TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇAO DOS PROGRAMAS
DE
PÕS-GRADUAÇAO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JA NEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇAO
DO
GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS CM.Se.) EM ENGENHARIA CIVIL.
Aprovada por:
(Presidente)
JÁ~.,c'SYC'r~ s:ligio Fernandes Villaça
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JUNHO DE 1984
ll
BERTOLINO J0NIOR, RENATO Bifurcação Secundária Instável em Placas Retangulares (Rio de Janeiro) 1984. VIII, 109p.
29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenha-
ria Civil, 1984). Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE. 1. Estabilidade Elástica Estrutural I. II. Título (série).
COPPE/UFRJ
iii
Ved~eo a m~nha e6po6a
ANA MARIA
lV
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Ronaldo Carvalho Batista pela valiosa orienta-
- em todas as etapas deste trabalho. çao Ao Prof. João Cyro André e Prof. Jairo Porto que sempre me incentivaram e apoiaram na realização dos estudos de pós-graduação. A todos os professores da COPPE e da ESCOLA DE ENGENHARIA DE LINS pelos ensinamentos recebidos.
A minha esposa e filha, pela paciência, dedicação e estímulo. Aos meus pais e familiares, pela força e motivação. A todos os colegas e amigos que contribuiram, direta
e
indiretamente, para a realização deste trabalho.
A Universidade Estadual Paulista (UNESP - "Campus
de
Ilha Solteira") e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES-PICD), financiaram meus estudos de pos-gr~ duação. A Maurícia pelo excelente trabalho de desenho.
A Lilian pela esmerada elaboração gr;fica deste trabalho.
V
Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários para a obtenção do Grau de Mestre em Ciências CM.Se.)
BIFURCAÇÃO SECUNDÁRIA INSTÁVEL EM PLACAS RETANGULARES
Renato Be~tol~no Jún~o~
JUNHO DE 1984
Orientador: Prof. Ronaldo Carvalho Batista Programa:
Engenharia Civil
O comportamento não-linear elástico de placas esbeltas sob os efeitos das imperfeições iniciais e acoplamento
de
modos é analisado no presente trabalho.
Através dessa análise sao detectados pontos de bifu~ caçao secundária ao longo do caminho fundamental imperfeito
de
equilíbrio que podem ser de caráter estável ou instável.
A análise dos resultados apresentados neste trabalho, vem demonstrar que mesmo para geometrias práticas, uma
placa
sob compressao axial, pode perder sua estabilidade ainda em regime elástico e portanto antes da ocorrência de colapso plástico.
vi
Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as partial fulfillment of the requiriments for the degree of Master of Science CM.Se.)
UNSTABLE SECONDARY BIFURCATIONS IN FLAT RETANGULAR PLATES
Renato Be~tolina Júnia~
JUNE, 19 8 4
Chairman: Prof. Ronaldo Carvalho Batista Department: Civil Engineering
The non-linear elastic behaviour in thin flat plates under the effects of initial imperfections and coupled modes is analysed in the presented work.
Through this analysis it is detected, along the imperfeçt fundamental equilibrium path, secondary points of bifurcation which may be st~ble
or unstable.
The obtained resul ts show i!hat
even for practical
geometries, a flat plate under uniaxial compression may loose its stability in the elastic regime and therefore, before the occurence of plastic colapse.
vii
fNDICE Pág. CAP!TULO I - INTRODUÇÃO
1
CAPfTULO II - FORMULAÇÃO TEÕRICA DO PROBLEMA
4
II.l Hipóteses Básicas Adotadas
4
II.2 Energia de Deformação Elástica
6
II.3 Energia Potencial das Cargas Externas 9
Aplicadas II.4 Energia Potencial Total
10
II.4.1 Variação Total da Energia Potencial Total
11
II.5 Equações Diferenciais Não-Lineares de Equilíbrio
14
II.5.1 Equações Diferenciais Não-Lineares Incluindo Imperfeições Geométricas Iniciais
15
II.5.2 Equações Diferenciais Não-Lineares Incluindo Imperfeições Iniciais Equivalentes Causadas por Pressão Lateral
18
II.6 Equações Algébricas Não-Lineares de Equilíbrio
21
CAP!TULO III - ESTABILIDADE DE PLACAS GEOMETRICAMENTE PERFEITAS
31
III.l Introdução
31
III.2 Modo Não-Acoplado de Deformação
32
III.2.1 Caminho Fundamental de Equilíbrio e Ponto Crítico
32
viii Pág. III.2.2 Caminho Pós-Crítico de Equilíbrio III.3 Modo Acoplado de Deformação
35 41
CAPfTULO IV - ESTABILIDADE DE PLACAS COM IMPERFEIÇÕES GEOMfTRICAS INICIAIS IV.l Introdução
52 52
IV.2 Imperfeição Geométrica Inicial em um Onico Modo Crítico
57
IV.2.1 Modo de Imperfeição na Mesma Forma que do Modo Crítico Dominante
57
IV.2.2 Modo de Imperfeição em Forma Distinta do Modo Crítico Dominante
61
IV.3 Imperfeições Geométricas Iniciais em Ambos os Modos Críticos
71
CAPfTULO V - RELEVANCIA DOS RESULTADOS DA ANÁLISE NO PROJETO ESTRUTURAL V.l Introdução
82 82
V.2 Comparação e Análise dos Resultados para Distribuições de Tensões
84
CAPfTULO VI - CONCLUSÕES
93
BIBLIOGRAFIA
94
NOMENCLATURA
99
ANEXO
105
CAP!TULO I
INTRODUÇAO
É bem sabido que a teoria clássica da estabilidade indi
ca que uma placa
sob compressão axial em seu próprio plano
tem
um comportamento pós-crítico estável, e portanto tem sido sempre considerada como sendo insensível à imperfeições iniciais.
Entretanto, estudos experimentais e teóricos recentes têm mostrado a possibilidade de ocorrência de mudança brusca formas modais durante o processo de flambagem
e como
de
consequencia
final mudança de rigidez axial.
Para estudar este fenômeno, o presente trabalho
enfoca
o caso de acoplamento entre as formas modais simétrica e antimétrica, para a placa geometricamente perfeita e em presença de im perfeições geométricas iniciais.
Mostra-se que a presença de imperfeições geométricas iniciais, poderá levar à um acoplamento das formas modais em função da magnitude dessas imperfeições, originando pontos de bifuE caçoes secundárias estáveis e instáveis, ao longo de caminhos im perfeitos de equilíbrio.
Inicia-se este desenvolvimento no Capítulo II que apresenta a formulação teórica do problema, considerando as
hipóte-
2
ses básicas para uma placa esbelta.
As equaçoes diferenciais não-lineares de equilíbrio
e
de compatibilidade, do tipo VON KÁRMÁN, para grandes deslocamentos considerando imperfeiç6es geométricas iniciais, são obtidas via extremização do funcional de energia potencial total.
As equaçoes algébricas não-lineares de equilíbrio desenvolvidas para uma placa simplesmente apoiada em todo o
sao seu
contorno e submetida à uma força de compressão axial em seu plano médio.
A solução dessas equaçoes algébricas não-lineares de equilíbrio mostram que: a interação entre as formas modais simétrica e antimétrica, dependem das imperfeiç6es, isto é, não
ha-
vendo nenhuma imperfeição na placa, três soluç6es são possíveis, duas não-acopladas e a terceira acoplada; ocorrendo uma imperfei ção inicial quer na forma simétrica ou antimétrica, duas
solu-
ç6es são possíveis, uma não-acoplada e outra acoplada; quando as imperfeiç6es estão presentes em ambas as formas modais, existe u ma Única solução e esta é acoplada.
O Capítulo III apresenta o estudo da estabilidade placas geometricamente perfeitas,
de
levando a obtenção do caminho funda
mental de equilíbrio (que corresponde a um estado de da membrana) e do caminho pós-crít:icó locamentos fora de seu plano médio.
equilíbrio
de equilíbrio, envolvendo des
3
Este estudo mostra que o primeiro caminho pós-crítico bi furcado do caminho fundamental de equilíbrio, assumirá a forma mo dal simétrica, quando o numero de meias-ondas senoidais na forma simétrica (n) for igual à razão entre os lados da placa (y),
e
assumirá a forma modal antimétrica, quando o número de meias-ondas na forma antimétrica (m) for igual à razão entre os lados da placa (y).
Se n # y em# y, o primeiro caminho pós-crítico bi-
furcado do caminho fundamental de equilíbrio assumirá a forma mo dal simétrica quando y 2 < m•n e antimétrica quando y 2 > m•n.
O Capítulo IV apresenta o estudo da estabilidade de pl~ cas, em presença de imperfeições geométricas iniciais que contra riamente à postulação da teoria clássica, ao invés de sempre de~ truir pontos de bifurcação, podem originar, em função do acoplamento entre as formas modais, bifurcações secundárias estáveis, ou o que é mais surpreendente no caso de placas planas, bifurcaçoes secundárias instáveis ao
longo de caminhos imperfeitos
de
equilíbrio.
Finalmente, o Capítulo V demonstra, com base na análise dos resultados apresentados e no entendimento do comportamento não-linear estrutural, que uma placa imperfeita pode sob o efeito adicional da interação entre modos, ocasionadas por
estas mes
mas imperfeições, perder sua estabilidade em regime elástico antes da ocorrência de um colapso plástico.
Evidências qualitati-
vas e quantitativas através de análises da distribuição de sões normais e comparações com prescrições de normas de são ainda apresentadas neste Capítulo.
ten-
projeto
4
CAPfTULO II
FORMULAÇAO
II.l
TEÕRICA
DO
PROBLEMA
HIPÕTESES BÁSICAS ADOTADAS
O presente trabalho se restringe~ análise não-clássica da estabilidade de placas retangulares de espessura constante 'h', comprimento 'a' e largura 'b', constituída de
material
homogêneo isotrópico de comportamento elástico linear.
A placa é referida ao sistema de eixos cartesianos
y, z, onde os eixos x e y coincidem com os bordos da placa e
x, o
plano formado por eles, localiza-se na superfície média, confor me mostra a Figura II.l.a.
/, /
/ /
l
Y,v
z,w a.
COORDENADAS
DA
PLACA
RETANGULAR
b, TENSÕES NO ELEMENTO lflNITESIMAL DA PLACA
FIG. 11-1. SISTEMA DE EIXOS E COMPONENTES POSITIVAS DOS DESLOCAMENTOS E DAS TENSÕES(35)
5 As componentes positivas dos deslocamentos, u, v, w
e
das tensões que atuam em cada face de um elemento infinitesimal, sao indicadas respectivamente na Figura II.l.a e b.
~
Para uma placa esbelta, cuJa espessura e pequena compa rada com as outras dimensões, duas hipóteses básicas são consideradas com respeito ao seu comportamento,
a. as deformações de cisalhamento Yxz e Yyz sao despr~ zíveis, e as linhas normais à superfície média
an-
tes da deformação, permanecerão retas e normais
a
superfície média após a deformação da placa;
b. as tensões normais CTz e a sua correspondente deformação
são desprezíveis, e portanto a deflexão z transversal em qualquer ponto (x,y,z) e igual a deE
flexão transversal correspondente ao ponto (x,y,O), da superfície média da placa.
Para a análise da estabilidade de placas esbeltas,
su
jeitas a carregamento atuando em seu plano médio, a seguinte hi pótese pode ainda ser adotada,
c. se as condições de contorno, estáticas e cinemáticas adotadas são tais que rotações pré-críticas não são induzidas (ou pelo menos sao restringidas a vizinhan ça dos contornos; portanto desprezíveis), então,
o
estado de deformação pré-crítico pode ser considera do como um estado de membrana;
6
e além disso,
d. para tais condições de contorno, o alongamento
da
superfície média causada pela flexão, devida a
um
carregamento lateral adicional, pode ser desprezado; o que é equivalente -
conforme será demonstrado
as imperfeições geométricas iniciais na forma
de
meia-onda senoidal.
Como consequência das hipóteses 'a' e 'b', conhecidas como hipóteses de KIRCHOFF
(10), a placa pode ser tratada como
um problema bi-dimensional de tensões, e as hipóteses 'c' e 'd' permitem descrever o comportamento da placa através de uma equ~ ção diferencial com coeficientes constantes.
As equaçoes diferenciais de equilíbrio, lineares
e
não-lineares, serão obtidas via extremização do funcional de energia potencial total, a qual e composta das parcelas da energia de deformação elástica, U, e da parcela da energia potencial das cargas externas aplicadas,
II.2
n.
ENERGIA DE DEFORMAÇÃO EL~STICA
A energia de deformação elástica para um elemento isotrópico tridimensional, Figura II.l.b, referido ao sistema coordenadas ortogonais arbitrárias, pode ser escrita,
de
7
U =
onde,
T
!f
(II-1)
TE dvol. vol.
representa o tensor de tensões e E
o tensor de defor
maçoes; ou ainda, levando em consideração as hipóteses básicas 'a' e 'b', a equação (II-1), fica:
jªjbjh/2
U = l 2
+ o E + T y )dxdydz y y xy xy
O O -h/2 !STRIBUIDAS APLICADAS NA PLACA
)J
Nyv 'y + Nxy ( u, y +v, X_ dxdy (II-10)
II.4
ENERGIA POTENCIAL TOTAL
A energia potencial total, V, da placa retangular,con~ titui-se das parcelas da energia de deformação elástica, UM
e
UF,e da parcela de energia potencial das cargas externas aplic~ das, íl.
V =
u +
V =
2
K
(II-11)
íl = UM+ UF + íl
rr
o o
[,~·S:·'"h' !e 1-\)) y :yJdxdy
+
11
J dxdy
+ 2vx x +2 (1-v)x 2 X y xy
-
+ N ( u, +v, )] dxdy xy y X
II.4.1
(II-12)
Variação Total da Energia Potencial Total
Considerando que o campo de deslocamentos da estrutura deformada em uma configuração vizinha à fundamental é definido por~
f
I
+ ~ , as deformações específicas e as mudanças de curva-
tura correspondentes ficam,
f I E = E + Ey( X X
f I Ey = Ey + Ey
f
Yxy= Yxy
+
f I Xx = Xx + XX
e,
I Yxy
f I Xy = Xy + Xy
(II-13)
f I Xxy= Xxy + Xxy
onde os super-Índices 'F' e 'I', referem
aos campos fundamen-
tal e incremental, respectivamente.
Considerando que o estado fundamental da placa comprimida axialmente seja um estado de membrana, tem-se que,
f
f
f
Xx = Xy = Xxy = o E
f
X
= u,x
(II-14)
12
-
\!U
=
'x
Por conveniência de escrita abandona-se a seguir o super-Índice 'I', apresentado em (II-13) reescrevendo as parcelas incrementais nas formas,
E:
E:
I
=
E:
I y =
E:
X
1
X
1
y
+
E: li
+
E:
X
li
y
e,
I 1 y li y xy = Yxy + xy
I Xx =
x'X
I Xy =
x'y
(II-15)
I 1 Xxy = Xxy
onde (') e ( 11 ) denotam respectivamente, componentes lineares
e
quadráticas.
Com a transformação V(~;À)
+
1 V(~F+~ ;À), que implica na
substituição de (II-13), (II-14) e (II-15) em (II-12), a variação total da energia potencial total, é dada por
F
V(~ +~
I
;.À)
(II-16)
onde,
+ llíl
(II-17)
13
V2
=
J
1-v K 2 (y ' ) dxdy + JªJb [(E~)2+(E~)2+ 2VE 1 E 1 + xy X y 2 2
o o
+
J dxdy+
D 2 +( •
......
•,
·· .
,, )(,
•,.
3'
2'
2.0
,S.O
.
.... .. -- ..
41
5/
4.0
-··
50
y
CARGAS CRÍTICAS DOS MODOS DE DESLOCAMENTOS NÃO·ACOPLADOS(24)
Observa-se nesta Figura, que o valor de n ou m que for nece o menor valor da carga crítica, A, depende da razao
y,
sempre associada a valores inteiros; e quanto maior o valor
de
c
y, Ac tende a um valor unitário.
35
III.2.2
Caminho Pós-Crítico de Equilíbrio,
O caminho pós-crítico de equilíbrio, para a condição nao -acoplada (III-1.i) e (III-1.ii), intercepta o caminho fundamental de equilíbrio no ponto crítico,
K
=
Kc
e A=
o ou K = Kc e
B = O, sendo dados pelas soluções das equações não-lineares
de
equilíbrio pós-crítico (III-5)
para o plano
A x A,
e
(III-12)
para o plano
A x B.
O modo simétrico não-acoplado
(Ai
O;
B
= O)
origina-
ra o primeiro caminho pós-crítico bifurcando do caminho fundamen tal de equilíbrio, quando n = y e o antimétrico (A= O; B ~ O), quando m = y.
Se n i y em I y, o primeiro caminho pós-críti-
co bifurcado do caminho fundamental de equilíbrio, será
(i) o modo simétrico, quando y 2 < n•m; ou, (ii) o modo antimétrico,
quando y 2 > n,m;
conforme ilustrado na Figura III.2.
A verificação da estabilidade do estado crítico de equilí \;;,--,5 o ( 7i. c . ) e pós-crí tj_ao inicial associf.do ao primeiro caminho não-acop~ ITlln
36
ii
'
Ã
Ã'IO
2
a. Y O para
quer valor arbitrário e pequeno de
B.
Assim, tanto o
o
qualestado
crítico de equilíbrio, quando os estados pós-críticos iniciais associados ao modo simétrico ou antimétrico, são estáveis.
Como mostra a Figura III.2, os caminhos pós-críticos de equilíbrio associados a
Xc
>
Xc
. min
(primeiro caminho) são instf
veis, já que os estados de equilíbrio, para cargas maiores
que
a carga crítica clássica, são sempre instáveis.
Apresenta-se nas Figuras III.3, os caminhos pós-críticos de equilíbrios, para cinco valores distintos de y, com a solução numérica das equações não-lineares (III-5) (III-12); que correspondem as ra III.2.
obtidos e
situações apresentadas pela Fig~
38
Ã
à 2'
CAMINHO
PÓS-CRÍTICO
2
2
...~ 1t CAMINHO
1
PÓS-cRi'T1co
... ~
n• 1 ffl=2
fJ.• 200 Ã~ ii
.,
< Ã~ Ã
_,
o
FIG, 111-3a.
CAMINHOS
o
PÓS-CRÍTICOS
DE
EQULÍBRIO,
à 2
Ã
f
2
,.
22 CAM1NHO
...
:
j • 1.0
PÓS-cRIT1co
CAMINHO
PÓS-CRITICO
...~ n=1 m,2
fJ.• 200
_,
FIG. 111- 3b.
_ B
Ã~e
< "ãe
o
CAMINHOS
Ã
_,
PÓS-CRÍTICOS
o
DE
EQUILÍBRIO,
'tf • 1.3
39
ii 2
2
-Ã
"•
n.,
m,
2
µ• 200
A~= A~ ã
_, Fl6.111-3o.
Ã
_,
o
CAMINHOS PÓS-CRÍTICOS
o
OE
EQUILIBRIO, -(
ii
=tt
ii
2
2
,.
2•
CAMINHO
CAMINHO PÓS- CRÍTICO
PÓS· CRÍTICO
-;.
"•
-ii
"•
n., ffl•2
µ, 200
l\! >l\~ _, FI 8.111- 3d.
ã o CAMINHOS
A
_, PÓS-CRÍTICOS
o DE
EQUILÍBRIO, -/'. 1.5
40
/1
à 2•
2
CAMINHO PÓS-CRÍTICO
2
,. -ã
'
11.
-Ã fie
CAMINHO PÓS~ CRÍTICO
n• I m,2 µ•200
/\! >A! é
_, FI G.111- 3 e.
o CAMINHOS
Ã
_, ' ' POS-CRITICOS
o DE
EQUILÍBRIO,
Í' • 2.0
41
Pode-se notar na Figura III.3, que quando,
(i) y = 1,0 e y = 1,3, (y < /2) Figura III.3.a e b, y 2 < n·m, o primeiro caminho pós-crítico bifurcado
modo
do caminho fundamental de equilíbrio é o do
simétrico;
·i·) (l
y
=
v"'2 L ,
F'igura III . 3 . c , y 2
= n, m, ,A n c
_ -B A , c
-lnd-lc.an
do que have~â ~emp~e o ac.opiamento ent~e o~
(iii) y
=
1,5 e y
=
modo~
2,0, (y > /2) Figura III.3.d e e,
y 2 > n·m, o primeiro caminho pós-crítico bifurcado do caminho fundamental é o do modo antimétrico.
III.3
MODO ACOPLADO DE DEFORMAÇÃO
A condição de acoplamento (III-1.iii), entre os
modos
simétrico e antimétrico, é expressa pelas equações (III-2)
e
(III-3) ou alternativamente por (III-4),
que representa a projeção da solução no plano A x
B,
podendo as
sumir neste plano a forma de uma elipse ou de uma hipérbole, de pendendo dos valores dos parâmetros envolvidos.
As possíveis si
tuações de acoplamento, entre modos isolados de deformação,
a
partir de pontos de bifurcação sobre caminhos pós-críticos
de
equilíbrio, estão mostradas na Figura III.4.
42
22 modo
1!? modo
1~ modo
2~ modo
22 modo
12
,,,... ~
~,..,,
11?modo
't'
.,.__
/
... .......,/
*- ,--~ ' .
.:;
/"'
modo
...
22 modo
d. ELIPSE
b.
HIPÉRBOLE, RAMI-
FICANDO-SE
MINHO
o PONTO DE 81 FURCA CÃO •
PRIMÁRIA
PONTO DE BIFURCAC.ÃO SECUNDÁRIA
FIG. 111-4,
00
11 CA·
PÓS- CRfr1co
e.
HIPÉRBOLE, RAMI·
FICANDO• H MINHO CAMINHOS
- - - CAMINHOS
FORMAS DE ACOPLAMENTOS ENTRE MODOS PARA SISTEMAS ESTRUTURAIS IDEAIS ( 5)
00 21 CA•
PÓS- CRt°TICO
ESTÁVEIS INSTÁVEIS
ISOLADOS
No presente caso, de uma placa retangular, a
projeção
da solução acoplada de (III-4), resulta sempre em uma hipérbole, ilustrada pela Figura III.4.c; representando o comportamento pós-crítico típico quando se considera o acoplamento entre
mo-
dos simétrico e antimétrico; isto será demonstrado mais adiante através da solução numérica de (III-2), (III-3) e (III-4).
As projeções dos caminhos acoplados de equilíbrio bre o plano A x
B,
so-
representados pela elipse, Figura III.4.a, e
as hipérboles, Figura III.4.b e c, assumem uma grande importân-
43
vel, pode pe~de~ ~ua e~tab{l{dade em um ponto de b{óu~cação ~ecundá~{o, implicando em uma mudança de configuração deformada da placa, associada ao caminho acoplado de equilíbrio.
Na Figura III.4, as intersecções da projeção (III-4), com os eixos coordenados
acoplada
(A, B), representam os pontos pos-
de bifurcação secundária sobre os caminhos não-acoplados -críticos de equilíbrio.
Para uma placa sob compressao uniforme axial em
seu
plano médio, os modos críticos podem ser, tanto o simétrico como o antimétrico, dependendo da relação entre lados, y.
Considerando que o primeiro caminho pós-crítico nao-acoplado seja no modo simétrico, a bifurcação ocorrera ao
longo
ao segundo caminho pós-crítico não-acoplado, correspondente
ao
modo antimétrico; este ponto de bifurcação é obtido de (III-4), tomando-se
A=
O e
B
~
O (intersecção da projeção com o eixo B),
J
1/ 2
(III-14)
que substituindo em (III-12) fornece o valor do parâmetro
de
carga crítica, associada ao ponto de bifurcação secundária,
A
c
+
(III-15)
Analogamente, considerando o modo antimétrico o primei ro modo não-acoplado, e o modo simétrico o segundo, as
expres-
sões para o ponto de intersecção - agora com o eixo A - e
para
44
a carga crítica associada, sao
cAb =
[
c-
A
(H,-E,)
J
l /
2
CIII-16)
(E 1 -H2-H,)
e,
1\
=
+
c
[
E 1 (H,-E,)
(III-17)
J
CE1-H2-H,)
Para cada valor fixo de y e combinações de pares de v~ lores inteiros (n,m) pode-se, com cy;b[y;(n,m)J dado por (III-15) ou (III-17), traçar curvas representando cy;b como uma função de y, resultando no espectro mostrado na Figura III.5.
2.1
1
1
1
- - - - NÃO-ACOPLADO
'v'~ .. \\ \ ----~ --·-í. "\ ·--"' ~ L?= 2.1
\
1,5
- - ACOPLADO
'-.
. 1
"\..)
\
\\
'•
'·º o:s
o
{
lj)
FUI. Ili - 5.
;:' 5A
~1
3,0
'-õA
~- J.
\
\5
4.0
5.P
J
l&-5
y
, CARGAS CRITICAS DOS ACOPLADOS
MODOS
DE
DESLOCAMENTOS
Observa-se nesta Figura, que em cada caso o menor
va-
lor da carga crítica de bifurcação, cy;b' associada ao acoplame:2 to entre os modos simétrico e antimétrico, é obtida
quando
45 y2
cAb
= n,m, que coincide com a carga crítica clássica,
A. c
Também,
~
converge para um valor unitario com o aumento de y, soque
mais lentamente do que
A. c
Apresenta-se nas Figuras III.6, as projeções dos minhos acoplados de equilíbrio sobre os planos
A x A, A x B
cae
A x B, obtidos com a solução numérica das equaçoes não-lineares (III-4), para os mesmos valores de y das Fi-
(III-2), (III-3) e guras III.3.
Ã
à ACOPLADO
2
NÃO-ACOPLADO
NÃO- ACOPLADO
l
ã
o
-1
o
-1
Ã
"º-ií .
1.56
/lo •
1.0
-Ã
CÃ = b
1. 90
J..l·• 200 n RI
o
•
•
ã
o -1
1
=2
DE PONTO DE
PON'10
FI 8. 111
-&a.
BIFURCAÇÃO
PRIMÁRIA
BIFURCAÇÃO
SECUNDÁ AIA
-1
CAMINHOS ACOPLADOS DE EQUILÍBRIO,
1' • 1.0
46
Ã
Ã
2
ACOPLADO
NÃO-ACOPLADO
e
Ã
_,
_,
o
_,
o 1
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''-.
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PONTO OE BIFURCACÃO
PRIMÁRIA
•
PONTO DE BIFURCACÃO
SECUNDÁRIA
FI 8. Ili - 6b.
CAMINHOS ACOPLADOS
o
ii
_,
-•. DE EQUILÍBRIO,
t ,• 1.5
47
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3
ACOPLADO
ACOPLADO 2
•
o
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e o
-1
1
1
lã °Ão =°Ã'b
200
m
2
n
~--,-~~~o /2).
(por
No caso do modo crítico dominante ser o simétrico exemplo, no caso y
K'B, [rn, -E, rn:•E,-11,J jj
,
, (E,•E,-11,JB' , 11,rr,) • o
(IV-13)
fornecendo o valor da imperfeição crítica, l / 2
s~·,o
=
-
(E,. -
H,.)
3
(IV-14)
67
A seguir, apresentam-se nas Figuras IV.8 e IV.9,os comportamentos pectivamente.
12
já descritos, para valores de y < Quando y =
12,
e y >
12,
re~
os pontos de bifurcações, primários
e secundários, coincidem em um único ponto (conforme mostram Figuras III.2 e III.6.c) e portanto, qualquer imperfeição
as ini-
cial destrói todos esses pontos críticos, resultando em comporta mentas não-lineares idênticos àqueles descritos na secção IV.2.1 (vide Figura IV.5).
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o
o
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o PONTO
DE BIFUACAC:ÃO AO LONBO DO CAMINHO IMPEA •
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FIITO OI
EQUILi'IAIO
2
Ã
-
--,_,~~~~.:::.=======Ot:======:.:.-~~~~...:~
• FIG. IV- 8.
y• •
ACOPLADO
- - NÃO-ACOPLADO
,.s ,
µ • 200 •
CAMINHOS DE EQUILIIRJO COM IIIPElll'EIÇAO DISTINTA DO MODO CRITICO DOMINANTE
EM l'ORMA
68
ii 2
Ã
B
_,
o
.Ã
1-
2~ Ão•
O
A! lp, p"I
Ão
ONTO DE BIFURCAÇÃO 00
CAMINHO
AO
IMPERfEITO
LONGO DE
EOUILÍIAIO -ACOPLADO ~ - NÃO-ACOPLADO
Y • 1.5
,
1-1 • 200
2
_,
FIG. IV-t.
e
o
,
-
CAMINHOS DE l!:QUILIBRIO COM IMPl!:Rl'!IÇAO !M l'ORMA DISTINTA DO MODO CRITICO DOMINANTE
69
Na Figura IV.10, está representado o espectro de valores dos parâmetros das cargas de bifurcação secundária, Ab
ao
longo do caminho original imperfeito de equilíbrio, em função de y.
e
Para qualquer valor de y, observa-se que o parâmetro Ab,
sempre menor do que o parâmetro de carga crítica de acoplamento,
ex e ,
ocorrendo assim, uma redução de carga quando se tem imper-
feições críticas iniciais em forma distinta do modo crítico
do-
minante.
3.r
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l -
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•- Sl!M IMPERFEIÇAO ( Ãc) IMPERFEIÇÃO CRÍTICA ( iiol
•
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1. o
1.0
FI &. IV• 10.
1.2
•
--
. 1.4
1.6
.
1.8
CAR8AS DE BIFURCAÇÃO SECUNDÁRIA
Para cada par de valores (Ab; y), existe um Único valor do parâmetro de imperfeição critica,
A~
(ou p1