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1 Universidade de São Paulo – ECA – Depto. de Biblioteconomia e Documentação Disciplina: CBD0200 – Recursos Informacionais I – matutino Responsável: ...
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Universidade de São Paulo – ECA – Depto. de Biblioteconomia e Documentação Disciplina: CBD0200 – Recursos Informacionais I – matutino Responsável: Profa. Dra. Brasilina Passarelli Aluna: Rita de Cássia Bonadio Inácio – n.º USP: 1768162

ATIVIDADE EXTERNA - visita à biblioteca da ECA

Perfil de instituição, identificação dos tipos de fonte, programação visual da Biblioteca da ECA/USP

A Biblioteca da ECA/USP, também denominada como Serviço de Biblioteca e Documentação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, é uma instituição universitária cujos fins estão relacionados à gestão de informações e documentos dos mais variados tipos e características (textual, iconográfico, sonoro, audiovisual, etc.) que visam apoiar as atividades de ensino e pesquisa realizadas nos departamentos dessa Escola (Artes Cênicas, Artes Plásticas,

Biblioteconomia

e

Documentação,

Cinema,

Rádio

e

Televisão,

Comunicações e Artes, Jornalismo e Editoração, Música, Relações Públicas, Propaganda e Turismo) e na Escola de Arte Dramática (EAD), também vinculada à ECA. Nesse sentido, sendo uma biblioteca universitária, o perfil da Biblioteca da ECA se desenha em função das relações que a instituição mantém com a vida acadêmica que se produz, especialmente, dentro da ECA, mas esse papel é ampliado para atender também às necessidades acadêmicas de professores, pesquisadores e alunos da USP e, em última instância, da comunidade externa de modo geral. Essa política bibliotecária define que seu acervo seja formado por um conjunto de documentos cuja função é registrar e transmitir informações que atendam aos interesses das áreas do conhecimento que correspondem aos campos de estudos produzidos dentro da Escola de Comunicações e Artes. Portanto, o universo de documentos com os quais essa biblioteca trabalha atende a demandas específicas das atividades acadêmicas. Não é fácil falar sobre uma biblioteca tendo como referência somente a posição do usuário de seus serviços, sem buscar informações funcionário algum. Essa condição pode levar tanto a entender que a instituição “funciona de acordo

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como pode”, dentro de limites bem definidos, ou, muito pelo contrário, sugerir que “muita coisa não está sendo feita de modo adequado”. Contudo, reconheço que não estou na posição de um usuário comum que pode desconhecer as funções de uma bibliotecária universitária. Como usuário-estudante sou ciente, de maneira geral, da importância de espaços como esses para o curso da vida acadêmica, assim, é partindo dessa perspectiva que aqui escrevo sobre a visita que realizei ao final de agosto de 2009 para cumprir a atividade aqui relatada. Logo na entrada há o espaço para receber o usuário, onde se encontra o “Balcão de entrada” com os funcionários que fazem o serviço de atendimento de empréstimo dos documentos de acesso livre. Ao lado desse balcão na parece do corredor de entrada consta uma sinalização importante: o mapa de entrada, que mostra que as dependências da Biblioteca da ECA estão divididas por cores que correspondem a determinados tipos de materiais: livros (estantes com etiqueta azul), teses e dissertações (estantes com etiqueta verde), periódicos (estantes com etiqueta vermelha) e periódicos (estantes com etiqueta cinza). Também, esse mapa mostra que há uma divisão entre os espaços destinados a materiais impressos (livros, periódicos, catálogos e outras fontes de referência) localizados na “sala principal”, e o setor chamado de “Seção Multimeios” cujos espaços são destinados a materiais iconográficos, sonoros e audiovisuais (suportes multimídias – CD e DVD –, filmes, fitas de vídeo, fotografias, slides, discos, etc.). Se essa sinalização como comunicação visual parece cumprir a função de informar como perceber visualmente a organização espacial da biblioteca, a meu ver, não sei até que ponto é suficiente para atender as necessidades de informação do usuário. Talvez outras informações pudessem completar essa sinalização, informando ao usuário se ele terá acesso total ou restrito ao acervo, quais informações poderão ser encontradas nessa biblioteca. Não há uma sinalização que indique que os documentos desse acervo têm função acadêmica, mas que também constituem objeto de práticas culturais. Ao que parece, fica a carga do usuário descobrir o que há nos acervos, a biblioteca não se apresenta como um ambiente em que as relações acadêmicas e culturais estão necessariamente entrelaçadas devido aos campos do conhecimento aos quais se vincula. De modo geral, a impressão que tenho como usuária é que o ambiente da Biblioteca da ECA poderia ser o de qualquer outra biblioteca, pois não parece refletir as especificidades das informações registradas nos materiais e documentos que

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formam seus acervos. Essa visita mais direcionada a essa reflexão confirmou essa sensação que tenho desde que passei a frequentar essa biblioteca como aluna da ECA. Entendo que compõem as atividades acadêmicas dos professores e alunos da ECA a possibilidade do amplo acesso à cultura representada pelos acervos da biblioteca, mas a sensação que tenho é que poucos usuários, mesmo os especializados, conhecem a diversidade de materiais e documentos que compõem suas coleções, já que grande parte do acervo fica oculta sob os cuidados do “Setor Multimeios”, cujo acesso é bastante restrito – e pode-se dizer que não é convidativo ao usuário já que até na porta de vidro que o protege há uma placa dizendo que é proibida a entrada de estranhos, visto que junto a essa seção também se encontram os espaços dos funcionários da administração e dos serviços bibliotecários. Por certo há problemas importantes que dizem respeito à preservação e à segurança desse acervo “especial” (obras raras, coleções especiais, de outros formatos e característica diferente do livro), contudo, sua separação do restante do acervo geral tal como ela se encontra atualmente parece inibir o acesso do usuário às informações registradas em documentos que do ponto de vista acadêmico são tão importantes quanto os livros e outros materiais impressos que ficam à disposição para consulta livre. Pode ser que isso deva ser pensado o problema de mediação, a qual, a meu ver, se impõe como um elemento fundamental dos serviços de atendimento ao usuário, se o objetivo é proporcionar o acesso aos conhecimentos trabalhados na Universidade ou dentro dela mesmo produzidos. É compreensível as especificidades desses “documentos especiais” justifiquem que eles não possam ficar expostos nas estantes como estão os livros e outros impressos, mas não parece razoável que esses documentos fiquem totalmente “escondidos” do público, ainda que possam estar virtualmente disponíveis para acesso por estarem computados na base de dados local e na online do Banco de Dados Bibliográficos da USP, DEDALUS, onde esses materiais podem ser identificados e localizados na Biblioteca da ECA. Desconheço se há algum esforço dessa biblioteca no sentido de formar um público mais atento à disponibilidade de acesso aos materiais distintos dos livros. Adentrando nos espaços da “sala principal”, no corredor central se observam as estantes abertas e dispostas em sequência onde se encontram os impressos. De um lado aparecem primeiro as estantes com os livros, sinalizados por

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placas de cor azul presente nas laterais. Em cada lateral há ainda a identificação do tipo de classificação em que está organizado fisicamente esse material (por área de conhecimento determinada pela Classificação Decimal Dewey – CDD, combinada com uma disposição por título em ordem alfabética). Na lombada desses materiais há a identificação por etiquetas de cada item com os códigos da CDD. Na lombada das estantes há ainda etiquetas que mostram quais as numerações correspondes aos códigos da CDD que podem ser localizadas em cada espaço entre as estantes. Em seguida as estante com os livro aparecem as estantes com as teses (placa verde), depois os periódicos – revistas – (placa vermelho) e, por fim, as referências (placa cinza), cujos documentos também estão classificados pela CDD e identificados com os mesmos recursos utilizados para sinalização dos livros, isto é, etiquetas nas laterais e nas lombadas das estantes com a identificação das áreas de conhecimento que podem ser localizadas em cada espaço entre as estantes e em cada item o código cada CDD. Do outro lado dessa sequência de estantes abertas com os impressos formato livro aparecem: primeiro, os terminais para consulta local e online; depois, grandes gavetas sinalizadas por pequenas etiquetas que apresentam códigos internos para localização dos documentos que ali se encontram. Nessas gavetas se encontram o acervo de folhetos variados dispostos em pastas suspensas – e há tanto peças de teatro quanto publicações diversas, mas todo esse conjunto não fica visível ao usuário, que tem que abrir para ver o que há. À primeira vista pode até parecer olhando para as portas que escondem essas gavetas que ali não há nada, seria somente uma parece decorativa. Abrindo as portas mais altas desses gavetões, há escaninhos vazios. Em seguida a essas gavetas se encontram mais terminais de consulta – há de se considerar que a coexistência dos documentos em formato impresso e digital é uma realidade e a presença de computadores nesses espaços é bastante importante – e as mesas para leitura. Também aparecem os expositores de revistas, sem qualquer sinalização, e expositores de matérias diversos não utilizados. Na seqüência há estantes deslizantes onde se encontra os acervos de jornais diários nacionais e estrangeiros, além de uma parte dessas estantes destinada documentos impressos tais como catálogos de exposição de arte, memoriais, projetos experimentais, e materiais fora do tamanho padrão, entre os quais notei que há TCC, teses e dissertações, etc. que não cabem nas estantes abertas.

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Ao final desse corredor central há a sala de leitura e outras salas que têm as estantes deslizantes com o restante do acervo das obras de referência, sinalizadas com códigos numéricos, e parte do acervo da produção acadêmica (como anexos de teses em formato multimídia: CD, DVD – documentos que ficam trancados e não possuem sinalização alguma). Do lado oposto ao corredor central há o Setor de referência em frente ao Balcão de entrada, onde há estantes com documentos impressos que são reservados pelos professores para consulta local e não podem ser retirados para empréstimo. Nesse mesmo local há uma mesa para o usuário consultar documentos sonoros. Nos espaços protegidos pela porta de vidro que separa o ambiente dos impressos do ambiente do Setor de multimeios também há terminais para consulta, estantes fixas e deslizantes, além de fichários e várias cabines individuais de áudio e vídeo para que o usuário possa consultar documentos sonoros, audiovisuais, iconográficos, etc., além de uma sala vídeo e áudio para uso desse documento em grupo. Nenhuma das estantes não é de acesso livre. Nesse setor, o acesso do usuário é restrito, então, necessariamente ele deve pedir o auxílio de um bibliotecário para localizar partituras, gravações, filmes, fitas de vídeos, DVDs, discos, revistas HQ, negativos, slides, fotografias, obras impressa raras, entre outros materiais. Observei que nesse setor há pouca sinalização como meio de comunicação com o usuário – isso parece ficar restrito ao uso dos fichários e das cabines. O usuário antes de adentrar no Setor de multimeios de buscar o auxílio do bibliotecário de referência que o conduzirá a essa área restrita, mas não sei de fato se é assim mesmo pois nessa visita não busquei nenhuma resposta sobre como o usuário deve fazer para ter acesso a esses documentos restritos, então não sei se esse é mesmo o caminho que a Biblioteca da Eca estabelece como prática. Considerando que o papel de uma biblioteca universitária não se restringe a atende o usuário que em buscar de uma informação determinada, observo que, como sistema de informação especializada, esse tipo de biblioteca também tem um importante papel na difusão de informações que potencialmente podem fomentar novos caminhos de investigação. Nesse sentido, seria importante que as fontes e os recursos informacionais disponíveis nessa biblioteca fossem melhor divulgados.