LA T E O L O G I A ILUSTRADA D E HIDALGO Rafael M O R E N O M . HIDALGO,

INTELECTUAL

E l b i c e n t e n a r i o d e l n a c i m i e n t o de H i d a l g o h a servido, entre otras cosas, p a r a m o s t r a r l a a l t u r a e x c e p c i o n a l q u e e l P a d r e de l a P a t r i a alcanzó e n l a v i d a i n t e l e c t u a l de l a segunda m i t a d d e l siglo x v m , quizá l a época de m a y o r afán de saber, después d e l siglo x v i . Se sabe q u e H i d a l g o o c u p ó u n l u g a r de p r i m e r a f i l a cuand o estudiante. Presentó actos públicos sobre clásicos l a t i n o s , y sobre aspectos de l a filosofía aristotélica. A n t e s de c u m p l i r 17 años era b a c h i l l e r en artes p o r l a U n i v e r s i d a d de M é x i c o . R e f i e r e n sus biógrafos q u e tres años después e n 1773, los sinodales u n i v e r s i t a r i o s q u e d a r o n t a n s o r p r e n d i d o s de l a sabiduría del n u e v o b a c h i l l e r e n teología, q u e le c o n c e d i e r o n el h o n o r d e r e p l i c a r e n e l e x a m e n de sus condiscípulos. P o r ese m i s m o t i e m p o , gracias a m e r e c i m i e n t o s demostrados p ú b l i c a m e n t e , se le designó c o l e g i a l de oposición, cuyo n ú m e r o apenas llegab a a cuatro, q u e d a n d o f a c u l t a d o p a r a p r e s i d i r academias, s u p l i r profesores y p a r t i c i p a r en l a v i d a a d m i n i s t r a t i v a de l a C a s a de E s t u d i o s . E n 1775 g a n ó p o r oposición u n a cátedra de filosofía, " e n l a c u a l i n t r o d u j o textos m o d e r n o s " . T r e s años más tarde defendió e n u n acto las P r e l e c c i o n e s teológic a s de Serry, a u t o r q u e e x p o n í a d o c t r i n a s avanzadas. T a m b i é n p o r oposición g a n ó e n 1779 u n a cátedra de l e n g u a l a t i na. E n 1781 fue n o m b r a d o profesor d e l curso de artes. A l a ñ o siguiente enseñó e n c a l i d a d de s u s t i t u t o de teología, y p o c o t i e m p o después o b t u v o esta cátedra e n p r o p i e d a d . A l a e d a d de 31 años presentó u n a Disertación sobre el verdadero método p a r a e s t u d i a r teología escolástica, q u e mereció ser p r e m i a d a c o n el p r i m e r l u g a r , y q u e e n nuestros días le h a v a l i d o ser c o n s i d e r a d o c o m o r e f o r m a d o r i n t e l e c t u a l a l l a d o

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de José A n t o n i o A l z a t e y el filipense G a m a r r a . Y f o r m ó discípulos t a n d i s t i n g u i d o s , que m e r e c i e r o n ser designados p r o fesores d e l m i s m o C o l e g i o , como e l que d e f e n d i ó e n 1 7 8 5 las P r e l e c c i o n e s de Serry. E n f i n , e n 1 7 9 0 fue n o m b r a d o rector. C o n saber todas estas cosas, se i g n o r a todavía c ó m o enseñó las h u m a n i d a d e s , cuáles f u e r o n los autores m o d e r n o s u t i l i z a dos en e l curso de artes y hasta dónde i g u a l a b a las tesis nuevas d e l S i g l o de las L u c e s . N a d a se sabe de las doctrinas teológicas a q u e H i d a l g o dedicó su m a y o r entusiasmo y en las que o b t u v o créditos hasta llegar a merecer, e n los albores de la I n d e p e n d e n c i a , el título d e l teólogo más destacado de l a N u e v a España. P o r o t r a parte, parece i m p o s i b l e que l a preo c u p a c i ó n h u m a n i t a r i a , las críticas a l g o b i e r n o , l a a u t o n o m í a m e n t a l , e l a m e r i c a n i s m o , el a m o r p o r l a l i b e r t a d , e l c u i d a d o de las artes y los oficios, l a g r a n estimación de l a a g r i c u l t u r a , el i n d i g e n i s m o , h a y a n sido i m p r o v i s a d o s p o r H i d a l g o a l a m a n e r a c o m o i m p r o v i s ó ejércitos. ¿Es c o m p r e n s i b l e que e l i d e a r i o de l a I n d e p e n d e n c i a h a y a sido f r u t o de hechos antes inexistentes? Los alegatos de l a Inquisición, los escritos hidalguistas y a n t i h i d a l g u i s t a s posteriores a l g r i t o de D o l o r e s , y sobre todo las p r o c l a m a s y decretos d e l m i s m o H i d a l g o , ofrecen datos inestimables p a r a rehacer su pensamiento. P e r o el d o c u m e n t o más i m p o r t a n t e a este propósito es l a Disertación sobre el v e r d a d e r o método p a r a e s t u d i a r teología escolástica, porque m u e s t r a las ideas sistemáticas y las raíces de las emociones que a n i m a r o n a l i n s t a u r a d o r de l a i n d e p e n d e n c i a m e x i c a n a . C u a n d o G a b r i e l M é n d e z P l a n e a r t e p u b l i c ó e n l a revista A b s i d e el texto de l a Disertación, y c u a n d o , c i n c o años más tarde, d i o a conocer su h e r m o s o estudio t i t u l a d o H i d a l g o , r e f o r m a d o r i n t e l e c t u a l , q u e d ó v i n d i c a d o u n l u g a r de p r e e m i n e n c i a p a r a el l i b e r t a d o r e n los anales de l a c u l t u r a n a c i o n a l , y a l m i s m o t i e m p o se p u s o l a base p a r a entender e l f e n ó m e n o de nuestra v i d a c o m o n a c i ó n i n d e p e n d i e n t e . Según M é n d e z P l a n earte, H i d a l g o es u n d i g n o exponente d e l m o v i m i e n t o renovador q u e i n i c i a r o n M a n e i r o , A b a d , A l e g r e y C l a v i g e r o y que l l e v a r o n a su c u l m i n a c i ó n , entre otros, Velázquez de L e ó n , B a r t o l a c h e , M o c i ñ o , G a m a r r a y A l z a t e . M i e n t r a s ellos

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son los reformadores de l a c i e n c i a y l a filosofía, H i d a l g o es el r e f o r m a d o r d e l f u n d a m e n t o teórico e n q u e estaba asent a d o d e l saber sobre D i o s . Este estudio señala con c l a r i d a d n o sólo l a a m p l i t u d de l a c u l t u r a y e l m o d e r n i s m o d e l p r o fesor nicolaíta, sino t a m b i é n los vientos de f r o n d a q u e se e s p a r c i e r o n años más tarde desde D o l o r e s . J u a n H e r n á n d e z L u n a , e n u n serio análisis de las diversas imágenes q u e se h a n t e n i d o de H i d a l g o desde l a i n d e p e n d e n c i a hasta nuestros días, hace avanzar esta visión, present a n d o a l p r o c e r n a c i o n a l c o m o pensador q u e a m a l a teoría y l a práctica, c o m o m o d e l a d o r de l a p a t r i a , como c u l t i v a d o r d e l a c i e n c i a p a g a n a , c o m o a m a n t e de l a n o v e d a d y el p r o greso y, antes q u e n a d a , c o m o d o c t o y sabio e n teología. L o s enemigos n o p u d i e r o n menos q u e aceptar su p r o f u n d o conoc i m i e n t o de las Súmulas y de l a S u m a teológica, y, l o q u e es más, r e c o n o c i e r o n q u e l a h a b i l i d a d de H i d a l g o p a r a l a enseñ a n z a causó daños e n los estudiantes de S a n Nicolás, quienes, s e g ú n ellos, f u e r o n i m p u l s a d o s a l a r e v o l u c i ó n p o r las c o n c l u siones teológicas a p r e n d i d a s e n sus cursos. P e r o a pesar de q u e H e r n á n d e z L u n a insiste e n e l carácter i l u s t r a d o de l a " s a b i d u r í a l u c i f e r i n a " o de l a " s o b e r b i a teológica" de H i d a l go, todavía n o se h a h e c h o e l análisis de todos los aspectos positivos de su o b r a i n t e l e c t u a l , n i se h a l o g r a d o señalar t o d a l a i m p o r t a n c i a q u e tiene e n l a c u l t u r a d e l siglo x v m y e n l a constitución d e f i n i t i v a de l a i n d e p e n d e n c i a . U n somero análisis de l a Disertación h a b r á de mostrar, a l menos en parte, l a v e r d a d de esta afirmación.

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Es b i e n s a b i d o q u e u n a de las p r i m e r a s manifestaciones d e l espíritu m o d e r n o es l a p r e o c u p a c i ó n metódica. E n t r e nosotros l a r e n o v a c i ó n l i t e r a r i a , filosófica y científica a d q u i e re también las características de u n a n u e v a f u n d a m e n t a c i ó n del saber. I g n a c i o B a r t o l a c h e es p r i n c i p a l m e n t e q u i e n hace en sus L e c c i o n e s matemáticas t o d a u n a m e t o d o l o g í a d e l conoc i m i e n t o . S i g u i e n d o e l e j e m p l o de Descartes y sobre todo e l de S p i n o z a y e l de H o b b e s , a p r o v e c h a n d o los p r i n c i p i o s físi-

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co-matemáticos de N e w t o n , y a conocidos e n l a N u e v a E s p a ñ a a m e d i a d o s d e l siglo, d a p o r v e r d a d i n c o n c u s a q u e e l m é t o d o m a t e m á t i c o es el ú n i c o cierto, y q u e consecuentemente e l c o n o c i m i e n t o será e l resultado de su recta aplicación. L l e g a a decir todavía más: q u e toda r e a l i d a d debe tratarse c o n método m a t e m á t i c o . P o r estas a f i r m a c i o n e s , gravísimas p o r sus efectos e n l a c i e n c i a y e n l a filosofía, l i m i t a de m a n e r a d e l i b e r a d a l a esfera d e l c o n o c i m i e n t o a los objetos y realidades de este m u n d o . L o s seres i n m a t e r i a l e s y suprasensibles de l a religión n o p u e d e n ser tratados c o n m é t o d o matemático. Están más allá d e l saber d e l h o m b r e . L a teología es, p a r a B a r t o l a che, u n a f a c u l t a d q u e respeta, p e r o sobre l a c u a l n i q u i e r e n i puede opinar. L a Disertación s o b r e e l v e r d a d e r o método p a r a e s t u d i a r teología es i g u a l m e n t e u n a teoría d e l m é t o d o , u n a m e t o d o l o gía de l a d i s c i p l i n a q u e p a r a e l creyente es l a r e i n a de las ciencias. C o n l a d i f e r e n c i a de q u e H i d a l g o cala más h o n d o en el espíritu de l a m o d e r n i d a d q u e e l audaz B a r t o l a c h e , pues m i e n t r a s éste excluye de los p r o b l e m a s e l teológico, e l profesor nicolaíta tiene el a t r e v i m i e n t o de a p l i c a r a l saber sobre D i o s el c r i t e r i o q u e sólo parecía v á l i d o p a r a el conocim i e n t o p r o p i o de l a razón h u m a n a . Es u n a a u d a c i a m á x i m a , sin d u d a , tratar a este m u n d o y a l m u n d o de D i o s c o n l a mism a m e d i d a y c o n l a m i s m a regla. Y n o se trata de u n m é t o d o p u r a m e n t e posible, sino d e l m é t o d o v e r d a d e r o p a r a e s t u d i a r teología, s i n el c u a l , p o r l o tanto, n o p u e d e darse u n conocim i e n t o cierto sobre D i o s . E l t r a t a d o de H i d a l g o sobre e l v e r d a d e r o método de l a teología n o se presenta a los lectores c o m o u n a n u e v a c i e n c i a teológica, sino más b i e n c o m o u n a serie de i n d i c a c i o n e s p a r a a d q u i r i r c o n o c i m i e n t o s seguros e n esta m a t e r i a . L o m i s m o h a b r á q u e decir, p r o p o r c i o n a l m e n t e , de las ideas de B a r t o l a che. S i n embargo, los t r a d i c i o n a l i s t a s , atentos a todo lo q u e llevase ribetes de n o v e d a d , h u b i e r o n de c o m p r e n d e r b i e n p r o n t o e l significado expreso de l a Disertación: transformar r a d i c a l m e n t e l a i n t e l i g e n c i a n o v o h i s p a n a q u e gustaba d e l e s t u d i o de D i o s , esto es, de l a teología e n c u a l q u i e r a de sus formas. Y en efecto H i d a l g o , c o m o antes C l a v i g e r o , B a r t o -

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l a c h e , A l z a t e y G a m a r r a , i n t e n t a c a m b i a r desde sus raíces l a m e n t a l i d a d escolástica p o r l a m e n t a l i d a d m o d e r n a . L o c u a l p o d r á suceder - y ésta es u n a de sus convicciones siempre pres e n t e s - c u a n d o el h o m b r e , e l de las aulas y el de l a calle, c u e n t e c o n o t r a i n t e l i g e n c i a q u e l o capacite p a r a pensar de u n a m a n e r a más avanzada q u e el a n t i c u a d o peripatético. P o r desgracia n o sabemos m u c h o sobre l a realización de estos f i nes de l a Disertación.

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E l p r i m e r paso de los m o d e r n o s , sobre todo de los hispanoa m e r i c a n o s , e n l a consecución de los ideales de r e f o r m a , consiste e n m o s t r a r que las verdades a n u n c i a d a s p o r ellos t i e n e n v i g e n c i a entre las naciones cultas y entre los hombres de b u e n gusto. T a m b i é n H i d a l g o posee esta orientación q u e a h o r a se l l a m a c o n c i e n c i a histórica. E n o p i n i ó n suya, los tiempos a n t i g u o s f u e r o n de t i n i e b l a s . L o s m o d e r n o s , en c a m b i o , están i n u n d a d o s de luces; en los h o m b r e s d e l siglo d o m i n a el afán d e saber, y l a sabiduría es p a t r i m o n i o de todos. " S o n m u c h o s - d i c e - los hombres doctos q u e h a n e n r i q u e c i d o el r e i n o liter a r i o e n estos tiempos. N o h a h a b i d o e d a d e n que p u d i e r a n s u b i r los h o m b r e s a l t e m p l o de l a sabiduría c o n tanta facil i d a d como la nuestra." L a teología n o h a escapado a esta situación. U n a dialéct i c a c o n t e n c i o s a y u n exceso de filosofías h a b í a n hecho de e l l a u n a c i e n c i a t o t a l m e n t e desconocida, p e r o en los tiempos ú l t i m o s está b r i l l a n d o ya c o n e l e s p l e n d o r q u e merece. " E n las más célebres universidades d e l o r b e se h a l l a ya l a teología v e r d a d e r a e n pacífica posesión." E n el texto de l a D i s e r t a ción acude c o n insistencia a los " h o m b r e s de sana crítica", a l " b u e n g u s t o " , a l a " u t i l i d a d " , a l a c o n v i c c i ó n de q u e " y a n o se p i e r d e e l t i e m p o " . Éste es e l p u n t o de p a r t i d a d e l p e n s a m i e n t o i l u s t r a d o de H i d a l g o . C o n t r a l o q u e p u d i e r a decirse, n o se t o m a el m e n o r t r a b a j o de p r o b a r l a b o n d a d de las luces o las razones de "los ú l t i m o s t i e m p o s " . Parece c o m o si e l m u n d o m o d e r n o d e b i e r a aceptarse, c o n todas sus consecuencias p a r a e l t r a d i c i o n a l i s -

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m o de l a N u e v a España, sólo p o r e l h e c h o de ser m o d e r n o . E n t o d o caso, s u justificación es su m i s m a e x i s t e n c i a . Es u n hec h o q u e n o p u e d e negarse. Q u i e n l o conoce se a d h i e r e p o r n e c e s i d a d a él. D e esta m a n e r a H i d a l g o , a l i g u a l q u e todos los pensadores m o d e r n o s , recibe y ofrece las enseñanzas ilustradas s i n caer e n l a c u e n t a de q u e , e n n o m b r e de las luces y de l a razón d e l siglo, exige l a v i g e n c i a de u n m u n d o d e l q u e e n ú l t i m a i n s t a n c i a n o d a razón. Y es esta convicción, este s e n t i m i e n t o f i r m e m e n t e a r r a i g a d o e n él, l o q u e d e t e r m i n a su entusiasmo p o r las nuevas enseñanzas. C i e r t o es q u e H i d a l g o n o está expresando e n letras de m o l d e , c o m o sucede c o n B a r t o l a c h e , A l z a t e y G a m a r r a , q u e l a N u e v a E s p a ñ a debe modernizarse desde l a raíz p a r a n o m a l o g r a r s u destino y conq u i s t a r e l s i t i o de grandeza q u e le corresponde e n l a h i s t o r i a u n i v e r s a l . P e r o éste es e l más h o n d o sentido de l a D i s e r t a ción. E n d e f i n i t i v a , l a justificación d e l m u n d o m o d e r n o es e l l o g r o de l a grandeza n a c i o n a l m e d i a n t e l a salvación de l a i n t e l i g e n c i a en e l c a m p o teológico. Así, pues, l a N u e v a España q u e d a p o r p r i m e r a vez d i v i d i d a e n dos maneras diferentes de e n t e n d e r l a d i v i n i d a d , u n a m o d e r n a y o t r a t r a d i c i o n a l . E s e l p u n t o e n q u e los a m a n tes de l a n o v e d a d a d q u i e r e n perfiles de apóstoles, de iconoclastas y reformadores, pues r e s u l t a b a i m p o s i b l e l a aceptación de u n n u e v o m é t o d o , a u n q u e fuese el verdadero, si antes n o era d e s t r u i d o e l a n t i g u o . L a confrontación entre u n o y o t r o a r r o j a u n saldo desfav o r a b l e a l a tradición. E n s e g u i m i e n t o de los filósofos, espec i a l m e n t e de las duras críticas q u e G a m a r r a y A l z a t e h a b í a n d i r i g i d o a l a escolástica, H i d a l g o señala e l carácter dogmát i c o y cerrado de los estudios teológicos. N o b i e n h a acabado el curso de artes, dice, c u a n d o se persuade a los estudiantes de q u e " n o h a y más teología q u e l a q u e está c o n t e n i d a " e n c i n c o tomos llenos de f o r m a l i s m o s y sutilezas. L o s vicios f u n damentales son: s u m a p r o l i j i d a d p a r a t r a t a r las cuestiones, y a m u l t i p l i c a n d o las d i f i c u l t a d e s , y a i n t r o d u c i e n d o formas escolásticas inútiles, c o m o e l s i l o g i s m o , o cuestiones p u r a m e n t e filosóficas y metafísicas; ausencia de h i s t o r i a y de crítica. E l estudioso d e l siglo x v m m e x i c a n o v u e l v e a e n c o n t r a r en l a

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Disertación estas frases familiares a los filósofos: "escolástica c o m ú n " , " p é r d i d a i r r e p a r a b l e d e l t i e m p o " , "sofismas y metafísicas", i n u t i l i d a d de las "formas sustanciales y accidentales". Los filósofos a r g u m e n t a n que, p o r t r a t a r t a n t a metafísica, los a l u m n o s n a d a saben de filosofía. H i d a l g o teólogo a f i r m a que, por i n t r o d u c i r tanta filosofía - e s c o l á s t i c a , p o r s u p u e s t o Ios a l u m n o s a p r e n d e n s u p e r f i c i a l m e n t e l a teología. R e c h a z a d e m o d o expreso l a "teología f u n d a d a e n las o p i n i o n e s de Aristóteles, d i g o en las formas sustanciales y accidentales, i n t r o d u c i e n d o m i l cuestiones de posibles inútiles y otras cosas semejantes, n o t r a t a n d o s i n o u n a u o t r a cuestión de d o g m a y a u n ésta m u y s u p e r f i c i a l m e n t e , y e m p l e a n d o todo e l t i e m p o en sofismas y metafísicas". S i n e m b a r g o , c o m o el estudio de l a teología debe ser metódico, reconoce q u e l a escolástica, e n c u a n t o " t e o l o g í a metódica a c o m o d a d a a l uso de l a escuela, con a r g u m e n t o s y respuestas p o r e l m o d o dialéctico", es u n a d i s c i p l i n a r e c o m e n d a b l e . P e r o líneas adelante repite q u e las formas silogísticas n o h a c e n sino e m b r o l l a r las verdades y q u e por esta razón d e b e n desaparecer de los textos teológicos. C o n esta r e f o r m a H i d a l g o se c o l o c a de l l e n o e n el m u n d o m o d e r n o . P o r u n a parte destierra l a filosofía de l a e x p l i c a c i ó n r a c i o n a l de D i o s . P o r o t r a , hace a u n l a d o l a filosofía teológica q u e servía p a r a entender r a c i o n a l m e n t e e l d o g m a . A l m i s m o t i e m p o i n v a l i d a e l p e n s a m i e n t o aristotélico-tomista y l a teología de l a tradición. T o d o s los valores en q u e se f i n c a b a l a v i d a y l a c u l t u r a c o l o n i a l q u e d a b a n s i n razón de ser. Y M é x i c o era l a n z a d o p o r p r i m e r a vez a u n m u n d o nuevo, a l m u n d o m o d e r n o de l a c i e n c i a y de l a razón. P o r esto l a Disertación s o b r e e l v e r d a d e r o método d e e s t u d i a r teología s i g n i f i c a e n e l c a m p o de l a i n t e l i g e n c i a , p a r a n o h a b l a r de las consecuencias sociales y políticas, u n c a m b i o r a d i c a l . P o r lo p r o n t o , se atisba ya o t r a i d e a d e l c o n o c i m i e n t o , o t r a i d e a d e l a metafísica y o t r a i d e a de l a teología. Dos son los argumentos de q u e se vale H i d a l g o p a r a presentar u n a r e f o r m a de tales alcances. U n o es e l a r g u m e n t o intrínseco y a p r i o r i d e l supuesto m o d e r n o - s u p u e s t o porq u e n o se p r o c u r a d e m o s t r a r l o - sobre l a falsedad de las formas accidentales y sustanciales t a n t o e n filosofía

c o m o en

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MORENO M .

teología. E s t a b l e c i d o esto, es fácil entender cómo H i d a l g o añade p o r su c u e n t a l a exclusión n o sólo d e l silogismo, sino de toda l a filosofía escolástica, de l a reflexión teológica. O t r o es el a r g u m e n t o extrínseco y de a u t o r i d a d q u e consiste e n r e c u r r i r a l a " u t i l i d a d " de l a Iglesia y a l a o p i n i ó n de " h o m bres de j u i c i o " y "teólogos de p r i m e r o r d e n " , tales c o m o e l B a r b a d i ñ o , Feijóo, M e l c h o r C a n o , A n e t t o , A g u i r r e , P e t a v i o , H a b e r t , B e r t i , N a t a l A r a g o n e n s e , Serry, G r a v e s o n . T o d o s ellos c o n c u e r d a n en enseñar q u e l a escolástica c o m ú n es " i n ú t i l " y q u e sigue u n a "senda t o t a l m e n t e e x t r a v i a d a " . Las argumentaciones de l a Disertación r e c u e r d a n e n este p u n t o los discursos d e l b e n e d i c t i n o Feijóo sobre el mérito y f o r t u n a de Aristóteles. C o m o todos los m o d e r n o s , H i d a l g o recurre a l a h i s t o r i a . D e e l l a saca dos enseñanzas decisivas: por u n a p a r t e a l E s t a g i r i t a siempre se le h a considerado fuente de herejía, peligroso p a r a l a fe, y p o r eso en diversas ocasiones los papas lo h a n r e p u d i a d o ; p o r otra, teólogos de p r i m e r a línea, papas y c o n c i l i o s , h a n c o n d e n a d o l a d o c t r i n a de las formas sustanciales, " p r o c u r a n d o e x t e r m i n a r l a y dejarl a s e p u l t a d a e n su m i s m a c u n a " . Y a u n supuesto que el aris¬ totelismo teológico n o originase herejías, las sutilezas, las metafísicas, las doctrinas inútiles q u e i n t r o d u c e en l a teología h a c e n o l v i d a r los c o n o c i m i e n t o s r e a l m e n t e teológicos y necesarios p a r a l a salvación. ¿Cómo, p r e g u n t a c o n J u a n Gersón, es p o s i b l e " r e d u c i r n u e s t r a fe a las frivolas reglas de l a dialéctica", y c o n q u é derecho se filosofa " e n las cosas d i v i n a s según los p r i n c i p i o s aristotélicos"? ¿Puede concebirse q u e esos lógicos y esos metafísicos sean a l m i s m o t i e m p o teólogos? E n o p i n i ó n de H i d a l g o , este abuso m i n a los fundamentos d e l a fe, pues los teólogos filósofos d e f i e n d e n implícitamente u n p e r n i c i o s o desprecio de l a B i b l i a y los doctores sagrados, l l e g a n d o su a t r e v i m i e n t o hasta c o r r o m p e r los términos usados p o r los Padres. Estos teólogos, c o n t i n ú a , son causa de irrisión, a b r e n caminos i n n u m e r a b l e s a l error. S o n además inútiles d e l todo p o r q u e n i d e f i e n d e n l a fe c o n t r a las arg u m e n t a c i o n e s de los n o creyentes, n i l a f o r t i f i c a n en los creyentes. H i d a l g o , teólogo y c r i s t i a n o enseña q u e los "venerables p r i n c i p i o s aristotélicos" afean y c o r r o m p e n l a " v e r d a d e r a

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TEOLOGÍA

D EHIDALGO

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t e o l o g í a " , y q u e c o n s t i t u y e n , p o r consiguiente, u n " l i c e n c i o s o m o d o de o p i n a r " . Nuestros oídos, poco h a b i t u a d o s a tales temas teológicos, p u e d e n d a r p o c a i m p o r t a n c i a a esta a r g u m e n t a c i ó n . Baste d e c i r q u e s i g n i f i c a u n paso más e n l a destrucción d e l ú l t i m o r e d u c t o d e l m u n d o t r a d i c i o n a l . N o se trata de u n a r g u m e n t o c o m ú n de a u t o r i d a d , sino de razonamientos q u e e n c o n t r a b a n eco e n las mentes n o v o h i s p a n a s acostumbradas a escuchar teólogos. Y p o r si esto fuese poco, H i d a l g o a r r e b a t a las p a l a bras a los t r a d i c i o n a l i s t a s . Nuestros filósofos d e l siglo x v m establecen l a razón m o d e r n a diciéndose salvadores de l a i n t e l i g e n c i a y de l a grandeza n a c i o n a l . H i d a l g o señala e n el a r i s t o t e l i s m o e l m á x i m o p e l i g r o de l a fe y m u e s t r a c ó m o l a salv a c i ó n de a q u e l l o e n q u e estaba f i n c a d a l a n a c i ó n , l a r e l i g i ó n , depende d e l a b a n d o n o de l a filosofía y l a teología trad i c i o n a l e s , y d e l r e c o n o c i m i e n t o de las ideas m o d e r n a s e n su a p l i c a c i ó n a l a teología. C a d a u n a de estas razones p o r separado n o h u b i e r a sido suficiente p a r a d e s t r u i r los f u n d a m e n t o s d e l m u n d o c o l o n i a l . A s í d e b i ó de c o m p r e n d e r l o H i d a l g o , pues c o n r a r a h a b i l i d a d dialéctica, s u p e r i o r ciertamente a l a de A l z a t e y a l a d e l bened i c t i n o Feijóo, c o n j u g a los argumentos de a u t o r i d a d y de raz ó n p a r a convencer a l l e c t o r en pocas páginas de l a i n u t i l i d a d y l a m a l d a d de los f u n d a m e n t o s teóricos de l a tradición.

INEFICACIA TEOLÓGICA DEL TOMISMO

C o n ser esto más q u e suficiente p a r a establecer los p i l a r e s del m u n d o m o d e r n o e n M é x i c o , H i d a l g o t o d a v í a d a otro paso: demostrar q u e l a teología escolástica es i n ú t i l , antes y después de Santo T o m á s . H i d a l g o sabía, e n efecto, p o r l a escolástica d o m i n a n t e y p o r h a b e r hecho él m i s m o u n curso de artes a d m e n t e m s a n c t i T h o m a e , que las razones expuestas no c o n v e n c e r í a n a los amantes de a n t i g u a l l a s . P o r esto concede u n c u i d a d o especial a l caso d e l D o c t o r A n g é l i c o . G u a r d a n d o las consideraciones q u e los m o d e r n o s acostumb r a n e n c i r c u n s t a n c i a s parecidas, H i d a l g o e m p i e z a p o r l l a m a r " n u e s t r o m a e s t r o " a l a u t o r de l a S u m a teológica, y a u n escribe

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RAFAEL

MORENO M .

(sin g r a n énfasis) q u e es e l " m a y o r escolástico" y u n " g r a n t e ó l o g o " . A c h a c a a sus comentadores las inexactitudes históricas y críticas de sus obras. P e r o i n m e d i a t a m e n t e añade q u e su a u t o r i d a d n o s i g n i f i c a u n a r g u m e n t o de peso d e b i d o a q u e n o b a u t i z ó d e l todo a l Filósofo g e n t i l , y que, a u n aceptando, s i n conceder, q u e d e l t o m i s m o aristotélico n o se siguen ya d o c t r i n a s peligrosas p a r a l a fe y las costumbres, están p o r e n c i m a de él las reiteradas censuras de los papas, de los concilios y de i n n u m e r a b l e s h o m b r e s de " b u e n gusto" e n los tiempos m o d e r n o s . E s t a p a r t e ú l t i m a d e l r a c i o c i n i o es d e f i n i t i v a p a r a l a m e n t a l i d a d , r e l i g i o s a p o r entero, de l a C o l o n i a . N i n g ú n teólogo o filósofo de l a tradición p o d í a s i n graves consecuencias afirmar q u e e l t o m i s m o fuera u n a d o c t r i n a c o n más v a l i m i e n t o q u e los c o n c i l i o s y los papas. S i n e m b a r g o , el profesor de S a n Nicolás, demasiado escolástico e n l a utilización de l a dialéctica, les concede graciosamente l a s u p e r i o r i d a d d e l A n g é l i c o , a sabiendas de q u e este hecho n o s i g n i f i c a q u e l a teología aristotélico-tomista esté e x e n t a de abusos c o n t r a l a v e r d a d y contra l a recta m a n e r a de pensar. D e b e hacerse n o t a r l a s u m a h a b i l i d a d c o n q u e H i d a l g o desliza entre argumentos de autor i d a d l o q u e está debajo de t o d a l a Disertación, a saber, l a razón m o d e r n a i n c o n f o r m e c o n l a t r a d i c i o n a l . Puede S a n t o T o m á s v a l e r más q u e c o n c i l i o s , papas y teólogos, y n o p o r eso estar p o r e n c i m a de l a razón. P e r o b i e n p o r q u e e l p r e d o m i n i o de los t r a d i c i o n a l i s t a s v o l v í a p e l i g r o s o e l desarrollo de semejantes ideas, b i e n p o r q u e el m i s m o H i d a l g o n o hubiese llegado a la p l e n i t u d del pensamiento ilustrado, la Disertación hace h i n c a p i é e n el a r g u m e n t o de a u t o r i d a d , que entonces p a r e c í a n o sólo el c a m i n o más seguro, sino e l más c o n v i n c e n te. ¿Para q u é exponerse a ser t i l d a d o de sospechoso, si e l consenso u n á n i m e de "los más grandes teólogos de los siglos posteriores, p r i n c i p a l m e n t e los q u e i l u s t r a r o n e l x v i , el x v i i y el x v m " , l o a u t o r i z a b a p a r a c o n c l u i r q u e l a teología escolástica e r a t o t a l m e n t e i n ú t i l antes y después de Santo T o m á s ? E s insensato, dice, n o creer a los teólogos en teología, c o m o es insensato n o creer a los m a r i n e r o s e n las materias de su arte. Y es insensato, sobre todo, cerrar los ojos a l a e v i d e n c i a de

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TEOLOGÍA

D EHIDALGO

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las razones. A ú n c o n Santo T o m á s , concluye, l a teología aristotélico-tomista hace p e l i g r a r l a p u r e z a de l a religión. Q u e d a , s i n embargo, e l h e c h o de q u e el D o c t o r A n g é l i c o h a sido u n o de los más grandes teólogos, e l p r í n c i p e de ellos, c o m o sostiene l a tradición. É l sólo p u e d e j u s t i f i c a r l a filosofía teológica. D e b u e n g r a d o acepta H i d a l g o estas o p i n i o n e s c o m u n e s de l a m e n t e c o l o n i a l q u e p a r e c e n echar p o r t i e r r a s u tesis e n t e r a sobre l a teología escolástica, p e r o c o n sagacidad d i a léctica se a p r e s u r a a m o s t r a r cuál es e l sentido d e l t o m i s m o e n l a h i s t o r i a d e l p e n s a m i e n t o . L a Disertación sostiene c o n c l a r i d a d q u e e l A n g é l i c o fue u n g r a n teólogo p o r q u e supo a p l i c a r l a h i s t o r i a , l a crítica, l a cronología y l a geología p a r a d i s c e r n i r los c o n c i l i o s , los escritos de los Padres y a u n l a doct r i n a sagrada. N u n c a p o r q u e siguiese los pasos d e l Filósofo g e n t i l . L o c u a l s i g n i f i c a que, p o r p r i m e r a vez e n M é x i c o , h u b o u n a i n t e r p r e t a c i ó n d e l t o m i s m o d i s t i n t a de l a c o l o n i a l . M i e n t r a s p a r a l a tradición l a grandeza d e l A n g é l i c o consiste e n h a b e r h e c h o de l a filosofía aristotélica u n i n s t r u m e n t o anc i l a r de l a fe, p a r a H i d a l g o su m é r i t o está e n h a b e r a p l i c a d o d i s c i p l i n a s m o d e r n a s a l esclarecimiento de l a c i e n c i a teológica. A esto a ñ a d e H i d a l g o u n a consideración histórica d e l tom i s m o , según l a c u a l S a n t o T o m á s se m o v i ó a escoger a A r i s tóteles p a r a e x p l i c a r r a c i o n a l m e n t e l a fe, p o r necesidades localizadas e n u n t i e m p o y e n u n espacio concreto, c o m o e r a n l a c o r r u p c i ó n teológica de l a E d a d M e d i a , q u e l l e g a b a " a l e x t r e m o de d a r más crédito a u n filósofo g e n t i l q u e a los sagrados o r á c u l o s " . C u a n d o e l A q u i n a t e n s e advirtió q u e las condenaciones d e l a r i s t o t e l i s m o n o l o g r a b a n a r r a n c a r l o d e l p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o , t o m ó sus mismas armas " p a r a d i r i g i r las a las verdades q u e d e b í a n a l c a n z a r " . H i d a l g o a f i r m a de m a n e r a expresa q u e Aristóteles n o debe su f o r t u n a teológica a l v a l o r intrínseco de su filosofía, sino a l a " c o n d i c i ó n de los t i e m p o s " . L a " p r u d e n c i a " aconsejó a l Santo a p l i c a r e l aristotelismo a las razones de l a fe. " E l h a b e r aceptado los p r i n c i - ; pios aristotélicos n o l o debemos a t r i b u i r a l m é r i t o de Aristóteles, n i a l o más b i e n f u n d a d o de sus p r i n c i p i o s , sino a l a c o n d i c i ó n de los t i e m p o s . D e m o d o que, si c o m o fue Aristó-

332

teles e l que d o m i n a b a e n F r a n c i a y servía de escudo a los herejes, h u b i e r a sido Pitágoras, L e u c i p o o A n a x á g o r a s , h u b i e ra abrazado i g u a l m e n t e los n ú m e r o s , los átomos o l a h o m o e o m e r i a y p a n s p e r m i a , p o r q u e así l o d i c t a b a l a p r u d e n c i a . " E n l a Disertación s o b r e e l v e r d a d e r o método p a r a e s t u d i a r teología escolástica, l a r e l a t i v i d a d d e l t o m i s m o ' e s c o m p l e t a . N i el lector más b e n é v o l o p o d r í a a t r i b u i r l a conjunción aristotélico-tomista a u n a c i e r t a " e s t i m a c i ó n " q u e el santo tuviese por el filósofo g e n t i l . H i d a l g o escribe de m o d o expreso q u e c u a l q u i e r predilección p o r u n a u t o r detestado y p e l i g r o s o implicaría, a u n c o m o m e r a suposición, u n a i n j u r i a p a r a e l g r a n teólogo.

HIDALGO, TEÓLOGO

MODERNO

Según H i d a l g o , e l M a e s t r o de las Escuelas tiene c u a l i d a des q u e n o se d e b e n a l a p r u d e n c i a o a l a necesidad de los tiempos. T a l e s son e l uso de las d i s c i p l i n a s modernas e n l a explicación d e l d o g m a y, de m a n e r a especial, l a estructuración de u n a d o c t r i n a q u e d i o "bastante l u z " p a r a que el teólogo renacentista M e l c h o r C a n o c o m p u s i e r a " s u i n c o m p a r a b l e o b r a D e locis theologicis".

L a Disertación

deja entrever con a l g u n a

c l a r i d a d q u e esta d o c t r i n a n o tiene relación c o n l a escolástica estricta y sí c o n las ideas m o d e r n a s .

A pesar de

semejante

limitación, este p e n s a m i e n t o es de s u m a i m p o r t a n c i a p a r a entender l a i d e a q u e de sí m i s m o tiene H i d a l g o . L a o b r a de M e l c h o r C a n o es c o n o c i d a y c i t a d a a l a vez p o r m o d e r n o s y tradicionalistas, p e r o c o n u n s e n t i d o d i a m e t r a l m e n t e opuesto. U n o s f u n d a n su tradición.

O t r o s l o c o l o c a n como p a r a p e t o

ante l a a c o m e t i d a de los t r a d i c i o n a l e s c o m o f u n d a m e n t o de sus i n n o v a c i o n e s . D e hecho, los L u g a r e s teológicos

se convir-

t i e r o n desde l a segunda m i t a d d e l siglo x v n e n l a m á x i m a a u t o r i d a d p a r a el n u e v o p e n s a m i e n t o de teólogos y filósofos. De

d o n d e r e s u l t a q u e , p a r a el a u t o r de l a Disertación,

el fun-

d a d o r de l a teología m o d e r n a es e l m i s m o Santo T o m á s .

De

esta m a n e r a H i d a l g o pasa a ser, de r e f o r m a d o r de l a teología t r a d i c i o n a l , u n a m a n t e discípulo d e l D o c t o r de A q u i n o ;

y

LA

TEOLOGÌA

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S a n t o T o m á s pasa a ser, de f u n d a d o r d e l p e n s a m i e n t o de l a t r a d i c i ó n , e l p a d r e de l a r e v o l u c i ó n m e n t a l de M é x i c o . A riesgo de r e p e t i r , d e t e n g á m o n o s a considerar l a maest r í a c o n q u e H i d a l g o m a n e j a l a dialéctica. U t i l i z a los conoc i m i e n t o s de l a lógica escolástica e n q u e h a b í a sido f o r m a d o ; l a h i s t o r i a y el m é t o d o histórico q u e le p r o p o r c i o n ó el S i g l o d e las L u c e s son hábiles i n s t r u m e n t o s p a r a e n c o n t r a r l o acab a d o y l o valioso de l a filosofía t r a d i c i o n a l . Sólo Feijóo p u e d e comparársele. Medítese, p o r o t r a parte, e n las consecuencias de estas ideas. E l m u n d o c o l o n i a l estaba c o n v e n c i d o de q u e s u filosofía era l a ú n i c a v e r d a d e r a y l a única q u e podía cohonestarse c o n l a fe. H i d a l g o , q u e esa d o c t r i n a era p e l i g r o s a p a r a l a religión. L o s t r a d i c i o n a l i s t a s a f i r m a b a n que e l tomism o aristotélico e r a u n a v e r d a d absoluta, i n d e p e n d i e n t e d e l t i e m p o y de los h o m b r e s . E l a u t o r de l a Disertación, y con él toda l a filosofía m o d e r n a , q u e nació de meras necesidades ocasionales. N i s i q u i e r a p u e d e decirse que tenga u n a v e r d a d p a r c i a l . L a m e d i d a de Santo T o m á s fue política, p r u d e n c i a l , y n o r a c i o n a l . H i d a l g o deja a l lector q u e c o n c l u y a , p o r sí solo, q u e ya n o existe razón a l g u n a p a r a conservar l a i n c o r p o r a c i ó n de Aristóteles a l c r i s t i a n i s m o , e n v i r t u d de q u e las circunstancias especiales q u e l o p i d i e r o n pertenecen a l pasado. L a relativización de l a escolástica n o sólo i m p i d e j u s t i f i c a r l a existencia de l a m e n t a l i d a d t r a d i c i o n a l de l a c o l o n i a , sino q u e p r o p o r c i o n a u n a ascendencia respetable a l a teología, l o ; q u e en aquellos t i e m p o s s i g n i f i c a b a u n a b u e n a razón p a r a existir. C o n estos elementos r e a l i z a H i d a l g o l a más grande de las r e v o l u c i o n e s ideológicas d e l siglo x v m m e x i c a n o : l a destrucción d e l " d e l i r i o m e t a f í s i c o " y l a introducción d e l " b u e n gust o " en l a c i e n c i a sobre D i o s , q u e es l a teología. P o r p r i m e r a vez e n l a h i s t o r i a r e l i g i o s a de M é x i c o , e l saber teológico es m e d i d o c o n e l m i s m o rasero c o n q u e se m e d í a el c o n o c i m i e n t o de las cosas n o "excelsas". P a r a H i d a l g o , esta c o n q u i s t a n o es pasajera. A l i g u a l q u e Feijóo, A l z a t e , B a r t o l a c h e y G a m a r r a , tiene c o n c i e n c i a de q u e su m u n d o es u n a l u c h a entre e l e r r o r y l a v e r d a d , entre las t i n i e b l a s y l a luz, entre l a razón y los p r e j u i c i o s . Y así c o m o ellos creen, c o n t r a las enseñanzas de

¡ ; .' ;

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RAFAEL

MORENO M .

V o l t a i r e , q u e las luces y e l b u e n gusto reinarán p o r s i e m p r e , así t a m b i é n H i d a l g o teólogo p i e n s a q u e los tiempos c o r r u p t o s d e l M e d i e v o c o l o n i a l n o r e t o r n a r á n jamás. N o son éstas las únicas ideas q u e h a c e n de l a Disertación d e l método v e r d a d e r o p a r a e s t u d i a r teología escolástica e l doc u m e n t o más i m p o r t a n t e de l a i n d e p e n d e n c i a ideológica de M é x i c o . H i d a l g o fue l o bastante audaz p a r a enseñar, i n c i p i e n t e m e n t e , n o sólo u n a n u e v a razón, n o sólo los m e d i o s p a r a d e s t r u i r l a tradición, sino t a m b i é n u n a n u e v a teología, u n l o g o s n u e v o de D i o s . S i n e m b a r g o , n o debemos hacernos i l u s i o n e s a l respecto, p o r q u e es é l u n h o m b r e de las luces, y l o específico d e l siglo n o son los sistemas n i los grandes escritos teóricos, sino más b i e n los breves tratados que m u e s t r a n c ó m o pensar rectamente. A l a época de las luces le p r e o c u p a más l a m a n e r a c o m o debe pensarse q u e e l p e n s a m i e n t o mismo. E n t r e nosotros B a r t o l a c h e insiste e n e l m é t o d o v e r d a d e r o p a r a pensar l a c i e n c i a y l a filosofía, y n u n c a señala c o n i g u a l insistencia cuál sea l a v e r d a d e r a c i e n c i a o l a verdadera filosofía, p o r q u e sabe q u e , p e n s a n d o rectamente, el r e s u l t a d o tendrá q u e ser verdadero. H i d a l g o enseña el verdadero m é t o d o p a r a estudiar teología, p o r q u e sabe t a m b i é n que e l v e r d a d e r o m é t o d o teológico c o n d u c i r á a u n a teología q u e tendrá q u e ser verdadera. C o n estas salvedades, H i d a l g o establece p o r p r i m e r a vez e n M é x i c o u n a n u e v a m a n e r a de filosofar e n las = cosas d i v i n a s , hace o t r o l o g o s de D i o s , y c o n esto r o m p e r a d i calmente el n e x o d e l m u n d o t r a d i c i o n a l c o n el m o d e r n o hasta d o n d e esto p o d í a suceder e n u n a c o n c i e n c i a creyente.

H I D A L G O , H O M B R E DE L A ILUSTRACIÓN

H i d a l g o p u e d e establecer e n l a Disertación los p r i n c i p i o s d e u n a n u e v a teología p o r q u e es u n pensador típico de l a Ilustración. L a Ilustración es e n e l siglo x v m el c o r o n a m i e n t o d e las tesis y actitudes empezadas p o r e l m u n d o m o d e r n o c o n e l R e n a c i m i e n t o . E n r e a l i d a d , cada país, g u a r d a n d o las tesis f u n d a m e n t a l e s , las a d o r n a c o n sus p r o p i a s características. E n los p u e b l o s de h a b l a española, q u e e n u n t i e m p o s i n t i e r o n sobre sus h o m b r o s e l peso de l a salvación de l a c r i s t i a n d a d

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TEOLOGÍA

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t o d a , y más en M é x i c o , país d o n d e l a r e l i g i o s i d a d español a e n c o n t r ó u n c a m p o p r ó d i g o e n e l espíritu indígena, este m o v i m i e n t o m o d e r n o estaba i m p e d i d o de ser enciclopedista e n e l s e n t i d o a n t i r r e l i g i o s o y m a t e r i a l i s t a . P e r o los mismos p r i n c i p i o s q u e a los pensadores europeos conducían a l ateísmo, i m p u l s a b a n a nuestros autores m o d e r n o s a r e f o r m a r l a , t r a d i c i ó n y a pensar de o t r a m a n e r a l a c i e n c i a , l a filosofía, l a l i t e r a t u r a y a u n l a teología. D e l i b e r a d a m e n t e se h a i n s i s t i d o e n m o s t r a r q u e H i d a l g o n o es u n r e f o r m a d o r aislado, sino u n h o m b r e q u e tiene conc i e n c i a de l o q u e está s u c e d i e n d o e n e l e x t r a n j e r o y de l o q u e sucede e n e l país. H i d a l g o , p o r l a Disertación sobre el verdad e r o método p a r a e s t u d i a r teología, e n c u e n t r a e l sitio q u e le c o r r e s p o n d e d e n t r o d e l g r u p o de i l u s t r a d o s mexicanos de l a seg u n d a m i t a d d e l siglo x v m . C o m o hemos visto, no se trata s i m p l e m e n t e de renovadores de ideas y de hábitos viejos, s i n o de pensadores q u e establecen o q u i e r e n establecer u n a n u e v a c i e n c i a , u n a n u e v a filosofía y u n a n u e v a teología. M e r e c e n e n r e a l i d a d e l c a l i f i c a t i v o de ilustrados. C i e r t o es q u e si queremos v a l o r a r las ideas expuestas desd e e l p u n t o de vista de los grandes sistemas teológicos d e l c r i s t i a n i s m o , H i d a l g o n o p u e d e ser considerado teólogo. P e r o é l n o q u i s o ser o r i g i n a l e n los diversos pensamientos y sentencias escritas e n l a Disertación, a u n q u e algunas veces l o h a y a l o g r a d o . L o q u e i n d u d a b l e m e n t e le pertenece es el espíritu y l a m a n e r a c o m o d i s t r i b u y e los diversos elementos de l a pieza teológica. Y sobre todo, su o r i g i n a l i d a d estriba e n haber visto l a necesidad de r e f o r m a r l a enseñanza teológica e n M é x i c o y h a b e r e m p r e n d i d o u n a tarea q u e s i n d u d a le granjeó g r a n n ú m e r o de enemigos pertinaces. R e c o r d e m o s a este respecto q u e los editores de l a E n c i c l o p e d i a n o p i d e n a los h o m b r e s de su siglo filosofemas o r i g i n a l e s , s i n o buenas razones y aud a c i a e n l a sabiduría. Desde este p u n t o de v i s t a H i d a l g o es el más m o d e r n o de los i l u s t r a d o s m e x i c a n o s d e l siglo x v m . N o p u e d e negarse q u e casi todas las ideas u t i l i z a d a s en l a D i sertación e r a n f a m i l i a r e s e n M é x i c o , d e b i d o a las prédicas y escritos de C l a v i g e r o , B a r t o l a c h e , A l z a t e y G a m a r r a . P e r o t a m p o c o p u e d e negarse q u e l a r e f o r m a y l a introducción de

336 las ideas m o d e r n a s estaban detenidas en l a filosofía, l a c i e n c i a y l a l i t e r a t u r a . L a teología era considerada u n a c i e n c i a respetabilísima, p e r o ajena a las reflexiones filosóficas. A u n q u e los ilustrados y a h a b í a n d e r r i b a d o e l e d i f i c i o filosófico de l a tradición c u a n d o H i d a l g o escribió l a Disertación e n 1784, s i n embargo p e r m a n e c í a n incólumes los verdaderos f u n d a m e n t o s de todo e l p e n s a m i e n t o y de l a v i d a toda de l a c o l o n i a . A H i d a l g o cabe l a g l o r i a de h a b e r sido e l p r i m e r o que i n t r o d u j o e n el m u n d o u n i t a r i o de l a tradición u n a d u a l i d a d teológica. P o r eso d a el g o l p e d e f i n i t i v o q u e acabaría con el m u n d o a n t i g u o y abriría las puertas de M é x i c o a l a era m o d e r n a . L a Disertación de H i d a l g o s i g n i f i c a , pues, l a d e f i n i t i v a a u t o n o m í a d e l h o m b r e m e x i c a n o frente a su pasado. N o i m p o r t a tanto q u e el pasado esté c o n s t i t u i d o p o r tinieblas, p o r errores y p r e j u i c i o s , c u a n t o q u e y a n o tiene n i n g u n a razón, q u e j u s t i f i q u e su existencia. Y n o se t r a t a solamente de l a escolástica, sino de l a v i d a y de las costumbres que e l l a h a b í a generado. T a m p o c o se trata de u n a a u t o n o m í a f o r t u i t a , s i n o de u n a c a p a c i d a d q u e e l h o m b r e m o d e r n o c o n q u i s t a p o r sí m i s m o . E l m o d e r n o , e n efecto, sabe q u e h a l o g r a d o l a ' i n d e p e n d e n c i a r a d i c a l , q u e es l a ideológica, de u n a h i s t o r i a de l a c u a l n o puede hacerse responsable. H i d a l g o n o p i e n s a abstractamente. L o s p r o b l e m a s p a r a él son concretos y están referidos a M é x i c o . ¿Cuáles serían los pensamientos políticos d e l j o v e n nicolaíta de 31 años a l esc r i b i r l a Disertación? L o i g n o r a m o s . Sabemos, en c a m b i o , q u e realizó l a separación d e f i n i t i v a de M é x i c o c o n respecto a su pasado. Y desde entonces p u s o las bases ideológicas de l a i n d e p e n d e n c i a política.