Patrick Henry Bruce

- 177 - Patrick Henry Bruce 1881-1936 Patrick Henry Bruce, nascido em Campbell County, Virginia, ao Leste dos Estados Unidos, no dia 25 de março de 1...
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Patrick Henry Bruce 1881-1936 Patrick Henry Bruce, nascido em Campbell County, Virginia, ao Leste dos Estados Unidos, no dia 25 de março de 1881 e falecido em Nova York no dia 12 de novembro de 1936, foi um artista americano, bastante influenciado pelos vanguardistas franceses, havendo convivido com vários deles e assimilado as experiências, não só do cubismo genuíno, como de estilos que surgiram a partir dele, como o Sincromismo, o Orfismo e o Purismo. De início, um comentário se faz necessário. Nenhum outro movimento artístico antes havia proporcionado, como o Cubismo, tamanha variedade de ideias e de experiências, cada qual buscando ser mais diferente e específico que os demais, trazendo mensagem pessoal para o desdobramento da arte vanguardista. Então, Patrick Henry Bruce, classificado genericamente como um cubista, é também, aleatoriamente, enquadrado em outros movimentos desgarrados, como o Sincromismo (com “m”), o Orfismo e o Purismo. O Sincromismo se baseia na ideia de que a cor e o som representam fenômenos similares e que as cores em um quadro podem ser organizadas harmonicamente como uma composição musical, da mesma forma com que um compositor organiza uma sinfonia. Seus criadores, os americanos MacDonaldWright e Morgan Russell acreditavam que, pintando em escalas cromáticas, produziriam na tela as mesmas sensações obtidas com um piano ou uma orquestra. Veja abaixo alguns exemplos da pintura sincromista:

- 178 O Purismo, idealizado pelo pintor Amédée Ozenfant, e pelo célebre arquiteto Le Corbusier, mestre do arquiteto brasileiro Lúcio Costa, defendia um Cubismo puro, racional, despido de sentimentalismos, com a simplificação absoluta das formas, reduzindo-as à sua expressão lógica e bidimensional. Amédée Ozenfant e o Purismo

Le Corbusier, “Pavillon de L'Esprit Nouveau”

O Orfismo, ou Cubismo Órfico (de Orfeu, poeta grego), foi um movimento da pintura francesa, surgido por volta de 1912 sob influência cubista, e que teve história breve. A palavra Orfismo, que já fora usada com relação aos simbolistas, é aplicada neste caso pelo poeta cubista Guillaume Apollinaire e a referência a Orfeu refletia o desejo dos artistas envolvidos de acrescentar um novo elemento de lirismo e cor ao austero cubismo intelectual de Picasso, Braque e Gris. Os pintores arrolados por Apollinaire como praticantes do orfismo, que formou o chamado grupo de Puteaux, (cidade francesa) eram Robert Delaunay, Fernand Léger, Francis Picabia, Marcel Duchamp e Frank Kupka.

- 179 Os orfistas faziam da cor o principal meio de expressão artística, e Delaunay e Kupka incluíram-se entre os primeiros artistas a pintar obras totalmente nãofigurativas, perseguindo uma suposta analogia entre a abstração pura e a música. Embora efêmero, o Orfismo exerceu forte influência sobre a pintura alemã, especialmente sobre August Macke, Franz Marc e Paul Klee, os três, afinal, adeptos do Expressionismo.

Fechando este longo parêntesis, necessário para mostrar o “saco de gatos” que se tornou a Vanguarda Europeia (Avant-garde), fica o registro de que é muito difícil, quando não impossível, classificar um artista especificamente em um movimento e que a expressão “Cubismo”, usada genericamente, acaba por enquadrar todo o tipo de movimento vanguardista, sem lhes separar as diferenças, por vezes tênues e quase irreconhecíveis. O artista a que se refere este capítulo, Patrick Henry Bruce, não se enquadra nas biografias convencionais de outros nomes, nascidos do nada e que se tornaram gênios. De início, Bruce era descendente de Patrick Henry (1736-1799), uma figura proeminente na Guerra da Independência, conhecido e lembrado por seu discurso "Give me liberty or give me death" ("Dê-me a liberdade ou a morte"). Juntamente com Samuel Adams e Thomas Paine foi um dos defensores mais influentes (e radicais) da Revolução Americana e do republicanismo, especialmente em suas denúncias de corrupção dos oficiais do governo e sua defesa aos direitos humanos. Foi governador da Virgínia por dois mandatos, de 1776 a 1779 e de 1784 a 1786. Então, ao artista, logo de início, não lhe falta “background” desde os primórdios do americanismo. Além da tradição, que nem sempre se traduz em dinheiro, o jovem artista provinha de família com inesgotáveis recursos. Seus ancestrais, incluindo os próprios pais, eram possuidores de uma “plantation” ativa e lucrativa em Campbell County, Estado da Virgínia, movimentada pelo trabalho duro e incessante de cerca de três mil escravos. Era o segundo, numa família de quatro filhos, vivendo, pois, com uma renda garantida pelo próprio negócio familiar. Quando nasceu, em 1881, a Guerra Civil Americana (1861-1865) já havia destruído parte desse patrimônio, mas o que sobrou ainda era suficiente para garantir a tranquilidade de toda a família.

- 180 A arte, entretanto, é um germe que, uma vez inoculado, domina o artista, criando à sua frente, caminhos irreversíveis, e foi assim que, em 1898, frequentando a Art Club of Richmond, decidiu-se pela pintura. Dessa época, a primeira tela de que se tem conhecimento surgiu em 1900. Em 1902, mudou-se para Nova York, onde estudou com William Merritt Chase, Robert Henri e Kenneth Hayes Miller e, em fevereiro de 1904, foi a Paris, na efervescência das novas ideias que agitavam as galerias e desorientavam os críticos. Foi de passagem, e acabou ficando em Paris por 29 anos, até 1933, mas o início ainda se deu ainda sob a influência do Impressionismo de Pierre-Auguste Renoir e do Pós-Impressionismo de Paulo Cézanne. Sua primeira escola na França, foi a de Henri Matisse, familiarizando-se, pois, com a intensidade da cor e a liberdade na concepção das formas. Patrick Henry Bruce, “Pintura”, óleo sobre tela, 60x90 cm, 1929, (Fonte Commons)

Artista de grandes méritos, Bruce trazia em luta, dentro de si, o germe divino da criação e, a seu lado, o germe maléfico da autodestruição, com um forte senso de autocrítica que o levou a destruir grande parte de suas obras. Nessa luta entre o bem e o mal, entre a criação e a destruição, o artista não conseguiu sobreviver. Em 12 de novembro de 1936, já em Nova York, com fortuna, fama e toda uma estrutura financeira, desistiu de si mesmo e pôs termo à vida, ingerindo uma overdose de drogas. Com a compulsão pela autodestruição, não deixou um grande acervo à posteridade, mas as obras que sobreviveram atestam a perfeita harmonia do artista com o que de melhor se produziu nas primeiras décadas do Século XX. (Traduzido da Wikipedia em inglês, com apoio de várias outras fontes).

- 181 Patrick Henry Bruce, “Plums” (Ameixas), 1912

Patrick Henry Bruce, “Natureza-Morta”, 1924 (Fonte, Commons)

- 182 Patrick Henry Bruce, “Flores”, 1909

Patrick Henry Bruce, “Flores, 1910

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Raymond Duchamp-Villon 1876-1918 Raymond Duchamp-Villon, nascido em Damville, Eure, 50 km ao Norte de Paris no dia 5 de novembro de 1876 e falecido em Cannes, 900 km ao Sul de Paris, no dia 7 de outubro de 1918, foi um escultor, reconhecido como um dos mais renomados nomes do Cubismo na escultura. De uma família de artistas, cada um usando pseudônimos que os distinguiam uns dos outros, sua história começa em 1900, quando abandona a Faculdade de Medicina para dedicarse à escultura, muitas vezes trabalhando em estreita colaboração com seus irmãos Gaston (Jacques Villon) e Marcel Duchamp, este último o mais conhecido de todos. Guiando-se inicialmente pelo estilo de Auguste Rodin, foi, aos poucos, se convertendo ao Cubismo e esse caminho para a simplificação já pode ser notado em “Cabeça de Baudelaire”, feita em 1911.

- 184 Seu nome de batismo era Pierre-Maurice-Raymond Duchamp, o segundo dos seis filhos de Eugene Duchamp e Lucie Duchamp. Todos irmãos, de alguma forma, se dedicaram a atividades artísticas ou literárias. Jacques Villon (1875– 1963) foi pintor, e impressor; Marcel Duchamp (1887-1968) foi pintor, escultor e escritor; Suzanne Duchamp-Crotti (1887–1968) foi pintora, e assim por diante. “The Big Horse” (O Grande Cavalo), 1914

Entre 1894 e 1898, Raymond Duchamp-Villon morou em Montmartre, Paris, no quarteirão dos artistas. Conquanto seu afastamento da Faculdade de Medicina se deu, inicialmente por ter contraído uma febre reumática, a verdade é que depois de curado, não voltou à escola, preferindo seguir, com os irmãos, a carreira artística. Começou com pequenas estatuetas e, nos anos de 1902 e 1903, já participava do Salão Nacional de Belas Artes. Em 1905 teve sua primeira aparição no Salão dos Autônomos e depois na Galerie Legrip de Rouen, juntamente com o irmão Jacques.

- 185 Em 1907, mudou-se para Puteaux, nos arredores de Paris, juntando-se a um grupo de artistas do qual seus irmãos faziam parte. Nesse mesmo ano, já era integrante do júri do Salão dos Autônomos e um dos líderes do movimento cubista. Em 1911, exibiu na Galeria de Arte Contemporânea de Paris, depois fez parte da “Seção de Ouro” e, com seus irmãos, participou do Armory Show em Nova York, um projeto que ajudou a implantar a arte moderna nos Estados Unidos. “Seated Woman” (Mulher sentada), 1915. Bronze, banhado em ouro

- 186 Morreu em 1918, devido a complicações com a febre tifoide que o atingira dois anos antes e, em 1967, seu único irmão sobrevivente, Marcel Duchamp (que morreria no ano seguinte) organizou uma exposição retrospectiva em Rouen, envolvendo a produção de toda a família. Este trabalho foi aproveitado, mais tarde para outra retrospectiva, desta vez no Museu Nacional de Arte Moderna de Paris. (Traduzido da Enciclopédia Britanica, da Wikipedia em inglês, com apoio de outras fontes) Torso de um jovem (1910)

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Acima, “Song” (Canção), 1908, circa Abaixo, “Maggi”, 1912

- 188 Raymond Duchamp-Villon “Yvonne with a Knot of Hair” (Ivone com mecha de cabelo) “Face of a Child” (Rosto de criança) 1907-1908

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Robert Delaunay 1885-1941 A energia que alimenta a vida, ilumina a cidade, movimenta as máquinas e conduz o universo em direção ao progresso não vem das águas paradas, mas do turbilhão das cachoeiras, da força dos ventos, da intensidade do Sol e das diferenças de tensões da natureza, em forças que se movimentam infindavelmente na busca de um equilíbrio fora do alcance, por ser, esse equilíbrio, incompatível com a dinâmica da vida e que só será encontrado, um dia, com a paralisia da morte, inevitável, mas inútil, porque improdutiva. Para o artista, a luta incessante na busca pelo ponto de equilíbrio, leva-o a novos desajustes e os embates travados contra as agruras da existência, em sua alma, produzem a matéria prima que conduz à criatividade. Por isso, o artista é um eterno inconformado com o status, e segue numa perseguição quixotesca e sem fim em busca do pote de ouro que imagina existir além do Arco-íris, alvo que não abandona, embora sabendo, de antemão, tratar-se de uma miragem. Robert Delaunay, nascido em Paris em 12 de abril de 1885, não teve na infância a vida familiar almejada, já que seus pais, divorciados, abandonaram-no à própria sorte, sendo criado pelo tio em La Ronchère, 300 km a Sudoeste de Paris. Adulto, viveu a tragédia da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e, numa repetição enfadonha, teve de deslocar-se novamente, mais tarde, durante a Segunda Guerra (1939-1945), cujo fim não chegou a presenciar, pois morreu em 25 de outubro de 1941, vítima de câncer, na cidade de Montpellier, a 700 km de Paris, enquanto fugia dos nazistas que, com a ajuda de franceses “colaboracionistas” haviam tomado a França no ano anterior, iniciando uma dominação que seguiu até quase o fim da guerra. Em vida, não conheceu a paz e a tranquilidade, mas essa agitação constante lhe trouxe experiências vitais para sua carreira de artista.

- 190 De início impressionista, com passagem pelo fauve, adotou depois o Cubismo, mas estava inconformado com o marasmo em que caíra o movimento, após sua sua fase inicial, demasiado conservador para seu gosto pessoal. Então, implantou ao Cubismo estilo um colorido forte e, para não regredir ao Fauvismo, ousou também na forma, progredindo para a arte abstrata. Estava, assim, criado o Orfismo (de Orfeu), uma visão mais descolada do estilo cubista, com o predomínio da cor e da forma sobre os conceitos geométricos originais, novidade que atraiu jovens artistas em busca de inovação e criou uma agitação naqueles que, como ele, buscavam a renovação da arte. Foi o poeta cubista Guillaume Apollinaire que nomeou o novo estilo como Orfismo, relembrando o poeta e músico Orpheus, da Antiga Grécia, e fixando o conceito de que “a cor deve ser, ao mesmo tempo a forma e o conteúdo da arte”. O Orfismo, depois chamado Simultaneismo, procurava estabelecer um relacionamento harmonioso entre o colorido e a musicalidade e, além de outros discípulos, Delaunay conseguiu atrair para o movimento sua própria mulher, Sônia Delaunay-Terk. Outros seguidores, com maior ou menor grau de envolvimento, foram Fernand Léger, Marcel Duchamp, Francis Picabia, Frank Kupka, Guillaume Apollinaire, Patrick Henry Bruce, Arthur B. Frost, Franz Marc, August Macke e Paul Klee.

- 191 Na deflagração da I Guerra Mundial (1914-1918), Delaunay, sua esposa e o filho Charles encontravam-se de férias na Espanha, e, impedidos de voltar à França, acabaram se estabelecendo com amigos em Portugal até passar o conflito, comprando uma casa em Vila do Conde, Povoa do Varzim, a que chamaram de La Simultané (A simultânea), vivendo lá entre o Verão de 1915 e inícios de 1917.

Aí aprofundaram a amizade com os pintores Amadeo de Souza-Cardoso e Almada Negreiros. O casal Delaunay, fascinado pela luz portuguesa, desenvolveu nesse período as suas teorias sobre a cor simultânea, e assumiram vários trabalhos, desenhando trajes para a ópera de Madrid, enquanto Sonia Delaunay começou um negócio de design de moda. Até meados de 1916 tiveram, em Vila do Conde, a companhia também dos pintores Eduardo Viana e Samuel Halpert.

- 192 Três anos após a Primeira Guerra, em 1921, retornaram a Paris. Delaunay continuou a trabalhar em um estilo, na sua maior parte, abstrato. Durante a Feira Mundial de Paris em 1937, Delaunay participa do projeto da estrada de ferro e dos pavilhões de viagem aérea. Mas então, veio a II Guerra Mundial e os Delaunay’s mudam-se para Auvergne, 350 km distante da capital, com o intuito de fugir às forças invasoras alemãs. Sofrendo de câncer, Robert Delaunay não tinha condições objetivas de mobilidade, e sua saúde deteriorou-se, vindo a falecer em Montpellier, a 25 de outubro de 1941, aos 56 anos. O seu corpo foi transladado, em 1956, para Gambais, 60 km ao Norte de Paris, para o derradeiro repouso. Sonia (1885-1979) sobreviveu a ele por mais 40 anos, (Traduzido da Enciclopédia Britânica, com apoio da Wikipedia e de outras fontes).

- 193 Robert Dalaynay, Retrato de Madame Heim, 1926, 100x64 cm Vendido pela Christie’s de Londres em 08/02/2012 por 80 mil libras (Esta obra é uma das raras concessões do artista ao cubismo figurativo)

- 194 Robert Delaunay – Entre suas obras em destaque, ainda que não as mais significativas, está a série desenvolvida em tempos diferentes, tendo como tema a Torre Eiffel

- 195 – Robert Delaunay em 1912: os movimentos circulares, Na primeira figura, “Circulos concêntricos”, Diâmetro: 134 cm Na segunda figura, “O Sol e a Lua”, Diâmetro: 132 cm

- 196 – Sonia Delaunay (1885-1979) sobreviveu ao marido em 40 anos, realizando um trabalho multifacetado de pintura e estilo, com grande quantidade de obras, embora sem a mesma visibilidade de Robert.

- 197 Sonia Delaunay, a pintora

- 198 Sonia Delaunay, a estilista

- 199 Sonia Delaunay – A simbiose entre pintura e estilo

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Sonia Delaunay – A simbiose entre pintura e estilo

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Roger de La Fresnaye 1885-1924 Roger de La Fresnaye, nascido em Le Mans, 200 km a Sudoeste de Paris, no dia 11 de julho de 1885, e falecido em Grasse, 900 km ao Sul de Paris, no dia 27 de novembro de 1925, foi um artista francês que soube sintetizar, com grande maestria, a poesia da cor e a simplificação do Cubismo. Entre 1903 e 1909, estudou na Academie Julian de Paris e na Ranson Academy na mesma cidade, sendo inicialmente influenciado pelo Simbolismo de seu mestre Maurice Denis (1870-1943), um pintor e escritor francês, membro do movimento Simbolista e do grupo “Les Nabis”, cujas teorias ajudaram na estruturação do Fauvismo, do Cubismo e da Arte Abstrata. A semelhança e complementaridade dos vários estilos experimentados pela Vanguarda Francesa (Avant-garde), facilitaram, em muito, a todos os artistas, a migração de um a outro movimento e, em 1910, eis que La Fresnaye começava a fazer experiências no terreno do Cubismo. Entre 1812 e 1914, foi membro da “Section D’Or”, que propunha o retorno às proporções áureas estabelecidas na Grécia Antiga e revividas no Classicismo.

- 202 Suas primeiras incursões no Cubismo sofreram a influência de Georges Braque e Pablo Picasso mas, como seu trabalho tem mais de decorativo do que de estrutural, pode-se afirmar que sua influência mais próxima foi mesmo a de Robert Delaunay, enquanto que seu estilo estava mais para o Orfismo e seu relacionamento era mais chegado ao Puteaux Group, formado com artistas que se reuniam nessa cidade da região metropolitana de Paris. Seu quadro mais famoso foi “A Conquista do Ar” (1913) em que retrata ele e seu irmão, ao lado de um balão, do qual existem ao menos duas versões.

- 203 Como outros artistas franceses, La Fresnaye sentiu-se atraído pelo lado patriótico da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), então, alistou-se como voluntário, foi afastado em 1918 por tuberculose e nunca mais voltou a ser o que era antes. Parou de pintar em 1922, dedicando-se apenas ao desenho e veio a falecer em 1925, aos 40 anos, vitimado pela doença. Seu patriótico alistamento nas Forças Armadas foi mais uma bravata quixotesca típica do espírito idílico do artista. Não ajudou em nada ao Exército Francês, corroeu sua saúde, interrompeu bruscamente a carreira artística e levou-o desnecessariamente à morte precoce. A possível explicação é que o artista pensa com a alma e é muito difícil conseguir dele um raciocínio lógico diante dos acontecimentos. Se ele fosse lógico e analítico, não seria artista. (Traduzido da Enciclopédia Britânica, com apoio da Wikipedia em vários idiomas e respaldado por outras fontes)

“L’Homme assis” (O homem sentado), 1914, 73 x 80 cm, Óleo sobre tela

- 204 Roger de la Fresnaye, “Nu académique, Femme debout”, (Nu acadêmico, Mulher em pé), óleo sobre tela, 107 x 75 cm (Um artista ainda incipiente buscando rumo para sua arte)

- 205 – Roger de La Fresnaye, “Nu debout de face” (Nu frontal em pé) O artista adere ao Cubismo

- 206 Roger de La Fresnaye e o cubismo formal

Acima, “Vida de Casado, 1912. Abaixo, Banhistas, 1912

- 207 Roger de La Fresnaye, “14 de Julho” (Tomada da Bastilha), 1914

“A mesa de Luís Felipe”, 1922 – Fim de carreira para La Fresbaye

- 208 – Roger de La Fresnaye, impedido de pintar em 1922, passou a desenhar até 1924, quando veio a falecer.

- 209 – Roger de La Fresnaye, “O homem da clarineta”,

- 210 Roger de La Fresnaye, “A máscara”, 1921, está entre seus últimos trabalhos na pintura