, Escuela de Periodism o, U niversidad de Santiago de Chile, S antiago de C hile, 2 004, págs. 108-128; una visión crítica d e este proceso en Enrique Pérez. La búsqueda interminable. Diario de un exiliado político en Suecia. S antiago de Chile: M osquito Editores, 1996, págs. 203-219. 52. A ndrés Pascal Allende. «“N eltum e es un paso. El objetivo: la guerrilla p e rm a n e n te en los cam p u s”, entrevista al secretario general del MIR, A ndrés Pascal Allende». En: Revista Punto F inal: Santiago de Chile (1 9 8 1 ). (En la clan­ d e stin id a d ); y G arcía N aranjo, Historias derrotadas. Opción y obstinación de la guerrilla chilena (1 9 6 5-1988), págs. 225-234. 223

Igor Goicovic D onoso

El o b jetiv o fu n d a m e n ta l de este d iseño era d e sa rro lla r el p o d e r político y m ilita r d e la c la se o b re ra y el p u e b lo p a ra d e r r o ta r a los e n e m ig o s ele clase y c o n c re ta r su s objetivos históricos. En ese c o n te x to , la p ro p ag an d a a rm a d a se co n v e rtía en el nexo e n tre la situ ació n de las fu e rz a s populare-, y la o rie n ta c ió n e stra té g ic a .58 A com ienzos de 1979 las p rim e ra s accione*, o fen siv as d e p ro p a g a n d a a rm a d a c o m e n z ab a n a se r re iv in d ic a d a s p o r el MIR, «La p re s e n c ia d e la re siste n c ia a rm a d a h a s id o u n h e c h o p o lític o q u e n o ha p o d id o o c u lta r la d ic ta d u ra y su s m e d io s de co m u n ica c ió n , a p e sar de que h an tra ta d o de te rg iv e rsa rla s. Las b o m b as al SERVIU, la S ecretaría N acional de la Ju v e n tu d , ALMAC, B a n co C hile, EMOS, al M in istro P iñ e ra , C h ile c tra e n S an B e rn a rd o d u ra n te el m es d e fe b re ro , d e m u e s tr a n q u e la p r o p a g a n d a a rm a d a es u n a fo rm a e fe c tiv a d e lu c h a y p ro p a g a n d a . La P ro p a g a n d a A rm a d a d a c o n fia n z a a las m asas, diversifica la rep resió n de la d ic ta d u ra y p re p a r a a los p rim e ro s c o n tin g e n te s de la resisten cia p a ra el d e s a r ro llo d e la g u e rra p o p u la r p ro lo n g ad a c o n tra la d ic ta d u ra » .59 A ese efecto los esfuerzos del MIR se co n c e n tra ro n e n el fo rtalecim ien to d e la E s tru c tu ra d e F u erza C e n tra l, el p rin c ip a l n ú c le o e sp e cia liz a d o d e c o m b a tie n te s d e l p a rtid o . Para ello se re c lu tó a lo s m ilita n te s que se e n c o n tr a b a n e n el ex ilio y q u e m a n ife sta ro n m e jo r d is p o sic ió n para to de Iz q u ie rd a R evolucionaria. Tesis program áticas y estratégicas. S an tiag o de Chile, 1982; para el análisis de este diseño estratégico y la influencia del contexto in te rn ac io n al (V ietnam y N icaragua) sobre el m ism o, véase R obinson Silva Hi­ dalgo. «Aproxim ación histórica sobre el M ovim iento de Izquierda Revolucionaria (MIR), la violencia política y la movilización social en la refundación capitalista de Chile (1978-1982)». Tesis de lie. Concepción: D epartam ento d e C iencias Históri­ cas, Universidad de Concepción, 2006, págs. 20-29; y José A ntonio Palm a Ramos. «Violencia política, e strateg ia político-m ilitar y frag m en tació n p a rtid a ria en el M ovim iento de Iz quierda Revolucionaria (MIR) en Chile: 198 2 -1 9 8 8 . La guerra popular de la vanguardia tlel pueblo». Santiago de Chile: D epartam ento de Histo­ ria y G eografía, U niversidad M etropolitana de Ciencias de la E ducación, 2009. M em oria p ara o p tar al Título de Profesor de Historia, G eografía y Educación Cívi­ ca, págs. 113-129; la preocupación por la experiencia revolucionaria de Vietnam se en cu en tra con ten id a en el texto del dirigente m irista Pedro N aranjo. Vietnam: Experiencias y enseñanzas. Santiago de Chile: Ediciones R esistencia, 1990. 58. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «La p ro p a g a n d a a rm a d a: Un eslabón actual hacia la guerra popular». En: El Rebelde, n.° 146: Santiago de Chile (1 9 7 9 ), pág. 11. 59. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «Editorial». En: El Rebelde, n." 146: Santiago d e Chile (febrero de 1979), pág. 5.

22U

Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda R e v o lu c io n a ria .. .

Ifrin te g ra rs e a las ta re a s p o lítico -m ilita res e n el fre n te in te r n o .60 E s to s , Iras u n p ro c e s o de fo rm a c ió n m ilita r en C uba, e ra n r e in s ta la d o s c l a n ­ d e stin a m e n te e n el país. A p a rtir d e e ste p ro c e so las « ta re a s e s p e c ia le s » [d esp leg ad as p o r la E stru c tu ra d e F u erza C en tral c o m e n z a ro n a a d q u i r i r una cre c ie n te relev an cia. La p rim e ra acción d e e n v e rg a d u ra fue la c o lo cació n d e u n a r t e f a c t o explosivo, el 2 3 d e ab ril de 1 9 7 9 , en las in m e d ia c io n e s d e l c u a rte l d e la C en tral N a c io n a l d e In fo rm a cio n e s (CNI) d e calle S a n ta M a ría e n S an tiag o . En esa o p e ra c ió n p e rd ió la v id a, al in te n ta r d e s a c tiv a r l a bom ba, el te n ie n te de ejército , ad scrito a la CNI, Luis C arev ic C u b illo s.61 C onsternados, los m edios de com unicación adscritos a la d ic ta d u ra , d a b a n cu en ta de esta p rim era acción ofensiva. «D estrozado p o r u n a b om ba de alto p o d er explosivo q u e in te n ­ tab a d esactiv ar y cu a n d o corría con el artefacto p a ra la n z a rlo al lecho del río M apocho, m urió ayer a las 9 horas, en acto d e servicio, el te n ie n te d e l a rm a de in g en iero s del e jé rc ito , Luis C arevic C ubillos, m iem b ro de la C en tral N acional d e In fo rm a ­ ciones (CNI). El oficial y otro s dos esp ecialistas h a b ía n lleg ad o h a c ia escaso s m o m e n to s al lugar, u b ica d o e n A v en id a S a n ta M aría, casi esquin a de la calle López, d o n d e fu n cio n ó u n local de SNS y a h o ra e stá estab lecid o un c u a rte l p re v e n tiv o d e los S ervicios d e S e g u rid a d , a le rta d o s p o r lla m a d o s te le fó n ic o s

■ ■ I I [

I I [ I I

60. Los m ilita n tes q u e se in corporaban a la O peración R e to rn o s u s c rib ía n un com prom iso, que en sus aspectos m ás im p o rta n te s e stab lec ía: «1) R e s p e ta r escrupulosa y co n sc ie n te m en te las norm as de seguridad, c o m p a rtim e n ta c ió n y disciplina que se expresa en los reglam entos elab o rad o s p o r el Partido, p a ra el funcionam iento d e las escuelas de instrucción Político-M ilitar. 2) T rasla d arm e a Chile o a otro país que se me indique, en el m om ento que el P artido lo d e te rm in e , siguiendo fielm ente las instrucciones y ó rd en es que reciba p a ra llevar a c a b o esta o p eració n . 3) L uchar tenaz e in cansablem ente, a costa d e mi vida si fu e se necesario, p ara cu m p lir la línea política del p artido, las ta re a s que d e ella se d e sp ren d a n , y e n particular, la m isión que en el frente de lu c h a se m e a sig n e» . MIR, «Com prom iso», D ocum ento tipo form ulario, m im eo g rafiad o , sin m a y o re s a n te ce d e n te s. La evaluación po r p arte de la m ilitancia d e las « m otivaciones» y «costos» asociados a este tipo de com prom isos, en M a rlen e M artín ez A ngel. «La experiencia política cotidiana de los m ilitantes del M ovim iento de Iz q u ie rd a R evolucionaría (MIR) d u ra n te la d icta d u ra en Chile: M otivaciones, p rá c tic a partidaria y quiebre de la m ilitancia (1973-1988)». Tesis de lie. Santiago d e Chile: D epartam ento d e Ciencias Históricas, Universidad de Chile, 2 0 0 6 , págs. 22-31 y págs. 99-101. 61. Raúl Rettig, ed. Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR). S antiago de Chile: A ndros Im presores, 1996, pág. 1.047. 227

Igor Goicovic D onoso

q u e d iero n c u e n ta d e la p resen cia d e u n p a q u e te so sp ech o so . En un a c to de v a le n tía y h ero ísm o , p ro p io d e C arevic, se g ú n sus jefes y c o la b o ra d o re s, y calificado así p o r q u ie n es p re s e n ­ ciaron el hech o pro v o cad o p o r elem en to s terro rista s, el oficial hizo d e s p e ja r el sec to r e incluso o rd e n ó a su s a c o m p a ñ a n te s q u e le d e ja ra n m a n ip u la r solo el artefacto . M ientras e stu d ia b a la fo rm a d e d e sa c tiv a r la b o m b a , so rp re siv a m e n te la to m ó en sus m a n o s y co rrió con ella in te n ta n d o la n z a rla so b re los m u ro s d el M ap o ch o , se g ú n los testig o s. En e se m o m e n to se p ro d u jo la e x p lo sió n . Q u ien e s le a c o m p a ñ a b a n re s u lta ro n ilesos. El a te n ta d o terro rista fue p la n e a d o con h o ras de a n ticip ació n y v ario s m e d io s in fo rm a tiv o s re c ib ie ro n lla m a d a s e n q u e se alertab a de la próxim a colocación de una b o m b a en un c u a rte l de la CN1 d e S an ta M aría».62n Siete m eses d esp u és, el 24 de noviem bre de ese m ism o añ o , se produce el asalto al cam ió n p a g a d o r del Banco C oncepción que co n cu rría h asta el su p e rm e rc a d o AGAS en el secto r d e M an q u eh u e, e n S an tiag o . La prensa describió con m ucho d e ta lle el desp lieg u e o p erativ o de los «extrem istas». Se tra tó d e u n c o m a n d o fo rm a d o p o r « n u ev e h o m b re s y d o s m u jeres, fu e rte m e n te a rm a d o s» . La c o b e rtu ra m e d iá tic a d a b a a c o n o c e r q u e las a rm a s u tiliz a d a s en el a salto e ra n de o rig en soviético. «Todo em pezó a d esarro llarse cu an d o los e x trem istas lleg aro n al lu g a r en 3 v eh ícu lo s, u n Fiat 125, u n F ia t 28 y u n a c a m io ­ n e ta de colo r blan co . Los indiv id u o s b aja ro n rá p id a m e n te de los v eh ícu lo s y se d irig ie ro n , sin d e s p e r ta r m a y o r so sp e c h a , h a sta c erca d e u n c a rro h e la d e ro -c o n f e c c io n a d o d e C holg u á n - que e stab a a carg o de otro de los m iem b ro s d el g ru p o ex trem ista. Este últim o - a n t e u n a o rd e n v e r b a l- ex trajo del carro varias arm a s larg as de fuego y se las pasó a su s c o m p a ­ ñ ero s d e d elito . De in m e d ia to los a sa lta n te s se d istrib u y e ro n e straté g ica m en te en d istin to s p u n to s del secto r ( . . . ) M inutos d e sp u é s a p a re c ió e n el lu g a r la c a m io n e ta re c a u d a d o r a de valo res del B anco de C oncep ció n . En los in s ta n te s e n q u e la cam io n eta del Banco de C oncepción d etu v o su m a rc h a fren te 62. Equipo de redacción. «Oficial de la CNI». En: El M ercurio: S an tiag o de Chile (24 de abril de 1 9 79), pág. A 1 y pág. A 12; una descripción sim ilar de los hechos en Equipo ele redacción. «Intentaba arrojarla al río M apocho: Bomba extrem ista provocó m uerte de teniente de CNI». En: La Tercera: Santiago de Chile (24 d e abril de 1979), pág. 5. 228

Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda R evolucionaria.

al su p e rm e rc a d o , los e x tre m ista s e m p e z a ro n a d is p a ra r c o n ­ tra el v eh ícu lo y sus o c u p a n te s. Los fu n c io n a rio s p o liciales resp o n d iero n al fuego con sus p ro p ias arm as. A p e sa r del fu e­ go g ra n e a d o , los a sa lta n te s no p u d ie ro n lo g ra r su p ro p ó sito ( . . . ) . A n tes de re tira rse del lu g a r d el fru stra d o a sa lto , los antisociales se desp ren d iero n de una b an d e ra chilena con una le tra R en el cen tro , q u e al p a re c e r p e n sa b a n c o lo c a r e n la fach ad a d el su p erm e rc a d o AGAS».M Iil d e sp lie g u e o p e ra tiv o d e los m irista s so rp re n d ió a los efectiv o s policiales y a los g u a rd ia s d e se g u rid a d d el B anco d e C o n c e p c ió n , los cuales no fu e ro n cap aces d e re p e le r el a salto . E ste tip o d e acc io n es se hicieron h a b itu a le s a p a rtir de e ste m o m en to , d a d o s los in g e n te s g asto s que rep o rtab a a la organización la m an ten ció n de cu ad ro s p ro fesio n ales y clandestinos. En esta últim a acción p erd ió la vida el cabo de ca rab in ero s Hruno B urdiles V argas.w Así d escribió La Tercera el o p e ra tiv o del MIR. «Todo p a re c ía n o rm a l c u a n d o de p ro n to se a c e rc ó h a s ta el lu g a r u n h u m ild e v e n d e d o r de h e la d o s Bresler, en su re sp e c­ tivo triciclo. S o rp re siv a m e n te el h o m b re d el triciclo a b rió la ta p a d e la caja y ex tra jo d e allí u n a m e tra lle ta . En ese m ism o in s ta n te b ajab a d e la c a m io n e ta , en p rim e r té rm in o , el cabo B urdiles, que to m ó la posición co n v en id a , en la p arte tra s e ra , p a ra la c o rre sp o n d ie n te p ro tec c ió n . E n tre ta n to , los dos recau d ad o res e n tra b a n al su p erm e rc ad o p a ra rec o g e r los v alo res, m ie n tra s el cab o O jed a ta m b ié n to m a b a su lu g a r en la p a rte d e la n te ra . In m e d ia ta m e n te el h o m b re d e l triciclo c o m e n z ó a d is p a ra r su m e tra lle ta , a p u n ta n d o so b re el c a b o B urdiles que in ten tó c o n te sta r el fuego. Testigos p resen ciales s e ñ a la ro n q u e el po licía fu e v irtu a lm e n te a c rib illa d o p o r el an tiso cial. En ese in s ta n te u n a m ujer, del g ru p o a ta c a n te , se ap roxim ó con u n a pistola y, a p a re n te m e n te , ta m b ién d isp aró . O tras balas, de esta pistola, diero n en el cabo O jeda, q u ien , al recibir los im pactos en los a n teb razo s, q u ed ó co m p le ta m e n te im p o sib ilitad o de re p e le r el a ta q u e » /’5 63. Equipo d e redacción. «C arabinero m urió acribillado. S an g rien to asalto extrem ista». En: El Mercurio: Santiago de Chile (25 de noviem bre de 1979), pág. A 1 y pág. A 12. 64. Rettig, Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR), pág. 1.048. 65. Equipo de redacción. « Intentaron ro b a r c am io n eta d e un banco: Un carabinero m uerto y otro gravem ente herido dejó atraco de com ando extremista». En: La Tercera: Santiago de Chile (25 de noviem bre de 1979), pág. 29. 229

Igor Goicovic D onoso

U n a d e las a cc io n e s m ás e sp e c ta c u la re s d e sp le g a d a s p o r el MIR en e ste p e río d o fu e el trip le a sa lto b a n c a rio (11 d e a b ril d e 1 9 8 0 ), que a fe c tó a las s u c u rsa le s d e los b a n co s C o n cep ció n , d e C h ile y d e C rédito e In v e rsio n e s, e n la in te rse c c ió n d e las c alles S a n ta E le n a y R od rig o de A raya en la co m u n a d e Ñ u ñ o a en S antiago. En esta o p e ra c ió n p articip aro n v ario s g ru p o s d e c o m b a te d e l MIR q u e in te rv in ie ro n c o o rd in a d a m e n te , re d u je ro n al p e rso n a l ad m in istra tiv o y de se g u rid ad y se d ie ro n a la fuga con un b o tín d e 28 m illo n es de pesos y 1 5 .0 0 0 d ó la re s.66 A fines del m es d e a b ril de 1 9 8 0 o tro c o m a n d o d e l M IR llevó a cabo u n a te n ta d o c o n tra la d e n o m in a d a «L lam a d e la L ib e rta d » , in a u g u ra d a p o r la d ic ta d u ra m ilita r e n 1 979 y e m p la z a d a o rig in a lm e n te e n el cerro S a n ta L ucía en la c iu d a d d e S an tiag o . El o b jetiv o e ra c o lo c a r u n a carga ex p lo siv a q u e d e s tru y e ra el m o n o lito e n la q u e e sta se u b ic a b a y de esa m a n e ra e x tin g u irla . La acció n no fru ctificó; n o o b s ta n te se p ro d u jo un e n fre n ta m ie n to a rm a d o con su cu sto d io , el c a ra b in e ro H e rib e rto Novoa E scobar, q u e p e rd ió la v id a en los h e c h o s.67 A nte la m u e r te d el u n ifo r­ m a d o , el d ir e c to r g e n e ra l de C a ra b in e ro s d e la é p o ca , C e sa r M en d o za D u ran , d ecla ró , «Este es un hech o lam e n ta b le y está in d ican d o que el te rro ris­ m o e stá v ig en te en Chile. Esto nos o b lig ará a to m a r d rá stic a s m ed idas. Hoy fue u n carab in ero , m a ñ a n a p u ed e s e r u n oficial y lu eg o fam ilias e n te ra s. Esto se acab ó en C hile. S e to m a rá n to d as las m e d id a s p a ra e v ita r que el te rro rism o se a sie n te en n u e stra p a tria p a ra que no se rep itan las escen as q u e a d iario se v en en o tra s p a rte s d e l m u n d o . No p o r los m a l lla m a d o s D erech o s H u m a n o s se va a p e rm itir q u e v io le n tista s o te r r o ­ ristas v en g an a h a c e r de las suyas en este país: p rim e ro e stá n los D erechos H u m an o s, p rim ero está n u e stro d e b e r p o r v e la r p o r la p az y seg u rid a d de todos, d esp u és v ien en los D erechos H u m an o s» .68 66. Equipo de redacción. «En 15 m inutos, com ando se llevó 30 m illones: A lo “Misión Im posible” fue asalto a tres bancos». En: La Tercera: Santiago de Chile (12 de abril de 1980), págs. 44-45; y Equipo de redacción. «Acción sim ultánea en sucursales bancarias: extrem istas obtienen botín de S28 m illones en tres asaltos». En: El Mercurio: S an tiag o d e Chile (12 de abril de 1980), pág. A 1 y pág. A 14. Un seg u n d o a salto afectaría a estas m ism as e n tid a d es fin an cieras en ju lio de 1980. Estas acciones pusieron de m anifiesto la capacidad operativa del MIR, y las debilidades en el sistem a de seguridad pública de la dictad u ra militar. 67. Rettig, Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVIl), pág. 1.049. 68. Equipo de redacción. «Enérgicas m edidas para c o m b a tir el terrorism o». En: La Tercera: Santiago de Chile (12 de abril de 1980), pág. 6. 230

Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda Revolucionaria.

A m e d ia d o s d el mes de ju lio d e 1980 se llevó a cabo la ejecu ció n del d irecto r de la escuela de in teligencia del ejército, coronel de ejército R oger Vergara. El m ilitar, identificado com o uno de los p rin cip ales resp o n sab les de la CNI, fu e em boscado p o r u n c o m a n d o d el MIR e n la in te rse c c ió n de las calles M an u el M ontt co n P u y e h u e , e n la c o m u n a d e P ro v id e n c ia, S a n tiag o . La relevancia d e l m ilita r p u so en e v id e n c ia la v u ln e ra b ilid a d de los m a n d o s d e los a p a ra to s de se g u rid a d y co n stitu y ó , n u e v a m e n te , un d u ro g o lp e p a ra la d ic ta d u ra .69 La ju stific a c ió n de la acció n q u e d ó p lasm ad a en el órgano oficial del MIR. «No es casualidad q u e e ste c o ro n e l fu ese d ire c to r d e in te li­ g en cia del ejército, carg o q u e o c u p a n sólo p e rs o n a s d e g ra n co n fia n z a d e la d ic ta d u ra . Y V erg ara su p o g a n a rs e la c o n ­ fian za d e Pinochet p u e s d u ra n te el g o b ie rn o d el p re s id e n te S alv ad o r Allende fue un activo p ro m o to r del golpe en las filas d e las fu erzas arm ad as. C o n su m a d o el d e rro c a m ie n to del G o b ie rn o Popular, se d e sta c ó p o r su celo re p re siv o a ra íz d e lo cu al fue prem iado con la m e d a lla “11 d e S e p tie m b re ”. Su b u e n a disposición p a ra re p rim ir al p u eb lo y e n s a n g re n ta rs e las m an o s en defensa de los in terese s del cap ital m o n o p ó lico y de sus generales aliad o s, llevo a q u e fuera in te g ra d o al g ru ­ po d e oficiales que d e sd e la DINA-CNI, in v e stig a c io n e s y los a p a ra to s d e inteligencia de las fuerzas arm ad a s y C arab in ero s d irig e n las o p eracio n es re p re siv a s c o n tra el m o v im ie n to d e m asas y las fuerzas d e m o crá tic as» .70 El a ñ o 1 9 8 0 concluyo c o n o tro trip le a sa lto b a n c a rio (3 0 de d ic ie m ­ b re ), e sta v ez c o n tra las su c u rsa le s los b an c o s de C o n ce p ció n , d e C hile y d e T alca en Irarrázav al y Jo sé P ed ro A lessan d ri. En e s ta o p o rtu n id a d tres c o m a n d o s d el MIR, « B au tista Van S ch o w en » , « D a g o b erto P érez» y «A ugusto C arm ona», integ rad o s p o r m ás de 30 m ilita n te s, 9 de ellos v es­ tidos con uniform es de c arab in ero s, co p aro n las tres su cu rsales b a n c a d a s y p ro c e d ie ro n a ex p ro p iar m ás d e 30 m illo n es d e p e so s.71 D u ra n te el es69. Rettig, Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR), pág. 1.049; tam bién Equipo de redacción. «Cobarde acción dejó tam bién herido a c h ofer-S argento del oficial. E xtrem istas asesinan a C o m an d an te del Ejército». En: La Tercera: Santiago de Chile (16 de ju n io de 1980), págs. 4-9; y Equipo de redacción. «Fue am etrallado en su autom óvil Oficial de Inteligencia asesinado por extrem istas». En: El Mercurio: Santiago de Chile (16 de julio de 1980), pág. A 1 y pág. A 20. 70. M ovim iento de Izquierda Revolucionaria. «Los crím enes se pagan». En: El Rebelde, n.° 165: Santiago de Chile (agosto de 1980), pág. 14. 71. E quipo d e redacción. «S angriento a tra co e x trem ista a sucursales de Irarrázabal y Macul. Asaltados tres bancos: 2 carabineros m uertos». En: La Tercera: 231

Igor Goicovic Donoso

p c c ta c u la r asa lto se p ro d u jo un vio len to e n fre n ta m ie n to con carab in ero s en el cu al p e rd ie ro n la vida los fu n cio n ario s W ash in g ton G odoy Palm a y D aniel Leiva G o n z á le z .72 D u ran te el añ o 1981 las acciones m ás esp ectacu lares d e sa rro lla d a s por el MIR fueron la ejecu ció n a tiros en la co m u n a de S an M iguel, S antiago (6 d e ju lio ), del a g e n te de la CNI C arlos T apia B a rra z a 73 y la em b o scad a (18 de noviem bre) en la q u e p e rd iero n la vida tres a g en tes de la Policía de Investigaciones, q u e cu sto d iab an la casa del g en eral de ejército, Santiago S inclair, en la c o m u n a d e P ro v id e n cia , ta m b ié n e n la c a p ita l d el p a ís.74 R especto d e la ejec u ció n de C arlos Tapia B arraza el MIR in fo rm ó , «La o rd e n e m a n a d a de un T ribunal P o p u lar exigía la e lim in a ­ ción de C arlos Tapia. Este su jeto cum p lía “la b o re s” de je fe de perso n al de la DINA-CNI, es decir, se e n carg ab a de a d ie s tra r a su “p e rso n a l” en las técnicas de to rtu ra p a ra lo cual ten ía u n a ex ten sa ex p erien cia p ráctica. Era un fu n cio n ario d e alto nivel d e n tro del a p a ra to represor. A dvertido p o r la resisten cia sobre su s c rím e n e s in te n tó e lu d ir la ju s tic ia p o p u la r o c u ltá n d o s e tra s la im ag e n d e u n “h o m b re b o n a c h ó n , d e tr a to a m a b le y d e fe r e n te ” e n tre su s vecin o s. Ni el p o d e r ni (la p ro te c c ió n a rm a d a qu e tenía pud o im p ed ir que se cu m p liera la sen ten cia d e m u e rte » .75 S antiago de Chile (31 de diciem bre de 1980), págs. 42-43 y pág. 52; y Equipo de redacción. «Acción extrem ista en sector Irarrázabal: dos carabineros m uertos en asalto a tres bancos». En: El Mercurio: Santiago de Chile (31 de diciem bre de 1 980), pág. A 1, A 16 y pág. C 2. 72. Rettig, Informe cte la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR), pág. 1.050; y Equipo de redacción. «Tres bancos expropiados». En: El Rebelde, n.u 170: S antiago de Chile (enero de 1981), pág. 9. 73. 1.050-1.051 Rettig, Inform e de la Comisión Nacional de Verdad y Recon­ ciliación (CNVR); otros a n te c e d e n te s en Equipo de redacción. «Lo acribillaron a sa n g re fría en la p u e rta de su casa: E xtrem istas a se sin aro n a un A gente de la CNI». En: La Tercera: S antiago d e Chile (1 9 8 1 ), págs. 3 6-37; y Equipo de redacción. «A tentado terro rista: asesinado a tiros m iem bro de la CNI». En: El Mercurio: Santiago de Chile (7 de julio de 1981), pág. A 1 y pág. A 12. 74. 1.051 Rettig, Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR); Equipo de redacción. «Tendieron cobarde tram pa frente a casa del Gene­ ral Sinclair: a m e tra lla n y m atan a tres detectives». En: La Tercera: S antiago de Chile (19 de noviem bre de 1981), pág. 5, 52-53 y pág. 60; Equipo de redacción. «Frente a dom icilio de jefe del Estado Mayor Presidencial: asesinados tres detecti­ ves». En: El Mercurio: Santiago de Chile (19 de noviem bre de 1981), pág. A 1, A 16, C 1 y pág. C 7. 75. M ovim iento de Izquierda R evolucionaria. «La ju stic ia p o p u lar actúa. O rden del tribunal». En: El Rebelde: Santiago de Chile (agosto de 1981), pág. 9. 232

Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda Revolucionaria.

E ste im p o rta n te nivel d e d e sa rro llo d e l a c c io n a r o p e ra tiv o d e la Es­ tru c tu ra de Fuerza C entral del MIR e stu v o a c o m p a ñ a d o p o r u n creciente grad o de in terv en ció n de las m ilicias de la resisten cia po p u lar. Los sa b o ­ tajes al te n d id o d el a lu m b ra d o p ú b lic o , así c o m o los c o rte s de v ías d e co m unicación a través del le v a n ta m ie n to d e b arricad as, la colocación de arte facto s explosivos, el ray ad o de co n sig n a s a n tid ic a to ria le s y el uso de b o m b as m o lo to v en las m a n ife sta c io n e s, se c o m e n z a ro n a to rn ar h a b i­ tu a le s. D e la m ism a m a n e ra , la c a p tu ra d e v eh íc u lo s d e tra n sp o rte de a lim e n to s y la p o s te rio r d istrib u c ió n d e los m ism o s e n las poblaciones p o p u la re s d e S a n tia g o , C o n cep ció n , V a lp araíso y V iña d el Mar, g e n e ró un im p o rta n te g ra d o ad h e sió n d e los p o b la d o re s al a c c io n a r de la re sis­ ten cia. P ero ta m b ié n se in c re m e n tó el a c c io n a r re p re siv o . La d ictad u ra, cu e stio n ad a en uno de sus soportes fu n d a m e n ta les (la p olítica represiva), colocó en el MIR su aten c ió n p referen te. M ás de 20 m ilitan tes resultaron m u ertos en el tran scu rso del bienio 1 9 8 0 -1 9 8 1 , en en fren tam ien to s a rm a ­ dos, reales o sim ulados. La m ay o ría d e ellos p e rte n e c ía n a los com andos e sp e c ia liz a d o s d e la o rg a n iz a c ió n . O tro s re s u lta ro n d e te n id o s y fu ero n o bjeto de largas co n d en as a prisión d icta m in a d a s p o r trib u n ales m ilitares. Uno d e los co m p o n en tes fu n d am e n ta les de la d e n o m in a d a O peración R e to rn o e ra la in sta la c ió n d e dos fre n te s g u e rrille ro s e n la zona s u r de C hile; u n o en la C o rd illera d e N a h u lb u ta , en las p ro x im id a d es d el con u rb a n o in d u s tria l C o n cep ció n -T a lca h u a n o y d e la c u e n c a carb o n ífera d e L ota y C o ro n el y el o tro al in te rio r d e V aldivia, e n las cercan ías d el C o m plejo M a d e re ro y F o restal d e P an g u ip u lli, u n a d e las áreas e n las cuales el MCR h ab ía ex p erim en tad o un alto grad o de a sen tam ien to an tes del g o lp e d e E stad o d e 1973. De h ech o , e n e sta se g u n d a zo n a, se h ab ía p ro d u c id o , el 11 d e se p tie m b re de 1 9 7 3 , u n a sa lto al re té n de c a ra b i­ n e ro s d e N e ltu m e , e n c a b e z a d o p o r el d irig e n te d el MIR, Jo sé G regorio L iendo V era, p o ste rio rm e n te fu silad o p o r las a u to rid a d e s m ilitares.76 La in sta la c ió n d e esto s fre n te s se re la c io n a b a de m a n e r a d ire c ta co n las d e fin ic io n e s e stra té g ic a s d el p a rtid o , ya q u e se tr a ta b a d e c o n ta r con fu e rz as m ilita re s p e rm a n e n te s c a p ac e s d e d is p u ta rle al E stad o b u rg u é s el c o n tro l te rrito ria l d e d e te rm in a d a s z o n a s d el p aís. Ello c o n sid e ra b a , a d e m á s, la c o n fo rm a c ió n d e un te rrito rio d e rep lie g u e p a ra los cu a d ro s u rb a n o s y d e fo rm ació n d e un m o v im ie n to d e m a sa s ru ra l q u e fu era am p lian d o la fuerza social rev o lu cio n aria.77 La ex p erien cia de la escu ad ra 76. Al resp ecto véase Raúl N úñez. «Sujeto y c o m u n i d a d . R e c onstrucción histórica de N eltum e y del Com plejo M aderero Panguipulli, a p a rtir de la His­ toria de Vida de Jo sé G regorio Liendo Vera, 1965-1973». Tesis de líe. O sorno: D epartam ento de Ciencias Sociales, Universidad de Los Lagos, 2003. 77. Sobre este tem a véase Pascal Allende, «“Neltum e es un paso. El objetivo: la guerrilla p e rm a n en te en los cam pos”, entrevista al secretario general del MIR, 233

Igor Goicovic Donoso

e x p lo ra to ria in s ta la d a en la z o n a d e N eltu m e fue d e sa s tro s a . D enuncia d os p o r los c a m p e sin o s de la reg ió n (o b jeto d e u n fu e rte a m e d re n to poi p a rte de los o rg a n ism o s d e s e g u rid a d y de los h a c e n d a d o s d e la zonm los g u e rrille ro s fu ero n p rim e ro d e te c ta d o s y p o ste rio rm e n te ejecutado» en u n a m a n io b ra c o m b in a d a d el ejé rc ito y la CNI. En las accio n es di cerco y a n iq u ila m ie n to p e rd ie ro n la vida, e n tre se p tie m b re y o ctu b re il< 1981, n u ev e c o m b a tie n te s del MIR, e n tre ellos el líd er del g ru p o , Miguel C ab rera F ern á n d ez (P a in e ).78 Los aco n te c im ien to s de N eltu m e obligaron a la d irecció n del MIR a re n u n c ia r al objetivo y d e sac tiv a r el proyecto de in s talació n en N a h u elb u ta . Las o p e ra c io n e s d e la E stru c tu ra d e F u e rz a C e n tra l d el M IR exper í m e n ta ro n u n e v id e n te d e c re c im ie n to a p a rtir d e 1 9 8 3 . El fra ca so de l.i in s ta la c ió n d e l c o n tin g e n te g u e rrille ro e n N e ltu m e y los fu e rte s golpe1, re p re siv o s so b re la F u e rz a C e n tra l m e rm a ro n c o n s id e ra b le m e n te la c¡i p a c id a d o p e ra tiv a del g ru p o . De e sta m a n e ra , c u a n d o se in a u g u ra l;i in su rrecció n g e n e ra l del cam p o popular, a p a rtir d e las p ro te sta s del año 1983, el d e sta ca m e n to m ilitar del MIR y con ello su p rincipal contingenie o rg á n ic o ya se e n c u e n tra p rá c tic a m e n te d e s m a n te la d o . N o o b stan te, la e v a lu a c ió n re a liz a d a p o r el MIR re s p e c to d e l P lan 78 y d e su fase te m p ra n a d e im p le m e n ta c ió n e ra positiva. « E fectiv a m e n te e n tre 1 9 7 8 y 1 9 8 2 c o m e tim o s e rro re s, y a l­ g u n o s m u y g rav es c o m o lo d e m u e s tra n los re v ese s su frid o s

A ndrés Pascal A llende»; tam b ién MIR, JV Congreso Nacional del MIR. Balana' histórico del MIR y su lucha revolucionaria, págs. 57-58; y M ovim iento de Izquier da R evolucionaria. «N eltum e. Una guerra invencible». En: El Rebelde, n.° 183: S antiago de Chile (febrero de 1982), págs. 15-19. 78. El testim o n io m irista sobre los aco n tecim ien to s d e N eltum e en Comité M em oria N eltum e, ed. Guerrilla en Neltum e: una historia de lucha y resistencia en el sur chileno. S antiago de Chile: LOM Ediciones, 2003; la prensa de la época cubrió a m p liam en te los acontecim ientos d e N eltum e; véase al respecto Equipo de redacción. «En seis enfrentam ientos: siete guerrilleros a batidos en Neltume». En: El M ercurio: S antiago de Chile (24 de sep tiem b re de 1 9 8 1 ), pág. A 1 y A 16; Equipo de redacción. «Al interior del N eltum e: ab atid o a tiros jefe de grupo guerrillero». En: El Mercurio: Santiago de Chile (17 de octu b re d e 1981), pág. A 1 y A 20; Equipo de redacción. «En N eltum e: g u errillero s te n ía n arm as an titan q u e s» . En: El Mercurio: Santiago de Chile (25 de noviem bre de 1981), D ocum ento Anexo; Equipo de redacción. «Poseían m oderno arm am ento y habían ingresado c la n d estin a m e n te a Chile: los 7 m u erto s de N eltum e e ra n peligrosos miristns». En: I.a Tercera: Santiago de Chile (24 de septiem bre de 1981), págs. 4-5; Equipo de redacción. «Escaparon m édico francés y otros 3 ex trem istas: abatido el je fe de los guerrilleros de Neltum e». En: La Tercera: S antiago d e Chile (17 de octubre de 1981), pág. 5. 234

Pueblo, conciencia y fusil. El M ovim iento de Izquierda Revolucionaria.

a p a rtir

d e 1981 e n el te rre n o m ilitar. Pero e sto s e rro re s n o o p acan un hech o histórico evidente: en 1976 el MIR en Chile hab ía llegado al b o rd e d e su an iq u ilam ie n to o rg án ico , y en el e x terio r im p erab a la desm o ralizació n ideológica y política. El Plan 78 tuvo la v irtu d de p ercibir te m p ra n a m e n te la inversión d e las te n d e n c ia s e n el m o v im ie n to d e m asas y c o n a u d a ­ cia a p ro v e c h a rla s p a ra re to m a r la in iciativ a re v o lu c io n a ria ( . . . ) • N u e stro p a rtid o ab rió , p o r p rim e ra v ez e n la h is to ria d el m o v im ien to p o p u la r ch ilen o , el d e sa rro llo d e la lu ch a a r­ m ad a com o u na form a so sten id a de e n fre n ta m ie n to al E stado b u rg u és» .79 En el ciclo que se in a u g u ra en 1983 y concluye en 1990, las o p erac io ­ nes m ás im p o rta n te s del MIR se inician con la ejecución, el 30 d e a g o sto ilr 1983, del in te n d e n te d e S an tiag o , m ay o r g e n e ra l C arol U rzu a y d e 2 m iem bros de su escolta. U rzua fue el resp o n sab le político de la rep resió n ile las p ro te s ta s p o p u la re s q u e se v erific a ro n e n tre m a y o y a g o sto d e l ‘J83, en su condición de in te n d e n te de la Región M e tro p o lita n a .80 En un c o m u n icad o público, reco g id o e n la p re n sa de la ép o ca, el MIR señ aló , «Está acción de aju sticiam ien to co n tra u n o de los m ás sa n g u i­ n a rio s e x p o n e n te s de la d ic ta d u ra m ilita r d e los m o n o p o lio s fu e e je c u ta d a p o r el c o m a n d o M iguel E n ríq u ez . N in g ú n c ri­ m e n c o n tra el p u e b lo q u e d a rá sin castig o . El p u e b lo tie n e le g ítim o d e re c h o a e m p le a r la v io len cia p a ra c o m b a tir el cri­ m en , el robo y la u su rp a ció n d e los d e re c h o s p o p u la re s» .81 C o m o re p re sa lia p o r la m u e rte de C arol U rzu a, los o rg a n ism o s d e s e g u rid a d d ie ro n m u e rte en S a n tiag o , el 7 de se p tie m b re d e 1 9 8 3 , a los d irig e n te s del MIR y re sp o n sa b le s d e su C o m isió n M ilitar, A rtu ro Villabela A raujo y H ugo R atier N oguera. En los e n fre n ta m ie n to s arm ad o s p e rd ie ro n la v id a, ad e m á s, o tro s tres m ilitan tes de la o rg a n iz a c ió n .82 79. MIR, IV Congreso Nacional del MIR. Balance histórico del MIR y su lucha revolucionaria, pág. 60. 80. Rettig, Informe de la Comisión Nacional de Verdad y Reconciliación (CNVR), pág. 1.051. 81. Equipo de redacción. «Resistencia se adjudicó el crim en». En: La Tercera: S antiago d e Chile (31 de agosto de 1983), pág. 17; una am plia cobertura a esta ejecución en Equipo de redacción. «Por com ando extrem ista: asesinado general Carol Urzúa». En: El Mercurio: Santiago de Chile (31 de agosto de 1983), pág. A 1, A 12, C 1, C 4 y C5. 82. Equipo de redacción. «Son integrantes de un C om ando del MIR: Cayeron asesinos del General Urzúa». En: El Mercurio: (8 de septiem bre de 1983), pág. A 1 235

Igor Goicovic D onoso

M ás a d e la n te el a c c io n a r d el MIR se h izo ep isó d ic o . O tro s g n i| arm a d o s, com o el F re n te P atriótico M anuel R o dríguez (FPM R) y el Cu p iejo M A PU -L autaro, re le v a ro n al MIR e n el p ro ta g o n ism o d e la lu ch l a rm a d a . N o o b s ta n te , el MIR c o n tin u ó re a liz a n d o a lg u n a s acciones ra s p a ra u sa r fusiles livianos, esp e c ialm e n te el A R o s 7 ^ T a m e tra Jla d °c o m en z a d o a funcionar la nueva e stru c tu ra o rea ' ' ^ u a e n te » había d e g u e rra (n o ro rie n ta i, n o ro c c id e n tal, n o rte s u r ó ^ v T 3 ^ C Í n C 0 fren tes de cinco fren tes guerrilleros que o p e ra b a n a f i n n l^ w l y c e n tra ll y h a b ía n p a sa d o a 2 2 d istrib u id o s e n los citar?™ r d e c a d a anterior, ra z o n e s estra té g ica s y fin an cieras, J o ^ C e s * 8 U e rra ' ,S carse en proxim idades de ciu d ad es im p o rta n te s C c o m o ^ ™ ^ 8" u b i‘ B u caram an g a, Cucuta, A rauca, V alled u p a r M edellín r i n c a b e rm eja, e n tre o tra s), en las que buscaban o b te n e r aismn r o n ^ i ? n ta M arta > b arrio s periféricos. te rrito ria l en sus Pese a los avances del ELN e n la c o n so lid a c ió n rí e stru c tu ra organizativa) y del c re c im ie n to e n el o í a n 6 U n , . l d e a r i o Cuna u na im portante disparidad de criterios con el F re n t D ° . Itar' Su^ sistia e n el terren o ideológico, p o r la vigencia d e la r e la c '' ° m ,n 8 ° L ain» ta r>to cristianism o y por los desarrollos prácticos dn i* J° n e,n tre m a rx ism o y co m o p o r la centralización d e las fin an zas^ A d e m T d p ° p u ,ar’ realizad o p o r la organización d e so b re p o n e rse a 1 f r 6 3Í e sfu e rz o so lid an d o una organización n a cio n a l, se le o p o n ? ? g Ir,e n ta c i° n > condescentralizadora, producto de la e stra te g ia d e anc *3 Ja te n d e n c i'a los frentes de guerra articulados a las co y u n tu ra s d eS arro ll° de El propio 11 Congreso tuvo que re c o n o c e r q Ue n o h J h ' reg io n a]esra centralización y disciplina de la o r g a n i z a r a n ? 13 Una v e rd a d edesarrollo de aspectos claves com o el m ilitar, dond* ° ^ d ifíc u lta b a contundencia y capacidad o p erativ a . 19 ’ e S€ esta b a p e rd ie n d o

Poder popular: el proselitismo armado (1989-2005) La fase se inicia con una im p o rta n te d ic n .e v u , j n e ra d a p o r la Corriente de R enovación S o cia lista en™ !™ ^ ELN’ g e ‘ crisis del socialismo entré 1988 y 1 9 8 9 y d e l d e b ? r & Conte* to d e te n u ev a Constitución de 1991. La c o rrie n te p la n te ó ^ P 3 -S P ° r Ja u n a «nueva época» en la que el so cialism o r e t r o c e d í a ^ V? n im íe n to d e pasaba a una etapa de internacionalización reeu h H n r, , caP ltaIlsm o Estim aba tam bién que en C olom bia se v i ^ ü n p e rio d o 17. Entrevista a Rafael en H arn eck er, Unidad que m ulrini; dirigentes de la Unión Camilista Ejército de Liberación a w , ICa‘ entrevis^ a 18. Hernández, Rojoy negro: aproximación a la historiad J t f i j 87' 19. ELN. «Por una tact.ca p ara A r a u c a , Abril de l ^ p t ^ y p á g . 2 6 7.94

Ejército de Liberación Nacional: e n tre las a rm a s ..

m o v im ien to social, d a d o el re p lie g u e d el c a m p e s in a d o y d e l d e sg a s te d rl m o v im ie n to cívico y sin d ic a l. A la p a r se ñ a la b a , q u e m ie n tra s la o lig arq u ía h a b ía c o n fig u ra d o u n n u e v o ré g im e n p o lític o q u e g e n e ra b a rx p c c ta tiv a s y n u ev o s e sp a cio s p o lític o s p a ra la o p o sic ió n , la C o o rd in a ­ d o ra G u e rrille ra S im ón B olívar (CGSB) e s ta b a « h e rid a d e m u e rte » y la g u errilla p e rd ía te rre n o d eb id o la e stra te g ia c o n tra in su rg e n te e x p resa d a rn el p a ra m ilita rism o y la m ilita riz ac ió n de la so cied ad . Para a fro n ta r esta situ ació n , la C orriente p ro p o n ía que se rectificara la rstra te g ia político-m ilitar, las c a ra cterizacio n es de los procesos n acionales f in te rn a c io n a le s, el p a p e l d e la lla m a d a v a n g u a rd ia re v o lu c io n a ria e n ic la c ió n co n las m a sas, así c o m o q u e se c o n s id e ra ra la p o sib ilid a d d e u n a n eg o cia ció n política al c o n flicto . Las co n tra d ic c io n e s e n tre el ELN y la C o rrie n te c o n c lu y e ro n con la s e p a ra c ió n d e los se g u n d o s (u n fre n te g u e rrillero y a lg u n o s p e q u e ñ o s g ru p o s u rb a n o s) y su in c o rp o ra c ió n a la vida civil en ab ril d e 1994. En el III C o n g reso , c e le b ra d o e n ju n io d e 1 9 9 6 , se m a d u r a la id e a de c o n s tru ir p o d e r p o p u lar. E sta e s tra te g ia se d e riv a d ire c ta m e n te d el co n cep to poder de doble cara, im p le m e n ta d o d u ra n te el p a sa d o conflicto in te rn o e n El Salvador. Allí el FMLN e stim u ló la o rg a n iz a c ió n d e las c o m u n id a d e s c a m p e sin a s con el o b je to d e m o s tra r u n p o d e r p a ra le lo e n zo n as co n a m p lio c o n tro l g u e rrille ro . Sin e m b a rg o , a n te la c ru d e z a d e la g u e rra y la im posibilid ad de d e fe n d e r a lg u n as de esas zo n as, o p tó p o r d a rle s le g itim id a d a n te el p o d e r e s ta ta l, p o r lo c u al las o rg a n iz a c io n e s p u d iero n seg u ir sobreviviendo y el F ren te F arab u n d o M artí p a ra la L ibera­ ción N acional (FMLN) siguió e stim á n d o la s com o u n o d e sus a cu m u lad o s en la g u e rra . 20 En el ELN, esa noció n fue a d o p ta d a te n ie n d o co m o b ase c u a tro c rite ­ rios: e n p rim e r lugar, se asu m e q u e el p o d e r p o p u la r d e b e d e sa rro lla rse en las c o n d icio n es d e la g u e rra e in scrib irse d e n tro d e la c o n c e p c ió n d e g u erra p o p u la r p ro lo n g a d a . El ELN co n sid era que su co n cep ció n de GPP no es m ilitarista y q u e tien e com o co lu m n a v e rte b ra l la co n stru cc ió n del p o d e r p o p u lar. S e ñ a la n q u e la G PP d e b e a p o y a rse ta n to en las co n d ic io ­ nes « o b jetiv as d e la lu ch a d e clases» co m o e n la ta r e a de e s tim u la r la creació n de form as de o rg an izació n p o p u la r aju stad a s a las condiciones y fases de la g u e rra . En se g u n d o lugar, se p la n te a q u e la g u e rrilla d e b e se r ta m b ié n c o n s­ tru cto ra y no exclusivam en te d e stru c to ra . Es decir, q u e la actividad m ilitar se c o n sid e ra el eje d e la d e stru c c ió n ; m ie n tra s la co n stru c ció n d el p o d e r p o p u la r se e stim a c o m o el eje d e la c re ac ió n . Se c o n sid e ra b a q u e sólo con la c o m b in a c ió n d e los d o s c rite rio s p o d ía n a se g u ra rse el e q u ilib rio , 2 0 . ELN, El Militante Opina, pág. 85.

295

M ario A guilera Peña

pues si se im pu lsab an so lam en te las tareas de la d estru cció n se co rrería el peligro del aislam ien to de la sociedad y el d e sg aste fre n te al en em ig o , y si d e d ic a b a n to d as las en erg ías a las activ id ad es co n stru ctiv as, se ten d ría el riesgo d e «recibir g ran d es golpes del en em ig o y [de] su m ir a las m asas en la d efen siv a y la d e sm o ralizació n » . A plicando el se n tid o co n stru c tiv o se b u scaría forjar u n a nu ev a sociedad, no com o u n a ta re a p ara iniciar luego de la e ta p a de la g u e rra , sin o com o un p ro ceso q u e d e b e ría c o m en z a rse desd e ah o ra con la persp ectiv a de un «norte socialista ren o v ad o , hum ano, p o p u la r y d e m o c rá tic o » . 21 El te rc e r criterio es el de c o n stru ir form as d e o rg an izació n p o p u la r en una doble vía: d e n tro de la in stitu cio nalid ad , ap ro v e c h a n d o esos espacios p a ra c o m b a tir al «E stado d e sd e sus e n trañ a s» y p a ra tra b a ja r e n función d e los in te re s e p o p u la re s. Y d e sd e lo e x tra in s titu c io n a l o a lte rn a tiv o , g e n e ra n d o n u e v a s form as de o rg an izació n y de p artic ip a c ió n q u e fueran c a m b ia n d o el o rd e n a c tu a l y a n u n c ia n d o la e m e rg e n c ia d e la so cied ad socialista. Por últim o, se p re te n d ía q u e los nuevos « em briones de p o d e r popular» re s c a ta ra n la id e n tid a d re g io n a l y local, se rig ie ra n p o r p rá c tic a s de d e m o c ra c ia d ire c ta y q u e im p u ls a ra n «el v a lo r d e lo c o m u n ita rio en c o n tra del in d iv id u a lism o y el h e g e m o n ism o b u rg u é s » . 22 En ú ltim a s, se asp irab a a q u e estos se co n stitu y e ra n en m o d elo s de u n a n u ev a sociedad q ue a n te la crisis de valores, la « corrupción g e n e ra liz a d a y la p érd id a del valo r de la p alab ra» c o n stru y an «los v alores de la h o n ra d e z , p ersistencia, cooperación, so lid arid ad , u n id ad , hum an ism o , lealtad , p a trio tis m o .. . ».2:* B asán d o se e n ta les c rite rio s, el ELN p la n te a la p o sib ilid a d d e in te r­ v e n ir e n los ó rd e n e s lo cales a p o y a n d o la e lec c ió n d e a lc a ld e s q u e se c o m p ro m e tie ra n a c u m p lir co n sus p ro g ra m a s, a m a n e ja r con p u lcritu d los recursos públicos, etc. El in te n to de p a rtic ip a r de las adm in istracio n es locales significó el re p la n te a m ie n to de la p o sició n a b ste n c io n ista q u e se h ab ía c o n v ertid o e n un signo de la id en tid ad d e a q u e l g ru p o g u errillero. Los cam b io s p o lítico s d el ELN n o fu ero n en m a n e ra a lg u n a a je n o s a los facto res n a c io n a le s e in te rn a c io n a le s q u e g ra v ita b a n a c o m ie n z o s de la d écad a p asad a. En efecto, d e n tro del ELN se reco n o cía q u e las refo rm as al Estado, com o la elección p o p u la r de alcaldes, la rev o cato ria del Congreso, la A sam blea N acional C o n stitu y en te y la C o nstitución de 1991, si bien no h a b ía n re s u e lto los p ro b le m a s d el país, h a b ía n g e n e ra d o u n a sen sació n de cam bio en las am p lias m ayorías de la población. A nte esa re a lid ad , se p la n te a b a q u e h a b ía q u e re p e n s a r las e s tra te g ia s a ñ n d e re c u p e ra r los 21. ELN, s. f.c: pág. 16. 22. ELN. «Cristianism o revolucionario». En: Borradores de las ponencias pan i el I Congreso de La UC-ELN: (n /d ), pág. 112. 23. ELN. s. f.c, pág. 18. 296

Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

terren o s p erd id o s y reco n q u istar de n uevo la sim p atía p o r las p ro p u e sta s d e la in su rg e n c ia . U no d e los m iem b ro s d e la d irec c ió n n a c io n a l en ese e n to n c e s, Pablo T ejada, se ñ a la p o r e jem p lo q u e el re c o n o c im ie n to d e esas re a lid a d e s no equivalía a n e g ar la lu ch a a rm a d a , sin o a c o m p re n d e r la n ec e sid a d de «afinar la p ro y ecció n p o lítica d el m o v im ie n to a rm a d o y ( . . . ) la u tilizació n táctica o c o y u n tu ra l» d e los e sp acio s in stitu c io n a le s, p ero su b o rd in a n d o dicho p ro y ecto a la e stra te g ia de g u e rra p o p u la r .24 La crisis del socialism o no era tam poco u n a realid ad a jen a a las nuevas p erspectiv as del ELN. Inscribiendo el d esp lo m e del b lo q u e de países que se o p o n ía al im perialism o d en tro de un n uevo p erío d o de «contrarrev o lu ció n d e c a rá c te r m u n d ial» , esa o rg a n iz a c ió n c o n tin ú a c re y e n d o en su u to p ía rev o lu cio n aria a través de los q u e co n sid era sobrev iv ien tes a ese proceso: C hina, V ietn am , C orea d el N o rte y C uba. Países en los q u e e stim a h u b o reaju stes im p o rta n te s en sus diseños económ icos y ex p e rim en tac ió n «con o tros m odelos de socialism o, en los cuales el m ercad o re co b ra in cidencia e n la re g u la c ió n e c o n ó m ic a, la p ro d u c tiv id a d y la eficien cia sin q u e d e sa p a re z c a la p lan ificació n eco n ó m ica ni la p ro p ie d a d so c ia lista com o eje p rin c ip a l » . 25 La crisis del socialism o e n el m u n d o influyó e n la d isc u sió n so b re la a d o p c ió n d e la p o lítica d e in serció n en los e sp acio s in s titu c io n a le s y d e c re a r p o d e re s alte rn o s, p u es d e e ste p ro ceso se e x tra jo co m o co n clu sió n q u e a llí h a b ía n fra c a sa d o «las v a n g u a rd ia s» , p o rq u e e sta s se h a b ía n co lo cad o p o r en cim a d e las m asas y se h a b ía n c o n v e rtid o e n u n a p a ra to b u ro c rá tic o . De tal fracaso se d e sp re n d ía la o b lig a to rie d a d d e im p u lsa r las p rá cticas de p o d e r popular. En d e sa rro llo d e tales c rite rio s, el ELN p ro y e c tó c o n s tru ir el p o d e r p o p u la r a tra v é s d e v ario s in s tru m e n to s : p o r u n la d o , co n la in se rc ió n e n su s z o n a s d e in flu en cia e n la p o lítica lo cal c o n el o b je to d e « a rra n ­ c a r re iv in d ic a c io n e s a la o lig a rq u ía » , 26 e la b o ra r p la n e s d e d e sa rro llo , v ig ila r el cu m p lim ie n to d e los p ro g ra m a s locales y re g io n a le s, fiscalizar el m a n e jo d e los re c u rso s p ú b lico s, e rra d ic a r el c lie n te lism o , id e n tifi­ ca r las « co n trad iccio n es d el o rd e n cap ita lista » y c o n fro n ta r las p o líticas d e d e sc e n tra liz a c ió n q u e b u sc a n d e sc a rg a r al E sta d o « d e la re s p o n sa ­ b ilid a d d e p re s ta r los servicios so ciales (sa lu d , v iv ie n d a y e d u c a c ió n ), im p o sib ilita n d o a la a d m in is tra c ió n m u n ic ip a l e n su d e c isió n p o lítica y m an ejo p re s u p u e sta l, p a ra d a r solución a los c recien tes p ro b le m a s d e la p o b la c ió n » . 27 24. ELN. «Pablo T ejada: salidas posibles». En: El M ilitante Opina, n.° 5: (julio de 1991), pág. 95. 25. ELN. s. f.c, pág. 33. 26. ELN, «Por una táctica para Arauca», pág. 80. 27. ELN. Frente de Guerra Nororiental: una política de poder popular, pág. 70. 297

d a rio A guilera Peña

Por o tro lad o , d e sd e lo que se d en o m in ó lo extrainstitucional, se llam ó i co n fig u ra r v ario s tip o s de o rg an izacio n es: 1.

2

fo rm a s a u to g e s tio n a ria s q u e im p u lse n n u e v o s tip o s d e eco n o m ía con p a rtic ip a c ió n c o m u n ita ria y q u e in c lu y a n «el d e sa rro llo social e n la u tiliz ac ió n de su s beneficios»;

. fo rm a s p o lític a s d e c o n tro l p o p u lar, p a rtic u la rm e n te e n el ám b ito de ju s tic ia (trib u n a le s p o p u la re s);

3. fo rm a s e c o n ó m ic a s q u e p u e d a n e stim u la r el m a n e jo so b e ra n o de rec u rso s n a tu ra le s com o el p etró le o , el ca rb ó n y el o ro ; 4. fo rm a s e c o n ó m ic a s a lte rn a tiv a s q u e p e rm ita n y a s e n ta m ie n to s de c o m u n id a d e s, e n « d esarro llo del “p ro g ra m a a g ra rio ”»; 5. fo rm as de d efen sa, com o las m ilicias, p ara d e fe n d e r los o rg an ism o d e p o d e r p o p u la r; 6

. u n m o v im ie n to d e m asas q u e c a n a lic e la s e x p re s io n e s d e p o d e r p o p u la r .28

En el III C o n g re so se ratifica el e sq u e m a d e la g u e rra p o p u la r p ro ­ lo n g a d a y el id e a l m a rx ista -le n in ista , al d e c la ra r q u e la m e ta final de su lu c h a es «la c o n q u is ta d e la so cie d a d sin clases». Se a firm a rá que el o b jetiv o es u n «E stad o social c im e n ta d o e n la p ro p ie d a d co lec tiv a y social de los m ed io s d e p roducción, en el q u e c ad a cu al a p o rte seg ú n sus c a p a c id a d e s y re cib a se g ú n su s n e ce sid ad es» . S in e m b a rg o , c o m o p a ra m a tiz a r el esq u e m atism o de tales form ulaciones acla rab a n q u e se tra ta de u n socialism o creativ o que p erm ita ex p resio n es de p ro d u cció n cap italista « sujetas a n u e v a s re la c io n e s d e p ro d u cció n » , u n so c ia lism o e n tro n c a d o «con la A m érica L atina m u ltiétn ica y p lu ricu ltu ral y la C olom bia d e regio­ n es y c o stu m b re s div ersas» . Un so cialism o , a s e g u ra b a n , q u e sea cap az d e g a ra n tiz a r m e c a n ism o s reales de p a rtic ip a c ió n , el « a u to g o b ie rn o de la c o m u n id a d » , q u e p u e d a ab rirse al m u n d o « b u sc a n d o u n in te rc a m b io m ás e q u ita tiv o » y q u e re su e lv a « p ro b lem a s e se n c ia le s d e la p oblación». U n ra sg o id eo ló g ic o n o to rio e n el III C o n g reso , o p o r lo m e n o s e n los d o cu m en to s conocidos de ese evento, es la d esap arició n de las referencias al m arxism o cristian o , lo cual de alg u n a m an e ra co incide con la d e sa p a ri­ ción de la sig la UC (U n ió n C am ilista), q u e p re c e d ía las siglas d e l g ru p o g u e rrille ro h a c ia 1 9 8 7 . Tal d e ta lle p u d o h a b e r re fle ja d o c ie rta p é rd id a d e p o d e r d e l s a c e rd o te M an u el P é rez y d el s e c to r in flu e n c ia d o p o r la te o lo g ía d e la lib erac ió n , en fav o r de las te n d e n c ia s m á s o rto d o x a s del m arx ism o d e n tro d e esa o rg an izació n . El III C o n g re so p a re c e a m p lia r los su je to s d e su e n e m is ta d po lítica, al s e ñ a la r co m o o b jetiv o s m ilitares a «la o lig a rq u ía ; las m u ltin a c io n a le s 28. ELN. «IX Pleno de la Dirección Nacional». En: Simacota: (n /d ), pág. 57.

298

Ejército de Liberación N acional: e n tre las a rm a s ..

y los fin an ciad o res d e la g u e rra sucia». C o n tra ellas el g ru p o g u e rrille ro a cu erd a ap licar el secu estro , la extorsión y la trib u ta c ió n forzosa. A sim is­ m o, acordare! c o n tin u a r con el sab o taje a la in fra e stru c tu ra p e tro le ra y a los b ien es d e las em p re sa s a c u sad as de p a tro c in a r el p a ra m ilita rism o . D esd e la p e rs p e c tiv a m ilitar, en e sta fase el ELN lleg a al lím ite d e e x p a n sió n y c re c im ie n to , p re c isa m e n te en los p rim e ro s a ñ o s d e la d é ­ c a d a d el n o v e n ta , p a ra lu eg o in icia r un p ro c eso d e e s ta n c a m ie n to y d e p a u la tin o re tro ceso h asta el m o m en to actu al. El crecim ien to se ad v ie rte , p o r u n lad o , al se g u ir re n o v a n d o su a rm a m e n to in c o rp o ra n d o m o rte ro s y los fusiles FAL. y AK-47, y, p o r el otro , p o r la a m p lia c ió n d e sus fre n te s g u errillero s, p u es e n tre 1 989 y 1991 fu n d a cato rce fre n te s g u e rrille ro s y n u e v e m ás e n tr e 1991 y 1 9 9 7 .29 De m a n e ra q u e sin te n e r e n c u e n ta las e s tru c tu ra s u rb a n a s , el ELN p a sa ría d e c o n ta r co n 2 2 fre n te s e n 1 9 8 9 a 4 5 e n 1 9 9 7 ,30 la m a y o ría fu n d a d o s a c o m ie n zo s de la d é c a d a , c u a n d o la o rg a n iz a c ió n to d a v ía n o h a b ía sido a fe c ta d a p o r la acció n d e l p a ra m ilitarism o , el d e c a im ie n to d e los recu rso s p ro v e n ie n te s de la e x to rsió n p e tro le ra y las lim ita n te s in te rn a s, q u e te n d ía n a fav o re c er el d e sa rro llo de su activ id ad política a n te s q u e la acción m ilitar. Esta fase d e estan cam ie n to m ilitar y de m ay o r ate n c ió n a la activ id ad p o lític a d e la o rg a n iz a c ió n co in cid e co n la re ite ra c ió n d e la p ro p u e s ta d e p a z lig a d a a m ec a n ism o s d e p a rtic ip a c ió n social. El ELN d e jó su re s iste n c ia h is tó ric a a c u a lq u ie r d iá lo g o d e p a z a fin a le s d e los a ñ o s o c h e n ta , c u a n d o p a rtic ip a e n las n eg o c ia c io n e s d e C a ra c a s y T lax cala h a c ie n d o p a rte d e la CGSB, p e ro p e n s a n d o m á s e n la u n id a d d e las g u e rrilla s q u e e n b u sc a r c a m in o s de paz. En 1 9 9 4 , en u n e v e n to m ás m ilita r q u e p o lítico , el XIII P len o d e c o m a n d a n te s , se h a ría u n a d e las p rim era s discusiones de paz en el in terio r del grupo. Ya m a d u ra la idea, en feb rero de 1996, esa organ izació n p lan tea la p ro p u e sta de la C onvención N a c io n a l co m o u n a p o sib ilid a d de in te g ra r a d iv erso s se c to re s so ciales en un diálogo n acional de paz. P o sterio rm en te, las m an ifestacio n es y los a c to s h acia la p a z se h a ría n m ás re ite ra d o s: P re a c u e rd o d el P alacio d e V iana, e n tre el g ru p o g u e rrille ro y el g o b ie rn o , y E n c u e n tro d e P u e rta del Cielo y D iálogos en M angucia (1 9 9 8 ); acu erd o s h u m a n ita rio s (2 000) y p re a c u e rd o s y a c u e rd o p a ra o b te n e r u n a « zo n a d e e n c u e n tro » ( 2 0 0 0 2 0 0 1 ), y lev an tam ien to p o r esa org an izació n de m inas «quieb rap atas» en alg u n o s e sc e n ario s del conflicto (2 0 0 4 ). 29. Para observar el crecim iento de esta agrupación hem os seguido Ja historia del ELN escrita por H ernández, Rojo y negro: aproximación a la historia del ELN, pág. 518 y pág. 629. 30. Las cifras a rrib a citadas de un m ilitante del ELN coinciden las de un in te g ra n te del E jército N acional. Véase Ja v ier C añón N úñez. Vericuetos de la guerra política. Bogotá: Im prenta y Publicaciones de las Fuerzas A rm adas, 1998. 299

M ario A guilera Peña

¿ P o r q u é , a d ife re n c ia d e las FARC, el ELN se e s ta n c a m ilita rm e n te d e sd e com ienzo s de la d écad a del no v en ta? ¿Es acaso u n a razó n suficien­ te p a ra d ich o esta n c a m ie n to la escasa ligazón con el negocio de la droga? ¿ Q u é tie n e q u e v e r el e sq u e m a o rg a n iz a tiv o fe d e ra l e n e sa situ a c ió n ? ¿P or q u é c re e m o s q u e se te n d ió a fav o recer el tra b a jo p o lítico a n te s que el m ilitar? R esp o n d a m o s a tales in te rro g a n te s:

Frentes de guerra y organización federal El e s q u e m a d e g u erra p o p u la r p ro lo n g a d a es c o m p le m e n ta rio con la c re a c ió n d e los fre n te s d e g u e rra y d e las lla m a d a s á re a s e s tra té g i­ c a s , 31 las c u a le s so n un d ise ñ o clav e p a ra e n te n d e r ta n to su e stra te g ia p o lític a -m ilita r co m o su co nfiguración in te rn a de rasgos fed erales. Estas e s tru c tu r a s o rg a n iz a tiv a s, q u e co m o se d ijo su rg e e n el I C o n g re so , no e x p re s a s im p le m e n te u n a v isu aliza c ió n g e o g ráfica o el p re s u n to influjo te r rito ria l d e l g ru p o , es u n a d efin ició n q u e p a rte d e c o n s id e ra r la di­ v e rs id a d c u ltu ra l d el país e sta b le c ie n d o en p rin c ip io cin co id e n tid a d e s reg io n ales en las que la o rg anización busca d esa rro lla r p royectos políticos y m ilita re s. El ELN no só lo rec o n o c ía las id e n tid a d e s y las ex p ec ta tiv a s re g io n ales (lo cu al p asab a p o r la e lab o ració n de d iag n ó stic o s q u e ten ían en c u e n ta la g eo g ra fía , la h isto ria , la eco n o m ía, e tc .), sin o q u e tam b ién la d iv e rsid a d d e e x p erien cias, re la c io n e s y p rá c tic a s d e su s e s tru c tu ra s p o lític a s y m ilita re s in serta s en c a d a reg ió n . Se tr a ta b a e n to n c e s de m ejo rar su cap acid ad de p en etració n in te g ran d o lo político y lo m ilita r en u n a perspectiva regional. Uno de los fren tes m ás d esa rro lla d o s, el Frente d e G u erra N o ro rie n ta l, p o r ejem plo, p la n te a ría c o m o o b jetiv o s «la reali­ zació n d e g ra n d e s jo rn a d a s de m asas, u n a ofen siv a m ilita r c e n traliza d a, la c re a c ió n d e u n a id en tid ad reg io n al y la d e m o c ra tiz a c ió n e n el diseñ o de la po lítica y los planes d e tra b a jo » .32 Los fren tes de gu erra y las áreas estratég icas se co n sid eran los espacios p a ra d e s a r ro lla r la política, con la co n stru c c ió n d e p o d e re s p o p u la re s d e n tr o d e la in stitu c io n a lid a d o p o r fu e ra de ella. Ig u a lm e n te , estas e stru c tu ra s d e b ía n in teg rar el trab ajo político-m ilitar ru ral con el urbano. P ara ello se d isp o n ía , en p rim e r lugar, q u e los c u a d ro s p o lític o s d eb ían g a n a r a sc e n d en c ia den tro de los m ovim ientos sociales u rb an o s, m ien tras q u e a lg u n o s c u a d ro s m ilitares d e b ía n a s e n ta rs e e n b a rrio s p eriférico s 31. El área estratégica es un espacio de disputa y de confrontación que esa organización consideradas im portantes por sus recursos económ icos, políticos y sociales. Varios frentes de guerra pueden a ctu ar en un á re a estratégica. Ambas c u e n ta n con fren te s rurales, frentes urbanos, etc., (véanse figura 10.1 y h ttp : //www. e ln - v o c e s . com /_todo_eln. htm l9). 32. ELN. 1991, pág. 12. 300

Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

p a ra c o n fo rm a r e stru c tu ra s m ilitares. En se g u n d o lugar, q u e los fre n te s d e g u e rra y las á re a s e stra té g ic a s c o lo c a ra n la fu e rza m ilita r ru ra l e n p ro x im id a d e s d e las ciu d a d e s. Y, e n te rc e r lugar, q u e e sta s e s tru c tu ra s p o lítico -m ilitares d e b ía n p ro y e c tarse h ac ia z o n as claves n o só lo p o r sus re c u rso s - n a t u r a l e s , in d u stria le s, in fra e s tru c tu ra d e v ías, e le c tric id a d y c o m u n ic a c io n e s, á re a s fro n te riz a s o c o s t e r a s - sin o ta m b ié n p o r su «explosividad so cial » . 33 De ah í qu e, a co m ien zo s de los a ñ o s n o v e n ta , la D irección N acional p u d ie ra d ec ir q u e c o n ta b a con u n « a c u m u la d o e n el á rea industrial d e M edellín, m etro p o litan a de B ucaram anga, p etro le ra de B a rran cab erm eja y V alledupar, Popayán y C ú c u ta ... » . 3

Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

p e ta rd ism o y los sab o tajes in d iscrim in ad o s y d e sc o n te x tu a liz a d o s de las d in ám icas d e los m o v im ien to s so ciales » .42 La c a m p a ñ a V uelo del Á guila fue la n z a d a a finales de 1 9 9 2 , co n o c a ­ sión de lo que el ELN llam ó los 5 0 0 años de resistencia, indígena, negra y p opular. Se p ro p u so m o stra r la n u ev a a c titu d de d ich a g u e rrilla , re sp o n ­ d e r al p lan de «gu erra integ ral» del p re s id e n te G aviria y a c tiv a r la lu ch a p o p u la r c o n tra el E stad o , c o m b in a n d o el p a ro cívico y el p a ro a rm a d o . Pero, sin d u d a , el principal objetivo q u e se ligaba a las acciones m ilitares, q u e ta m b ié n d e sa rro lló la CGSB, fu e el d e « m e jo ra r la c o rre la c ió n de fu erzas» y g e n e ra r «un salto en el d e sarro llo de la g u e rra p o p u la r » .43 P ara el ELN, la c a m p a ñ a n o significó u n sa lto e n el te r re n o m ilitar. A u n q u e h u b o un alto p o rc e n ta je d e acc io n e s a rm a d a s d e sa b o ta je e c o ­ n ó m ico (o le o d u c to s, buses, to rre s, e m p re sa s m in e ra s d e c a rb ó n y oro, e tc .), obstru cció n de anillos viales y h o stilid ad es en ce rcan ías de alg u n as c iu d a d e s, u n n ú m e ro m u y im p o rta n te d e a c cio n es p ro g ra m a d a s n o se d e sa rro lla ro n p o rq u e las a u to rid a d e s las d e te c ta ro n a tie m p o , p o rq u e la in fo rm a c ió n d e in te lig en cia g u e rrille ra falló o p o rq u e lo s m ilita n te s d e e sa o rg a n iz a c ió n a rg u m e n ta ro n q u e no h a b ía «las c o n d ic io n e s in te rn a s p ara re a liz a rla » .44 En su s e v a lu a c io n e s in te rn a s e sa o rg a n iz a c ió n re c o n o c e ría q u e los c o m b a te s fu ero n d e escasa e n v e rg a d u ra y q u e el 8 0 % de sus m u e rto s y c a p tu ra d o s lo h ab ía sido com o co n secu en cia d e d escu id o s d e la g u errilla (indisciplina, ru tin a , sub estim ació n del en em ig o , etc.) y no a ca u sa d e la eficacia de las au to rid ad es. S eñalaría tam b ién q u e se h ab ía oscilado en tre la in tre p id e z , q u e g e n e ra b a fracaso s, y la « in o p e ra n c ia , p a ra e v ita r los riesgos». Se co n clu ía que, n o o b sta n te q u e la c a m p a ñ a h a b ía significado u n salto e n la cap acid ad d e lu ch a, al co m e n z a r a u sa r m o rte ro s, ram p a s, « cañ o n es p o p u lares» y sob re to d o al g e n e ra liz a r el uso de explosivos, se h a b ía e s ta d o m u y p o r d e b a jo d e los p la n e s in iciales e in clu so se h a b ía p e rd id o el o rg u llo d e h a c e rse re s p e ta r del e n e m ig o e n lo s te rrito rio s c o n tro la d o s p o r e lla .45 Los resu ltad o s de esa escalad a m ilitar y de o tras de m e n o r im p o rtan cia en la d écad a del no v en ta m o straro n las in co n sisten cias d el crecim ien to y d e la e x p a n sió n del ELN. In te n ta n d o u n a je ra rq u iz a c ió n d e los fa cto re s q u e d e te r m in a b a n esa situ a c ió n , a p a rtir d e los p ro p io s a n á lisis de la in su rg en cia , se ñ a le m o s los sig u ien tes: 42. Ibíd., pág. 13 y pág. 18. 43. ELN, Frente de Guerra Nororiental: una política de poder popular, pág. 77; y ELN. «Valoraciones del ‘'Vuelo de Águila”». En: Carta Militante, n.° 23: (m arzo de 1993), pág. 10. 44. ELN, «1 Conferencia Nacional Militar», pág. 23. 45. Ibíd., pág. 30. 307

M ario A guilera Peña

La poca preparación militar y el escaso liderazgo de los jefes militares El c recim ien to del ELN en la p rim era m itad d e la d é c a d a d el n ó v en la y los cam bio s q u e se in tro d u je ro n d e n tro de la o rg an izació n d esb o rd a ro n la c a p a c id a d d e e sta g u e rrilla p a ra re s p o n d e r a la s ex ig e n c ia s d e las m o d alid ad es de lucha. La lim itación m ás n o to ria se ubica en la form ación m ilita r y en m e n o r g ra d o e n la p o lítica. La d e b ilid a d se d e b ió a la in e x iste n c ia d e u n a e sc u e la m ilita r q u e m a n e ja ra e le m e n to s te ó rico s y p rá c tic o s, q u e e n s e ñ a ra «so b re el te rre n o , so b re las a rm a s y so b re el co m b ate » y q u e a p lic a ra las c a p a c id a d e s e n el « a d ie s tra m ie n to , el en fre n ta m ie n to y la in stru cció n » .46 A la falta de esa escuela se le su m a que la n u ev a e stra te g ia p o lítico -m ilitar llevó a q u e m u ch o s cu a d ro s m ilitares e x p e rim e n ta d o s fu e ra n d e stin a d o s al tra b a jo político ; e n o tra s p a la b ra s, las actividad es políticas p areciero n co b rar m ás im p o rtan cia q u e las tareas m ilitares. D eb id o a ta le s fac to res, a los fre n te s g u e rrille ro s, re g io n a le s y c o m ­ p a ñ ía s , y h a s ta la m ism a c o n d u c c ió n n a cio n a l, a c c e d ie ro n g u e rrille ro s sin e x p e rie n c ia y a veces sin c a p a c id a d p a ra a s u m ir la lu c h a a rm a d a . De a h í ta m b ié n las q u e ja s in te rn a s re fe rid a s a la a u se n c ia d e lid e ra z g o e n los c u a d ro s m ilita re s, lo c u al e ra e x p lic a d o u n a s veces p o r la falta d e c a p a c id a d d e c o n d u cc ió n y, e n o tra s, p o r el e fecto q u e h a b ía n tra íd o las críticas a la a n te r io r fase d e l ELN; es decir, p o r la re p ro b a c ió n al m ilitarism o , al v a n g u a rd ism o y al verticalism o . La p o ca p re p a ra c ió n n o fue ta n sólo visible e n los c u a d ro s m ilita re s; ta m b ié n se d e jó sen tir, p o r lo m e n o s h a s ta m e d ia d o s d e la d é c a d a d el n o v e n ta , en la falta d e e le m e n to s bélicos p a ra a te n d e r to d o s los r e q u e ­ rim ie n to s d e la g u e rra . O tro fa c to r c erca n o a la e scasa fo rm a c ió n , p e ro q ue ta m b ién tien e que v er con la e stru c tu ra cen tro -fe d e ra l de esa o rg a n i­ zación, es la d e sco o rd in ació n en la línea de m an d o , o b serv ab le en q u e la d irecció n de las co m p añ ías y la elecció n de los m a n d o s fue a s u m ié n d o la la d ire c c ió n d e c a d a fre n te d e g u e rra , e n o p o sic ió n al c rite rio in ic ia l d e co nducción de tales cu erp o s p o r la D irección N acional. Los p ro b le m a s de d irecció n ta m b ié n se h a n refleja d o e n la d e le g a c ió n de las ó rd e n e s y en la a u sen cia de los m a n d o s en el e sce n ario de o p e ra c io n e s. La d e b ilid a d en la fo rm ac ió n d e los c u a d ro s m ilita re s te n d ió a s e r s u b s a n a d a h a cia m e d ia d o s d e los a ñ o s n o v e n ta con las « e sc u e la s d e cu ad ro s» , u n p o c o a n te s d el p rim e r a v an ce d e l p a ra m ilita ris m o a su s zo n as h istó ric a s.

46. ELN, «1 Conferencia Nacional Militar», pág. 23.

308

Ejército de Liberación Nacional: en tre las arm as.

El aislamiento político y el militarismo de lo urbano La a u s e n c ia d e u n influjo en los m o v im ie n to s p o lític o s y so ciales d e las z o n a s u rb a n a s , q u e p e rm itie ra a rtic u la r la c iu d a d y el c a m p o en la p e rs p e c tiv a in su rre c c io n a l y d e h u e lg a g e n e ra l, llev ó a e ste g ru p o a i n t e n t a r re s o lv e r esa situ a c ió n con e stra te g ia s m ilita re s. A sim ila n d o lo u r b a n o a lo r u r a l, el ELN im p la n ta m ilicias e n b a rrio s p o p u la re s con la a s p ira c ió n d e e je rc e r cierto co n tro l te rrito ria l, ig u a l al q u e ejercía e n c ie rto s á m b ito s ru ra le s. Las m ilicias no so n e n to n c e s re s u lta d o d el m o v im ie n to so c ia l o d e la m ovilización p o lítica d e las b a rria d a s , sin o q u e a p a r tir d e su s p ráctic as se bu sca g a n a r sim p a tía s y e stim u la r la p ro m o c ió n d e reiv in d ic a c io n e s so ciales y locales. En ese c o n te x to , lo m ilita r re s u lta so b re m e d id o , así com o ciertas p rácticas d e fu e rz a co n las q u e se p e rs ig u e la ac e p ta c ió n en las c o m u n id a d e s b a rria le s, es decir, la e lim in a c ió n d e las llam ad a s «ollas» y las b a n d a s de d e lin c u e n c ia co m ú n . En v a rio s m o m e n to s el ELN ha re c o n o c id o esas lim ita c io n e s y o tro s « d e s e n fo q u e s » , c o m o las e x p re sio n es a u to n o m is ta s d e los a p a ra to s u r­ b a n o s , la fa lta d e u n a p resen cia p e rm a n e n te de su s m a n d o s y d e los « c u a d ro s c o n m a y o r form ación» e n los a s e n ta m ie n to s b a rria le s, la p o ca c a p a c ita c ió n m ilita r en la técnicas de co m b ate y el su rg im ien to de alg u n as t e n d e n c ia s d e lin c u e n c ia le s e x p re sa d a s en p re p o te n c ia y « a rb itra rie d a d f r e n te a la p o b la c ió n » .47

La complejidad del tránsito de la guerra irregular a la regular El ELN y, e n g e n e ra l las o tra s o rg a n iz a c io n e s g u e rrille ra s , sig u ie ro n lo s pasos del M ovim iento 19 de Abril (M -19) en el in te n to de d e sa rro lla r la m o d a lid a d d e ejército reg u lar tra ta n d o de alc a n z a r o tro nivel de lucha c o n las fu e rz a s d el E stado. De la ex p erien cia del M -19, c ara c te riz a d a por sus acc io n e s e s p e c ta c u la re s (to m as de F lo ren cia, Y um bo, Siloé y b a ta lla d e Y a ru m a le s, e tc .), a p re n d ie ro n q u e se d e b ía c o n ta r co n u n á re a d e r e t a g u a r d i a c o n s o lid a d a ; q u e e ra n v itales las á re a s d e e n fre n ta m ie n to d o n d e e x is tie ra u n influjo político ac o rd e con las ex ig e n c ia s d e l conflic­ to ; q u e e ra n e c e s a r ia la ca p a c id a d d e a fe c ta r las fu e rz a s d e l e n em ig o , p e r o c o n s e r v a n d o las de la in su rg en cia , y q u e era o b lig a to rio b u sc a r las b a ta lla s , sie m p re y cuan d o se tuviera g aran tía de c o n tin u id a d en la lucha. El ELN tu v o e n cu en ta la m ayoría de esos e le m e n to s y d e sd e ñ ó otros d e tra s c e n d e n c ia , com o la necesidad de un p lan sistem ático q u e les colo­ c a r a u n n o rte y un d in am ism o a las c o m p añ ías y a las fu erzas especiales. A sim ism o , d e b ió e n fr e n ta r situ a c io n e s q u e no h a b ía c o n te m p la d o : p o r 47.

ELN. «E valuación de los ejes tácticos». En: Carta M ilitante, n.° 24: (1993),

pág. 50; ELN, «1 C onferencia Nacional Militar», pág. 24. 309

M ario A guilera Peña

un lad o , el d ile m a d e m a n te n e r p e lea n d o a las c o m p añ ías d islo c a d a s de la g u e rrilla o d e «vivir c o m o g u e rrilla y a g ru p a rs e c o m o fu e rz a re g u la r p a ra la p e le a » .'*8 Ese d ile m a , u n id o a las d ific u lta d e s d e p ro y e cc ió n di* las c o m p a ñ ía s, lle v a ría a q u e a lg u n a s se v o lv ie ra n sim p le m e n te fren tes g u e rrille ro s (p o r ejem p lo , la c o m p a ñ ía El B oche se c o n v irtió e n e l F re n ­ te M a n u e l H e rn á n d e z ) o a q u e las c o m p a ñ ía s e n tr a r a n e n a c ció n sólo o c a sio n a lm e n te c u a n d o tu v ie ra n c o o rd in ació n co n la acción g u errillera. P or o tro la d o , el ELN d e b ió a fro n ta r el in m o v ilism o y la m e n ta lid a d g u e rrille ris ta q u e h a cía q u e los m iem b ro s d e las c o m p a ñ ía s m o s tra ra n resisten cia a a c tu a r con la lógica de la g u e rra de m o v im ien to s (actividad o p erativ a regular, cierto g rad o de control territo rial, m ay o r concen tració n d e fu e rz a s, c o m b a te a b ie rto , e tc .) y q u e a d e m á s ta n to c o m b a tie n te s co m o m a n d o s tu v ie ra n la te n d e n c ia a so lic ita r tr a s la d o a su s a n tig u a s e stru c tu ra s g u e rrille ra s .''9 A lo largo de la d é cad a del n o v en ta, el ELN no p arece h a b e r te n id o otro m o m e n to d e c re c im ie n to d e su s efectivos m ilita re s p a re c id o al p e río d o 1 9 8 9 -1 9 9 3 , e n el q u e se g ú n sus p ro p ias e v a lu a c io n es in te rn a s c reció en u n 720 %. Su fu erza se p u d o m a n ifestar con a lg u n as escalad as p arecid as a las d e 1992, y sus co m p añ ías se m o stra ro n e n a lg u n o s co m b ates, com o en la o p eració n sim u ltán ea en alg u n o s pueblos de N orte de S an tan d er, en 1 9 9 8 (C á c o ta , Silos y C h ita g á ). S in e m b a rg o , co m o p a re c e n re g istra rlo las cifras o ñ ciales, d e sd e finales d e los a ñ o s n o v e n ta la in te n sid a d d e su fuego se h a v e n id o d e b ilita n d o con la p e n e tra c ió n del p a ra m ilita rism o a alg u n o s de sus territo rio s, ubicados en el pro p io co razó n de sus dom inios h is tó ric o s, co m o el s u r de B olívar, C a ta tu m b o (N o rte d e S a n ta n d e r ) y B arran cab erm eja, o de zonas de m en o r influencia com o en el su ro ccid en te (Valle del C au ca y N ariñ o ). Si b ie n el g ru p o g u e rrille ro se h a lla d e b ilita d o , fu n d a m e n ta lm e n te , p o r la a c tiv id a d c o n tra in s u rg e n te e n su s z o n a s d e in flu e n cia y p o r la acción e s ta ta l en el d e sm a n te la m ie n to d e a lg u n a s d e su s re d e s u rb a n a s, los g o lp e s n o a lc a n z a n a se r c o n tu n d e n te s ni h a n p ro v o c a d o la d e s a r­ tic u la c ió n d e su s m a n d o s y e s tru c tu ra s p o lític o -m ilita re s, al p u n to q u e los o b lig u e a n eg o c ia r a c u alq u ier precio. Se d e b ilita ro n te rrito ria lm e n te (p ie rd e n c o rre d o re s e stra té g ic o s, re d u c c ió n d e los esp a c io s d e re ta g u a r­ d ia , e tc .), p e ro es p o sib le q u e h a y a n g a n a d o c o m b a tie n te s p ro v e n ie n te s d e la « in te n sid a d » d el co n flicto e n las z o n a s d e su m a y o r in flu jo ; no d e o tra m a n e r a p o d ría n e x p lic arse las cifras d el M in iste rio d e D e fen sa q u e re c o n o c e n q u e e n 1 9 9 8 el ELN c o n ta b a c o n 3 .5 0 0 h o m b re s y u n as 48. ELN. «Elem entos sobre construcción de com pañías de ejército». En: Carta M ilitante, n.° 10: (1998), pág. 42. 49. Ibíd. 310

Ejército de Liberación N acional: en tre las a rm a s ..

3 7 c u a d rilla s, y e n el 2 0 0 0 , c o n 4 .5 0 0 h o m b re s y d is trib u id o s e n 4 2 c u a d rilla s .50 Por lo ta n to , se h a n d e b ilita d o p e ro n o h a n p e rd id o c a p a c id a d d e resp u esta, com o se d e m u e stra en alg u n as escalad as d efensivas que a p u n ­ ta n a re s g u a rd a r te rrito rio s o a d is p e rsa r y d e sc o n c e n tra r los o p erativ o s d el e n e m ig o . A d em ás, es im p o rta n te p re c isa r q u e el d e c a im ie n to m ili­ ta r no se p u e d e m o s tra r co m o u n a te n d e n c ia d e to d o s su s m é to d o s d e g u e rra . P rim e ro , p o rq u e e ste g ru p o in s u rg e n te c o n tin ú a m o s tra n d o u n so b re sa lie n te a u n q u e irre g u la r activ ism o m ilita r a tra v é s d e l sa b o ta je y el «contacto a rm a d o » .51 Incluso e n el p rim e r m é to d o las cifras m u e s tra n u n a agresividad m ay o r a la q u e se re g istra p ara las FARC p a ra el p erío d o 1 9 99-2001, pues m ien tras estas re aliza n 3 3 2 sab o tajes, el ELN las su p era con 371, a p e sa r de que e sta ú ltim a g u errilla tie n e u n m e n o r n ú m e ro d e fre n te s y de h o m b res e n a rm a s , 52 así com o lo señ a la la fig u ra 1 0 . 2 .

Figura 10.2 - Actividad arm ad a del ELN. 1990-2002. Fuente: Presidencia de la República de Colombia, Sala de E strategia N acional.

50. Ibíd. 51. No q u ed a claro en las cifras oficiales algo clave: sab er q u ién busca el contacto arm ado. 52. Camilo Echandía. El conflicto armado y las manifestaciones de violencia en las regiones de Colombia. Bogotá: Oficina del Alto Com isionado para la Paz, 1999. 311

M ario A guilera Peña

En s e g u n d o lu g ar, el m a n te n im ie n to del sa b o ta je c o m o principal m é to d o d e lu c h a es u n e le m e n to im p o rta n te a la h o ra d e v a lo ra r l.i c ap acid ad m ilitar del ELN. No p e rd am o s de vista q u e h is tó rica m e n te esia org an izació n ha sido poco co m bativa y no se ha d istin g u id o p o r so sten er y diversificar sus m é to d o s de g u e rra , sino q u e se ha c o m p o rtad o com o una esp ecie d e policía ru ra l in su rg e n te , q u e ha h e ch o del sa b o ta je (voladura d e o le o d u c to s y to rre s e lé c trica s, b lo q u e o d e c a rre te ra s ) su principal fo rm a d e c o m b a te ; p o r e so la p re n sa te m p ra n a m e n te la calificaría de te rro rista . El an álisis d e las accio n es de g u e rra e n tre 1991 y 2 0 0 1 m u e s tra otra lla m a tiv a c o n tin u id a d : el ELN h a d e m o s tra d o m a y o r p o d e r o fen siv o l>m sus á reas m atrices d o n d e c u en ta con los fren tes g u errillero s m ás antiguos. Así, dos fren tes de g u e rra de los cinco - e l N oro rien tal y el N oroccidental c o n c e n tra ro n m á s d e l 7 0 % d e to d a la a c tiv id a d a rm a d a . C on las PARC h ay una sim ilitud en c u a n to el Bloque de G u erra O rien tal, que c u e n ta con an tig u o s fren tes, es el de m ay o r actividad a rm a d a (2 9 ,3 % ); sin em bargo, los p o rcen taje s de e sta activ id ad se re p a rte n sin m u ch as d ista n c ia s entre’ los o tro s cin co b lo q u es d e g u e r r a .53 Ese ra sg o n o s m u e s tra la te n d e n c ia del ELN de a fian zarse e n sus á reas o rig in ales, cierto co n se rv a d u rism o en su crecim ien to y los efectos d e p la n te a r u n a e stra te g ia d e e x p a n sió n con la id e a d e c o n ta r c o n a p o y o s so ciales y d e re s p o n d e r al m a n d a to de su e s tra te g ia d e in te n ta r a c e rc a rse a las c iu d a d e s , a rtic u la n d o las m ilicias u rb a n a s con la g u e rrilla ru ra l. La d ife re n c ia s e ñ a la d a c o n la s FARC m o s tra ría ta n to u n c o n sid e ra b le p ra g m a tism o a la h o ra de m u ltip lic a r sus fren tes co m o u n a m ay o r cap a c id a d de d is p ersió n g eo g ráfica, q u e no sólo tien e en c u e n ta la h isto ria de la o rg a n iz a c ió n , sino q u e d e sa rro lla la id e a e stra té g ic a d e c o p a r el te rrito rio n a c io n a l e n b u sca de la d ispersión de las fuerzas m ilitares y de colocarse en las á re a s de m ay o r im p o rtan cia eco n ó m ica. El e sta n c a m ie n to m ilita r d el ELN q u e h em o s id e n tifica d o e n tre 1989 y 1993, y que d e te rm in ó g ran p a rte de la evolución p o ste rio r d el a p arato a rm a d o , n o só lo h a re s p o n d id o a su p o ca c a p a c id a d p a ra a b s o rb e r el in c re m e n to d e sus c o m b a tie n te s y a la d ificu ltad d e p ro c e s a r su s nuevos o b jetiv o s m ilita re s c o m o a o tro s fa c to re s in te rn o s o e x te rn o s (n eg a tiv a a u sa r re c u rso s d e la coca, a v a n c e p a ra m ilita r, e tc .), sin o q u e ta m b ié n tie n e e stre c h a relació n con la te n d e n c ia de p riv ileg iar el lad o p o lítico de su e s tra te g ia so b re el m ilitar. Lo p olítico se e n tie n d e co m o el d e sa rro llo d e la c o n sig n a d e c o n stru c c ió n d e un p o d e r p o p u la r a lte rn a tiv o , cuyas

53. E chandía, El conflicto arm ado y las m anifestaciones de violencia en las regiones de Colombia. 312

Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

expresiones concretas parecen ad v ertirse p a rtic u la rm e n te en las llam ad as áreas de re ta g u a rd ia .

Por los caminos de la política El d esp lie g u e de las p rácticas p o líticas del ELN co in cid e con el retiro d e su a p o y o al m o v im ie n to A L u ch ar (1 9 8 4 -1 9 9 1 ), e n el q u e h a b ía ten id o alg u n a influencia. En el d e rru m b e de esa relació n c o n taro n , e n tre o tro s, el d e sa c u e rd o d e esa o rg a n iz a c ió n p o lític a fre n te a los a c to s d e sa b o ta je y se c u e stro q u e en n a d a c o n trib u ía n al a c c io n a r p o lític o , la co n c e p c ió n in s u rre c c io n a l con q u e el ELN v eía la o rg a n iz a c ió n so cial y, so b re to d o , el te m o r a q u e la v a n g u a rd ia (la o rg a n iz a c ió n g u e rrille ra ) n o tu v ie ra el c o n tro l so b re la o rg a n iz a c ió n p o lítica. ¿ C u áles so n las fo rm as y p rácticas p olíticas del ELN? ¿Q ué c a ra c te rístic a s y e x p resio n es p rese n ta n ? Las m od alid ad es organ izativ as p arecen co rrelac io n a r ám bitos regionales y actividades pro d u ctiv as de p eq u eñ o s o m ed ian o s cam pesinos y de trab ajad o res ru rales o u rb an o s. Podem os h a b la r de tres m o d alid ad es: las form as organizativ as en las zo n as de enclave, las form as o rganizativas cam p e sin as y las form as o rg an izativ as u rb a n a s. L a s fo r m a s o r g a n iz a tiv a s d e la s z o n a s d e e n c la v e Los in te n to s d e o rg a n iz a c ió n social e stim u la d o s p o r ELN e n z o n a s d e en clav e (p etró le o , carb ó n y o ro ) se ex p lican o b v ia m e n te ta n to p o r la historia de esa ag ru p ació n g u errillera com o p o r q u e su prin cip al b a n d e ra política a p u n ta a d e te n e r el saq u eo d e los recursos n a tu ra le s o a cam b iar las co n d icio n es e n q u e el E stad o n eg o cia su ex p lo tac ió n . En e sta s zo n as se p u e d e n a d v e rtir v a ria s m a n ife sta c io n e s d e l lla m a d o « p o d e r p o p u la r e x tra in stitu c io n a l» (p o r ejem p lo , fo rm a s e c o n ó m ic a s q u e p e rm ita n el m an ejo so b eran o de recursos n a tu ra les y form as eco n ó m icas altern ativ as y a s e n ta m ie n to s d e co m u n id a d en d e sa rro llo d e l p ro g ra m a ag ra rio ). En una de ellas, d o n d e se explota un recurso m ineral y todavía existen tierras baldías, el ELN le pro p o n ía a la c o m u n id ad la ad o p ció n de u n reg lam en to con p ro c e d im ie n to s d e m o c rá tic o s y e q u ita tiv o s p a ra e x p lo ta r el rec u rso n o ren o v ab le, así com o p a ra la d istrib u ció n de tie rra s .54 C on este el ELN b u sc a b a q u e las c o m u n id a d e s lo d isc u tie ra n y lo e n riq u e c ie ra n , ad e m á s de que recibiera la opinión de las FARC, con las que c o m p artía n el co ntrol te rrito ria l en el á re a . S o b re la e x p lo ta c ió n d el m in e ra l, el fre n te g u e rrille ro d e l ELN c o n ­ sid e ra b a q u e se d e b ía « m o d e ra r su ex p lo tació n » y q u e las c o m u n id a d e s 54. ELN. Políticas y criterios, n /d , pág. 28. 313

M ario A guilera Peña

te n ía n q u e d irig ir e se p ro c e so p a r a h a c e rlo m á s le n to y ra c io n a l; sugcría , e n to n c e s , q u e d e b ía n « a p e rs o n a rs e d el c o b r o d e reg alías» y d e la eje c u c ió n d e o b ra s d e b e n e fic io g e n e ra l. Por l o ta n to , p ro p o n ía q u e la c o m u n id a d a u to riz a ra el in g re so d e m a q u in a r ia s com o retro escav ad o ras y q u e c o n c ed iera e ste p erm iso a « p erso n as c o n o c id a s p o r la com unidad». El p ro p ie ta rio d e c a d a « retro » s ó lo p o d ía i n g r e s a r co n el p e rso n a l califi­ cad o , y el n o calificad o d e b ía se r c o n tra ta d o e n la región. El p ro p ietario a u to riz a d o se c o m p ro m e tía a tr a b a ja r c o n la c o m u n id a d v e n d ié n d o le s h o ras de ex p lo tació n , p e ro si la c o m u n id a d se c o n s e g u ía su pro p ia «retro», sería la ú n ica con d e re c h o de e x tra e r el m in e ra l. Se p e rm itiría «en torno d e c ad a re tro y fre n te d e m in a ( . . . ) un c o m ité » d e jo rn a le ro s o rie n tad o p o r el c o m ité d e tra b a jo d e la J u n t a d e A cción C o m u n a l, cu y o n ú m e ro no d eb ería ex c e d e r a los se se n ta socios, p re fe rib le m e n te d e la reg ió n , los cu ales tra b a ja ría n en dos tu rn o s. Las «retros» d e b e r ía n co m p ro m e te rse a «replanar» el te rre n o e x p lo tad o y c ad a u n a p a g a r ía a la co m u n id a d como im p u esto m en su al el valo r de q u in ce h o ras m e n s u a le s y o tras c u a tro horas m ás de trab ajo e n un «día cívico y c o m u n itario » . N in g u n a «retro» p o dría a b a n d o n a r la z o n a o p a s a r a o tra sin el p az y s a lv o d e la c o m u n id a d . En c u a n to a los criterio s p a ra la d istrib u ció n d e tierra s, se d isp o n ía la co n fo rm a c ió n d e u n co m ité d e tie rra s, c o n s titu id o p o r las p e rs o n a s m ás « ac a ta d a s de la zon a» , p a ra c o n trib u ir a a p lic a r la s sig u ie n te s d isp o sicio ­ nes: ■ Las tie rra s a p ta s p a ra la a g ric u ltu ra n o se a s ig n a ría n a in d iv id u o s, sin o a p ro y e c to s c o m u n ita rio s, co n a p ro p ia c ió n co le c tiv a d e lo p ro d u cid o . ■ Las tie rra s no a p ta s p a ra la a g ric u ltu ra y q u e tu v ie ra n o tro tip o de riq u eza sólo p o d rían ex p lo tarse p o r la c o m u n id a d , « d e stin a n d o sus u tilid a d e s a o b ra s y fo ndos colectivos». ■ La c a n tid a d m áx im a d e tie rra a sig n a d a p a r a fines c o m u n ita rio s sería d e 150 h e c tá re a s. ■ Las tie rra s e n las zo n as m ás lejanas serían c o n sid e ra d a s d e rese rv a. ■ Por e x c e p ció n se a sig n a ría tie rra a títu lo in d iv id u a l, s ie m p re y c u a n d o se re u n ie ra n los sig u ie n te s re q u isito s: q u e se tr a te d e u n a fam ilia q u e n o la p o se a, q u e «h ay a su frid o c a la m id a d e s g ra v e s» o q u e su s v id as c o rra n p elig ro ; q u e la fa m ilia se a c o n o c id a p o r la c o m u n id a d y sea re s p a ld a d a p o r ella; q u e los b e n e fic ia rio s se c o m p ro m e ta n «a h a c e r finca, tr a b a ja r la a g ric u ltu ra y p ro d u c ir alim en to s» , y a no tra sp a sa rla a c u a lq u ie r títu lo a n te s d e c u m p lir los tres añ o s. ■ P ara la fo rm a liza c ió n d e las asig n acio n es d e b ía c o n su lta rs e la o p i­ nión del b en eficiad o . S urtido e ste p ro ced im ien to , se h a c ia e n tr e g a

11*1

Ejército de Liberación Nacional: en tre las arm as.

de la parcela y se e lab o raría un d o cu m en to en el q u e se h a ría cons­ ta r los linderos, así com o la firm a del «nuevo colono, los c o lin d an tes y la g e n te d e la región q u e lo resp ald a» . A esto s ú ltim o s les c o rre s­ p o n d ería ap o y ar y «con tro lar al n uevo colono p a ra q u e cu m p la con los a c u e rd o s hechos». ■ El c o m ité d e tie rra s te n d ría la p o te s ta d d e re so lv e r co n flicto s de lin d e ro s, cu y as d e te rm in a c io n e s se c o n sid e ra b a n d e o b lig a to rio cu m p lim ien to ; adem á s, podría im p o n er sanciones a qu ien es in cu m ­ p lieran los criterio s e stab lecid o s (a m o n e sta c ió n p e rso n a l, a m o n e s­ ta c ió n en a sa m b le a y o tra s « san cio n es m ay o res» a los q u e fu e ra n re in c id e n te s). L a s f o r m a s o r g a n iz a tiv a s c a m p e s in a s Las fo rm a s o rg a n iz a tiv a s c a m p e sin a s in flu e n c ia d a s p o r el ELN (e n á re a s d e re c ie n te co lo n iza c ió n o en z o n a s co n p e q u e ñ o s y m e d ia n o s c a m p e sin o s y co n tra b a ja d o re s ru ra le s) p u e d e n p ro y e c ta rse e n u n solo se n tid o o p u e d e n d e sa rro lla rse en v aria s d irec c io n e s, c o n u n a im p o r­ ta n te c o m p lejid ad o rg an iz a tiv a, co m o es el e jem p lo q u e a c o n tin u a c ió n p re se n ta m o s. En u na región m arginal y de reciente colonización existe u n a com pleja in teg ració n v ered al que in v o lu cra a m ás de v ein te v ere d a s, o rg an izació n c o m p arab le a la que m ed io siglo a n te s se hab ía c o n sa g ra d o en las lla m a ­ d as Íeye5 de Llano, d ictad a s p o r los c o m an d o s g u errille ro s lib erales e n tre 1952 y 1953. C o n tan d o com o base las Ju n ta s de A cción C o m u n al, y con deleg ad o s de cada una, se form ó un org an ism o cen tral (la d irectiv a), que so la m e n te in te rv ie n e p a ra to m a r d e c isio n e s o co m o c u e rp o c o n su ltiv o , c u a n d o las ju n ta s lo so liciten . Al lad o d e ellos o p e ra n v ario s co m ités (e m p re sa ria l, fin an zas, tra b a jo , ju s tic ia , social, m ed io a m b ie n te y c u ltu ­ ral) q u e tra ta n y resu elv en los a su n to s d e in te ré s colectivo y d irim e n los conflictos o p ro b lem as co m u n itario s. La directiva y los com ités, que son n o m b rad o s p o r la asam b lea g en eral, se re ú n e n p e rió d ic a m e n te p a ra e la b o ra r p la n e s o p a ra e v a lu a r los ya cum p lid o s. La ju n ta co m u n a l d e c ad a v ered a , a la q u e d e b e n p e rte n e c e r los cam pesinos d esd e ios quince años, se re ú n e en asam b lea cad a m es, con u n h o ra rio fijo d e iniciación y te rm in a c ió n , p a ra tr a ta r los p ro b le m a s de la v ered a, inform es de los co m ités y decisiones ju d iciales. La in asisten cia o la lleg ad a ta rd e g en e ra sa n cio n es p rogresivas. E sas v e re d a s a p ro b a ro n , a c o m ie n z o s de la d é c a d a d e l n o v e n ta , u n cu erp o n o rm ativ o com pu esto p o r casi sesen ta artículos q u e se d en o m in a­ ro n la C onstitución cam pesina, y q u e d efin ía la o rg a n iz a c ió n v e re d a l en diversos aspectos de la vida cotid ian a. En su p arte d ecla rativ a, asegu rab a

315

M ario A g u ilera Peña

que la o rgan izació n no ten ía o tro propósito q u e «fo rtalecer la vida, la con v iv e n c ia , el conocim iento, el trabajo, la ju sticia, la ig u ald ad , la libertad y la p a z d e n tr o de un m arco ju ríd ico , d em o crático , p artic ip a tiv o y popular q u e g a r a n tic e un o rd e n político , eco n ó m ic o y so cial ju sto » . El cuerpo n o rm a tiv o d e esa C onstitución fue c o m p le m e n ta d o co n 25 resoluciones, de dos a cu atro artículos cada una, en el q u e ap a re c e n las san cio n es par;i los in f ra c to re s de la c a rta c a m p e sin a. En el á re a se a p re c ia n d o s de las seis fo rm a s de o rg an izació n p o p u la r e x tra in stitu c io n a l p la n te a d a s por el ELN, es decir, «Form as de au to g estió n » y «Form as de co n tro l p o p u la r en el á m b ito de la justicia»: Las fo rm a s a u to g e s tio n a ria s , a d m in is tra d a s p o r el lla m a d o com ité e m p re s a ria l, son las sig u ien tes: 1.

p ro d u c c ió n co n b en eficio c o m u n ita rio e n p isc ic u ltu ra , a v icu ltu ra, p o rc ic u ltu ra y cereales; 2 . tie n d a s com unales, las cuales no tien en á n im o d e lucro y so n adm i­ n is tra d a s p o r un te n d e ro al q u e se le ñ ja u n sa la rio p a g a d o con la afiliació n o b lig ato ria de los todos u su a rio s d u e ñ o s de tie rra s y con el p ro d u c to de la g an a n cia p o r co m p ras al p o r m ayor; 3. c a rn ic e ría c o m u n a l, cuyo re n d im ie n to se d iv id e p o r m ita d en tre q u ie n v e n d e la c a rn e y el fondo e m p re sa rial; 4

. e x p lo ta ció n de fincas a b an d o n a d a s.

A u n q u e n o es p osible re sp a ld a rlo e m p íric a m e n te p a ra el á re a que e s tu d ia m o s , es factible q u e a e sta s fo rm as aso c ia tiv a s el ELN les haya o to rg a d o créd ito s, a ju z g a r por lo que co m en ta C arlos C astañ o , al p e n etrar a te rrito rio s co n tro lad o s p o r esta o rganización al su r de Bolívar. S egún el je fe p a ra m ilita r, e n esa z o n a fu n c io n a b a un « b an co ag rario » , q u e había p re s ta d o u n o s 3 .0 0 0 mil m illones de pesos, re p a rtid o s e n cinco m illones p o r c a d a fam ilia. Los param ilitares, p ara o b te n e r acep tació n , co n d o n aro n la d e u d a y los cam p esin o s, seg ú n C astaño, h iciero n un jo lg o rio de varios días y e sp e ra n q u e la g u e rrilla no re g re se . 55 En la m ism a á re a , el p o d er p o p u lar se m an ifiesta con el d e sa rro llo de fo rm as y p rá c tic a s a lte rn ativ a s d e ju sticia . La m a y o ría de las n o rm a s no co nstituye una n o v ed ad , p o r cu an to está c o n tem p lad a en las legislaciones e sta ta le s. Lo re a lm e n te llam ativ o es q u e el p ro c e d im ie n to co lo ca en m an o s d e u n a in stan c ia co m u n ita ria la so lu ció n de u n a a m p lia g a m a de

55. C astañ o señ ala que los créditos eran p ara se m b ra r cultivos ilícitos lo cual no parece s e r convincente p or lo que a n o tam o s en o tro lugar. M auricio A ranguren. Mi confesión: Carlos Castaño revela sus secretos. Bogotá: Oveja Negra. 2001, pág. 255 y pág. 274. 316

Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

conflictos, sin que su violación signifique u n a fu erte sa n c ió n o a m e n a z a p a ra el infractor. La g u errilla, al parecer, tien e en la z o n a m ás c a p a cid a d d e m an io b ra y p o r ello se d e s p re n d e d e la «función» ju d ic ia l, lo c u al es d ife re n te al c o m p o rta m ie n to usual no sólo del ELN, sino ta m b ié n d e las PARC, pues sus prácticas ju diciales no son m uy v ariad as y re g u la rm e n te son asum idas com o un m e c a n ism o p a ra lo g ra r la p e n e tra c ió n en los m e d io s m ía le s o com o u n a o fe rta e v e n tu a l ac o rd e con los v aivenes d el c o n tro l te rrito ria l. S o rp re n d e ta m b ié n d e n tro d e la re fe rid a n o rm a tiv a c o m u n ita ria q u e se e x p re s e u n a m o ra lid a d d e d e fen sa de la u n ió n m o n o g á m ic a 50 y u n a g ra n p re o c u p a c ió n p o r la e d u c a c ió n de los hijos, lo q u e se a d v ie rte en m a n d a to s m uy c o n c re to s y e n la c e n su ra a c o n d u c ta s q u e a m e n a c e n dich o s fines. E n tre los tip o s de a s u n to s y conflictos a su m id o s e n los trib u n a le s c o m u n ita rio s te n e m o s: u n ió n d e las p a re ja s, in fid e lid a d , s e p a ra c ió n de cuerpos y de bienes, ab an d o n o de las resp o n sab ilid ad es en el so ste n im ie n ­ to y la e d u c a c ió n d e los hijos, c h ism o g rafía , riñ a s, ra te o , c u a tre rism o , v io le n c ia se x u a l, p ro stitu c ió n , co n su m o y p ro d u c c ió n d e n a rc ó tic o s y alco h o lism o . La in stan cia c o m u n ita ria no tra ta los casos d e hom icid io . Las no rm as tienen tam b ién un c arácter preventivo, p u es b u scan evitar co n flicto s c o tid ia n o s e n tre vecinos, al o rd e n a rle s a los d u e ñ o s d e tie rra que m a n te n g a n a sus anim ales seguros y los lin d ero s con señ ales visibles o c ercas con tres c u e rd a s y en b u e n e sta d o . A los d u e ñ o s d e casa se les p ro h íb e d e ja r las p u e rta s a b ie rta s . Se a d v ie rte a d e m á s a los d u e ñ o s d e tie rra la o b lig ació n d e re s p e ta r la jo r n a d a d e o ch o h o ra s y el p ag o d e sa la rio m ín im o a los jo rn a le ro s , y a los a d m in is tra d o re s el m ism o salario m ás u na pro p o rció n de a cu erd o con su trab ajo . Se ha estab lecid o ta m b ié n q u e q uien dé la finca en a rrie n d o a largo plazo d e b e rá e n tre g a r a la «directiva» copia del c o n tra to p ara que de esta m a n e ra p u e d a recibir su resp ald o . Lo m ism o d eb e de h a ce r q u ien reciba g a n a d o al «aum ento». Las sa n c io n e s n o c o n te m p la n ni e n c ie rro ni c astig o s c o rp o ra le s. La p rin cip al p a re c e se r la v e n tila c ió n d el caso y la im p o sició n d e u n a a m o ­ n e sta c ió n en asam b lea. A parte d e e sta san ció n se ap lican , se g ú n el caso, p ro g re s iv a m e n te la m u lta , la im p o sició n d e d ía s d e tra b a jo en o b ra s c o m u n ita ria s y la ex p u lsió n d e la reg ió n . En los caso s d e in fid elid ad y p ro stitu ció n , d escrito s en u n a m ism a no rm a, se reco m ie n d a tr a ta r el p ro ­ blem a «según el sen tim ien to de la persona» y en el ev en to de co n d e n a es b a sta n te llam ativo que la m u lta im p u esta sea la mayor, c o m p a rativ a m e n ­ te con las que se im ponen a o tras con d u ctas. En los casos de alcoholism o, 56. C onstitución cam pesina, 1992. Artículo 54: «P ropender p o r la defensa de la fam ilia m onugám ica será uno de los propósitos com unitarios». 317

M ario Aguilera Peña

al p ro cesad o p rim e ro se le im p o n e n v e in te d ía s d e tra b a jo c o m u n ita rio y luego la su sp e n sió n del «trago» d u ra n te seis m eses. A los d ro g a d ic to s se les da un p lazo d e seis ineses p a ra q u e h ay a un « re g e n e ram ie n to » , so p e n a de se r e x p u lsa d o d e la reg ió n . Esta m e d id a es e x tre m a y se aplica luego de en say ar o tras sanciones a aquellas co n d u ctas q u e son ap reciad as com o grav es: v io len c ia sex u al, p ro d u c c ió n y c o n su m o d e n a rc ó tic o s y chism ografía. La altern a tiv id a d ju dicial o p era ig u alm ente en la p ro tecció n del medio a m b ie n te . En e ste á m b ito las n o rm a s v an m ás allá d e la n o rm a tiv id a d e sta ta l, al fijar lim ita c io n es a la p ro p ie d a d p riv a d a e n b e n efic io del in­ te ré s co lectivo. A lg u n as de las m e d id a s se ría n im p ra c tic a b le s e n zo n as d e a n tig u a co lo n iz a c ió n , con m a y o r v a lo r m o n e ta rio y m e jo r u b ica d a s d e n tro de los circ u ito s eco n ó m ico s. Las n o rm a s d is p o n e n lo sig u ien te: la o b ligació n p a ra los p ro p ie ta rio s d e d e ja r «al la d o y la d o d e la cim a de la co rd illera de u n a franja d e m o n ta ñ a d e n o m e n o s d e 5 0 0 m etros», u n a fran ja d e c in c u e n ta m etro s d o n d e se u b iq u e n n a c e d e ro s d e agua, u n a franja de q u in ce m etros a ca d a orilla de los ríos y q u e b ra d a s y cinco m e tro s en los c a ñ o s y u n a fran ja en c a d a finca «de m o n ta ñ a o ra stro jo com o reserv a forestal». Por otro lado, p ro h íb en las n o rm as las cacerías de a n im ales en peligro d e ex tin ció n (« g u artin a jas» , v en a d o s, aves y o tro s), en p re d io s a je n o s y la in d iscrim in a d a so b re to d a s las esp ecies. A d em ás, se p ro h íb e la pesca co n b arb asco , d in a m ita y « a ta rra y a s red u cid as» . P o r la v io la c ió n a las n o rm as relacio n a d a s con la p ro tecció n del b o sq u e se im p o n e la siem b ra de árboles (uno p o r cada árbol talad o ) y el trab ajo co m u n ita rio ; y p o r las in fraccio n es re la c io n a d a s con la c az a y la p esca, la a m o n e s ta c ió n e n la asam b lea, el tra b a jo co m u n itario y el d eco m iso te m p o ra l o p e rm a n e n te d e in stru m en to s de caza o pesca. El tra b a jo c o m u n ita rio no es u n a p rác tic a ex clu siv a d e las fo rm as económ icas solidarias o un castigo colocado a los in fracto res, es tam b ién u n a obligación de todos los h ab itan tes del á re a p a ra m a n te n e r la in frae s­ tru c tu ra (arreg lo de cam inos, escuelas, p u e n te s, e tc .). Este d e b e r cobija, a d e m á s, p o r dos d ías sem e strale s, a los tra b a ja d o re s o riu n d o s d e o tro s lu g ares que tra b a je n p e rm a n e n te m e n te en el lugar. L a s fo rm a s o r g a n iz a tiv a s u r b a n a s Las form as o rganizativas u rb an as son, al parecer, m enos d esarro llad as, d e b id o ta n to a la p a u la tin a p é rd id a d e in flu en cia d e la g u e rrilla e n los m o v im ien to s so ciales c o m o a las c re c ie n te s d ific u lta d e s d e los g ru p o s guerrilleros para tra z a r estrategias exitosas en las z o n as u rb an a s, d istin tas a la acción m ilita r d e las m ilicias g u e rrille ra s e n las b a rria d a s a z o ta d a s :u 8

Ejército de Liberación Nacional: e n tre las a r m a s ..

p o r p ro b le m a s d e in se g u rid a d . A ello se su m a la m a y o r v u ln e ra b ilid a d d e sus in te g ra n te s , p o r la p ro g resiv a n e u tra liz a c ió n ta n to p o r p a rte d el p a ra m ilita rism o com o p o r p a rte de las ag en cias d el E stado. La o rie n ta c ió n p o lític o -m ilitar d el ELN se re p ro d u c e e n el c o n te x to cita d in o , p u es su e stru c tu ra o rg a n iz ativ a u rb a n a in te n ta lig a r el tra b a jo po lítico con los h a b ita n te s de z o n as u rb a n a s y s u b u rb a n a s - r e a li z a d o p o r m e d io d e las B ases R ev o lu cio n arias d e M asas (BRM ) y los F re n te s O breros (FO ) - con el qu e p ractica con las lla m a d as m ilicias urbanas en u n a m ism a u n id a d te rrito ria l, e sta s ú ltim as c o n stitu id a s p o r c o m a n d o s (c a d a u n o fo rm a d a p o r u n m a n d o y tres o c u a tro c o m a n d o s ), q u e a su vez está n e n carg ad o s de d irig ir u n a célula c o m p u e sta p o r sie te p erso n as. Las BRM, a p a rte de c o n ta r con u n a base política lig ad a a «un espacio laboral» o p ro d u ctiv o , im p le m e n ta ro n un p ro g ra m a a lte rn a tiv o d e d e s a ­ rro llo con p ro y e c to s d e fo rta le c im ie n to de la e c o n o m ía p o p u la r (co m o c o o p e ra tiv a s , c e n tro s d e aco p io o cu ltiv o s h id ro p ó n ic o s), p ro y e c to s d e su b sisten cia (com o talleres, tien d as, d ro g u erías, e tc .), p ro y ecto s de c a p a ­ citación técn ica y la vincu lació n a la p ro d u cc ió n d e se cto re s c a p ita lista s p ara p e n e tra r o co nocer dinám icas de im p o rtan cia y cualificación técnica. Si en las zonas rurales las g uerrillas te n d iero n a e n tre g a r a las com u n i­ d a d e s o rg a n iz a d a s el co n tro l d isciplinario y la a lte rn a tiv id a d ju d ic ial, en las zo n as u rb a n a s , esas p rá ctica s p arec e n tra n s ita r e n s e n tid o c o n tra rio , d ad a la v u ln erab ilid ad de los ju eces co m u nitario s y la n ecesid ad d e estos de a p e la r a la fuerza de las m ilicias. La ju sticia a lte rn a tiv a u rb a n a parece esta n c a rse en m an o s de las m ilicias, pues esta se m o stra rá m uy re strin g i­ da y con un sen tid o alta m e n te pen al, al o cu p arse casi e x clu siv am en te de resolver p ro b lem as de seg u rid ad en los b arrios y de ap licar el d estierro o la p e n a cap ital; s e c u n d a ria m e n te , la p e n a de m u e rte la h a rá n ex ten siv a a m iem b ro s d e los a p a ra to s rep resiv o s del E stad o a c u sa d o s d e crím en es c o n tra el p u eb lo . La a p e rtu ra política d el ELN tam b ién se hizo m an ifiesta en el espacio de la in stitu c io n a lid a d , al p artic ip a r de m a n era in d ire cta o d ire c ta en los g o b ie rn o s m u n icip ales. Ese p ro ceso a rra n c a e n los co m icio s e le c to ra le s de 1988, c u a n d o el ELN co n trib u y ó a la elección d e c a n d id a to s lib erales y d e la UP en a lg u n a s p o b la cio n e s d e A rau ca. P o ste rio rm e n te , h acia 1 9 9 1 , el p ro c e so se fo rm a liz a ría con la a p ro b a c ió n d u ra n te la R eu n ió n N acional de 1991 del Proyecto E x perim ental de A lcaldes, p re se n ta d o p o r el F rente d e G u erra N ororien tal, que p re te n d ía elegir alcald es y concejales e n aq u e llo s lu g a re s d o n d e « están d a d a s las c o n d ic io n e s p a ra e je rc e r el c o n tro l m u n ic ip a l » .57 57. ELN. «Proyecto ex p erim en tal de elección de algunos alcaldes». En: El M ilitante Opina, n .°4 : (junio de 1991), pág. 43. 319

M ario A guilera Peña

D esde en to n c e s, e n tre las directrices fijadas p o r ese g ru p o guerrillero, se e sta b le c ió q u e no se « e n ro jec iera n » las p ro p u e s ta s p o lític a s, q u e s»* e v ita ra la ileg alizació n d e los m o v im ien to s, q u e no se c o m p ro m e tie ra el n o m b r e d el ELN y q u e no se c re a ra o rg a n iz a c ió n p o lític a p a ra o b te n e r el fin e le c to ra l. Se b u sca b a q u e el a p o y o a los c a n d id a to s sa lie ra del m o v im ien to social (ju n tas de acción com u n al, com ités, asociaciones, etc.) sin q u e la v a n g u a rd ia (los activistas políticos de la g u errilla) intervinieran d ir e c ta m e n te en el proceso. Para r e a f irm a re n p a rte a q u e lla sep a rac ió n los e s ta tu to s del ELN, p ro m u lg a d o s en 1996, e sta b le c ie ro n q u e «ningún m ilita n te del ELN se p u e d e p o s tu la r o p re s ta rs e p a ra c a n d id a to a las c o rp o ra c io n e s p ú b licas » . 58 Lo q u e sí p a rece m ás c laro es q u e la guerrilla a su m ía alg u n o s de los costos fin an ciero s d e la activ id ad po lítica. La p articip ació n en la vida m unicipal llevó a que este g ru p o insurgente y su s o rg a n iz a c io n e s so ciales p ro fu n d iz a ra n e n el c o n o c im ie n to d e las r e a lid a d e s lo cales, con el o b jeto d e d is e ñ a r p ro g ra m a s d e g o b ie rn o y p o líticas púb licas atra c tiv a s p ara los ele c to re s .59 Los p lan es y p ro g ram as d e d e s a rro llo su rg id o s d e tales in d a g a c io n e s tu v ie ro n la p o sib ilid a d de e v e n tu a le s aplicaciones, d ebido a los acu erd os y p resio n es de la guerrilla n o só lo so b re los c a n d id a to s y los alc a ld es electo s, sin o ta m b ié n sobre p a rla m e n ta rio s o d ip u tad o s con intereses electorales en las zo n as in fluen­ c ia d a s p o r la g u e rrilla . Las p re sio n e s, a p a rte d e q u e se c e n tra ro n en la e je c u c ió n d e c ierto s p ro g ra m a s, ta m b ié n lo h ic ie ro n e n la d istrib u c ió n d e l p re s u p u e s to , las p la n ta s d e p e rso n a l, las licitacio n es, los c o n tra to s d e o b ra s p ú b lic as y d e p e rso n a l, el n o m b ra m ie n to d e fu n c io n a rio s y el m a n e jo d e las relacio n es la b o ra le s . 60 O tro e le m e n to q u e re sp o n d e a la m ism a lógica g u e rrille ra d e incidir en el o rd e n m u n icip al es la v eed u ría a rm ad a que im puso sobre los p re su ­ p u e sto s m unicipales. Esta se origina en el in cum plim iento de los alcaldes d e su s c o m p ro m iso s, en las d e n u n c ia s p o r co rru p c ió n o en la in te n c ió n d e h a c e r p ro selilisrn o a lre d e d o r d e un p ro b lem a n a c io n a l so b re el que p a re c e n se r in eficien tes los c o n tro le s p en ale s d e la ju s tic ia e sta ta l. A lo la rg o d e la d é c a d a del n o v e n ta , el ju z g a m ie n to de a lc a ld e s y m iem b ro s d e la a d m in is tra c ió n local se c o n v irtió en un fe n ó m e n o d e p ro selitism o a rm a d o p ra c tic a d o p o r el ELN y ta m b ié n p o r las PARC, sin q u e e stas ú ltim a s te n g a n inscrito este p ro ced im ien to d en tro de u n a e stra te g ia con las carac te rístic a s q u e se ad v ie rte n p a ra el prim ero. El ju z g a m ie n to de los alcaldes procesados por m alversación de fondos públicos term in a p o r lo g eneral con u n a sentencia c o n d en ato ria, en la que se colocan p en as principales y accesorias. Entre las p rim era s se establece 58. ELN. Estatutos, deberes y derechos, artículo 15. n /d . 59. ELN, Políticas y criterios. 60. El Tiempo, 1993. 320

Ejército de Liberación Nacional: e n tre las arm as.

la obligación de restitu ir sum as de din ero s, a fin de d arles u n a aplicación en ob ras o u ten silio s de beneficio c o m u n ita rio .61 S obre e ste p a rtic u la r el C om ando C entral señ alaría, adem ás, que en los casos en q u e se «expropie d in ero p ro v en ien te de la co rru p ció n a d m in istrativ a» se d eb e re o rie n ta r a la satisfacción de necesid ad es p ara el que e stab a d e stin a d o o rig in alm en te. O rd e n a b a ta m b ié n que se « h icieran in fo rm es p ú b lico s so b re las c u en ta s d e g asto s e inv ersio n es re a liz a d a s » .62

La pastoral armada ¿De d ó n d e provienen y qué revelan las an terio res form as de m oviliza­ ción política del ELN? La elección del ELN de c o n stru ir el p o d e r p o p u la r d e sd e el m ism o p ro ceso de la g u e rra , si b ien p u e d e te n e r a n te c e d e n te s lejan o s e n los clásicos del m arx ism o y en las p rim e ra s re v o lu c io n es so ­ cialistas, tie n e co m o fu n d a m e n to p ró x im o el p ro c eso in s u rg e n te de El Salvador, c u a n d o el FMLN, a n te la a rre m e tid a del E stado y la im posibili­ d a d de d e fe n d e r las o rg a n iz a cio n e s b ajo su influjo, d e c id ió le g itim a rla s a n te el p o d e r estatal, lo que perm itió que co n tin u a ra n con un acu m u lad o p a ra la g u e rra . A ese proceso los salv ad o reñ o s lo d e n o m in a ro n poder de doble c a r a . 63 El o tro influjo p e rc ep tib le en las fo rm as o rg a n iz a tiv a s d e l ELN es el le g a d o d e los relig io so s y c a te q u ista s cató lic o s q u e se v in c u la ro n a e se g ru p o a fin ales d e los a ñ o s se s e n ta y e n los s e te n ta , y q u e a d e la n ta ro n tareas de concientización y o rg anización p o p u la r con los p o stu lad o s de la teo lo g ía d e la liberación. S obre la m ag n itu d del influjo religioso, u n o de sus m ás im p o rtan tes jefes históricos, el sacerd o te M anuel Pérez, indicaba q u e en la p rim e ra e ta p a d el ELN se in te g ra ro n a la o rg a n iz a c ió n e n tre « 1 0 y 1 2 sacerd o tes y religiosas», que h ab ían p artic ip a d o en la form ación del g ru p o s a c e rd o ta l con o cid o com o G olco n d a, fu n d a d o en 1 9 6 8 , com o re s u lta d o d e las discusio n es sobre la m isión lib e ra d o ra d e la Iglesia y las relaciones e n tre m arxism o y cristianism o. Por lo m en o s h a sta com ienzos d e la d é c a d a del n o v en ta , v arias d ec e n a s de cu ras, m o n jas y c a te q u ista s

61. M ario A guilera Peña. «G uerra, insurgencia y p rácticas judiciales». En: Violencia y estrategias colectivas en la región andina. Ed. p or G onzalo Sánchez y Eric Lair. Bogotá: IFEA, IEPRI y Norm a, 2004. 62. ELN. Carta M ilitante n.° 27. 1996, pág. 47. 63. ELN, El M ilitante Opina, pág. 85. 321

M ario Aguilera Peña

seg u ían co la b o ran d o ex tern a m e n te con esa g u e rrilla .64 U no de los rastros d e d ich a v in cu lació n p u ed e ad v e rtirse a c o n tin u a c ió n .65 ■ N o m b re: C am ilo Torres • • • •

C o m u n id ad : S em in ario D iocesano, B o g o tá. In g reso : 1966 R etiro o m u e rte ( + ): 196 6 ( + ) C arg o en la o rg a n iz a c ió n : C o m a n d a n te p o r n o m b ra m ie n to p o stu m o .

■ N o m b re: D om ingo Laín • C om unidad: S em inario M isionero Los P ad re s B lancos, Bélgica. • Ing reso : 1969 • R etiro o m u e rte ( + ) : 1 9 7 4 ( + ) • C argo en la o rg an izació n : A sesor de F abio V ásquez. ■ N o m b re: Jo sé A ntonio Jim é n e z • C o m u n id ad : ¿? (E spañol) • Ing reso : 1969 ■ R etiro o m u erte ( + ): 197 0 ( + ) • C argo en la o rg an izació n : N inguno ■ N o m b re: M anuel Pérez • C o m u n id ad : S em inario H isp a n o a m e ric a n o d e M ad rid . • Ing reso : 1969 • R etiro o m u e rte ( + ): 1998 ( + ) • C arg o e n la o rg a n iz a c ió n : C o m a n d a n te d e l F re n te C am ilo T orres, m iem b ro del COCE y d e la D irecció n N acio n al. ■ N o m b re: C arm elo G racia • C o m u n id ad : S acerd o te S em in ario de T a ra z o n a , E sp añ a. • In g reso : 1969 • R etiro o m u e rte ( + ): ¿? • C argo e n la o rg an izació n : N inguno ■ N o m b re : D iego U ribe E scobar • C o m u n id ad : S acerd o te fran ciscan o . 64. E ntrevista a M anuel Pérez en López Vigil, C am ilo cam ina en Colombia,

p.1g. 255. 65. A lgunos religiosos m ilitantes del ELN. F uente: ELN. Si Futuro. Revisl.i d e C u ltu ra Política del Ejército de Liberación N acional, F re n te de G uerra N (iioccidental, n.° 1. Julio-agosto de 1999, entrevistas varias.

VX'l

Ejército de Liberación Nacional: en tre las arm as.

• Ingreso: 1977 • R etiro o m u e rte ( + ) : 1981 ( + ) • C argo en la org an izació n : M iem bro d e la D irección N acional. ■ N om bre: B ern ard o López A rroyave • C o m u n id a d : S a c e rd o te del S e m in a rio d e V o cacio n es T ardías La Ceja. • Ingreso: 1978 • R etiro o m u e rte ( + ) : ¿? ( + ) • C argo en la o rg an izació n : ¿? ■ N om bre: L au ren tin o R ueda • • • •

C o m u n id ad : S a cerd o te franciscano. Ingreso: ¿? R etiro o m u e rte ( + ) : Activo C argo en la org an izació n : ¿?

■ N o m bre: C arlos B uitrago y Alirio B uitrago • C o m u n id ad : C ateq u istas • Ingreso: 1978 • R etiro o m u e rte ( + ): 198 2 ( + ) • C argo e n la o rg an izació n : A ctivistas ■ N om bre: V icente M ejía • C o m u n id ad : S a cerd o te • Ingreso: ¿? • R etiro o m u e rte ( + ) : ¿? • C argo en la o rg an izació n : ¿? ■ N o m bre: G abriel Borja • C o m u n id ad : S em in arista • Ingreso: ¿? • R etiro o m u e rte ( + ): 1991 • C arg o en la o rg a n iz a c ió n : D irig en te d el M IR q u e se fu sio n ó con el ELN. El en c u e n tro del ELN con un secto r del clero seg u id o r de las e n se ñ a n ­ zas del sacerd o te C am ilo Torres es un rasgo que lo diferen cia del resto de la in su rg e n c ia c o lo m b ian a , con la q u e tie n e en co m ú n el h a b e r recib id o

323

Mario Aguilera Peña

las tra d ic io n e s c o n te s ta ta ria s lib e ra le s ra d ic a le s .66 Lo q u e d is tin g u e al ELN, lo a p ro x im a a las g u e rrilla s c e n tro a m e ric a n a s (El S alv ad o r, N ica­ ra g u a y G u a te m a la ) d e los a ñ o s se te n ta , q u e c o n ta ro n co n la la b o r de re lig io so s ig u a lm e n te a d sc rito s a la te o lo g ía d e la lib e ra c ió n , q u ien es, con su s p a rtic u la re s p rá c tic a s relig io sa s fa c ilita ro n la p e n e tra c ió n de la g u e rrilla m a rx ista y les im p rim ie ro n a los p ro ceso s re v o lu c io n a rio s un s e n tid o d e lib e ra c ió n social c ristia n o . Pero la p a sto ra l rev o lu cio n a ria e n C o lo m b ia , a d ife re n c ia d e los p ro ceso s re v o lu c io n a rio s c o m o el que d e sc rib e Yvon Le Bot67 p ara G u atem a la, no se dirigió a co m u n id a d e s indí­ g e n a s c o n fu e rte s lazos c o m u n ita rio s, sino a c o m u n id a d e s h e te ro g é n ea s d e c a m p e s in o s , d e co lo n o s o a m iem b ro s d e c o m u n id a d e s b a rria le s de p u e b lo s y c iu d a d e s in term e d ia s. La h e re n c ia relig io sa ha d e ja d o p ro fu n d a s m a rc a s en la m em o ria h is tó ric a d e l ELN: re c o n o c e c o m o a un p a d re r e f u n d a d o r al sac e rd o te C a m ilo T orres,68 e lev a d o a c o m a n d a n te g u e rrille ro co m o h o m e n a je pos­ tu m o ; a d m ite q u e el trab ajo de los religiosos influidos p o r la teo lo g ía de la lib e ra c ió n c o n trib u y ó a s u p e r a r la p ro fu n d a crisis p o r la q u e a tra v e ­ só e s t a g u e rrilla a finales d e los a ñ o s s e te n ta ; h a c e q u e d u r a n te algún tie m p o la a g ru p a c ió n g u e rrillera lleve el n o m b re d e U nión C am ilista del ELN, a c o g ie n d o la p ro p u e sta d el ex se m in a rista G ab riel B orja; logra que o tr o s a c e r d o te , M a n u e l P érez, se c o n v ie rta e n u n o d e su s c o n d u c to re s m á s v is ib le s y q u e e n su ev o cació n p a re z c a n flo ta r con m ay o r fu e rz a las c u a lid a d e s d e l sa c e rd o te o d e l s a n to cató lico q u e las d e l c o m b a tie n te g u e rr ille ro . A sí, a la m u e rte de M anuel Pérez un co m u n icad o señaló: «Q ue la dig­ n id a d , la h o n ra d e z , la p u re za y la convicción p a trió tic a y revolucionaria, q u e a c o m p a ñ a r o n p o r sie m p re e n v id a a n u e s tro c o m a n d a n te , e stu v ie­ ro n p r e s e n te s en él h a sta el ú ltim o su sp iro » . A d ic io n a lm e n te , en otro c o m u n ic a d o se invocó la im agen de la o rfan d ad en q u e q u e d ab a el grupo i n s u r g e n te al s e ñ a la r q u e la «fam ilia elen a » h a b ía p e rd id o al «viejo».w’ C o m o e n o tras ocasiones, no fue ex trañ o que a n te la d esap arició n de una 6 6 . E n u n reciente evento a c a d é m i c o se realzaba al liberalismo radical c o m o u n a d e las fuentes d e inspiración del E L N y se desconoció q u e tal influjo es igual m e n t e extensivo a toda la guerrilla c o l ombiana. V é a s e C o rporación Observatorio p a r a L a Paz, ed. Las verdaderas intenciones del ELN. Bogotá: Intermedio, 2001. 6 7 . Y v o n Lebot. La guerra en tierras mayas: comunidad, violencia y modernidad

en G u a te m a la (1 9 7 0 -1 9 9 2 ). M éxico, DF: F C E , 1995. 6 8 . U n capítulo d e la historia oficial del E L N se titula: «Los hijos d e C a m i l o s o m o s d e liberación o muerte», véase H e r n á n d e z , Rojo y negro: aproxim ación a l
Antecedentes de la historia política y militar del Partido Comunista de Chile y del FPMR. 1973 1990. págs. 204-20S. 354

Exilio e internacionalismo en la militancia comunista de tos seten ta... las condiciones internas y el contexto histórico para que esto se desarro­ llara. Por una parte, «un grupo de cuadros abandonan sus profesiones para dedicarse íntegramente a la vida y al estudio de los temas militares. Existe una comunión de pensamientos entre los oficiales y el dirigente político Jacinto Nazal, que estimulaba y entregaba materiales. En el PC se vive una intensa polémica teórica y práctica acerca de cómo enfrentar a la dictadura».*1 Como hemos señalado, a partir del triunfo de la Revolución sandinista un contingente importante de oficiales se concentró en las tarcas de defensa de la Revolución y la construcción del Ejército Popular Sandinista. Por tanto, la vida militante y el proceso de discusión y elaboración política de los oficiales se desarrollaron al calor mismo de la experiencia de una revolución triunfante y la importancia de la construcción de una fuerza militar en la derrota de una dictadura como la de Somoza. Lo anterior lo podemos graficar a partir de los informes enviados por el encargado del contingente de oficiales, Jacinto Nazal, a la máxima autoridad política del PCCh instalada en Moscú, Luis Corvalán. En uno de esos informes, se señala al secretario general del PCCh, que producto de las nuevas condiciones de trabajo que comenzaron a desarrollarse por parte de los oficiales comunistas después del triunfo sandinista, se necesitó «una rápida reestructuración orgánica de nuestro partido lo cual en un inicio se dificultó por los momentos iniciales de desorden y de cambios periódicos de lugar de trabajo»52 a los cuales fueron asignados los militantes. A partir del nuevo contexto y de las necesidades de defensa de la revolución y construcción del nuevo ejército, »sc conformaron 7 células, 2 de artillería, 1 en el Estado Mayor, ) en Blindados, 1 en la Escuela de Infantería, 1 en Retaguardia y 1 en Servicios Médicos».** Según Nazal, las orientaciones principales para el trabajo de las células, fueron determinadas en función de asegurar el cumplimiento de la misión militar. Estas, mediante el análisis de sus nuevas tareas, además del estudio de la experiencia intemacionalista vivida y la propia práctica de lucha del pueblo nicaragüense en su triunfo, debían a su juicio - le indica a Corvalán - «recoger lo que nos podía servir en el camino hacia nuestro objetivo principal que está en nuestra patria».* 51. Ibíd., pág. 204. 52. Carta enviada por Jacinto Nazal desde La Habana a Luis Corvalán en Moscú, el 2 de abril de 1980, pág. 5. En Centro de Documentación c Investigación de Historia Reciente. Escuela de Historia, Universidad Academia de Humanismo Cristiano. 53. Ibíd 54. ibíd.

355

Claudio Pérez Silva Por otra parte, para dar continuidad y proyecciones a las tareas de las células en función de los requerimientos de la lucha en Chile, »*• formaron dos comisiones para el trabajo de investigación y elaboración e considerar y expresar el Eiccho de ser -l.i continuadora directa de Lis tradiciones de ta lucha libertaria del pueblu v a la vea ser centro de atracción para el conjunto de fuerzas que luchah contra cJ fascismo. En este sentido “Fuerzas Armadas I.iberia dar Bernardu O'Higgins” tiene esas características»,1'’ Según la propuesta, la tarea fundamental de la política militar fiel partido en ese momento, es la de formar y construir la fuerza mi lita i propia. Sobre todo teniendo en cuenta Su objetivo, el de lograr en 1.■ clase obrera y el pueblo una capacidad de combare en el terreno mi lila i. Para los oficiales, esta fuerza a construir, es ^la fuerza armada del partid» y, por ello, tiene las características esenciales de una fucraa armada revolucionaria». N o debe componerse "únicamente “por cuadros del ponido. El partido es quien la dirige, en Su estructura existen elementos que aseguran esa dirección, pero ella está llamada en un determinado momento, a incorporar y dirigir a grandes masas en la Jucha armad ¡tV ™ En oíro sentido, señalan que entre las tareas de la fuerza militar propia respecto del desarrollo y las necesidades del proceso político chileno, es esta quien debe confeccionar sus propósitos estratégicos de tal forma que sea et partido quien «asegure el éxito de las acciones principales y, a través de esto, determine la dirección correcia de las acciones de la fuerza militar del pueblo. Si bien este objetivo se logrará mucho más fácilmente en caso de ex istir un elevado orden de orgarticidad de la fuerza militar del pueblo, hay que preverlo independientemente del restOr Nuestra condición de vanguardia es quien gara ni iza la Consecuencia del conjunto en función de los objetivos planteados».” Señalar por último, que La fuerza milita)' propia del partido, debe trabajar en la conducción política-militar de La lucha en contra de la dictadura para convertirse en el destacamento central de la fuerza militar del pueblo. Es al fragor de este proceso, donde junto a la fuerza militar del PCCh deben reunirse las distintas expresiones militares de los sectores democráticos y las organizaciones revolucionarias. En este sentido, en la propuesta de los oficiales respecto de la construcción de la fuerza militar propia tiene una «gran importancia el nombre que adopte, que tiene que servir en sí de consigna que aporte fl la lucha política-militar; en este 76- A lvare s y Bravo Vareas, «Lo m emoria los com batientes chilenos en Nicaragua»,

??. Ibld. 79- Ibld., p;íg. 42. 79. lb id .r p:lgs. 4 2 -4 3 .

362

de t u armas. Para una h íslo ria d e

E x illp

t;

in ic m a c io n a t is m D

en

la r c i l í t t n c i a

C ü r v .U ( iis t ;í d e l o ? s e t e n t a ,

sentido debe señalarse a esta fueraa militar como democrática y recoger lo progresista del ejército chileno- “Tuerzas Armadas Libertadoras Bernardo O'Higgins'' coma nombre identifiesdor tiene esas características-.* Por otra parte, respecto del trabajo hacia las fuerzas armadas de la dictadura, la potinca militar planteada por los oficiales adquiere distintos sentidos y propósitos, todos articulados tpn el objetivo centra! de desrruir las fuerzas que sostenían el poder de la dictadura. Una de las lineas de trabajo está dirigida hacia el segmento de mili­ tares que sufrió directamente los efectos del golpe de Estado de 1973. Asignándole un importante papel a los denominados ^militares patriotas*, sobre todo» dentro tlel proceso de construcción de alianzas políticas y militares que permitan ena correlación favorable de fuerzas para terminar con la dictadura. Eis-te contingente de militares estaría conformado por Jos miembros de las fuerzas armadas profesionales que fueron expulsado? de las instituciones armadas a partir de] golpe de Estado, principalmente por sus posiciones políticas de defensa de la Constitución y su actitud anrigolpista. Señalan además, la posibiStdad que este tipo J e militar eonstiiucion3lista se mantenga en esos, momentos al interior de las fuerzas armadas de la dictadura.*1 Entre las características principales que lo asignan a este grupo de militares destaca su heterogeneidad política e ideológica. Encontrándose entre ellos, según los oficiales comunistas, desde posiciones abiertamente revolucionarias a manifestaciones simple de antifascismo. La tarea principal del partido y de La fuerza militar propia («Fuerzas Armadas Libertadoras Bernardo Q'S-TiggirtS* en la propuesta de los ofi­ ciales) hacia este contingente de oficiales, consiste en presentarles una clara alternativa militar. Garantizándoles »una determinada seguridad en sti futuro como profesionales de las armas* buscando que superen su convicción (le no tener ninguna perspectiva al haber sido pasados a

retiro™.®3 Por otra parte, plantean la necesidad de desarrollar una política hacia estos sectores con el objetivo de sumarlos a las posiciones revoluciona­ rias., H'iio como aliados tácticos de la clase obrera, sino como aliados estratégicos de la misma--, T_cs anterior, considerando las experiencias revolucionarias, desde la rusa a la cubana, "en el sentido de ganar para ¡as posiciones francamente revolucionarias a cuadros del viejo ejército^. A juicio de tos militares comunistas, tal situación seria posible gracias a

W . ibid., pág. 43.

SI. lbid.r pJg-¿3. 82. Ibid, 3 Í3

Claudio Pérez Silva las posiciones políticas cercanas que sustentaban esos militares patriotas en ese momento." En otro sentido, se señala como un objetivo esencial de la potítint militar del partido, la destrucción de las fuerzas armadas y de los distintos destacamentos armados y aparatos policiales del Estado burgués fascistas existentes en Chile. Según los oficiales, estas fuerzas militares son los pilares fundamentales del poder de la dictadura, «sostén directo de la dominación terrorista impuesta por los sectores más reaccionarios del capital financiero criollo en estrecha alianza con el imperialismo», de ahí la importancia de su destrucción. Señalan además, que para lograr dicho objetivo, se requiere de un protagonismo y conducción por parte del pueblo al alero de un proceso verdaderamente revolucionario. No obstante, agregan, para que este proceso se desarrolle, «resulta impres­ cindible. la organización popular de una fuerza militar capaz de cumplir esta tarea».*4 De esta forma, se podrá instaurar un nuevo régimen domo orático, nacional y popular en miras al socialismo. Por tanto, a juicio de los militares comunistas, el establecimiento de un Estado popular con las características señaladas más arriba, requiere el fin del Estado burgués y la derrota total de las fuerzas políticas y militares que sustentan dicho régimen. En la propuesta de los oficiales, se señala que existen elementos y concepciones que son germen de su destrucción. Situación que se agu­ dizaría en contextos en donde las fuerzas armadas se hacen cargo del aparato estatal o en casos de crisis políticas y enfrenamientos armados. No obstante, señalan que estas situaciones o elementos, por si solos no producen el quiebre o la derrota de las fuerzas armadas, se requiere que el partido y el conjunto de las organizaciones democráticas y revo­ lucionarias exploten o aprovechen estas condiciones en función de las tareas democráticas y populares. Dirigiendo para ello, lineas específicas de trabajo que ayuden al desarrollo de estas problemáticas. Entre las contradicciones y problemáticas que se desarrollan en las fuerzas armadas está la separación o subordinación que hacen entre la política y la guerra. Situación que los llevaría a cometer una serie de errores políticos en la conducción y control del Estado, agudizando su aislamiento político y las propias contradicciones en su seno. Respecto de la situación de conflictos políticas o enfrentamientos armados internos, la subordinación de la política a la guerra los llevaría a recrudecer y violar permanentemente «las leyes objetivas de la lucha 83. Alvarez y Bravo Vargas. -La memoria de las armas. Para una historia de tos combatientes chilenos en Nicaragua». 84. Ibíd.. pág 44. 364

Exilio c internacionalismo en Id militando comunista de los se te n ta.. armada y con ello a ser débiles frente a una fuerza que haga adecuado uso de ella». Aspecto que debería aprovecharse para agudizar las contra­ dicciones al interior de las fuerzas armadas y señalar caminos daros de la salida a la crisis. Otros elementos importantes que señalan los militares comunistas respecto de las características y debilidades de la fuerzas armadas de la dictadura, son -producto de su formación política- el desprecio hacia el mundo popular, la dcspersonalízación de los militares y la arrogancia. Situaciones que llevarían a los militares a olvidar por qué están peleando en defensa de la dictadura. Por último, señalan que tanto el mecanismo de reclutamiento de la tropa -servicio militar obligatorio- que provocaba que fuera constituida fundamentalmente por hijos de obreros y campesinos, como la propia estructura de las fuerzas armadas fascistas, permitían la ocasión para que una gran cantidad de oficiales pudieran tener control real sobre importantes unidades militares. Según los oficiales, todos los elementos y situaciones señalados, posibilitaban y hacían más fácil el desarrollo de algún grado de contradicciones al interior de las fuerzas armadas y que provoquen conjuntamente, el quiebre de sus distintas estructuras. Concluyendo además, que tal situación política «no se producirá por generación “espontánea’*, sino que debe mediar un sistemático trabajo político combinado con golpes de cierta envergadura para que se llegue a la crisis».*4 Entre los factores externos, tanto políticos como militares, que posibi­ litaban el desarrollo de contradicciones en las fuerzas armadas fascistas, están el trabajo del movimiento revolucionario dirigido hacia ellas, espe­ cíficamente el trabajo ideológico al interior de las instituciones armadas. Resaltando las denuncias de las contradicciones latentes al interior de ellas, como la desigualdad social y la corrupción.84 Desde el punto de vista militar, factores externos que aumentan las contradicciones al inte­ rior de las fuerzas armadas son la participación en guerras caracterizadas como injustas, ya sea contra otros Estados o contra su propio pueblo, papel central en la represión a los movimientos de liberación o al campo popular en general. No obstante, señalan que la crisis al interior de las fuerzas armadas no se producirá sin la existencia de un trabajo sistemático del movimiento revolucionario, orientado y constante en función de lograr en última instancia su destrucción.

85. Ibíd , pág. 48. 86. Ibíd., pág. 49. 36S

Claudio

Silva

Por último, señalan una serie de medidas referidas a la destniccinn 'I* las fuerzas armadas fascistas, considerando sus características y la pohtu • militar del partido sugerida en la propuesta. Entre las proposiciones ini» importantes, en términos políticos, destaca el papel central que a