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Importância do estudo do solo como recurso natural no contexto da sustentabilidade e na prática de manejo 7-Procesos de la interacción sociedad-natura...
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Importância do estudo do solo como recurso natural no contexto da sustentabilidade e na prática de manejo 7-Procesos de la interacción sociedad-naturaleza Souza, Andréa Paula 1(*); Jardim, Helder Lages 2; Bertolino, Ana Valéria Freire Allemão 3; Fernandes, Nelson Ferreira 4 1 - FEBF/Universidade do Estado do Rio de Janeiro | (*) Brazil 2 - Universidade Federal de Minas Gerais 3 - FFP/Universidade do Estado do Rio de Janeiro 4 - Universidade Federal do Rio de Janeiro Ao longo de décadas e séculos o número de habitantes do planeta tem se elevado, entretanto ressalta-se que os recursos naturais ao tempo do homem são finitos e uma das questões centrais volta-se a produção de alimentos e a expansão de áreas agricultáveis. No Brasil, a agricultura historicamente foi baseada em políticas governamentais com interesses econômicos e financeiros, que visavam desenvolvimento do país. Embora não exista um consenso sobre o conceito de agricultura sustentável, há uma real necessidade de superação do modelo agrícola atual. Neste sentido pode-se dizer que o Brasil dispõe de um conjunto de elementos pautados na vontade política e determinação, por meio do esforço conjunto, integrador e interdisciplinar, que permitem gerar desenvolvimento nos princípios da sustentabilidade (Martins, 2005). Logo, faz-se necessário priorizar o aperfeiçoamento, a manutenção e a capacidade das terras agrícolas de potencial elevado, assim como conservar e reabilitar as terras com menor potencial, acarretando na sustentabilidade sustentável ambiental Ressalta-se que o desenvolvimento sustentável tem sua discussão enfocada na esfera da economia, pensando a natureza como bem de capital, enquanto outra visa considerar os aspectos econômicos, sociais e ambientais. Entretanto, ressalta-se que o emprego das tecnologias, tem sido relevante, principalmente ao tocante do aumento na produtividade agrícola por unidade de área, pois conforme Avery (1994), atualmente, sejam necessários ao cultivo cerca de 18 milhões de km2, enquanto em 1950, eram 48 milhões de km2 de área cultivada (Paterniani, 1900 e 2001). Contesta-se a que custa e forma tal vem sendo realizado no Brasil e no mundo, pois pensar em desenvolvimento a partir do Relatório Brundtland, em 1987, com foco ao sustentável “é aquele que satisfaz as necessidades da geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras para satisfazer suas próprias necessidades”, se concretiza a obrigação de compatibilizar crescimento econômico, distribuição da riqueza e preservação ambiental. Vivenciar a natureza é pensar em usa-la e transformá-la, mas como fazer o melhor uso é algo que o homem vem se preocupando e discutindo ao longo das últimas décadas, em todo o planeta. Tal é assegurado a partir de leis que visem a sustentabilidade do uso dos recursos naturais, no Brasil em forma de lei, conforme a Política Nacional de Meio Ambiente, lei 6.938 de 31 de Agosto de 1981, e ressaltando um dos seus princípios fundamentais enuncia-se a racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar. Desta forma, o solo como recurso natural é de fundamental importância para a manutenção da vida e da sociedade humana, uma vez que é utilizado não somente para a produção de alimentos e pecuária, assim como regula a distribuição, armazenamento, escoamento e infiltração da água da chuva e de irrigação; armazena e é responsável pela ciclagem de nutrientes para as plantas; tem como ação filtrante e protetora da qualidade da água. Embora evidenciada sua importância e significância como parte primordial do ambiente é freqüentemente despercebida e subestimada, pois a população, em geral, não tem consciência do solo como fundamental a manutenção da vida, e que se encontra ameaçado. A degradação é agravada, principalmente ao tocante do uso inadequado pelo homem, o qual muitas das vezes ocorre pela falta de informação ou desconhecimento das suas características, importância e funções. Logo, a aquisição e disseminação de informações do papel que o mesmo exerce e sua importância na vida do homem, são condições primordiais para sua proteção e conservação, e uma garantia da manutenção de meio ambiente sadio e

auto-sustentável. Em relação à agricultura, segundo FAO (1989) o objetivo de uma agricultura sustentável “deve ser o de envolver o manejo eficiente dos recursos disponíveis, mantendo a produção nos níveis necessários para satisfazer às crescentes aspirações de uma também crescente população, sem degradar o meio ambiente”. Dentro desta linha, faz-se de grande relevância o melhor entendimento das relações entre a dinâmica hidrológica dos solos e os processos erosivos em áreas cultivadas, sob diferentes sistemas de manejo e uso. A erosão hídrica é um importante processo que ocorre na paisagem e também está relacionada com a dinâmica da água nos solos. O impacto da gota de chuva em solos desnudos e o uso intensivo e inadequado de máquinas e implementos agrícolas em seu preparo acabam acentuando a degradação da estrutura e a formação de camadas adensadas (Morgan, 1995. Desta forma, práticas inadequadas de irrigação conjuntamente com as entradas de precipitação, podem causar modificações do processo de infiltração, retenção e drenagem da água, que acabam consequentemente por provocar processos de ravinamento, voçorocamento e perdas de solo (Romanovski, 2001). A área localiza-se no município de Paty do Alferes (Figura 1), sudoeste do Estado do Rio de Janeiro, nas coordenadas de 22o21’ S de latitude e 43o25’ W de longitude. O município em questão, assim como a região do seu entorno, é palco de uma tradição agrícola de mais de 200 anos, onde passou ao longo destes anos pela exploração extrativista de madeira, cultura de cana-de-açúcar, de café, de pecuária leiteira, e que nos últimos anos a agricultura encontra-se voltada à olericultura.

Figura 1. Localização do Município de Paty do Alferes, na região sudeste do Brasil, em específico no sudoeste do Estado do Rio de Janeiro, nas coordenadas de 22o21’ S de latitude e 43o25’ W de longitude. Segundo Bicalho et al (1998), a área tem uma economia agrícola tipicamente metropolitana, com base em produtos perecíveis de consumo urbano e “in natura”, o que acaba por gerar uma economia competitiva, e consequentemente o produtor tem a necessidade de construir estratégias de produção que o capacite à grande instabilidade do mercado, flutuação brusca de preços e concorrência com outras áreas produtivas. Além disso, ressalta-se que as atividades agrícolas deparam-se com a valorização das terras, assim como com a introdução da entrada de atividades não-agrícolas no meio rural, que podem acarretar em alta competição pelo uso da terra. Tais atividades como o turismo e o veraneio que conflitando ou complementando atividades agrícolas são de papel

fundamental nos processos de capitalização e mobilidade social da população rural (Bicalho et al., 1998). A olericultura local tem como característica de requerer grandes investimentos de trabalho, o que é obtido pela mão de obra familiar das pequenas propriedades, de parceiros e de pequenos arrendatários. E por mais que a olericultura seja praticada com insumos técnicos de capital, ela permanece requerendo grande investimento de trabalho, o que é obtido pela mão de obra familiar das pequenas propriedades, de parceiros e de pequenos arrendatários. Em Paty do Alferes, existe um domínio das pequenas propriedades com área inferior a 50 ha, com predomínio de mão de obra familiar seguida da de parceiros, encontra-se também a pecuária em propriedades maiores e com mão de obra assalariada e áreas de curto período de lavoura para pequenos produtores. A Fundação CIDE (Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro) ao desenvolver trabalhos de pesquisa associada à comparação do uso e cobertura dos solos entre os anos de 1994 e 2001 no Estado do Rio de Janeiro afirma que o mesmo vem sofrendo com a degradação das áreas florestadas, isto é uma redução de 42% de sua área original. Tal acompanha diversas vezes o aumento de campos e pastagens e não necessariamente refletem o crescimento da produção pecuária e agrícola. Conforme a mesma fundação o município estudado tem o predomínio de pastagem, no qual houve uma redução de vegetação secundária de 40% (1991) para 18% (2001) e o aumento significativo de 25% de campo/pastagem entre os anos de 1991 e 2001. E entre os mesmo anos pode-se dizer que houve crescimento de área urbana, de 0,3 para 3,9%, ocorrendo conurbação com a sede de Miguel Pereira (TCE-RJ, 2007). O processo de ocupação das terras e o crescimento econômico no meio rural vêm sendo realizados sem planejamento e este processo de ocupação desordenado tem consequentemente contribuído de forma significante para a degradação do meio ambiente e das condições de vida do meio rural, pois a produção agrícola da área não utiliza práticas conservacionistas (Lumbreras et. al.,1998). Segundo Tôsto et al. (1998), sabe-se que 40% dos produtores adotam a prática de queimadas no preparo do solo (Figura 2) e que 90% dos agricultores utilizam a mecanização agrícola em encostas com declividade acima de 25%, com preparo do solo morro abaixo (Figura 3), independente do maior ou menor risco de degradação ambiental, com uso indiscriminado de agroquímicos (Núñez, 1998) e sem manejo adequado da água de irrigação, causando muitas vezes a erosão dos solos e a contaminação dos aqüíferos.

Figura 2 Visão geral de uma encosta com declividade acentuada sendo preparada para o plantio, juntamente com o uso da queimada no preparo do solo.

Figura 3 Visão geral da encosta sendo utilizada para fins agrícolas com tipo de preparo do solo usando trator morro abaixo. O clima da área é do tipo Cw de Köppen, segundo Marques e Pinheiro (1998) a temperatura média anual é de 20,70C, chegando a 24,00C em Fevereiro e 16,50C em Julho. A precipitação anual da área é de no entorno de 1196 mm, no qual o período de maior índice pluviométrico corresponde aos meses de Novembro a Janeiro, com 575 mm, representando 48% da precipitação anual. Dentre os meses de maior precipitação encontrase o mês de Janeiro com um valor de 219,3 mm. Já o período mais seco ocorre de Junho a Agosto, com precipitação média em cerca de 74,7 mm, correspondendo a 6,2% da precipitação anual, entretanto o mês de Julho é o mais seco, com precipitação correspondente de 19,8 mm. Calderano e Lemos (1998), desenvolvendo estudos na área apontam que a região encontra-se inserida em duas principais formações geológicas denominadas de Unidade Santo Eduardo e Unidade Rio Negro, embora em pequenas porções, ainda se encontram rochas granulíticas, pertencentes às Unidades Monte Verde e São José de Ubá. Segundo CPRM (2001), a área de estudo em questão encontra-se inserida na Unidade Geomorfológica Depressão Interplanáltica do Médio Vale do Rio Paraíba do Sul, a qual caracteriza-se por ter uma topografia uniforme e topos nivelados de baixa amplitude de relevo, inseridos em zona colinosa. Conforme Silva et al. (1998) o relevo no qual o município encontra-se inserido é típico de mar de morros, com predomínio de topografia forte-ondulada e vales estreitos encaixados. Silva et al. (1998), em estudos a partir do mapeamento das feições erosivas e da compartimentação geomorfológica, ressalta o existente predomínio de processos erosivos desconectados da rede de drenagem, em encostas com elevada declividade dos compartimentos de degraus e serras reafeiçoados. Enquanto que nos compartimentos de colinas suaves, encontram-se voçorocas e ravinas conectadas associadas apenas à dinâmica de esvaziamento das sub-bacias de drenagem. Na área em questão há o predomínio do Latossolo Vermelho Distrófico Típico, textura argilosa, com o horizonte A moderado álico caulinítico hipoférrico ácido com uma declividade de 30%, com características de erosão tipo laminar moderada e é bem drenado, e formado sob vegetação primária de floresta tropical subcaducifólia. Visando o estudo da compreensão da erosão hídrica e suas relações com as técnicas de manejo foram avaliadas as perdas de solo a partir de parcelas de erosão. Este é um método que vem sendo muito utilizado para a avaliação da erosão é o uso de parcelas

experimentais, uma vez que estas permitem o trabalho em condições controladas em termos de limites do terreno, de declividade e do tipo de solo, que permitem o monitoramento do escoamento superficial e da perda de solo (Morgan, 1995). As parcelas consistem em porções do terreno de tamanho conhecido, delimitadas por folhas de aço, madeira ou qualquer material estável, estas são fincadas para dentro do solo a entre 15 e 20 cm de profundidade, permanecendo acima da superfície entorno de 10 a 15 cm de altura fora do solo. No término de cada parcela encontra-se uma calha-coletora conectada, através de tubo de PVC, a uma caixa armazenadora de sedimentos de 500 litros (Embrapa, 1998). Conforme a enxurrada o volume pode ser excedido e o material do primeiro tanque passa para por um divisor, no qual o fluxo é quartiado e somente uma parte do volume da amostra passa para o segundo tanque (1000 litros), conforme Figura 4, permitindo sua coleta e cálculo da perda de solo. A

B

Figura 4. Visão geral da parcela de erosão com dimensões 22 m x 4 m, juntamente com os tanques de armazenamento de perdas de solo, em A. Em B, tanque de coleta de sedimento, em maior detalhe tem-se o sistema quartiador, o qual permite que apenas uma alíquota de material passe para a segunda caixa (EMBRAPA, 1998). Deve-se destacar que nestas parcelas (EMBRAPA, 1998) foram utilizadas formas de preparo semelhantes àquelas aplicadas pelos agricultores na região, em especial no plantio de tomate. Os estudos nas parcelas experimentais priorizaram os seguintes tratamentos (Figura 5), durante o período de 2001 a 2003: • Parcela sem cobertura (SC), com solo desnudo, e apenas uma aração e uma gradagem com trator no sentido do morro abaixo; • Parcela plantio convencional (PC), com uma aração utilizando arado de discos (cerca de 18 cm de profundidade) e uma gradagem, com trator no sentido do morro abaixo, faz-se ainda a queima de resíduos da cultura anterior;





Parcela plantio em nível (PN), preparo em nível, com aração utilizando tração animal e, usando arado de aiveca, no sentido das curvas de nível e com faixas de contenção a cada 7 m (capim colonião), sem queima de resíduos da cultura anterior; Parcela cultivo mínimo (CM), cultivo mínimo, sem queima de resíduos da cultura anterior e com preservação da cobertura vegetal nas entre linhas da cultura.

Figura 5. Visualização dos diferentes tratamentos utilizados nas parcelas de erosão em que, a parcela SC caracteriza-se por ter solo desnudo, parcela PC utiliza o plantio convencional, parcela PN o plantio em nível e na parcela CM o cultivo mínimo (EMBRAPA, 1998; Turetta, 2000). Já para a mensuração da precipitação (escalas de minutos e 24hs) foi utilizado o pluviógrafo. Evidenciou-se que no período da entressafra, momento em que solos encontram-se desprotegidos, ocorreram as maiores chuvas, assim como as maiores perdas. O Plantio Convencional (PC), o qual representa grande parte do plantio praticado na região, ao comparado com outros sistemas é o que apresentou os valores mais elevados de perda de solo, conforme Figura 6, o que pode acarretar em sérios efeitos de assoreamento dos cursos d’água e em termos de qualidade, uma vez que deve-se chamar atenção no tocante ao abastecimento de água da população, pois 53,5% dos domicílios têm acesso à água através de poço ou nascente, além disso tais perdas podem acarretar no abandono das terras por perda de produtividade. A maior taxa de infiltração nos sistemas com mobilização mínima de solo (cultivo mínimo - CM), demonstrou a maior eficiência da quantidade de resíduos sobre o solo, assim como a tendência a estabilização dos agregados. Em geral, pode-se dizer que o escoamento superficial da água ocorreu nas ordens de SC>PC>PN, neste último os valores foram muito próximos ao do cultivo mínimo (CM), conforme Figura 6, demonstrando a eficiência dos métodos mais conservacionistas e de menor impacto e degradação. Entretanto, o plantio convencional, que utiliza trator morro abaixo com queimada, mostrou ter uma maior produtividade em diferentes momentos,

enquanto sistema de cultivo mínimo, não alcançou um resultado tão expressivo, embora tenha sido significativa a minimização da erosão. Tal vai de acordo com alguns trabalhos, os quais enfatizam que nos primeiro anos de modificação no sistema de cultivo o baixo resultado em termos de maximização da produção é possível, e que ao longo do tempo tal comportamento tende a modificar. Conforme Bhering et al.(2005) realizando trabalhos na região noroeste do Estado do Rio de Janeiro indica que a adoção do sistema de plantio direto com gotejamento na condução do tomate de mesa proporciona um aumento da produção, a obtenção de frutos mais uniformes, melhor controle da fitossanidade da lavoura e principalmente, disponibilidade hídrica para recarga do aqüífero quando da ocorrência de precipitações pluviométricas.

Precipitação (mm)

1

10

100 3 10

1

Legenda SC 2 PC 3 PN 4CM

1

1

1

1

1

1

1 1

1

1

1

1

1

1

1

1

1

1

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1

1

2

1

Volume Escoado (ml)

3

1

1

1

1

4

2 4

10

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4

3

2

2

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3 3

3

4 2 4

3 2 4

3

2

34 2

2 4

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4

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34

2

3

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4

4 2

34 2 3

1

3 4

2 34

34

34

1

4

34

4

Perda de Solo (ton/ha)

0

10 2 10 1 3

10

1

Legenda SC 2 PC PN 4CM

1

1

1

10

2

1

3 1 2 4

1

2

1

3

10

3

-1

1

3 3

1 1

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3

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3 2 3

2

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1

1 1

1 2 1 3

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2

1

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1

0

1

1

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23 4

3

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3

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4

3 2

29-1-2003

28-1-2003

27-1-2003

21-1-2003

4

16-1-2003

13-1-2003

25-12-2002

20-12-2002

15-12-2002

11-12-2002

26-11-2002

13-11-2002

30-10-2002

7-9-2002

24-9-2002

1-9-2002

3-8-2002

20-11-2001

13-11-2001

12-11-2001

3-10-2001

2-10-2001

25-9-2001

12-5-2001

11-4-2001

30-3-2001

-5

29-3-2001

4

10

Meses Figura 6 Resposta do total de volume escoado (ml) e da perda de solo (ton/ha) para a parcelas SC (sem cobertura), PC (plantio convencional), PN (curva em nível) e CM (cobertura vegetal sobre o solo), ao longo dos meses de Abril de 2001 a Janeiro de 2003.

Embora não exista um consenso sobre o conceito de agricultura sustentável, há uma real necessidade de superação do modelo agrícola atual. Todavia, pautado em medidas permissíveis ao pensamento e modificações em consonância a uma agricultura equilibrada, que leve a priorizar o controle da erosão a partir de um acompanhamento técnico ao agricultor, estímulo à prática de rotação e diversificação de cultivos, assim como a maior incitação a utilização de tração animal, quando da adequação da agricultura local. E segundo Bicalho et al. (1998), “atividades agrícolas de do município são marcadas por explorações de alta produtividade da terra e do trabalho, sendo ambos, terra e trabalho, restritos neste tipo de região; por produção de elevado valor de mercado, compensando os custos de produção e o valor das terras; direcionando-se a produção ao mercado do Rio de Janeiro com hábitos nitidamente urbanos e com renda para a aquisição de produtos alimentícios complementares à dieta básica e de alto valor”. Desta forma, faz-se notório o planejamento urbano e ambiental municipal, visando à proteção do patrimônio ambiental, fornecendo informações e subsídios técnicos relativos ao conhecimento e defesa do meio ambiente, respaldado em práticas e manejos mais eficientes, permitindo uma agricultura sustentável. Referencias bibliográficas Avery, D.T. Saving the planet with high-yield farming. Annual Corn And Sorghum Industry RES. Conf, 49. Proceedings, 1994, p. 1-12. Bhering; S.B., Souza, A. P.; Macedo, J.R.; Fernandes, N. F.; Rendeiro, N. P.; Norkus, M. A. Manejo do Solo e da Água em Lavoura de Tomate de Mesa e Suas Implicações na Recarga do Aquífero Fissural no Município de São José do Ubá, Região Noroeste, Estado do Rio de Janeiro. In: Simpósio de Geologia do Sudeste 2005. Niterói, 18 à 22 de Novembro. CD-ROM Bicalho, A.M.S.M.; Araújo; A. P.C.; Barros, R. C.; Hoefle, S.W.; Moreira, F. D.; Riberio, J. C.; Silva, M. D., Rodrigues, M. B.; Marques, R.A. Sustentabilidade Social em Paty do Alferes. Workshop Nacional de Agricultura Sustentável em Regiões Tropicais de Relevo Acidentado, Paty do Alferes, RJ. Rio de Janeiro: Embrapa/CPNS, 1998. CDROM. Carvalho Junior, W., Calderano Filho, B. e Vieira, E.G.M. Uso Atual das Terras do Município de Paty do Alferes e Sub-Bacias dos Afluentes do Córrego do Saco-Rio Ubá, Estado do Rio De Janeiro. Workshop Nacional de Agricultura Sustentável em Regiões Tropicais de Relevo Acidentado, Paty do Alferes. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS 1998. CD-ROM. CPRM. Serviço Geológico do Rio de Janeiro. Serviço Geológico. Brasília, CPRM: www.cprm.gov.br/. 2001. EMBRAPA. Development of sustainable farming systems on mountainous, low fertility grazing land in south America. Commission of the European Communities, ReD Programme "Life Sciences and Technologies for Developing Countries. p.165. 1998. CD-ROM. FAO. Sustainable agricultural production: implications for international agricultural research. FAO Res. and Tech. Paper 4, 1989. 131 p. Lumbreras, J.F., Cunha, T.J., Martins, J.S., Pereira, N.S., Larach, J.I., Palmieri, F. e Calderano, S.B. Levantamento semidetalhado de solos do município de Paty do Alferes e sub-bacias dos afluentes do Córrego do Saco-Rio Ubá, estado do Rio de Janeiro. Workshop Nacional de Agricultura Sustentável em Regiões Tropicais de Relevo Acidentado, Paty do Alferes, RJ. Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 1998. CD-ROM. Marques, J., Pinheiro, F.M.A., Cesário, A.C.F.S., Vidal, E.J., Teixeira, L.G.E., Vianna, L.G., Sampaio, M.R.F., Ribeiro, R. e V.O., T. Hidrometeorologia. In: Interações ambientais tendo em vista o desenvolvimento sustentável das microbacias dos

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