LAS MUJERES T I E N E N L A PALABRA OTRAS VOCES E N L AHISTORIA ' D E MÉXICO Asunción

Howard Edith

Handbook

COLONIAL

LAVRIN

University COUTURIER

of Latín

American

Studies

H A C E CASI u n a década e l h i s t o r i a d o r n o r t e a m e r i c a n o M i c h a e l

M e y e r p u b l i c ó en Historia Mexicana "Habla por ti mismo J u a n " , u n a elocuente defensa d e l v a l o r de los documentos históricos emanados de los m i e m b r o s de las clases p o p u lares. Argüía M e y e r e n favor de un acercamiento a l a real i d a d h u m a n a , n o a través de las grandes figuras sociales o políticas, sino a través de los antihéroes d e l pasado q u e apenas d e j a r o n u n leve rastro de su existencia e n u n o q u e o t r o d o c u m e n t o fortuitamente recogido e n algún a r c h i v o . L a h i s t o r i a " d e abajo h a c i a a r r i b a " , base ideológica d e l trabajo d e M e y e r , es y a u n a metodología b i e n aceptada e n nuestros días. L a h i s t o r i a social contemporánea se viene ocup a n d o desde hace t i e m p o de " l a s masas", de los m i e m b r o s anónimos de l a sociedad, sea e n f o r m a c u a n t i t a t i v a , c u a l i t a t i v a u o r a l . Este n u e v o enfoque h a p e r m i t i d o también rec u p e r a r u n elemento de l a sociedad q u e e n e l pasado sufrió l a m i s m a suerte de los l l a m a d o s " s i n h i s t o r i a " : l a mujer, c u y o e s t u d i o c o m o persona y c o m o ente social h a r e c i b i d o g r a n auge e n los últimos q u i n c e años e n los círculos académicos de los Estados U n i d o s y E u r o p a . L a s razones p o r las cuales l a m u j e r h a q u e d a d o m a r g i n a d a e n l a historiografía de M é x i c o , tanto c o l o n i a l c o m o i n d e p e n d i e n t e , s o n l o siufientemente complejas c o m o p a r a a m e r i t a r u n análisis q u e , d e b i d o a nuestra especialización, l i m i t a r e m o s a l período a n t e r i o r a l a i n d e p e n d e n c i a . A p r i 1

1

M E Y E R , 1973, p p . 396-408. Véanse las explicaciones

y referencias a l final de este artículo. 278

sobre siglas

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

279

m e r a vista, a pesar de l a g r a n v a r i e d a d de clases sociales, e t n i a s y estados civiles de l a m u j e r e n e l período c o l o n i a l , l a m i s m a tenía características q u e l a a s i m i l a b a n a "los de a b a j o " . E n su mayoría, las mujeres e r a n analfabetas o m u y someramente educadas; a pesar de ciertas válvulas legales de s e g u r i d a d , estaban jurídicamente s u b o r d i n a d a s a l h o m b r e ; políticamente tenían p o c a i n f l u e n c i a e n los círculos d o n d e se t o m a b a n las decisiones administrativo-jurídicas. Económicamente, si b i e n las h u b o ricas terratenientes o herederas aventajadas, s u f o r t u n a se ataba a l a f a m i l i a y fue raramente a d q u i r i d a p o r esfuerzo p r o p i o . E l sistema social p a t r i a r c a l p r e v a l e n t e e n e l m u n d o o c c i d e n t a l , d e l c u a l España y sus c o l o n i a s f o r m a b a n parte, encuadró a l a m u j e r dentro de límites r e d u c i d o s de acción. E l concepto c o r p o r a t i v o de l a s o c i e d a d española, dentro de l a c u a l los i n d i v i d u o s o c u p a b a n posiciones estamentales q u e d e l i n e a b a n sus p o s i b i l i d a d e s de acción, reforzó l a subordinación f e m e n i n a . O t r a desventaja q u e las mujeres s u f r i e r o n tanto e n e l terreno e c o n ó m i c o c o m o e n e l social —y q u e habría de afectar su i m a g e n histórica— es que r a r a m e n t e p u d i e r o n actuar e n grupos. N o h u b o , p o r e j e m p l o , representación f e m e n i n a e n los consulados, a pesar de q u e e x i s t i e r o n empresarias de m e d i a n o y hasta de g r a n c a u d a l . L a s mujeres c a r e c i e r o n de u n a r e d a m p l i a de con e x i o n e s q u e reforzara sus esfuerzos i n d i v i d u a l e s y canalizara sus acciones d e n t r o de l a sociedad. L a excepción q u e ofrece e l e j e m p l o i n s t i t u c i o n a l de los conventos de monjas sirve p a r a fortalecer esta hipótesis. L o s conventos fueron i n s t i t u ciones d o n d e las mujeres t u v i e r o n su p r o p i o círculo, su p r o p i o g o b i e r n o y su p r o p i a práctica e n e l ejercicio a d m i n i s t r a t i v o . E s t a b a n , desde luego, supeditadas a u n a jerarquía m a s c u l i n a fuera d e l claustro, p e r o precisamente p o r ser parte d e l a iglesia, q u e les prestaba s u estructura básica de apoyo, p u d i e r o n sobrepasar los límites q u e afectaban a l a mayoría d e las mujeres, l o g r a n d o u n n o t a b l e g r a d o de a u t o i n d e p e n dencia como grupo. P a r a e l resto de las mujeres, educadas p a r a l a v i d a famil i a r e n sus funciones de m a d r e y esposa, las l i m i t a c i o n e s jurídicas y físico-geográficas las m a n t u v i e r o n dentro de u n estrecho círculo q u e sólo p u d o ser trascendido p o r personal i d a d e s o e n circunstancias excepcionales. L a primacía de las funciones de su sexo sobre s u p e r s o n a l i d a d social determ i n ó l a ausencia de l a m u j e r de las actividades de asociaciones o g r u p o s q u e l e p e r m i t i e r a n ser i n c l u i d a e n l a hist o r i a i n s t i t u c i o n a l o política. S i e n d o éstas los pilares de l a historiografía clásica, era de esperarse q u e l a m u j e r o c u p a r a

280

ASUNCIÓN LAVRIN Y EDITH COUTURIER

u n espacio m u y l i m i t a d o dentro de l a historiografía académica t r a d i c i o n a l . T o d o l o anterior no quiere decir que l a mujer no tomara p a r t e en e l quehacer histórico, s i n o q u e su función e n l a sociedad fue vista c o m o s u b o r d i n a d a p o r quienes diseñaron o r i g i n a l m e n t e los cánones de l a c i e n c i a histórica. E n consecuencia, sus actividades, actitudes y c o n t r i b u c i o n e s qued a r o n destinadas a l o anecdótico, l o ameno, o sea l a h i s t o r i a e n clave m e n o r . U n elemento h u m a n o s u b o r d i n a d o , c o n u n a m e m o r i a histórica l i m i t a d a , necesita de u n a n u e v a metodología y u n n u e v o enfoque p a r a r e c o n s t r u i r su pasado. L a h i s t o r i a social ofrece l a p o s i b i l i d a d de superar l a m a r g i n a l i d a d histórica de l a m u j e r a l p o n e r de r e l i e v e l a e x p e r i e n c i a p e r s o n a l o c o m u n i t a r i a de los que, a l parecer, carecían de p e r s o n a l i d a d o i n f l u e n c i a , pero q u e las tenían, n o sólo a pesar sino también en función de s u subordinación. E n t r e las nuevas orientaciones históricas, p a r a c i t a r sólo algunos ejemplos, l a demografía histórica se h a interesado p o r l a reconstrucción de l a f a m i l i a e n su sentido a m p l i o q u e n o relega a l a m u j e r a u n n o m b r e más e n e l árbol genealógico. L a p s i c o h i s t o r i a r e v e l a complejas estructuras mentales, esenciales p a r a l a comprensión de c u a l q u i e r época histórica, y d e n t r o de las cuales l a m u j e r tiene u n l u g a r j u n t o a l h o m bre. E l interés e n e l d e s a r r o l l o de l a c u l t u r a p o p u l a r , las formas de v i o l e n c i a social, los intereses y aspiraciones de obreros y campesinos, son ejemplos de nuevos temas q u e r e q u i e r e n l a inclusión de ambos sexos. L a interrelación de l a h i s t o r i a c o n l a antropología, l a sociología, l a economía y otras d i s c i p l i n a s h a e n r i q u e c i d o s u v o c a b u l a r i o y coadyuv a d o a l a construcción de u n a n u e v a visión g l o b a l e n l a q u e l a primacía m a s c u l i n a h a sido seriamente cuestionada. T a m poco debe olvidarse q u e u n r e n o v a d o interés p o r las cond i c i o n e s de l a m u j e r per se e n l a sociedad presente es parte i n t e g r a l de esta reorientación histórica. E s t e proceso de r e d e s c u b r i m i e n t o de nuevos elementos d e n t r o de l a h i s t o r i a , aún en vías de llevarse a cabo, sugiere q u e l a h i s t o r i a c o l o n i a l de M é x i c o debe dejar de ser u n paisaje enteramente p o b l a d o de h o m b r e s e n e l que accident a l m e n t e se descubre u n a faz de m u j e r , p o r q u e esta visión es t a n i n e x a c t a c o m o u n espejismo. L a r e a l i d a d c o l o n i a l fue e n e x t r e m o c o m p l e j a , r e s u l t a d o de fuerzas e intereses sociales de los q u e n o estuvo e x c l u i d o e l sexo f e m e n i n o . N u e s t r a e x p e r i e n c i a se h a de e n r i q u e c e r notablemente cuand o b u s q u e m o s l a presencia f e m e n i n a , q u e n u n c a faltó e n e l pasado, p e r o q u e nos habíamos a c o s t u m b r a d o a n o v e r a

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

281

fuerza de p r a c t i c a r u n a m i o p í a metodológica. T a m p o c o se p o d r á c o n t i n u a r d e f i n i e n d o a l a m u j e r e n función de varios e j e m p l o s de mujeres notables, sean éstas l a M a l i n t z i n o sor J u a n a Inés de l a C r u z , precisamente p o r q u e s u excepcional i d a d las saca d e l m a r c o d o n d e se d e s e n v o l v i e r o n e l resto de las de su sexo. P a r a trascender l a estrechez de los perímetros metodo­ lógicos ele l a h i s t o r i a t r a d i c i o n a l y l o g r a r u n acercamiento a ese g r u p o s i n h i s t o r i a que c o n s t i t u y e n las mujeres e n ge­ n e r a l , tendremos q u e saber p r e s c i n d i r , a u n q u e n o totalmente, d e a l g u n o s i n s t r u m e n t o s clásicos de l a investigación, como l a c o r r e s p o n d e n c i a , los d i a r i o s personales o las memorias, c u y a ausencia e n cantidades apreciables constituye u n serio obstáculo p a r a l a ejecución de biografías o p a r a e l conoci­ m i e n t o de las realidades más íntimas de nuestros objetos d e estudio. R e c u r r i r e m o s e n c a m b i o a fuentes creadas p o r las relaciones entre sujeto y sociedad, documentos de carác­ ter p ú b l i c o c u y a a b u n d a n c i a c o m p e n s a l a f a l t a de fuentes p r i v a d a s , y q u e reflejan las decisiones, actitudes y preferen­ cias de u n espectro bastante a m p l i o de l a sociedad. D e n t r o de l a h i s t o r i a c o l o n i a l se c o n s i d e r a n de carácter público, p o r e j e m p l o , los procesos legales (civiles o c r i m i n a l e s ) , los pro­ tocolos n o t a r i a l e s (ventas, compras, poderes, testamentos, d o t e s ) , los procesos eclesiásticos ( m a t r i m o n i o s , divorcios, i n ­ vestigaciones i n q u i s i t o r i a l e s ) , los censos civiles y religiosos, los d o c u m e n t o s de colegios, conventos y cofradías, etc. Estas fuentes p e r m i t e n recoger las h u e l l a s t a n t o de l a m u j e r p o b r e c o m o de l a r i c a , de l a esclava c o m o de l a l i b r e , de l a indí­ g e n a c o m o de l a c r i o l l a . A través de ellas, y s i n que r e q u i r a ­ m o s de l a expresión p e r s o n a l que n o p u d i e r o n ofrecer p o r carecer e n su mayoría de educación f o r m a l , detectamos las m o t i v a c i o n e s i n d i v i d u a l e s femeninas, sus relaciones c o n l a c o m u n i d a d y otros i n d i v i d u o s , sus intereses personales o fa­ m i l i a r e s y otros factores vitales, c o n l o q u e podemos re­ c o n s t r u i r l a h i s t o r i a de quienes d e j a r o n escasas huellas his­ tóricas más directas. U s a n d o l a metodología s u g e r i d a p o r l a n u e v a h i s t o r i a social, e n este artículo i n t e n t a m o s recoger las huellas de l a m u j e r anónima c o l o n i a l a través de tres tipos de d o c u ­ m e n t o s : procesos legales, d o c u m e n t o s emanados de fuentes eclesiásticas, y cartas personales. Sólo e n las últimas se puede h a b l a r d e expresión autógrafa c o n perfiles autobiográficos. L o s otros d o c u m e n t o s fueron escritos p o r n o t a r i o s o ama­ nuenses, revisados a veces p o r abogados. L a v a l i d e z de estos d o c u m e n t o s c o m o muestra de las v i v e n c i a s femeninas reside

282

ASUNCIÓN LAVRIN Y EDITH COUTURIER

en haber estado i n t i m a m e n t e ligados a situaciones e i n s t i t u ciones en las cuales las mujeres fueron las actoras p r i n c i p a l e s . A u n q u e e n ellos se expresaron i n d i r e c t a m e n t e , estos documentos reflejan sus intereses sin adulteraciones obvias. N o s p r o p o n e m o s u n acercamiento a l a r e a l i d a d f e m e n i n a más que u n a catalogación c o m p l e t a de todos los posibles matices de su existencia. Sólo queremos demostrar q u e es posible captar l a e x t r a o r d i n a r i a r i q u e z a d e l pasado a través de u n elemento h u m a n o q u e se creía s i n voz. L o s temas q u e recogemos son eminentemente h u m a n o s . S u r g e n de situaciones personales confrontadas p o r mujeres de todas clases sociales y nos h a b l a n de sus reacciones y m o t i v a c i o n e s . H e m o s hecho hincapié e n fuentes q u e s u b r a y a n u n aspecto poco c o m e n t a d o hasta a h o r a : el de las relaciones femenino-masculinas a l n i v e l personal. N o solamente es éste u n campo histórico i n e x p l o r a d o , sino q u e nos d a u n a visión más personal, y más íntima, de l a sociedad c o l o n i a l . L a s fuentes también sugieren c ó m o puede u n o acercarse a este aspecto i n d i v i d u a l de l a h i s t o r i a social a través de fuentes c e carácter p ú b l i c o o i n s t i t u c i o n a l . A m o r , f a m i l i a , trabajo, prestigio social, c a p a c i d a d a d m i n i s t r a t i v a , deseo de justicia, o r g u l l o personal, son sólo algunos de los otros temas contenidos e n estas selecciones, huellas de u n a r e a l i d a d esencialmente femenina. L a dote m a t r i m o n i a l constituye e l p r i m e r r e c o n o c i m i e n t o de l a p e r s o n a l i d a d jurídica de l a mujer, a l pasar de l a supervisión de su padre o m a d r e a l a d e l m a r i d o . L a m u j e r adolescente aparece c o n p o c a frecuencia e n los documentos coloniales, y c u a n d o l o hace es a m o d o de p u p i l a o sujeta a l a v o l u n t a d de padres o protectores legales. A u n q u e l a m u j e r p o d í a testar l i b r e m e n t e antes de su mayoría de edad ( v e i n t i c i n c o a ñ o s ) , y tal acción le o t o r g a b a p e r s o n a l i d a d jurídica, esta situación fue rara, excepción h e c h a de los testamentos de las monjas antes de su profesión f i n a l . Así, es l a dote l a q u e señala e n l a m u j e r e l pasaje de l a pers o n a l i d a d e n formación a l a madurez, a través de l a " t o m a de estado" m a t r i m o n i a l o religioso. L a dote fue u n íransplante s o c i o - c u l t u r a l de España a América cuyas raíces se r e m o n t a n a l a dote germánica (wit tum o pretium) y a l a r o m a n a . L a dote germánica era u n g r u p o de bienes de p r o p i e d a d exclusiva de l a m u j e r . L a dote r o m a n a se a t r i b u y e a u n c o m p r o m i s o entre el régimen m a t r i m o n i a l cum manu, e n e l c u a l e l m a r i d o heredaba todos los bienes de l a m u j e r , y e l sine manu, e n e l c u a l l a m u j e r c o n s e r v a b a s u p r o p i e d a d y i a administración de l a m i s m a .

LAS MUJERES TIENEN LA

PALABRA

283

L a dote, t a l y c o m o se usó e n l a América c o l o n i a l , e r a e l p a t r i m o n i o de l a m u j e r a d m i n i s t r a d o p o r e l m a r i d o y dest i n a d o a sostener las cargas d e l m a t r i m o n i o . E l h o m b r e estaba o b l i g a d o a separar e l v a l o r d e los bienes —muebles o i n muebles— de l a m u j e r e n s u testamento y e n c u a l q u i e r ocasión e n q u e los bienes gananciales (o a d q u i r i d o s d u r a n t e e l m a t r i m o n i o ) estuvieran e n p e l i g r o . U n a de las preguntas clave respecto a l régimen d o t a l es s i , e n r e a l i d a d , l a m u j e r p o d í a defender o salvar s u p r o p i e d a d de l a dilapidación d e l m a r i d o o d e l a b a n c a r r o t a d e l m i s m o . L a respuesta se e n c u e n t r a e n l o s archivos notariales y e n los j u i c i o s de l a a u d i e n c i a de M é x i c o . M u c h a s mujeres p e r d i e r o n parte de sus bienes o todos d e b i d o a l a m a l a administración d e l m a r i d o . S i n e m b a r g o , es más frecuente l a e v i d e n c i a de q u e se respetaba l a o b l i g a c i ó n de separar e l v a l o r d e los bienes de l a m u j e r de los bienes d e l m a r i d o e n e l testamento d e l último. Además, f u e r o n frecuentes también l o s casos e n q u e , d u r a n t e j u i c i o s p o r b a n c a r r o t a , l a m u j e r se a p r e s u r a b a a d e c l a r a r e l v a l o r de s u dote p a r a salvaguardar l a m i s m a o, quizás también, p a r a a y u d a r a l esposo a proteger p o r l o m e n o s e l v a l o r de l a m i s m a . L a m u j e r p o d í a o b l i g a r a l m a r i d o a n o t a r i z a r l a dote si e l último se hacía r e m i s o e n e l c u m p l i m i e n t o d e l a l e y . T o d o s estos casos i n d i c a n q u e las mujeres n o e r a n n i t a n ignorantes n i t a n i n h i b i d a s q u e dej a r a n de p e r c i b i r sus intereses económicos personales. Ofrecemos c o m o e j e m p l o e l caso de F r a n c i s c a de Sámano, v e c i n a de M é x i c o : 2

E n l a c i u d a d de M é x i c o a diez y nueve dias d e l mes de enero de m i l seiscientos y noventa y c i n c o años. A n t e e l l i c e n c i a d o d o n Antonio el

Sessati

teniente

del C a s t i l l o , abogado de esta r e a l a u d i e n c i a y

de c o r r e g i d o r

leyó esta petición: de

Diego

aparezco haya

de ante

y digo:

Doña

León, vuestra

en esta c i u d a d

maestro

de

merced

que a el tiempo

c o n e l susodicho

p o r su majestad,

F r a n c i s c a de Sámano, m u j e r cerero

como

vecino

mejor

y cuando

desta

e n derecho

contraje

se

legitima ciudad, lugar

matrimonio

llevé a su p o d e r por m i dote m a s de u n m i l

y cien pesos, e n reales los trescientos jas. Y m a l a d v e r t i d a m e n t e

pesos y l o demás en a l h a -

y c o n poco c u i d a d o n o m e h a otor-

gado r e c i b o n i carta de dote de ella. Y respecto de ser h o m b r o

2 Cossío Y 1919, pp.

CORRAL,

1949,

pp.

501-554;

LAVRIN

y

COUTURDIR,

284

ASUNCIÓN LAVRIN Y EDITH COUTURIER de trato y contrato, de que se puede o r i g i n a r algún en

su c a u d a l

por

fiarlo,

sujetos los caudales causa

dagnificarse

de en

y

otros

los que

casos

fortuitos

a

t r a t a n y contratan,

m i s derechos,

en

preparatorio

menoscabo que

están

y por

esta

juicio

se

h a de servir vuestra m e r c e d de m a n d a r que el d i c h o m i m a r i d o , c o n j u r a m e n t o que haga, declare a e l tenor deste escrito si recibió los dichos reales y bienes p o r m a n o Josepha

Campusano,

su

mujer,

y

de L u i s de F a b r e y declarando

doña

llanamente

aceptó en m i favor se le n o t i f i q u e m e otorgue

que

dicha carta

de

dote p o r ante e l presente escribano u otro. A vuestra m e r c e d p i d o y suplico así l o p r o v e a y m a n d e ,

pues es j u s t i c i a , q u e

pido

y

j u r o a D i o s y l a cruz este escrito no ser de m a l i c i a . Y p o r su merced mento

vista, m a n d o que

para

p i d e a l tenor

ello

que

e l d i c h o D i e g o de León,

haga,

declare

l o que

de su p e d i m e n t o , y, d e c l a r a d o

por

con

jura-

esta p a r t e

tenido en e l , se le n o t i f i q u e otorgue recibo de dote a favor la

d i c h a doña

petición

F r a n c i s c a de

se

ser cierto l o c o n -

Sámano su m u j e r ,

poniendo

y auto p o r p r i n c i p i o . Y l o proveyó, m a n d ó y

de esta

firmó.

3

¿Existió o n o e l a m o r e n e l m a t r i m o n i o c o l o n i a l ? Se h a aceptado que, de m o d o g e n e r a l , los m a t r i m o n i o s realizados entre los m i e m b r o s de l a élite c o l o n i a l fueron dictados p o r reforzar e l avance sociopadres interesados e c o n ó m i c o de l a f a m i l i a . N o se h a cuestionado s i , e n real i d a d , esta situación fue l a excepción o l a regla, s i los lazos q u e u n i e r o n de p o r v i d a a las parejas coloniales e r a n afectivos o s i m p l e m e n t e de c u m p l i m i e n t o de deberes m a r i t a l e s impuestos p o r l a sociedad y p o r l a iglesia. E n e l pasado e l m a t r i m o n i o fue u n acto f a m i l i a r . H a s t a nuestro siglo, e n m u c h o s lugares, las jóvenes esperaban q u e sus padres arreg l a r a n su m a t r i m o n i o . L a cuestión d e l c o n s e n t i m i e n t o y l a selección de l a p a r e j a varió de acuerdo c o n e l t i e m p o , l a local i d a d , l a clase y e l g r u p o étnico, y necesita p r o f u n d i z a r s e . E s p o s i b l e q u e entre familias indígenas e l arreglo entre padres fuera l o c o m ú n . L o s intereses familiares también f u e r o n u n a i m p o r t a n t e consideración entre f a m i l i a s de l a a l t a clase med i a y l a a r i s t o c r a c i a . P e r o , ¿qué veía l a m u j e r e n e l m a t r i 4

3

A N o t M , notario José de Marchena (1695), fol. 5-5v. Este auto contiene la notarización de la dote, evidencia de que el derecho de la mujer se respetó. 4

SEEP, 1980.

:

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

285

m o n i o , y a e n s u adolescencia o c o m o esposa? U n a vez casados, ¿cuáles e r a n las actitudes de los cónyuges entre sí? S i e l m a t r i m o n i o e r a c o n v e n i d o ¿ p o d í a l a pareja l l e g a r a estab l e c e r u n a relación de cariño y consideración? Estas p r e g u n tas s o n m u y difíciles de responder e n vista de l a p a r q u e d a d de las expresiones de s e n t i m i e n t o p e r s o n a l e n los d o c u m e n t o s t a n t o públicos c o m o p r i v a d o s . L a s cartas de a m o r s o n más b i e n l a e x c e p c i ó n q u e l a regla, p e r o existen muestras de afecto p e r s o n a l q u e i n d i c a n sobre qué base se construían m u c h o s m a t r i m o n i o s coloniales. L a siguiente selección de cartas entre María A n t o n i a T r e b u s t o s , h i j a m e n o r de l a condesa de M i r a v a l l e , y su esposo, P e d r o R o m e r o de T e r r e r o s , f u t u r o conde de R e g l a , fue i n t e r c a m b i a d a entre 1757 y 1759. María A n t o n i a tenía e n t r e 23 y 25 y P e d r o entre 47 y 49 años. D u r a n t e esos años M a r í a A n t o n i a t u v o q u e v i a j a r varias veces de P a c h u c a a M é x i c o p a r a d a r a l u z a sus p r i m e r a s tres hijas. E l m a t r i m o n i o T r e b u s t o s - R o m e r o de T e r r e r o s fue arreglado de acuerd o c o n u n a línea t r a d i c i o n a l : u n h o m b r e r i c o de e d a d m a d u r a y u n a m u j e r j o v e n de b u e n a f a m i l i a y b u e n a r e p u tación social p e r o de r e l a t i v a m e n t e cortos m e d i o s económicos. L a s cartas h a c e n evidente que, a pesar de las bases d e l m a t r i m o n i o , l a esposa tuvo sentimientos de afección y a m o r p o r su m a r i d o . D e b i d o a q u e las cartas tratan de asuntos de f a m i l i a y otros q u e n o están relacionados c o n e l aspecto afectivo q u e q u e r e m o s destacar, hemos escogido a l g u n o s cortos pasajes q u e p o n e n de relieve los sentimientos d e t e r n u r a d e María A n t o n i a p o r P e d r o , y que son especialmente expresados e n l a salutación y cierre de las cartas. E n las 48 cartas q u e f o r m a n esta colección hay varias muestras de diferentes salutaciones y expresiones cariñosas q u e d e b e n h a b e r sido c o m u n e s e n l a época. E s i m p o r t a n t e a d v e r t i r e l o r i g e n de algunas palabras afectuosas de uso c o m ú n q u e parecen h a b e r s i d o y a corrientes e n e l siglo X V I I I : 5

Estimado padrecito de m i

vida.

Recibí tus letriías... M e alegro el saber de tu salud, la pido a Dios se

continúe siempre perfecta para

pues eres m i padrecito y prendecita de m i Siempre pensando en

mi

A M R T , "Miravalles".

qué

hago de

mi

tí... 31

5

que mío.

vida...

padrecito y en

parte, por divertirme al estar sin

consuelo

de marzo de

1757

ASUNCIÓN LAVUIN Y EDITH COUTURlER

286

Querido padrecito de mis ojos y todo m i bien. Recibí tus besitos... en letritas lindas, las que aprecio en mi corazón, como también tu salud que es lo que mas anhelo. Yo

quedo alentada aunque cada día echando mas de menos a

mi p a d r e c i t o . . . Pues eres todo m i amor y el único

consuelo

de m i corazón. Por vida tuya te ruego que no te asóles; cuídate mucho, no te

calientes... 1758

Mi

querido padrecito de mis ojos y todo m i consuelo

de m i

corazón estar con salud [sic]. Y o quedo a l e n t a d a . . . aunque con la pena de no verte. 7 de julio de

1758

M i vidita y todo m i amor. Recibí la tuya con el gusto de haber visto tus letritas lindas, la[s] que han sido bien pietimas[?] a m i corazón, aprobando tu salud. Y o quedo buena para servirte y deseando verte más al paso . . . Beso tus lindas manitas, tuya como siempre, idolatrándote y deseándote verte. 20 de Septiembre de

1759

A pesar de l a p a r q u e d a d e m o t i v a de los documentos col o n i a l e s , se puede i n f e r i r m u c h o sobre l a n a t u r a l e z a de las relaciones personales entre los sexos u s a n d o los casos m a t r i m o n i a l e s d i l u c i d a d o s p o r l a iglesia, e n los q u e se v e n t i l a r o n t o d a clase de p r o b l e m a s de índole p e r s o n a l entre h o m b r e s y mujeres u n i d o s p o r lazos afectivos o pasionales. A u n q u e e l m a t r i m o n i o e r a u n sacramento de l a iglesia y fue l a institución e n q u e se basó l a r e s p e t a b i l i d a d social, las u n i o n e s l i b r e s f u e r o n m u y frecuentes y, obviamente, result a d o de relaciones sexuales establecidas a despecho de cánones religiosos y morales. F u e c o m ú n y corriente e n los siglos XVII y X V Í I I l a seducción de m u c h a s jóvenes de todas las etnias y clases sociales. B a j o " p a l a b r a de casamiento" d a d a p o r e l pretendiente, l a m u j e r se entregaba a l m i s m o esperanzada e n conseguir, eventualmente, e l m a t r i m o n i o legal, a u n q u e m u c h a s después argüían haber sido engañadas. L a p a l a b r a de casamiento, a u n q u e fuera d a d a s i n testigo a l g u n o , tenía fuerza l e g a l p a r a los brazos de l a j u s t i c i a c i v i l

y religiosa, Cientos de casos en los archivos Ilustran la fací-

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

287

l i d a d con q u e h o m b r e s y mujeres e n t r a b a n e n este t i p o de relaciones. N o se puede negar e l fuerte i m p u l s o e m o t i v o , llámese amor, pasión o l u j u r i a , que i m p u l s a b a a quienes r o m p í a n las actitudes i n h i b i t o r i a s que separaban los sexos desde l a más t e m p r a n a edad. U n a h o n d a s e x u a l i d a d corría b a j o l a superficie de las relaciones formales dictadas p o r l a iglesia y l a sociedad, y a u n q u e los parámetros de esa sexual i d a d aún q u e d a n p o r m e d i r , n o se puede negar su exist e n c i a . L o q u e s i g n i f i c a b a p a r a l a m u j e r l a pérdida de l a v i r g i n i d a d y l a c o n c e p c i ó n de hijos fuera d e l m a t r i m o n i o se i n f i e r e de los argumentos usados p a r a hacer que e l h o m b r e c u m p l i e r a su p a l a b r a y restituyera e l h o n o r p e r d i d o . E l h o n o r se e q u i p a r a b a c o n l a restitución de l a m u j e r a las filas de l a gente respetable a través d e l m a t r i m o n i o y l a legitimación de l a p r o l e . D e hecho, l o que muchas mujeres deseaban era l a protección económica a q u e se o b l i g a b a a l h o m b r e c o n e l m a t r i m o n i o l e g a l . S i esto n o era posible, u n a c o m o d o práctico a través de u n a promesa de a l i m e n t o y sostenimiento p o d í a servir de sustituto. E l d o c u m e n t o q u e sigue a p u n t a h a c i a d ó n d e p u e d e n buscarse las raíces de u n p r o b l e m a social q u e afectó p r o f u n d a m e n t e l a formación de l a sociedad m e x i c a n a y q u e aún está lejos de haber sido resuelto c o m p l e t a m e n t e . Nótese q u e ambos contendientes se a p e l a n d o n y doña, y q u e si b i e n y a p a r a e l siglo XVIII t a l t r a t a m i e n t o carecía de l a fuerza social q u e tuvo d u r a n t e e l XVI, aún i n d i c a c i e r t a ambición de r a n g o social, a pesar de q u e t a l r a n g o n o tenía q u e corresponder c o n u n bienestar e c o n ó m i c o . L a m u j e r , u s a n d o los preceptos legales establecidos, l o g r a b a q u e a l acusado de desfloramiento se le p u s i e r a en l a cárcel. E l h o m b r e n o p o d í a asegurarse de cometer ese d e l i t o i m p u n e m e n t e y, a l c o n t r a r i o , corría riesgo de pasar largos meses e n l a cárcel hasta que se d i r i m i e r a n responsabilidades y se d i e r a e l último veredicto de l a just i c i a . E n este caso, t a n t o e l h o m b r e c o m o l a m u j e r u s a r o n abogados y t r a t a r o n de buscar u n a solución a través de i n termediarios, p e r o e n v i s t a de l a r e n u e n c i a d e l h o m b r e a aceptar su r e s p o n s a b i l i d a d p a t e r n a l ( a c t i t u d m u y c o m ú n p o r e n t o n c e s ) , l a m u j e r i n v o c ó u n a e v i d e n c i a que, si b i e n era c i r c u n s t a n c i a l , tenía l a fuerza de l o i n n e g a b l e dado e l período de tiempo que habían v i v i d o e n u n i ó n l i b r e . Doña Andrea de Villalobos, vecina del pueblo de L a Magdalena y residente en esta ciudad, en los autos con Cristóbal de Estrada, preso en la real cárcel de esta corte, sobre haberme

288

ASUNCIÓN LAVRIN Y EDlTH COUTURIER desflorado con palabra de casamiento...,

como mejor proceda

por derecho, digo: que [ e l ] . . . antecesor de vuestra merced me sirvió mandar correrse traslado conmigo de la respuesta

dada

por dicho Estrada, y aunque ha mucho tiempo que se me entregaron estos autos, los que pasé a manos de mi abogado, éste no los despachaba... por lo que viendo esta demora es causada por dicho Estrada, como el que estoy ya muy cercana al parto de su hijo, que concebí

el tiempo que estuve en su amistad

viviendo con él en la casa que me puso y me pagó, y estando como estoy totalmente

desnuda, y muy pobre, por cuya causa

no podré soportar ni los precisos gastos de m i parto, ni el abrigo necesario e indispensable para preservarme de la muerte, la que a más del inminente riesgo y peligro que tengo con semejante enfermedad, por hallarme como me hallo sin camisa,

naguas

blancas, paños, cama (pues la que tengo es un petate) . . . ni la ropa a ella necesaria, así por esta desnudez, como por la falta de los alimentos, es más evidente

el riesgo y peligro que me

amenaza. Y para repararlo, y que no puede negar que el hijo que tengo en m i vientre es de dicho Estrada p o r q u e . . . la presunción está contra él, supuesto que no niega tuvo ilícita amistad conmigo, y que para con mayor libertad gozar de su apetito me sacó de la casa

(con engaño)

donde

estaba, y me

puso

en la que él solicitó y me mantuve (por desgracia mía) en su compañía el tiempo de tres meses, en cuyo tiempo, con la repetición, o continuación de ella, resulté gravada. Por lo que, no renunciando el traslado, ínterim se resuelve en la transación o composición que solicité, se ha de servir nuestra merced justiciamente de mandar a dicho Cristóbal de Estrada me ministre los

reales

que

fueren necesarios

para

la curación,

alimentos,

cama y vestuario, que necesito para el parto. Por tanto a vuestra

merced suplico se sirva mandar hacer como llevo pedido,

que es justicia. Juro en f o r m a . . . Licenciado González de la Barrera, Guadalajara, enero 1749.

6

30,

6

BFJ/ANG, Criminales, carpeta expediente 17, leg. 13 (1773). E l ramo Criminales del archivo de la audiencia de Nueva Galicia aún no está completamente catalogado. Es probable que esta carpeta contenga un error en su fecha, pues aunque la carátula dice 1773 es obvio que el documento es de 1749.

LAS HACIENDAS DE MAZAQUIAHUAC Y EL ROSARIO

289

dos de terrenos montañosos, secos y pobres p a r a l a a g r i c u l t u r a . E l agua de q u e se disponía e n e l m u n i c i p i o provenía de u n a serie de arroyos q u e descendían de l a S i e r r a de Pueb l a y luego pasaban a a l i m e n t a r e l r í o Z a h u a p a n . Además de l o s tinacales de las haciendas, había e n l a l o c a l i d a d siete fábricas de aguardiente e n q u e se destilaba e l a g u a m i e l . L a v i l l a de T l a x c o tenía cuatro b a r r i o s : E l G r a n d e , L a G l o r i a , E l L i m b o y E l I n f i e r n i l l o . S u p a r r o q u i a fue f u n d a d a e n e l s i g l o diecisiete. 10

L a g r a n extensión t e r r i t o r i a l q u e l l e g a r o n a tener las haciendas de M a z a q u i a h u a c y E l R o s a r i o se originó, como e n tantos otros casos, p o r vía de l a c o m p r a de terrenos a indígenas y .a través d e l o t o r g a m i e n t o de mercedes de tierras a vecinos españoles desde e l sigloXVI.Sabemos q u e h a c i a e l a ñ o de 1757 ambas haciendas eran p r o p i e d a d de I g n a c i o Yáñez R e m i g i o de V e r a , a l g u a c i l de l a inquisicón. A p r i n c i p i o s d e l siglo d i e c i n u e v e estas haciendas pasaron a manos d e F e l i p e Santiago Sanz y se conservaron e n l a m i s m a famil i a hasta 1934, fecha e n q u e f u e r o n afectadas p o r l a r e f o r m a a g r a r i a . E n los años q u e aquí estudiamos, M a z a q u i a h u a c y E l R o s a r i o eran p r o p i e d a d de l a señora Josefa Sanz v i u d a de Solórzano. L a superficie t o t a l de ambas fincas e r a de 9 389 hectáreas, extensión superior, c o n m u c h o , a l a m e d i a de las haciendas p u l q u e r a s de l o s L l a n o s de A p a n y las cerealeras de otras zonas d e T l a x c a l a . A u n q u e legalmente h a b l a n d o M a z a q u i a h u a c y E l R o s a r i o eran dos propiedades distintas, f o r m a b a n , desde e l s i g l o XVIII, u n solo c o m p l e j o e c o n ó m i c o (vid. m a p a 2 ) . 11

1 2

C o m o e l c o m ú n de las haciendas mexicanas, los fundos de M a z a q u i a h u a c y E l R o s a r i o constituían a m e d i a d o s d e l siglo pasado u n i d a d e s económicas c o n u n a r a c i o n a l i d a d específica, y a q u e u n a p a r t e de s u p r o d u c c i ó n l a destinaban

10

Este dato es del año de 1900. NAVA, 1969, p. 1 1 2 .

1

1

PONCE

ALCOCER,

1

2

ASRA,

exp. 2 3 : 2 5 1 9 4 . N o disponemos de las cifras de extensión

1 9 8 1 , pp.

de las haciendas por separado.

66-68.

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

289

L a incidencia de la seducción amerita ofrecer u n ejemp l o de las tácticas del seductor y la situación de la mujer bajo el acoso del tipo donjuanesco que lograba sus conquistas a base de continuados asedios de mujeres que aparecían como objetivos asequibles. Las relaciones extramaritales (no la pérdida de virginidad, sino el adulterio) fueron bastante difíciles, aunque no inconcebibles, pues existen testimonios de tales casos. Existió una constante supervisión sobre la esposa, en su conducta y persona, no sólo por el esposo sino por la familia, el vecindario y aun las autoridades eclesiásticas. Siempre se asumió la fragilidad moral de la mujer para sancionar esa supervisión y hasta su aislamiento social, cuando, irónicamente, era en realidad el hombre quien con más frecuencia hacía uso de la licencia que su sexo le concedía para transgredir los cánones morales. E l hombre tenía más libertad para abusar del doble estándar moral ya que aun manteniendo una relación extramarital no perdía su honor, aunque, como se apuntó, tampoco podía siempre esperar quedar impune y corría riesgos bien conocidos. A u n así la mujer sufría todas las desventajas de llevar sobre sus hombros el peso del honor personal, el de su esposo y el de su familia. E l caso ilustrado por el siguiente documento presenta a una mujer ante la disyuntiva de defender su persona y su honor contra una relación extramarital, lo que la ponía en u n dilema moral. Trataba de comportarse como se esperaba de una mujer respetable, aun faltándole l a protección del marido. Por su parte, el seductor, que tenía establecida su reputación con previas experiencias, trató de romper la resistencia de la mujer con toda clase de argumentos, desde la violencia física hasta expresiones de desacato a las enseñanzas de la religión. Carente de protección física y moral, la mujer recurrió a la autoridad eclesiástica para la resolución de su problema. A pesar de algunos matices sospechosos, como el de haber ella dejado pasar cuatro años antes de dirigirse al sacerdote, esta fuente ilustra una situación bastante común en la sociedad colonial: Ilustrísimo señor doctor don Martín de Elizacochea, m i señor. Ante la grandeza de vuestra señoría ilustrísima me presento y, postergada a las plantas de vuestra señoría [?] m i aflición, para que como m i pastor se sirva la digna [razón] de vuestra señoría ilustrísima de ministrarme el remedio que necesita el gravísimo peligro en que me hallo, así de perder la vida corno

ASUNCIÓN LAVRIN Y ÉDITH COUTURIER

290

el alma, y imperando la venia de vuestra señoría ilustrísima daré relación de lo que pasa. H a cuatro años que en este lugar vivo perseguida de

Vicente Quirino

hasta la hora presente

de Aragón, quien me

solicita

c o n . . . p e r t i n a c i a . . . N o atendiendo

a

los fueros de que soy casada, a las muchas amenazas que por él me tiene hechas m i esposo, aun prevenido o amenazado a que no venga a m i casa, y en fin sin temor a Dios de cuyo nombre me he valido diciéndole mire que es ofensa s u y a . . . , me responde no temer ni a Dios ni a ninguno, que aprecia las censuras como a las suelas de sus zapatos, con tanto descoco que si me acompaña gente grande no repara, dándoles a entender que tiene algo conmigo exponiéndome

a que por este medio lo sepa mi

marido. Y si hay gente chica se porta con tanta descomposición que, sin atender al mal ejemplo, se pone a forcejear para que condescienda, a lo que me [he] resistido y resisto, y por esto me cuesta algunos golpes, no habiendo nunca condescendido a sus torpes intentos, no dejando el referido de inquietarme. Pues en cuanto mi esposo sale ya está en m i casa sin hallar camino ninguno por donde librarme, pues poniéndole patente las cosas dice matará a mi marido, procediendo en sus hechos tan in [sensata, sistente] mente que cuando ha tratado a otras casadas les impide que se junten con sus maridos, desvelándose en averiguarlo y dándoles de golpes por que no obedecen a su mandato, y les quita su crédito. Y en fin, señor ilustrísimo, son tantos los escándalos y ceguedad de el mencionado sujeto que la vida me va entre ambos. Si condesciendo

m i marido [?] matarme;

si no lo ejecuto el contrario hace lo mismo, anunciándome porque no lo admito no tendré hora de gusto,

que

que es punto

suyo que cuanto se dice del infierno son terrores de la iglesia, que sabe que no se condena nadie. Esta narración

tan larga

hago a la grandeza de vuestra señoría ilustrísima, aunque con el sentimiento de molestar la dignísima atención de vuestra señoría ilustrísima, con la esperanza de que como padre atenderá a mi urgente necesidad, y así en las entrañas piadosas y santo celo de vuestra señoría ilustrísima espero el logro de mi quietud, y la seguridad de mi vida, suplicándole a la clemencia de vuestra señoría ilustrísima que con sigilo remedie m i necesidad sin descubrirme, blasfemias

pues en sus temeridades tan heréticas, como

del referido agresor y sus

las que

dichas llevo,

temo el

detrimento de m i vida, y por el consiguiente mi esposo que no

sé si sabe m i ocurro, Temo en m i esposo el escándalo, en el

LAS MUJERES TIENEN L A PALABRA

291

agresor el que rne cumpla sus promesas de matarme, a lo

que

vuestra

señoría ilustrísima

imposibilidad, tanto

trabajo.

hará

según Dios

atendiendo a

pues no hallo otro refugio para exonerarme L a Divina

Majestad

guarde

la

mi de

importantísima

vida de vuestra señoría ilustrísima los muchos años que necesitamos sus ovejas. Pueblo de las Adjuntas. Besa los pies [o las plantas] rendidamente a vuestra señoría ilustrísima, Josepha de Aguilar [no es firma de la interesada].

7

Q u e La m u j e r esclava fuera objeto de explotación s e x u a l t a n t o de sus amos c o m o de otros q u e a b u s a b a n de su cond i c i ó n es algo de l o que n o q u e d a d u d a , p e r o q u e l a m i s m a t u v i e r a acceso a los mecanismos legales establecidos p a r a p r o teger a l a m u j e r l i b r e de d i c h o s abusos es u n hecho menos c o n o c i d o . E l siguiente d o c u m e n t o i l u s t r a esa p o s i b i l i d a d y r e v e l a l a semejanza de situaciones entre l a m u j e r esclava y l a l i b r e en l a seducción bajo p a l a b r a de casamiento, l a relación consensual seguida de e m b a r a z o y e l r e c l a m o legal a q u e d a b a l u g a r . L o e x t r a o r d i n a r i o es l a motivación d e l r e c l a m o : l a p o s i b i l i d a d de l i b e r t a d caso de lograrse l a legalización d e l m a t r i m o n i o . Es evidente q u e l a dueña de l a esclava intentó evitar l a u n i ó n e x t r a m a r i t a l de sus esclavas c o n u n b u e n i n c e n t i v o : l a l i b e r t a d . L a m a d r e de l a j o v e n s e d u c i d a , q u i e n presentó l a reclamación, n o se circunscribió a l a m e n t a r l a pérdida de t a l o p o r t u n i d a d , sino que, s i n t e m o r , se atrevió a r e c l a m a r j u s t i c i a . L a c o n d u c t a de los actores e n esta fuente es semejante a l a de los m i e m b r o s de otras capas sociales. L a s actitudes ante e l desfloramiento f e m e n i n o y los mecanismos u t i l i z a d o s p a r a e l r e p a r o social d e l a situación trascendían las diferencias de raza y estatus e c o n ó m i c o . Nótese e l ansia de u n a p r o l e l i b r e p o r parte de l a r e c l a m a n t e , y l a h u i d a d e l h o m b r e p a r a evitar e l castigo d e l a j u s t i c i a eclesiástica: 8

Ilustrísimo y reverendísimo señor: Felipa de Santiago, esclava de doña Francisca de vecina

7

de

esta congregación,

postrada

a

los

pies de

Oropeza, vuestra

GSV/AHAOM, sección 5, leg. 2 5 3 , rollo 7 5 3 9 7 3 . Contiene cartas dirigidas a los obispos Juan José de Escalona y Calatayud ( 1 7 2 8 1 7 3 7 ) y Martín de Elizacochea ( 1 7 4 5 - 1 7 5 6 ) . s AGUIRRB BELTRÁN, 1972, p. 2 4 6 ; PALMER, 1 9 7 6 , p. 56.

292

ASUNCIÓN LAVRIN Y EDITH COUTURIER señoría ilustrísima, como mejor por derecho proceda, digo: que Agustín García, vecino de esta congregación, con palabra de casamiento estupró a Petra m i hija y se sirvió de ella en esta confianza todo tiempo de su voluntad hasta dejarla encinta, de lo que se me ha seguido, después de crecidos gastos, el que dicha m i hija y toda m i posteridad sean esclavos, por haberle prometido m i ama su libertad bajo la condición de que de casar, fuera con cualesquiera, como lo ha hecho con mis otras hijas que se han casado. E n esta atención, y la de haberse retirado García al pueblo de San Francisco temeroso del castigo que el señor juez eclesiástico le había de dar por su delito, para que se siga aquí esta causa y yo por m i miseria no quede indefensa, n i m i hija esclava, suplico a vuestra señoría ilustrísima se digne de mandar librar su soberano decreto para que dicho señor juez le haga aparecer en su juzgado. Mande asimismo que por miserable se me ayude por pobre, o que los soporte [los gastos de juicio, o costas] el referido García, que así es justicia. Por tanto a vuestra señoría ilustrísima pido, y suplico, lo mande, que imploro justicia. Juro no es de malicia. N o sé firmar.

9

E l a b a n d o n o m a r i t a l e r a frecuente d u r a n t e e l p e r í o d o c o l o n i a l . E l h o m b r e se trasladaba a o t r a c i u d a d , a las m i n a s o a las haciendas e n b u s c a de trabajo y p r o l o n g a b a s u regreso, o n o regresaba si le era p o s i b l e . L a m o v i l i d a d geográfica d e l h o m b r e l e d a b a v e n t a j a sobre l a m u j e r , fijada a l h o g a r , y l e f a c i l i t a b a l a evasión de r e s p o n s a b i l i d a d e s económicas o l a p u e r t a de escape p a r a u n a situación de m a l a v e n i m i e n t o hogareño. F r e c u e n t e m e n t e e l h o m b r e buscaba u n a a m a n t e , l o c u a l n o era difícil, c o m o q u e d a establecido, y p r o c u r a b a pasar d e s a p e r c i b i d o de las a u t o r i d a d e s eclesiásticas. M u c h o s l o l o g r a b a n ; otros n o , c o m o e n e l e j e m p l o usado. V i a j e r o s o trabajadores q u e c i r c u l a b a n entre las poblaciones más i m p o r t a n t e s p o d í a n p r o p o r c i o n a r l a información neces a r i a p a r a q u e l a m u j e r a b a n d o n a d a p u d i e r a delatar a su m a r i d o a n t e l a j u s t i c i a c i v i l o eclesiástica. L a m u j e r legitimam e n t e casada tenía l a fuerza m o r a l de su parte, y, c o m o M a n u e l a J o s e p h a de Arreguín, p o d í a d e s b o r d a r su i r a en u n a petición d e j u s t i c i a c o n t r a u n d e l i t o o f i c i a l m e n t e c o n d e n a d o

9

GSXJ/AHAOM,

sección 5, leg. 253, rollo 753 973.

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

293

p o r l a i g l e s i a y l a c o r o n a . E n su d e m a n d a l a m u j e r l l e g ó a s u g e r i r qué t i p o de castigo merecían a m b o s c u l p a b l e s . P a r e cía más a c e r t a d a e n c u a n t o a l a a m a s i a q u e e n c u a n t o a l i n f i e l esposo. U n h o m b r e casado e r a r a r a m e n t e e n c a r c e l a d o s i p r o m e t í a r e u n i r s e c o n su m u j e r " p a r a hacer v i d a m a r i d a b l e " . E n c a m b i o , las amasias p o d í a n ser enviadas a las l l a m a d a s casas de r e c o g i m i e n t o , e s t a b l e c i m i e n t o s de correcc i ó n f e m e n i n a q u e i m p r i m í a n e l e s t i g m a de v i d a r e l a j a d a a las que e r a n i n t e r n a d a s e n e l l o s . E l q u e M a n u e l a J o s e p h a d e A r r e g u i n u s a r a de sus p r e r r o g a t i v a s de m u j e r casada legít i m a m e n t e p o r l a i g l e s i a p a r a satisfacer su v e n g a n z a p e r s o n a l i n d i c a l a fuerza m o r a l q u e l a i g l e s i a confirió a l m a t r i m o n i o l e g a l , y m u e s t r a u n o de los m e c a n i s m o s q u e l a m u j e r p o d í a u t i l i z a r n o s ó l o p a r a su p r o t e c c i ó n s i n o hasta p a r a s u rev a n c h a . E n v i s t a de los frecuentes devaneos m a s c u l i n o s e l u s o d e esta a r m a fue quizás necesario. 10

Ilustrísimo

señor:

Manuela Josepha de Arreguin, vecina del pueblo de los D o lores, mujer legítima de José Joaquín Santa Anna, operario de las minas de Rayas, en donde reside, puesta a los pies de vuestra señoría

ilustrísima,

aparezco y digo:

que hace tiempo

de

cinco años que el citado m i marido vive sin temor a Dios, o su conciencia, ni a mí, en ilícita amistad con Antonia Bacilia Ramírez, viuda, de la misma mina de Rayas, viviendo con tanto escándalo y desenfreno como marido y mujer, sin merecerle en este lapso de tiempo de

dichos cinco años el mantenimiento

con que debe acudirme, ni menos solicitarme, con que en cierto modo demostrara el reconocimiento que me sino que, enajenado

de esta obligación,

piadosos socorros para

debe de marido,

me tiene expensada a

evitar cualesquiera fragilidad que ema-

nara de m i necesidad. Y para que m i conciencia se

asegure,

y se evite este daño que no he podido reparar, se ha de servir vuestra señoría ilustrísima, administrando su noble empleo, mandar comparecer ante su grandeza al citado mi marido, y su amasia, imponiéndoles mortificándole

el correspondiente castigo: a el primero

largo tiempo en la prisión, con especial encargo

a su vicario, hasta que otorgue fianza en forma para m i debida atención y buen trato; y a dicha Antonia Bacilia, para que cese tanto perjuicio como me ha erogado, mandarla poner reclusa

1 0

MURIEL, 1974, passim.

ASUNCIÓN LAVRIN Y EDITH COUTURIER

294

en l a v i l l a de S a n M i g u e l , o en l a S a n t a C r u z de l a c i u d a d de V a l l a d o l i d , aún

1 1

pues según

los méritos

que

llevo

expendidos

no le es correspondiente castigo, respecto de las hambres,

desnudeces y desabrigo que he p a d e c i d o , causado todo de esta i n i c u a mujer, contra q u i e n m e q u e r e l l o , y de q u i e n considero sea e l único r e m e d i o l a reclusión

que

i m p e t r o a su benigna

j u s t i c i a ; p o r t o d o l o c u a l a v u e s t r a señoría ilustrísima p i d o y s u p l i c o se sirva de m a n d a r hacer e n t o d o c o m o l l e v o p e d i d o , en que recibiré justicia. J u r o en d e b i d a f o r m a no ser de m a l i c i a , y l o necesario. N o sé f i r m a r .

12

L a fuerza de trabajo m a s c u l i n a es considerada como l a e s p i n a d o r s a l de l a economía c o l o n i a l . L a m a n o de o b r a f e m e n i n a , e n su mayoría n o asalariada, n o h a sido consid e r a d a c o m o u n factor dinámico de l a economía, y h a sido r e l e g a d a a u n p a p e l secundario e n l a temática histórica. Este soslayamiento e m a n a d e l carácter de ese trabajo. L a d i f i c u l t a d de l o c a l i z a r fuentes es intrínseca a las ocupaciones " m u j e r i l e s " , q u e dejaban pocas huellas p o r realizarse e n e l c a m p o , e n l a cocina, e n las plazas y calles de p u e b l i t o s y ciudades, o j u n t o a l h o m b r e c o m o silenciosa compañera o sod a . E l a n o n i m a t o de l a m u j e r e n l a h i s t o r i a d e l trabajo c o m e n z ó a desaparecer c u a n d o se le permitió l l e v a r a cabo s u trabajo en gremios o e n t r a r c o m o asalariada e n i n c i p i e n tes i n d u s t r i a s . S i n embargo, pasarían m u c h o s años después de las güeras de i n d e p e n d e n c i a antes de q u e l a m u j e r fuera seriamente t o m a d a e n c u e n t a c o m o m i e m b r o de l a fuerza t r a b a j a d o r a en e l macrocosmos d e l estado. C ó m o m e d i r los intereses de los grupos más h u m i l d e s de trabajadoras coloniales? ¿ Q u é s i g n i f i c a b a p a r a ellas su trab a j o y c ó m o defendían sus intereses? Estas preguntas son m u y difíciles de contestar m i e n t r a s n o se descubran docum e n t o s q u e nos d e n a l g u n a indicación a l respecto. A f o r t u n a d a m e n t e , u n g r u p o de h u m i l d e s fruteras de G u a d a l a j a r a

1 1

Según M u r i e l este recogimiento tuvo su origen en el Colegio de Niñas que el obispo M a n u e l Escalante (1706-1708) planeaba const r u i r j u n t o a l santuario de l a Santa C r u z . Después de l a muerte del obispo el provisor de l a sede vacante, fray M i g u e l R o m e r o A r b i z u , destinó e l edificio a casa de reclusión de mujeres viciosas y poco recatadas". MURIEL, 1974, p . 182. 12 GSU/AHAOM, sección 5, leg. 253, rollo 753 973,

295

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

h a d e j a d o s u h u e l l a e n l a h i s t o r i a e x p o n i e n d o las razones p o r las q u e se o p u s i e r o n a u n a reglamentación q u e las o b l i g a b a a s a l i r d e los portales d o n d e vendían su f r u t a 'desde " t i e m p o i n m e m o r i a l " . L o s a r g u m e n t o s e s g r i m i d o s p a r a obt e n e r l a a p r o b a c i ó n de su petición c o m b i n a b a n razones económicas, de s a l u d y de estética. Éste es u n o de los pocos casos e n q u e las mujeres se u n i e r o n e n g r u p o p a r a g a n a r u n a c a u s a q u e las afectaba p r o f u n d a m e n t e . 13

El

c o m ú n de las fruteras

de esta c i u d a d , c o m o m e j o r p r o -

c e d a de derecho y p o r e l ocurso q u e sea más favorable y nos convenga, parecemos ante vuestra alteza y d e c i m o s : q u e h a b i e n d o o c u p a d o c o n nuestra fruta de i n m e m o r i a l t i e m p o a esta los portales d e esta c i u d a d , se mandó

parte

p o r esta r e a l a u d i e n c i a

p o r e l año de setecientos sesenta y cuatro q u e todas las v e n d i m i a s saliesen a la p l a z a m a y o r a o c u p a r los puestos o tachacuales de p a l o q u e en a q u e l entonces se f a b r i c a r o n . Y éstos

se o c u p a r o n i n m e d i a t a m e n t e

godón,

sal, p a n o c h a

mensal

pensión

tuvimos nuestras

efectos

que pueden

que l a c i u d a d les asignó,

en d i c h a

mentando

y otros

aunque

p o r los q u e c o m e r c i a n al-

p l a z a p o r algún

soportar

nosotros

t i e m p o , hasta

la

nos m a n -

que experi-

e l c r e c i d o p e r j u i c i o q u e se nos o r i g i n a b a n o sólo en personas

y

salud,

sino

en los efectos

que

tratamos

— c o m o q u e puestos a l sol, s i n e l m e n o r abrigo q u e l i b e r t a r a de las lluvias e i n t e m p e r i a s de los tiempos, nos exponíamos a c o n tinuas enfermedades, y l a fruta a u n a d i a r i a corrupción, de m o d o que algunas personas l l e g a r o n a perder le

m i n i s t r a b a a l público

cuando

la v i d a y la fruta se

no corrupta

o s i n sazón

al

menos sin a q u e l l a sensualidad y gusto que p o r todos se apetece— volvimos

c o n condescendencia y consentimiento de los m e r c a -

deres dueños de las respectivas tiendas, y d e l dueño de la finca, a o c u p a r e l p o r t a l d e l mayorazgo q u e p o r nuestra antigua asistencia

[es] c o m u n m e n t e

l l a m a d o y p o r antonomasia c o n o c i d o

p o r el p o r t a l de las fruteras. Y c u a n d o lográbamos nosotros de esta q u i e t u d y beneficio, y e l p u b l i c o de esta c i u d a d el de t o m a r las frutas

frescas,

e n sazón

y b i e n acondicionadas, se nos ha

m a n d a d o p o r e l c a b i l d o y a y u n t a m i e n t o q u e s i n excusa a l g u n a desembaracemos los portales y salgamos c o n nuestra fruta a la plaza m a y o r , s i n la consideración

17

n o sólo de q u e a u n estando

A M G , caja 1087, paquete 4, documento 14 (1774).

296

ASUNCIÓN LAVRIN Y EDITH COUTURlER en los portales pagamos y c o n t r i b u i m o s a l a c i u d a d superabundantemente

sus derechos, sino es de

lo riguroso d e l

presente

tiempo. P o r todo lo c u a l y porque estamos entendidas de los dueños

de

las tiendas

n i pueden

haber

reclamado,

que como

que no e x p e r i m e n t a n p e r j u i c i o alguno, n i embarazamos el tránsito de dichos portales, y ante[s] sí se les d a h e r m o s u r a , es uno de los fines p o r q u e se concede l i c e n c i a p a r a

que

su cons-

trucción, o c u r r i m o s a l a m p a r o y protección de esta r e a l a u d i e n c i a p a r a que en consideración a todo lo d i c h o y a l a m i s e r i a y c o r t e d a d de nuestros p r i n c i p a l e s (que u n a m u y leve y corta u t i l i d a d nos exponemos a su pérdida en beneficio d e l p u b l i c o ) , se sirva c o m o r e n d i d a m e n t e suplicamos de m i r a r n o s c o n l a c o n sideración

que

es p r o p i a de

este regio t r i b u n a l c o n

personas

miserables c o m o nosotros, y en consecuencia p e r m i t i r n o s que c o n nuestra i n d u s t r i a y grangería permanezcamos en dichos portales, supuesto el que l a c i u d a d no pierde sus derechos n i se p e r j u d i c a a persona a l g u n a , y antes sí e l público q u e d a c o n esto

entera-

mente beneficiado. P o r tanto a vuestra alteza p e d i m o s y r e n d i damente

s u p l i c a m o s se sirva m a n d a r hacer c o m o l l e v a m o s pe-

d i d o , en que recibiremos m e r c e d y gracia. J u r a m o s en f o r m a y en lo necesario. A ruego de las partes y expresarme no saber f i r m a r , José V i c e n t e Fernández L e c h u g a M i e n t r a s q u e las v e n d e d o r a s de t i a n g u i s f u e r o n casi siemp r e i n d i a s o mestizas, a l g u n a s o c u p a c i o n e s artesanales se c o n s i d e r a b a n a p r o p i a d a s p a r a mujeres de más a l t a categoría s o c i a l . L a administración de panaderías fue u n a de ellas. E n general, todo negocio que r e q u i r i e r a capital y reglamentación o f i c i a l implícitamente sugería u n estatus s o c i a l más alto. E n 1769 u n a tercera p a r t e d e l t o t a l de los p a n a d e r o s que s o l i c i t a r o n l i c e n c i a d e l c a b i l d o de G u a d a l a j a r a p a r a ejercer su o f i c i o fue de mujeres. T r e s de ellas tenían e l mism o a p e l l i d o q u e v a r i o s h o m b r e s , de l o q u e se i n f i e r e q u e pertenecían a l a m i s m a f a m i l i a p e r o q u e a d m i n i s t r a b a n su n e g o c i o p o r separado y se r e s p o n s a b i l i z a b a n o f i c i a l m e n t e p o r el mismo. Y s a b e l V i r u e t e , v e c i n a de esta c i u d a d , c o m o m e j o r p r o c e d a de derecho parezco ante vuestra señoría y d i g o : trato

d e panadería

y pretendo

conveniente. P e r o siendo

q u e yo tengo

c o n t i n u a r l a mientras m e

preciso, y necesario

conforme

fuere a

las

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

297

ordenanzas ú l t i m a m e n t e publicadas, e l ejercer este oficio bajo sus reglas y disposiciones que previenen, ocurro a l a justificación d e vuestra señoría suplicando se sirva concederme su perm'-;o y licencia para usar el trato de t a l panadera, c o n panadería p ú b l i c a , m a n d a n d o se me a d m i t a e n l a m a t r í c u l a de los de este g r e m i o y se registren los sellos que estoy pronta a manifestar, c o m o t a m b i é n a c u m p l i r y observar puntualmente tas referidas ordenanzas para el arreglo d e l p a n y buen gobierno de los p a naderos. E n cuyos términos a vuestra señoría suplico así lo mande, q u e es justicia. J u r o en f o r m a , M a r í a Ysabel de V i r u c t e

1 4

C o m p a r a d o con los casos anteriores, e l trabajo de l a mujer esclava resaltaba p o r sus constricciones y las l i m i t a d a s oport u n i d a d e s que tenía de ser r e c o n o c i d o o apreciado. S i n emb a r g o , a u n tratándose del elemento f e m e n i n o de q u i e n menos p o d í a esperarse u n a h u e l l a histórica, existen testimonios que p e r m i t e n apreciar algunos de los p r o b l e m a s de l a v i d a de l a m u j e r esclava. Estos testimonios f u e r o n posibles gracias a l a e x i s t e n c i a de ciertas válvulas de escape dentro d e l sistema jurídico que reconocían l a h u m a n i d a d básica d e l esclavo y l e concedían ciertos derechos, haciéndole accesibles los i n s t r u m e n t o s legales p a r a su l o g r o . U n a de esas válvulas de escape que h a n p e r m i t i d o a l hist o r i a d o r atisbar dentro del m u n d o m e n t a l y e m o t i v o d e l esc l a v o es l a d e l derecho a ser o í d o e n cortes de justicia. D u r a n t e e l siglo XVIII se registraron a l g u n o s casos e n l a audienc i a de G u a d a l a j a r a que i l u s t r a n los límites a que podían l l e g a r los esclavos usando los mecanismos proveídos p o r e l s i s t e m a . E l caso de María P e t r a R i b e r a , presentado e n 1802, d e m u e s t r a las vicisitudes d e l trabajo esclavo femenino y, a l m i s m o t i e m p o , l a resolución y c a p a c i d a d personal de u n a 15

1 4

A M G , caja 1086, paquete 30, documento 30 ( 1 7 6 9 ) . L a s tres mujeres eran Isabel de V i r u e t e , R o s a A n t o n i a D e l g a d i l l o y M a r g a r i t a de F i g u e r o a y V i l l e l a . E l cabildo de G u a d a l a j a r a concedió matrícula de panaderas a siete mujeres y a dieciséis hombres en 1769. " B P J / A Z V G , Civil, ( 1 7 1 9 ) , 77-4 ( 1 7 9 9 ) , 153-2 ( 1 7 9 1 ) , 205-33 corresponde a l ejemplo 1948, passim.

expedientes 16-7 ( 1 7 1 3 ) , 18-12 ( 1 7 1 9 ) , 20-8 121-2 ( 1 7 0 8 ) , 133-3 ( 1 7 8 3 ) , 149-5 ( 1 7 9 2 ) , ( 1 7 9 4 ) , 228-9 ( 1 8 0 2 ) . E l último expediente usado en este trabajo. PETIT MUÑOZ et al.,

298

ASUNCIÓN LAVR1N Y EDITIT COUTURIER

m u j e r e n l a base de l a pirámide social. L a esclava reclamaba mejor tratamiento p a r a u n a hija, basándose en largos años de servicio y f i d e l i d a d . E l p r i m e r d o c u m e n t o que r e p r o d u cimos, de difícil gramática, es posiblemente el d i c t a d o fiel de las palabras de l a esclava. T a m b i é n copiamos u n segundo documento, redactado p o r el abogado de pobres de l a audiencia p a r a aclarar e l caso. L a petición de María P e t r a fue oída. Se consultó a u n cirujano para que e x a m i n a r a a l a h i j a y, siguiendo su o p i n i ó n , se envió notiíicación a los dueños p a r a q u e n o l a e m p l e a r a n en ocupaciones que e m p e o r a r a n el estado de su brazo. A u n q u e n o debemos exagerar l a calificación d e l beneficio otorgado p o r l a ley s i n conocer el o r i g e n de l a i n c a p a c i d a d física de l a esclava, l o que tratamos de subrayar es l a abnegación y el v a l o r personal de u n a h u m i l d e m u j e r q u e actuó sobre su concepto p e r s o n a l de iusticia.

J

M a r í a Petra R i b e r a , vecina d e l pueblo de N o c h i s t l á n , residente en esta c i u d a d , esclava de d o n J u a n A n t o n i o S e p ú l v e d a , por el recurso m a s favorable que en derecho corresponde, ante vuestra merced parezco y digo: A v a n z a d a y a d e l continuo y fiel servicio que tengo dado a m i a m o hace el dilatado tiempo de m á s de treinta años, no solamente yo sino en cinco hijos míos en esta perpetua esclavitud, por lo que aconteció no h a muchos dias el que dicho m i amo, sin embargo de ver que u n a hija m í a se halla imposibilitada de trabajar m u c h o p o r estar lastim a d a de u n hueso menos [?] en el ejercicio d e l metate, m a n d ó el q u e se l a embiado a u n a h i j a suya para que le sirviese, a lo que hice yo resistencia sólo c o n el f i n de ocurriese a esta real audiencia a quien suplico rendidamente se sirva mandar que c o n atención a m i suma miseria y para poder instruir m i s defensas como corresponde, se m e nombre u n procurador y abogado, que las promueva. A vuestra alteza suplico así lo m a n d e , juro ahora no sé firmar. E n l a ciudad de G u a d a l a j a r a a veinte y tres de marzo de m i l ochocientos dos. Estando en l a sala de justicia los señores regentes y oidores de l a audiencia real de este reino, en l a N u e v a G a l i c i a , se dio cuenta por este e s c r i t o . . . Isf.P.S. José M a r í a P a r r a , p o r M a r í a Petra R i v e r a , como m a s haya lugar en derecho, ante vuestra alteza digo: Q u e m i parte y sus cinco hijos

299

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

son esclavos de d o n J u a n A n t o n i o Sepúlveda, vecino de l a jurisdicción de N o c h i s t l á n . U n a ele las hijas, n o m b r a d a María Gregoria, esta m a n c a p o : habérsele quebrado u n brazo, la q u e en c o m p a ñ í a de su m \ d r c trabaja en lo que puede en l a casa de su amo. Éste quiere ahora despacharla en casa de una hija suya n o m b r a d a d o ñ a M a r í a Francisca S e p ú l v e d a para que muela y trabaje, l o que no es posible a causa de estar i m p e d i d a . P o r lo que suplico a vuestra alteza se sirva de mandar a l cirujano que sea de su superior agrado reconozca a M a r í a Gregoria, por h a llarse c o n su madre en esta c i u d a d , para que siendo cierto estar i m p e d i d a de trabajar se libre despacho a l teniente de Nochistlán para que notifique a S e p ú l v e d a l a mantenga en su casa en c o m p a ñ í a de m i parte y trabaje en lo que pueda y no le sea perj u d i c i a l a su enfermedad. J u r o en f o r m a lo necesario, José María Parra. L a m u j e r fuerte que g o b i e r n a las actividades familiares c o n m a n o f i r m e es l u g a r c o m ú n e n l a l i t e r a t u r a histórica y antropológica. N u m e r o s o s casos registrados e n los protocolos notariales y en los autos de las audiencias de N u e v a Esp a ñ a y N u e v a G a l i c i a i n d i c a n que e n e l M é x i c o c o l o n i a l h u b o mujeres capaces, e n posición de ejercer su a u t o r i d a d y t o m a r decisiones, especialmente c u a n d o , como mujeres mayores de e d a d y solteras o v i u d a s , n o tenían lazos legales q u e las ataran a ningún h o m b r e . A u n q u e los ejemplos mej o r conocidos p r o v i e n e n de l a clase aristocrática, i n c l u y e n d o los qLie usamos aquí, otras mujeres de m e n o r categoría social a c t u a r o n de f o r m a s i m i l a r . L a s siguientes cartas m u e s t r a n a dos mujeres en e l ejerc i c i o de u n p o d e r q u e su clase social les otorgaba sobre sus s u b o r d i n a d o s , fueran a d m i n i s t r a d o r e s o pueblos indígenas, y q u e también les permitía enfrascarse en costosas luchas legales c o n m i e m b r o s de su p r o p i a clase. L a carta de María M a g d a l e n a C a t a r i n a Dávalos y O r o z c o , condesa de M i r a valíe, l a muestra e n su p a p e l de terrateniente y a d m i n i s t r a d o r a , suegra de u n r i c o m i n e r o y poderosa jefe de f a m i l i a . D e p a r t i c u l a r interés son sus comentarios sobre u n o de los tantos litigios en q u e se v i o envuelta. L a s gráficas expresio16

17

16 PITT-RIVERS, 1977, passim. 1 7

LAVRIN, 1978, pp. 4 0 - 4 2 , LAVRIN Y COUTURIER, 1979,

TUTINO, 1 9 8 L

p.

299;

ASUNCIÓN LAVRlN Y EDITH COUTURIER

300

nes q u e usó hacen pensar e n p r o p i a a u t o r i d a d y o r g u l l o s a de darse" (la d e b i l i d a d ) y desea q u e sabe que tienen tanto e l l a e n estas cartas u n a aristócrata u n a i n f a t i g a b l e l u c h a d o r a en tereses familiares. P e d r o R o m e r o de Hijo

compadre

u n a m u j e r consciente de su la misma. Desprecia el "ablanque se le reconozca e l p o d e r c o m o su yerno. N o se refleja débil y amante d e l lujo, sino constante defensa de sus i n -

Terreros. querido

mío:

Recibí

l a de vuestra

merced

de 22 de este corriente mes, sintiendo el que los vientos hiciesen daüo en el tiro de S a n C a y e t a n o . T a l e s h a n sido que p o r se h a n experimentado m u y fuertes.

acá

E l d o m i n g o llovió y hoy h a

h a b i d o truenos y m u c h o frío también. A mí en T a c u b a y a se me cayó l a troje d e l rancho En

del Jacal.

lo d e l pleito yo estoy b i e n a c u c h i l l a d a . E l l o

se

padece

l a d e m o r a de t i e m p o , l a que se gasta. P e r o todo tiene f i n y en v e n c i e n d o al enemigo fuerte, después queda

que espero en D i o s así h a de ser,

l a serenidad y no [será] tan fácil [que] otros se

atreven, y aunque no fuera más que p o r hacerse t e m i b l e y respey mucho

más

que se gastara por sacar este p a r t i d o ; y así no [a]blandarse,

table, se puede dar p o r b i e n e m p l e a d o el trabajo

que

es l o que i m p o r t a , y más

c u a n d o p o r vuestra m e r c e d se m a n -

tienen las columnas tan fuertes;

y así v a l o r , y a ellos, que soy

b u e n capitán y no v u e l v o atrás l a

empresa.

V e o llegó l a m u j e r de M o r a l e s c o n los c u a t r o esclavos q u e vuestra merced compró . . . M é x i c o , enero 20 de B e s a las manos de vuestra m e r c e d su amante m a d r e

760

que le

estima Miravalle

1 8

P a s a n d o de l a condesa de M i r a v a l l e a otra mujer, cuar e n t a años después, observamos e l progreso hecho p o r l a educación f e m e n i n a en los últimos años d e l siglo XVIII M i e n tras q u e l a condesa usaba largas y confusas oraciones y j u n t a b a v a r i a s palabras e n su escritura, María Josefa Velasco y O b a n d o , l a a u t o r a de l a siguiente carta, escribía c o n m u y b u e n a l e t r a y c o n todas las características de u n a persona

18

AMRT,

"Miravalles".

301

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

b i e n educada. Q u e h u b o otras mujeres c o m o e l l a q u e d a dem o s t r a d o c o n las cartas p u b l i c a d a s p o r l a segunda condesa de R e g l a , María Josefa Rodríguez de P e d r o s o . E l establec i m i e n t o de v a r i a s escuelas p a r a mujeres e n M é x i c o e n 1753 ( L a Enseñanza) y 1767 ( L a s Vizcaínas) o e n ciudades d e l i n t e r i o r (Santa R o s a de S a n t a María, V a l l a d o l i d , 1743) y l a aceptación d e l concepto de l a u t i l i d a d de l a educación fem e n i n a d i e r o n a algunas mujeres d e l a élite l a o p o r t u n i d a d de a d q u i r i r i n s t r u m e n t o s de autoexpresión y c a p a c i d a d a d m i nistrativa. María Josefa V e l a s c o y O b a n d o , h i j a m e n o r d e l conde de Santiago, administró las propiedades de su h e r m a n a m a y o r de 1799 a 1805, d e m o s t r a n d o e n esa tarea u n a c a p a c i d a d e x c e p c i o n a l . S u h e r m a n a m a y o r , m i e n t r a s tanto, permaneció analfabeta, indicación de q u e n o todas las mujeres se i n teresaron p o r l a educación o se a p r o v e c h a r o n de las oport u n i d a d e s existentes. L o s borradores d e las cartas q u e María Josefa envió a sus a d m i n i s t r a d o r e s de c a m p o r e v e l a n sus cual i d a d e s . A p a r e c e e n ellos supervisando cuidadosamente todos los detalles de l a administración de u n a h a c i e n d a , a r g u y e n d o p o r l a reducción d e l d i e z m o , p r o m o v i e n d o e l registro de los contratos de a r r e n d a m i e n t o , interesándose p o r l a p r o d u c c i ó n agrícola y , sobre todo, a n t i c i p a n d o los m o m e n t o s adecuados p a r a las ventas. M u c h a s mujeres d e l M é x i c o c o l o n i a l a d m i n i s t r a r o n sus p r o p i e d a d e s agrícolas (ranchos, haciendas, t r a p i c h e s ) , y n o debe verse e n María Josefa u n a excepción s i n o u n e j e m p l o q u e l a documentación existente nos p e r m i t e recordar. E n l a siguiente carta María Josefa aconsejaba a su a d m i n i s t r a d o r sobre u n a serie d e asuntos de carácter agrícola y político. T r a s u n a l a r g a búsqueda, descrita e n previas cartas, había l o g r a d o e n c o n t r a r semillas de n a b o y e v a l u a b a las p o s i b i l i d a d e s de e m p r e n d e r este c u l t i v o e n vez d e l maíz. T a m b i é n c o n t e m p l a b a l a cría de g a n a d o p o r c i n o , m o t i v a d a p o r e l alza de los precios de l a manteca. R e s u l t a i m p o r t a n t e su descripción de l a c o n t i n u a l u c h a entre hacendados y pueb l o s indígenas. E n 1801, c u a n d o escribía, tenía l i t i g i o s pendientes c o n los indígenas p o r uso de aguas, r o b o de pescado, límites de p r o p i e d a d y conflictos c o n los criados d e l a d m i 19

20

1 9

ROMERO

2

L U Q U E A L C A I D E , 1970,

0

D E TERREROS,

1952. pp.

passim.; O L A V A R R Í A Y F E R R A R I ,

163-204; C A R R E Ñ O

ALVARADO,

1899, passim.; O B R E G Ó N ,

Vid, índice ramo Colegios, 1977.

1979,

1949, passim.

ASUNCIÓN LAVRIN Y EDITH COUTURIER

302

n i s t r a d o r . E n todos estos casos su p r i n c i p a l o b j e t i v o era l a protección de los intereses de l a f a m i l i a . E l t o n o d i r e c t o y seco de esta carta y de otras escritas p o r María Josefa hace pensar e n o t r a m u j e r de carácter fuerte t o m a n d o decisiones que afectaban n o sólo los intereses f a m i l i a r e s sino e l c u r s o e c o n ó m i c o de l a a g r i c u l t u r a e n e l centro de l a N u e v a España: S r . d o n José Cristóbal T r u j i l l o . A t e n g o , L e r m a , enero 17, 1801. M u y estimado señor de m i m a y o r a p r e c i o : P o r l a c a r t a

de

vuestra m e r c e d de 14 d e l presente quedo entendida de que recibió l a m i a de 10 d e l m i s m o y de que hablará c o n el colector de diezmos sobre e l de puercos y demás, avisándome l a resulta que de esto tuviere. h a y a vuestra m e r c e d destinado

varios

pedazos de t i e r r a p a r a q u e p r o d u z c a n nabo, lo que m e

Me

parece b i e n que

parece

m e j o r q u e sembrar o t r a s e m i l l a , especialmente

en l a h a c i e n d a

de S a n Nicolás, d o n d e se dará m e j o r que en otra parte. Y a u n que

este año

haciendas,

es

se h a

l o g r a d o e l maíz c o n ventaja

singular, p o r q u e

en

los pasados

a

las

se l i a

otras

perdido

siempre o las más veces, b i e n que en esto debe entender n o d i g o que toda se destine p a r a nabo, sino aquellos que

tenga

mando

por

conveniente

según e l c o n o c i m i e n t o que

de e l l a y los informes que

que

pedazos

a d q u i r i e r e de los

va

to-

antiguos

que tienen e x p e r i e n c i a de lo pasado. El

relator que tiene los autos que seguimos c o n los i n d i o s

de T e p e m a s a l c o y socios sigue enfermo y p o r esto m e que n o haré relación

parece

de ellos dentro de poco t i e m p o .

C o n o z c o la sinrazón de que nos cobren e l tributo de que n o h a n sido nuestros

sirvientes n i sabemos

sujetos

si v i v e n o l o

p a g a r o n , y esto es l o que m e parece que puede vuestra m e r c e d d e c i r a l señor subdelegado,

quien tampoco

debe pagar

lo

que

n o se causó en su t i e m p o . L o s i n d i o s de M e x i c a l c i n g o l l e v a r o n despacho

para

dar

su

p r u e b a , p a r a l a c u a l deberán presentar los autos que les entregó e l subdelegado, p o r q u e aquí no los h a n

manifestado.

E l q u e se d é a g u a a l m o l i n o q u e l l a m a n de V e r d u g o e n l a f o r m a q u e vuestra m e r c e d expresa y que c o r r a diariamente l a necesaria p a r a los pueblos de Santiago y C a p u l u a q u e , la demás p a r a nuestros

trigos, será regular si h a n

quedando

manifestado

títulos p a r a ello; pero s i no, se debe mantenernos en l a posesión e n q u e hemos estado hasta l a presente, y sea como fuere p o n g a

303

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

vuestra merced el mayor cuidado en que Moneada no robe ni una gota, y si lo hiciere, y no bastaren las reconvenciones políticas que le haga para que se contenga, preséntese contra él jurídicamente para que no la coja. E l asunto de castigar a los indios de San Lucas el atrevimiento que tuvieron de apalear al caballo en que iba vuestra merced y a uno de los criados que lo acompañaban, que lo siga con el mayor empeño, por lo dicho en m i anterior, y también para que en la real audiencia se vea su mal proceder y atrevimiento, que consta en dichos autos en los cuales están los cabecillas

conminados

dos

ocasiones con las penas

de

doscientos

azotes y de que serán puestos en obrajes y remitidos a presidio. Y de ninguna manera convengo en que los atrevidos estén algunos días en captura y que se les den cincuenta azotes y se suelten a pasear, porque esto para ellos es niñería, que cada día se les hace. Me

parece bien que haya vuestra merced puesto en

cebo

las dos partidas que dice, que pienso venderemos a más que las pasadas porque ya le subieron cuatro reales a la manteca y a proporción han acrecentado el precio a los demás efectos de ese ganado. Celebraré que vuestra merced, su esposa y sus hijos se mantengan

con salud, cuyo beneficio

logramos yo, mis

hermanas

y señores de la otra casa que agradecen y corresponden a vuestra merced sus expresiones,

y con todos pide a Dios lo que más

ansia su afectísima que lo estima.

21

A pesar de l a a u t o r i d a d q u e u n a m u j e r p o d í a a c u m u l a r y d e l p o d e r q u e p o d í a ejercer, sus a c t i v i d a d e s se veían rest r i n g i d a s p o r trabas legales, costumbres y actitudes. L a s p r i m e r a s p o d í a n p r e s e n t a r desde p e q u e ñ o s i n c o n v e n i e n t e s hasta serios obstáculos a c u a l q u i e r acción o a c t i v i d a d de l a m u j e r . L a s más i m p o r t a n t e s restricciones legales e r a n las q u e se i m p o n í a n a l a m u j e r casada. U n a vez casada, las leyes req u e r í a n q u e l a m u j e r o b t u v i e r a p e r m i s o de s u m a r i d o p a r a l l e v a r a c a b o c u a l q u i e r trámite l e g a l . A u n q u e esto n o era difícil de o b t e n e r , según a t e s t i g u a n los p r o t o c o l o s n o t a r i a les, p o n í a a l a m u j e r e n u n a situación de subordinación. A u n l a p o d e r o s a c o n d e s a de M i r a v a l l e t u v o q u e p e d i r p e r m i s o a s u y e r n o P e d r o R o m e r o de T e r r e r o s p a r a q u e su h i j a María

21

WSU/PCR.

304

ASUNCIÓN LÁVRIN Y EDITH COUTURÍÉR

A n t o n i a f i r m a r a u n a fianza p a r a u n representante de su f a m i l i a en e l t r i b u n a l de l a Santa C r u z a d a . L a f a m i l i a M i r a v a l l e poseía puestos e n este t r i b u n a l , q u e recogía impuestos obligatorios p a r a todos los residentes en América. E l tesorero, José de Cárdenas, c o m p a d r e de l a condesa, g u a r d a b a e l d i nero hasta su envío a España o su distribución e n las I n d i a s . L a condesa era f i a d o r a de d o n José. A causa de l a m u t u a r e s p o n s a b i l i d a d legal de l a p r o p i e d a d entre los cónyuges y d e l g r a n c a u d a l de P e d r o R o m e r o de T e r r e r o s , l a condesa de M i r a v a l l e t u v o que asegurar a l m a r i d o de su h i j a q u e n o había riesgo e n l a fianza p a r a que a p r o b a r a l a f i r m a de e l l a . S i n esa aprobación d o n José h u b i e r a p e r d i d o su puesto y los M i r a v a l l e su c o n e x i ó n c o n l a Santa C r u z a d a . L a siguiente carta d a u n a i d e a d e l p o d e r q u e e l h o m b r e casado adquiría, a u n q u e fuera lateralmente, sobre los negocios de l a f a m i l i a de su esposa. P e d r o R o m e r o de

Terreros.

H i j o c o m p a d r e q u e r i d o m í o : Y a usted sabe que h a m u c h o s años que

estoy siendo

fiadora

de

m i compadre

d o n José

de

Cárdenas, tesorero de las bulas, q u i e n h a dado siempre t a n buena cuenta que hasta el día de h o y no le debe a l rey n i u n m e d i o real, y c o m o yo otorgo a su favor nueva fianza c a d a dos años siempre se h a hecho preciso el que todos m i s hijos consientan en l a fianza por si m e cogiere l a muerte, y c o m o u n o de ellos es María A n t o n i a se p i d e su poder c o n l a l i c e n c i a de m e r c e d p a r a este consentimiento, y en el supuesto no es fianza

nueva sino más

puedo dejar

de p e d i r a vuestra m e r c e d m e r e m i t a e l referido

poder. Y se lo

antigua, y que

vuestra

de que ésta

es l a última,

para que vuestra m e r c e d sepa l o que

en esto

no

pasa,

explicaré.

Si m i compadre

d o n José de Cárdenas tuviera, que n o l a

tendrá, u n a q u i e b r a de cuarenta y dos m i l pesos en estos dos años, y si m e muriese, l o que cada uno de m i s hijos tendría que gastar sería seis m i l pesos y esos n u n c a se le debían cobrar a vuestra m e r c e d de su c a u d a l , sino que se habían de

cobrar

de las m i s m a s fincas hipotecadas . . . Este [poder] se reduce a que M a r i a A n t o n i a otorga y ratifica e l consentimiento que sus hermanos d i e r e n p a r a que a m i c o m p a d r e se le entreguen

las bulas de esta tercera publicación

en

v i r t u d de l a fianza mía, y que lo otorga y ratifica en los m i s m o s términos que

sus

hermanos.

305

LAS M U J E R E S T I E N E N L A P A L A B R A

V i v a vuestra m e r c e d satisfecho

de que m i c o m p a d r e

n a d a le

debe a l rey n i a persona a l g u n a en este m u n d o , y así le he merecer

a

vuestra

merced

c o m p l e t a m e n t e mejor

este

a vuestra

favor

para

poderlo

febrero

su m a d r e que

2 de le

de

servir

merced. Muy

México,

yo

760. Besa las manos de

atentamente

vuestra

merced

estima. Miravalle

2 2

L a educación f o r m a l de l a m u j e r e n escuelas fundadas p a r a ese f i n fue esporádica en los dos p r i m e r o s siglos d e l p e r í o d o c o l o n i a l , siendo e l número de instituciones que se p u e d e n considerar como centros de educación m u y r e d u c i d o e n relación c o n l a población total f e m e n i n a . L o más u s u a l e r a que las niñas de l a élite social fueran enviadas a ser educadas de m o d o elemental e n l a l e c t u r a , l a escritura y l a r e l i g i ó n a algún convento de monjas o c o n a l g u n a amiga, maestra de cortísimo alcance i n t e l e c t u a l . L a s excepciones fueron las mujeres educadas. L o c o m ú n era l a analfabeta, que se reconoce e n los documentos p o r l a anotación de " n o sé firm a r " , de l a q u e y a hemos dado muestras. N o h u b o centros v e r d a d e r a m e n t e educativos c o n maestras y u n p l a n de est u d i o s d e f i n i d o sino hasta e l siglo XVIII. L a fundación de escuelas fue u n síntoma d e l r e c o n o c i m i e n t o de las aptitudes intelectuales de l a m u j e r y de los posibles beneficios que l a sociedad en general lograría c o n e l uso de ese p o t e n c i a l hasta entonces i n e x p l o r a d o . Éste fue u n concepto emanado d e l i l u m i n i s m o español que comenzó a r e c i b i r atención e n l a s e g u n d a m i t a d d e l siglo XVIII. E s necesario aclarar, s i n emb a r g o , q u e quienes p r e c o n i z a r o n e n l a N u e v a España l a educación de l a m u j e r l o h i c i e r o n usualmente usando e l arg u m e n t o de que era necesario proveer a l a m i s m a de u n a r m a q u e le p e r m i t i e r a defenderse e n caso de necesidad, c o m o l a falta de u n h o m b r e en e l hogar, o q u e l a c o n v i r t i e r a e n m e j o r m a d r e y esposa. A ú n n o se t o m a b a en cuenta l a satisfacción de las necesidades p u r a m e n t e intelectuales de l a mujer. A pesar de sus l i m i t a c i o n e s , u n a vez creadas, las escuelas n u n c a carecieron de p u p i l a s , tanto internas como externas. L a s últimas e r a n muchachas o niñas de l i m i t a d o s recursos e c o n ó m i c o s d e n t r o d e l m e d i o u r b a n o . N o existen datos q u e

22 A M R T ,

"Miravalles".

306

ASUNCIÓN LAVRIN Y EDITH COUTURIER

i n d i q u e n q u e h u b i e r a f o r m a a l g u n a de educación p a r a las mujeres rurales. L o s patronos laicos o religiosos de las escuelas c o m e n z a r o n a ver e n ellas u n sustituto p a r a los beateríos y r e c o g i m i e n t o s de los siglos anteriores. ¿Qué motivación p o d í a tener u n a m a d r e p a r a e n v i a r a sus hijas a u n a escuela? E l siguiente d o c u m e n t o , u n a carta d i r i g i d a a l o b i s p o de Michoacán y f i r m a d a p o r u n a m a d r e de dos niñas, ofrece u n a mezcla de interés e n l a educación por s i y e n e l concepto de protección a través d e l recogim i e n t o físico q u e proveía l a escuela y q u e fue u n o de los elementos socioculturales más persistentes e n l a sociedad nov o h i s p a n a . V i u d a y s i n protección m a s c u l i n a , l a m u j e r se acogía a l a de dos patrones que, s i g u i e n d o u n a práctica com ú n e n l a época, se aprestaban a servir a las dos huérfanas corno u n a o b r a de carácter social y e s p i r i t u a l . E l m a t i z estam e n t a l de l a sociedad se hacía manifiesto e n e l r e q u e r i m i e n t o de certificado de l e g i t i m i d a d y l i m p i e z a de sangre q u e i m ponía l a institución educativa, cosa q u e l a convertía e n p a t r i m o n i o de Lina minoría. E l p r e c i o d e l p u p i l a j e era alto: e l e q u i v a l e n t e de casi dos terceras partes d e l salario a n u a l de u n o b r e r o m a n u a l , o l a q u i n t a parte de l o q u e rendía u n a capellanía de misas. T a n t o l a selección social como l a económica e x p l i c a n e l r e d u c i d o r a d i o de l a educación femenina. Ilustrísimo señor: Doña don

José

A n a M a r i a Cabezas, v e c i n a de esta c i u d a d , v i u d a de Bustillos y ambos

padres legítimos

de

doña

Rosalía

y doña M a r í a G u a d a l u p e Bustillos, doncellas menores, c o n e l rend i m i e n t o que debo, parezco ante l a grandeza de vuestra señoría i l u s t r í s i m a y d i g o : que

algunos bienhechores,

compadecidos

l a n e c e s i d a d de dichas m i s hijas, se h a n i n c l i n a d o a

de

mantenerlas

e n e l colegio de niñas de S a n t a R o s a de S a n t a María de

esta

c i u d a d , para que vivan recogidas logrando l a educación que se observa en dicho colegio. Y porque para su entrada en él es necesaria l a l i c e n c i a de vuestra señoría ilustrísima, se h a de servir c o n c e d e r l a , p a r a lo c u a l estoy p r o n t a a d a r información

bastante

de l e g i t i m i d a d y l i m p i e z a de sangre de las dichas m i s hijas, p o r c a d a u n a de las cuales se pagarán anualmente de pupilaje sesenta

pesos; y de ellos, p o r lo respectivo a doña Rosalía, se exhibirán adelantados dos años, y se obligará a l a paga de los subsecuentes d o n F e r n a n d o Bustillos, vecino h o y y d e l comercio de

esta

c i u d a d ; y p o r l o tocante a doña G u a d a l u p e , se exhibirán ahora

307

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

de pronto sesenta pesos, y d o n M i g u e l de Z a r a v i l l a , vecino t a m bién de esta c i u d a d , se obligará a l a paga

adelantada en los

demás años que

en dicho

colegio.

rendidamente

suplico

Por

tanto,

a

l a susodicha se mantuviere

vuestra

señoría

ilustrísima

se sirva de hacer c o m o llevo p e d i d o , en que yo y las dichas m i s hijas recibiremos gran b i e n y m e r c e d de l a p i e d a d de

vuestra

señoría ilustrísima.

A n a M a r i a Cabezas V a l l a d o l i d , j u n i o 12, 1755. P o r presentada

recíbase l a i n f o r m a -

ción que se ofrece, y d i c h a tráigase, p a r a en su vista proveer lo más que convenga. E l ilustrísimo señor d o n Martín de E l i z a c o chea, obispo de este obispado de M i c h o a c a n , d e l consejo de su majestad

m i señor, así l o decretó, mandó y

rubricó.

23

L a falta de educación f o r m a l n o fue óbice p a r a l a i n c o r poración de l a m u j e r a numerosas actividades n i para l a c a b a l comprensión de sus intereses personales o familiares. T o d o s los ejemplos usados hasta a h o r a a p o y a n esta afirmación. D e hecho, los procesos de las audiencias ofrecen t a l varied a d de testimonios de l i t i g i o s contra, entre, o p o r mujeres, q u e cabría hacer u n estudio sobre su v a r i e d a d , las clases sociales envueltas, su frecuencia y s u significado socioecon ó m i c o . L o s resortes más comunes e n los procesos c o n participación f e m e n i n a f u e r o n los económicos, a los cuales nos reduciremos, a u n q u e los casos c r i m i n a l e s ofrecen matices sociales m u y i m p o r t a n t e s . U n complejo microcosmos social, e m o c i o n a l , y f a m i l i a r se r e b e l a tras l a escueta presentación l e g a l de J u a n a A n t o n i a Zardaña, que envolvía a dos mujeres v i u d a s y sin recursos. L a m a d r e usó l a c o n o c i d a fórmula de l a unión l i b r e , pero s i n l o g r a r r e d i m i r s e de l a necesidad económica en q u e vivían l a mayoría de los m i e m b r o s de las clases populares d u r a n t e ese período. M o v i d a p o r l a neces i d a d usó sus innatas h a b i l i d a d e s y logró hacerse de algunos recursos económicos. E l escueto relato calla detalles q u e h u b i e r a n p e r m i t i d o saber más sobre c ó m o se podía logran ese objetivo. S i n embargo, t a l superación n o s i g n i f i c a b a q u e l a p r o l e n u m e r o s a gozara de u n a v i d a más cómoda. L a s leyes sobre partición de bienes volvían a fragmentar los pequeños recursos. L o s hijos ilegítimos q u e d a b a n fuera de los dere-

. 23 GSU/ÁHÁOM,

sección 5, leg. 253, rollo 753 977.

ASUNCIÓN LAVRIN Y EDITH COUTURIER

308

chos legales de h e r e n c i a a m e n o s q u e l a expresa v o l u n t a d de los padres, c o m o e n e l presente caso, los r e d i m i e r a de las desventajas de su c o n d i c i ó n . J u a n a A n t o n i a Zardaña presentó su caso ante e l o b i s p o de M i c h o a c á n , a u n q u e l a resol u c i ó n d e l asunto correspondía a l a a u d i e n c i a . Obsérvese que l a p e t i c i o n a r i a añoraba el a p o y o de u n h o m b r e que p u d i e r a p r o t e g e r l a , y que en su f a l t a recurría a l o b i s p o , p a d r e esp i r i t u a l de q u i e n se esperaba u n a f o r m a de j u s t i c i a person a l . U n a m u j e r s i n p r o t e c c i ó n p o d í a , c o m o e n este caso, s u f r i r abusos y d i l a c i o n e s , p e r o e v e n t u a l m e n t e algunas se r e b e l a b a n ante su v u l n e r a b i l i d a d .

Ilustrísimo señor: Juana

Antonia

Zardaña, m u j e r

legítima

de

José S a n d o v a l ,

puesta a los pies de vuestra ilustrísima, d i g o : que habiendo fallec i d o m i m a d r e doña Josefa María Zardaña y dejado por albacea a m i hermano Julián Zardaña, q u i e n m e notició haber dispuesto sus

cosas, y dejando

una

cláusula

pesos, que viendo no cumplía

en

que

me

dejaba

treinta

a su c o n o c i m i e n t o de l a disposi-

ción [de las] cláusulas de d i c h o testamento,

y que vuestra ilus-

trísima vea l a j u s t i f i c a d a j u s t i c i a que me puede adjudicar, se ha de servir de hacer y m a n d a r que d i c h o albacea y hermano sente el testamento,

pre-

pues h a t i e m p o de tres años que no se ha

d a d o c u m p l i m i e n t o a su disposición, n i saberse de qué se h a l l a n las cosas. P o n i e n d o en l a a l t a comprehensión

manera de vues-

t r a ilustrísima que l a d i c h a m i m a d r e casó en primeras nupcias, de donde tuvo cuatro hijos legítimos, y es a saber que falleció

su m a r i d o fue

ningún

caudal. Y viuda

Antonio

Vistrain,

de

pobre, que que

fue

q u i e n tuvo

y a otro difunto. Y después,

cuando

no tuvo el uno n i el otro se por

comunicó hijos

con don

a Julián y a

Juan mí,

c o n sus inteligencias, adquirió las

casas y demás c a u d a l que tuvo, de lo que hizo su disposición. L o que con esta n o t i c i a , y vista d e l testamento,

vuestra ilustrí-

s i m a dispondrá de todo a q u e l l o que sea justicia, sin que en ello sea yo m o t i v o n i causa en l a indisposición a l a r b i t r i o de vuestra ilustrísima m a n d e testamento, entregue

de partes. Sólo dejo

se dé c u m p l i m i e n t o a i

y por m i suma pobreza y cargada de hijos, se m e

aquello que fuera de j u s t i c i a ; que me atienda c o m o a

mísera desdichada sin tener razones c o n qué poder defender m i derecho, n i h o m b r e alegar, más que

que

pueda

p e d i r l o que justamente

deba

a l a m p a r o , celo cristiano, que vuestra ilustrí-

309

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA s i m a , c o m o oveja

de su rebaño, haga p o r esta pobre, y q u e

esta a l m a de m a d r e n o carezca de su descanso. A

vuestra ilustrísima

pido,

suplico

por el amor

de D i o s ,

m e atienda sólo en justicia, y m a n d e l o que fuere servida su señoría. N o firmo por no saber.

24

¿Qué recurso q u e d a b a a las mujeres s i n a p o y o m a s c u l i n o o material? L a s desvalidas tenían q u e r e c u r r i r a l a c a r i d a d pública y p r i v a d a . M u c h o s testamentos m u e s t r a n ejemplos de donaciones grandes y pequeñas a mujeres de todas clases y condiciones, allegadas, parientas o s i m p l e m e n t e protegidas y amigas. N o se h a l o g r a d o establecer patrón a l g u n o e n c u a n t o a este t i p o de a y u d a económica, p e r o s i n d u d a su e x i s t e n c i a respondió a u n a necesidad real p o r parte de m u chas mujeres q u e s i n educación o preparación p a r a enfrentarse a l a v i d a p o r sus p r o p i o s medios sobrevivían e n u n l i m b o e c o n ó m i c o . N u m e r o s o s fondos destinados a a y u d a r a personas desvalidas, h o m b r e s o mujeres, q u e d a r o n establecidos c o m o obras de c a r i d a d pública q u e l a iglesia a d m i n i s t r a b a . C o m o q u e d a d i c h o , l a m u j e r recurría a l a iglesia e n busca de a y u d a e s p i r i t u a l , legal y también económica. D e u n g r u p o de cartas de petición d i r i g i d a s a los obispos E l i z a c o c h e a y E s c a l o n a de Michoacán, l a mayoría e r a n de mujeres pobres q u e r o g a b a n p o r u n a s u m a c u a l q u i e r a q u e las sacara t e m p o r a l m e n t e de sus necesidades. L a siguiente es u n e j e m p l o típico: Ilustrísimo Mi

señor:

señor, c o m o pobre doncella sola y desamparada, c o n m i

pobre m a d r e enferma en c a m a y cargada de años, s i n más abrigo que e l de l a D i v i n a P r o v i d e n c i a , puesta a los pies de vuestra señoría, le suplico h u m i l d e m e n t e p o r a m o r de D i o s m e socorra con u n a l i m o s n a , q u e de l a S u p r e m a M a j e s t a d señoría

el premio,

cuya

importante vida

tendrá vuestra

guarde D i o s

muchos

años en su m a y o r grandeza, corno se lo suplico. Ilustrísimo

señor,

besa

los pies [o las plantas]

de vuestra

señoría. Clemencia Romualda

24 GSU/AHAOM, QSV/AHAOM,

Ibid. Ibid.

[no es f i r m a

propia].

25

ASUNCIÓN LAVRIN Y EDITH COUTURIER

310

A través de estos d o c u m e n t o s se observa u n a serie de situaciones, actitudes y valoraciones típicas de l a sociedad c o l o n i a l . R e s a l t a n e n ellas l a a m b i v a l e n c i a y l a c o m p l e j i d a d q u e hacen pensar e n l a d i v e r s i d a d de motivaciones, de presiones sociales, económicas y culturales, y de constricciones físicas y legales q u e r o d e a r o n a l a mujer. Estos documentos, procedentes de u n g r u p o q u e t u v o e n c o m ú n n o sólo su sexo s i n o restricciones de v a r i a d o carácter, nos p e r m i t e n observar u n a sociedad de " d e f e r e n c i a " e n l a q u e algunas mujeres, a pesar de pertenecer i n c l u s o a l a elite y r e c i b i r l a pleitesía de sus s u b o r d i n a d o s , estuvieron colocadas, d e b i d o a su subordinación legal, e n u n a situación de deferencia respecto d e l h o m b r e . Esto se n o t a e n todas las fuentes, excepto l a referente a M a r í a Josefa de O b a n d o . P e r o a u n e n este caso, después de cinco años e n u n a posición de a u t o r i d a d c o m o a d m i n i s t r a d o r a de propiedades familiares, l a herm a n a de l a condesa de Santiago fue desplazada p o r e l a r r i b o de Ignacio G ó m e z de Cervantes, su cuñado, q u i e n se convirtió e n jefe de l a f a m i l i a . L a condesa de M i r a v a l l e , a pesar de poseer y ejercer e l p o d e r e n varias formas, t u v o q u e someterse a restricciones jurídicas y ofrecer deferencia a su y e r n o P e d r o R o m e r o de T e r r e r o s p a r a salvar ciertas stiuaciones legales. Así pues, e n último extremo, a pesar de las diferencias sociales, e l pertenecer a l género f e m e n i n o sign i f i c a b a limitación. E s más nítida esta situación e n las seis cartas escritas a l o b i s p o de M i c h o a c á n e n que varias mujeres de m e n o r categoría social a p e l a b a n l a intervención de u n a f i g u r a m a s c u l i n a , poderosa y p a t e r n a l p a r a s o l u c i o n a r situaciones difíciles u obtener j u s t i c i a o c a r i d a d . A través ele l a mediación d e l o b i s p o las mujeres esperaban fortalecer su posición, que ellas veían o p i n t a b a n c o m o débil. C a b e pregunt a r , s i n embargo, si esta autopercepción negativa era r e a l o si era u n a i m a g e n p r o y e c t a d a p o r l a m u j e r p a r a r e c i b i r l a a t e n c i ó n deseada c u a n d o se necesitaba. E n u n a s o c i e d a d e n l a q u e u n sexo está s u p e d i t a d o legalmente a otro, l a supe26

27

2 6

Nos permitimos caracterizar estas situaciones como típicas tras observarlas con suficiente frecuencia en nuestras investigaciones de varios años y consultar los trabajos de otros colegas. J o h n T u t i n o desarrolla u n a interesante tesis sobre el poder de l a mujer en las familias de las altas clases sociales, el c u a l , en su interpretación, sólo les era permitido en situaciones especiales y, p r i n cipalmente, durante l a ausencia de u n patriarca masculino. TUTINO, 2 7

1981.

LAS MUJERES TIENEN LA PALABRA

311

ditación e n g e n d r a u n a fuerza especial q u e , u s a d a c o n saga­ c i d a d , se convierte e n p a l a n c a de acción. E s t a situación re­ q u i e r e de más análisis y atención, especialmente c u a n d o se c o m p r u e b a gracias a otros d o c u m e n t o s q u e las mujeres po­ d í a n t o m a r decisiones i m p o r t a n t e s concernientes a sus in­ tereses personales y familiares q u e requerían i n i c i a t i v a pro­ p i a y convicción personal, y que sabían h a c e r l o . Su situación de d e p e n d e n c i a , pues, puede verse c o m o r e l a t i v a y m a t i z a d a p o r m u c h o s factores. Y e n d o más allá de este tema, s i n embargo, queremos esta­ b l e c e r q u e h a y más p o s i b i l i d a d e s q u e las de considerar si en l a determinación de estatus y la actuación de la m u j e r en l a s o c i e d a d p r e d o m i n a b a e l sexo o l a clase. C u a l q u i e r a q u e sea l a conclusión a que l l e g u e n los historiadores sobre este t e m a , l a r e a l i d a d histórica m i s m a d e l a m u j e r es poco cono­ c i d a . L a determinación de formas de c o n d u c t a , l a evalua­ c i ó n de intereses, formas de represión y de resistencia, los canales de autoexpresión, las estructuras de las instituciones m i s m a s q u e envolvían a l a m u j e r , s o n todos temas que aún esperan investigación. E n último extremo, l a función más i m p o r t a n t e de los d o c u m e n t o s q u e hemos usado es l a de i l u s t r a r l a v a r i a d a g a m a de situaciones que podían ser parte de l a v i d a feme­ n i n a en todas las clases sociales. N o es necesario buscar hechos excepcionales o mujeres f o r m i d a b l e s p a r a adentrarse e n detalles significativos y fascinantes sobre l a mujer. Estas fuentes d e m u e s t r a n l a p o s i b i l i d a d de r e c o b r a r suficiente m a ­ t e r i a l p a r a crear u n a m e m o r i a histórica f e m e n i n a q u e ayude a r e c o n s t r u i r e l pasado de m o d o más e q u i l i b r a d o . H a s t a a h o r a l a falta de u n a m e m o r i a colectiva deja a l h i s t o r i a d o r y a l a m u j e r m i s m a c o n u n a base endeble p a r a l a e x p l i c a ­ c i ó n e interpretación n o sólo d e l pasado s i n o d e l presente. E s t a situación p u e d e superarse a través d e l uso de u n a meto­ d o l o g í a n u e v a e i m a g i n a t i v a . P a r t e de l a m i s m a es p e r m i t i r a las mujeres q u e h a b l e n p o r sí mismas.

SIGLAS Y R E F E R E N C I A S

AMG AMRT ANotM

Archivo Municipal de Guadalajara. Archivo Manuel Romero de Terreros, México. Archivo de Notarías de México.

ASUNCIÓN LAVRIN Y EDITH COUTURIER

312

BPJ/AATG

GSU/AHAOM

WSU/PCR

Biblioteca Pública del Estado de Jalisco, Guadalajara. Archivo de la Real Audiencia de Nueva Galicia. Genealogical Society of Utah, Salt Lake City. Archivo histórico del antiguo obispado de Michoacán (microfilm). Washington State University, Pullman. Papeles del conde de Regla.

AGUIRRE BELTRÁN, Gonzalo 1972

La población negra de México. Cultura Económica.

México,

Fondo de

CARREÑO ALVARADO, Gloria 1979

El Colegio de Santa Rosa de Santa Maña de Valladolid (1743-1810). Morelia.

Cossío Y CORRAL,, Alfonso de 1949

" E l régimen económico del matrimonio en las legislaciones americanas", en Anuario de Estudios Americanos, vi, pp. 501-554.

Índice ramo Colegios 1977

Archivo General de la Nación: índice del ramo Colegios. México, Archivo General de la Nación. «Guías y catálogos, 10.»

LAVRIN^ Asunción 1978

"In search of the colonial woman in México: The seventeenth and eighteenth centuries", en Asunción L A V R I N , ed.: Latin American women: Histórica! perspectivas. Westport, Greenwood Press.

L A V R I N , Asunción, y Edith C O U T U R I E R 1979

LUQUE

ALCAIDE,

1970

"Dowries and wills: A view of women's socio-economic role in colonial Guadalajara and Puebla", en Hispanic American Historical Re view, L I X : 2 (mayo), pp. 280-304. Elisa

La educación en Nueva España. Sevilla, Escuela de Estudios Hispanoamericanos.

LAS

MUJERES TIENEN LA PALABRA

313

M E Y E R , Michael C . 1973

"Habla por ti mismo Juan: U n a propuesta para un método alternativo de investigación", en Historia Mexicana, xxII:3 (ene.-mar.), pp. 396-408.

M U R I E L , Josefina 1974

Los recogimientos de mujeres. México, Universidad Nacional Autónoma de México.

OBREGÓN, Gonzalo 1949

El Real Colegio de San Ignacio de México. México, E l Colegio de México.

OLAVARRÍA Y FERRARI, Enrique 1889

El Real Colegio de San Ignacio de Loyola, vulgarmente Colegio de las Vizcaínas. México, Imprenta de S. Díaz de León.

PALMER, Colin A . 1976

Slaves of the white god: Blacks in México (15701650). Cambridge, Harvard University Press.

PETIT MUÑOZ, Edmundo, Eugenio M . NARANCER y José M . TREIBEL 1948

La condición jurídica, social, económica y política de los negros durante el coloniaje en la Banda Oriental. Montevideo, Facultad de Derecho y Ciencias Sociales, 2 vols.

PITT-RIVERS, Julián 1977

The fate of Schechen. Cambridge, Cambridge U n i versity Press.

ROMERO DE TERREROS, Manuel 1952

" L a condesa escribe", en Historia (ene.-mar.), pp. 456-467.

Mexicana,

i:3

SEED, Patricia 1980

"Parents vs. children: Marriage opposition in colonial México (1610-1779)". Tesis doctoral inédita,

TUTINO, John 1981

"Women and men, family and power in the eighteenth-century Mexican élite". Ponencia presentada en la V Conferencia de Berkshire sobre la historia de la mujer, Vassar College.