PNQS 2017 - PEOS PRÊMIO DE EFICIÊNCIA OPERACIONAL EM SANEAMENTO

Zona Baixa de Distribuição de Água de Terra Roxa

UNIDADE REGIONAL TOLEDO

PEOS A) INFORMAÇÕES SOBRE O CASE Nome do Case Ano Implantação de zona baixa de distribuição de água no sistema de Terra Roxa 2017 Tema central Região (Assinalar com “X”) _ Grupo 1 - N, NE, CO X Grupo 2 – S, SE, DF Redução de Perdas Temas associados Consumo de energia elétrica Abrangência ou alcance Município de Terra Roxa – PR – Sistema de Abastecimento de Água de Terra Roxa Natureza do Case X Gerenciamento de Melhoria _ Gerenciamento de Emergência Resumo do Case Visando a eficiência operacional, foi implantada uma zona baixa de distribuição de água em um sistema que possuía apenas uma zona alta de distribuição, ou seja, toda água a ser distribuída na cidade tinha que ser bombeada até um reservatório elevado. Foi estudado o cadastro de redes de distribuição de água existente e as curvas de nível da cidade e verificou-se que com um pequeno investimento em anéis de distribuição, seria possível dividir o sistema em duas zonas de distribuição. Após a execução destes anéis foram executados testes nos pontos críticos, que eram os com maior altitude na zona baixa, para garantir que a pressão mínima fornecida aos clientes estivesse conforme o disposto nas normas brasileiras. A partir desta implantação foram observadas as reduções de perdas de água através do controle de pressão na rede e economia de energia elétrica, pois 60% das ligações de água da cidade passaram para esta nova zona de distribuição. B) PERFIL DA ORGANIZAÇÃO Nome da organização candidata Unidade Regional Toledo Serviços prestados pela candidata Atividades de captação, tratamento e distribuição de água. Coleta, tratamento e disposição de esgoto. Comercialização de ligações e serviços. _ Empresa pública _ Empresa privada _ Consórcio de empresas Força Trabalho 173 pessoas

Razão Social responsável pela candidata Companhia de Saneamento do Paraná CNPJ 76.484.013/0001-45

Forma de atuação da candidata X Unidade de empresa pública _ Unidade de empresa privada _ Autarquia

_ Serviço Autônomo _ Departamento Municipal _ Outro: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Porte operacional 110.195 ligações de água e 60.332 ligações de esgoto, atendendo uma população de aproximadamente 350.000 habitantes.

Responsável pela candidatura Principal dirigente da organização candidata Eduardo Luiz Arrosi Donizete Obara Email Email [email protected] [email protected] A organização candidata concorda em responder Este Case deve ser remetido do endereço de email consultas presenciais ou remotas da Banca do principal dirigente para [email protected], que Avaliadora para esclarecimento de dúvidas, bem ao fazê-lo, responsabiliza-se pela autenticidade das como, no caso de o Case ser finalista, concorda informações fornecidas, bem como autoriza sua em responder consultas de associados da ABES análise pela Banca Avaliadora do PEOS e para compartilhar seu conhecimento em prol do divulgação, no caso de ser declarado finalista. saneamento ambiental. Cel (45) 99971-0301 Endereço principal da candidata: Rua Guanabara, nº 168, Toledo – Paraná Outras particularidades relevantes O SAA - sistema de abastecimento de água de Terra Roxa possui 5.150 ligações de água (agosto de 2017), com atendimento a uma população urbana de aproximadamente 15.000 habitantes. São 11.103 metros de rede de distribuição de água e o Volume Produzido mensal de água varia de 70.000 a 80.000 m³. São 3.090 ligações na zona baixa de distribuição e 2.060 ligações na zona alta de distribuição. PEOS - Zona Baixa de Distribuição de Água de Terra Roxa

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PEOS C) PERFIL COMPLEMENTAR 1) Origem da Organização Candidata A URTO – Unidade Regional Toledo é uma Unidade da Sanepar – Companhia de Saneamento do Paraná, que é uma empresa pública de economia mista e capital aberto junto à bolsa de valores de São Paulo, criada em 23/01/1963, pela Lei nº 4.684/1963 do Governo do Estado do Paraná que atua por meio de concessões públicas junto aos Municípios, denominados Poder Concedente. A Companhia atende 345 dos 399 Municípios do Estado do Paraná e um de Santa Catarina, além de 289 distritos e localidades de menor porte, atendendo mais de 10,8 milhões de pessoas com água tratada e 7,1 milhões com serviço de coleta e tratamento de esgoto. O modelo de gestão da Sanepar está baseado em duas dimensões: uma estratégica, centrada na Diretoria, e outra Operacional, calcada na organização da empresa em Unidades de Negócios, estruturadas por coordenações de processos. As Unidades de Negócios possuem gestão financeira própria, baseadas em planejamento plurianual, com projeções para infraestrutura, orçamento e investimentos individualizados. Com sede no município de Toledo, Região Oeste do Paraná, a URTO atua em 17 municípios e 26 distritos, totalizando 43 sistemas, a Unidade foi criada em 2004, quando a Sanepar implantou um novo modelo de Gestão e a mesma era diretamente ligada à Diretoria de Operações. Em 2011, ocorreu reestruturação organizacional com a criação de 5 Gerências Gerais e a Unidade passou a ser subordinada a Gerência Geral Região Sudoeste – GGSO. 2) Instância de Governança A Sanepar é uma sociedade por ações, companhia aberta, de economia mista, vinculada as normas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, e do Regulamento Nível 2 de governança corporativa na B3. O maior acionista é o Governo do Estado, que detém 29,9% do capital total e 89,8% do capital votante. Outra parte das ações pertence a acionistas minoritários. Hoje, o free float – ações negociadas livremente no mercado de capitais - é de 70,1%. A Dominó Holdins S.A. formada pela Copel e pela empresa Andrade Gutierrez Concessões e outros investidores, detém o restante das ações. A administração da Sanepar é exercida por um Conselho de Administração - CAD e por uma Diretoria Executiva. O CAD é composto por nove membros efetivos, sendo um eleito entre os empregados e 25% dos membros independentes, além de nove suplentes distribuídos de igual forma. É o órgão deliberativo responsável por fixar a orientação geral dos negócios, realizar gestão de risco, e fiscalizar a gestão da Diretoria Executiva, além de selecionar auditores independentes e homologar processos licitatórios e compras públicas em conformidade com o Estatuto Social da Companhia. A Diretoria Executiva é constituída por nove diretores, eleitos pelo CAD, sendo designados os Diretores: Presidente, Financeiro, de Relações com Investidores, de Operações, Administrativo, Comercial, de Investimentos, Jurídico e de Meio Ambiente e Ação Social. Compete a Diretoria Executiva a responsabilidade de executar a estratégia de negócio e as Diretrizes gerais estabelecidas pelo CAD. 3) Instância de Controle da Sociedade A regulação é uma das principais alterações introduzidas pelo novo marco regulatório do setor de saneamento, em vigor desde a sanção da Lei Federal 11.445 de 2007 e que determina as diretrizes nacionais para Saneamento Básico. As atribuições de controle, fiscalização e regulação, inclusive tarifária, de nossas operações em sua maioria são exercidas pela a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná AGEPAR criada pela Lei Complementar nº 94, de 23 de julho de 2002, e regulamentada em 21 de novembro de 2012. O controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento ambiental de atividades geradoras de poluição da Sanepar, são de responsabilidade do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O Instituto das Águas do Paraná é o órgão gestor dos recursos hídricos do Estado, que atua no controle, fiscalização, e monitoramento de outorgas de uso de recursos hídricos. 4) Áreas internas envolvidas A URTO é estruturada em 4 Coordenações: Redes, Industrial, Planejamento e Administração e Clientes, além do GDO - Grupo de Desenvolvimento operacional. As coordenações com o apoio do GDO realizam os processos da unidade e permitiram a idealização do Programa. 5) Terceiros envolvidos Fornecedores internos: Unidade de serviços eletromecânicos (USEMSO): Responsável pela manutenção e substituição de equipamentos eletromecânicos e Unidade de Serviço de Materiais (USMA) – Responsável pelo fornecimento de produtos químicos para tratamento de água e desinfecção de esgoto, materiais, tubos e conexões para manutenção de redes; Equipes de trabalho: Comissão Interna de Conservação de Energia Elétrica (CICE) – Comissão responsável por gerir os custos com energia elétrica nos processos de produção e distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto e Grupo MASPp – Método de Análise e Solução de Problemas de Perdas – Grupo responsável por Planejar e implementar ações de redução de perdas de água; Fornecedor externo: Angaí Engenharia e Empreendimentos LTDA: Empresa de engenharia contratada para execução de serviços de manutenção de redes, ramais, ligações e expansão de rede. 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PEOS 6) Desafios para aumento da Eficiência Operacional Os principais desafios para melhoria da eficiência operacional estão relacionados a quebra de alguns paradigmas. O primeiro está relacionado a uma ideia equivocada sobre a abundância da matéria prima que é a água, pois muitos não conseguem visualizar que este recurso é finito e poderá um dia acabar. O segundo é o baixo custo desta matéria prima, pois na grande maioria do Brasil as empresas não pagam nada para retirar da natureza a água, seja em captações superficiais ou subterrâneas, por isso, quando trata-se de redução de volume de perdas, logo traduz-se isto em diminuição dos custos de energia e produto químico, porém a matéria prima continua com o mesmo valor. Por fim, e talvez o que mais afete esta questão, é trabalhar com as reclamações dos clientes, pois muitos querem pressões elevadas em suas casas para facilitar a realização de atividades domésticas como lavar calçadas, carro e etc, porém estes desconhecem que quanto mais elevada a pressão das redes de distribuição maior o volume de perdas ocultas. Cabe as empresas que querem esta eficiência trabalhar e conscientizar os seus clientes para que estes aceitem pressões dentro do que preconiza as normas brasileiras. 7) Organograma

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PEOS 01. LIDERANÇA 1. a) Descrever o valor, princípio organizacional, credo, política ou outro direcionamento formal que destaque a busca da eficiência operacional, alto desempenho ou objetivo similar, como sendo cultura relevante na organização e informar de que forma isso é anunciado formal e a ativamente a força de trabalho e terceiros envolvidos. A Missão da Sanepar é “Prestar serviços de Saneamento Ambiental de forma sustentável, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida”, com a Visão de “Ser uma empresa de excelência, comprometida com a universalização do saneamento ambiental”. Para o cumprimento da missão e o alcance da visão, um dos objetivos estratégicos é “melhorar a eficiência dos processos” que também vem de encontro com a Política Ambiental da empresa que é “Buscar a sustentabilidade ambiental, social e econômica nas nossas atividades”. Estes princípios organizacionais são amplamente divulgados de maneira formal junto à força de trabalho, por meio de quadros, banners, murais, rodapé de e-mail, correspondências impressas, código de conduta e integridade, SisWeb, etc, além de serem ativamente ressaltados nas reuniões da alta direção para apresentação/acompanhamento de resultados globais da Unidade, que acontecem trimestralmente com toda força de trabalho da URTO. Além das reuniões de alta direção, os empregados da Coordenação de Redes participam periodicamente de reuniões operacionais nas quais são reforçados os princípios organizacionais durante a avaliação dos indicadores de cada localidade atendida pela Sanepar, com destaque para o IPL - Índice de Perdas por Ligação, que é um dos indicadores mais importantes para o cumprimento das diretrizes associadas à eficiência operacional. A Sanepar também trabalha a Metodologia do MASP, voltada para perdas, denominado de MASP-P, sendo que a URTO possui um grupo de trabalho que se reúne mensalmente para discutir os resultados alcançados e planejar novas ações em busca desta eficiência. Tendo em vista que os serviços necessários para a implantação do Programa foram executados por empresa terceirizada, os princípios organizacionais foram trabalhados durante as reuniões de início e de avaliação do contrato e ainda ao longo da fiscalização para que a execução fosse alinhada aos objetivos esperados. 1. b) Informar qualquer ação de mudança cultural relativa ao Programa, destacando qual ou quais são os aspectos negativos da cultura reprimidos ou positivos são reforçados e os respectivos motivos. A implantação de zona baixa de distribuição de água no sistema de Terra Roxa foi proposta pelo empregado Jocimar Obara que atua na operação daquele sistema. Com a implantação exitosa houve reconhecimento público do empregado pelos resultados alcançados, servindo como fator motivacional para que os demais empregados também apresentem suas ideias e participem no apontamento de sugestões e soluções para os seus sistemas, pois estes estão as vendo ser colocadas em prática e gerando resultados positivos para a empresa. 1. c) Informar de que forma o Programa consta no mapeamento de riscos da organização como ação mitigadora. Mencionar o grau do risco mitigado pelo Programa. Fornecer a escala de graus de risco utilizadas no mapeamento. A URTO realiza anualmente um Diagnóstico Operacional, que avalia todas as condições de operação dos sistemas, visando tratar os riscos empresariais relacionados aos ativos de infraestrutura. O diagnóstico fornece as principais informações operacionais para o Planejamento Estratégico da Unidade, oportunidade em que é realizada a análise dos ambientes internos e externos com a utilização da matriz SWOT e as ameaças e pontos fracos são analisados e inseridos nas estratégias e planos de ação para a tratativa dos riscos identificados. A tabela 1.C.1 apresenta os riscos que buscaram ser mitigados com a melhoria operacional de implantação de zona baixa de distribuição de água no sistema de Terra Roxa. Ambiente Interno Operacional

Tabela 1.C.1 – Identificação e tratamento/monitoramento dos riscos Riscos Politicas empresariais Tratamento associadas Desequilíbrio no confronto produção Elaboração de estudos e projetos para de água e demanda, com risco de - Qualidade expansão e definição de programas de desabastecimento. - Ambiental investimentos. Aumento da perda de água por - Desenvolvimento e Inovação Planos de ação de melhorias operacionais vazamentos

A Sanepar utiliza o indicador IDP - Índice de Demanda x Produção e para calcular o período de vida útil do sistema (em número de anos) em função do IDP e da taxa de crescimento, utiliza a tabela 1.C.2. Sendo assim, conforme tabela 1.C.3, pode-se verificar que em 2014 a demanda máxima estava igual à capacidade máxima de produção, com uma taxa de crescimento urbano de aproximadamente 4% ao ano e existia necessidade urgente de intervenção. Considerando que o processo de perfuração e interligação do novo poço, tinha prazo de conclusão para o ano de 2018 e que naquele momento não existia nenhuma captação disponível (superficial ou subterrânea) para ampliar a capacidade de produção, a alternativa foi intensificar os trabalhos para a redução de perdas, visando à diminuição da demanda máxima. PEOS - Zona Baixa de Distribuição de Água de Terra Roxa

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Tabela 1.C.2 - Período de vida útil (nº de anos) do sistema em função do IDP e taxa de crescimento Taxa de crescimento % a.a. IDP 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 40% 92 62 46 37 31 27 23 21 45% 80 54 40 32 27 23 20 18 50% 70 47 35 28 23 20 18 16 55% 60 40 30 24 20 17 15 14 60% 51 34 26 21 17 15 13 12 65% 43 29 22 17 15 13 11 10 70% 36 24 18 14 12 10 9 8 75% 29 19 15 12 10 8 7 7 80% 22 15 11 9 8 6 6 5 85% 16 11 8 7 5 5 4 4 90% 11 7 5 4 4 3 3 2 95% 5 3 3 2 2 1 1 1

Ano

Nº ligações (ud)

2014 2015 2016 2017* * Realizado até Agosto

4783 5027 5169 5150

Tabela 1.C.3 – Resultado IDP Capacidade de Demanda máxima produção diária diária (m³) (m³) 3.400 3.400 3.400 3.400 3.400 3.190 3.400 2.910

5,0 19 16 14 12 10 9 7 6 5 3 2 1

IDP (%) 100,00 100,00 93,82 85,59

1. d) Informar quais indicadores de eficiência operacional associados ao Programa são utilizados para avaliar o desempenho da Direção, informando as áreas avaliadas. Para avaliar o desempenho do Programa, a alta direção avalia as áreas e indicadores associados ao programa conforme tabela 1.d.1. Tabela 1. d.1 – Indicadores de eficiência operacional e áreas avaliadas Indicador Coordenação Eficácia no Consumo de Energia Elétrica – Água Industrial IDP – Índice Demanda X Produção Grupo de Desenvolvimento Operacional IPL Mensal/Acumulado Redes e Clientes PSD 12 Redes

1. e) Citar as formas de acompanhamento conjunto e regular do Programa e da evolução de seus resultados pelos dirigentes da organização A URTO possui um Sistema de Reuniões, no qual estão definidos os tipos de reunião - alta direção, setorial ou operacional - frequência de realização e itens de controle a serem avaliados, sendo o principal instrumento para tomada de decisões na Unidade. O registro das reuniões, bem como das análises de desempenho e acompanhamento dos planos de ação são realizados no sistema corporativo informatizado denominado SisWeb – Sistema de Informações e Gestão Sanepar Nesse contexto, os resultados do Programa são acompanhados mensalmente nas reuniões de alta direção e setoriais da Coordenação de Redes, Industrial e Clientes e ainda trimestralmente nas reuniões operacionais da Coordenação de Redes. Em todas essas reuniões é possível mensurar a evolução dos resultados. 1. f) Sumarizar como e quando foi realizada a última atividade de controle externo, relativo ao Programa, pela instância de governança da organização e pela instância de controle da sociedade, mencionadas no Perfil. Se não houve atividade de controle dessas instâncias sumarizar quando e o que foi informado na última prestação de contas. Não houve atividade de controle externo, porém os resultados são divulgados por meio de reuniões anuais com o Poder Concedente e do Relatório de Prestação de Contas, em que são apresentadas as informações relativas a infraestrutura e investimentos. No Relatório Anual de Administração também são divulgados o desempenho econômico financeiro, investimentos, desempenho operacional, programas sociais e ambientais, demonstrações contábeis e balanço social anual, que fica disponível ao poder concedente, acionistas e sociedade. Quanto à prestação de contas a instância de governança da organização, foram apresentados os resultados dos indicadores relativos ao programa conforme o Sistema de Reuniões, nas reuniões trimestrais de apresentação de resultados da GGSO – Gerência Geral Sudoeste e esta apresentou o programa no Seminário de Planejamento PEOS - Zona Baixa de Distribuição de Água de Terra Roxa

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PEOS Estratégico 2017. 02. ESTRATÉGIAS E PLANOS 2. a) Citar um ou mais objetivos estratégicos associados ao Programa e sumarizar as principais estratégias nele incorporadas. Se aplicável, informar de que maneira o Programa está inserido no Plano de Saneamento Básico do município atendido pela organização quando aplicável. Se não for aplicável, declarar o fato. O principal objetivo estratégico relacionado ao Programa é “Melhorar a Eficiência dos Processos” e a sua implantação incorpora as diretrizes de planejamento relacionadas ao desenvolvimento operacional, sendo:  Promover a redução de perdas, através de ações voltadas para melhoria da eficiência operacional;  Reduzir as perdas reais por meio da gestão da infraestrutura;  Considerar os aspectos técnicos, operacionais, econômico e financeiro para elaborar plano de ação para redução de perdas, levando em consideração a situação atual de cada SAA - sistema de abastecimento de água. A implantação do programa está inserida no PMSB do município de Terra Roxa, visto que está relacionada à manutenção da meta de atendimento de 100% da população urbana com disponibilidade de água tratada e continuidade de abastecimento. 2. b) Apresentar os indicadores de desempenho e as metas de curto e longo prazos relativas ao Programa que foram estabelecidas, inclusive relativas a sua duração e informar onde foram explicitadas. Os principais indicadores de desempenho relacionado ao Programa são o IPL e o PSD12, que possuem metas estratificadas para a Sanepar como corporação, Unidades Regionais e sistemas. No caso do sistema de Terra Roxa, onde o programa foi implantado, os valores estão apresentados na tabela 2.b.1. Ano 2014 2015 2016 2017 2018

Tabela 2.b.1 - Indicadores e Metas IPL (litros/ligação/dia) PSD12 (%) Previsto Realizado Previsto Realizado 166,2 145,56 25,49 28,13 155,24 137,31 25,76 26,84 137,61 107,3 25,69 21,46 102,08 97,74* 20,60 20,08* 100,61 20,91**

* Realizado até agosto ** Previsão de aumento devido a previsão de obras na rede coletora de esgoto que facilita o rompimento de redes e ramais de água.

Os indicadores, metas e planos de ação para seu alcance são disponibilizados no SisWeb a toda a força de trabalho além de serem tratados nas reuniões de análise de desempenho. 2. c) Citar as principais macro ações, etapas ou partes que compuseram o Programa e respectivas áreas responsáveis, mencionando o montante de recursos previstos e a fonte. Citar as formas de acompanhamento regular dessas ações pela Direção. A primeira etapa de implantação do programa foi realizada em conjunto pela Coordenação e Redes e GDO, consistindo na análise do cadastro de redes de água existentes no sistema de Terra Roxa e também análise da topografia do terreno, visando verificar a possibilidade de implantação de uma zona baixa de distribuição de água. A partir da constatação da viabilidade de implantação, o GDO elaborou o projeto das redes necessárias para a zona baixa de distribuição, em seguida as mesmas foram executadas propiciando a setorização do sistema, dividindo este em zona alta e zona baixa. Por fim, foram realizados testes práticos para verificar o número de ligações que ficariam em cada zona de pressão. Nesta etapa foram instalados equipamentos registradores de pressão nos pontos críticos, ou seja, pontos mais altos e mais baixos. Também foram identificadas eventuais reclamações de clientes em virtude de baixa pressão. Esta etapa envolveu a Coordenação de Redes na execução dos serviços, o Grupo de Desenvolvimento Operacional na análise das pressões e a Coordenação de Clientes no registro e atendimento de eventuais reclamações. Os recursos investidos entre materiais e serviços foram de aproximadamente R$ 100.000,00 (cem mil reais) e as obras foram executadas por empreiteira contratada, com o acompanhamento e fiscalização da Coordenação de Redes. Todas as etapas foram acompanhadas e analisadas pela Alta direção por meio do Sistema de Reuniões. 2. d) Informar qualquer atividade de investigação de soluções alternativas relativas ao Programa, em organizações de referência, congressos ou literatura especializada. Citar o motivo que levou a escolha da fonte. Citar uma ou mais lições aprendidas, se houver, e se não houver declarar o fato. A literatura especializada aponta a pressão na rede de distribuição de água como uma variável que exerce forte PEOS - Zona Baixa de Distribuição de Água de Terra Roxa

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PEOS influência sobre a vazão de vazamentos na rede. Silva et al. (2000), McKenzie, Mostert e Jager (2004), Thornton e Lambert (2006) e Araújo, Ramos e Coelho (2006) relatam em seus trabalhos redução de perdas reais por meio da redução e melhor gestão de pressões. Como exemplo cita-se o trabalho de Thornton e Lambert que diz o seguinte: “A gestão da pressão engloba várias abordagens e tem uma série de importantes benefícios. Foi referido como método preventivo por excelência de gestão de perda de água. Embora as mudanças nas taxas de fluxo de vazão e alguns componentes do consumo agora são razoavelmente previsíveis tem havido poucos dados publicados sobre a forma como o melhor gerenciamento de excesso de pressão e surtos pode influenciar a nova frequência de interrupção das redes e serviços”. Baseados nessas informações e principalmente na Norma Brasileira, NBR-12218, que preconiza que “as redes de distribuição de água devem ter pressão dinâmica mínima de 10 mca e estática máxima de 50 mca” foi possível decidir pela implantação de zona baixa de distribuição de água no sistema de Terra Roxa. A principal lição aprendida com esta implantação e com os resultados alcançados foi a comprovação na prática de um sistema de abastecimento de água, com mais de 5.000 ligações, que é possível a redução de perdas em virtude da redução de pressões nas redes de distribuição, sem prejuízos aos dispostos nas Normas ou aos clientes. CRITÉRIO 03 – CLIENTES 3. a) Explicar a relação entre o Programa e quaisquer componentes ou características dos serviços prestados aos clientes-alvo e quais as necessidades, expectativas ou comportamentos identificados nesses clientes, esses componentes ou características pretendem atender. A Sanepar é grande incentivadora do uso racional de água e busca constantemente chamar atenção da população por meio de campanhas publicitárias, atendimentos de educação ambiental e até mesmo com notificação a clientes denunciados em situação de desperdício de água tratada para adoção de comportamentos de economia. Devido a essa sensibilização, a empresa também é frequentemente questionada pela sociedade sobre suas próprias perdas de água. Com a implantação do Programa, o sistema de abastecimento de água teve uma redução significativa de perdas, passando de 30% do volume produzido para 20%. Com isso houve também um ganho de vida útil, propiciando manter a continuidade do abastecimento mesmo em condições extremas de consumo, principalmente nos meses mais quentes do ano ou nos períodos em que houve diminuição da precipitação pluviométrica e consequente diminuição de vazão dos poços. Além disso a implantação do programa propiciou a redução de 36% no consumo de energia elétrica na EET-I num momento de crise energética no país, em que ocorreu um aumento considerável no valor da fatura. Com os esclarecimentos técnicos sobre as melhorias operacionais implantadas foi possível agregar valor ao Programa evidenciando que a diminuição de perdas e consumo de energia elétrica está diretamente ligada questão ambiental e a sustentabilidade. 3. b) Citar as formas de envolvimento dos clientes, direta ou indiretamente, no desenvolvimento do Programa, explicando a relevância desse envolvimento, se aplicável. Se não aplicável, declarar o fato. Não houve envolvimento dos clientes no desenvolvimento do programa, porém a divulgação da prática após sua conclusão foi utilizada como sensibilização dos mesmos para que verificassem eventuais problemas em suas instalações hidráulicas e também evitassem o desperdício de água tratada. 3. c) Informar as mudanças introduzidas no serviço ao cliente, inclusive protocolo de atendimento, por força do Programa, se aplicável. Se não aplicável, declarar o fato. Mencionar como clientes foram informados dessas mudanças proativamente. Não foi necessário promover alterações nos serviços ao cliente por força do Programa, pois a Sanepar já dispunha de códigos de atendimento que supriam as necessidades para os tipos de serviços gerados, como nos casos de diminuição de pressão, que foram os mais comuns, visto que em alguns casos as ligações estavam recebendo pressões próximas ao limite máximo permitido e a adequação gerou estranheza num primeiro momento. Nesses casos, todos os clientes que reclamaram de baixa pressão foram atendidos por empregados da Sanepar, que verificaram a pressão da rede e prestaram esclarecimento aos clientes que estavam de acordo com a disposição das normas brasileiras. Após os testes realizados para constatação de que as pressões oferecidas estavam de acordo com a NBR12218 e a definição das zonas de distribuição, foi elaborada uma mala direta a todos os clientes que passaram a fazer parte da zona baixa de distribuição, informando sobre as obras realizadas e do disposto das Normas Brasileiras. Nessa correspondência foram informados os principais canais de relacionamento com a Sanepar e solicitado que eventuais problemas fossem relatados para tomada de providências. Além da correspondência, foi divulgada matéria em jornal de grande circulação na região, explicando sobre o porquê das obras, informando sobre o Programa para redução das perdas de água e diminuição do consumo de PEOS - Zona Baixa de Distribuição de Água de Terra Roxa

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PEOS energia elétrica. CRITÉRIO 04 – SOCIEDADE 4. a) Informar, se houver, ações de mitigação de impactos sociais ou ambientais adversos decorrentes da implementação do Programa nos produtos, processos ou instalações. Se não houver, declarar o fato. Não houve impactos sociais ou ambientais adversos decorrentes da implantação do Programa, portanto não foram necessárias ações de mitigação. 4. b) Explicar as consequências positivas, diretas ou indiretas, para a sociedade e para o meio ambiente decorrente da implementação do Programa e de que forma são alcançadas. Com a implantação do programa houve redução de perdas de água na distribuição, possibilitando com o mesmo volume de produção fosse atendida uma população maior, gerando economia da matéria prima água, além disso houve redução no consumo de energia elétrica, consequentemente tendo um reflexo direto ao meio ambiente. CRITÉRIO 05 – INFORMAÇÕES E CONHECIMENTO 5. a) Informar as principais mudanças introduzidas nos sistemas de informação para atender ao Programa. Destacar adequações em sistemas e tecnologias de coletas de dados e medição de eficiência operacional. Não houve mudanças nos sistemas de informação para implantação do Programa e foram utilizadas as ferramentas já existentes, conforme tabela 5.a.1. Quanto à tecnologia de coleta de dados, foi instalado um macro medidor eletromagnético na saída da Zona Baixa, com a finalidade de medir com precisão o volume distribuído. Foi intensificada a troca de hidrômetros para que, além da redução de perdas aparentes na micromedição, houvesse menos possibilidades de erros de medição com o parque de hidrômetros mais novo. Tabela 5.a.1 – Sistemas de Informações utilizados para implantação do Programa Sistema Disponibilização Área Gestora Atualização Cadastro Técnico Meio Eletrônico URTO Diária Análise de Desempenho Sistema de reuniões URTO Mensal Diagnóstico Operacional Meio Físico e Eletrônico URTO Anual Sapiens Intranet GPDO/USTI Diária SCI Intranet USAG Diária SaneGis Intranet GPDO/USTI Semanal

5. b) Destacar formas de assegurar a integridade e confiabilidade da coleta de dados e da medição da eficiência operacional no tema do Programa, mencionando as técnicas ou métodos utilizados. Caso não sejam utilizadas metodologias de medição recomendadas no setor, ou, caso sejam utilizadas com variações, explicar os motivos de não adotar o método. Visando garantir a integridade e confiabilidade na coleta de dados, foi realizada pitometria nos macro medidores da saída do poço e na chegada do reservatório onde inicia a distribuição, garantindo a eficiência do sistema de medição. Na zona baixa implantada foi instalado um macro medidor eletromagnético. Em relação à micromedição os hidrômetros mais antigos foram trocados, garantindo que a maioria dos deles ficasse com idade inferior a 05 anos. 5.c) Explicar as formas de reter e disseminar o conhecimento relevante aprendido durante e após a conclusão do Programa. Para retenção do conhecimento aprendido, foi elaborado trabalho para participação do prêmio Inova Sanepar este prêmio foi realizado em 2016 com intuito de avaliar as melhores práticas em eficiência energética, este trabalho foi disponibilizado aos empregados da Unidade no Servidor Corporativo da Sanepar, onde todos os usuários tem acesso. O programa também foi apresentado no Seminário de Boas Práticas da GGSO e apresentado no Seminário de Planejamento Estratégico da Sanepar em 2017. O conhecimento foi disseminado na URTO em reuniões de apresentação de resultados e evidenciado na coluna Merece Destaque do jornal interno da Unidade, incentivando os demais empregados a buscarem formas de implantar a mesma ou outra forma de controle de pressão na rede nos demais sistemas. CRITÉRIO 06 – PESSOAS 6. a) Informar a maneira de escolha do líder do programa e de configuração da equipe de desenvolvimento e implantação do Programa, destacando as áreas representadas e a função de cada membro. Mencionar eventuais mudanças na estrutura organizacional realizadas durante ou após a implantação, em decorrência do Programa e os benefícios dessas mudanças. PEOS - Zona Baixa de Distribuição de Água de Terra Roxa

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PEOS A ideia da implantação ocorreu por sugestão do próprio operador da rede de distribuição de água do Sistema de Terra roxa, a partir da análise do cadastro de rede existente. A liderança da implantação do Programa ficou com o Engenheiro do Grupo de Desenvolvimento Operacional, por ser o setor da Unidade responsável pela implementação de obras e programas que visam a eficiência operacional, como a redução de perdas de água e economia de consumo de energia elétrica. As funções e os respectivos responsáveis são apresentadas na tabela 6.a.1. Tabela 6.a.1 - Configuração da equipe de desenvolvimento e implantação do Programa e função de cada membro Função no Programa Nome Responsabilidade Responsável direto pelos cálculos de pressão e simulação hidráulica nas Líder da equipe Engº Mecanico Adilson Bortoluzzzi redes de distribuição de água, bem como cálculos da diminuição do consumo de energia elétrica. Responsável pelos cálculos auxiliares e dimensionamentos, a fim de garantir Apoio Técnico Engº Civil Eduardo Luiz Arrosi as pressões mínimas definidas por norma para atendimento aos clientes. Responsável pela execução das verificações de pressão da rede de Operador de Campo Jocimar Obara distribuição em campo, execução de manobras, ou seja, pelos testes práticos para divisão das zonas de distribuição.

Houve também envolvimento dos demais empregados do sistema no atendimento a clientes e dos empregados da empreiteira terceirizada no auxílio ao operador de campo em manobras e testes práticos. 6. b) Citar treinamentos essenciais conduzidos e sua abrangência visando o êxito do Programa Foram realizados treinamentos do programa MASP-P, que é o Método de Análise de Solução de Problemas de Perdas para as equipes da Sanepar da localidade e também da empreiteira terceirizada. Nestes treinamentos foi focada a questão de controle de pressões nas redes de distribuição de água, explicando as diferenças entre perdas reais e perdas aparentes e as formas de combater e diminuir ambas. 6. c) Explicar quaisquer formas de incentivo ou de reconhecimento de pessoas da equipe de Programa e da organização, aplicadas em decorrência de atuação destacada no seu desenvolvimento e implantação. Com a grande redução do volume de perdas e da economia de energia elétrica o empregado do sistema, Jocimar Obara, idealizador do programa, foi destacado no jornal interno da Unidade Regional que se chama URTO em Destaque. Além disso, a equipe responsável pelas ações apresentou um trabalho sobre o que foi realizado na primeira edição do Prêmio Inova Sanepar; no Seminário de Boas Práticas da Gerência Geral Sudoeste que é realizado anualmente, divulgando os resultados e incentivando os demais empregados de outras Unidades. O Programa também foi apresentado no Seminário de Planejamento Estratégico da Sanepar em 2017. Como forma de incentivo e reconhecimento o empregado Jocimar Obara participou da Fenasan em 2016 realizada em São Paulo com todas as despesas pagas pela Sanepar. 6. d) Mencionar, se houver, ações de mitigação de perigos e riscos à saúde e segurança ocupacional decorrentes de mudanças incorporadas pelo Programa nas rotinas de trabalho. Se não houver, declarar o fato. Não houve ações de mitigação de perigos e riscos à saúde e segurança ocupacional decorrentes de mudanças incorporadas pelo Programa nas rotinas de trabalho. CRITÉRIO 07 – PROCESSOS 7. a) Apresentar mudanças nos processos e melhorias nos produtos ou serviços, se houver, incorporadas pelo programa, destacando as principais características que foram alteradas. Informar onde a especificação dos novos padrões operacionais estão registrados. Se não houver melhoria em produtos ou serviços, declarar o fato. Destacar quaisquer ideias originais ou inusitadas e seus benefícios (inovações), incorporados pelo Programa nos processos ou produtos, informando as formas de percepção desses benefícios. Com o aumento da eficiência operacional e redução de perdas de água houve melhoria no serviço de distribuição de água, com a diminuição de variação e adequação de pressão, em especial onde esta era muito elevada e poderia causar danos às instalações internas dos clientes. Os novos padrões operacionais estão registrados no Cadastro Técnico de Redes de Distribuição de Água com as novas configurações da Área de Influência dos Reservatórios. Uma das formas de percepção dos benefícios de implantação do programa foi a redução das ocorrências de falta de água no sistema, visto que a redução de perdas fez com que houvesse uma menor produção de água, evitando que em dias e horários de grande consumo ocorresse desabastecimento. 7. b) Destacar, se houver, tecnologias de processo incorporadas pelo Programa, sumarizando seus benefícios. Se não houver, declarar o fato. PEOS - Zona Baixa de Distribuição de Água de Terra Roxa

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PEOS Foi implantado macromedidor de vazão eletromagnético na saída zona baixa de distribuição, o que possibilitou melhoria no controle de perdas na rede de distribuição de água. 7. c) Informar as simplificações, se houver, no gerenciamento das rotinas dos processos afetados pelo Programa, que foram incorporadas. Se não houver, mencionar o fato. Destacar as formas de autogerenciamento pela equipe operacional. Houve simplificação na atividade de pesquisa de vazamentos pelo método do geofonamento. Antes da implantação do Programa havia um setor só de distribuição e portanto era necessário fazer a pesquisa em todo o sistema. Com a divisão dos setores, os volumes de distribuição da Zona Baixa e Zona Alta são comparados com os volumes micromedidos das ligações de água existentes em cada região de abastecimento. Com isso priorizase a pesquisa de vazamento na região com maior índice. As equipes operacionais se autogerenciam pelos resultados do indicador de perda mensal. Existe uma meta mês a mês e se o índice de perdas fica abaixo do previsto, isso indica que a equipe cumpriu os seus objetivos. 7. d) Sumarizar as maneiras de avaliar e melhorar o desempenho dos processos afetados pelo Programa, durante e logo após sua implantação. Dar exemplo de melhoria decorrente dessa avaliação. O desempenho dos processos foi avaliado no sistema de reuniões. Primeiro houve análise teórica do sistema de distribuição e o planejamento inicial era deixar 50% das ligações na zona alta e 50% das ligações na zona baixa, porém, durante o desenvolvimento da primeira fase de implantação com os testes práticos e verificação de pressões na zona baixa, verificou-se a possibilidade de ampliar esta para 60 % de ligações da cidade. Com isso ocorreu uma economia no consumo de energia elétrica maior do que o previsto, além da redução das perdas em virtude do melhor controle e gerenciamento de pressões nas redes de distribuição de água. 8. Resultados 8. a) Econômico ou financeiro Na tabela 8.a.1 é possível verificar que apesar do aumento do preço do produto químico no período, em virtude de índices inflacionários, houve uma queda no custo total. Isto fica mais evidente na comparação com o custo mensal (2017) e com o custo por ligação ao ano. Esta economia se deve a diminuição do volume perdido em virtude da implantação do Programa, o que consequentemente fez com que houvesse uma diminuição no volume produzido, apesar do crescimento de ligações e de população abastecida. Tabela 8.a.1 - Custos com produtos químicos Ano Nº ligações (ud) Volume Produzido (m³) 2014 2015 2016 2017* *Realizado até agosto

4783 5027 5169 5150

997.110 978.055 945.789 594.720

Custo Produto Químico (R$) 11.465,85 11.767,18 10.930,97 6.064,55

Média de Custo Mensal (R$) 955,49 980,60 910,91 758,07

Custo por ligação ao ano (R$/lig.) 2,397 2,341 2,115 -

Na tabela 8.a.2 pode-se visualizar que independente do aumento do custo geral da energia em virtude dos índices inflacionários e também das bandeiras tarifárias, houve redução no custo de energia da Estação Elevatória EET01. Justifica-se a utilização desta elevatória para cálculo pelo fato de em 2014 todas as ligações de água dependiam dela para abastecimento. Com a implantação do programa menos da metade das ligações ficaram em sua dependência. Tabela 8.a.2 - Custos com energia elétrica Ano Nº ligações (ud) Consumo de energia EET-01 (kW) 2014 4783 137.510 2015 5027 108.730 2016 5169 73.040 2017* 5150 53.600 *Realizado até agosto

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Custo de energia EET-01 (R$) 50.012,00 57.957,00 47.985,00 33.168,00

Custo de energia por ligação por ano (R$/lig) 10,46 11,53 9,28 -

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PEOS 8.b) Social ou ambiental O indicador apresentado na tabela 8.b.1 demonstra a evolução obtida com a implantação do programa no âmbito ambiental contribuindo com o aumento da eficiência energética e redução de consumo de energia elétrica. Tabela 8.b.1 - Índice de eficiência no consumo de energia elétrica água no SAA de Terra Roxa. Ano Nº ligações (ud) Volume Produzido (m³) kWh Faturado água (kWh) 2014 4783 997.110 860.623 2015 5027 978.055 860.681 2016 5169 945.789 810.186 2017* 5150 594.720 505.964 *Realizado até agosto

Índice (kWh/m³) 0,863 0,879 0,856 0,851

O indicador apresentado na tabela 8.b.2 leva em conta com comprometimento da capacidade de produção em relação a demanda máxima diária e demonstra que mesmo com acréscimo de ligações, sem aumento de fonte de produção, houve redução na demanda do sistema, em virtude da redução de volume perdido de água. Tabela 8.b.2 - IDP –Índice Demanda x Produção Ano Nº ligações (ud) Capacidade de produção diária (m³) 2014 4783 3.400 2015 5027 3.400 2016 5169 3.400 2017* 5150 3.400 *Realizado até agosto

Demanda máxima diária (m³) 3.400 3.400 3.190 2.910

IDP (%) 100,00 100,00 93,82 85,59

8.c) Clientes ou mercados Tabela 8.c.1 - Reclamações de falta de água Ano Nº de ligações 2014 4783 2015 5027 2016 5169 2017* 5150 *Realizado até agosto

Quantidade de reclamações de falta de água no ano 48 52 35 29

Importante ressaltar que 2015 foi o ano de implantação Programa e, portanto o sistema sofreu diversas intervenções nesse ano em que houve a necessidade de fechamento de manobras para a correta divisão das zonas de distribuição, o que justifica o aumento do número de reclamações neste ano. Porém, em 2016, após a implantação houve queda no número de reclamações. 8.d) Pessoas A Sanepar realiza anualmente a pesquisa de clima organizacional denominada Fale Francamente, buscando identificar o índice de satisfação dos empregados. Os resultados são apresentados por Unidade e Coordenação, não possibilitando a divulgação do resultado por sistema visando manter a confidencialidade da pesquisa. O melhor resultado pode ser demonstrado através do reconhecimento, onde o empregado Jocimar foi o destaque na 15ª edição do jornal interno da Unidade Regional (figura 2). Também teve a oportunidade de apresentar esta prática no Seminário de Boas Práticas da Gerência Geral Sudoeste (figura 1), divulgando os resultados e incentivando os demais empregados de outras regionais. A Sanepar custeou todas as despesas de participação do empregado na Fenasan em 2016 realizada em São Paulo.

Figura 1 – Premiação Seminário de Boas Práticas da GGSO

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Figura 2 – Jornal URTO em Destaque

8.e) Eficiência de processo 8.e.1 Resultados relativos a perdas frente ao referencial comparativo Terra Roxa Ano Nº de IPL IPL PSD 12 ligações (litros/lig.dia) (litros/lig.dia) (%) Meta Meta Realizado 2014 4783 166,2 145,56 25,49 2015 5027 155,24 137,31 25,76 2016 5169 137,61 107,30 25,69 2017* 5150 102,08 87,25 20,60 *Realizado até agosto

PSD 12 (%) Realizado 25,49 25,76 21,46 20,08

Nº de ligações 4170 4320 4416 4492

Campina da Lagoa IPL PSD 12 (%) (litros/lig.dia) 97,72 100,73 120,91 91,72

19,89 21,06 24,30 21,69

A Unidade Regional Toledo foi premiada no PNQS Nível II – Ouro em 2016 e no caso do indicador IPL o referencial comparativo é a URCM - Unidade Regional Campo Mourão, que também já foi premiada nesse mesmo nível em 2013. No caso especifico do sistema de Terra Roxa compara-se com Campina da Lagoa, pertencente a URCM, pois os dois sistemas possuem o mesmo porte e características operacionais semelhantes.

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