Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Organizações, Sistemas e Métodos
Estruturas Organizacionais
Material desenvolvido com base em: CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. São Paulo: Atlas, 2000.
1
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Funções básicas 1. Realizar produtos organizacionais e atingir metas organizacionais 2. Minimizar/regular influência das variáveis individuais sobre a organização 3. Contexto em que o poder é exercido – – – –
posicionamento hierárquico Tomada de decisão Fluxo de informações Execução das atividades
2
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura • Parte física – Edifícios – Equipamentos – Localização, espaços
• Elementos de trabalho – Processos produtivos – Organização do trabalho – Organização da produção
3
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Análise da estrutura (Drucker) 1. Análise das atividades 2. Análise das decisões 3. Análise das relações
4
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
1. Análise das atividades • Qual o trabalho que deve ser feito? • Quais os tipos de trabalho que podem ser reunidos? • Qual a importância que deve ter cada atividade na estrutura organizacional? • Estrutura objetivos da organização
5
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
2. Análise das decisões • Estrutura da alta administração • Autoridade e responsabilidade nos diversos níveis de gerencia operacional • Delegação de poder
6
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
3. Análise das relações • Analisar as relações de baixo para cima • Relações laterais (entre gerentes) • Estrutura necessária A estrutura de uma organização é o agrupamento das funções de acordo com um certo padrão de autoridade. 7
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Representações gráficas da estrutura • Organograma – representação gráfica e abreviada da estrutura da organização.
• Funciograma – gráfico de organização com finalidade de detalhar as atividades/tarefas que compõem uma função de um órgão da empresa.
8
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Organograma • tem como finalidade representar: – os órgãos componentes da empresa – as funções desenvolvidas pelos órgãos (de forma genérica) – as vinculações/relações de interdependência – os níveis administrativos – a via hierárquica – o nome do dirigente do órgão – o efetivo de pessoal – o tipo de autoridade/ ligação hierárquica 9
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Construção de um organograma
• Órgãos representados por figura geométrica (retângulo) • Tamanho dos retângulos proporcional à importância hierárquica do órgão • Quando no mesmo nível administrativo, órgãos de hierarquia diferentes, o menor, abaixo do maior • Staff, estado-maior ou apoio quando não em linha, posicionar horizontalmente, abaixo do ponto da via hierárquica • Se necessário os diversos tipos de autoridades devem ser representados por tipos de linhas diferentes • É dispensável a representação da Assembléia Geral ou Acionistas
10
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Projeto de estruturas organizacionais 1. Fixação dos objetivos estratégicos da empresa 2. Identificação dos maiores obstáculos para a empresa 3. Elaboração de estruturas alternativas 4. Teste das alternativas quanto às vantagens 5. Opção pela melhor alternativa 11
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
1. Fixação dos objetivos estratégicos da empresa
• Estratégicos – Crescimento – Expansão – Diversificação
• Ambiente interno e externo – mudança • Previsibilidade – Conseqüências – resultados 12
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
2. Identificação dos maiores obstáculos para a empresa
• Participação da alta direção e gerências • Relação problemas X Estrutura • Diagnóstico situacional detalhado – Dificuldades: tecnológicas, gerenciais, sociais – Tratamento integrado
13
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
3. Elaboração de estruturas alternativas • Mais de uma solução • Critérios de departamentalização
14
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
4. Teste das alternativas quanto às vantagens
• Avaliação das alternativas • Reflexo no comportamento organizacional • Facilitar o atendimento dos objetivos
15
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
5. Opção pela melhor alternativa • Escolha da alta direção • Otimiza a consecução dos objetivos da empresa • Aumenta a saúde e efetividade da organização
16
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estruturas tradicionais • • • •
Estrutura linear Estrutura funcional Estrutura linha-staff Estrutura comissional
17
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura linear • Militar, piramidal, clássica, tradicional • Direção singular- Empregado tem um só chefe • Não valoriza especialização • Chefia = autoridade • Ordens via hierárquica • Organizações burocráticas • Alto grau de formalismo • Sem comunicação lateral 18
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura linear – vantagens • Aplicação simples • Fácil transmissão de ordens e informações • Definição clara de deveres/responsabilidades • Decisões rápidas • Fácil manutenção da disciplina • Baixo custo de administração 19
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura linear – desvantagens • • • • •
Não favorece a especialização Organização rígida Sobrecarrega a direção Exige bons chefes Não favorece o espírito de equipe – cooperação
• Excessiva centralização – Dificulta substituição do chefe
• Visão global dificultada 20
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura funcional • Origem: – Crítica de Taylor a Estrutura Linear
• Operário assistido por agentes especializados – Estudos ou planos (agente proprietário) – Execução (agente executor)
• Princípio da especialização 21
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura funcional - vantagens • Promove o aperfeiçoamento e a especialização • Não necessita elementos humanos excepcionais • Diminui a projeção individual • Promove cooperação, trabalho em equipe • Maior economia para as grandes empresas 22
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura funcional - desvantagens • Resistência dos subalternos à cooperação • Difícil aplicação, requerendo grande habilidade por parte da gerência • Dificuldade para apurar responsabilidades • Custo inicial elevado • Apresenta tendência para diminuir a rapidez da ação (comunicação), 23
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura linha-staff • • • •
staff-and-line ou mista Características básicas da estrutura linear Existência de staff (apoio,assessoria) Permite diretores e chefias menos qualificados – Supridos pelos staff (aconselhamento)
• Assessor técnico independente – Expressar opiniões sem pressão
• Estruturas médias/grandes – Necessidade de atualização permanente 24
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura linha-staff - vantagens • Flexibilidade e facilidade de comando • Permite a participação de especialistas em qualquer ponto da linha hierárquica • Permite confiar nas normas e determinações • Limita a responsabilidade dos chefes, divide a responsabilidade 25
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura linha-staff - desvantagens • Possibilidade de conflitos entre staff e os chefes de linha • Os técnicos procuram agradar os executivos • Requer hábil coordenação das orientações ou sugestões emanadas do staff • Reduz o espírito de iniciativa dos chefes de linha 26
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura Comissional • • • •
tipo comissão ou coligada Usada em empresas de grande porte A chefia não é única Chefia coligada, divide responsabilidades • Decisões de grande porte
27
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura Comissional - vantagens • Desenvolvimento e aplicação da crítica construtiva • Ponderação nas decisões • Formação do espírito de equipe • Preparação do executivo com visão global • Continuidade de orientação e ação política 28
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura Comissional - desvantagens • Responsabilidade fracionada • Decisões mais lentas • Retira do comando a iniciativa de decisão • Necessita de presidente excepcional
29
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Outras Estruturas • • • •
Estrutura com base em projeto Estrutura Matricial Estrutura com base em função Estrutura divisional
30
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura com base em projeto • Projetos que demandam qualificação alta técnica • Projeto separado da estrutura funcional rotineira • projeto – – – –
Gerente Complexidade, importância Técnica emergente, obsolescência rápida Exigência do cliente
• Unidimensionada (1 projeto, 1 gerente) • Objetivos e prazos bem definidos (temporária) 31
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Quando usar a Estrutura por projeto 1. Muitas pessoas/organizações interdependentes 2. Planos sujeito a mudanças 3. Alto risco, dificuldade de prognósticos 4. Exigência do cliente 5. Estrutura organizacional rígida
32
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Como contar uma estrutura por projeto • Definir as funções do projeto • Montar a estrutura organizacional: – Organograma do projeto
• Definir as atribuições das funções: – Responsabilidades e autoridades
• Alocar pessoal: – Relacional pessoal interno – Contratar (se for o caso) 33
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura com base em projeto - vantagens • • • •
Unidade de direção (Objetivo único) Espírito de cooperação Comunicação informal (integração) Gerencia controla todos os recursos
34
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura com base em projeto - desvantagens
• Aceitação pela organização permanente – Projeto é temporário
• Meios duplicados (um por projeto) • Ineficácia na utilização de recursos • Insegurança no emprego – término do projeto
• Pessoal alocado para o projeto pode perder lugar na estrutura permanente 35
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura matricial • Propicia condições de flexibilidade e funcionalidade -> mudanças ambientais • Híbrida: linear + projeto • Autoridades: – hierárquica – Funcional
• Indicada para empresas que desenvolvem vários projetos/produtos • Estágio mais desenvolvido das estruturas contemporâneas
36
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura matricial - características • Multidimensional: – estruturas permanentes – por função – por projeto
• É permanente (só os projetos são temporários • Adaptativa(flexível) – atende a ambientes complexos
• Tenta combinar as vantagens das outras estruturas (minimizando as desvantagens) 37
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura matricial - vantagens • Equilíbrio de objetivos – Área funcional – Coordenação de projetos
• Grande flexibilidade pra enfrentar: – Ambientes complexos – Riscos – Incertezas
• Trabalho em equipe – Metas dos projetos 38
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura matricial - desvantagens • Subutilização de recursos – Projetos independentes X economia de escala
• • • • •
Padrões de eficiência diferentes Insegurança entre os membros dos projetos Funcionário pode ter dois “chefes” Falta de autoridade do gerente de projeto Interferência dos gerentes de projeto nos departamentos permanentes 39
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura com base em função • Atividades análogas, interdependentes, são agrupadas departamento • Departamentos com objetivos próprios • Pessoal adquire experiência e capacidade • Conflito entre grupos (pode haver) • Inadequado para empresa com produtos diversificados 40
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura com base em função • Problemas – Quase sempre as tomadas de decisão sobem aos níveis superiores (informações globais) – Demora nas decisões (andamento das ativ.) – Crescimento vertical níveis hierarquicos (reduzido poder de decisão) – desencorajamento das iniciativas – Compartimentalização (cada chefe considera-se absoluto da área, sem visão global)
• Sintomas sugerem necessidade de reorganização estruturar
41
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura com base em função • Características – Unidimensional (base exclusiva a função principal) – Cada área dedica-se ao desenvolvimento da função proncipal • Vice-presidencia • Gerência geral • Departamento
– Baseada em função – Objetivo permanente (ambiente estável) – Longo prazo 42
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura com base em função • Vantagens – Centralização de recursos similares a cada função – Solidificação da especialização (unidades) – Perspectiva de carreira (profissionais) – Uniformidade de normas e procedimentos – Permite alta qualidade
43
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura com base em função • Desvantagens – Conflitos por recursos (vários projetos/produtos) – Ênfase na própria especialidade (objetivos dos projetos/produtos) – Inaplicável em ambiente instável – Não flexível (centralização) – Não favorece a cooperação interdepartamental 44
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura divisional • • • • •
Unidimensional – um produto Atividades dispares (objetivo final específico) Parcelamento da estrutura com base em função Cada divisão desenvolve um produto (ou grupo) Divisão com uma “empresa” (recursos, efetividade do órgão) • Divisionalização por: – – – – –
Produto; Área geográfica; Função; Processo; Serviço ou área de negócio.
45
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura divisional - vantagens • Cada gerente é orientados aos produtos, expansão, comercialização, custos, lucratividade • Fácil coordenação (orientada ou produto e não as funções) • Maximização das capacidades pessoais • Motivação pelo produto 46
Prof. M.Sc. Marcos Barbosa
Estrutura divisional - desvantagens • Custos elevados (duplicação de órgãos) • Dificuldade de integração (grupos de produtos) • Sacrifica a especialização funcional e economia de escala • Divisão de produção gera divisão de funções: – Venda, compras, contabilidade, ...
• Difícil integração organizacional • Aplicações: – Grandes empresas altamente diversificadas (produto e mercado) 47