P E R S O N A J E S BERTO
LEONE. —
65
años,
alto,
carácter e impositiva personalidad.
corpulento.
Tez
yodada
Fuerte
de marino.
Padre de Tina y Julia. TINA LEONE. —
Entre 25 y 30 años.
llena de atractivo y naturalidad. JULIA LEONE.—
No muy alta pero
Casada con Tony Dillon.
Mujer de 40 años,
alta,
bella,
elegante.
Su energía y agresividad le hacen parecer más joven. negros, brillantes. TONY
DILLON.—
Tiene
Simpático,
También
demuestra en su mirada
fuerza y decisión,
de
unos
atlética.
SERGIO
fácil
años.
Complexión
sintonización.
40
Inteligente.
y facciones una extraña
una fuerte capacidad trágica.
BRANDONE. —
Periodista,
Un soñador nato, dado a la fantasía. acontecimientos sobre la
Ojos
Hija mayor de Berto Leone.
de
la
condición
actualidad
nervioso,
penetrante.
Gusta de imaginar los
y
extraer
conclusiones
del hombre moderno.
E S C E N A R I O
La escena representa el vestíbulo de la casa de Berto
Leone.
con
el
exterior. una
Frente a
puerta,
Otra
a
ésta,
al fondo, la
en
acción
mente
del
decorado.
realistas,
puede
pero
transcurrir
narrador.
No
comunica
derecha,
con
el
el lateral izquierdo,
ventana que da al mar.
tener matices la
Una
interior.
El decorado puede debe
expresar que
únicamente
existen
en
cambios
la de
PRIMERA PARTE
ESCENA I I
(Se
ve
a
despacho
SERGIO
de
espectador.
sentado
redacción
a
en
la
un
Una luz de flexo, amarillenta,
a la escena en una extraña penumbra. con cuidado un periódico, algo
que
hubiese Consulta
fichas
clasificadas.
escena.
noche. • Avanza periódico
SERGIO.-
M¡
compañeros
el
ser
él
un
tiempo
pensativo que
el
bien
vivo
algunas como
no
acaba
Se levanta,
tarde,
hacia
Observa
si de
pasea por
avanzada
proscenio
con
la el
en la mano.)
nombre en
algo
exactitud.
Debe
en
mismo
Queda
recordar
memorizar con la
al
del sume
como si hubiese visto
despertado
interés.
intentase
pequeño
izquierda
es
Sergio
periódico
me
Brandone,
pero
llaman
Mosquito»
«el
mis
porque dicen q u e t e n g o la habilidad de chuparle la s a n g r e a las noticias. Y a v e n : s o y cronista d e s u c e s o s . . . P e r o n o u n c r o n i s t a c o n v e n c i o n a l d e é s o s q u e igual e s c r i b e n d e u n l o c o q u e salta d e s d e u n a a z o t e a c o m o d e u n t r e n q u e
ALFONSO
16
VALLEJO
arrolla u n a u t o b ú s e s c o l a r . . . N o , y o trabajo p o r libre. N o m e ocupo
más
que
de
los
casos
que
me
interesan
y
los
investigo a mí manera... V o y , v e n g o , s a l g o . . . , pienso..., s í , pienso
mucho
en
lo
que
oigo,
protagonistas de los h e c h o s . . . , v o z , la forma de levantarse, enfrentara
a
una
realidad
manera...
(Vuelve
periódico. I
Porque...
en
los
rasgos
de
los
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
llegar a s e r c o m o u n mal r e c u e r d o del p a s a d o ? P a r e c e tan fácil... ¿ S e r á l a l u c h a e l e s t a d o natural del h o m b r e ? ¿ L a llevamos en la s a n g r e ?
v e o s u s ojos, analizo su
de andar... que
(Pasea por la
Es c o m o si me
debiera
resolver
a
escena mirando al periódico.)
mi el
E s t a n o c h e m e h a s u c e d i d o algo m u y e x t r a ñ o . . . H o j e a n d o
grado
de
u n p e r i ó d i c o extranjero q u e s e i m p r i m e a miles y m i l e s d e
poco
de
k i l ó m e t r o s d e a q u í , h e v i s t o l a f o t o d e u n a mujer q u e m e
a d m i r a c i ó n p o r e s e e s p l e n d o r o s o a c c i d e n t e d e l a naturaleza
r e c o r d a b a a a l g u i e n . . . Y he e s t a d o p e n s a n d o y p e n s a n d o . . .
penetración
a
mirar si
una
uno
psicológica,
si
foto
tiene
uno
impresa cierto
siente
un
en
q u e es el h o m b r e y es consciente de q u e , por v e z primera
¡Conocía
s e enfrenta a l r i e s g o d e s u p r o p i o
¡Estaba s e g u r o ! ¡Y he revistado mi archivo y he d a d o c o n
aniquilamiento,
de su
aquella
había
en alguna
Fíjense q u é s o r p r e s a : e n u n l u g a r periférico d e U n a c i u d a d ,
preciso... pensar..., sí, cuidadosamente
los
Basta
con
periódico.}
entonces...
entonces...
es
r e f l e x i o n a r . . . , d e t e n e r s e y analizar acontecimientos... leer
cualquier
diario
(Señala de
el
cualquier
muy
lejos
hormigón.
de
de u n a mujer.
que
trata
sido
capaz
de
materia l a e n e r g í a
dominar
la
piedra,
el
hierro,
la
ese ser casi c a p a z de imposible...
están
desde
(Señala la
construyendo
una
ventana
un
foto.)'
muro
de
que
en
observa
m e d i o d e e s e material d e s t a c a a l g o q u e p a r e c e e l c u e r p o
parte del m u n d o . E l m i s m o h o r r o r e s t á ahí ¡atente: e s e s e r ha
aquí,
Alguien
hay duda.
parte!
su
tierra...,
No
visto
superficie
la
E s ella.
¡La
e x t e r m i n i o c o m o e s p e c i e y a su p r o b a b l e d e s a p a r i c i ó n de la de
identidad!
cara!
L l a m a a la policía y se c o m p r u e b a q u e se
efectivamente
del
cadáver
de
una
mujer,
e l e g a n t e m e n t e v e s t i d a , q u e i b a n a s e p u l t a r para s i e m p r e e n
p u e d e l a n z a r s e a u n a l u c h a fratricida y tota!. (Pausa.) Y
e l interior del m u r o .
entonces,., lo m e n o s que uno puede preguntarse e s : ¿por
P u b l i c a n s u f o t o . P o r u n s i m p l e a z a r c a e e s t e diario e n m i s
N o tiene i d e n t i d a d . N a d i e l a c o n o c e .
q u é ? . . . Y o . un pobre periodista al q u e le g u s t a especular,
m a n o s , h o y m i s m o p o r la t a r d e . . . (Se le nota tenso, como
me
quedo
pregunto:
solo si
en
hemos
la
redacción,
sido
capaces
por de
la
y
me
intentando recordar.) Y o s í . E s ella... [Ella! Y s o y y o e n
¿cómo
no
este
noche,
tanto,
momento
quizá
oculta
que
pueda
f o t o . . . , q u i z á el ú n i c o q u e e n t r e v é la l u c h a e n c a r n i z a d a , a
Simplemente... entenderse.
q u e se
persona
u n a f o r m a c o h e r e n t e y definitiva? (Pausa.) E n el f o n d o . . . Entenderse.
historia
única
reconstruir toda
p a r e c e tan fácil...
¡a
la
s o m o s c a p a c e s d e resolver nuestra propia supervivencia d e
detrás de
esta
m u e r t e , h a s t a la total d e s t r u c c i ó n , q u e m a n t u v i e r o n e s o s
¿ O e s q u e e l h o m b r e n o p o d r á nunca vivir s i n t e n e r q u e
seres...
aniquilar a l c o n t r a r i o ? ¿ E s q u e l a g u e r r a n o p o d r á a l g ú n día
sueltos..., lagunas tremendas...
(Mira
sus
fichas. I
Sin
embargo
hay
cabos
ALFONSO
18
(Se mesa
el pelo,
VALLEJO
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
19
su casa...
nervioso.)
(Luz sobre
V e a m o s . . . L a c a s a d e los L e o n e era u n c a s e r ó n del s i g l o
BERTO.)
X V I I I s i t u a d o frente a l m a r , m u y c e r c a d e l a p l a y a . . . BERTO.— (Gritando.) [ T i n a ! (Se asoma a la ventana que da a la (Ruido incipiente de
del mar.
Penumbra
de inicio
playa.)
¡Tina}
TINA. — ¿ Q u é p a s a , p a p á ? ¿ T e e n c u e n t r a s b i e n ?
memoria.)
BERTO.— T e q u i e r o h a c e r u n a p r e g u n t a , T i n a . (Pausa.) ¿ T u S í . . . s í . . . l o r e c u e r d o . P o r u n a v e n t a n a del f o n d o del s a l ó n
marido es h o m b r e ? TINA.-
se podía contemplar el mar.
¿Tony?
¿Hombre?
Sí,
claro
que
sí...
(Sonríe
sorprendida.) (Va
apareciendo
surgido
del
imaginario,
progresivamente,
recuerdo,
medio
real,
como
BERTO.— ¿ S e p o r t a c o n t i g o c o m o u n h o m b r e ? ¿ M e e n t i e n d e s ?
medio
(TINA ríe levemente.) L l e v á i s m á s d e u n año c a s a d o s y t o d a v í a n o t e h e v i s t o v o m i t a r n i u n a v e z . E n m i familia l a s
el mundo de los Leone. I
m u j e r e s h a n e m p e z a d o a v o m i t a r a l o s veinte d í a s de la D e l a n t e de la c a s a , entre la c a s a y la p l a y a , se e x t e n d í a un
boda. A l g u n a s hasta seis m e s e s antes... y algunas no han
c a m p o q u e p e r t e n e c í a a l a familia y q u e s e l l a m a b a . . .
dejado
se
de
vomitar
desde
que
tuvieron
la
primera
regla.
¿ Q u é pasa, Tina?
llamaba...
TINA.— (Sonriente.) B u e n o . . . p u e s . . . tiempos
(Mira en una de sus fichas.)
han
cambiado...
y
la
n o sé... Será q u e los gente vomita
menos...
O
tarda m á s . . . T o n y y y o . . . El « c a m p o de la jaula»... E s o e s . P o r q u e en él se hallaban
BERTO.— Habla
e n t e r r a d o s m u c h o s d e los a n t e p a s a d o s . . .
(Cortando.) con
tu
inconveniente, (Se sienta en su silla, atrás,
echa la
cabeza hacía
Quiero
tener
marido
y
quiero
que
un
se te
lo
nieto. dices.
quedes
Cuanto Si
antes.
no
tiene
embarazada,
Tina.
Q u i e r o un v a r ó n . . . , si es posible claro e s t á .
cierra los ojos.)
TINA.- (Cariñosa.) ¿ S o b r e q u é d í a te g u s t a r í a q u e n a c i e r a ?
quince de
TINA.- (Cogiéndole del hombro.) ¿Gémimis? ¿Cáncer? | N o , n o m e
BERTO.— N o t e n g o g a n a s d e b r o m a s . Y
un
día...
cuando
un
parecía
que
la
mayo...
vida como
había un
en
plena primavera...
alcanzado
su
máxima
opulencia
y se lanzaba
fecundo proyecto
hacia
delante...
B e r t o L e o n e e n t r ó b r u s c a m e n t e p o r l a puerta d e
lo
digas!
¡Leo!
¡Quieres
un
pequeño
Leone!
q u e s e llame B e r t o , c o m o t ú ! ¿ M e e q u i v o c o ? BERTO. - (Sonriendo con dificultad.) N o t e e q u i v o c a s .
¡Y
quieres
ALFONSO
20
VALLEJO
TINA.- Y a d e m á s q u i e r e s q u e s e a h e c h o s o b r e e l a r e n a d e l a
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
21
BERTO,— (Como si le hubiera picado una serpiente.) ¿ C ó m o . . . ?
p l a y a , ¿ n o ? Y s i e s p o s i b l e q u e n a z c a el v e i n t i c u a t r o d e
TINA.- Y c u a n d o le liega el m o m e n t o . . .
A g o s t o a las s e i s d e l a m a ñ a n a .
BERTO.- ¡ E s e t i p o e s t o n t o !
BERTO.- L a h o r a m e d a i g u a l . . . A h o r a . . . s i n a c e e l v e i n t i c u a t r o de A g o s t o ,
miel s o b r e h o j u e l a s .
Comprendo que hay que
a p u n t a r b i e n , pero l o s L e o n e h e m o s t e n i d o s i e m p r e m u c h a
¡se parte de risa!
TINA.— Y y o m e c o n t a g i o . . . y . . . ja, ja... ja, ja... Y a v e s . A s í q u e c u a n d o n o s e s c u c h a s reír p o r l a n o c h e , n o s i e m p r e m e está c o n t a n d o c h i s t e s p r e c i s a m e n t e . . . BERTO.- ¿ Y d e q u é s e ríe e s e i m b é c i l ? ¿ I g u a l s e e s t á r i e n d o d e
p u n t e r í a . . . ¿ Q u é tai a p u n t a T o n y ?
tí, hija?
TINA.- T i e n e . . . b u e n p u l s o , p a p á . BERTO.— ¿ S Í ? D i m e u n a c o s a , hija..,
desde mi cuarto por la
n o c h e . . . a veces oigo risas... ¿ P a s á i s la noche contando
TINA.- L l e v a m o s m e n o s d e u n a ñ o c a s a d o s . . . V i v e a q u í , e n t u c a s a . . . Es lógico que se encuentre algo i n c ó m o d o . . . BERTO.- ¿ I n c ó m o d o ? ¡ P u e s bien q u e s e ríe! ¡ P o r l a s n o c h e s ,
chistes o apuntando a dar? TINA.- ¿ Q u é h a s d e s a y u n a d o , p a p á ?
los d o m i n g o s . . . ,
BERTO.— ¡Le v e o p o c o caliente, la v e r d a d !
(Como
TINA.- L o s d o s t r a b a j a m o s . . . L l e g a m o s c a n s a d o s . . .
e n t i e n d o . . . C u a n d o le v e a . . . (Cierra el puño.) ¡ C e r d o ! (Para
BERTO.- ¡ Y l o s d o m i n g o s , por q u é n o e c h á i s l a s i e s t a ? ¿ E h ? T o d o el m u n d o q u e se quiere, d e s d e q u e el h o m b r e existe,
si
se
le
a v e c e s h a s t a c u a n d o está e n e l w a t e r ! hubiera
encendido
una
bombilla.)
Ya
sí.) ¡Y yo s i n un nieto! TINA.- Q u e r í a decírtelo h a c e u n o s d í a s . . . T o n y y y o t e n í a m o s
d u e r m e ! a siesta l o s d o m i n g o s d e s p u é s d e c o m e r ! ¡ Y n o s e
l a idea d e a h o r r a r a l g ú n d i n e r o . . .
e n c i e r r a n en su c u a r t o a v e r la t e l e v i s i ó n y a partirse de
igual
risa, c o m o h a c é i s v o s o t r o s !
sabes que exigen una prueba de seis m e s e s . . . Y . . . c o m o
TINA.-
Papá,
ya
sabes
que
Tony
tiene
mucho
sentido
del
me
contratan
BERTO.- (Lívido.) ¿ Q u é . . . ?
estimulan
TINA,-
m u c h o los a n u n c i o s y l a p u b l i c i d a d . . .
No creas
(Con
entrada
BERTO.- ¡ Q u e l e e s t i m u l a l a p u b l i c i d a d ! los tiempos han c a m b i a d o . . .
¡Ja! D e s d e luego que
¡ M á s amor y m e n o s sentido
en
la
Empresa.
Ya
T o n y g a n a bastante e n s u trabajo... r e v o c a n d o f a c h a d a s . . .
h u m o r . . . L o d e l a t e l e v i s i ó n , . . , b u e n o . . . e s q u e dice q u e l e q u e e s t a n frío...
Dentro de u n o s m e s e s
definitivamente
dificultad.) para
un
...pues
pequeño
habíamos piso...
y
pensado dejarte
dar
aquí...
la sin
m o l e s t i a s . . . a u n q u e v e n d r í a m o s t o d o s los d í a s a v e r t e . . . BERTO.- ¿ C ó m o . . . ?
del h u m o r , T i n a ! ¡ L o s n i ñ o s n o v i e n e n a l m u n d o a b a s e d e
TINA.- S e evitarían m u c h o s f r o t e s q u e a h o r a e x i s t e n . . .
carcajadas!
BERTO.- ¡ T o n y y y o n o s l l e v a m o s e s t u p e n d a m e n t e ! ¡ N o existe
¡Hay
que
dormir
la
siesta
y
dejarse
de
televisión! Se lo dices de mi parte.
la
TINA.— P a p á . . . t e v o y a h a c e r u n a p e q u e ñ a c o n f e s i ó n . . . E s u n a intimidad
pero...
tienes
que
saberla...
h a c e el a m o r . . . le da p o r r e í r s e . . .
A Tony...
cuando
menor
dificultad!
carácter
seco...
chistes
de
ios
y...
Lo los
demás
que
pasa
es
Leone
no
sino
con
que
nos los
yo
reímos que
tengo
un
con
los
nosotros
c o n t a m o s . . . E n e s t a c a s a h a n v i v i d o t o d o s los q u e n o s h a n
ALFONSO
22
VALLEJO
p r e c e d i d o , T i n a y tienen q u e vivir t o d o s los q u e v e n g a n . . . D e e s o quería
hablarte,
bija...
Quiero q u e escribas a tu
hermana. Quiero que v e n g a .
Queríamos
que
fuese
un
23
niño,
pero
nació
tu
hermana
J u l i a . . . L o v e o . . . Ella s e s u b i ó a las r a m a s , p u s o u n a pierna e n u n a r a m a , l a otra s o b r e e l t r o n c o . . . Y o m e a g a r r é c o n balancearme,
BERTO.- S í , e s o e s l o q u e q u i e r o .
calculado...
TINA.- H a c e c u a t r o o c i n c o a ñ o s q u e n o c o n t e s t a a n i n g u n a de mis cartas...
desnudo...
Lo
tenía
todo
(Remeda el acto de amor,
c u a n d o llegó el
perfectamente
balanceándose.) | Y
m o m e n t o me agarré c o n
las p i e r n a s a i
t r o n c o del á r b o l p a r a q u e n o s e perdiera n a d a d e l a e s e n c i a
BERTO.- L o s é .
de Berto L e o n e !
D e s p u é s de lo que p a s ó y se fue de c a s a . . . ha
estado c a m b i a n d o constantemente de domicilio...
(Se
BERTO.- ¡ E s c r i b e a t o d a s las d i r e c c i o n e s q u e t e n g a s ! ¡ B ú s c a l a !
d e u n m e s t e o í repetir p o r c e n t é s i m a v e z q u e n o q u e r í a s v o l v e r a verla m i e n t r a s v i v i e r a s . . .
BERTO.— (Dando un puñetazo en la mesa.) ( N o m e d i s c u t a s ! ¡ T i e n e q u e v e n i r ! (Va hacia la ventana.) P e r d ó n a m e , hija... Estoy a:go nervioso... Me duelen los h u e s o s y la c a b e z a . . . V e o mal, o i g o mal... Parece q u e estoy aquí pero ya casi no Parece q u e estoy hacia atrás...
Se
mira
por
la
ventana y no se ve lo que p a s a ahí, ahora. S ó l o se v e n r e c u e r d o s . (Pausa.) A l l í e n a q u e l l a r o c a j u g a b a a l o s b u z o s c o n m ¡ padre. L e v e o . Está ahí. V e o las huellas d e s u s pies s o b r e la arena, siento el contacto de s u s d e d o s s o b r e mi e s p a l d a . Y allí en a q u e l r i n c ó n j u g á b a m o s a la pelota l o s c h i c o s del b a r r i o , los v e o a t o d o s , r e c u e r d o e l n o m b r e d e t o d o s , v e o s u s c a r a s , c o n o z c o la forma de jugar de cada Y
allí,
d e b a j o de a q u e l
precisamente
allí
labio,
emocionado,
haciendo
TINA.- P a p á , ¿ q u é t e s u c e d e ? N u n c a t e h e v i s t o a s í . . . BERTO.— N o d e s e o l a v i d a , hija. M e e n c u e n t r o c a n s a d o y s o l o . quién dar ó r d e n e s , sin r u m b o ,
TINA.- N o v o l v e r á . C o n o c i e n d o a J u l i a . . .
uno... Y
el
Y o n o s é vivir a s í , y e n d o d e u n l a d o p a r a o t r o , s i n s a b e r a
BERTO.— ¡He c a m b i a d o de o p i n i ó n !
estoy...
muerde
por no llorar.)
T i e n e q u e venir TINA.- L a v e r d a d e s q u e n o t e e n t i e n d o , p a p á . . . H a c e m e n o s
Tina...
Y PANTERAS
las m a n o s a otras d o s un p o c o m á s altas y e m p e c é a
TINA.- ¿ J u l i a ? ¿ V e n i r J u l i a , p a p á ?
TINA.- . . .
ORQUÍDEAS
árbol
hicimos
conocí a nuestro
tu
madre,
primer
hijo.
sin
p a r a e s t a r e n l a m a r , ahí e n f r e n t e .
Norte.
Yo he nacido
N o p u e d o vivir s i n l a
e s p e r a n z a d e llegar a a l g ú n p u e r t o . (Pausa.) La vejez e s la situación
más
cruel,
repugnante
y
vergonzosa
del
ser
humano. TINA.— P a p á , n o s o t r o s e s t a m o s c o n t i g o . . . ¡ T e q u e r e m o s ! N o s q u e d a r e m o s contigo tanto tiempo c o m o . . . BERTO.— Y l o p e o r d e t o d o , ¿ s a b e s l o q u e e s , hija? D e s p u é s d e q u i n c e a ñ o s m e s i g o r e c o r d a n d o d e ella c o m o e l d í a q u e l a c o n o c í . . . allí. Y v o y p o r la calle y la v e o . . . ¡ E s ella! | E m m a ! ¡Emma!
Y
me
restriego
los
ojos,
sigo
andando...
miro
h a c i a e l s u e l o . . . y l a v e o reflejada e n l o s c h a r c o s . . . ¡ E m m a ! ¿ C ó m o fui c a p a z d e e c h a r t e d e c a s a l ¿ D e p e g a r t e ? T i e n e s que perdonarme... Estaba loco...
24
ALFONSO
VALLEJO
25
ORQUÍDEAS Y PANTERAS
TINA.- V a m o s , p a p á . . . T o d o e s o p a s ó . M a m á . . .
(Silencio.
Les mira.
Más fuerte.)
BERTO.- Q u é h a b r á s i d o d e ella. D i o s m í o . . . ¿ D ó n d e e s t a r á ? TIMA.-
Estás
malo...
Estás
temblando...
\Papá!
¿Qué
te
¡ B u e n o s días a t o d o el m u n d o ! TINA,— H o l a , T o n y . . . (Le besa.)
sucede?
TONY.—
BERTO. — E s t o y b i e n .
(Haciendo
una
mueca
asesina
a
BERTO,
por detrás.)
¡Holaaaa! (Se cuello.
estira,
se
seca
el
sudor.
Se
ajusta
el
BERTO. — N o t e n g o g a n a s d e b r o m a s . TONY.- (Para sí.) Q u é r a r o . . .
Respira hondo. I
TINA.- Q u é d a t e c o n é l u n rato. Y a t e c o n t a r é . . . Me encuentro perfectamente.
Haz lo que te digo.
Tina.
Escribe a tu h e r m a n a . D o n d e esté. Q u e v e n g a . Ha llegado
TONY.- [ N i h a b l a r ! Y o m e v o y c o n t i g o . . . (La coge del brazo como
si tuviese
miedo.)
el m o m e n t o de s e n t a r s e i o s tres y h a b l a r . , . T ú , yo y ella.
TINA.- H a z m e c a s o . T e n g o q u e h a c e r .
T e n g o algo que deciros.
TONY
¿ Q u é tienes q u e h a c e r ?
TINA.— Escribir c a r t a s . TONY.- T e a y u d o . T e p o n g o l o s s e l l o s , t e p e g o l o s s o b r e s .
(Silencio.)
C o n esta bestia y o n o m e q u e d o . E s c a p a z d e m o r d e r m e Haz lo que te digo. No me preguntes por q u é . Lo sabrás
TINA.- P o r f a v o r . . . Y a t e contaré'. Q u é d a t e . P o r f a v o r . . .
en su momento.
TONY.- E s t á b i e n . T r a é m e u n a c e r v e z a .
(Como quien se va a enfrentar a un peligro.) E S C E N A II
¿ L e m o l e s t a q u e m e s i e n t e u n ratito a q u í c o n u s t e d d o n Berto L e o n e ? BERTO.- S i n s o n i q u e t e , j o v e n . D o n B e r t o b a s t a .
(Se abre la puerta de la calle y entra vestido como
de el
que
construcción de
obrero,
de
con
utilizan
los
casco que
y
un
trabajan
los andamies para la
fachadas.)
TONY.- B u e n o s d í a s a t o d o e l m u n d o .
TONY, cinturón en
la
revocación
TONY.- D o n B e r t o B a s t a , ¿ m e p u e d o s e n t a r ? BERTO.— (Botando en el sillón.) ¡ D o n B e r t o L e o n e ! ¡ N a d a d e Berto Basta I TONY.— P u e s e s l o q u e l e d e c í a : . . BERTO.™ ¿ Y a e m p e z a m o s ?
(Silencio.)
ALFONSO
26
VALLEJO
(Irascible.! \Y la p r ó x i m a v e z q u e le e s c u c h e reír c u a n d o e s t á u s t e d en el w a t e r , j o v e n , r o m p o la p u e r t a y le p e g o u n a paliza!
¡Quiero u n nieto! ¡Esta n o c h e e n v e z d e u n a
c a s a decente, esto parecía un C i r c o !
¡Las carcajadas se
o í a n h a s t a e n l a calle! ¿ P a r a q u e s e h a c a s a d o u s t e d c o n mi hija para h a c e r el a m o r o p a r a h a c e r g r a c i a ?
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
27
TONY.— B u e n o . . . p u e s . . . s e trata d e u n a n c i a n o . . . u n h o m b r e f u e r t e . . . c o n b o t a s . . . p i p a . . . (Empieza a mirar a BERTO, describiéndole.
Empieza a reír.)
BERTO.- ¿ Y a ? ¡ A n t e s d e e m p e z a r ! TONY.- ... Y v a e l a n c i a n o a l m é d i c o p o r q u e s e e n c u e n t r a m u y c a n s a d o , ¿ s a b e ? Y le pregunta el médico: ¿ M a n t i e n e usted r e l a c i o n e s s e x u a l e s c o n s u e s p o s a ? (Imita al médico y al
(Silencio.
Amplia sonrisa de
TONY.)
anciano.) S í . . . ¿ C u á n t a s v e c e s p o r s e m a n a ? . . . ¡ D i e z v e c e s , doctor!
¡ C ó m o se ría..,!
(Cara
de
del Doctor.) ¿ D i e z ? . . .
sobresalto
Bueno,
sí, pero le v o y a ser s i n c e r o , doctor, también t e n g o u n a amante,
(Risa progresiva de
TONY.)
¿sabe?
(Ojos
de
sobresalto
del médico,
cara
asco de BERTO.) ¿ U n a a m i g u i t a ? ¿ C u á n t a s v e c e s ? . . . dos
¡ L o v e ! ¡ Y a e s t a m o s ! ¡ A reír s e h a d i c h o !
responde
el
anciano...
de
Unas
¿ C ó m o ? ¿ D o s ? ¿Por semana?
(Imitando al anciano.) D i a r i a s .
P e r o . . . para s e r s i n c e r o . . .
TONY.— V e r á d o n L e o n e . . .
t e n e m o s u n a criada y . . . (Como si el anciano recordara con
BERTO.- ¡ D o n B e r t o !
cierta risa.) q u é q u i e r e q u e le d i g a . . . a l g u n a v e z c u a n d o m i
TONY.- ¿ E n q u é q u e d a m o s ?
m u j e r s e v a a la c o m p r a . . . (Sonríe.) ¿ E s g r a v e , d o c t o r ?
BERTO.- ¡ D o n B e r t o L e o n e , hijo d e B e r t o L e o n e , q u e e s t a b a loco por
tener
un
nieto q u e
se
llamara
Berto!
¡El
que
u s t e d tiene q u e h a c e r ! TONY.- ¿ L O q u i e r e c o n b o t a s y p i p a c o m o u s t e d o p u e d e s e r
E s t á claro, r e s p o n d e e l d o c t o r , tiene u s t e d u n a g o t a m i e n t o senil superlativo d e tanto hacer e l a m o r . . .
No s a b e usted
e l p e s o q u e m e quita d e e n c i m a , d o c t o r , G r a c i a s a D i o s . P e n s a b a q u e era d e m a s t u r b a r m e .
u n n i ñ o n o r m a l q u e s a l g a d e s n u d i t o ? (Pausa.) Y o c u a n d o h a g o e l a m o r . . . m e río... BERTO.- L e v o y a d a r u n d í a . . . L e v o y a dar c o n u n a s g a n a s . . . L L e v o sin dormir s e m a n a s . ¡ Y ayer por l a n o c h e , cuatro tandas de carcajadas! ¿ V a u s t e d a d e c i r m e q u e c a d a t a n d a d e c a r c a j a d a s era u n a cópula
matrimonial?
TONY.- L a última era u n c h i s t e . BERTO.- ¿ Y p o r q u é n o m e l o c u e n t a a m í , j o v e n , a ver s i m e río.
(Silencio.
Cara
indescriptible
haciendo
por
no
principio
con
esfuerzo,
extraña
carcajada,
silencio.
Dos
incontenible
y
reírse, pero
seguida
nuevas extraña,
seco.)
BERTO,
de
lanzando un
carcajadas, como
alguien virgen en tal materia. en
de
controlándose
de
período tres. muñeco,
al una de Risa de
De pronto se para
ALFONSO
28
VALLEJO
BERTO.— P e r o . . . p e r o . . . e s e c h i s t e ¡es f e n o m e n a l ! ¡ E s t u p e n d o ! ¡Así que suben
ustedes al
hierros a cincuenta
andamio,
empiezan a
m e t r o s del s u e l o . . . ,
ORQUÍDEAS desde
Y PANTERAS
entonces
ha
vivido
29
en
la
más
absoluta
de
las
poner
s o l e d a d e s . (Mira por la ventana.! Y le p r e g u n t a al m é d i c o
se lían a c o n t a r
q u é l e p a s a a d e m á s d e estar c a n s a d o , y d i c e e l a n c i a n o
chistes..., a reírse...
que se encuentra a m a r g a d o , que cree q u e ha fracasado en
TONY. — V e r á , d o n B e r t o , c o m o h o y e s e l primer día d e s p u é s
s u v i d a p o r s u s o b e r b i a . . . Y c u e n t a q u e s u hija m a y o r s e
d e u n a ñ o q u e l e h e v i s t o reírse, l e v o y a c o n t a r a l g o q u e
m a r c h ó d e c a s a a r r a s t r a n d o , c o n u n a pierna rota p o r q u e s u
usted
desconoce:
a
mí
me
dejaron
a b a n d o n a d o en
un
p a d r e l a estrelló c o n t r a l a p a r e d c u a n d o s e q u i s o i n t e r p o n e r
portal p o c o d e s p u é s d e n a c e r . Y n a d i e e n e l p u e b l o m e -
entre él y su m u j e r . . .
Y el a n c i a n o p r e g u n t a : ¿ e s g r a v e ,
quería
doctor?
le
adoptar.
preguntó:
Sólo
¿es
que
un
no
carpintero
hay
nadie
en
que
vivía
este
pueblo
solo, con
cojones para hacerse c a r g o d e este n i ñ o ? Y o t e n g o piedras
Y
el
doctor
tiene
usted
un
cáncer
de
le queda un
m e s d e v i d a . Y e l viejo l e d i c e : n o s a b e u s t e d e l p e s o q u e
e n l a v e s í c u l a , d e c í a u n o . Y o t e n g o alergia a l p a ñ a l , d e c í a
me
el otro. P u e s yo os v o y a demostrar q u e sí los t e n g o . Y me
acabar n u n c a .
adoptó.
dice:
pulmón c o n metástasis por todo el cuerpo, quita
de encima,
doctor.
P e n s é q u e esto
n o iba a
S u teoría d e l a v i d a s e r e s u m í a e n l o s i g u i e n t e :
p a s á r s e l o m u y b i e n , reírse m u c h o y tener d o s c o j o n e s p o r
(BERTO
si a c a s o . Ese «por si a c a s o » es lo que nunca he entendido.
LEONE
se
vuelve
hacía
TONY, que le observan pálidos.
TINA
y
TINA empieza a
llorar, pero sin cambiar la cara.) (En
ese
momento
aparece
TINA
con
la
cerveza.)
Voy
a
morir.
Tony.
Te
dejo
a
lo
que
más
quiero
del
m u n d o . E s u n a g r a n mujer, e s t o y s e g u r o d e q u e l o s a b e s . BERTO.- ( A
TINA.) E s m u y s i m p á t i c o . . . M e c a e b i e n .
Si
TONY.- ¿ U n p o c o d e c e r v e z a , d o n B e r t o ?
es
cierto
defiéndela
que
como
aprendiste corresponde
la a
lección uno
del
que
carpintero, no
le
falta
n i n g u n o . . . T e l a dejo e n u n m u n d o d e t i b u r o n e s y v í b o r a s . (Beben
P r o m é t e m e q u e l o v a s a h a c e r . (Silencio.)
juntos.)
TONY.- LO p r o m e t o . BERTO.- C u e n t a u n o s c h i s t e s m u y g r a c i o s o s . . . ¿ S a b e s e l del anciano, Tina?
BERTO.- V e t e y e c h a e s a s c a r t a s , T i n a . B u s c a a t u h e r m a n a . Que venga.
TINA.- NO... Y a t e n g o u n a s c a r t a s l i s t a s . . . BERTO.—
Te
cansado
lo
contaré:
y va
al
es
médico.
un
anciano
E s t é le
que- se
pregunta
si
encuentra mantiene
relaciones s e x u a l e s p o n su e s p o s a . . . y el a n c i a n o le dice que echó a su
mujer d e c a s a
hace quince a n o s y que
(TINA mar.
traga las lágrimas.
Luz
ventana,
del
crepúsculo
Silencio. penetrando
Ruido del por
la
invadiéndolo todo de rojo color sangre.
ALFONSO
30
Se miran, inmóviles.
VALLEJO
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
Oscuridad.}
31
(Silencio.) JULIA.— H o l a . . . TINA.— J u l i a . . . H a s v e n i d o . . .
E S C E N A MI (Se tira en sus brazos, SERGIO.-
Efectivamente
Berto
Leone
tenía
un
cáncer
de
la abraza con fuerza.
JULIA la sujeta contra sí,
aunque también con
calor,
tensa.}
pero menos efusivo,
p u l m ó n s i n s o l u c i ó n p o s i b l e . H a b l é c o n e l m é d i c o q u e llevó su
caso
aguantó
en el
el
Hospital.
diagnóstico.
Me Exigió
contó
con
saber
la
qué
entereza
verdad.
Pero
i Has
venido!
| Has
recibido
mi
carta
y
has
venido!
Hermana...
c u r i o s a m e n t e B e r t o mintió e n a l g u n a s r e f e r e n c i a s q u e d i o : dijo q u e e s t a b a s o l t e r o , una
dirección
q u e n o tenía h i j o s . T a m b i é n dio
equivocada.
Nadie s u p o
explicar
bien
(Se vuelve a abrazar,
por
casi llorando, pero con-
teniéndose.)
q u é a c t u ó a s í . . . Y e l m i s m o d(a, 1 5 d e m a y o , a última h o r a s a l i e r o n v a r i a s c a r t a s certificadas d i r i g i d a s a J u l i a L e o n e . . . a diferentes direcciones. ficha.) el
1
JULIA.— T i n a . . . H e r m a n a . . .
A l o s p o c o s d í a s . . . [Mira una
de Junio exactamente.
Un
domingo...
Al
(La abraza con más fuerza.)
mediodía quizá..., sí... Quizá después de comer, cuando B e r t o L e o n e e s t a b a e n l a p l a y a , s e n t a d o , c o n l o s o j o s fijos
TINA.- (Separándose de ella, mirándola.) P e r o . . .
¡estás guapí-
s i m a ! ( Q u é elegante) En tus cartas...
en el m a r . . .
JULIA.— (Pasando dentro.) E n l a s c a r t a s s e m i e n t e s i e m p r e (Se oyen los frenos de un taxi a la puerta de la casa.
Unos golpes suaves en la puerta.
TINA
del
interior.
JULIA
en
el
elegante,
quicio
provocativa,
Abre de
la la
fría,
Se miran las dos hermanas.)
puerta. puerta,
dominante.
Sale
Aparece bellísima, Silencio.
hermana...
Somos
pura
mentira
hasta
cuando
nos
callamos. TINA.- N o s a b í a s i t e iba a localizar... H a c í a t a n t o t i e m p o q u e n o m e e s c r i b í a s . N o s a b í a s i las d i r e c c i o n e s . . . J U L I A . - (Sin dejarle hablar.) V e o q u e t o d o s i g u e i g u a l . . . L a s m i s m a s g r i e t a s e n l a s p a r e d e s , e l m i s m o sillón a l l a d o d e t a v e n t a n a , l a m e s a c o n las m i s m a s m i g a s d e p a n . . .
TINA.— J u l i a . .
TINA.— J u l i a , p o r f a v o r . . . JULIA.— (Imperturbable.) El árbol allí a la d e r e c h a , l a s r o c a s , la
ALFONSO
32
VALLEJO
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS (Aparece
misma
playa
repugnante
llena
de
alquitrán
y
(Pausa.) ¿ E s a q u é l ?
TONY.- M e h a b í a q u e d a d o d o r . . .
peces,
sin
dientes y c o n
reuma
d e s p u é s de
quince a ñ o s . . .
tu
JULIA.- H o l a , T o n y . . . TONY.JULIA.—
JULIA.— S e está m u r i e n d o q u e e s d i s t i n t o . . . T ú m i s m o l o h a s en
(Queda en suspenso al vera
Hola...
TINA. — ¿ N o o s d a i s u n b e s o ? E s T o n y , m i m a r i d o . . .
TINA.- E s t á e n f e r m o , J u l i a , escrito
ojos.)
JULIA.)
JULIA.— L o s m i s m o s b a ñ i s t a s h a c i é n d o s e p i s e n e l m a r , h a s t a mismos
TONY restregándose los
moscas...
TINA.— S Í . . . A q u é l . . . (Casi suplicante.) J u l i a , te lo r u e g o . . . los
33
carta.
¿Por
qué
disimular
la
verdad?
(A
continuación, cortante.) ¿ S a b e él lo d e m a m á ?
Hola,
guapo...
Tony... Casi
(Le
no
besa.
me
A
TINA.)
recordaba
de
Guapo...
Muy
Hace
tanto
él...
tiempo... TINA.- Y o , . , v o y a llamar a p a p á . . . (Tensa. A TONY.) D a l e
TINA.- NO.
algo de beber, T o n y .
J U L I A . - T e l o e s c r i b í bien c l a r o . M u r i ó . TINA.- (Firme.) P e r o y o n o s e l o dije. N o h a c í a falta d e c í r s e l o .
(Sale,
¿ P a r a q u é h a c e r l e sufrir d e s p u é s d e t o d o a q u e l l o ? JULIA.— Te dije q u e él d e b í a s a b e r l o .
Silencio
J U L I A . - ¿ N o h a s o í d o ? D a m e a l g o d e b e b e r . (Silencio.) ¿ S a b e
TINA.- V o y . . . v o y a llamarle. P e r o a n t e s . . . J u l i a . . .
algo de lo nuestro?
JULIA.- ¿ Q u é ?
TONY.Para t o d o s .
Quiero q u e siga la paz.
Para
todos. A h o r a la paz es m u y necesaria. T o d o s necesitamos vivir... (Pausa.) Y m o r i r e n p a z .
(Silencio.) ¿No e s t á s a l g o n e r v i o s a , T i n a ? Me
escribiste
llamaba? T o n y . . .
que Tony
te
habías
Dillon...
repugnante,
casado...
¿Cómo
se
d e él. H a c e t a n t o t i e m p o . ¿ N o m e l o p r e s e n t a s ?
¡Todo
tiene
una
más
que
en
ti
¡Sin
siquiera
Tony!
¡Tuve
que
¿Así?
despedirte!
| Desaparecida!
Ir a cogerte p o r la m a ñ a n a . . . y . . . . no e s t á . . .
| S e h a ido! A s i . . . JULIA.— Y o t e q u i e r o . T o n y . . . TONY. —
Eres
repugnante.
Si
JULIA.— T o d o tiene u n a e s p l i . . . TONY.-
TINA.- ¡ T o n y ! (Silencio.) | T o n y !
piensas
explicación,
saber lo nuestro... (TINA va hacia la puerta interior. Llama.)
No
marcharme! |Volatílizada!
T e n g o u n v a g o recuerdo
Julia.
bajo, m á s . . .
TONY.-
TINA.- M e n o s d e l o q u e p a r e c e , J u l i a .
Eres
m i s m a . El ser m á s egoísta, despreciable y vengativo... m á s JULIA.—
J U L I A . - (Cortándole.) . . . e n p a z .
JULIA.—
en busca de BERTO LEONE.
tenso.)
B i e n claro lo e s c r i b í . Y
sin e m b a r g o . . .
TINA.- Q u i e r o p a z .
nerviosa,
¡Calla!
por
algún
motivo Tina
llega
a
ALFONSO
34
VALLEJO
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
JULIA.- ¿ N o m e quieres e s c u c h a r ?
(Se
vuelve algo
35
desconcertada hacía JULIA.)
TONY.— Si i n t e n t a s hacerle d a ñ o a ella... JULIA.- ¿ M e a m e n a z a s ?
¿ Q u i e r e s h a c e r m e el favor de ponerte normal de u n a vez,
TONY.- E s o e s t o y h a c i e n d o . (Silencio.)
Julia!
JULIA.— T e n d r e m o s t i e m p o d e h a b l a r d e t o d o e s t o .
JULIA.— N o m e l e v a n t e s l a v o z , h e r m a n i t a . . .
TONY.— T e e q u i v o c a s . S e a c a b ó . M e h a s h e c h o m u c h o d a ñ o , p e r o las c i c a t r i c e s h a n c e r r a d o . T o d a v í a m a l . . . p e r o tienen
(Silencio. JULIA mira a BERTO fijamente.)
q u e cerrar m e j o r . . . JULIA.— E s o m e g u s t a . . . L o q u e e s t á s d i c i e n d o m e g u s t a . . . TONY.- T e e q u i v o c a s , J u l i a . E s t a v e z t e v a s a e q u i v o c a r . M e has hecho m u c h o daño, pero...
(Separándose.)
he v i s t o a n a d i e t o d a v í a . TINA.- ¡ Y a está b i e n !
J U L I A . - ¿ N o s a b e s decir otra c o s a ? ¡ V e n a c á . . . ! TONY.-
T e repito q u e n o h e v i s t o a p a p á . . . c o m o t ú l e l l a m a s . N o
¡Suelta!
J U L I A . - ¿ P a r a q u é m e h a s l l a m a d o c o n tanta u r g e n c i a , T i n a ! ¡He tenido
que
dejar
cosas
muy
importantes
para venir
aquí! ¡Habla! (En ese momento entra TINA con BERTO. No han visto el contacto entre
TONY y JULIA.)
TINA,- ¡ S e r á p o s i b l e ! J U L I A . - S i era é l q u i e n tenía q u e h a b l a r c o n m i g o . ¿ P o r q u é no lo hizo él?
TINA.— (Después de un breve lapso.) J u l i a , . , p a p á . . .
BERTO.— S i m e d e j a s . . .
JULIA.—
JULIA.— (Subiendo el tono,
(Mirando a su hermana,
electrizada.) ¿ P a p á ? ¿ D ó n d e
está p a p á ? ¿ Q u i é n e s p a p á ?
creciéndose,
disfrutando.) ¿ P o r q u é
no t u v o él el v a l o r de c o g e r u n a p l u m a y p o n e r s e a escribir a su hija?
(Silencio
denso.)
TINA.— ¡ F u i yo q u i e n lo h i z o p o r él! JULIA.— ¡ N o s i r v e ! ¡ T e n í a q u e s e r é l q u i e n e s c r i b i e s e a s u hija!
TONY.- Y o m e v o y . TINA,-Tony, espera...
¡El! BERTO.- Hija, t e r u e g o q u e t e n g a s u n p o c o d e c o m p r e n s i ó n . . . J U L I A . - (En un grito.) ¡ C o m p r e n s i ó n !
TONY.- V o y a d a r u n p a s e o . H a c e d e m a s i a d o c a l o r .
¿ Q u é oigo? ¿ H e oído
bien? TINA.- ¿ Q u i e r e s e s c u c h a r l e u n i n s t a n t e ?
(Sale.) TINA.- ¡ E s p e r a !
JULIA.-
¡Y tú quieres responderme a mí! ¿ P o r q u é me h a c e s
llamar s i n o e r e s t ú q u i e n q u i e r e hablar c o n m i g o ? ¿ T i e n e s costumbre hermana?
de
hacer
de
mensajero
de
la palabra
ajena,
ALFONSO
36
VALLEJO ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
37
BERTO.- (Levantando la voz.) ¿ M e q u i e r e s e s c u c h a r ? JULIA.— (Gritando) ¡ N o ! ¡ C l a r o q u e n o ! ¡ N o t e n g o n a d a q u e escuchar
de
ti,
escuchar
lo
que
papá!
¡No
he
me
tengas
venido
que
hasta
decir...,
aquí
para
sencillamente
porque no me importa!
TINA.- ¿ P o r q u é n o dejáis e s t a c o n v e r s a c i ó n ? J U L I A . - C e r d o . . . ¿ Q u é iba a h a c e r ? ¡ N o h a b í a q u i e n t e a g u a n tara!
No dejabas ni
BERTO.— Y o n o q u e r í a h a c e r t e d a ñ o , J u l i a . . .
proeza
BERTO.- . . . S é p e r f e c t a m e n t e q u e n o m e p o r t é b i e n . . .
situaciones!
¿ D a ñ o , d i c e s ? C u a n d o m e intenté
escucharle.)
interponer
entre
tú
y
ni
pensar,
ni soñar...
¡Aquí
g r a n d e s , e l m á s terrible m a r i n o del p a í s , c a p a z d e c u a l q u i e r
JULIA.— ¿ C ó m o o o o o o . . . ? JULIA.— (Sin
hablar,
e s t a b a s t ú , B e r t o L e o n e ! ¡ T ú ! ¡El m á s g r a n d e d e t o d o s l o s
mamá
para
que
no
la
pegaras
me
en
cualquiera
de
las
m á s inverosímiles
BERTO.- M e e s t á s h a r t a n d o , J u l i a . JULIA.—
Viejo
c o g i s t e c o m o a u n . . . a u n m u ñ e c o y m e tiraste c o n t r a l a
¡Tener
p a r e d ! ¡ M e partiste l a p i e r n a p o r t r e s p a r t e s . . . !
escribir
BERTO.- E s t a b a l o c o , J u l i a . N o s a b í a l o q u e h a c í a . . .
inverosímil
asqueroso...
amantes, una
beber
sola
línea
¿ M e hasta a
equivoco caerse,
su
acaso?
pasar
familia...!
Y
(Pausa.)
meses hacía
sin falta
demostrar quién eras. ¡Ante t o d o s ! ¡Y sobre todo ante mí,
JULIA.— ¡ P e r o y o s é m u y b i e n l o q u e e s t o y h a c i e n d o . . . p a p á !
a n t e t u mujer y t u hija p e q u e ñ a q u e n o era m á s q u e u n a
BERTO.- E s c ú c h a m e , p o r f a v o r . . .
niña!
mía...
¡Que
S é q u e q u i z á l a c u l p a f u e ra
m a m á necesitaba algo q u e yo no le d a b a . . . !
(Sonrisa biliar de JULIA.) ¡ S é p e r f e c t a m e n t e q u e faltaba m u c h o tiempo de c a s a , que
necesitaba
q u e ella era u n a
compañía...!
mujer s e n s i b l e ,
Pero c u a n d o
me
enteré
de
q u e m a n t e n í a relación c o n o t r o h o m b r e . . . y o . . .
BERTO.- S é q u e h e s i d o u n h o m b r e difícil, J u l i a ¡ P e r o e s o n o h a c e a i c a s o . T e h e m a n d a d o llamar p o r q u e . . . JULIA.— ¡ M e d a i g u a l ! TINA.- P o r f a v o r . . . , p o r f a v o r . . . J u l i a , c á l m a t e . Deja e s o . . . JULIA.— ¿ S a b e s a c a s o q u é f u e d e ella?
J U L I A . - ¡Viejo a s q u e r o s o . . . !
BERTO.- Y o . . . p r e g u n t é . . . Fui a la p o l i c í a . . .
TINA.- ¡Julia!
JULIA.— M e n t i r a . No fuiste a la policía p o r q u e si h u b i e s e s i d o la
JULIA.— ¡ E s o e s m e n t i r a ! ¡ H a b l a d u r í a s s i n n i n g ú n f u n d a m e n t o !
h u b i e s e s e n c o n t r a d o en un hospital a cincuenta kilómetros
¡ Y o lo sé m u y bien! ¡Pero a ti te interesaba demostrar q u é
de aquí...
e r a s c a p a z de hacerle a u n a mujer i n d e f e n s a para lavar tu
h a s t a q u e le l l e g ó el d i n e r o . . .
nombre...!
¿Recuerdas,
echarle
casa
patadas
de en
la
como
papá? a
calle...,
un
Romperle
perro,
un
brazo...,
sangrando..., porque
por esa
puerta,
c o g i ó u n taxi y s e alejó
Yo sí la b u s q u é . . . Y a l o s
d o s d í a s recibí u n a c a r t a d e ella. (Se muerde el labio, se
darle
seca las lágrimas.) « Q u e r i d a hija, v o y a estar u n t i e m p o
estaba
fuera d e c a s a , pero v o y a pensar m u c h o e n v o s o t r o s . O s
e n a m o r a d a d e otra p e r s o n a y s e e s c r i b í a n e n s e c r e t o c a r t a s
v o y a llevar d e n t r o d e m i c o r a z ó n , p e r o e s mejor q u e n o
de amor...
m e v o l v á i s a ver p o r e l m o m e n t o h a s t a q u e . . . , b u e n o n o s é
BERTO - E s t a b a b o r r a c h o . . .
simplemente
Salió
b i e n h a s t a c u á n d o . . . T e n g o q u e irme p o r q u e e s m e j o r q u e m e v a y a . P e n s a d e n mí. Quizá n o comprendéis bien esto
ALFONSO
38
VALLEJO
ORQUÍDEAS Y PANTERAS
q u e e s t o y d i c i e n d o . . . p e r o e s mejor s e p a r a r n o s h a s t a q u e pueda
juntar
algún
dinero...
Yo...
no
sé
bien
39
(Silencio.)
cómo
explicarme, a u n q u e s í s é q u e o s a m o m á s q u e a t o d a s las
Yo s o p o r t é aquella a g o n í a minuto a minuto.
cosas
m i n u t o iba
de
este
mundo
y
que
os
llevaré
siempre
en
el
corazón».
r e c o r d a n d o u n a y otra
Recordaba tus ojos, tu
Y minuto a
vez aquella e s c e n a . . .
c a r a , t u s g o l p e s . . . T e veía p o r
d e n t r o , ¿ s a b e s , p a p á ? D e s d e t a n lejos, a ! o t r o l a d o del (Momentos labio
hasta
de
tensión.
JULIA
se
muerde el
A t l á n t i c o y te v e í a . . . dentro...
hacerse sangre.)
Veía
tu
allí m i s m o , negro
en
interior,
la
cama,
tus
negras
pero por manos
a p l a s t á n d o n o s a pesar de estar tan lejos..., t a p á n d o n o s las Cerdo...
Cerdo...,
te
odio
como
nunca
creí q u e f u e r a
palabras, asfixiándonos...
c a p a r de o d i a r a n a d i e . TINA.- ¡ B a s t a y a d e u n a v e z , J u l i a !
(JULIA se va acercando a él.)
BERTO.— T e h e m a n d a n d o llamar, hija, p o r q u e . . . JULIA.— ¿ N o q u i e r e s q u e s i g a ? ¿ N o q u i e r e s s a b e r l o q u e h i c e
BERTO.- J u l i a . . .
c u a n d o m e fui d e c a s a ? ¿ N o q u i e r e s s a b e r l o q u e l e p a s ó a ella?
(Alarga
TINA.— J u l i a , t e l o r u e g o . . . V a m o s a e s p e r a r h a s t a m a ñ a n a
los
brazos
para
cogerla
por
los
hombros. Esta le escupe a la cara.)
para hablar c o n u n p o c o m á s d e s e r e n i d a d . . . JULIA.- Lo v a s a escuchar, papá. S i , he estado quince a ñ o s esperando este m o m e n t o y lo v a s a e s c u c h a r . . . Yo b u s q u é a m a m á . . . y c u a n d o curó n o s f u i m o s de este a s q u e r o s o
TINA.- (Lívida.) ¡ N o v u e l v a s a h a c e r e s o a p a p á o j u r o q u e te v a s a arrepentír! JULIA.— A p á r t a t e . . .
p a í s . M u y lejos. C o m p a r t í c o n ella e l h a m b r e , l a m i s e r i a , l a soledad... deprivación mujer
Compartí más
espléndida,
la
radical
necesidad de
todo...
exuberante,
absoluta
cariñosa
r e c u e r d a s ? P r i m e r o dejó d e h a b l a r .
de dinero, la
¿Recuerdas y
tierna?
¿La
P a s a b a largas h o r a s
f r e g a n d o e n u n a s o f i c i n a s . U n día s e m e t i ó e n l a c a m a y e m p e z ó a mirar a l t e c h o , c o n l a m i r a d a fija e n u n p u n t o . Dejó de comer. E m p e z ó a orinarse en la c a m a . Enloqueció. U n día t u v o fiebre. A l o s d o s d í a s m u r i ó .
(BERTO se limpia la cara con parsimonia.)
aquella TINA.- E r e s u n s e r a m a r g a d o y e n f e r m o . . . ¡ P e n s é q u e i b a s a cambiar después de...! BERTO.— (Cortándola.) T e h e m a n d a d o , llamar, hija p o r q u e v o y a morir.
E s t o y g r a v e m e n t e e n f e r m o y he d e c i d i d o repartir
t o d o l o q u e t e n g o d e f o r m a equitativa e n t r e m i s d o s hijas. Y quiero hacerlo en vida. Ya están las escrituras h e c h a s . H a c i e n d a n o s e v a a llevar n i u n c é n t i m o m í o p o r q u e v o y a
ALFONSO
40
VALLEJO
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
41
irme d e a q u í c o m o v i n e . (Pausa.) A ti, T i n a , te dejo la c a s a
el pañuelo manchado de sangre sin que las hijas
y t o d o l o q u e h a y d e n t r o d e ella. T a m b i é n e l j a r d í n . S é q u e
lo
vean.)
c u i d a r á s t o d o c o m o h a s i d o c u i d a d o p o r los q u e n o s l o e n t r e g a r o n . A ti, J u l i a , te dejo el « C a m p o de la J a u l a » , l o s
Y o s é , Julia
que he cometido m u c h o s errores...
c u l t i v o s q u e h a y h a s t a llegar a l a p l a y a . . . , l a tierra. T o d o e s
hablar,
Te
tuyo.
instante...
El
(Pausa.)
valor
de
ambas
cosas
es
a p r o x i m a d a m e n t e el m i s m o . P a s a d p o r el n o t a r i o y f i r m a d . (Saca
dos
talones
de la
Esta
cartera.)
es
la
mitad
del
hija.
continua
Sé
lo
que
movida
pido mi
por
por
vida
la
favor...
ha
sido
soberbia...
una
Sé
Déjame
Escúchame
un
contradicción
que
he sido
un
h o m b r e difícil, lleno d e a r i s t a s , f r u s t a c i o n e s y a m a r g u r a s . . .
d i n e r o q u e h e a h o r r a d o e n m i v i d a . Y e s t a e s l a otra. (Se
Sé q u e no he sabido demostrar mi cariño a la gente q u e
los entrega.) S ó l o o s q u i e r o pedir u n a c o s a , la m i s m a q u e
amaba,
m e p i d i ó m i p a d r e a m í : r e s p e t a d e s t a tierra, e s t a c a s a y
imperdonable...
e s t o s m u e b l e s c o m o l o s h e m o s r e s p e t a d o n o s o t r o s y los
demostrarlo...
que n o s han precedido. No cambiéis nada de c o m o está.
h o m b r e s q u e a m a n de v e r d a d . En silencio. Por dentro. En
que
me he
Q u i e r o q u e m i s nietos miren por esta v e n t a n a y v e a n el
profundidad...
m i s m o trozo de mar q u e yo he visto y que ha visto mi
yo:..
p a d r e y mi a b u e l o . Q u i e r o q u e e s a silla p e r m a n e z c a ahí y
dentro...
he
parecía
una
concesión,
Pero...yo... amado,
D e b e s saber,
dejado No han
de
vivir...
aunque he
amado
no
una
blandura
haya
como
sabido
aman
los
hija,
q u e d e s d e aquel día...
Me
he
quedado
seco
por
sido quince a ñ o s de vida, sino quince
q u e mis descendientes miren por d o n d e yo he mirado y la
a ñ o s de muerte, de a s c o , de remordimientos y recuerdos.
vista n o s u n a a t r a v é s del t i e m p o . (Pausa.) R e s p e t a d s u
(Pausa.) C o n
integridad.
P e r d ó n a m e , hija.
S o i s depositarios d e u n patrimonio c o m ú n q u e
esto quiero decir...
quiero decir...
perdón.
n o s pertenece a t o d o s : a los q u e fueron, a los q u e s o m o s y
a
(Está
nuestra s a n g r e , porque esto es m á s que un simple caserón
a
los
pañuelo
a n t i g u o y u n a tierra d e cultivo frente a i m a r . . . A q u í h e m o s
sangre.
amado
que
y
hemos
n u e s t r o s hijos, detrás...
serán.
Cuidadlo,
sufrido
y tienen
Este es el
los
protegedlo.
Leone,
q u e ser
Sed
aquí se
hechos
fieles
han
por
por
boca,
la
la
ventana. lo
Leone han
s a l t a d o a la v i d a y es t a m b i é n t a m b i é n la pista de aterrizaje d o n d e l o s L e o n e h a n v e n i d o a estrellar s u s c e n i z a s c u a n d o a l g o les fallaba e n s u s m o t o r e s . . .
Se
pasa
manchado
el de
Silencio. JULIA traga saliva. Le mira.)
TINA.- J u l i a . . . t e e s t á p i d i e n d o p e r d ó n . JULIA.— N o e s t o y s o r d a , T i n a . TINA.- P a p á t e e s t á p i d i e n d o p e r d ó n , J u l i a . . . ¿ Q u é m á s p u e d e hacer? JULIA.— B i e n . . . s i t e tranquiliza e n a l g o . . . t e p e r d o n o . A u n q u e n o s é bien q u é s i g n i f i c a e s a p a l a b r a .
(Mira por la ventana.
saca
hecho
los q u e v e n g a n
plinton d e s d e d o n d e l o s
mirando
Se limpia la boca, saca
ALFONSO
42
(BERTO se vuelve hacia ella.
VALLEJO
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
la
Se miran.)
cara,
lágrimas. BERTO.— Y a l o a p r e n d e r á s . . .
sinfín
JULIA.- Puede ser...
dándole
TINA.-
Y si..,
normal... No
por
¿y si t o m á s e m o s algo c o m o hace
la
gente...
en estos c a s o s ? U n a copita... o algo así... ¿ e h ? nada...,
sino
para
conteniendo
las
gusanos un
aire
que la patético.
van
descomponiendo,
Está
anocheciendo.
Entra la luz de la luna por la ventana. Se oye el ruido del mar.
Se muerde el labio, la respiración le caen lágrimas por ta nariz.
poco... ¿Verdad? ¿Queréis un poco de música? ¿Verdad
Empieza a llorar.
BERTO ante ella,
q u e sienta b i e n ?
inmóvil,
actividad
siguen
mueve de arriba abajo
frenética.
mirando.
lentamente,
se
BERTO
mientras
alegrarse
saliva,
se hace irregular,
(Pone música,
para
tragar
Su cara empieza a ser recorrida por un
un
una
brindar...,
de
a
43
JULIA se
TINA
y
BERTO
acerca va
a
botella,
unas copas,
sin dejar de observar a los dos.
¡Julia! ¡Julia...!
¡Vamos!
se
JULIA,
sacando
puesto,
con
una
cantando la música que ha BERTO
(JULIA se deja caer sobre un sillón. agarra por el hombro. con su hermana,
abrazándola.
la casa.
Sorpresa de las dos hermanas.
uno.)
entra
Desaparece.
TONY,
[Por
nosotros!
¡Por
todos nosotros! JULIA.— ¡Hijo d e . . . !
(Padre e hija permanecen impasibles, frente,
frente a
como congelados. I
N o o s iréis a p a s a r a s í t o d a l a n o c h e , ¿ v e r d a d ? [ A l e g r í a , hombre! ¡Que esto no ha hecho m á s que empezar...! ¡ V a m o s . . . ! Bebed...¡Arriba!
(JULIA de cara al público empeiza a arrugar
Al poco suena
sorprendido.
TINA.) Por...
Música.
BERTO
LEONE se dirige lentamente hacia el interior de
TINA,
les pone una copa en la mano a cada
TINA la
También empieza a llorar
ha llegado a la altura de JULIA. Se miran. Llega
(Con alegría febril.)
imponente,
lívido.)
TELÓN
un
disparo.
En ese momento
Grito
desgarrado
de
SEGUNDA PARTE
ESCENA I
SERGIO.- B e r t o demostró
L e o n e m u r i ó el un
estallido
día
1
cerebral
de J u n i o . con
La a u t o p s i a
salida
de
masa
encefálica p o r herida d e a r m a d e f u e g o . E n l a notaría d e l a ciudad figuran c o p i a s de las escrituras de la c a s a de ios L e o n e a n o m b r e d e T i n a L e o n e y del « C a m p o d e l a J a u l a » a n o m b r e de Julia
Leone.
El
cuerpo de
Berto
L e o n e fue
incinerado d o s días m á s tarde, el 3 de J u n i o , a las o c h o de la m a ñ a n a y d o s horas d e s p u é s s u s cenizas entregadas a s u s familiares.
(SERGIO, sus
que ha puesto un extraño brío en
palabras,
se
retira
hacía
un
lateral.
Inmediatamente se abre la puerta y entran JULIA
y
TONY,
de
luto.
TINA
pequeña urna cogida contra sí.
TINA
lleva
una
La deja encima
de la mesa, se sienta, con la mirada perdida en el vacío, ventana
sin soltarla.
JULIA se dirige hacia la.
y mira el mar.
Ambiente tenso.
TONY fuma.
Silencio.
Ruido del mar.)
INTRODUCCIÓN DEL AUTOR
ALFONSO
46
VALLEJO
ORQUÍDEAS
lívido,
TONY.- B u e n o . . . n o v a m o s a q u e d a r n o s a s í t o d a l a m a ñ a n a , ¿verdad?
Hará
falta...
(Se le
Y PANTERAS
47
sudoroso.)
ve que no sabe qué decir.) ¿ T o d a v í a sigue e s o a s í ? ¡Tina!
hacer a l g o . . .
(El b a ñ o e s t á h e c h o u n a
p o r q u e r í a , c o n l a s p a r e d e s llenas d e s a n g r e y h a s t a t r o z o s de
(Silencio.)
cerebro
que...
detrás
de
la
taza!
Ayer...
bueno
ayer
pensé
P e r o h a r á falta limpiar e s o , ¿ n o ? T i n a , te e s t o y
hablando...
¿ Q u e r é i s café? ¿ E h ? ¿ Q u é o s parece s i t o m á s e m o s café?
TINA.- Y y o t e e s t o y o y e n d o , T o n y . P e r o n o e s a m í a q u i e n (Silencio.
Las
dos
hermanas
permanecen
tienes que decírselo.
inmóviles.) (Silencio. Vaya...
Yo...
(Pasea por el cuarto.) c o m p r e n d o q u e
sido una situación
horrible...
que...
TONY mira a JULIA,
extrañado.)
ha
b u e n o yo también
lo
he p a s a d o mal... En estos últimos tiempos le cogí cariño. M e dio l a i m p r e s i ó n d e q u e m u c h o d e s u s e r i e d a d . . . n o era
J U L I A . - ¿ A q u i é n tiene q u e d e c í r s e l o ? TINA.- ¿ N o c r e e s q u e sería u n g r a n h o n o r p a r a t i r e c o g e r l a sangre de tu padre, Julia? JULIA.— ¿ D e q u é e s t á s h a b l a n d o ?
m á s que una forma de esconder s u s sentimientos...
TINA.~ C o g e u n a b a y e t a , u n a e s c o b a y u n c o g e d o r y limpia e l (JULIA le mira,
cuarto de b a ñ o .
despacio.)
J U L I A . - ¿ Y o ? ¿ Q u e limpie t u c u a r t o d e b a ñ o ? Cuando
miraba al
h u m o del
h o r n o crematorio y
pensaba
q u e a h í iba disuelto l o q u e q u e d a b a d e B e r t o L e o n e . . .
No
e s fácil h a c e r s e a l a i d e a . . . T a n v i v o . . . y d e p r o n t o t a n . . .
TINA.-
...Que
favor.
limpies
Seria
un
la s a n g r e ' d e t u gesto
que
yo
te
padre.
(Pausa.) P o r
agradecería.
Es
una
cuestión de... JULIA.— ¿ D e q u é ? TINA.- E S u n r u e g o . D e t u h e r m a n a .
(Silencio.)
si Y
ese
olor...
quemada... a...
¿Lo
habéis
notado?
Olía
a...
hierba
L o cierto e s q u e s e m e h a r e v u e l t o e l
lo
hicieras.
Sería
c o m o una
M e sentiría m u c h o mejor especie de reconciliación.
M e haría olvidar l a e s c e n a del o t r o d í a . TONY.-
Bueno,
no
os
pongáis
a
discutir
E s p e r a r e m o s iré al bar c o m o h i c e a y e r .
estómago. Perdonad un minuto...
ahora,
por favor.
Contrataremos a
a l g u i e n . . . Y si no lo haré y o . E s o e s , ¡ L o haré y o ! Claro (Se signos
dirige de
hacia
el
interior
encontrarse indispuesto.
con
evidentes
Al poco
sale
que sí...
ALFONSO
48
VALLEJO
(Se dirige hacia el interior.) TINA.—
Tony...
(Este
detiene.). Deja
se
lo
haga
ella.
S i é n t a t e ahí t r a n q u i l o . ¿ T e i m p o r t a , J u l i a . . . ? te
reconozco,
equilibrada
y
Tina.
Tú,
dulce...
siempre
¿Me
estás
a s í . . . M e h a s dejado atónita.
serena,
acusando
de
(Sale.)
tan algo,
TINA.- ¿ Y b i e n ? JULIA.— D é j a m e p e n s a r l o . . . ¿ P u e d o ? (Sonrisa acida de JULIA. Pasea
descarga
como eléctrica,
si
le
hubieran
se pone
dado
una
de pie.)
p a d r e a h í , tirado e n e l b a ñ o c o n l a c a b e z a d e s t r o z a d a , c o m o u n g u i ñ a p o , cubierto d e s a n g r e , d e t u s a n g r e , Julia, T u p a d r e a h í , c o n u n ojo
a r r a n c a d o y el c e r e b r o p e g a d o a l a s p a r e d e s , y t ú , a h í , c o n tu dedo acusador levantado! ¿ Q u i é n te crees q u e eres? ¿ Q u é d e r e c h o tenías para a c u s a r a tu padre d e s p u é s de q u i n c e a ñ o s d e lo q u e h i z o o dejara d e h a c e r ? (Cortante.) ¡No
necesitamos tu
amargura
en
esta
casa,
Julia!
|Tu
resentimiento, tus frustaciones y o d i o s n o s s o b r a n ! A q u í q u e r e m o s vivir, ¿ e n t i e n d e s ? ¡ D i s f r u t a r ! ¡ S e r felices! S i e s t á s de
acuerdo
coge
una
bayeta
y
limpia
la
por
el
cuarto
tocando
diferentes
objetos.
Coge
la
pipa de BERTO.) ¿ Y . . . q u é p e n s á i s h a c e r c o n l a s c e n i z a s ? TINA.— ¿ A q u é v i e n e e s o a h o r a ? T e h e h e c h o u n a p r e g u n t a .
TINA.- (En un grito.) ¿ T ú q u é c r e e s , J u l i a ? ¿ E h ? ¡ N u e s t r o
y de la mía ¿ T ú q u é c r e e s ?
49
TONY.- H a r é u n p o c o d e tila. N o s v e n d r á b i e n .
sin pestañear.) N o tan...
h e r m a n i t a ? ¿ T e p a r e c e q u e hice a l g o mal e l o t r o d í a ?
(TINA,
Y PANTERAS
J U L I A . - U n a s o r p r e s a , s í . L a p r i m e r a v e z e n m i vida q u e t e v e o
que
J U L I A . - (Mirando a su hermana fijamente,
ORQUÍDEAS
sangre
JULIA.- Y yo te h a g o otra. TINA.- V a m o s a verterlas allí, d e b a j o d e a q u e l árbol s e c o . JULIA.- C u r i o s o . . . precisamente d o n d e los L e o n e f e c u n d a n a s u s m u j e r e s . . . Q u é e x t r a ñ a t e n a c i d a d . U n viejo c a p i t á n d e u n b u q u e m e r c a n t e , u n e n a m o r a d o del m a r y l e llega e l m o m e n t o d e morir y quiere q u e s u s c e n i z a s d e s c a n s e n e n tierra,
al
lado
de
los
suyos,
que
nutran
las
mismas
plantas... P e r o . . . , Tina, ¿tú c ó m o lo s a b e s ? ¿ T e habló de ello? ¿ D e j ó a l g o escrito? TINA.- F u e s u última v o l u n t a d . JULIA.- ¡ A h , y a . . . ! ¡ Y a . . . ! Entiendo.
de tu (Entra TONY con una bandeja y tazas.)
padre... Si no lo e s t á s . . . abre esa puerta y vete. TONY.- ¿ S e g u í s ? (Silencio.) TONY.- ¿ P o r q u é n o o s tranquilizáis u n p o c o ? N o e s m o m e n t o para hablar d e e s t a s c o s a s . E s t a m o s t o d o s c o n l o s n e r v i o s alterados.
TINA.- ¿ Q u é e s l o q u e e n t i e n d e s ? JULIA.— Q u e n o e n t i e n d o . E n t i e n d o q u e n o e n t i e n d o . ¿ C ó m o s a b e s t ú s u última v o l u n t a d ? TINA.- ¿ Q u i e r e s s a b e r l o ? P u e s b i e n , m e e s c r i b i ó u n a c a r t a . L a echó
al
correo
¿Satisfecha?
el
día
de
su
muerte.
Me
llegó
ayer.
ALFONSO
50
VALLEJO
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
51
TONY.- ¡ B e r t o . . . , B e r t o , hijo! N i ñ o m í o , c o r a z ó n m í o , dile a l g o
TONY.- ¿ U n a c a r t a ? ¿ B e r t o ? JULIA.- ¿ T e importa q u e la l e a ?
a papá...
TINA.- E S u n a carta p e r s o n a l .
J U L I A . - (Cortante, recitando algo de memoria.) « Q u e r i d a T i n a ,
JULIA.— ¡ Q u é falta d e d e l i c a d e z a ! S o y tan hija c o m o t ú . . . Y s i n TINA.- No iba dirigida a m í .
Ni a ti.
querido T o n y : leyendo
e m b a r g o . . . ¿ T e importa q u e la lea? Sino a
B e r t o su f u t u r o
esta
os hablo desde carta,
yo
ya
m u y lejos.
estaré
C u a n d o estéis
convertido
en
aire
y
energía, v o l a n d o hacía algún lugar d e s c o n o c i d o . De mí, de
nieto. M i hijo. A n t e s d e morir p a p á s u p o , p o r q u e y o s e l o
todo
dije... q u e e s t a b a e m b a r a z a d a .
u n a s p o c a s cenizas metidas en una urna. Esto es lo que
lo que
Berto
Leone ha sido,
no quedará
m á s que
B e r t o L e o n e le deja a la tierra. El r e s t o n a v e g a c o n o t r o (A fe
TONY se le cae el vaso con tila.
hubieran
dado
un
mazazo.
Se
Como si
vuelve
r u m b o , hacia otros e s p a c i o s y estrellas».
hacía
TINA.)
(Ojos
desorbitados
hacia su hermana.
de
TINA,
volviéndose
Va cerrando el puño.)
TONY.- E m b a . . . ¿ q u é ? TINA.- E s t o y e m b a r a z a d a , T o n y . V a m o s a tener u n hijo. S e r á
(Esfuerzos de
TONY por no
el labio inferior, sí,
llorar,
TINA.- ¿ H a s i d o c a p a z d e l e e r l a ? ¡ D e s a c a r l a d e m i b o l s o y leerla! ¿ H a s i d o c a p a z . . . ?
v a r ó n , y si no p a r e c e m a l , le l l a m a r e m o s B e r t o .
(intenta separarse
se muerde
de su marido para dirigirse
hacia JULIA. TONY la sujeta.)
coge a TINA, la aprieta contra
emocionado.) TONY.JULIA.— (Se abrazan.
una
extraña
JULIA
expresión
dolor y amargura.
contempla la escena con en
la
¡Quieta!
¡Tina...!
(Mira
a
JULIA.
Con
tono
duro.)
Sigue.
TONY.- T i n a . . . , m i p e q u e ñ a T i n a , a m o r m í o . . .
cara,
mezcla
de
(Recitando
la
carta
de
s e n t a n d o frente a la v e n t a n a
memoria.)
«Me
del s a l ó n ,
m i r a n d o el m a r .
encuentro
P i e n s o en v o s o t r o s . P i e n s o en mi nieto. En otros t i e m p o s , c u a n d o é r a m o s f e l i c e s . V e o a t u m a d r e s e n t a d a frente a
Bebe una taza de tila.)
mí, T i n a . V e o s u s o j o s . . . Y recuerdo t o d o lo q u e la hice TINA.-
sufrir...
Tony...
mí. (TONY se
pone
vientre de TINA. I
de
rodillas,
pega
el oído
al
Y
punto,
R e c u e r d o a q u e l m a l d i t o día y s i e n t o v e r g ü e n z a d e sé
que si
ella
me está e s c u c h a n d o d e s d e a l g ú n
a h o r a q u e ha llegado el m o m e n t o de morir, s a b r á
hacerme a l g u n a s e ñ a para q u e v a y a a su lado. Ha llegado
ALFONSO
52
VALLEJO ORQUÍDEAS
el m o m e n t o de despedirse. viaje s i n n o r t e , s i n r u m b o ,
Y PANTERAS
sin pájaros ni olas.
No tengo
cederme el « C a m p o de la Jaula». Entonces.,, me puse en
miedo. La suerte está e c h a d a . Quiero ser incinerado y q u e
contacto con gente...
m i s c e n i z a s s e viertan d e b a j o del árbol s e c o .
recursos...
El a ñ o que
v i e n e q u i e r o v o l v e r a l a vida c o n las l e c h u g a s q u e c r e c e n ahí... T ú , T i n a , cuida a tu marido. Es un gran h o m b r e . Y tú T o n y ,
c u i d a a t u mujer.
T e llevas l o mejor d e n u e s t r a
s a n g r e . Y los d o s cuidad al p e q u e ñ o Berto. H a c e d de él un h o m b r e s a n o , fuerte y b u e n o . O s a m a y o s a m a r á c o n l a pasión
y
la
ternura
de
53
V o y a emprender un extraño
q u e es
capaz...
Firmado:
Berto
Leone.»
construir
en
el
importante,
ofrecerles campo
gente.,, con ambición y
el
de
estupendo
mi
propiedad
negocio un
de
estupendo
c a s i n o d e j u e g o frente a l m a r . TINA.-
|No...l
TONY.- P e r o . . . JULIA.—
No
hay
«peros».
Mañana
mismo
empezarán
las
o b r a s . . . , a h í , d e l a n t e d e esta v e n t a n a , frente a l a p l a y a . , . Era pena
una
pequeña sorpresa
que
gustado
(Silencio.)
para
nos
verle
haya
que
dejado
sentado,
l e tenía
tan
de
observando
preparada.
repente. cómo
Me
Qué
hubiese
desaparece
la
e s t u p e n d a vista a l m a r , c ó m o e s a a s q u e r o s a tierra llena d e Interesante, ¿ v e r d a d ?
Q u é pena que se
r e s t o s d e l e o n e s c a d u c o s , v a s i e n d o l e v a n t a d a , a l aire, para
C u a n t o m e h u b i e s e g u s t a d o verle
ser d e s p u é s aplastada por g r a n d e s b l o q u e s d e h o r m i g ó n ,
Un
h a y a ido tan pronto...
hombre,
sí.
s e n t a d o a h í , a h o r a , frente a mí y decirle: p a p á , lo s i e n t o ,
e n t e r r a n d o p a r a s i e m p r e el p a s a d o . . . , t o d o el
e n las tierras q u e m e p e r t e n e c e n , q u e t ú m i s m o m e a c a b a s
d e s e s p e r a c i ó n d e u n fin d e r a z a .
d o l o r y la
t a n g e n e r o s a m e n t e d e regalar, n o s e vierten m á s q u e las basuras que yo quiero.
Gracias por tu delicado g e s t o al
e s c r i b i r m e u n a carta t a n a f e c t u o s a , p a p á . P e r o t u s c e n i z a s n o s e v a n a verter d e b a j o del á r b o l s e c o .
(TINA recibido Sólo
ha
quedado
un mazazo.
se
nota
que
inmóvil,
como si hubiese
Se sirve una taza de tila. le
tiembla
ligeramente
TINA.— ¿ C ó m o d i c e s . . . ?
pulso.
TONY.- T r a n q u i l í z a t e , T i n a . Déjale a c a b a r . S i é n t a t e . . .
mientras TONY habla, y va hacia la ventana.)
Intensa
palidez.
Se
levanta
el
despacio,
JULIA.— A decir v e r d a d y o n o c r e o e n l a s ú l t i m a s v o l u n t a d e s . No...
OS v o y a
decir m á s ,
querida
parejita...
Yo estaba
TONY.- P e r o . . . J u l i a , n o p u e d e s c o n s t r u i r . . .
lejos, s í . P e r o n o t a n lejos c o m o p a r e c í a . . . (Mira a TONY,
JULIA.— ¿ N o ? [ V a y a . . . ! ¿ Q u i é n l o d i c e , p a p á ?
sonríe misteriosamente.) L o s d í a s 1 3 , 1 4 y 1 5 d e abril e s t u v e
TONY.- N O t e dejarán c o n s t r u i r . L a ley del s u e l o i n d i c a q u e n o
m u y cerca de aquí, a p o c o s kilómetros de esta c a s a , en un
s e p u e d e n construir edificios d e m á s d e d o s plantas hasta
hotel.
Porque...
redacción
de
c u a n d o p a p á f u e a l n o t a r i o p a r a iniciar l a
las
escrituras,
yo
recibí
una
información
confidencial q u e me a n u n c i a b a el d e s e o de mi padre de
q u i n i e n t o s m e t r o s del
mar...
JULIA.— ( N o m e d i g a s ! ¿ E n q u é t r a b a j a s . T o n y ? ¿ E r e s arquitect o ? ¿ U r b a n i s t a ? ¿ Q u é s a b e s t ú d e l a ley del s u e l o ?
ALFONSO
54
VALLEJO
a l g o e s t u p e n d o q u e y o d e b í a imitar..., a l g o m i s t e r i o s o p e r o
T O N Y . - N o t e dejarán construir. JULIA.— ¡ N o s e a s estúpido! ¡ T e n e m o s t o d o s !os p e r m i s o s e n muy
55
T I N A . - (Sin dejarle hablar,} A t r a í a s , s í . E r a s . . . . g r a n d e . C o m o
JULIA.— ¡ A h , s í ! (Cierto! R e v o c a n d o f a c h a d a s . . . C l a r o . , .
Comprendo
Y PANTERAS
JULIA.- ¿ M e v a s a p e g a r , hermanita? V e o e n t u s o j o s . . .
TONY. — A h ó r r a t e c o m e n t a r i o s b a r a t o s , J u l i a . , .
regla!
ORQUÍDEAS
bien
perfectamente q u e e s t a , c a s a va
lo
que
sentís...
Sé
a quedar c o m o lapidada,
e s t u p e n d o , s í , a l g o q u e y o d e b í a imitar... JULIA.— ¿ Y a h o r a . . . ? TINA.— E s t á s .tan c a m b i a d a , J u l i a . . .
a p l a s t a d a . . . L o s é . P e r o . . . e s a s í . T i e n e q u e ser a s í . Y o n o creo
en
los
recuerdos
ni
en
las
últimas
voluntades.
T a m p o c o c r e o e n la lealtad. (Mira fijamente a TONY.) L a
el
dedo
índice
tristeza y pena,
{Le
pasa
pero
todavía
por
la
cara,
con
con admiración.)
vida m e h a d e m o s t r a d o q u e n o e s m á s que u n a ficción... T O N Y . - E s t á b i e n . V a m o s a dejar esta s i t u a c i ó n tal y c o m o
¿ M e explico?
está. M a ñ a n a . . . (Silencio.
TINA
se
va acercando lentamente a (TINA
JULIA. JULIA le va hablando a la cara.) ¡ N o limpiaré la s a n g r e d e m i p a d r e ) ¡ C l a r o q u e n o ! (Sonrisa a
TINA
que
repugnante?
avanza
Cada
hacia
uno
t a m b i é n era r e p u g n a n t e .
es
ella.)
como
le
¿Verdad han
que
hecho,
Y fue él quien me hizo.
ha seguido
hermana,
que
serenidad
de
acariciando la
empieza
a
cara
de su
descomponerse ante la
TINA.)
soy sí,
El
Mucha
gente p e n s a b a que n o s parecíamos m u c h o mi padre y y o .
Julia.— En cambio ahora... T I N A . - ...Pareces una máscara, Julia... J U L I A . - LO siento... T I N A . - NO te r e c o n o z c o .
Si s o y así casi no tengo la culpa, ¿ v e r d a d Tina? TINA.— H a s c a m b i a d o m u c h o , J u l i a . D e s p u é s d e q u i n c e a ñ o s
(Quedan
sin verte, casi no te r e c o n o z c o .
las
dos
hermanas
frente
J U L I A . - ES el o d i o , T i n a , el c a n s a n c i o , la a m a r g u r a . , .
Existe un instante de ternura entre las
TINA.— Y o era n i ñ a y t ú u n a
físico,
jovencita...
Te recuerdo c o m o sí
de
contacto.)
e s t u v i e r a s a h í . T e n í a s g e n i o , s í . U n a p e r s o n a difícil, p e r o . . . J U L I A . - L o siento...
con alma, con esperanza...
(TINA
se ha parado
delante
de JULIA;
ésta,
(Silencio.)
sentada.) TINA.- ¿ R e c o g e s la sangre de papá?
a
frente.
dos,
casi
ALFONSO
56
VALLEJO
ORQUÍDEAS
JULIA.- N o .
Y PANTERAS
57
vientre.) TONY.- T i n a . . .
(TINA le tira la taza de tila a la cara.)
TINA.- (Con un hilo de voz.) ¿ Q u é . . . ? (Se deja caer en una TINA.- Sal de e s t a c a s a .
silla.)
TONY.- ¡ T i n a ! ¡ Y a e s t á b i e n ! JULIA.—
(Limpiándose,
TONY.— No llores.
conteniéndose.) R e c ó g e l a
tú,
pequeña. (TINA
T ú y t u m a r i d o . . . q u e te q u i e r e t a n t o . (Sigue limpiándose.) Y si queréis... por qué n o . . .
verted las cenizas.
apoya
su
cabeza
en
el
vientre
de
TONY, empieza a llorar.)
Hacedlo.
Va a s e r i g u a l . M a ñ a n a las e x c a v a d o r a s v a n a lanzar al aire Tina... Tina...
el p a s a d o de los L e o n e . TINA. — S a l d e esta c a s a . (Coge la urna, la aprieta contra si.) El quedará
aquí
con
nosotros.
Habrá
mejor
ocasión
para
(Ruido del mar.
cumplir su v o l u n t a d .
los
JULIA.- Lo v e r e m o s .
árboles,
Ruido
del viento.
moviéndose.
penetrando por la
Ruido de
Ruido
ventana,
del
sol
llenado el cuarto.)
TINA.- C l a r o q u e l o v a m o s a ver.
(TINA se dirige hacía la puerta.
De pronto se E S C E N A II
vuelve.) JULIA.— S i n o t e i m p o r t a . . . mi cuarto.
q u i s i e r a m a n d a r por las c o s a s d e
M e h a c e i l u s i ó n c o n s e r v a r las c o s a s d e c u a n d o
ido
haciendo
la
era n i ñ a .
completa.
Se
empieza
a
TINA— E s t á b i e n .
máquinas,
creciente.
JULIA.-
Cuídate,
hermano.
Cuídala,
Tony.
Es
su
(Se
ha
oscuridad, oír
Polvo.
el
pero ruido
no de
Luz creciente sobre
la casa de los Leone, pero ya sin luz entrando
última
por
voluntad...
la
ventana
que
da
a
la
playa.
Por
el
contrario se proyecta en el interior la sombra de
TONY.— Lo h a r é .
un extraño edificio en construcción que lanza un
JULIA.- A d i ó s . (Sale.
TONY se
acerca
Esta no deja las cenizas.
a
TINA,
patético
y gris contorno sobre el pavimento.)
día
de
la abraza.
Las aprieta contra el
SERGIO.-
El
13
Junio
a
las
ocho
de
la
mañana
ALFONSO
58
VALLEJO
empezaron las obras de construcción de un enorme casino de juego en el d e n o m i n a d o « C a m p o de la J a u l a » .
La
c o n s t r u c c i ó n s e inició a u n r i t m o v e r t i g i n o s o y e n m e n o s d e d o s s e m a n a s y a s e h a b í a c o n t r u í d o u n a p l a n t a . E l día 5 d e J u l i o s e inició l a s e g u n d a p l a n t a . c u a n d o se Tina
Leone,
iniciaba
E l día 1 7 d e J u l i o ,
la c o n s t r u c c i ó n de
representada
l a tercera p l a n t a ,
por Claudio V i c e n z o presentó
u n a d e m a n d a a n t e e l J u z g a d o , d e c l a r a n d o l a torre ilegal,
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
JULIA.— Te llamé v a r i a s v e c e s e s t o s d í a s al trabajo a la h o r a del d e s c a n s o . No te pusiste. TONY.- N o . JULIA.-» M e p u s i e r o n v a r i o s p r e t e x t o s . Q u e n o e s t a b a s . . . q u e . . . TONY.- N O m e q u e r í a p o n e r . JULIA.— ¿ Y e s o ? TONY.- M i r a , J u l i a . T i n a e s t á a l llegar. E s t o y s e g u r o d e q u e n o le g u s t a r á verte a q u í .
« p o r n o c u m p l i r l o e s t i p u l a d o e n l a L e y del S u e l o . » s e g ú n
JULIA.- ¿ M e e c h a s ?
figuraba en el texto de la m i s m a .
TONY.— N o , claro q u e n o . E s q u e . . .
La casa de los Leone
59
había q u e d a d o c o m o sepultada por u n a e n o r m e m a s a d e
JULIA.— (Sin mirarle.) ¿ T r a b a j a h a s t a t a n t a r d e ?
h o r m i g ó n q u e s e i n t e r p o n í a e n t r e ella y e l m a r . P o c o s d í a s
TONY, — P a r e c e q u e h o y s e retrasa a l g o . . .
después...
JULIA.—
La
próxima
vez
que
te
llame,
quiero
que
te
pongas. (Se
oye
después Leone.
el
suena Abre
frenazo el
TONY.
timbre
de
un en
la
coche. casa
Poco de
los
(Silencio.)
Aparece JULIA.) A c e p t o mal la indiferencia. Y p e o r la h u m i l l a c i ó n .
JULIA.- ¿ P u e d o p a s a r ?
TONY.— ¿ A q u é h a s v e n i d o ?
TONY, — C l a r o q u e s í . P a s a .
J U L I A . - T e n í a g a n a s d e v e r t e . T e n í a g a n a s d e hablar c o n t i g o . A solas.
(JULIA entra.
Bellísima pero sin afectación.) (Se vuelve hacía él.)
JULIA.- ¿ Y Tina? TONY. — No ha l l e g a d o a ú n .
L l e v o d í a s s i n dejar d e p e n s a r e n ti. S u e ñ o c o n t i g o , t e v e o
JULIA.— (Entrando.) V e n í a a r e c o g e r m i s c o s a s .
en
TONY.- E s t á b i e n . P a s a .
a n t e s . V o y p o r l a calle y t e v e o a m i l a d o . M e s i e n t o e n u n
la
pared
del
bar y n o t o tu (JULIA
entra,
se acerca a la
hacia el edificio en
construcción.)
ventana,
mira
h u e l o a ti.
cuarto,
presencia
te siento encima enfrente,
No sé qué me p a s a .
de
mí,
c o m o antes.
como
Huelo y
D e b e ser este aire, e l
c o n t a c t o c o n e s t a tierra, e s t e olor a s a l . . . TONY.- T i n a e s t á a l llegar. V e t e , p o r f a v o r . T e l o r u e g o .
ORQUÍDEAS ALFONSO
60
Y
PANTERAS
61
VALLEJO última v e z q u e n o s v i m o s h a c e bien p o c o . . . t u s o j o s . . .
J U L I A . — N o t e n í a s tanta prisa l a última v e z q u e n o s v i m o s e n e l m e s d e abril. ¡ T r e s d í a s ! T o d o l o
contrario.
¿Recuerdas?
¿ R e c u e r d a s a q u e l hotel c e r c a d e l o s a c a n t i l a d o s . T o n y ? A p o c o s k i l ó m e t r o s d e a q u í . . . ¿ Q u é le dijiste a T i n a ? ¿ U n viaje d e n e g o c i o s ? ¿ N o s e e x t r a ñ ó d e q u e e s t u v i e r a s tres d í a s fuera d e c a s a ? ¿ O ! e dijiste q u i z á q u e e s t a b a s p a s a n d o unos
días
con
juventud...,
la
su
hermana
«persona
Julia,
tu
más
has
que
antiguo
amor
querido
en
JULIA.— ¿ Q u é les p a s a a m i s o j o s ? TONY. - E s t á s e n f e r m a . . . JULIA.-
¡No
necesito
compasión
ni
tu
compasión
Tony
¡No
Dillon!
¡Ni
tu
necesito tus juicios de
valor! ¡ O c ú p a t e d e t i y d e l o s t u y o s ! TONY.-
Fui
un
imbécil.
de
teléfono
hubiera
este
«Estoy
viva»...
m u n d o » c o m o m e dijiste e n u n a c a r t a ?
tu
compañía!
¡Desapareciste
Lo
reconozco.
bastado.
Unas
Algo...
de
la
Esperé
noche
a
Una
líneas, la
llamada
un
meses... mañana!
por
telegrama... ¡Años!
¡Como
un
TONY.- Q u i e r o a T i n a , . .
f a n t a s m a ! S i n dejar e l m e n o r r a s t r o . . . ¡ Y y o e n f e r m é ! ¡ D e
JULIA.- ¿ S í . . . ?
tí! ¡ E m p e z a s t e a d a r v u e l t a s a q u í d e n t r o , c o m o u n a a v i s p a ,
TONY,— . . . Q u i e r o . . . q u i e r o crear u n a familia, q u e mi hijo n a z c a
s a l t a n d o , h a c i e n d o d a ñ o ! ¡ Y o m e r e c í a o t r o trato! U n a línea s i q u i e r a . . . T o n y , m e e n c u e n t r o b i e n . . . ¡ H e tenido q u e irme
en un ambiente s a n o , q u e . . . JULIA.— ¿ Q u é p e n s a r í a T i n a s i s e e n t e r a s e q u e s u m a r i d o , s u f l a m e n t e e s p o s o era e l a m a n t e d e s u h e r m a n a J u l i a ? ¿ Q u é
de casa!
Estoy con
p e n s a r í a s i s e e n t e r a s e d e q u e c u a n d o ella n o era m á s q u e
JULIA.- T e e q u i v o c a s . . .
una adolescente, su hermana ya estaba embarazada y tuvo
TONY.-
q u e abortar?
mi
madre...
¡Algo!
Pero fue:
nada
¡ N a d a ! ¡ E s o era e l a m o r q u e s e n t í a s p o r m í , J u l i a !
Estuve
Empecé a
en
el
infierno,
Julia...
¡Sí!
D e b e s saberlo...
b e b e r , m e e c h a r o n del t r a b a j o . . . Y o s í t e v e í a
TONY.- YO no q u e r í a .
p o r t o d a s p a r t e s . . . Y o , s í . . . Iba p o r l a calle y t e v e í a a m i
JULIA.— P e r o y o , s í .
lado...
TONY.- ¡Fui u n i m b é c i l ! T e a m a b a . . . Y o quería e s e hijo.
e n f r e n t e . . . y te ofrecía mi v a s o y b e b í a m o s j u n t o s . . .
Yo,
sí...
Y
me
sentaba
en
un
bar
y
te
veía
. J U L I A . - Y me s i g u e s a m a n d o . TONY.-
. . . ¿ S E ? ¡Sonríe.} E s t a b a c i e g o . . .
Estoy ciego.
Todavía
(Cara de profundo dolor de
TONY.}
no c o n s i g o darme cuenta de la persona que eres. Lo v e o c o n los o j o s p e r o h a y a l g o e n m í q u e m e i m p i d e verlo a l
Y c u a n d o d o r m í a e n l a p l a y a p o r l a n o c h e hacía u n h u e c o
m i s m o t i e m p o . . . c o m o s i m e n e g a r a a admitir t u e g o í s m o ,
a! lado para q u e te e c h a r a s tú... y te a b r a z a b a . . . A b r a z a b a
tu crueldad...
la a r e n a y te a b r a z a b a a tí...
JULIA.- No me desprecies tanto... TONY.-
Antes
siquiera
¡Magnetismo!
Eras
había una
vida
persona
en
tus
tortuosa
ojos...
¡Fuerza!
y atormentada,
pero c o n ilusión, ¡con alma! En c a m b i o a h o r a . . . , incluso la
(JULIA en
se ha ido acercando, le pone la mano
el hombro.}
ALFONSO
62
VALLEJO
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
63
JULIA.- T o n y . . .
hotel p e n s é q u e era a mí a q u i e n q u e r í a s v e r . . . P e r o no era
TONY.— ¿ S a b e s c ó m o c o n o c í a T i n a ? E s t a b a e n u n a p a r a d a d e
a mí a q u i e n q u e r í a s ver, s i n o al n o t a r i o . . . V i n i s t e p o r e s e
a u t o b ú s . Y d e p r o n t o olí a ti. M e v o l v í . A h í e s t a b a T i n a . . . A i principio n o l a r e c o n o c í . M e l a q u e d é m i r a n d o . E r a n t u s
a s q u e r o s o c a m p o d e a h í e n f r e n t e . . . Y o era e l p o s t r e . J U L I A . - ¡NO! ( T e n í a d e s e o s d e v e r t e ! ¡ T i e n e s q u e c r e e r m e ! H e
o j o s . . . , tu m i r a d a . . . y bajé la vista y vi tu p e c h o . . . y t u s
pensado
c a d e r a s . . . Y c u a n d o e m p e z ó a h a b l a r e s c u c h é tu v o z . . . y
Tony... amor mío...
tanto
en
tí...
Tony...
tienes
que
creerme...
m á s t a r d e , c u a n d o h i c i m o s e l a m o r , s e n t í a e n m i p e c h o los latidos d e t u s a n g r e . . . , d e v u e s t r a s a n g r e . . . JULIA.- Estuve m u c h o tiempo en el fracturada.
(Se
hospital,
c o n la
pierna
va acercando.
D e s p u é s tuve que ocuparme de m a m á . Ganar
labios,
basura ¿ s a b e s ? Ver
a
puñados de carne,
mínimo,
una
metida
esperando
en
que
le
traigas
madre
careciendo
cama,
mirando
algo
que
tú
de
lo
al
misma
más
techo..., no
Se muerden los
las manos recorren los cuerpos,
aprietan
con violencia animal.
de pronto se separa.
TONY
Mira a JULIA.)
sabes
d ó n d e c o n s e g u i r . {Pausa.} H e s u f r i d o m u c h o . T o n y . p o d í a escribirte,
TONY se resiste
evidente pasión y lujuria mutua.
para l a s d o s . E m i g r a r . E s o e s m u y d u r o . T o n y . . . C o m e r tu
Le besa.
ai principio, pero después la abraza a su vez con
No
n o d e b í a escribirte. T e n í a s q u e morir, y o
TONY.- ¡Vete d e a q u í ! ¡ D é j a m e vivir e n p a z ! ¡ N o q u i e r o v o l v e r a verte, Julia!
¡ N o m e l l a m e s m á s a l trabajo!
¡A ninguna
tenía q u e m a t a r t e . D a r t e n o t i c i a s m í a s n o h u b i e r a s i d o m á s
parte!
que aumentar a!
c o m p r e n d a s y o q u i e r o a T i n a . Ella m e h a e n s e ñ a d o a s e r
martirio d e
nuestra separación...
c o m o se aprende a odiar, sufriendo, viendo
el
acostarte
mundo con
el
que
se
primero
te viene que
E s así
careciendo de todo, encima
venga
para
y tienes q u e llevar
algo
a
casa...
Vete
de
aquí...
por
favor...
Aunque
no
lo
y o (Silencio.) ¿ E n t i e n d e s ? E l l a . . . J U L I A . - S i l a q u i e r e s . . . s i d e v e r d a d l a q u i e r e s , h a b l a c o n ella. Que
quite
esa
demanda
judicial.
Hay
muchos
intereses
c r e a d o s , T o n y y h a y g e n t e m u y p e l i g r o s a , q u e n o repara en nada... (Ha
ido
penetrando Sombra
anocheciendo, por
proyectándose
en
Ruido del mar. sus
las
monstruosa
rendijas de
el
luz
la
de
la
la
torre,
luna
ventana. deformada,
TONY.— E r a e s o e n t o n c e s . . . V e n í a s n o p o r q u e l l e v a s e s d í a s s i n dejar d e p e n s a r e n m í c o m o dijiste... J U L I A . - ¡NO s e a s t e r c o , T o n y ! ¡ H e v e n i d o p o r q u e creí q u e era
viento.
mi deber a v i s a r o s ! ¡ N o tenéis n i n g u n a o p c i ó n ! C o n t a m o s
le ha ido rodeando con
c o n l o s m e j o r e s a b o g a d o s . . . Y l a justicia e s c a r a . O s v a i s a
interior.
JULIA
de
Sopla
el
arruinar.
brazos.)
¡Debes convencerla!
¡ D e b é i s retirar e s a e s t ú p i d a
d e m a n d a judicial! ¡ V a i s a ser a p l a s t a d o s ! ¡ S i n c o m p a s i ó n ! TONY.-
Cuando
me escribiste...
cuando
me
citaste
en
aquel
64
ALFONSO
VALLEJO
ORQUÍDEAS
(En ese momento se abre la puerta y aparece
Y PANTERAS
65
(TONY se va acercando a el/a.)
TINA.) Lo siento. TINA.— ¿ S u c e d e a l g o ? M e p a r e c i ó oir v o c e s d e s d e f u e r a . . .
De verdad que lo siento.
N o h a s i d o idea m í a .
N o h e t e n i d o q u e ver n a d a e n e s t o . . .
J U L I A . - E s t á b a m o s h a b l a n d o d e l a d e m a n d a judicial q u e h a b é i s presentado.
(A
TONY se la ido cambiando la cara.
TINA.— A h . . . y a . . .
los
JULIA.— V i n e a r e c o g e r las c o s a s de mi c u a r t o .
despegados,
TONY.- T i n a , ¿ t e p a s a a l g o ? T i e n e s l o s o j o s r o j o s . P a r e c e q u e
nasales y
dientes
apretados,
los
contraídos,
dilatadas
Tiene
ligeramente
las
aperturas
los ojos.
Queda delante de
l a E m p r e s a , T o n y . T o d o p a r e c í a i r tan b i e n . D e c í a n q u e
¡Ten cuidado con lo que haces. Tony!
¡ T e repito q u e n o
estaban
he tenido nada que ver en estol Y o . . .
h a s llorado.
JULIA.)
TINA.- T e n g o q u e darte u n a m a l a n o t i c i a . tan
quedaban hiciesen
contentos
u n o s días un
conmigo...
para
contrato
Me han echado de
Ahora
que terminase
definitivo...
Ahora
que
la
ya
sólo
prueba y
que
nos
me
hacía
(TONY echa
tanta falta p a r a e l n i ñ o . . . ¿ v e r d a d ? S i n t r a b a j o . . . s i n s e g u r o de
matálicos
labios
la
mano
hacía
atrás
y
da
un
fuerte revés que casi hace perder el equilibrio a
enfermedad...
JULIA.
A éste le va mudando también la cara.)
TONY.- ¿ S a b e s t ú a l g o d e e s t o , J u l i a ? JULIA. — ¿ Y O . . . ?
JULIA.— ¡ T e a r r e p e n t i r á s d e e s t o . T o n y ! T e . . .
T I N A . - L a s e c r e t a r í a del jefe m e dijo q u e é s t e h a b í a r e c i b i d o u n a llamada
por teléfono... q u e p o c o d e s p u é s . . .
me hizo
(Esta
llamar al d e s p a c h o . . .
TONY inmóvil,
(TONY la abraza. Mira a JULIA.)
vez a
con
la
JULIA
lívida,
palma
en
la
de cara.
mano golpea JULIA
queda
con los ojos llenos de lágrimas,
pero con una expresión terrible,
TONY.- ¿ S a b e s t ú a l g o d e e s t o , J u l i a ?
la
viperina.!
Cerdo...
JULIA.— M a ñ a n a m i s m o p u e d e s v o l v e r a e m p e z a r s i q u i e r e s , Tina.
Bastará
con
otra
llamada.
Te
harán
definitivo.
un
contrato
(A
JULIA
cambia
su
se
le
caen
dos lágrimas,
pero no
expresión.)
TINA.- P e r o . . . J U L I A , - B a s t a r á c o n q u e q u i t e s l a d e m a n d a judicial.
TINA. . - T o n y , y a e s t á b i e n . . . (Intenta apartar a
TONY.
Este
ALFONSO
66
VALLEJO
cierto!
queda frente a JULIA.) TONY.-
¡Nadie va
a
retirar
la
demanda
judicial!
¿Me
oyes?
D í s e l o b i e n claro a t u s a m i g o s . . . ¡ N a d i e ! (Coge a TINA del hombro)
Seguiremos
ORQUÍDEAS
hasta
el
final.
Y
si
alguien
se
Y PANTERAS
67
E r a s t ú p e r o era y o . . . Era t a m b i é n y o , s a l i e n d o d e
su pasado... TONY.— E r e s u n a v í b o r a . . . E r e s r e p u g n a n t e . JULIA.- ¿ S í . . . ?
interpone en nuestro c a m i n o , q u e se prepare. JULIA..-
Tina,
¿te
ha
contado
algo
de
lo
que
hubo
entre
(TONY se
n o s o t r o s tu q u e r i d o y fiel e s p o s o ?
sienta,
se
tapa
la
cara
con
las
manos.)
TINA.- ¿ L o q u é h u b o entre q u i é n ? JULIA..-
¿ N o te ha contado
Tony que antes,
hace
muchos
a ñ o s , c u a n d o tú todavía no eras m á s q u e u n a niña, él y yo éramos amantes...? ¿ S a b í a s que me quedé embarazada? ¿No
sabías
que
aborté?
El
no
quería
que
lo
hiciera
porque...
No debiste p e g a r m e . T o n y .
L a v i o l e n c i a física m e trae m u y
malos recuerdos. Tenía s q u e haberlo p e n s a d o antes... Te lo a d v e r t í . TINA.- S a l d e e s t a c a s a , J u l i a . J U L I A . - S í retiras l a d e m a n d a judicial t e p r o m e t o q u e m a ñ a n a
TONY. — ¡ Z o r r a . . . !
m i s m o v o l v e r á s a t u trabajo, t e n d r á s u n c o n t r a t o definitivo,
JULIA.- ¿ M e v a s a volver a pegar. T o n y ? ¿ T a m b i é n h a s c o g i d o
tu
las c o s t u m b r e s d e B e r t o L e o n e ?
hijo
tendrá
(Gritando.)
TINA.- ¿ E S . . . e s e s o c i e r t o . . . ?
TINA.- NO. S a l . . .
JULIA.- No responde. Pobrecito... Se ha q u e d a d o sin lengua...
JULIA.— ¡ T i n a !
Fíjate s i e s cierto q u e h a c e p o c o m á s d e d o s m e s e s , ¡os
todos
los
cuidados
médicos...
(Silencio.)
¡ D i u n a cifra!
¡Vuelve a
la r a z ó n !
¡Tienes q u e escucharme!
Yo...
días 1 3 , 14 y 15 de Abril... TONY.- C á l l a t e , J u l i a . . . (Gritando.) ¡Cállate!
(TINA ha ido hacia la puerta, la abre. Mira a
J U L I A . - . . . e s t u v i m o s v i v i e n d o j u n t o s e n u n hotel, a q u í a l l a d o , a
pocos
kilómetros...
pero... fue mentira...
No
sé
qué
te
diría
Estuvo conmigo...
desde
su
hermana.)
luego,
Porque cuando yo
desaparecí d e s p u é s d e l o q u e p a s ó c o n p a p á . . . é l e s t u v o
TINA.- F u e r a . JULIA.- ¡Está bien! ¡Puesto q u e quieres guerra, tendrás guerra!
e n e l infierno, ¿ n o l o s a b í a s ? S í . . . h a c í a u n h u e c o e n l a
¡Y
playa c o m o si fuera yo la q u e estuviese ai lado s u y o y me
peligroso ¡o que estáis h a c i e n d o ! ¡ N o d i g a s q u e no te lo he
abrazaba, sí...
advertido!
(Empieza a reír.) Y lo m e j o r d e t o d o e s
no
digas
que
no
te
lo
he
advertido!
¡Es
muy
c ó m o t e c o n o c i ó a ti, s í . . . V e r á s . . . E l e s t a b a e s p e r a n d o e n el a u t o b ú s . . . y . . . b u e n o . . . olió a mí y e r a s t ú . . . Te m i r ó a
(Las dos hermanas frente a frente, al Jado de
los ojos y vio mis ojos, mi p e c h o , mis caderas... ¿ C r e e s
la
que
serena.)
miento?
[Mírale
a
la
cara
y
comprenderás
que
es
puerta.
TINA
aparentemente
inmutable,
ALFONSO
68
VALLEJO
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
69
TINA.- D é j a m e s o l a , p o r f a v o r . . .
TINA.- (Cortante) F u e r a .
TONY.- ¿ T e p u e d o d a r u n b e s o ? (JULIA
coge
la
tremendo portazo. alejándose.
puerta
y
Al poco,
Silencio entre
sale
dando
motor de un
un
TINA.- C l a r o q u e s í .
coche (TONYbesa a
TONY y TINA.)
TINA en la frente.)
TONY.— P e r d ó n a m e . . . P o r f a v o r . . . p e r d ó n a m e .
TONY.— T i n a . . . TINA.- ¿ S E . . . ?
(Después de -un instante de
TONY.- ES dificil explicarte lo q u e q u i e r o d e c i r . . .
desaparece en el interior.
TINA.- E s t o y s e g u r a d e q u e e s difícil... TONY.—
Fue
como
una
especie
de
enfermedad
de
la
público.
que
casi
todavía n o h e c u r a d o ...
la
tragando
dentro,
lágrimas.
Luz de la luna.
gemido.
Luego,
inmóvil, Yo estoy contigo.
la
coge
por
el
hombro.
TINA,
Y te quiero, Tina.
Mucho
sin ruido.
cara
TONY.- T i n a . . .
acerca
TONY
Empieza a llorar, pero en silencio,
alterársele
TINA.- D é j a m e s o l a , p o r f a v o r . M a ñ a n a h a b l a r e m o s . . .
(Se
vacilación
TINA queda frente al
progresivo.
saliva,
sin
hacia
Sus ojos se van cubriendo de
dos.
Buido
Llanto
del mar.
Un
incontenible
y
Oscuridad.)
de cara al público.) A tu
lado.
E S C E N A III
m á s de lo que tu p u e d e s imaginarte...Yo...creo que eres u n a g r a n mujer y a tu l a d o y o . . . b u e n o . . . y o creo en t i . . . T e admiro. T u . . . tu entereza, tu sencillez, tu... g r a n c o r a z ó n . . . Te
quiero,
Tina...
contradictorio..., TINA.- ¿ P o r q u é
Lo
otro...
algo enfermizo, no
hablamos
lo
otro
es...
fue
algo
(Cuando
extraño...
mañana.
se
sin intervalo,
Tony?
Estoy
muy
inicia la
oscuridad,
prácticamente
SERGIO toma la palabra.
Se nota
en su voz y en la energía que pone en relatar
cansada...
ios
hechos
adentrándose
TONY.— ¿ N o c r e e s l o q u e e s t o y d i c i e n d o ?
que,
de
forma
emocionalmente
progresiva, en
ha
ido
el conflicto.)
TINA.- C o m p r e n d o l o q u e e s t á s d i c i e n d o . TONY.-
Yo
estoy
contigo,
Tina.
Por
entero.
a l g ú n día t e p u e d a d e m o s t r a r q u e e s cierto.
Y
espero
que
SERGIO.— (Con brío.) L a p r e n s a local s e h i z o e n s e g u i d a e c o del c a s o . C u n d i ó l a p r e o c u p a c i ó n a n t e l a p o s i b i l i d a d d e q u e el
(Silencio.)
casino fuese
c o n s i d e r a d o ilegal
y las o b r a s p u d i e s e n
ALFONSO
70
VALLEJO
ORQUÍDEAS
detenerse. M á s d e quinientas p e r s o n a s tenían y a contrato
exigió
con
d e trabajo p a r a e m p e z a r n a d a m á s f u e s e i n a u g u r a d o . . . A s í
seguir
el
Y PANTERAS urgencia
una
71
gran
procedimiento
cantidad
jurídico
ya
de
que
dinero la
para
Audiencia
q u e c u a n d o e l juez falló e l día 1 5 d e S e p t i e m b r e e n c o n t r a
Territorial t a m b i é n l a s h a b í a c o n d e n a d o a l p a g o d e c o s t a s .
de
Tony
Tony
Ambos
Dillon
y
fueron
litigantes
Tina
Leone,
condenados
temerarios
y
la
ai
gente
pago
hubieron
de
respiró
de
las
aliviada.
costas
hipotecar
la
casa
por y
habló
con
distintos
bancos,
con
el
jefe
de
su
E m p r e s a . N a d i e les q u i s o dejar n i u n c é n t i m o . E l m i s m o 1 6 de Diciembre,
c o n e l último d i n e r o q u e l e q u e d a b a T o n y
vender los muebles. Pero a los p o c o s días el a b o g a d o q u e
Dillon c o m p r ó una e s c o p e t a . P o r la n o c h e c a y ó una g r a n
les
tormenta.
representaba,
Territorial.
La
presentó
noticia
recurso
causó
ante
sensación
y
la
Audiencia
pavor
entre
la
g e n t e . El J u e z o r d e n ó q u e se detuviesen las o b r a s hasta la
(Se
c e l e b r a c i ó n del juicio. E n t o n c e s l a i n q u i e t u d d e l a g e n t e s e
escopeta,
c o n v i r t i ó en
demacrado.
f r a n c a h o s t i l i d a d . D e l día a la m a ñ a n a c u a n d o
ve
Tina L e o n e entraba en algún c o m e r c i o , la gente se salía.
y
Por
adquirido
la
noche algunos apedreaban
la c a s a ,
rompían
los
a
TONY
sentado
Ojeroso,
hematomas
en
una
DILLON
frente
a la
con
la
diferentes
cara.
dureza
acariciando ventana.
y
Su
la
Aspecto
costurones
expresión
agresividad
ha
singular.
cristales. P o r e s o , c u a n d o l a A u d i e n c i a Territorial d e c l a r ó l a
Tormenta con gran aparato eléctrico que ilumina
c o n s t r u c c i ó n del b l o q u e legal y c o n d e n ó a T o n y Dillón y
la casa a fogonazos.
Tina Leone al
electricidad.
p a g o de las c o s t a s ,
un grupo de jóvenes
apaleó en la o s c u r i d a d a T o n y Dillon, otro intentó q u e m a r
Aspecto
la c a s a .
los
Les han
debido cortar la
Encima de a mesa arde un candil.
desolado
crista/es
de la
rotos,
casa,
llena
sin muebles,
de polvo.
con
De pronto
fuertes golpes en la puerta.) (Silencio.) J U L I A . - (Desde fuera.) ¡ T o n y ! ¡ A b r e ! ¡ T o n y ! (Golpes.) ¡Sé q u e Pero
el
15
de
Diciembre,
Tony
Dillon
y
Tina
Leone
recurrieron a n t e el T r i b u n a l S u p r e m o . Y el m i s m o día por
la
mañana,
avanzado atropellada
cuando
estado por
Tina,
que se encontraba ya en
de gestación fue a
un
coche
lanzado
m a t r í c u l a , y q u e se d i o a la f u g a .
a
c r u z a r l a calle, gran
velocidad,
tuvo
amenaza
que de
ser
aborto
ingresada y
ese
de
mismo
(TONY sigue inmóvil. Mira hacia la puerta.)
fue sin
[ T o n y , t e n g o q u e hablarte! [ A b r e , por favor!... ¡ T o n y !
Inexplicablemente Tina
r e b o t ó c o n t r a la aleta y s ó l o s u f r i ó a l g u n a s m a g u l l a d u r a s , pero
estás ahí! ¡ A b r e , por favor!
16
urgencia día,
por
Claudio
inminente Vicenzo
(Silencio. TONY se está
Truenos. Al cabo de unos instantes dirige hacía la puerta.
sentada
en
el
quicio,
Abre.
JULIA
acurrucada.
ALFONSO
72
protegiéndose
de la
intensa lluvia,
VALLEJO
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
73
(TONY de pronto la coge del cuello con una
empapada.!
mano,
aprieta
lentamente.)
TONY.— P a s a . TONY.(Se vuelve
vuelve a
como
coger, la
un
autómata hacia la
escopeta,
mira
fuera.
silla,
JULIA
¡Eres
una
víbora,
Julia!
escrúpulos,
sin
alma,
resentimientos!
¡Un
ser
¡Un
ser
movida
sin
por
repugnante,
capaz
moral,
sin
tenebrosos de
unirse
a
p e r s o n a s d e l a m á s baja r a l e a , a s e s i n o s a s u e l d o ! M e d a s
se le acerca.)
asco, JULIA.— T o n y . . . m e h e e n t e r a d o d e l o d e T i n a . . . H e i d o a vería
Julia.
No
comprendo
cómo
he
podido
estar
e n a m o r a d o d e u n p e r s o n a j e t a n ruin c o m o t ú ,
a ! h o s p i t a l . N o l a h e p o d i d o visitar p e r o m e h e e n t e r a d o d e q u e está b i e n . . .
(JULIA se ha ido poniendo azulada.
TONY.- S i a l n i ñ o l e p a s a a l g o . . . t e m a t a r é . S i a m i hijo l e p a s a algo,
os
mataré.
A
ti. y a
tus...
a
tus
amigos.
Díselo
d e m i parte. Y a h o r a , v e t e . V e t e c o n e s a g e n t u z a .
S i a m i hijo l e p a s a a l g o , m e v a s a d a r s u s n o m b r e s .
JULIA.— S o n c a p a c e s d e t o d o . . . L a s c o s a s s e h a n p u e s t o m u y difíciles. Corremos
Hay
en
peligro.
juego
mucho
¡Todos!
Me
dinero. han
Corréis
amenazado...
TONY la
empuja sobre la silla.)
peligro. Si
el
JULIA.- H a n calle.
c o m p r a d o tu
Dentro
de
muy
empresa. pocos
T o n y . Te echarán
días.
No
tendrás
a la
opción.
M a ñ a n a m i s m o v a n a presentar expediente de quiebra.
T r i b u n a l S u p r e m o declara l a torre i l e g a l . . . n o s é q u é v a a ser d e n o s o t r o s . O s o f r e c e n . . .
(TONY se ha ¡do volviendo hacia ella.
TONY.— ¿ E s e s o lo q u e v e n í a s a d e c i r m e ? ¿ E h ?
(Se levanta
de golpe,
como
queda
catapultado.)
mirando
Se la
fijamente.)
Estáis p e r d i d o s . . . E s t a m o s p e r d i d o s . T o d o s . N o p u e d o dar marcha atrás. A u n q u e quisiera. E s t o y atrapada. Terminarán
¡ N o h a y n a d a q u e ofrecer! ¡ Y n a d a q u e a c e p t a r ! ¡ S e g u i r e -
esa
m o s adelante!
Sólo hay una solución.
¡ Y a h o r a q u e h a q u e d a d o c l a r o e l tipo d e
maldita torre.
ofrecen
a mí m u j e r . . .
situación en la que os encontráis.
Si a mi hijo le p a s a a l g o , J u l i a . . . te v a s a
JULIA.— T e juro q u e y o n o h e t e n i d o n a d a q u e v e r . . .
...Vuelve Tony,
a
ti.
Dinero
a
Tony.
todo
lo que se o p o n g a .
S ó l o u n a : tenéis q u e ceder.
g e n t e q u e s o i s , m á s ! A t r e p e l l a r a u n a mujer e m b a r a z a d a . . . , enterar d e q u i é n e s T o n y D i l l o n .
dinero.
Aplastarán en
metálico,
Cede.
Os
p o d r é i s salir d e e s t a
Sí
no
lo
la
sigue
haces...
nos
mirando,
sin
aplastarán. A v o s o t r o s . Y a mí.
c ó m o puedes pensar... (Silencio.
TONY
ALFONSO
74
VALLEJO
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
pestañear,)
75
(Se intenta separar.
TONY la va retorciendo el
brazo.) Me han amenazado. Sé que son capaces de todo. T e n g o miedo.
El
Juez
ha vuelto a
ordenar q u e se paralicen
las
TONY.- Y o fui a verle. D i s c u t i m o s . E l s a c ó u n a n a v a j a . Y o l e d i
o b r a s h a s t a q u e s e celebre e l J u i c i o . ¿ S a b e s l o q u e e s o
con
significa? ¿ S a b e s cuántas pérdidas por día?
d e f e n s a p r o p i a . P e r o p a r a q u e m e dejaran e n libertad h a s t a !
i
T o n y . . . te lo suplico... T o n y . . .
viejo
Yo
nunca
l a c a b e z a abierta.
pensé
las
En
un
seguro
cuneta, No
Pero el h e c h o fue q u e el
de accidentes.
Se
pudo
pagar
la
f i a n z a y y o q u e d é e n libertad.
despacio.) que
tenía
una
Le había atropellado un c o c h e .
q u e d ó n u n c a claro q u é s u c e d i ó .
(Este se va acercando a ella, creerme...
cabeza y le maté.
q u e s e c e l e b r a s e e l juicio p e d í a n u n a altísima f i a n z a . A l o s con
que
la
p o c o s d í a s s e e n c o n t r a r o n a l viejo m u e r t o e n
(Silencio.)
Tienes
u n hierro d e l a l u m b r e e n
cosas
(Gemidos
llegarían a este e x t r e m o . . . N u n c a p e n s é q u e s e r í a n c a p a c e s
escote
d e hacer e s o c o n Tina... Pero s o n capaces. L o s o n . . . S i o s
brusco
pasara algo... Si te pasara algo. T o n y y o . . . te quiero... Sé
TONY
que no v a s a creerme... Sé que no puedes creerme... pero
>
de
JULIA.
y le arranca un movimiento va
hacia
TONY
JULIA la
la
agarra
trozo del traje. consigue
puerta
y
del
Con un zafarse.
JULIA
queda
arrinconada en un ángulo del cuarto.)
y o . . . te quiero... T o n y . . . JULIA.— (Tapándose.) ¿ Q u é v a s a h a c e r ? ¡ E s t á s l o c o ! TONY.—
(TONY la coge por los hombros, la levanta.)
Y
cuando
Ponerme ¿ Q u é vas a hacer? TONY.— T e v o y a
contar una pequeña
historia q u e n u n c a
he
parecía
contado a nadie.
(Apretando,
que
iba
por
llorar
extraordinaria
esa me
la
apretándola
despacio
noche... guiñaba
en Y
un
¿sabes él...
cuando
ojo...
lo
que
Había la
luna
miraba...
V e í a su cara
S í , me decía...
hice?
una de
me luna
Un seguro de
a c c i d e n t e s hijo... u n b u e n s e g u r o d e a c c i d e n t e s . . . contra
sí.)
Cuando
era j o v e n , e l viejo q u e m e r e c o g i ó d e p e q u e ñ o t u v o u n a d i s c u s i ó n c o n un v e c i n o .
calle...
pensando
llena g u i ñ á n d o m e u n o j o . . .
JULIA— M e e s t á s h a c i e n d o d a ñ o . . . TONY.-
a
;
L l e g a r o n a l a s m a n o s y e l viejo
recibió u n a s o b e r b i a paliza. JULIA - ¡ M e e s t á s h a c i e n d o d a ñ o ! ¡ S u é l t a m e !
(Sigue escaparse,
avanzando pero
hacía
TONY la
JULIA. sujeta.
Esta La
intenta
coge
de
otro punto del traje y se Jo arranca. Pero JULIA ;
esta
vez no hace ademán de escapar.
quedado
mirando.
TONY
la
va
Se le ha dejando
ALFONSO
76
VALLEJO
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
77
desnuda, arrancándole la ropa interior, JULIA se
E s t a b a t r a b a j a n d o e n l o m á s alto d e l a f a c h a d a . R e s b a l ó y
va
sus
c a y ó a l v a c í o , e s t r e l l á n d o s e c o n t r a e l s u e l o , e l m i s m o día
la
q u e s u mujer a b a n d o n a b a e l h o s p i t a l u n a v e z c o n t r o l a d a l a
boca,
a m e n a z a d e a b o r t o . C o n e l d i n e r o del s e g u r o d e a c c i d e n t e s
acercando
brazos.
a
TONY
abofetea,
le
va
vuelve
a
ella
va
pero
apretándole
él,
contra
cogerla
sí.
a
rodeando
del cuello,
acercando Y
TONY
soltarla,
empieza
rodearla
besarla.
Rayos, lluvia torrencial.)
con
con
sus
su
empieza
a
de T o n y
brazos,
a
interposición
Dillon
se
del
procesales
hizo
la
provisión
recurso.
debido
al
Se
amplio
de f o n d o s para
aceleraron
eco
que
ios
el
la
trámites
asunto
había
t o m a d o en l o s p e r i ó d i c o s y m e d i o s de d i f u s i ó n y el 2* de JULIA.- T o n y . . .
Enero,
TONY.- J u l i a . . .
espléndido niño al q u e se le p u s o el n o m b r e de Berto, el
JULIA.- A m o r m í o . . .
p o c o s d í a s d e s p u é s d e q u e T i n a diera a luz u n
T r i b u n a l S u p r e m o d e c l a r a b a l a torre ilegal y o r d e n a b a s u voladura.
(Una corriente de aire apaga el candil. en
la
oscuridad iluminados
los
rayos
cómo
se
violencia animal, suelo,
esporádicamente por
van besando
cómo se
Se ve
van
con
ternura
y
tendiendo en el
acariciándose con pasión.
JULIA
L o s técnicos decidieron q u e la t o r r e c a y e s e en
dirección ai mar, establecieron la
voladura,
el
día
(Se
¡Te quiero! ¡Te quiero...!
Febrero,
ve
a
las
dos
se
va
Rayos.
convirtiendo
en
un
grito
Lluvia torrencial.)
Te
he
Leone
Se
oyen
los
Una cuna en un
mandado
llamar
porque
de
TONY DILLON.)
¿Te i m p o r t a q u e la t o q u e ? SERGIO.— T o n y D i l l o n c a y ó a l v a c í o e l 2 8 d e D i c i e m b r e d e s d e altura,
un
día
de
lluvia
me
ha
parecido
que
J U L I A . - S í . . . C r e o q u e t i e n e s r a z ó n . T e n í a q u e estar a q u í .
E S C E N A IV
de
Julia
t e n í a s q u e estar a q u í e n e s t e m o m e n t o .
(Se acerca a la mesa.
metros
y
hermanas.
de los técnicos fuera.
Dos urnas; una con el
nombre de BERTO LEONE.
cincuenta
Tina
rincón.) TINA.-
desgarrado.
de
empieza
silbatos
llanto
1
c o n t e m p l a b a n el acontecimiento.
a llorar con un llanto mezcla de placer y dolor.)
(El
un cinturón de seguridad.
L a c a s a d e B e r t o L e o n e q u e d a b a f u e r a . E l día p r e v i s t o p a r a
y
viento.
TINA.- N o .
Otra con
el nombre
ALFONSO
78
(JULIA,
demacrada,
coge la urna de TONY.
VALLEJO
envejecida,
ORQUÍDEAS
Y PANTERAS
temblando,
(JULIA
Traga saliva .)
la
79
aprieta
contra
sí,
mientras se oyen los silbatos. cosas,
sigue
paseando
Sigue tocando las
cogiéndolas.)
J U L I A . - Tina... TINA.- ¿ S í . . . ?
J U L I A . - S í . . . d e s d e q u e e r a s p e q u e ñ a . T e n í a envidia d e c ó m o
J U L I A . - ¿ S a b e s c ó m o s e siente u n a p e r s o n a e n u n desierto sin arena..., sin insectos..., sin aire...? A s í m e siento y o .
te
cogía
deseos (Deja la urna encima de la mesa. Anda por el salón.
en
s u s brazos,
cómo
te a c a r i c i a b a . . .
A ti
y a
m a m á . Le c a m b i a b a la v o z c u a n d o os hablaba. Y yo sentía de
matarle.
Porque
estaba
enamorada
de
el.
Le
a m a b a y le o d i a b a al m i s m o t i e m p o .
Se para ante la cuna.) (Silencio.)
¿ S a b e s otra c o s a ? S i e m p r e t e h e t e n i d o e n v i d i a . T e s i g o teniendo envidia.
E s t o y sin fuerzas, sin v i d a . . . dentro... y
te s i g o teniendo envidia.
TINA.- ¿ T e c r e e s q u e n o l o s a b í a ? T e s e n t a b a s e n s u silla, a h í , c o g í a s su pipa, te la p o n í a s en los labios..., y c u a n d o él estaba en la mar te metías en la c a m a c o n m a m á a dormir para hacerle c o m p a ñ í a , t e p o n í a s e n s u sitio. S i t e h u b i e r a s
(Mira al niño.)
visto... Q u é maravilla d e hijo... Q u é c a r a . . . q u é o j o s . . .
Es su vivo
Q u é cara d e felicidad...
Te ponías s u s pantalones
c o m o si fuese para jugar... Pobre Julia.
retrato. (JULIA (Se
muerde
por la casa,
el labio
tocando las cosas.
una bufanda que como
inferior.
Sigue
andando
¿ T e p u e d o pedir u n f a v o r , h e r m a n a ?
sienta
en
el sillón
de
Berto,
nacen
bien,
sin
Se detiene ante
TONY llevaba con frecuencia,
electrizada.}
se
dejar la bufanda.) JULIA.—
H a y gente que
M a c e n t o r c i d o s y t o r c i d o s tienen q u e vivir, o d i a n l o aman,
oscuro
rechazan
lo
y
no que
pueden más
ser
ansian
de
al
forma.
más
lado
nacen
de
que
algún
nace pero no
réves,
y
otra van
T I N A . - Dime.
s e m b r a n d o su vida de negrura y o s c u r i d a d . A v e c e s le v e o
JULIA.- ¿ P u e d o cogerla?
subido
T I N A . - T e p u e d e s q u e d a r c o n ella.
c o n t r a e ¡ s u e l o c o m o u n m u ñ e c o , y s i e n t o g a n a s d e morir.
a
la
fachada,
cayendo
al
vacío.
Le v e o
rebotar
JULIA.— (Con excitación.) ¿ M e la d a s ?
Q u é tico m á s e x t r a o r d i n a r i o . Q u é b u e n o , q u é . . . n i ñ o . . . q u é
T I N A . - T e p u e d e s q u e d a r c o n ella.
tierno...
ALFONSO
80
VALLEJO
ORQUIDEAS
Y PANTERAS
81
Y a h o r a , h e r m a n a , si te parece v a m o s a hacer a l g o juntas.
(Se seca una lágrima.)
V a m o s a i r a h í f u e r a a plantar d o s l e c h u g a s c o n s a n g r e d e Te tengo envidia, Tina...
L a naturaleza q u e e s t a n s a b i a
p o n e So b u e n o en las b u e n a s raíces, y lo m a l o en las malas.
Siento a s c o de mí.
g i g a n t e s , p a r a q u e c r e z c a n y l l e g u e n h a s t a el cíelo. A u n a la l l a m a r e m o s T o n y D ilion...
Sé todo el daño qu e os he (Coge
h e c h o y siento a s c o de mí.
la
DILLON (Silencio.
Pitidos
largos.
JULIA
se
pone
urna
con
el
nombre
de
TONY
grabado.)
de Y a la o t r a , a e s a q u e está a tu l a d o , ¡a l l a m a r e m o s B e r t o
pie frente a la ventana.)
Leone. TINA.— M e p a r e c e q u e h a l l e g a d o e l m o m e n t o . (Silencio.) (Nuevo
silencio.
rompe el cristal,
Tremenda
abre la
explosión
ventana.
y humo que mancha a JULIA
Nube de polvo
JULIA
mordiéndose acerca
a
bañadas nuevo
la por
se
el labio ventana, la
espectáculo
luz
vuelve para
no
quedan del
del aire
sol,
JULIA.— T i n a . . . ¿ y a h o r a ?
de arriba abajo.
Empieza a penetrar la luz del sol, cuarto.
que
inundando el hacía
TINA,
llorar.
TINA
ambas
se
hermanas
atónitas
y la luz.
TINA.- ¿ A h o r a ? A h o r a . . . h a r á falta s e g u i r v i v i e n d o .
ante
Ruido
el del
mar.)
(Silencio.) J U L I A . - P a r e c e m e n t i r a p e r o . . . (Casi sin voz, pero serena de alguna forma) ¿ s a b e s ? p i e n s o q u e t o d o e s t e . . . t o d o e s t e d e s a s t r e . . . d e a l g u n a f o r m a debería h a b e r s e e v i t a d o . . . TINA.- P o d r í a h a b e r s e e v i t a d o . , , JULIA.— P e r o ¿ c ó m o ? S i e s t a b a d e n t r o . . . TINA.- . . . e n l a s a n g r e .
julia.-Tina... VINA.- D i m e , J u l i a . . .
SERGIO.— ¿ P o l i c í a ? S í , quisiera h a b l a r c o n e l i n s p e c t o r .
JULIA.— B e l l o ¿ v e r d a d ? TINA.- M u y bello.
¡Entra el aire del mar, se oye el rumor de las olas.)
.(JULIA aprieta la urna contra el vientre,
como
para darle calor.
Su cara empieza a ser recorrida
por una
de
espasmos
especie
rítmicos.)
extraño
temblor,
de
tics
y
ALFONSO
82
VALLEJO
TINA.- P o d r í a h a b e r s e e v i t a d o . . . JULIA.— P e r o ¿ c ó m o ? SERGIO.-
¿Inspector?
Sergio,
sí...
¿Recuerda
usted
a
Julia
L e o n e ? L a del c a s i n o , l a m i s m a . . . , s í , h a c e u n a n o m á s o menos... JULIA.— ¿ C ó m o ? ¿ C ó m o ? S i e s t a b a d e n t r o . . . C o n lo fácil q u e hubiera
sido...
TINA.- ...intentar e n t e n d e r s e . . . A p r e n d e r a vivir... SERGIO.- . . . H a muerto. T e n g o s u foto delante d e mí.
(JULIA grita. Luz del sol. su
mano
al
hombro
de
aprieta, sin soltar la urna,
su
TINA va acercando hermana.
Esta
con su cabeza.)
la