LA VIDA COTIDIANA DE LOS AZTECAS

LA VIDA COTIDIANA DE LOS AZTECAS Ignacio BERNAL E s RARO TENER l a o p o r t u n i d a d de reseñar u n l i b r o t a n excelente c o m o l a ú l t ...
30 downloads 4 Views 637KB Size
LA VIDA COTIDIANA DE LOS AZTECAS Ignacio

BERNAL

E s RARO TENER l a o p o r t u n i d a d de reseñar u n l i b r o t a n excelente c o m o l a ú l t i m a o b r a de J a c q u e s Soustelle.*

Se t r a t a de

u n a o b r a de v u l g a r i z a c i ó n , p e r o q u e n a d a tiene de " v u l g a r " . Soustelle h a escrito u n excelente r e s u m e n d e l m u n d o azteca, e n u n lenguaje c l a r o , d i r i g i d o a u n p ú b l i c o c u l t o , p e r o a m p l i o ; u n r e s u m e n h e c h o p o r q u i e n r e ú n e cualidades q u e

es

difícil e n c o n t r a r r e u n i d a s : u n a vasta erudición, u n a i n t e l i g e n c i a s u p e r i o r , u n d o n de síntesis y e l sentido de ser a m e n o y fácilmente l e g i b l e . Y n o es esto todo. N o se trata de u n acop i o de datos más o menos b i e n ordenados, pero s i n o r i g i n a l i d a d , c o m o o c u r r e e n l a m a y o r p a r t e de las obras de d i v u l gación; p o r e l c o n t r a r i o , e n c o n t r a m o s e n cada p á g i n a personales —siempre apoyadas e n los documentos—,

ideas nuevas

maneras de ver u n p r o b l e m a o u n a situación.

Menciono al

azar l a conclusión de u n p á r r a f o de l a p. 21:

" D e aquí l a

t e n d e n c i a a pensar q u e a los aztecas les tocaba hacer l a g u e r r a y a los otros p u e b l o s t r a b a j a r p a r a e l l o s " ; o b i e n l a interesante i d e a sobre l a " e d u c a c i ó n o b l i g a t o r i a y u n i v e r s a l " en l a p. 203; o su exposición d e l " c o n t r a t o de t r i b u t o " , base d e l i m p e r i a l i s m o azteca

(p. 109); o b i e n e l contraste entre artesanos y

comercianes: " l a clase de los comerciantes es dinámica, l a de los artesanos es e s t á t i c a . . . "

(p. 96).

Apreciaciones luminosas

c o m o éstas se e n c u e n t r a n a t o d o l o l a r g o d e l l i b r o ; si n o m e n c i o n o otras es p a r a dejar a l l e c t o r e l p l a c e r de descubrirlas. Soustelle n o se deja l l e v a r p o r n i n g u n a escuela, n o p e r m i t e q u e n i n g ú n d o g m a t i s m o oscurezca su p e n s a m i e n t o o * J a c q u e s S O U S T E L L E , La vie conquête 8

ilustr.

espagnole.

quotidienne

des Aztèques

à la veille

altere de

la

L i b r a i r i e H a c h e t t e , P a r i s , 1 9 5 5 ; 3 1 8 p p . -f- 1 m a p a y

LA VIDA DE LOS AZTECAS

441

l a v a l o r a c i ó n de los datos d i s p o n i b l e s . D e a q u í q u e su l i b r o sea a b s o l u t a m e n t e sincero, v á l i d o , a u n c u a n d o n o s i e m p r e estemos de acuerdo c o n sus conclusiones. E n términos generales, p o d r í a decirse q u e Soustelle es u n e t n ó g r a f o " f u n c i o n a l i s t a " , pues se interesa más e n d e s c r i b i r u n a situación d a d a q u e e n buscar sus antecedentes históricos. E s t a e t i q u e t a , s i n e m b a r g o , es a r b i t r a r i a c o m o todas; de hecho, l a o b r a m e n c i o n a a m e n u d o los antecedentes históricos. M e voy a extender e n algunos p u n t o s acerca de los cuales n o p i e n s o exactamente c o m o Soustelle. N o se crea p o r eso q u e estoy e n g e n e r a l opuesto a sus ideas.

Lejos de e l l o ; sólo he

q u e r i d o a m e n i z a r l a reseña h a c i e n d o l o q u e d i j o V o l t a i r e : " s u r t o u t tâchons de n'être pas toujours d ' a c c o r d " . L a o b r a e m p i e z a c o n u n a i n t r o d u c c i ó n breve, p e r o p o r demás jugosa, q u e merece algunos comentarios. E n r e a l i d a d n o creo q u e e n e l siglo x n , a l a caída de T u l a , " e m p i e c e e l vasto m o v i m i e n t o de m i g r a c i ó n " de los bárbaros.

H a b í a co-

m e n z a d o m u c h o antes: precisamente e l i m p e r i o tolteca es u n a de sus consecuencias, a u n q u e más tarde fuera v í c t i m a de otras e m i g r a c i o n e s bárbaras. P o r o t r o l a d o , me parece m u y p r o b a b l e q u e las c h i n a m p a s a m a n e r a de las de X o c h i m i l c o ya exist i e r a n desde t i e m p o s bastante remotos, y seguramente

antes

de l a instalación de los aztecas en T e n o c h t i t l a n . V o y a t r a d u c i r y l u e g o a c o m e n t a r algunos párrafos, porq u e p o n e n de m a n i f i e s t o l a orientación de l a o b r a y sugieren e l p u n t o de v i s t a de Soustelle sobre los aztecas. P . 18: " P a r a n o caer n i en e l a n a c r o n i s m o n i e n l a c o n f u sión, tenemos q u e l i m i t a r n o s , tanto e n el espacio c o m o e n e l t i e m p o . L o q u e vamos a d e s c r i b i r es antes q u e n a d a l a v i d a u r b a n a , l a de los h a b i t a n t e s de M é x i c o - T e n o c h t i t l a n .

S i n em-

b a r g o , c o m o h a b í a u n a evidente u n i d a d c u l t u r a l entre esa c i u d a d y algunas ciudades vecinas, especialmente T e z c o c o , sit u a d a e n t i e r r a f i r m e a o r i l l a s d e l g r a n lago, n o h a y n i n g ú n i n c o n v e n i e n t e e n a p r o v e c h a r t a m b i é n las fuentes

históricas

de T e z c o c o , así c o m o e n a p r o v e c h a r e v e n t u a l m e n t e ciertos elementos de n u e s t r a descripción de X o c h i m i l c o , C h a l c o , C u a u h titlán, etc."

442

IGNACIO

BERNAL

P. 59: " P o r cierto, l a e v o l u c i ó n de los hombres y de las cosas h a b í a sido p r o d i g i o s a m e n t e r á p i d a e n t a n p o c o t i e m p o , acelerada s i n d u d a p o r e l d i n a m i s m o de u n p u e b l o n u e v o , c o n v e r t i d o e n poseedor de u n a r i c a h e r e n c i a c u l t u r a l / ' P. 202: " E l o r i g e n de esas contradicciones debe buscarse en l a superposición y l a m e z c l a de c u l t u r a s diferentes — l a de los toltecas, t r a n s m i t i d a p o r los sedentarios d e l V a l l e , l a de las t r i bus nómadas de las cuales f o r m a b a n parte los aztecas—,

que

c o n c u r r i e r o n a f o r m a r l a civilización m e x i c a n a , t a l c o m o era en l a época d e l d e s c u b r i m i e n t o . " P p . 20 y 22: " E l I m p e r i o [azteca] es u n mosaico de c i u d a des. T a l c o m o era, su existencia influía necesariamente en l a c i u d a d d o m i n a n t e y m o d i f i c a b a las condiciones de v i d a . Y a sea p o r t r i b u t o , ya p o r e l c o m e r c i o , los p r o d u c t o s de todas las p r o vincias afluían a M é x i c o . . . E r a i n e v i t a b l e q u e las costumbres y las creencias de t a n diversos p u e b l o s i n f l u y e r a n en l a t r i b u dominante..." P. 15: " N a d i e , e n t a n h u m i l d e s p r i n c i p i o s , h u b i e r a p o d i d o d i s c e r n i r el o r i g e n de u n i m p e r i o ; n a d i e , excepto los «portadores de Dios», los sacerdotes-guerreros q u e h a b í a n l l e v a d o a H u i t z i l o p o c h t l i d u r a n t e l a m i g r a c i ó n , q u e transmitían a l pueb l o sus oráculos y tenían fe en su p r o m e s a de d o m i n i o . F u e r o n el p r i m e r n ú c l e o de l a clase d i r i g e n t e q u e debía l l e v a r a los m e x i c a , menos de doscientos años más tarde, a l a c i m a d e l poder." P. 120: " O r g a n i s m o s o c i a l y p o l í t i c o complejo, d o n d e m ú l tiples fuerzas se m o v í a n p a r a t r a n s f o r m a r l a , l a c i u d a d m e x i c a n a d e l siglo x v i difería p r o f u n d a m e n t e de l a t r i b u errante que en 1325 h a b í a escogido c o m o r e f u g i o algunos islotes en med i o de los cañaverales. E s t a d i f e r e n c i a n o consistía sólo en l a c a n t i d a d —de h a b i t a n t e s , t e r r i t o r i o s , recursos—, sino t a m b i é n en l a c a l i d a d ; l a c i u d a d n o era u n a t r i b u v e n i d a a más; era y a o t r a cosa: u n E s t a d o l a n z a d o e n u n a carrera de e x p a n s i ó n , u n a sociedad q u e se d i v e r s i f i c a b a , d o n d e e m p e z a b a n a b r o t a r antagonismos, d o n d e e l r é g i m e n de p r o p i e d a d se m o d i f i c a b a , d o n d e los f u n c i o n a r i o s p ú b l i c o s y l a r i q u e z a c o m e n z a b a n a luchar veladamente.

P e r o , o c u l t a n d o esa c o m p l e j i d a d y c i -

LA

VIDA DE LOS AZTECAS

443

m e n t a n d o los elementos diversos de l a sociedad c o n u n v i g o r e x t r a o r d i n a r i o , l a religión, v i v a , d o m i n a n t e , i n d i s c u t i d a , i m p o n í a a todos u n a visión c o m ú n d e l m u n d o y o r d e n a b a , p o r los ritos, l a e x i s t e n c i a de todos." P. 252: " L o s aztecas y sus vecinos tenían c o n c i e n c i a de encontrarse, p o r e l d e s a r r o l l o de los acontecimientos, e n l a i n tersección de dos linajes: p o r u n l a d o e l de los bárbaros, d e l c u a l n o se a v e r g o n z a b a n y cuyas v i r t u d e s guerreras

conserva-

b a n ; p o r o t r o l a d o e l de los c i v i l i z a d o s , de los toltecas, simb o l i z a d o p o r e l dios héroe Quetzalcóatl, i n v e n t o r de las artes y de los c o n o c i m i e n t o s , protector d e l saber." Estos párrafos, además de i n d i c a r l a perspectiva d e l a u t o r , m u e s t r a n l a contradicción

c o n que

tropiezan muchos

diosos recientes de l a a n t i g u a h i s t o r i a de M é x i c o .

estu-

D i g o re-

cientes, p o r q u e antes, a f a l t a de u n c o n o c i m i e n t o más p r o f u n d o de l a a r q u e o l o g í a

m e x i c a n a , n o era posible s i q u i e r a

p l a n t e a r e l p r o b l e m a . Este c o n o c i m i e n t o está a h o r a lejos de ser c o m p l e t o , pero ya es l o bastante

a m p l i o para que

surja

esa contradicción entre dos maneras de ver l a h i s t o r i a d e l pueb l o azteca. H a y , p o r u n a parte, l o que l l a m o l a concepción " i n t e r i o r " , q u e , a d m i t i e n d o l a i n f l u e n c i a de los otros p u e b l o s de la constitución

del imperio,

después

o sea después de conquistados

p o r l a t r i p l e a l i a n z a , cree f u n d a m e n t a l m e n t e e n u n a e v o l u c i ó n u n i l i n e a r , i n t e r n a , d e l p u e b l o azteca, que l o l l e v a de sus h u m i l d e s orígenes a l a g l o r i a de

1519.

T e n i e n d o e n c u e n t a l a carrera f a b u l o s a d e l p u e b l o azteca, q u e va d e l n ó m a d a " c h i c h i m e c a " hasta e l e s t a b l e c i m i e n t o e n los valles, C u l h u a c a n , e l p e r í o d o tecpaneca y p o r f i n e l t r i u n f o sobre A z c a p o t z a l c o y l a supremacía tenochca, m u c h o s investigadores h a n visto u n a e v o l u c i ó n " u n i l i n e a r i n t e r i o r " m u y clar a , u n p u e b l o q u e v a de poco a m u c h o — l a típica

marcha

ascendente— y desemboca e n l a decadencia y e n e l f i n a l , e n este caso o c u r r i d o antes de t i e m p o . N o s gusta v e r l o así, i n f l u i d o s , s i n d u d a , p o r nuestro concepto o c c i d e n t a l de l a histor i a . D e este m o d o , los aztecas r e s u l t a n ser u n caso único, u n a i s l a c u l t u r a l , c a r a p o r supuesto a quienes j u z g a n que l a filo-

444

IGNACIO

BERNAL

sofía de l a h i s t o r i a m u e s t r a u n a u n i c i d a d p e r m a n e n t e .

Ha-

ciendo u n p a r a l e l o , p o d r í a m o s decir q u e e l " m i l a g r o azteca" se e q u i p a r a a l " m i l a g r o g r i e g o " . C r e o q u e si los estudios apoyados e n los textos, e n l a arqueología, e n l a lingüística, etc., h a n d e m o s t r a d o q u e n o h a y t a l m i l a g r o griego, l o m i s m o sucederá c o n e l m i l a g r o azteca. L a s e g u n d a concepción, q u e contradice e n parte a l a p r i mera, es l a q u e p o d r í a m o s n o m b r a r e l " c o n c e p t o m e s o a m e r i cano". ,

A h o r a p o d e m o s estudiar a los aztecas t e n i e n d o e n c u e n t a

dos factores básicos: sus antecedentes e n e l t i e m p o y l a extensión en e l espacio de l a c u l t u r a mesoamericana. D e las e x p l o r a c i o n e s arqueológicas se desprende q u e los aztecas son los herederos de u n a l a r g a tradición c u l t u r a l , q u e se r e m o n t a c u a n d o menos a los días gloriosos de T e o t i h u a c a n . N o son ellos los inventores de u n sistema político, n i son seg u r a m e n t e e l p r i m e r e j e m p l o e n Mesoamérica de u n a división social t a n avanzada.

R e p i t o , son herederos, a u n q u e ,

como

herederos inteligentes, adaptadores t a m b i é n de u n viejo sistema. N o p o d e m o s a f i r m a r q u e esto h a y a o c u r r i d o c o n T e o t i h u a c a n , a u n q u e todo l o hace suponer, p e r o sí q u e o c u r r i ó p r o b a b l e m e n t e c o n T u l a y seguramente c o n los dos centros que desde e l p u n t o de v i s t a político y social afectan a los aztecas de m a n e r a más d i r e c t a : T e z c o c o y A z c a p o t z a l c o .

No

podemos desentendernos de l o q u e he l l a m a d o en o t r a ocasión l a " h e r e n c i a de T e z o z ó m o c " si n o queremos falsear enteramente l a perspectiva.

H a y , además, l a evidente

influencia

de los soberanos acolhuas, especialmente después de l a d e r r o t a de A z c a p o t z a l c o , d e b i d a a l p r e s t i g i o de N e t z a h u a l c ó y o t l .

Así

se e x p l i c a q u e a d o p t e n sus leyes y q u e a u n los decretos de N e t z a h u a l p i l l i p a r e z c a n ponerse en v i g o r e n M é x i c o .

Es u n a

h e r e n c i a y u n a colaboración. P e r o esta c o l a b o r a c i ó n está i m p l í c i t a e n e l concepto m i s m o de Mesoamérica, q u e nos p e r m i t e ver q u e el " m i l a g r o azteca" es l o típico, si p o d e m o s l l a m a r l o así. E s decir, q u e casi todos los rasgos "aztecas" se e n c u e n t r a n ya e n otras c u l t u r a s anteriores o esparcidos p o r t o d a e l área.

L o s aztecas n o s o n e l

LA VIDA DE LOS AZTECAS p r i m e r p u e b l o c o n diferencias sociales, c o n estado

445 imperial,

c o n g r a n d e s a r r o l l o u r b a n o , etc. S o n seguramente los más vistosos, los q u e m e j o r conocemos, gracias a u n s i m p l e accidente histórico, p e r o t i e n e n u n s i n n ú m e r o de antecedentes. perfectamente

Están

a c u l t u r a d o s d e n t r o de Mesoamérica, de c u y a

a n t i g u a civilización h a n t o m a d o m u c h o s elementos,

aunque

t a l vez e n f o r m a más r á p i d a y dramática. Así, podemos comp r o b a r q u e los dioses, l a organización religiosa, l a base económica

( a g r i c u l t u r a , c o m e r c i o ) , l a t r i p l e a l i a n z a (hay c u a n -

d o menos otros dos ejemplos c o n o c i d o s ) , e l sistema jerárquico, etc., son similares e n otras partes de Mesoamérica. Y esta l i s t a p o d r í a aumentarse. T e n e m o s q u e pensar e n l a i m p o s i b i l i d a d de c o m p r e n d e r a c u a l q u i e r g r u p o i n d í g e n a de Mesoamérica s i n u n c o n c e p t o g e n e r a l de l a región, q u e — l o h a n demostrado v a r i o s estud i o s — tiene las dos características necesarias p a r a f o r m a r u n a v e r d a d e r a área c u l t u r a l : u n a base c o m ú n y u n a h i s t o r i a paralela. E s i n d i s p e n s a b l e a c u d i r a l concepto de h e r e n c i a c u l t u r a l e n l a interpretación

de las i n s t i t u c i o n e s mexicas p a r a ver

c ó m o se h a n v e n i d o t r a n s m i t i e n d o de p u e b l o e n p u e b l o , a través de m u c h o s siglos, ciertas formas de organización de todos los aspectos sociales; éstos f o r m a n u n a l a r g a cadena q u e u n e a los m e x i c a c o n su pasado. E s a relación entre los p u e b l o s " m e s o a m e r i c a n o s " , esa adopc i ó n de rasgos c u l t u r a l e s de otros lugares, l a vemos, p o r ejemp l o , en T e z c o c o , a d o n d e p o r 1327 l l e g a n los t l a i l o t l a q u e , q u e p a r e c e n v e n i r de l a M i x t e c a , y los c h i m a l p a n e c a , q u e proced e n t a l vez de C o i x t l a h u a c a . U n o s y otros, p o r tanto, conoc í a n seguramente l a i n d u s t r i a d e l o r o y de las joyas finas. S o n casos similares a l de los a m a n t e c a q u e m e n c i o n a Soustelle e n l a p . 94, y p o r supuesto l a a r q u e o l o g í a nos presenta u n a i n f i n i d a d de otros ejemplos. Es evidente q u e Soustelle e n t i e n d e c l a r a m e n t e este p u n t o , c o m o l o p r u e b a n a l g u n o s de los párrafos q u e he t r a n s c r i t o ; otros, s i n e m b a r g o , s u g i e r e n más b i e n e l concepto

que

he

l l a m a d o " i n t e r n o ' ' de l a h i s t o r i a m e x i c a . P i e n s o q u e esta con-

IGNACIO

446

BERNAL

tradicción se debe q u i z á a q u e Soustelle se h a d o c u m e n t a d o sobre t o d o e n fuentes escritas d e l siglo x v i y t a l vez n o t a n t o en los datos arqueológicos y e n los m o d e r n o s estudios etnográficos o antropológicos. Así, a u n q u e es evidente q u e e l a u t o r a p r e c i a perfectamente l a i n t e r d e p e n d e n c i a de los p u e b l o s mesoamericanos, d u d o q u e el l e c t o r p u e d a h a c e r l o , pues e l l i b r o suele sostener, seg ú n parece, e l p u n t o de v i s t a c o n t r a r i o . E l c o n o c i m i e n t o q u e tiene Soustelle de las fuentes escritas es fabuloso; de allí su interpretación

t a l vez

demasiado

"documentalista", en

el

sentido estricto, q u e a veces i m p i d e u n a visión más c o m p l e t a d e l pasado histórico.

E n otras ocasiones, s i n e m b a r g o ,

es

perfecta l a h a r m o n í a entre las dos fuentes — l a escrita y l a arqueológica—, c o m o c u a n d o t r a t a de los vestidos e n e l capítul o 4 (pp. 162-163). U n e j e m p l o d e l p o c o uso q u e hace de l a a r q u e o l o g í a , a u n conociéndola, se e n c u e n t r a e n l a p . 43, d o n d e dice q u e e l temp l o de T e n o c h t i t l á n era d o b l e , es d e c i r , q u e tenía e n c i m a dos santuarios, s i n referirse a T e n a y u c a , su evidente

antecesor,

basándose sólo e n representaciones de códices, q u e s o n d o c u mentos u n p o c o más tardíos. E n c a m b i o , en l a p . 44 sí dice q u e los aztecas t o m a r o n dos rasgos típicamente toltecas: los porta-estandartes y e l c o a t e p a n t l i . O t r o e j e m p l o se e n c u e n t r a e n las p p . 165 y 14: basado evid e n t e m e n t e e n los códices

( m a p a T l o t z i n , etc.), a f i r m a Sous-

telle q u e los p u e b l o s n ó m a d a s d e l N o r t e y los aztecas o r i g i n a les se vestían c o n pieles de animales.

Sabemos q u e esto es

falso, a l m e n o s p a r c i a l m e n t e . E n l a cueva de l a C a n d e l a r i a se h a n e n c o n t r a d o m u c h a s telas tejidas, y se sabe de cadáveres envueltos e n telas de D u r a n g o , S o n o r a , etc.

P o r otro

l a d o , e l a l g o d ó n e r a y a u n v i e j o c o n o c i d o de los m e s o a m e r i canos, casi seguramente desde T e o t i h u a c a n . E n e l p l a n o de l a l e y e n d a , S a h a g ú n nos h a b l a de los algodones de colores q u e se p r o d u c í a n e n T u l a . L a s ideas de " j e r a r q u í a s u n t u a r i a " a q u e se a l u d e e n l a p . 167 son p r o b a b l e m e n t e m u y antiguas, c o m o p a r e c e n atestig u a r l o los códices m i x t e c a s y su c u r i o s a distribución, c a d a vez

LA

VIDA DE LOS

AZTECAS

447

m á s r e s t r i n g i d a e n c u a n t o a l n ú m e r o de personas c o n derecho a l l e v a r ciertos adornos, c o n f o r m e se aleja u n o de l a costa d e l Golfo. D i c e e l a u t o r e n l a p . 183 q u e las p i p a s son " q u i z á a veces d e b a r r o " , c u a n d o hemos e n c o n t r a d o i n f i n i t a s p i p a s hechas precisamente de ese m a t e r i a l . I g u a l m e n t e , a l e n u m e r a r los meses d e l a ñ o indígena, c o l o c a a I s c a l l i e n ú l t i m o término, c u a n d o e n e l sistema azteca parece h a b e r sido e l p r i m e r o ; t a m b i é n concede v a l i d e z a l a estatua de oro de T í z o c p u b l i c a d a p o r S a v i l l e , q u e es falsa. M e parece e n o r m e l a p o b l a c i ó n q u e a t r i b u y e Soustelle a T e n o c h t i t l a n : entre 560,000 y 700,000 almas. Es i m p o s i b l e , p o r supuesto, c a l c u l a r e l n ú m e r o c o n precisión, pero todos los estudios recientes

tienden a considerarlo m u y inferior.

T e n o c h t i t l a n , c o m o dice e l p r o p i o a u t o r , tenía unas

Si

1,000

hectáreas de superficie, n o es p o s i b l e , en las c o n d i c i o n e s urbanas que conocemos, s u p o n e r u n a p o b l a c i ó n t a n densa. H a y q u e pensar q u e , a u n siendo las casas pequeñas, h a b í a patios y j a r d i n e s anexos a ellas, según l a típica costumbre i n d í g e n a todavía en uso. A d e m á s , salvo algunas casas de i m p o r t a n c i a , l a mayoría e r a n de u n piso.

París, h a c i a 1900, tenía 7,802

hectáreas de superficie y u n a p o b l a c i ó n de 2.714,000 h a b i t a n tes. E n l a m i s m a p r o p o r c i ó n , T e n o c h t i t l a n tendría p o c o menos de 348,000 h a b i t a n t e s , y esa c o m p a r a c i ó n n o m e parece exacta, pues es p r o b a b l e q u e e l a m o n t o n a m i e n t o f u e r a m u y s u p e r i o r e n París. E l segundo c a p í t u l o , u n o de los más i m p o r t a n t e s , t r a t a d e l a constitución m i s m a de l a sociedad azteca.

Es éste u n

p u n t o m u y d e b a t i d o , q u e h a pasado p o r - v a r i a s fases históricas; tiene u n a v e r d a d e r a historiografía, q u e espero q u e a l g u i e n escriba a l g ú n día. L o s conquistadores y los m i s i o n e r o s d e s c r i b e n l o q u e v e n ; q u i e r e n e x p l i c a r l a sociedad azteca c o n las palabras y los conceptos

t r a d i c i o n a l e s de l a E s p a ñ a

de

p r i n c i p i o s d e l siglo x v i . Sus datos son a veces erróneos y a m e n u d o exagerados;

s i n e m b a r g o , c o n s t i t u y e n l a base

más

i m p o r t a n t e p a r a nuestros estudios actuales. A u n los caciques y las diferentes personas q u e contestan a los cuestionarios de

448

IGNACIO

Felipe II Tezcoco)

BERN AL

(notablemente P o m a r en l a famosa Relación

de

nos d e j a n m u c h o s huecos; pero cuánta l u z a r r o j a n s i "

se les q u i e r e e s t u d i a r científicamente. Y a los autores d e l x v n son de menos v a l o r , y a p a r t i r de R o b e r t s o n y l a E n c i c l o p e d i a se e m p i e z a a entender cada vez peor e l p r o b l e m a . E l p u n t o c u l m i n a n t e d e l e r r o r , o t a l vez su más b r i l l a n t e expresión, l a encontramos e n e l siglo x i x e n e l famoso a m i g o de M o r g a n : A d o l f B a n d e l i e r . Este e r u d i t o n o ve e n los aztecas sino u n o s iroqueses g l o r i f i c a d o s . C o m o B a n d e l i e r n o es, e n m i o p i n i ó n , u n " a r q u e ó l o g o de h o y " , n o estoy m u y de acuerdo c o n l a p r i m e r a frase d e l párrafo q u e t r a n s c r i b o a c o n t i n u a c i ó n , a u n q u e l a segunda frase m e parece a b s o l u t a m e n t e exacta

(p. 32) : " M e i n c l i n o a p e n -

sar que los viejos españoles c o m p r e n d i e r o n m e j o r l a r e a l i d a d q u e los arqueólogos de hoy. L a p a l a b r a clan, q u e evoca ciertas reglas de m a t r i m o n i o y de descendencia, t a l vez u n

totem,

m e parece menos c o n f o r m e a los hechos conocidos q u e p a l a b r a barrio, pulli

q u e designa u n a e n t i d a d t e r r i t o r i a l .

la

E l cal-

era ante todo u n t e r r i t o r i o . . . "

Ciertos estudiosos más recientes, entre los cuales se destaca A l f o n s o Caso, h a n l l e g a d o a u n concepto t o t a l m e n t e n u e v o de l a sociedad azteca, basándose tanto e n los d o c u m e n t o s d e l siglo x v i c o m o e n los d e s c u b r i m i e n t o s de arqueólogos y etnógrafos.

Soustelle h a e n t e n d i d o el p r o b l e m a e n f o r m a m o -

d e r n a y h a h e c h o ver l a r e a l i d a d d e l caso, c u a n d o menos e n e l m o m e n t o q u e precede a l a c o n q u i s t a . N o s e x p l i c a , c o n su a d m i r a b l e c l a r i d a d francesa, l o q u e e r a n r e a l m e n t e los señores

(los tecuhtli)

y los pilli,

f o r m a b a n l a sociedad i n d í g e n a . división de l a "clase

así c o m o otros g r u p o s M e parece acertadísima

n o b l e " e n simples pilli

que su

hereditarios,

cuyos h i j o s p e r d e r á n esa categoría si ellos n o a u m e n t a n o c u a n d o menos conservan e l p r e s t i g i o f a m i l i a r , y los señores que, a u n c u a n d o casi s i e m p r e son pilli,

n o l o son necesaria-

mente, y c u y o rasgo d i s t i n t i v o , m u c h o más q u e e l n a c i m i e n t o , consiste e n tener cargos q u e p r o v i e n e n de los servicios prestados a l E s t a d o . E s t a i d e a es t a m b i é n ú t i l p a r a l a h i s t o r i a i n d í g e n a coló-

LA VIDA DE LOS AZTECAS

449

n i a l . T a l vez nos e x p l i q u e e n g r a n parte l a rápida desaparic i ó n de l a " n o b l e z a " indígena. E n efecto, ya los pilli

n o pue-

d e n conservar su situación, y a n o p u e d e n prestar servicios n i o b t e n e r así los cargos y honores, base de l a r i q u e z a , y, sobre t o d o , n o p u e d e n y a tener p r e s t i g i o . E n t o n c e s e l h o m b r e seg u i r á siendo pilli

a l o l a r g o de su v i d a , pero y a sin p r e s t i g i o

p e r s o n a l , y sus hijos n a d a h e r e d a r á n ; caerán i n e v i t a b l e m e n t e e n l a clase m a c e h u a l . Ésta es, e n general, l a triste h i s t o r i a d e l i n d i o e n e l curso d e l siglo x v i . Presenta m u y b i e n Soustelle l a i m p o r t a n c i a d e l prestigio, l a i m p o r t a n c i a de n o " p e r d e r l a c a r a " , t a n característica en u n a sociedad en q u e l a g u e r r a es l a m e j o r m a n e r a de elevarse rápidamente. P o r supuesto, n o debemos

exagerar —como n o l o

hace

Soustelle— l a p o s i b i l i d a d de ascenso de los macehuales,

ya

q u e evidentemente e l h i j o d e l m a c e h u a l tiene menos p o s i b i l i dades q u e e l h i j o d e l pilli.

A p a r t e d e l prestigio de su p a d r e

y de los caminos q u e éste p u e d a a b r i r l e , e l h i j o d e l pilli

ha

pasado p o r el C a l m é c a c , v e d a d o a los demás, es decir, h a adq u i r i d o u n a c u l t u r a q u e los demás i g n o r a n , tiene derechos a l pillali,

e l c o n o c i m i e n t o de l a m a g i a y de los dioses, q u e los

demás n o t i e n e n , etc. Este p a n o r a m a de l a sociedad azteca nos m u e s t r a o t r a vez u n a sociedad " n o c l a s i f i c a b l e " d e n t r o de los cartabones clásicos. N o podemos r e a l m e n t e h a b l a r de clases sociales " c a p i talistas", puesto q u e l a f o r t u n a n o es m o t i v o d e l p o d e r o d e l p r e s t i g i o , sino viceversa; t a m p o c o podemos h a b l a r de castas, y a q u e l a clase s u p e r i o r es e t e r n a m e n t e r e n o v a b l e y su característica básica n o es l a h e r e n c i a . Desde luego, t a m p o c o se t r a t a de l a sociedad " d e m o c r á t i c a " a l o M o r g a n .

Es u n a so-

c i e d a d c o n n o r m a s d i s t i n t a s ; c o m o n o t a Soustelle, tiene lejanos parecidos, más b i e n formales, c o n l a i n c a i c a . O t r o aspecto m u y interesante, b i e n desarrollado p o r Soustelle, es e l de l a d i f e r e n c i a básica entre sacerdote y guerrero o f u n c i o n a r i o , ambos m i e m b r o s de l a m i s m a "clase": " L o q u e i m p r e s i o n a c u a n d o se e s t u d i a e l m o d o de existencia de esta clase d i r i g e n t e es q u e u n o de sus elementos esenciales, e l sacer-

450

IGNACIO

BERNAL

d o r i o , v i v e e n l a a u s t e r i d a d , e n l a pobreza, y q u e los otros, guerreros riqueza

o f u n c i o n a r i o s a d m i n i s t r a t i v o s , sólo

—tierras, casas,

obtienen la

esclavos, vestidos, a l i m e n t o s , joyas,

etc.— c o m o consecuencia de sus grados y de sus puestos. L a r i q u e z a n o se busca p o r e l l a m i s m a ; v a a c o m p a ñ a d a de cierto g r a d o de p o d e r y de ciertas obligaciones de representación. N o es sino u n u s u f r u c t o . L o ú n i c o q u e c u e n t a a los ojos d e l tecuhtli

es e l p r e s t i g i o " (p. 85).

E l p e q u e ñ o c u a d r o q u e damos a c o n t i n u a c i ó n resume l a división q u e hace Sousteile de l a sociedad azteca: "Clases"

Ocupación

Grupos

negociante

pochteca

guerra gobierno religión comercio

artesana

amanteca,

industria

dirigente

tecuhtli pilli

etc., etc. plebe

macehual o tlamaitl

agricultura ocupaciones varias, que incluyen toda labor manual incluyendo el comercio

esclava

H a y e n este c a p í t u l o m u c h o s p u n t o s de detalle q u e merecen u n e x a m e n más d e t e n i d o , pero e l l o desgraciadamente alargaría e n exceso esta reseña. Sólo m e n c i o n o algunos, señalándolos c o n l a m a y o r b r e v e d a d posible. A l tratar de los t l a m a i t l o mayeques, m e parece q u e n o q u e d a c l a r a e n e l texto

(p. 99) su necesidad c o m o m a n o de

o b r a e n las tierras señoriales o d e l E s t a d o

(iglesia, p a l a c i o ,

e t c . ) . E s c l a r o q u e e n m u c h o s casos los m i s m o s p u e b l o s conquistados t r a b a j a r í a n

esa t i e r r a q u e e r a suya antes

de l a

invasión tenochca, p e r o e n otros parece q u e e r a n , c o m o su n o m b r e l o i n d i c a , " m a n o de l a t i e r r a " .

Este p u n t o se rela-

c i o n a c o n e l t r a t a d o e n las p p . 106-108 d e l l i b r o : l a p r o p i e d a d p r i v a d a de l a t i e r r a . E n efecto, n o p u e d e hablarse de u n a p r o p i e d a d e n e l s e n t i d o p l e n o , r o m a n o , de l a p a l a b r a , pero, c o m o l o d i c e e l m i s m o Sousteile más adelante, e l pillali

es

LA VIDA DE LOS AZTECAS

451

prácticamente u n a propiedad privada, aunque limitada

en

v a r i a s formas: e l p o d e r d e l rey, e l h e c h o de q u e e l p r o p i e t a r i o t u v i e r a q u e ser u n pilli, pillali,

etc.

N o creo q u e , e n l o tocante a l

sea absolutamente exacta l a frase

(p. 106) " n o h a b í a

p r o p i e d a d p r i v a d a de l a t i e r r a , sino u n a p r o p i e d a d c o l e c t i v a c o n derecho a l uso i n d i v i d u a r ' .

E s t o es exacto p a r a e l cal-

pulli. A u n q u e se dice varias veces (pp. 109, 115, 214) que e l tlacatecuhtli

d e b í a tener p o r su m a d r e sangre " t o l t e c a " , n o que-

d a m u y claro por qué.

Sabemos q u e Izcóatl es l a ú n i c a ex-

c e p c i ó n . E s t o debe h a b e r i n f l u i d o e n l a elección d e l soberano y es u n m o t i v o p a r a q u e e l puesto se conservara siempre e n l a m i s m a familia, aunque evidentemente no el motivo p r i n c i p a l . P o r cierto, n o c o n s i d e r a Soustelle, a l tratar de los electores d e l f u t u r o rey, l a afirmación de D u r a n , q u i e n dice q u e e n l a elección intervenían los dos reyes aliados. P o r todas las fuentes parece q u e e l " c u e r p o e l e c t o r a l " era bastante v a r i a b l e y tendía a restringirse cada vez más, c o m o l o dice m u y b i e n e l autor. E n c a m b i o , e n T e z c o c o parece t r a d i c i o n a l l a "presentac i ó n " d e l heredero a sus f u t u r o s subditos e n v i d a de su p a d r e , y a q u e , aparte d e l e j e m p l o de N e t z a h u a l p i l l i , sabemos de l a f a m o s a c e r e m o n i a e n q u e I x t l i l x ó c h i t l hace j u r a r a su h i j o Netzahualcóyotl. L a s p p . 143-147 t r a t a n de l a r e l i g i ó n " i m p e r i a l " de los mexica.

C r e o necesario d i s t i n g u i r dos tipos de dioses: 1)

los

dioses mesoamericanos, es d e c i r , c o m u n e s — a u n q u e c o n n o m bres d i s t i n t o s — a todos los p u e b l o s .

S o n generalmente m u y

a n t i g u o s (tal vez siempre), y las diferencias de representación s o n causadas p o r l a d i v e r s i d a d de los estilos locales, p e r o los dioses son los m i s m o s : T l á l o c , Q u e t z a l c ó a t l , X i u h t e c u h t l i , H u e h u e t é o t l , etc.; 2) los dioses tribales o locales, es decir, peculiares de u n a t r i b u o u n g r u p o de t r i b u s , y q u e parecen ser advocaciones más o menos lejanas de los otros.

E l ejemplo

más c o n o c i d o es H u i t z i l o p o c h t l i , q u e es e n r e a l i d a d u n T e z c a t l i p o c a . E n este caso, e l h e c h o de q u e su g r u p o h a y a l l e g a d o a l i m p e r i o le d i o g r a n i m p o r t a n c i a , cosa q u e n o aconteció

IGNACIO

452

BERNAL

c o n u n s i n n ú m e r o de dioses, q u e s i g u i e r o n siendo p r o v i n c i a nos. Estos dioses p r o v i n c i a n o s d e b e n de h a b e r sido los q u e los aztecas l l e v a r o n p r i s i o n e r o s de varias regiones, o b i e n dioses generales de los cuales se l l e v a b a n l a estatua p a r t i c u l a r y n a d a más.

E n este caso, el dios n o p o d í a acrecentar e l p a n t e ó n

azteca, sólo añadir u n a representación más, a u n q u e t a l vez h e c h a e n u n " e s t i l o " d i s t i n t o . M e parece p o r t o d o e l l o q u e e n r e a l i d a d los aztecas n o a u m e n t a b a n

continuamente

su

p a n t e ó n , o c u a n d o menos que n o h a b í a p r o p i a m e n t e (p. 143) " d i v i n i d a d e s extranjeras".

Es c o m o decir, p o r e j e m p l o , q u e

l a V i r g e n de los R e m e d i o s es e x t r a n j e r a a F r a n c i a ; l o es c o m o a d v o c a c i ó n , p e r o es l a m i s m a V i r g e n M a r í a c o m ú n a todo e l c a t o l i c i s m o . E l i n m e n s o p a n t e ó n de los dioses locales parece ser d e l m i s m o o r d e n . P o r supuesto, n o p o d e m o s asegurar q u e esto sea exacto e n todos los casos, pero sí q u e l o es e n aquellos q u e conocemos bastante. A s í es q u e l a i d e a de u n a " r e l i g i ó n i m p e r i a l " es evidentemente correcta, p e r o h a y q u e m o d i f i c a r l a e n e l s e n t i d o de q u e esa religión i m p e r i a l n o es e x c l u s i v a d e l azteca, a u n q u e t a l vez éste l a h a y a l l e v a d o más lejos q u e sus predecesores. Ese deseo de "síntesis r e l i g i o s a " (p. 145), c o m o l o hace n o t a r Soustelle, se advierte e n todas partes: T e z c o c o

(pién-

sese e n N e t z a h u a l c ó y o t l ) , C h o l u l a , T e o t i t l a n y p r o b a b l e m e n t e l a z o n a m a y a . Desde luego, l a s i m i l i t u d d e l sentido cósmico d e l Popol El muy

Vuh

c o n e l de los anales aztecas es n o t a b l e .

capítulo final interesantes,

( " L a v i d a c i v i l i z a d a " ) t r a t a de algunos

admirablemente

temas

desarrollados,

c o m o e l d e l concepto de civilización y b a r b a r i e entre los mex i c a n o s o e l de ciertas de sus cualidades m o r a l e s : entereza, buenos m o d a l e s , o r d e n , etc.

E l autor declara que no va a

ocuparse de las artes plásticas, cosa q u e l a m e n t o , pues seguram e n t e h u b i e r a t e n i d o ideas instructivas. S i e n t o t a m b i é n q u e n o h a y a d i c h o n a d a sobre e l concepto de l a h i s t o r i a entre los aztecas, n i m e n c i o n a d o , a l estudiar los l i b r o s , q u é temas cont i e n e n , p a r a d a r a l lector u n c o n o c i m i e n t o más c a b a l de l a "ciencia indígena". H a c e n f a l t a t a m b i é n más i l u s t r a c i o n e s , p o r e j e m p l o , u n

LA VIDA DE LOS AZTECAS

453

p l a n o de T e n o c h t i t l a n , p a r a m e j o r i n t e l i g e n c i a de l a esplénd i d a descripción de las p p . 34 a 38. P a r a t e r m i n a r sólo añadiré q u e a m i ver e l m a r a v i l l o s o l i b r o de Soustelle v a a ser u n o de los mejores vehículos p a r a d i f u n d i r e l c o n o c i m i e n t o d e l a n t i g u o m u n d o m e x i c a n o , y que esta m a g n í f i c a producción, u n i d a a l n o m b r e prestigioso de su a u t o r , a u m e n t a r á en m u c h o e l n ú m e r o de los conocedores de este tema, cosa de l a c u a l me alegro i n f i n i t a m e n t e .