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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA

GUSTAVO LUIZ OLIVEIRA RAFAEL PIECZYKOLAN CORDEIRO

PREVALÊNCIA DAS LESÕES DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA DO SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO DE LESÕES BUCAIS DA UNIVALI

Itajaí (SC) 2011

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GUSTAVO LUIZ OLIVEIRA RAFAEL PIECZYKOLAN CORDEIRO

PREVALÊNCIA DAS LESÕES DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA DO SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO DE LESÕES BUCAIS DA UNIVALI

Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial para obtenção de créditos da Disciplina de Trabalho de Iniciação Científica do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí. Orientador: Prof. Francisco Aranha.

Itajaí (SC) 2011

3 GUSTAVO LUIZ OLIVEIRA RAFAEL PIECZYKOLAN CORDEIRO

PREVALÊNCIA DAS LESÕES DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA DO SERVIÇO HISTOPATOLÓGICO DE LESÕES BUCAIS DA UNIVALI

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de cirurgião-dentista, Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí, aos 04 dias do mês de maio do ano de dois mil e onze, é considerado aprovado.

Prof. Francisco Carlos Seeberg Aranha (Presidente)___________________________ Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Prof. Osni Thadeu Schauffert_____________________________________________ Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Prof. Marcio de Leoni Godói______________________________________________ Cirurgião Bucomaxilo-Facial

4 PREVALÊNCIA DAS LESÕES DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA DO SERVIÇO HISTOPATOLÓGICO DE LESÕES BUCAIS DA UNIVALI Gustavo Luiz OLIVEIRA e Rafael Pieczykolan CORDEIRO Orientador: Prof. Francisco Carlos Seeberg ARANHA Data da defesa: maio de 2011 Resumo: As neoplasias bucais são consideradas um problema de saúde publica em função das elevadas taxas de incidência e mortalidade na população. Inúmeros trabalhos têm sido publicados sobre a epidemiologia de câncer bucal, todavia estudos mais abrangentes que incluem outras lesões e alterações são escassos. Portanto, a proposta deste trabalho foi analisar a prevalência das lesões diagnosticadas na Clínica do Serviço de Diagnóstico Histopatológico do Curso de Odontologia da Univali, junto aos prontuários clínicos de pacientes com lesões orais no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2010 em um total de 256 prontuários. Foram coletadas informações sobre dados de identificação do paciente (idade, sexo), bem como os dados sobre o diagnóstico (sítios anatômicos acometidos, patologias mais diagnosticadas). O gênero mais atingido foi o feminino, com (58,75%); A faixa etária mais atingida foi a partir da quarta década de vida (65,9%); O sítio anatômico mais atingido foi o lábio (23,39%); A lesão encontrada com maior freqüência foi o Hemangioma (8,75%), seguida pelo fibroma (7,91%); O grupo das lesões que teve maior freqüência foi o de neoplasias benignas (22.50), seguido pelo grupo dos processos proliferativos não-neoplásicos (18,33). Palavras chave: Câncer bucal, Neoplasias bucais, prevenção

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................06 2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................... 07 3 MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................... 22 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS............................23 5 CONCLUSÃO..............................................................................................31 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................32

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1 INTRODUÇÃO As neoplasias bucais são consideradas um problema de saúde publica em função das elevadas taxas de incidência e mortalidade na população. Segundo Santos et al. (2009), a incidência de câncer de boca ocupa o quinto lugar na população masculina e o oitavo entre a feminina. O câncer oral é, indubitavelmente, um problema de saúde pública que merece maior atenção, pois atinge uma grande parte da população. (OLIVEIRA, 2005). Inúmeros trabalhos têm sido publicados sobre a epidemiologia de câncer bucal, todavia estudos mais abrangentes que incluem outras lesões e alterações são escassos. A estomatologia tem um papel importante na Odontologia, uma vez que o conhecimento das lesões bucais é imprescindível para um correto diagnóstico e para a sequência do tratamento adequado. Lesões orais como herpes, estomatite e úlceras traumáticas são comuns na população, necessitando assim de um maior conhecimento do clínico geral. (OLIVEIRA, 2007). Na região de abrangência do curso de odontologia da UNIVALI, desde 2004 tem sido oferecida a população um serviço gratuito para prevenção e diagnóstico de lesões bucais. Estes serviços mantêm um banco de dados sobre os casos diagnosticados. Portanto, a proposta desta investigação visa analisar a prevalência das lesões diagnosticadas na Clínica do Serviço de Diagnóstico Histopatológico do Curso de Odontologia da Univali, através da análise dos dados registrados no período de 2004 a 2010, para se obter um perfil regional quanto as lesões bucais, estimulando assim o profissional a obter um maior conhecimento das patologias diagnosticadas no serviço, que é referência em nossa região capacitando-o a realizar um diagnóstico precoce, para um correto tratamento e melhor prognóstico do paciente.

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2 REVISÃO DE LITERATURA Abdo et al. (2002) relatam que o carcinoma epidermóide (CE) corresponde a cerca de 90% dos tumores malignos da boca. O objetivo desse trabalho foi determinar o perfil do paciente em tratamento de carcinoma epidermóide da cavidade bucal (CE), no Hospital Mário Penna em Belo Horizonte,

obtendo-se

assim

as

características

regionalizadas

dessa

população. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Brasil), o câncer bucal representa de 7% a 12,8% de todos os cânceres entre os homens, e de 2,0% a 6,0% entre as mulheres. A amostra foi baseada em estudo-piloto, aplicando as fórmulas para cálculo por estimativa de proporções numa população finita, sendo α=0,05 e d=0,05. Foram entrevistados 154 pacientes em tratamento de CE bucal no Hospital Mário Penna em Belo Horizonte. Foram coletados os dados referentes à idade, sexo, procedência, raça, estado civil, grau de instrução, renda mensal, profissão, uso de fumo e bebida alcoólica, localização do tumor primário. Dos 154 pacientes entrevistados 124 eram do sexo masculino (80,5%) e 30 do sexo feminino (19,5%) com uma proporção de 4,1:1. A média de idade encontrada foi de 55,7 anos para o sexo masculino e 65,8 para o sexo feminino, com uma variação de 31 a 89 anos. A média de idade para o início do uso de fumo e bebidas alcoólicas, foi de 14,2 e 17,6 anos, respectivamente, com variação de 7 a 40 anos. Com relação à localização encontramos os seguintes valores: assoalho bucal (27,9%), língua (22,2%), região retromolar (15,6%), com envolvimento de mais de um local (14,3%), gengiva (6,5%), mucosa bucal (6,5%), palato duro (5,2%), tumores sincrônicos (1,3%), tumores metacrônicos (0,7%). Antunes et al. (2004) relataram sobre o perfil epidemiológico do câncer bucal. O câncer de boca está entre os 10 cânceres mais freqüentes, apresentando a maior taxa de mortalidade no segmento cabeça e pescoço. Evidências epidemiológicas mostram que a exposição ao sol, tabagismo, alcoolismo, como também infecções pelo Papilomavírus Humano e Vírus Herpes Simples são fatores de risco desta neoplasia. O objetivo deste estudo foi verificar o perfil epidemiológico do câncer bucal observando-se a prevalência,

tipo

e

localização.

Foi

realizado

um

estudo

descritivo,

8 retrospectivo. Os dados foram obtidos dos registros dos Departamentos de Patologia do CEON/HUOC/UPE e HCP centros de referência da doença, de Janeiro de 1983 a Janeiro de 2003 (vinte anos). Observou-se que do total de 1408 (100%) casos registrados, houve concordância com os dados existentes na literatura, como se pode constar: 66.7% eram do sexo masculino e 33.1% do feminino; 92.5% da amostra total situavam-se acima dos 40 anos de idade, cuja média foi de 61.1 anos. Histologicamente, o carcinoma epidermóide prevaleceu com 82.2% dentre os casos diagnosticados. Os resultados mostram que o perfil epidemiológico do câncer bucal nos últimos 20 anos permanece inalterado, exceto pelo incremento anual no número de casos. Concluímos que ações para prevenção, diagnóstico precoce e controle da doença precisam ser otimizados. Colombo et al. (2004) realizaram um levantamento epidemiológico de lesões bucais diagnosticadas no serviço de patologia cirúrgica do curso de odontologia da FCS, no período de 2002 a 2004, tendo como objetivo o conhecimento da prevalência dessas lesões, fazendo com que o profissional tenha uma adequada previsão do diagnóstico de uma lesão, facilitando uma melhor conduta clínica. Foram considerados 97 laudos e 122 diagnósticos, ocorrendo um predomínio no gênero feminino com 70,1%, com o maior número desses pacientes na faixa etária de 40 a 49 anos (27,8%), sendo a lesão mais predominante a hiperplasia fibrosa inflamatória com 26,2%, seguida do cisto radicular (11,5%) e da sialadenite crônica com 10,8%, indicando o predomínio de lesões inflamatórias neste Serviço. Dedivitis et al. (2004) desenvolveram um estudo com o objetivo de saber as características do carcinoma espinocelular de boca e orofaringe. O câncer de boca e orofaringe é de comportamento agressivo e, no Brasil, a incidência é considerada uma das mais altas do mundo, estando entre os 6 tipos de câncer mais comuns que acometem o sexo masculino e entre os 8 mais comuns que atingem o sexo feminino. Pode ser considerado o câncer mais comum da região de cabeça e pescoço, excluindo-se o câncer de pele. É representado na sua imensa maioria por neoplasias epiteliais do tipo carcinoma espinocelular (CEC) que acometem as vias aerodigestivas superiores. Foram analisados prontuários dos casos de carcinoma espinocelular de boca e orofaringe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Ana Costa

9 e do Setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Santos no período de 1997 e 2000. Foram arrolados 43 casos de carcinoma espinocelular (CEC) de boca e 25 de orofaringe. Dos pacientes com CEC em boca, a relação de incidência masculino-feminino foi de 3,35:1, a idade variou de 46 a 91 anos. 90,7% eram caucasianos, 76,8% eram tabagistas, 74% etilistas, 79% não utilizavam prótese dentária. O sítio mais acometido foi a língua (51,1%), 53% apresentavam-se nos estádios III e IV, 72,1% eram de grau histológico II, 53% foram tratados por cirurgia e 47% por cirurgia e radioterapia adjuvante e 9,3% apresentaram segundo tumor primário. Para a orofaringe, a relação masculino-feminino foi de 11,5:1, com idade entre 40 e 81 anos (mediana de 58), 92% eram caucasianos, 92% foram encaminhados por médicos, 84% eram tabagistas, 80% etilistas, 52% não utilizavam prótese, as tonsilas palatinas foram o sítio mais acometido (76%), 96% estavam em estádios III e IV, 84% eram de grau II, 80% foram tratados por cirurgia associada à radioterapia, 16% a cirurgia para resgate de falha após radioterapia e 4% a cirurgia exclusiva e 8% tiveram segundo primário. Não houve relação estatisticamente significativa entre o estadiamento e os hábitos de tabagismo, etilismo e uso de prótese. Tais hábitos, a faixa etária e o grau histológico não tiveram relação significativa com o sítio do tumor. Estavam vivos e livres de doença 69,7% dos pacientes com tumor de boca e 22% de orofaringe. Os autores concluíram que a importância do médico ou dentista que dá o atendimento inicial realizar com eficiência o reconhecimento das lesões, para que se possa estabelecer o diagnóstico precoce. Almeida e Vianna (2005) realizaram um estudo de revisão, sistematizando achados de pesquisas sobre exposições ocupacionais e seus efeitos na saúde bucal, destacando a importância dos dados epidemiológicos no planejamento de programas de saúde bucal do trabalhador. Existem relatos de associação potencial entre exposições ocupacionais e alterações bucais; entretanto, são escassos os estudos sobre as condições de saúde bucal dos trabalhadores em países em desenvolvimento como o Brasil. Entre as exposições ocupacionais presentes na literatura odontológica, observa-se uma predominância de estudos sobre substâncias ácidas e também exposições relacionadas com o açúcar, como a poeira de açúcar. As alterações bucais podem manifestar-se tanto nos tecidos duros (cárie, erosão dental, etc.) como

10 nos tecidos moles (lesões da mucosa oral, doenças periodontais, etc). Por outro lado, observa-se que os programas de saúde bucal do trabalhador, quando existem, muitas vezes não consideram as especificidades dessa parcela da população que, além de exposta aos fatores de risco mais conhecidos das principais doenças bucais, está submetida a outros fatores relacionados ao ambiente de trabalho. Assim, considera-se relevante a discussão sobre a necessidade de maior produção de conhecimento nessa área, de capacitação de recursos humanos e de implementação de programas mais efetivos, baseados nos princípios da vigilância em saúde do trabalhador. Oliveira et al. (2005) relatam sobre o perfil epidemiológico das neoplasias orais malignas no município de São Paulo. O câncer oral acaba sendo um problema crescente com o decorrer dos anos. O Brasil foi o 8º colocado na estimativa de novos casos para o ano de 2003 e, mesmo assim, não apresenta uma política de saúde condizente com sua situação. O objetivo desse trabalho foi estudar a incidência do câncer oral no município de São Paulo, no período de 1997 e 1999, levando em consideração a distribuição por sexo, idade, tipo morfológico e localização anatômica de ocorrência, traçando um perfil de padrão de incidência da doença. Para a pesquisa foram considerados os seguintes sítios: lábio, língua e mucosa jugal. Nesses três anos foram encontrados um total de 2638 casos, sendo 1946 para o sexo masculino e 692 para o sexo feminino. Houve maior incidência das neoplasias de células escamosas; porém, outros tipos morfológicos também foram observados com relevância, como adenomas e adenocarcinomas, neoplasias mucoepidermóides presentes em 6% das mulheres e as neoplasias epiteliais em 7% dos homens. A maior incidência de faixa etária foi de 35 a 39 anos, o sitio mais atingido foi a mucosa jugal, seguido da língua e do lábio. 332 casos de

neoplasias

não

apresentavam

especificação

do

tipo

morfológico,

demonstrando a falta de suporte para o diagnóstico e o tratamento de câncer no município de São Paulo. O câncer oral é, indubitavelmente, um problema de saúde pública que merece maior atenção, pois atinge uma grande parte da população. Antunes et al. (2007) avaliam em seu trabalho os resultados da campanha de prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal realizada no contexto da campanha de vacinação contra a gripe em idosos no Estado de

11 São Paulo em 2004. Na Cidade de São Paulo, nas últimas décadas, a mortalidade por câncer bucal manteve-se estacionária, porém elevada. No estado, a incidência desse tipo de câncer também é elevada em relação a outros contextos urbanos no país e no exterior, sendo sofrível o perfil de sobrevivência dos pacientes associado ao retardo no diagnóstico. No Brasil, a prevenção primária do câncer de boca consiste fundamentalmente em programas e medidas de combate ao consumo de tabaco e álcool, num esforço integrado de promoção da saúde que visa à redução de vários outros agravantes. Em 2004, foram examinadas 238 087 pessoas de 60 anos ou mais ,correspondendo a 6,8% da população do Estado nessa faixa etária (3 494 555 habitantes). A campanha foi realizada em 23 das 24 direções regionais de saúde, porém apenas oito regiões registraram informações sobre seguimento. Das 5 280 pessoas encaminhadas para elucidação diagnóstica de lesões em tecidos moles da boca nessas oito regiões, 60,5% tiveram o seu problema resolvido e 0,5% (26 casos) tiveram diagnóstico confirmado de câncer bucal; 22,5% não completaram o diagnóstico. Para 16,5% dos encaminhamentos, não houve

informação

disponível

quanto

ao

seguimento

e

desfechos.

Considerando-se a falta de monitoramento dos resultados na maior parte do Estado e a elevada proporção de pacientes cujo problema de lesão em tecido mole da boca não pôde ser resolvido, a campanha mostrou-se ineficaz. É preciso avaliar a conveniência de realizar a campanha nos próximos anos. Bertoja et al. (2007) relatam sobre a prevalência de lesões bucais diagnosticadas pelo laboratório de histopatologia da Unicenp. O conhecimento das doenças bucais por meio de estudos epidemiológicos perfaz um importante papel na saúde publica. Este estudo tem como objetivo realizar um levantamento epidemiológico por meio de análise retrospectiva de lesões bucais diagnosticadas e estabelecer correlação quanto à prevalência, a idade e ao gênero, em comparação com a literatura mundial. O perfil epidemiológico de pacientes acometidos por patologias mostrou percentual maior em indivíduos do sexo feminino (65,82%), com maior freqüência na 5ª década de vida (24%) e media de idade de 44.2 anos.A lesão mais prevalente foi a hiperplasia fibrosa inflamatória com 30,6% dos casos. Os autores concluíram que os resultados observados para as lesões ressaltam a importância do conhecimento e que,

12 quando necessário, a biopsia seguida do exame histopatológico seja feita o mais cedo possível. Godoy et al. (2007). Realizaram um estudo epidemiológico analisando um total de 100 laudos histopatológicos diagnosticados como cisto de natureza odontogênica em pacientes de 0 a 14 anos de idade. Foram coletadas informações como gênero, idade, tipo de lesão cística, localização anatômica e tamanha da lesão. Foi observado que o gênero masculino foi o mais comprometido com 72% do total de casos sendo a idade média encontrada de 9,78 anos. A localização anatômica mais atingida foi a região posterior de mandíbula com 44% do total. O cisto dentígero teve maior prevalência com 57% seguido de cisto radicular com 31%. Foi observado também que o aspecto radiográfico unilocular e as lesões assintomáticas foram as mais frequentes. Moret (2007) manifestou a necessidade de estudar periodicamente os pacientes com certos fatores predispostos (uso de próteses, tabagismo, etilismo), assim como divulgar medidas preventivas para erradicar a patologia que estes desenvolveram. Os dados desde estudo foram obtidos no Laboratório Central de Histopatologia Bucal Dr. Pedro Tinoco, da Faculdade de Odontologia da Universidade Central da Venezuela, referentes ao período de 1968 a 1987 para a realização do trabalho foram considerados como documentos mais importantes a história fornecida pelo cirurgião-dentista ou o relatório de diagnóstico clínico e histopatológico. Estes dados foram analisados de acordo com o diagnóstico histopatológico, idade, sexo e localização anatômica. A patologia diagnosticada com mas freqüência foi a leucoplasia seguida por hiperplasia fibrosa por prótese dental e fibroma traumático, a maior prevalência de idade foram as do grupo de 20 a 29 anos, com mas freqüência no sexo feminino. Assim os autores concluíram que há necessidade de avaliar periodicamente os pacientes com lesões leucoplásicas devido ao alto potencial de se transformar em lesões malignas e as mesmas nos pacientes portadores de prótese. Oliveira (2007) estudou a ocorrência das lesões bucais na clínica de Estomatologia da Faculdade de Odontologia da UNIP – Campus Indianópolis. A amostra coletada na clínica de Estomatologia consta 125 pacientes que foram examinados no período de Agosto de 2005 a Dezembro de 2006. Desse total, 86 são do gênero feminino e 39 são do gênero masculino. Com relação à

13 cor, 91 pacientes foram considerados de cor branca e 34 foram considerados não brancos. A idade média dos pacientes foi de 46 anos. Desses 125 pacientes, 106 apresentavam lesão em mucosa oral no momento do exame clínico e geralmente essas lesões eram únicas (83 casos). Os locais mais afetados foram: palato duro (18 casos), lábio inferior (17 casos) e língua (13 casos). De acordo com o diagnóstico final, as lesões mais encontradas foram: hiperplasia fibrosa inflamatória (13 casos), úlcera traumática (09 casos), cisto periapical (07 caos) e hemangioma capilar (05 casos). Com relação às lesões cancerizáveis, obtivemos três casos de queilite actínica e outros três casos de leucoplasia. O carcinoma espinocelular foi diagnosticado em três casos. Santos et al. (2007) relataram um estudo descritivo retrospectivo com o objetivo de traçar o perfil epidemiológico dos pacientes com lesões fibroósseas. Os prontuários estudados foram de pacientes atendidos em julho de 1992 a julho de 2007, no arquivo de prontuários dos pacientes diagnosticados no Laboratório de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco – FOP/UPE. Foram registrados 112 casos de lesões fibro-ósseas, com idade que variou entre 8 meses a 89 anos. Foram analisados os indicadores gêneros, faixa etária, presença de sintomatologia, localização topográfica e tipo histológico. Do total de 112 casos, 54 casos eram fibroma cemento-ossificante, 41 casos de lesões fibro-ósseas e 17 casos de displasia fibrosa. As segunda e terceira décadas de vida foram as de maior ocorrência (56 casos), 70 casos na mandíbula e, em sua maioria, mostraramse assintomáticos (87 casos). Na maioria dos casos as LFO, apresentaram-se assintomáticos. Avelar et al. (2008) analisaram a prevalência do granuloma piogênico dentro os prontuários dos pacientes atendidos no laboratório de patologia oral da faculdade de odontologia, da Universidade de Pernambuco, no período de janeiro de 1992 a março de 2007. Foram analisados os indicadores de gênero, faixa etária, raça, localização anatômica, diâmetro das lesões e presença de sintomatologia. Foram analisados um total de 5007 registros presentes no laboratório, 3,81% correspondiam a lesão diagnosticadas como granuloma piogênico oral, onde 19,9% dos pacientes pertenciam a segunda década de vida, 40,1% pertenciam a raça branca, a gengiva foi o local mas acometido 77,9% e lesões de menor diâmetro tendo no Maximo 2cm foram as mais

14 observadas no diagnostico inicial. Os autores encontraram resultados semelhantes aos encontrados na literatura cientifica mundial. Farias et al. (2008) relatam um trabalho sobre lesões da mucosa oral em pacientes portadores de próteses dentárias, que, apesar de ter uma ação reabilitadora, as próteses podem agir como agente irritante aos tecidos moles da cavidade bucal. Este artigo trata-se de revisar a literatura a respeito daquelas lesões nas quais as próteses podem agir como fator etiológico, dentre elas estão a Estomatite Protética, Hiperplasia fibrosa Inflamatória, Úlcera Traumática e a Queilite Angular. Os autores enfatizam as medidas preventivas que podem ser adotadas para que seja reduzida a incidência das mesmas. A prevalência de lesões em tecidos moles relacionados ao uso de próteses removíveis pode ser diminuída através de medidas relativamente simples, como: a orientação adequada dos pacientes quanto aos cuidados que deve ter com sua prótese; a proservação da saúde bucal dos usuários de prótese removível; e cuidados nas diversas etapas de confecção das próteses, resultando em oclusão estável, boa adaptação da base à fibromucosa e selamento periférico adequado,dentro dos limites da área chapeável. Fernandes et al. (2008) relataram que os indivíduos usuários de drogas apresentam uma alta prevalência de lesões cancerizáveis bucais quando comparados com a população geral. Este trabalho investigou a prevalência das lesões cancerizáveis bucais em grupo de indivíduos alcoólatras. Um total de 277 pacientes do sexo masculino (idade média de 38,4 anos) e usuários de álcool foram examinados quanto à presença de lesões cancerizáveis por meio de exame clínico intrabucal. Na amostra, 17 indivíduos (6,1%) eram usuários exclusivamente de álcool, 179 (64,6%) usavam álcool e cigarro, e 81 (29,2%) consumiam álcool e outras drogas ilícitas. A maioria dos usuários de álcool consumia bebidas destiladas. Casos de queilite actínica (1,8%), leucoplasia bucal

(1,08%),

eritroplasia

(0,72%)

e

líquen

plano

(0,36%)

foram

diagnosticados. Além disso, 65 (23,4%) participantes apresentavam algum tipo de alteração na mucosa bucal relacionadas ao uso de álcool, mas sem potencial de malignização. Os autores concluíram que a prevalência de lesões cancerizáveis associadas ao alcoolismo é baixa. Entretanto, como o consumo diário de bebidas alcoólicas é considerado um fator de risco para o câncer

15 bucal, o cirurgião-dentista deve estar atendo durante o atendimento desses pacientes. Frigo e Vaccaro (2008) desenvolveram um estudo sobre o carcinoma espinocelular sendo este o câncer de maior prevalência entre os tumores malignos orais. Por este motivo, o objetivo do trabalho foi conhecer as características (idade, gênero, raça, fatores de risco e localização anatômica) dos pacientes diagnosticados com carcinoma espinocelular, no setor clínico do Serviço de Diagnóstico Histopatológico de Lesões Orais da UNIVALI. Foram obtidos dados de 130 prontuários clínicos de pacientes com lesões orais diagnosticadas no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2007. Os resultados foram: em relação a idade, a faixa etária acometida foi entre 45 e 83 anos, sem distinção por gênero, sendo esses em sua maioria brancos e fazendo o uso concomitante de tabaco e álcool e sendo a língua a região com maior incidência da lesão. Mosele et al. (2008) relatam que o estudo das neoplasias malignas da cavidade bucal e estruturas adjacentes constitui fato importante na odontologia por causa do papel que o cirurgião- dentista representa no diagnóstico e tratamento destas lesões. Embora os cânceres não representem a maioria das condições patológicas atendidas pelo dentista, são de grande significado, uma vez que têm a capacidade de colocar em risco a saúde e a longevidade do paciente. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento epidemiológico dos casos de carcinoma epidermóide da cavidade bucal (CECB) registrados no Serviço de Diagnóstico Histopatológico do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo/RS no período de 1984 a 2006, tendo-se avaliado gênero, idade e raça dos pacientes, além da localização das lesões na boca e seu grau histológico de malignidade. Após a análise dos dados dos 80 casos identificados, encontrou-se freqüência de 77,50% de CECB em pacientes do gênero masculino, a faixa etária predominante variou dos 50 aos 59 anos, e constatou-se comprometimento maior da raça branca (55 casos 68,70%). Destes, 42 ocorreram no gênero masculino e 13 no feminino. Em relação à raça negra e parda, foram observados 2 casos (2,5%), pertencentes ao gênero masculino Quanto à localização do CECB, o lábio inferior foi o local mais acometido (23,70%), seguido do assoalho bucal (18,70%) e língua (17,50%). Com relação à graduação histológica de malignidade, a categoria

16 “moderadamente diferenciada” (Grau II) foi predominante, com 31 casos (41,20% dos casos). Os autores concluíram que na cidade de passo fundo/RS e região, o predomínio de CECB em indivíduos do gênero masculino, pertencentes à raça branca e que estão na sexta década de vida. Nota-se ainda que para estes indivíduos houve predomínio de lesões com graduação histológica “moderadamente diferenciada” (Grau II da OMS). Vasconcelos et al. (2008) relataram sobre a prevalência das alterações da mucosa bucal em pacientes diabéticos. Este estudo foi caracterizado por uma serie de casos de caráter observacional. Pacientes diabéticos atendidos em 2005 foram convidados a uma consulta odontológica Foram atendidos 70 pacientes no referido serviço, onde 30 deles concordaram em participar da pesquisa. Foram excluídos do trabalho pacientes fumantes, que ingeriam álcool regularmente ou de doenças de caráter imunossupressor associada a diabetes. A idade dos participantes variou entre 20 a 79 anos. A maior parte dos pacientes tinha diabete do tipo 2. A maioria dos pacientes apresentou pelo menos uma lesão ou alteração na mucosa bucal. As alterações encontradas foram varicosidade lingual, candidíase eritematosa, queilite angular, língua fissurada, entre outras. As alterações mais freqüentes foram a varicosidade lingual e a candidíase eritematosa. Bettio et al. (2009) relataram como objetivo deste trabalho levantar a prevalência de casos de lesões em glândulas salivares nos pacientes atendidos na clínica odontológica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná

(PUCPR).

As

lesões

que

acometem

as

glândulas

salivares

representam um grupo de entidades clínicas que variam desde alterações patológicas locais até a manifestação de doenças sistêmicas. No presente trabalho foram analisados 1.990 laudos histopatológicos, dos quais 73 (3,6%) representaram lesões que acometiam glândulas salivares. Desse número, 82,2% eram constituídos por lesões de natureza não-neoplásica e 17,8% eram neoplasias. A mucocele foi a lesão mais comum com 58 casos. Outras enfermidades

foram

diagnosticadas

tais

como:

adenoma

pleomórfico,

carninoma mucoepidermoide, rânula entre outras. Cimardi e Fernandes (2009) relatam que o câncer bucal é uma doença genética, complexa e multifatorial. É potencialmente fatal e continua a ter uma incidência global elevada, sendo considerado um problema de saúde pública.

17 Câncer bucal é um sério assunto de saúde pública no Brasil, tendo em vista a alta incidência e a grande morbidade decorrente, especialmente de cirurgias agressivas para tratar lesões avançadas. O cirurgião-dentista tem um papel muito importante na equipe multidisciplinar de atendimento a pacientes oncológicos, mas talvez seu mais destacado campo de atuação seja a prevenção e o diagnóstico precoce. Este estudo foi caracterizado por uma abordagem quantitativa, utilizando questionário estruturado, com o qual se pesquisaram a prática e a conduta clínica dos profissionais da odontologia sobre o câncer bucal. O questionário para profissionais era composto de três blocos de questões: o primeiro referia-se às características da amostra, como gênero do profissional, faixa etária, área de atuação especialidade, hábito de fumar e tempo de formação acadêmica; no segundo, as questões abordavam a realização de exames pelo profissional em busca de lesões suspeitas de câncer de boca como rotina e qual era o encaminhamento dado ao encontrar lesões suspeitas de câncer de boca; o último bloco era composto por uma questão,na qual o profissional assinalava quantos diagnósticos de câncer de boca havia realizado durante o seu exercício profissional. Os dados apresentados permitem as seguintes reflexões: a aparente falta de interesse da classe odontológica pelo assunto tratado nesta pesquisa, o câncer de boca, ou, até mesmo, a falta de conhecimento dos profissionais na área. Cimardi e Fernandes concluíram nesse estudo que a prática dos cirurgiões-dentistas em realizar o exame em busca de lesões suspeitas de câncer bucal foi relatada pela maioria da amostra (72%), mas, quando comparado este resultado com a experiência profissional, verifica-se que 47,5% dos profissionais relataram nunca terem realizado um diagnóstico de câncer bucal, concluindo-se que, mesmo realizando exames de rotina, não há um diagnóstico frequente da enfermidade. Henrique et al. (2009) desenvolveram um estudo que teve como objetivo conhecer a situação em que se encontra a mucosa bucal dos indivíduos em uma determinada região do interior do Brasil, com especial atenção para as lesões cancerizáveis, no sentido de estabelecer indicadores epidemiológicos locais confiáveis, e assim promover planos de prevenção e tratamento racionais para as condições patológicas eventualmente encontradas na população. A pesquisa foi realizada com 1006 moradores da cidade de

18 Uberaba (MG). A amostra foi obtida de forma observacional, aleatória e transversal. Foram examinados indivíduos de ambos os sexos e acima de vinte anos de idade. Foram anotados todos os dados obtidos durante o exame clínico, como: dados de identificação (nome, endereço, sexo, estado civil, raça, idade, nome da mãe, procedência); dados relativos aos hábitos (tabagismo, álcool, exposição solar). Dos indivíduos examinados, 54,4% apresentaram alguma alteração da mucosa bucal, desses 35.2% com alterações dentro do padrão de normalidade, e 32,2% com lesões de mucosa bucal. A gengivite foi a lesão mais comum (6,6%), dentre as alterações dentro do padrão de normalidade a alteração mais comum foram as sublinguais (9,9%). Biopsias foram realizadas em 31 casos clinicamente indicados, nenhum câncer foi registrado. Assim os autores concluíram que com esta pesquisa que as alterações de mucosa bucal de maior freqüência são basicamente as mesmas encontradas nos diversos estudos. Notou-se que a maioria das lesões encontradas estava relacionada a fatores microbianos e ao traumatismo mecânico, sendo observada uma forte associação entre problemas dento gengivais e o surgimento das lesões, enquanto os fatores sistêmicos influíram na prevalência das lesões encontradas. Loiola et al. (2009) relatam que as neoplasias de glândulas salivares constituem um grupo de lesões, clínica e morfologicamente diverso, capaz de determinar importantes desafios diagnósticos e terapêuticos. O objetivo deste trabalho foi de determinar a frequência relativa e a distribuição das neoplasias de glândulas salivares diagnosticadas no Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Bello (IMOAB), através de um estudo retrospectivo dos casos de neoplasia de glândula salivar diagnosticados no IMOAB, no período de janeiro de 1997 a dezembro de 2007. Coletando dados sobre sexo, idade e localização anatômica através de prontuários médicos. Foram identificados 232 casos, dos quais 178 eram neoplasias benignas (76,7%) e 54 (23,3%), malignas. Os três tipos histológicos mais frequentes foram: adenoma pleomórfico (59,5%), tumor de Warthin (13,8%) e carcinoma adenoide cístico (6,9%). A maioria dos casos foi

diagnosticada

em

pacientes

do

sexo

feminino,

com

proporção

homem:mulher de 1:1,3. As neoplasias benignas e malignas apresentaram picos de incidência na quarta e sétima décadas de vida, respectivamente. Com relação a localização anatômica, 154 casos (66,4%) afetaram a parótida, 43

19 (18,5%) acometeram a glândula submandibular e 35 (15,1%) envolveram glândulas salivares menores. Prado e Passarelli (2009) indicam uma nova visão sobre a prevenção do câncer bucal no consultório odontológico. O câncer de boca é o 5º de maior incidência entre os homens e o 8º entre as mulheres, com mais de 10.000 casos novos estimados por ano. Diariamente a luta contra o câncer vem aumentando e não pode ser diferente no consultório odontológico. Em muitos casos, o cirurgião-dentista é o primeiro profissional a suspeitar e diagnosticar o câncer de boca;no entanto poucos dentistas atuam na prevenção do mesmo. O presente trabalho busca, na revisão de literatura, selecionar oito itens importantíssimos para que o cirurgião-dentista possa orientar, dialogar e educar o paciente quanto ao câncer de boca, além de o reconhecer e diagnosticar precocemente, atuando diretamente na prevenção do câncer bucal. Foram selecionados 8 itens fundamentais que, sozinhos ou em conjuntos, podem aumentar o fator de risco do câncer bucal. São eles: Tabagismo, Etilismo, Dieta, Exposição Solar, Adequação do meio bucal, Imunodeficiência, Lesões pré-câncer e autoexame. Atuar na prevenção e no diagnóstico precoce aumenta a possibilidade de cura completa em caso de diagnósticos iniciais de tumores malignos. Santos et al. (2009a) analisaram o perfil epidemiológico do câncer bucal observando-se a prevalência, tipo e localização em pacientes atendidos em um hospital de alagoas, no período de 2000-2006, incluindo dados relacionados a escolaridade, estadiamento do tumor e tratamento proposto na instituição, além de estabelecer o perfil sócio-demográfico dos pacientes, gerando assim dados para epidemiologia em serviços. Para a realização do presente estudo, foi feita uma análise retrospectiva em 396 prontuários de pacientes com diagnóstico de carcinoma espinocelular na boca. Os seguintes dados foram selecionados para análise: faixa etária, procedência, gênero, etnia, grau de escolaridade, ocupação, hábitos de vida (etilismo e tabagismo), localização dos tumores primários na cavidade oral, estadiamento dos pacientes quanto ao TNM e tipo de tratamento realizado. Observou-se que do total de 396 casos registrados, 62,70% eram do sexo masculino e 37,30% do feminino, com maior concentração na região da língua. Do total 95,2% da amostra situavam-se acima dos 40 anos de idade, cuja média foi de 91,95 anos. A maior parte das

20 lesões estava no estagio II, e o principal tratamento realizado foi a radioterapia. Assim os autores concluíram que o perfil epidemiológico do câncer bucal no estado de alagoas caracteriza-se por uma maior prevalência no gênero masculino, em terno da 6ª década de vida, com localização anatômica mas freqüente na língua, em indivíduos de etnia parda. Santos et al. (2009b) relataram que a mucosite oral é resultante de toxicidade e um dos efeitos colaterais mais comuns da radioterapia e da quimioterapia, no tratamento oncológico e para o transplante de células tronco hematopoiéticas. Clinicamente estas alterações se caracterizam por atrofia epitelial, edema, eritema e pelo aparecimento de ulcerações, que podem acometer toda a mucosa bucal, gerando dor e desconforto, prejudicando a fala, a deglutição e a alimentação. Embora a detecção dos primeiros sinais de mucosite deva indicar o início do seu tratamento, não está claro o quanto essa intervenção interfere no curso da mucosite. Ou o quanto ela é capaz de prevenir ou diminuir o risco de possíveis complicações sistêmicas, como sepsis e necessidade de nutrição parenteral. Isso porque se trata de um processo evolutivo, que se inicia antes de qualquer sinal clínico aparecer. A importância da prevenção da instalação ou do agravamento da mucosite é inquestionável, portanto a avaliação odontológica prévia ao tratamento mieloablativo, na redução da severidade das mucosites apresenta impacto considerável na qualidade de vida do paciente. Dentre 35 pacientes que receberam adequação bucal prévia ao transplante de medula óssea, 86% exibiram mucosite de grau leve e moderado, e 14% grave. Ao contrastarmos esses achados com a literatura, os autores concluíram que não houve redução na incidência de mucosite, mas sim significativa redução da gravidade da mucosite. Volkweis et al. (2010) relataram que os Centros de Especialidades Odontológicas são núcleos de excelência criados para atender demandas específicas da população que apresentam maior nível de complexidade, referentes a saúde bucal. Dentre as especialidades oferecidas a Estomatologia, com ênfase para o câncer bucal, é uma das mais importantes. Desta forma, a Estomatologia inserida nas políticas públicas de saúde bucal, oferecida dentro dos Centros de Especialidades Odontológicas é uma novidade e, portanto, representa uma demanda absolutamente desconhecida porque não há dados na literatura descrevendo esta realidade de atendimento. Buscar-se-á traçar

21 um perfil epidemiológico para esta população atendida, o quanto resolutivo este serviço pode ser, mas também discutir estes dados com as linhas institucionais apresentadas pelo Ministério da Saúde. A amostra foi composta por 435 prontuários de pacientes que procuraram o Serviço de Estomatologia do Centro de Especialidade Odontológica do Hospital Nossa Senhora da Conceição. Destes, 249 eram do sexo feminino e 186 do sexo masculino. Para tanto, realizou-se um estudo retrospectivo a partir da análise das fichas clínicas de todos os pacientes atendidos no período de outubro de 2006 a março de 2008. As doenças de maior prevalência foram as estomatites com 122 casos. Dezoito pacientes

apresentaram

doenças

malignas

(4%),

sendo

15

deles

diagnosticados como portadores de carcinoma espinocelular. Do total de pacientes atendidos, 20,7% foram direcionados a outros profissionais, 79,3% tiveram seus problemas solucionados exclusivamente no serviço e 173 casos (39,7%) foram biopsiados. Os autores concluíram que o grupo de lesão mais prevalente foi estomatite, com 28% do total. Quanto ao sexo e faixa etária, concluí-se que o sexo feminino e a faixa etária a partir de 60 anos foram os grupos predominantes.

22

3 MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo, utilizando dados secundários. Os dados serão obtidos junto aos prontuários clínicos de pacientes com lesões orais, diagnosticados na Clínica do Serviço de Diagnóstico Histopatológico da Univali, Curso de Odontologia, no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2010. Serão coletadas informações sobre dados de identificação do paciente (idade, sexo), bem como os dados sobre o diagnóstico (sítios anatômicos acometidos, patologias diagnosticadas). As patologias serão agrupadas nas seguintes categorias: a) Defeitos e Doenças Ósseas; b) Cistos e Tumores Odontogênicos; c) Lesões Melanóciticas ou Pigmentadas; d) Processos Proliferativos Não-Neoplásicos; e) Neoplasias Malignas; f) Neoplasias Benignas; g) Lesões Cancerizáveis; h) Doenças Dermatológicas e/ou Auto Imunes; i) Infecções; j) Traumas; k) Doenças de Glândulas Salivares; l) Outros. A análise estatística foi descritiva, através do cálculo da freqüência relativa. O projeto de pesquisa foi submetido à Comissão de ética em Pesquisa da UNIVALI e recebeu parecer de aprovação nº 549/09a (ANEXO 01).

23

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Foram analisados 256 prontuários, dos quais 240 apresentaram patologia diagnosticada, portanto, estes foram objeto da análise. Deste total, 141 (58,75%) pertenciam a sujeitos do gênero feminino e 99 (41,25%) ao gênero masculino. A faixa etária de maior frequência (41,70%) foi a de 41 a 60 anos (Gráfico 1). 60 % 43,0 40

22,9

21,7 20

12,4

0 0 a 20 anos

21 a 40 anos

41 a 60 anos

61 ou mais

Gráfico 1: Distribuição da faixa etária dos pacientes atendidos na clínica do Serviço de Diagnóstico Histopatológico da Univali, no curso de Odontologia, no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2010.

Neste levantamento, observa-se que a maioria dos portadores de patologias é do gênero feminino e com idade superior a 40 anos. Esta constatação vem ao encontro de diversos autores (ANTUNES, 2003; COLOMBO, 2004; BERTOJA, 2007; MORET, 2007; OLIVEIRA, 2007; SANTOS, 2009a; VOLKWEIS 2010). O grupo de lesões mais freqüente, encontrado nessa pesquisa, foi o das neoplasias benignas (22,50%), seguido dos processos proliferativos não neoplásicos (18,33%), conforme gráfico 2.

24

40 % 22,5 18,33

20 5,41 5,83 3,75

6,66 8,33 8,75

4,16

6,66 6,25 1,25

0

Gráfico 2: Distribuição das lesões encontradas entre os atendidos na clinica de diagnostico histopatológico da Univali, do curso de Odontologia, no período de janeiro de 2004 à dezembro 2010. Quadro 1: Frequência e porcentagem das patologias identificadas no grupo das lesões de doenças ósseas.

Doenças Ósseas Tórus Exostose Disp. Óssea Fib. Fib. Ossificante Osteoma Total

N 7 1 2 1 2 13

% no grupo 53,84 7,69 15,38 7,69 15,38 100

% no geral 2,91 0,41 0,83 0.41 0,83 5,41

Em relação as doenças ósseas, a lesão mais prevalente foi o tórus (53,84% do total – Quadro1). O desenvolvimento dessa lesão pode ser de causa multifatorial, incluindo influencias tanto genéticas como ambientais (NEVILLE, et al., 2008).

25 Quadro 2: Frequência e porcentagem das patologias identificadas no grupo de lesões de cistos e tumores odontogênicos.

Cistos e Tumores Odontogênicos Cisto Residual Cisto Periapical Cisto Ósseo Traum. Cisto Dentígero Ameloblastoma Total

N 2 6 2 2 2 14

% no grupo 14,28 42,85 14,28 14,28 14,28 100

% no geral 0,83 2,50 0,83 0,83 0,83 5,83

Os cistos odontogênicos são subclassificados em de desenvolvimento e inflamatórios. Os de desenvolvimento são de origem desconhecida, mas não parecem ser resultantes de uma reação inflamatória; já os inflamatórios resultam de inflamação (NEVILLE et al., 2008). Das lesões diagnosticadas na Clínica do Serviço de Diagnóstico Histopatológico do Curso de Odontologia da Univali, no grupo de cistos e tumores odontogênicos, a lesão de maior prevalência foi o cisto periapical (42,85% do total). Quadro 3: Frequência e porcentagem das patologias identificadas no grupo de lesões pigmentadas.

Lesões Pigmentadas Tat. Por Amálgama Melanoma Racial Nevo Pigmentado Mancha Pigmentada Total

N 7 1 2 2 12

% no grupo 58,33 8,33 16,66 16,66 100

% no geral 2,91 0,41 0,83 0,83 5,00

No grupo de lesões pigmentadas, a lesão de maior prevalência foi a tatuagem por amálgama (58,33% do total). O amálgama de prata é uma pigmentação encontrada na mucosa oral, sendo clinicamente evidente. Como suas possíveis causas são citadas: áreas com abrasão prévia da mucosa, podendo ser contaminadas por pó de amálgama no interior dos fluidos orais; pedaços de amálgama quebrado, fio dental contaminado com partículas de amálgama de uma restauração colocada recentemente, entre outras (NEVILLE et al., 2008).

26 Quadro 4: Freqüência e porcentagem das patologias identificadas no grupo das lesões de processos proliferativos não neoplásicos. Proc. Prolif. Não Neoplásicos

N

% no grupo

% no geral

Hip. Fib. Inflamatória Hip. Fib. Inf.Fissurada

12 15

27,27 34,09

5,00 6,25

Gran. Perif. de Cél. Gig.

5

11,36

2,08

Gran. Piogênico Gran. Periapical Linfangioma Hip. Pap. Palatal Edema de Quinke Total

8 1 1 1 1 44

18,18 2,27 2,27 2,27 2,27 100

3,33 0,83 0,83 0,83 0,83 18,33

No grupo das lesões de processos proliferativos não-neoplásicos, a lesão mais acometida foi a hiperplasia fibrosa inflamatória fissurada, com 34,09%, seguida da hiperplasia fibrosa inflamatória com 27,27% (quadro 4).

Quadro 5: Frequência e porcentagem das patologias identificadas no grupo das lesões de neoplasias benignas.

NEOPLASIAS BENIGNAS Hemangioma Fibroma Papiloma Leiomioma Lipoma Total

N 21 19 10 2 2 54

% no grupo 38,88 35,18 18,51 3,70 3,70 100

% no geral 8,75 7,91 4,16 0,83 0,83 22,50

No que se diz respeito ao grupo de lesões benignas, o hemangioma foi a lesão mais freqüente, obtendo 38,88% do total no grupo e 8,75% do geral, concordando assim com o trabalho de Oliveira (2007), que encontrou o hemangioma como lesão de maior prevalência no grupo de neoplasias benignas.

27 Quadro 6: Freqüência e porcentagem das patologias identificadas no grupo de neoplasias malignas.

NEOPLASIAS MALIGNAS Carc. Epidermóide Carc. in situ Total

N 15 1 16

% no grupo 93,75 6,25 100

% no geral 6,25 0,41 6,66

No grupo de lesões malignas, o predomínio foi abundante. O carcinoma epidermóide é a lesão de maior prevalência, com 93,75%, concordando com Antunes (2003) e Frigo e Vaccaro (2008), relatando que o carcinoma epidermóide é a lesão de maior prevalência entre os tumores malignos orais.

Quadro 7: Freqüência e porcentagem das patologias identificadas no grupo de lesões cancerizáveis.

LESÕES CANCERIZÁVEIS Leucoplasia Leucoplasia pilosa Queilite actinica Leucoeritroplasia Total

N 13 1 5 1 20

% no grupo 65,00 5,00 25,00 5,00 100

% no geral 5,41 0,41 2,08 0,41 8,33

Em relação as patologias identificadas no grupo de lesões cancerizáveis, a leucoplasia foi a de maior prevalência (65%), sendo uma das lesões cancerizáveis mais freqüentes da cavidade bucal, desenvolvendo-se em qualquer região sendo, a mucosa jugal, o lábio inferior e rebordo lateral de língua as áreas mais afetadas (NEVILLE et al., 2008).

28 Quadro 8: Freqüência e porcentagem das patologias identificadas no grupo de doenças dermatológicas ou auto-imune.

DOENÇAS DERMATOLÓGICAS OU AUTO-IMUNE Líquen Plano Estomatite aftosa Estomatite nicotínica Glossite migratória Penfigóide Cicatricial Total

N

% no grupo

% no geral

10 2 1 6 2 21

47,61 9,52 4,76 28,57 9,52 100

4,16 0,83 0,41 2,50 0,83 8,75

No grupo de doenças dermatológicas ou auto-imune, a lesão de maior prevalência foi o líquen plano, com 47,61% do total. O líquen plano é uma doença dermatológica auto-imune relativamente comum que freqüentemente afeta a mucosa bucal, afetando na maioria das vezes adultos de meia-idade, sendo pacientes do sexo feminino (NEVILLE et al., 2008). Quadro 9: Freqüência e porcentagem das patologias identificadas no grupo das lesões de infecções.

INFECÇÕES Candidíase Crônica Atrófica Candidíase Aguda Pseudo-membranosa Gengivite Abcesso Periapical Osteonecrose Crônica focal idiopática Total

% no grupo 27,27

% no geral 1,25

3 2

18,18

0,83

2 3 1

18,18 27,27 9,09

0,83 1,25 0,41

11

100

4,58

N

Quadro 10: Freqüência e porcentagem das patologias identificadas no grupo das lesões de traumas.

TRAUMAS Úlcera Traumática Trauma Mastigatório Total

N 3 1 4

% no grupo 75,00 25,00 100

% no geral 1,25 0,41 1,66

Em relação aos traumas, a úlcera traumática é a lesão de maior freqüência, com 75%. São lesões resultantes de dano mecânico, como contato com alimentos cortantes ou mordidas acidentais durante a mastigação,

29 escovação excessiva, conversação, ou mesmo dormindo (NEVILLE et al., 2008). Quadro 11: Freqüência e porcentagem das patologias identificadas no grupo das lesões de doenças de glândulas salivares.

DOENÇAS DE GLÂNDULAS SALIVARES Mucocele Rânula Sialolitíase sublingual Total

N

% no grupo

% no geral

14 1 1 16

87,50 6,25 6,25 100

5,83 0,41 0,41 6,66

Sobre as patologias identificadas no grupo das lesões de doenças de glândulas salivares, o mucocele é a de maior freqüência, com 87,50% do total, sendo uma lesão comum da mucosa oral, resultado de uma ruptura de um ducto de glândula salivar e conseqüente derramamento de mucina para o interior dos tecidos moles circunjacentes (NEVILLE et al., 2008).

Quadro 12: Freqüência e porcentagem das patologias identificadas no grupo de outras lesões.

OUTROS Dor ao gelado Mancha na língua Cisto sebáceo Grânulos de Fordyce Língua Fissurada Lesão endo-perio Queratinização idiopática Afta Dor no dente Ardência na mucosa Formigamento lábio inferior Sinusite Total

N 1 2 1 2 1 1 1 1 2 1 1 1 15

% no grupo 6,66 13,33 6,66 13,33 6,66 6,66 6,66 6,66 13,33 6,66 6,66 6,66 100

% no geral 0,41 0,83 0,41 0,83 0,41 0,41 0,41 0,41 0,83 0,41 0,41 0,41 6,25

A lesão encontrada com maior freqüência entre os pacientes atendidos na Clínica do Serviço Histopatológico do Curso de Odontologia da Univali, no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2010, foi o Hemangioma (8,75% do

30 total) seguida do Fibroma (7,91% do total), Carcinoma Epidermóide e Hiperplasia Inflamatória Fibrosa Fissurada (6,25% do total). Quadro 13: Distribuição levando em conta a localização anatômica atingida pelas lesões encontradas na clinica de diagnostico histopatológico da Univali no período de janeiro de 2004 à dezembro 2010.

LOCALIZACAO Palato Duro Palato Mole Lábio Língua Mucosa Jugal Gengiva Rebordo Alveolar Mucosa Alveolar Assoalho Bucal Seio Maxilar Fundo de Sulco Orofaringe Intra-osseo Outros Total

N 12 5 51 41 30 12 22 11 7 1 12 1 10 3 218

% 5,50 2,29 23,39 18,80 13,76 5,50 10,09 5,04 3,21 0,45 5,50 0,45 4,58 1,37 100

A localização anatômica mais atingida encontrada em nosso trabalho foi o lábio com 23,39% do total, seguido pela língua com 18,80%, concordando com Mosele (2008), onde lábio foi o sítio mais atingido (23,70%).

31 5 CONCLUSÃO

De acordo com os prontuários encontrados e analisados na Clínica de Serviço de Diagnóstico Histopatológico da Univali, do Curso de Odontologia, no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2010, concluímos que: - O gênero mais atingido foi o feminino, com 58,75%; - A faixa etária mais atingida a partir da quarta década de vida (65,90%) - O sítio anatômico mais atingido foi o lábio (23,39%); - A lesão encontrada com maior freqüência foi o Hemangioma (8,75%), seguida pelo fibroma (7,91%); - O grupo das lesões que teve maior frequência foi o de neoplasias benignas (22.50%), seguido pelo grupo dos processos proliferativos nãoneoplásicos (18,33%).

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