2008 - Cunha/SP

CARTA DAS EDITORAS

Verde Que Te Quero Ver-Te!

Aquecimento global, necessidade de preservação do meio-ambiente, êxodo rural em alta, tudo isso nos leva a repensar a forma como utilizamos nossa terra e como tiramos nosso sustento dela. A agropecuária sustentável é um tema que precisa e deve ser discutido, principalmente por quem vive do agronegócio. Editorial Diagramação: Cláudio Moraes de Almeida Sobrinho Instrutor da oficina de tecnologia da informação do projeto Jovem Aprendiz Rural.

Apoio:

Veremos que como já se sabe virou moda entre as pessoas o consumo de hortaliças e legumes orgânicos, vida saudável, o risco que os agrotóxicos causam à nossa saúde, boa forma. Todos são bons motivos para o consumidor, e para o produtor? Outra matéria é sobre a semente multifacetada e apreciada que gera lucro na época fria do ano: pinhão. Como é a colheita, a venda e as inúmeras receitas que podem ser feitas com o pinhão. O SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) aposta nos adolescentes como uma nova injeção de força, vitalidade e técnica. Temas não faltam nessa primeira edição, todas com objetivo de informar e conscientizar os agricultores, pecuaristas e familiares.

Impressão: - Estudio Cunha Sign

Produzido com Papel Reciclado Paula Fernanda A. O. Ferraz Renata Araújo Viana Nunes Instrutoras do Jovem Aprendiz Rural

SUMÁRIO 6

AgroCunha Responde

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Dicas de Produção

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Reportagem

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Capa

Como fazer uma compostagem orgânica? Como combater os efeitos da geada? Quais são as principais pragas das hortaliças? Como fazer coleta de análise de solo?

Frutíferas

O avanço da agricultura orgânica na preferência do consumidor.

Agropecuária sustentável compensa?

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Entrevista

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Turismo Rural

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Reportagem

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Reportagem

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Geração de Renda

Educandos do projeto Jovem Aprendiz Rural Instrutoras do curso Jovem Aprendiz Rural

A cidade de Cunha

Pinhão – Semente de Ouro

Aves – Rusticidade e Lucratividade

Produção de Húmus de minhoca

 Pousada Sotaque Mineiro  Pousada Sámana  Pousada Candeias  Pousada Terra Viva  Pousada Pássaro Preto  Pousada Móara  Pousada do Bié  Pousada dos Anjos

 Festa do Pinhão  Cachoeira da Barra do Bié;  Pedra da Macela  Cachoeira do Pimenta  Cachoeira do Desterro  Cachoeira do Mato Limpo  Caminho do Ouro  Parque Estadual da Serra do Mar

 Congadas  Festa de São Benedito  Festa da Nossa Senhora da Piedade  Cavalaria  Festa do Pinhão Matéria: Danieli, Nathania e Rosenildo

Matéria: Leandro, Gabriel e Anderson

Como fazer uma compostagem orgânica? Pode ser usado esterco de animais, plantas, pastos, ervas, cascas, folhas verdes e secas, todas as sobras de cozinha que sejam de origem animal ou vegetal: sobras de comida, cascas de ovo, entre outros. Qualquer substância que seja parte de animais ou plantas: pêlos, lãs, couros, algas.

Em seguida coloca-se por essa janela o tijolo dentro da lata, de modo a ficar um pedaço para fora; pega-se um cabo de vassoura e coloque-o perpendicularmente sobre o tijolo, para em seguida encher a lata com a serragem socando-0a bem para que fique bem compactada. Guarde a lata até a hora do uso; neste momento tira-se o cabo de vassoura e o tijolo, põe-se fogo onde o tijolo foi retirado, a fumaça sairá pelo local de onde se retirou o cabo de vassoura. A serragem produzirá uma fumaça densa e pesada que ficara pairando no ar; como a tendência da fumaça é descer para o ponto de baixo do terreno, deve-se colocar 4 latas do ponto alto do terreno e 1 no meio deste, que é o suficiente para um há (10.000 m²). Esta mistura poderá ser colocada em buracos previamente abertos no solo, mas não produzirá fumaça igual da lata. Para saber se ocorrerá geada deve-se proceder da seguinte forma: Coloca-se um termômetro a meio metro de altura do solo na parte mais baixa do terreno.

Iniciar construção da pilha colocando varas de bambu amarradas, uma camada de material vegetal seco de aproximadamente 15 a 20 cm, com folhas, palhadas, troncos ou galhos picados, para que absorva o excesso de água que permita a circulação de ar. A cada camada montada, deve-se umedecer as camadas para uma distribuição mais uniforme da água por toda a pilha. Na segunda camada, deve-se colocar restos de verduras e esterco. Se o esterco for de boi, pode-se colocar 5 cm e, se for de galinha, mais concentrado em nitrogênio, um pouco menos. Novamente, deposita-se uma camada de 15 a 20 cm com material vegetal seco, seguida por outra camada de esterco e assim sucessivamente até que a pilha atinja a altura aproximada de 1,5 m. A pilha deve ter a parte superior quase plana para evitar a perda de calor e umidade, tomando-se o cuidado para evitar a formação de "poços de acumulação" das águas da chuva.

Como combater os efeitos da geada? Prepare uma mistura com os seguintes componentes: • 20 kg de serragem bem fina • 7 litros de óleo queimado ou diesel • 1 litro de água • 1.600 ramas de salitre.

Mistura-se tudo muito bem, fazendo com que o óleo umedeça toda a serragem por igual. Pega-se uma lata qualquer com capacidade de 20 litros, tirase a tampa, abre-se uma janela em sua lateral junto ao fundo que caiba um tijolo.

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Se entre 21 h e 22 h a temperatura estiver a 6ºC e cair a 1ºC a cada hora o céu estiver limpo e sem ventos é sinal de geada; quando a temperatura cair a 2°C (positivos) deve-se ascender as fogueiras, pois, a partir deste momento começará a cair a geada.

Quais são as principais pragas das hortaliças? • Ácaros • Besouros sugadores • Borboletas • Brocas • Caracóis • Carunchos

• Cochonilhas • Gafanhotos

• Mosca branca • Moscas das frutas

• Grilos • Lagartas

• Percevejo • Pulgões (verde, preto e branco)

• Lesmas • Minador das folhas

• Trips • Vaquinhas (cascudinho e brasileirinho)

Como fazer coleta de análise de solo? A coleta pode ser feita através das seguintes ferramentas: sonda, trado de rosca, trado holandês, enxadão. Deve ser retirada a matéria orgânica que está sobre o solo antes da coleta. A profundidade da coleta pode ser 20, 40 ou 60 cm, dependendo da cultura a ser plantada. Não se deve coletar amostras quando o solo estiver muito seco ou muito úmido. Não deve-se usar diretamente a mão para evitar a contaminação da amostra. O total da amostra deve ter o peso de 0,5 kg, deve-se colocar em um saco plástico limpo, etiquetado, contendo os seguintes dados: data da amostragem, nome da área, profundidade da amostra, nome da propriedade, município, nome do proprietário. Não deve-se coletar a amostra próximo a estradas, formigueiros, cupinzeiros, construções, depósito de adubo, etc.

TANGERINA As tangerinas são frutas muito populares talvez porque seja uma fruta cítrica prática de ser consumida, que se descasca com as mãos. As tangerinas preferem climas amenos (entre 13° e 36° C) e úmidos, como o do sudeste. Os tipos mais populares de tangerinas são: • • • •

Ponkan – a mais doce. Cravo – levemente ácida. Murcott – tem um “quê” de laranja. Mexerica-do-rio – tem um aroma especial

Na hora de preparar o solo use 20 litros de esterco de curral bem curtido por planta em covas de 50 x 50 x 50 cm. Depois de colocada a muda, regue duas vezes por semana até o pegamento, que acontece entre 30 e 45 dias. Como a tangerina é uma cultura de alternância (que produz mais em uma no do que no outro), vale a pena fazer o raleio, que consiste na retirada dos frutos menores e menos sadios quando estiverem mais ou menos com 1,5 cm de diâmetro. CAQUI O Estado de São Paulo é o principal produtor brasileiro de caqui, que contém vitamina A, B1 e B2, além de uma quantidade considerável de fibras, que regulam as funções intestinais. Dentre os tipos de caqui mais consumidos estão: o taubaté, o rama forte, o giombo (caquichocolate), o fuyu e o kyoto. A inexistência de sementes depende do tipo de caquizeiro, seja ele polinizado ou não. Para o cultivo de caqui o solo deve ser profundo, permeável e rico em nutrientes. Deve também ser regado com moderação, para que não fique nem muito seco nem permanentemente úmido.

Matéria: Carol

Essa técnica é essencial, pois a quantidade excessiva de frutas pode comprometer a planta. Os frutos começam a aparecer 2 anos após o plantio, e a produção anual de cada pé geralmente é de 500 frutas. Entre os cítricos, as tangerinas são as mais suscetíveis às pragas e doenças. As mais comuns são a cochonilha, a mosca-dafruta e a gomose é a mais grave delas. O principal cuidado é ter atenção para não comprar mudas já contaminadas. Matéria: Wagner

O substrato deve ser adubado dois meses antes do plantio, com 5 litros de esterco de galinha por cova (com dimensões de 60 x 60 x 60 cm cada). O plantio é feito no mês de julho e o ponto alto da frutificação ocorre entre março e abril. É importante fazer irrigação nos períodos de estiagem ou colocar cobertura morta para manter a umidade. Os frutos surgem a partir do terceiro ou quarto ano, com freqüência anual entre fevereiro e maio. Seu tamanho e qualidade já são bons desde o primeiro ano de frutificação, mas quantidade é decrescente até por volta do décimo quinto ano, quando praticamente se estabiliza. Matéria: Jéssica

MARACUJÁ AZEDO O maracujazeiro é uma trepadeira originária da américa tropical. A cultura do maracujá ganhou importância no Brasil a partir da década de 70. O maracujá desenvolve-se bem em temperaturas médias que variam de 21 a 32°C. Nessas condições, o maracujá poderá ser cultivado em quase todo o Estado de São Paulo, com limitações para as regiões sujeitas à ocorrência de geadas. A ação dos ventos favorece o aparecimento de doenças, principal-

mente, as bacterioses. A formação de mudas pode ser feita em sacos plásticos ou em tubetes. Os solos preferidos pela cultura são os profundos com textura média e bem drenados. O espaçamento entre linhas é definido em função do grau de mecanização da cultura. A época ideal para o plantio das mudas no campo compreende os meses de março a outubro.

Fonte: Como cultivar Frutíferas - Biblioteca Natureza - Editora Europa

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Matéria: Camila, Patrícia e Rafaela

tados principalmente com homeopatia e fitoterapia.

Os orgânicos são alimentos cultivados sem insumos químicos, respeitando o meio ambiente e as relações sociais. Atualmente o consumo de orgânicos em todo o mundo aumenta 30% por ano e movimenta cerca de US$26,5 bilhões, apesar de serem até 50% mais caros que os alimento nãoorgânicos. No Brasil, o mercado orgânico cresce de 30% a 50% anualmente e já tem a segunda maior área de agricultura orgânica do mundo, que exporta para vários países. Esses dados são divulgados pelo Instituto Biodinâmico (IBD), uma das instituições que certifica os orgânicos no país. Para produzir e comercializar alimentos orgânicos, é preciso seguir normas de certificação rígidas e obedecer a princípios rigorosos de manejo do solo, dos animais, da água e das plantas, buscando promover a saúde do homem, a preservação de recursos naturais e a oferta de condições adequadas de trabalho aos empregados. Existe até uma lei para esse tipo de alimento: é a Lei dos Orgânicos (Lei 10.831/03), que inclui nessa categoria o produto denominado ecológico, biodinâmico, natural, regenerativo, biológico, agroecológico, permacultivado e outros.

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Os alimentos orgânicos são mais caros que os convencionais, pois sua escala de produção é menor, diversificada e, normalmente, feita por pequenos produtores. Mas para os adeptos, os benefícios à saúde, ao meio ambiente e à sociedade compensam o valor. E eles conhecem muito bem quais são esses benefícios. Na realidade consumir um alimento orgânico contribui para diminuição do êxodo rural, problema grave nas cidades grandes como São Paulo. Hoje é possível encontrar em feiras orgânicas, lojas de produtos naturais e restaurantes, verduras, legumes, frutas, óleos, cerveja e até

vinho orgânico. No cultivo e produção desses alimentos estão proibidos agrotóxicos sintéticos, adubos químicos e semente transgênicas. Existem também carnes e ovos orgânicos. Nesse caso, os animais são criados sem uso de hormônios de crescimento, anabolizantes ou antibióticos, e rações comerciais, e tra-

Comrelação às vantagens nutricionais, os alimentos orgânicos, em termos de macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras), praticamente são iguais aos convencionais. No entanto, há estudos que comprovam que, como os vegetais cultivados sem agrotóxicos desenvolvem mais defesas naturais, orgânicos os orgânicos possuempossuem mais micronutrimais entes (minerais, vitaminas, fitonutrientes e antioxidantes), sintetizados como defesa natural contra os insetos e plantas competitivas. Quanto aos orgânicos de origem animal, a principal vantagem é que eles não contêm resíduos de produtos químicos, devido à alimentação orgânica dos animais. Quem escolhe uma alimentação à base de alimentos orgânicos faz uma opção alternativa e consciente, não pensa só na comida em si, mas pensa em toda cadeia percorrida pelo alimento até chegar na mesa, além de analisar os impactos daquele alimento na sua saúde e na sua vida. Poderíamos dizer que a alimentação orgânica é uma filosofia de vida. Filosofia ou não, o consumo de hortaliças orgânicas, além de equilibrar a saúde, equilibra as relações do homem com o meio ambiente.

Agropecuária sustentável compensa? A agricultura é sustentável quando é ecologicamente equilibrada, economicamente viável, socialmente justa, culturalmente apropriada e orientada por um enfoque holístico (Tratado das ONGs / ECO 92). O mesmo documento acrescenta que a agricultura sustentável respeita a diversidade e independência, utiliza os conhecimentos da ciência moderna para desenvolver e não marginalizar o saber tradicional acumulado ao longo dos séculos por grandes contingentes de pequenos agricultores em todo o mundo. Dessa forma, a agricultura familiar para Veiga (1995) é o locus mais indicado para a consolidação de um novo padrão de produção agrícola, já que as características desse novo padrão levarão a agricultura familiar a ser valorizada, dado que os insumos principais são os conhecimentos agroecológicos e a participação das comunidades e dos movimentos sociais organizados, que levarão a sociedade urbana a valorizar a agricultura familiar. Tem-se a verdadeira noção da importância do cuidado a ser tomado com a agricultura e a relação desta atividade com o ambiente, visando um salto em termos de qualidade e sustentabilidade, o que só será possível

na medida em que a relação com a natureza seja de amizade e integração e não aquela de competição e dominação, modelo este que arrasta o planeta para o fim precoce, uma vez que defende o uso indiscriminado dos recursos naturais e a degradação sistemática do meio ambiente. A preocupação com o meio ambiente leva a cuidados específicos com o local escolhido para a implantação de culturas, baseados na preocupação com os recursos naturais solo, água, ar, material genético, flora e fauna, pois sem os cuidados apropriados, corre-se o risco de se estabelecer processo de poluição importante, destruição física do meio e perturbação do equilíbrio ecológico pelo uso de sistemas produtivos inadequados. Ao tratar o meio sem o devido cuidado, introduzindo espécies exóticas e fomentando a monocultura, o homem causa danos importantes ao meio ambiente natural, muitas vezes de caráter irreversível e comprometedor. Exemplificando danos relevantes, David Kaimowitz afirma que:

Alguns dos problemas mais severos de degradação dos recursos naturais ligados à agricultura são: a erosão, a acidificação, a salinização, a compactação, a contaminação dos solos e a lixiviação e extração precisa

de seus nutrientes, a sedimentação de rios, represas e zonas costeiras, o uso ineficiente de água de irrigação, mudanças indesejadas de fluxos hídricos, a contaminação da água por produtos agroquímicos e dejetos industriais, a erosão genética de cultivos e de raças de animais e a perda da biodiversidade silvestre, a perda de massa de florestas, a degradação de pastos e o pisoteio, a destruição dos predadores naturais e dos microorganismos do solo, a emissão de dióxido de carbono devido à queima de madeira e de metano devido ao gado e ao arroz irrigado, a intoxicação de agricultores, operários e consumidores por pesticidas e a resistência crescente das pragas aos pesticidas. Quando se pensa nos problemas gerados pela implantação das grandes lavouras baseadas na monocultura, há de se estar atento aos transgênicos que, com sustentação forte, introduzem organismos geneticamente modificados na natureza, sem que se conheça com exatidão o que pode vir a acontecer no meio. Não parece razoável que haja a introdução de espécies exóticas modificadas geneticamente pelo homem, em

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Agropecuária sustentável compensa? escala comercial, sem que se conclua qual interferência ocorrerá na biodiversidade local e do entorno.

Práticas de manejo e obras físicas - há grande difusão de técnicas de conservação de solos por meio de obras físicas que variam conforme a necessidade imposta pelo regime de chuvas, ventos, tipo de solo, declividade etc. Tais obras são os terraços, valetas, muros, obras de captação, armazenamento, distribuição e drenagem d'água, além de práticas de cultivo mínimo e/ou zero, semeadura de contorno, podendo ainda ser feito o manejo de pragas, com a incorporação de resíduos, podas e eliminação de plantas hospedeiras de pragas;

ALTERNATIVAS AO CAOS Existe tecnologia suficiente para se implementar um novo paradigma para a agricultura sob a ótica de alternativas ecológicas, divididas em seis tipos, defendidos por Kaimowitz: 1. Insumos alternativos - produtos menos nocivos ao meio, utilizados em substituição aos insumos tóxicos baseados em recursos naturais não renováveis "como adubos orgânicos, biofertilizantes, minhocas, agentes de controle biológico, repelentes naturais, feronomas e pesticidas químicos menos tóxicos e/ou com menos efeitos residuais"; 2. Tecnologias de alta precisão visam a diminuição da dose de insumos a serem aplicados nas lavouras, bem como a redução do consumo de água e energia não renovável, por meio da otimização econômica do empreendimento;

"Revolução Verde" implementada por países LatinoAmericanos, e a produção de pequenos agricultores envolvidos em "agroecologia", conforme demonstrado por Altieri e Masera.

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5. Alternativas de organização territorial - procura-se mudanças no uso da terra que prejudiquem menos os recursos naturais. É feita por meio do melhoramento genético, desenvolvimento de novas variedades etc. Busca, em síntese, mudar a rentabilidade que se consegue do solo; 6.

4. Tecnologias "agroecológicas" procura "reprojetar de forma completa os sistemas de produção, e não somente mudar algum componente específico".Tem por princípio aproveitar ao máximo a água, a luz, a fixação de nitrogênio por meios biológicos, visando criar agrossistemas que não dependam de recursos externos. Avaliações elaboradas por ONGs envolvidas em programas de desenvolvimento rural (PDR), mostram as diferenças de técnicas e de resultados conseguidos pela

Tecnologia de comercialização - agrega-se valor ao produto por ter sido este produzido em sistemas "sustentáveis" ou por ser "orgânico". Visa a obtenção dos "selos verdes", importantes como certificados de origem em mercados onde há a consciência da problemática ambiental, onde visam consumir apenas produtos ecologicamente corretos, que não prejudiquem a saúde, oriundos de programas onde se procura desenvolvimento sustentável.

Fonte: http://www.ceplac.gov.br/radar/Artigos/artigo22.htm

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Matéria: Fabrina, Salete e Thais O curso acontece com 29 adolescentes de 14 a 17 anos residentes no Bairro da Barra e bairros próximos da zona rural da cidade de Cunha-SP. As aulas são diárias e os alunos permanecem o dia todo na escola onde, pela manhã, freqüentam o curso do SENAR e, à tarde, a escola regular. O SENAR oferece a alimentação que inclui lanche e almoço.

Entrevista com os educandos do projeto Jovem Aprendiz Rural AGROCUNHA O que vocês estão achando do programa jovem aprendiz rural, tem acrescentado algo na vida de vocês? EDUCANDOS Sim, mudanças de hábito, novas oportunidades, despertar de interesse. AGROCUNHA O conteúdo do programa é realmente interessante, traz subsídios para no futuro trabalhar no campo?

EDUCANDOS Sim, muita estrutura porque se algum de

EDUCANDOS Às vezes sim. Tem situações em que o comportamento demonstra que nem todos se comportam iguais uns aos outros por causa da idade que é de 14 a 17 anos. Porém é raro esse tipo de situação.

AGROCUNHA: Qual o benefício que trará para vocês estarem participando desse programa? EDUCANDOS Nos tornar cada vez mais capazes de trabalhar com segurança do que faz, tomando consciência de como é ser cidadão.

nós permanecer morando no campo, o conteúdo do programa será colocado em prática.

AGROCUNHA Como é o clima das aulas? É estimulante?

AGROCUNHA O trabalho no terreno experimental, como é realizado?

EDUCANDOS è muito bom, por que os temas são inte-

EDUCANDOS O trabalho é em equipe, dividido entre

ressantes, as instrutoras são legais e todos entraram no curso por livre e espontânea vontade.

todos. Há muita colaboração do grupo, todos respeitam as características individuais de cada um.

AGROCUNHA Para os próximos cursos o que vocês acham que deveria melhorar?

AGROCUNHA A diferença de idade dos colegas influencia em alguma coisa?

EDUCANDOS Ter mais aulas de informática e aumentar o tempo de duração do curso por que todos adoram as aulas do curso.

Entrevista com as instrutoras do curso Jovem Aprendiz Rural econômico do homem do campo e conseqüentemente, a melhoria das suas condições de vida, o SENAR- AR/SP INSTRUTORAS O SENAR - Serviço Nacional de Aprendielaborou o Programa Jovem Aprendiz Rural, a fim de azagem Rural, criado em 23 de Dezembro de 1991, pela Lei tender a legislação vigente e preparar as pessoas para o nº. 8.315, e regulamentado em 10 de Junho de 1992, comundo do trabalho no que se refere às práticas agro-silvomo Entidade de personalidade jurídica de direito privado, pastoris e ao uso correto das tecnologias mais apropriadas sem fins lucrativos, teve a Administração Regional do Espara o aumento da sua produção e produtividade. tado de São Paulo criada em 21 de Maio de 1993.

AGROCUNHA Qual o papel do SENAR?

O SENAR tem como objetivo organizar, administrar e executar, em todo o Estado de São Paulo, o ensino da Formação Profissional Rural e da Promoção Social dos trabalhadores e pequenos produtores rurais que atuam na produção primária de origem animal e vegetal, na agroindústria, no extrativismo, no apoio e na prestação de serviços rurais. O SENAR tem como presidente o Sr. Fábio de Salles Mairelles.

AGROCUNHA O que é o Programa Jovem aprendiz Rural? INSTRUTORAS Atendendo a um de seus principais objetivos, que é o de elevar o nível técnico, social e

AGROCUNHA Qual é a metodologia utilizada no Programa?

INSTRUTORAS Foi um programa organizado para ser desenvolvido por meio da aprendizagem por competência. Assim, a metodologia e as estratégias de ensinoaprendizagem estarão orientadas no sentido de criar situações concretas ou simuladas em que as competências em desenvolvimento sejam requeridas, exercitadas e avaliadas. È colocado também o enfrentamento concreto dos problemas que demandam uma determinada competência. A situação de aprendizagem deverá permitir o ensaio, a reflexão constante sobre o cão e a experimentação repetida.

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A Cidade de Cunha Matéria: Danieli, Nathania e Rosenildo SITUAÇÃO GEOGRÁFICA E ECONÔMICA Localizada no Alto Paraíba, o município de Cunha ocupa 1.410 km² de colinas e montanhas aninhadas entre as serras da Quebra-Cangalha, da Bocaina e do Mar. Limita-se com Ubatuba, São Luiz de Paraitinga, Lagoinha, Guaratinguetá, Lorena, Silveiras, Areias, São José de Barreiro no estado de São Paulo e Angra dos Reis e Paraty no estado do Rio de Janeiro. A altitude media é de 1.100 metros e os pontos mais altos são o Pico da Pedra da Macela (1.840 metros) e o Pico do Cume (1630 metros). O clima é temperado e seco, com variações de temperatura de -3 a 15°C no inverno e de 15 a 25°C no verão. Cunha recebeu a denominação de Estância Climática em 1948. Sua população atual gira em torno de 25.000 habitantes, a maioria (80%) dos quais reside na zona rural. Atualmente as principais atividades econômicas são a pecuária leiteira e de corte e as culturas de milho, feijão e batata. Nos últimos anos vem crescendo o turismo como nova atividade do município, assim como a produção de trutas, cogumelos e artesanato. Destaca-se também a cerâmica de alta temperatura, que tem atraído muitos turistas.

TRADIÇÕES E FOLCLORE A cultura local de Cunha mostra um legado de costumes e tradições características do ritmo lento da vida no campo. As estradinhas de terra que cortam sinuosamente a natureza são margeadas por residências humildes onde vive o povo cunhense. Um passeio pelas ruas da cidade é um convite à tranqüilidade. Cunha mantém-se como palco das principais festas religiosas da tradi-

ção católica, conservando sua feição caipira e rural. O destaque fica para a Festa do Divino. Sempre esperada para o mês de julho, a festa atrai multidões para as novenas e festejos, como congada, Moçambique e jongo. Os instrumentos tocados (violas, caixa surda, pandeiro, acordeão ou sanfona) são acompanhados pela batida dos pés e o ruído dos guizos pendurados nos pés. Os integrantes vestem roupas brancas com fitas, bastões e guizos. Outra atração imperdível é a Procissão de Corpus Christi, quando os fieis caminham sobre os tapetes decorados com flores, serragem colorida e pó de café que cobrem as ruas da cidade. Outros eventos tradicionais são a malhação do Judas na Páscoa, a Cavalaria no dia do São Benedito e a festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição, em dezembro. Clique na página “agenda” deste site para ter a programação total de eventos.

FLORA, FAUNA E NATUREZA Além da zona rural com paisagens extremamente verdes, o município de Cunha oferece dois parques na sua área territorial. O Parque Estadual Serra do Mar preserva importantes áreas remanescentes da Mata Atlântica, com árvores de grande porte como cedro, peroba maçaranduba, canela, ipê, grumixama, guatambu, onde se alojam as bromélias, orquídeas, samambaias, liquens e lianas. O parque é habitat natural da capivara, anta, paca, onça, quati, jaguatirica, sagüi, bugio, gaviões e papagaios, jacu, jacutinga e araponga, entre outras espécies. O Parque Nacional da Bocaína oferece vistas panorâmicas incríveis e cachoeiras pouco conhecidas. As cachoeiras, algumas ainda inexploradas, são um sinal da fartura de água, que faz de Cunha uma região de mananciais. Suas terras abrigam o berço dos rios Paraitinga e Paraibuna, que formam, quilômetros adiante, o lendário rio Paraíba do Sul, que deságua no litoral fluminense.

Fonte: http://www.cunhatur.com.br/pasta002/resposta1.htm

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O Pinhão, a Gralha Azul e a Araucária Matéria: Adilson, Guiomar e Verônica

O pinhão, ao contrário do que muitos pensam não é o fruto da Araucária, e sim sua semente. Ele se desenvolve no interior da pinha que é a flor do pinheiro. O pinhão é um excelente alimento e possui um valioso teor nutricional. Sua polpa é formada basicamente de amido e é rico em vitaminas do complexo B, cálcio, fósforo e proteínas. A semente é muito apreciada e muito usada na gastronomia da região além de fazer parte da dieta de pequenos animais da fauna local e no passado de índios que habitavam a região. Os muitos animais que se alimentam do pinhão são os principais responsáveis pela disseminação dos pinheirais, entre eles estão antas, queixadas, capivaras, sabiás, pombas rolas, periquitos, papagaios, gralha azul, entre outros.

Valores Nutricionais (100g de pinhão cozido) Calorias Proteínas Cálcio Ferro Vitamina B1

195,5 3,94 35 mg 70 mg 1350 mg

Vitamina B

4.700 mg 41,92 mg 1,34 mg 136 mg 3 mg 240 mg 13,9 mg

Glicídios Lipídios Fósforo Vitamina A Vitamina B2 Vitamina C

GRALHA AZUL A

gralha

Azul

(cyanocorax caeruleus),

pertencente à família dos corvídeos, é uma ave de beleza inigualável. Seu corpo tem coloração em um tom azul reluzente e a cabeça, pescoço, peito e olhos são negros. Possui bico forte e cauda longa e as penas da fronte arrepiadas formando uma espécie de topete. É uma ave de médio porte e aspecto robusto, que mede aproximadamente 40 cm do bico à cauda e vive em bandos geralmente de quatro até quinze indivíduos. Encontrada nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e também no leste do Paraguai e nordeste da Argentina, mas infelizmente está ameaçada de extinção devido à ampla destruição de seu habitat natural. A ave é considerada um agente dispersor das sementes do pinheiro Araucária. Para se alimentar, ela transporta o pinhão de uma árvore a outra deixando muitas vezes a semente cair, vindo a germinar posteriormente. Embora cientificamente não comprovado, muitas pessoas acreditam que a gralha também planta o pinhão. Na época em que existe abundância de pinhões, a ave enterra alguns para que no futuro possa ter o que comer. Encontra o local correto e pressiona o pinhão na terra, conferindo-lhe golpes com o bico até enterrá-lo e coloca algum material (folhas, pedras, galhos) em cima, para camuflar ou disfarçar o futuro alimento. Só que ela costuma esquecer os lugares em que os escondeu, sendo assim nascem novos pinheiros. Ela é capaz de plantar 3 mil pinheiros por hectare. A Gralha Azul é um dos símbolos da Festa Nacional do Pinhão. Durante os dias da Festa o casal de gralhas, mascotes do evento, recepcionam e dão boas vindas aos turistas e visitantes.

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O Pinhão, a Gralha Azul e a Araucária ARAUCÁRIA A Araucária (Araucária angustifólia) é uma árvore reconhecida por sua beleza, função ecológica e por sua utilidade para o homem. É uma árvore de grande porte que pode atingir até 50m de altura e com um tronco de até 8,5m de circunferência. Ela se destaca das outras espécies brasileiras por seu formato original, sua copa em formato de cálice que caracteriza as paisagens do sul. De sua flor, a Pinha, é extraído o pinhão, um importante alimento de animais que integram a fauna da região e muito utilizado também na gastronomia local. Espécie resistente que tolera o frio, geadas e até pequenos incêndios em razão da sua grossa casca. A Araucária pertence à família das Araucariáceas e também é conhecida como pinheiro brasileiro, pinheiro Caiová, pinheiro das Missões, pinheiro São José e Pinho. Tem origem na América do Sul, onde já cobriu boa parte dos territórios de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Apesar de suas qualidades a espécie quase foi extinta, pois foi muito desmatada para utilização de sua madeira construções e outros fins.

ou na brasa. Tratando-se do artesanato também pode ser feita a farinha de pinhão que pode ser utilizada em bolos, pães, tortas, etc. Em termos de calorias, tem em média 195 calorias para cada 100g (cozido). A sua utilização é variada, podendo ser usado em saladas, ensopados, tortas e bolos. Existem variados pratos regionais feitos com pinhão: medalhão de pinhão, pinhão cozido com azeite e orégano, salada de pinhão, maionese de pinhão, entrevero de pinhão, pinhão sapecado, pinhão na chapa, farofa de pinhão, purê de pinhão, macarrão de pinhão, nhoque de pinhão, pizza de pinhão, truta coberta com pinhão, panqueca de pinhão, pudim de pinhão, cuca de goiabada com pinhão, e bolo de pinhão.

MEDALHÃO DE PINHÃO No município de Lages, em Santa Catarina, a paixão pelo pinhão é tão grande que existe até um evento anual para homenagear a semente da araucária: a Festa do Pinhão. Nos hotéis fazendas da região, as receitas servidas aos hóspedes costumam incluí-lo como ingrediente. A criatividade dos cozinheiros é tão grande que é possível fazer uma refeição inteira, da entrada à sobremesa, utilizando esta saborosa semente. Dentre as receitas servidas em Lages, uma é o medalhão de pinhão.

INGREDIENTES • Pinhão • Bacon • Óleo de soja

CULINÁRIA MODO DE PREPARO Apesar de rico em amidos, o que o torna bastante calórico, contém vitaminas do complexo B, cálcio, fósforo e proteínas. A vitamina B1 ou tiamina vem sendo muito estudada pelos especialistas, pois além de atuar na produção de energia, auxilia na oxigenação do cérebro e o funcionamento do sistema nervoso, podendo ajudar nas funções relacionadas com memória e cognição. O pinhão é uma das melhores fontes de tiamina.

Cozinhar o pinhão. Descascar. Enrolar bem apertado uma fatia de bacon. Fritar em um pouco de óleo quente.

A vantagem do pinhão é que pode ser cozido tanto em água como em calor seco como nas fogueiras Fonte: http://www.festadopinhao.com/pinhao.php

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Matéria: Amanda, Jamile e Angélica

Rusticidade e Lucratividade autêntica galinha caipira brasileira, resultado do cruzamento de várias raças, entre elas a carijó e a rajada, está conquistando o gosto do consumidor por causa de suas propriedades nutricionais. O sabor da carne, com baixo teor de gordura, apesar do requinte e das modernas técnicas introduzidas nos galinheiros, continua com as mesmas características das galinhas caipiras tradicionais. A criação do frango caipira brasileiro é uma fonte de renda muito adequada para as pequenas propriedades, pois a sua rusticidade faz com que subprodutos e instalações da propriedade sejam reutilizados. Porém a rusticidade das aves não isenta o produtor dos cuidados constantes com a higiene, manejo e vacinação. Normalmente o pequeno avicultor não se preocupa com os programas de vacinação e vermifugação, cometendo um erro gravíssimo, pois estes programas não representam um custo muito elevado, se comparado aos prejuízos que um verme ou doença pode causar ao lote.

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Por tratar-se de uma ave mais rústica, é possível alimentá-la com diversos tipos de alimentos.

A ração representa 65 a 75% do custo de produção das aves, portanto deve-se ter especial cuidados na sua aquisição e na manutenção de sua qualidade. Um pintinho precisa de 100 g de ração na primeira semana; 250 g na semana seguinte e 350 g na subseqüente. A partir daí pode freqüentar o pasto e receber ração de engorda. Adulta, uma galinha necessita entre 100 e 150 g por dia de comida. É muito importante que o produtor tenha sempre atenção na comercialização deste frango, a criação é bastante simples. O volume é menor em relação ao frango branco comercial, porém a lucratividade é maior. O ciclo de produção médio é de 49 a 60 dias. Outro fator importante a ser considerado é o regionalismo do frango, ou seja, existem regiões que preferem o frango mais pesado, outras preferem mais leves e assim por diante. Caipiras melhoradas, galinhas rústicas ou simplesmente caipiras. Um ponto de equilíbrio entre o passado e o futuro, entre rusticidade e produtividade. Essas são as atuais caipiras!

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