Campanha da Fraternidade. Estudo do Tema da Campanha da Fraternidade. Quaresma e Campanha da Fraternidade

INFORMATIVO DA DIOCESE DE TUBARÃO ANO 51 . Nº 378 . MARÇO 2017 Pág. 03 Estudo do Tema da Campanha da Fraternidade Pág. 10 Quaresma e Campanha da F...
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INFORMATIVO DA DIOCESE DE TUBARÃO

ANO 51 . Nº 378 . MARÇO 2017

Pág. 03

Estudo do Tema da Campanha da Fraternidade Pág. 10

Quaresma e Campanha da Fraternidade Pág. 11

Tema da Campanha da Fraternidade vem sendo aprofundado nas Paróquias

Páginas 08 e 09

Campanha da Fraternidade Biomas Brasileiros e defesa da vida Pág. 02

Pág. 06

Quaresma no Ano Mariano

Pastoral de Conservação

Pág. 11 Sonhar com o Céu pisando firme o Chão

Pág. 14

Energia Limpa e Renovável Pág. 15 Coordenações preparam o 2º ComVocação

Pág. 16 Pequeninos em Foco

Informativo da Diocese de Tubarão Março 2017

Quaresma no Ano Mariano Dom João Francisco Salm - Bispo Diocesano

Neste ano celebram-se dois Jubileus Marianos: os cem anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal, e os trezentos anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul, São Paulo. Os Papas nos ajudam a perceber o significado e a importância de Aparecida: em 1930, Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil. E Paulo VI, em 1967, lhe ofertou a rosa de ouro. São João Paulo II, ao visitar o Santuário Nacional, em 1980, afirmou: “Aqui pulsa, há mais de dois séculos, o coração católico do Brasil. [...], Aparecida é [...] a capital espiritual do Brasil”. Bento XVI, por ocasião da V Conferência, disse: “O Papa veio a Aparecida com viva alegria para vos dizer primeiramente: Permanecei na escola de Maria. Inspirai-vos nos seus ensinamentos, procurai acolher e guardar dentro do coração as luzes que Ela, por mandato divino, vos envia lá do alto”. E o Papa Francisco, em 2013: “Em Aparecida, Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe! [...]. Há algo de perene para aprender sobre Deus e sobre a Igreja, em Aparecida; um ensinamento, que nem a Igreja no Brasil nem o próprio Brasil devem esquecer”. Para refletir sobre tudo isso, aprofundar a compreensão, “celebrar, fazer memória e agradecer” esse dom imenso que é Aparecida, a Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) instituiu o Ano Nacional Mariano: iniciou no dia 12 de outubro do ano passado e se estenderá até o dia 11

de outubro próximo. Esta Quaresma, que já é um “tempo oportuno” da ação amorosa de Deus em nossa vida, está, também, mergulhada no Ano Mariano e, por isso, marcada pela presença luminosa de Maria que nos manda “fazer o que o Senhor diz” (Jo 2,5). E Ele diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Quem, então, se dispõe às práticas quaresmais estimulado pelo horizonte de esperança e de vida que é a Páscoa, encontra na Campanha da Fraternidade um itinerário de conversão inspirado no cultivo e no cuidado comunitário e social. Afinal, seguindo a pessoa e a prática de Jesus, o seu Evangelho, nossa vida se transforma. Transformam-se nosso modo de pensar, nossa escala de valores, nossas relações, nossa visão de mundo, nossos ideais e nosso agir; passamos a entender que somos responsáveis por nós mesmos, pelos nossos irmãos e irmãos de longe e de perto, pela vida em sociedade, pela natureza inteira e, portanto, pela preservação das condições de vida no Planeta Terra. A conversão só será verdadeira se atingir todas as nossas relações: tudo precisa ser harmonizado tendo Deus como referência. O Tempo Litúrgico da Quaresma-Páscoa, o apelo da Campanha da Fraternidade e as motivações do Ano Nacional Mariano são bela oportunidade para a reflexão pessoal e em grupo, para a oração e iniciativas que ajudem a melhorar a convivência nesta nossa “Casa Comum”.

Aniversários em março Ordenação

12/03/2016 - Diác. Raul M. Martins Filho 18/03/1962 - Pe. Cornélio Dall’Alba, CSJ Nascimento 19/03/2011 - Pe. Joel M.Bittencourt 04/03/1971 - Simone B. Gomes 26/03/2011 - Pe. Márcio Martins 10/03/1990 - Juciara Francisco de Quadra 15/05/1954 - Neuza S. Goulart 19/03/1967 - Lúcia da Silva Cordeiro 20/03/1946 - Solange Schreiber Martins

Expediente Jornal Diocese em Foco . Tiragem 15.000 Rua Senador Gustavo Richard . nº 90 . Cx. Postal 341 . 88701-220 Tubarão . Santa Catarina . Fone/Fax.: (48) 3622-1504 [email protected] . www.diocesetb.org.br Conselho Editorial Pe. Lino Brunel

Jornalista Vera Lúcia M. Garcia - SC 01097 JP

Administração Pe. Pedro Debiasi

Comercial Marcos Giraldi (48) 9129-2500

Correção Pe. Lino Brunel

Projeto Gráfico mddois.com.br

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Informativo da Diocese de Tubarão Março 2017

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Estudo do Tema da Campanha da Fraternidade

PASCOM Diocesana

Agenda Pastoral 01 01 01 02 02 02-03 03 03 03-05 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04 04-05 05 05 05 06 06 06 06-07 06-08 07 07 07 07 08 08 08 09 09-10 09-10 10 10-12 10-12 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11-12 11-12 11-12 13 13 13 13 13 13-14 13-14 14 14 14 15 16 16 17 17-19 18 18 18 18 18 18 18-19 18-19 18-19 18-19 19 19 20 20-22 20-23 21 21-23 24 24-26 24-26 24-29 25 25 25 25 25 25 25 25 25 26 26 26 27 27 27 28 28 28 28 28 28 29 30 31 31

4ª F 10h00 4ª F 14h00 4ª F 5ª F 19h30 5ª F 20h00 5ª F 6ª F 19h30 6ª F 6ª F 18h00 Sáb 13h30 Sáb 14h00 Sáb 14h00 Sáb 14h30 Sáb 14h30 Sáb 15h00 Sáb 19h00 Sáb 19h00 Sáb 08h30 Sáb 09h00 Sáb Sáb 14h00 Dom 09h00 Dom 14h00 Dom 19h00 2ºF 20h00 2a F 20h00 2ª F 20h00 2ª F 12h00 2ª F 3ª F 14h00 3ª F 19h30 3ª F 19h30 3ª F 19h30 4ª F 4ª F 14h00 4ª F 14h00 5ª F 14h00 5ª F 08h30 5ª F 6ª F 08h30 6ª F 18h00 6ª F 18h00 Sáb 14h00 Sáb Sáb 08h30 Sáb 08h30 Sáb 08h30 Sáb 13h30 Sáb 14h00 Sáb 14h00 Sab 14h30 Sáb 20h00 Sáb 08h00 Sáb 13h00 Sáb 13h00 2ª F 09h00 2ª F 19h00 2ª F 19h30 2a F 20h00 2ª F 20h00 2ª F 11h00 2ª F 12h00 3ª F 08h30 3ª F 08h30 3ª F 19h30 4ª F 19h30 5ª F 19h00 5ª F 19h30 6a F 19h30 6ª F 19h00 Sáb 08h00 Sáb 08h30 Sáb 13h30 Sáb 14h00 Sab 14h00 Sáb 14h00 Sáb 08h30 Sáb 08h00 Sáb 09h00 Sáb Dom Dom 2ª F 20h00 2ª F 19h00 2ª F 3ª F 14h00 3ª F 6ª F 19h00 6ª F 6ª F 2ª F 14h00 Sáb 08h30 Sáb 08h30 Sáb 13h30 Sáb 14h00 Sáb 14h30 Sáb 14h30 Sáb 15h30 Sáb 15h30 Sáb 17h00 Dom 08h00 Dom 13h30 Dom 2ª F 14h00 2º F 20h00 2ª F 20h00 3ª F 09h00 3ª F 19h00 3ªF 14h00 3ª F 19h30 3a F 19h30 3ª F 19h30 4ª F 19h30 5ª F 19h30 6ª F 19h00 6ª F 19h30

Pastoral Carcerária Cel. das Cinzas - Pres. Feminino Tubarão Pastoral Carcerária Cel. das Cinzas - Pres. Masculino Tubarão Calendário Litúrgico 4ª Feira de Cinzas e CF Paróquias Romaria da Terra 1ª Reunião Diocesana Cúria MFC - TB Reunião Coordenação Comarcal CEAC/TB Pastoral da Saúde Congresso Nacional Aparecida Mov. de Irmãos - JG Encontro de Líderes dos Grupos 13 de Maio CIER Dia Mundial de Oração Paróquias COMIRE Formação de Assessores IAM Lages PASCOM Oficina ‘Leitores e Salmistas’ Imbituba Apost. da Oração- JG Reunião da Coord. Comarcal 13 de Maio Catequese - JG Reunião da Coord. Comarcal M. Grande Setor Juventude - TB Reunião Coordenação Comarcal M. Castelo Setor Juventude - BN Reunião Coordenação Comarcal Armazém SSVPaulo/Vicentinos Reunião Fábio Silva Mov. de Irmãos Missa de Ação de Graças B. do Norte SSVPaulo/Vicentinos Reunião e Curso - ECAFO Fábio Silva Diaconado Permanente Reunião do CRD Joinville Grupos de Famílias Reunião Eq. Redação dos Roteiros Cúria/TB Ap. Mãe Peregrina Jornada dos Coordenadores Biguaçu Mov. de Cursilhos Encontro Dioc. de Cursilhistas CEDA/TB Zimba Jovem Reunião da Coordenação Sangão Congregação Mariana Reunião da Coord. Diocesana F.R.Garças MFC - TB Missa de Abertura Ano 2017 São Judas Mov. de Cursilhos - BN Ultreia B. do Norte Mov. de Cursilhos - LG Ultréia Paes Leme Mov. de Cursilhos - TB Escola de Formação CEAC/TB Pastoral Presbiteral Reunião dos Coords. Diocesanos Flopolis CNBB Sul 4 Reunião CONSER - Bispos Flopolis Past. da Pessoa Idosa Oficina de atualização Novo Guia PPI Orleans Grupos de Famílias - JG Reunião da Coord. Comarcal M. Grande Catequese Reunião Coordenação Diocesana Oficinas/TB Past. Of. do Dízimo - JG Reunião Coordenação Comarcal M. Grande Calendário Civil Dia Internacional da Mulher Paróquias Pastoral Carcerária Reunião da Equipe Humaitá Apost. da Oração - TB Reunião Coordenação Comarcal CEAC/TB Ap. Mãe Peregrina - TB Reunião Coordenação Comarcal CEAC/TB CNBB Sul 4 Reunião do CRP Blumenau Pastoral da Criança Capacitação Estadual Chapecó CRB Núcleo de Tubarão Reunião da Coord. Diocesana S. Ludgero CRB Sul 4 Enc. Provinciais e Coord. Núcleos Lages Pastoral Familiar R. Cons. Regional de Formação Joinville Grupos de Famílias - TB Reunião Coordenação Comarcal Passagem Setor Juventude R. Reg. da Eq. de Metodologia MJ Criciúma COMIDI Reunião e Formação Cúria/TB P. Vocacional/SAV-TB Reunião Coordenação Comarcal CEAC/TB Pastoral da Educação Enc. Dioc. Profissionais na Educação C. S. José PASCOM - BN Oficina ‘Leitores e Salmistas’ Paróquias Past. da Pessoa Idosa Reunião da Coordenação Diocesana S. Ludgero Catequese - JG Reunião Coordenação Comarcal M. Grande P. Vocacional/SAV - JG Reunião Coordenação Comarcal P. Grandes Mov. de Cursilhos Reencontro de Jovens Cursilhistas B. do Norte RCC Experiência de Oração Comarcas Acamps Tuba Retiro Espiritual CEAC/TB Setor Juventude Escola Querigma - 1ª Etapa CEDA/TB Pastoral Presbiteral Encontro Confraternização Padres Pe. Rafael Catequese - BN Reunião Coordenação Comarcal B. do Norte RCC - BN Avivamento para o Senhor B. do Norte Mov. de Cursilhos - LG Escola de Formação Imbituba Mov. de Cursilhos - TB Escola de Formação CEAC/TB Pastoral da Saúde Reunião Diocesana e Estudo CF Orialan/Imb COMIRE Reunião Regional Lages Coord. Ampliada Pastoral Reunião Cúria/TB Cáritas Reunião da Cáritas Diocesana Alamandas Estel /Escola Fé e Política Início dos Cursos - Aula Inaugural CEDA/TB Projeto Formação Laicato Reunião da Coordenação Cúria/TB Pastoral Presbiteral - BN Mutirão de Confissões S. Ludgero Grupos de Famlias - BN R.Coord. Ampliada Com. E Dioc. Armazém Catequese - LG Reunião Coordenação Comarcal Magalhães CNBB - CND Conselho Consultivo de Diáconos S. Leopoldo Pastoral Carcerária R. dos Coordenadores Diocesanos Lages Pastoral Vocacional Enc. Vocacional Divina Providência S. Ludgero PASCOM - TB Oficina ‘Leitores e Salmistas’ Paróquias CPT Reunião da Comissão Diocesana Rio Bonito Pastoral da Criança - BN Capacitação - Brinquedos B. do Norte Grupos de Famílias - LG Reunião Coordenação Comarcal Cabeçuda Pastoral Vocacional/SAV I Estágio Vocacional Seminário PASCOM Reunião da Equipe Regional Caçador Pastoral Vocacional Resgata-me Fratern. O Caminho Laguna RCC Retiro GO e Formação p/Pregadores Chapecó Setor Juventude - LG Encontro de Formação Imbituba Mov. de Irmãos - LG Formação de Líderes de Grupos Imbituba Mov. de Cursilhos - TB Reunião Coordenação Comarcal CEAC/TB Pastoral da Saúde Encontro Regional - CRPS Lages OSIB/SC Curso p/Formadores e Seminaristas Flopolis Pastoral da Criança - BN Reunião Coordenação Comarcal S. Ludgero CNBB - Dom João Reunião do Conselho Permanente Brasília Pastoral Presbiteral - BN 24 horas p/o Senhor c/Confissões Orleans Pastorais Sociais - Sul 4 Seminário das Pastorais Sociais Flopolis CEBs /Grupos de Famílias Seminário Estadual Flopolis Ap. Mãe Peregrina - TB Formação para Missionárias/os Paróquias Conselho Dioc. Pastoral Reunião CEDA/TB Pastoral da Criança Reunião Coordenação Diocesana M. Castelo PASCOM - JG Oficina ‘Leitores e Salmistas’ Paróquias Past. da Pessoa Idosa Oficina de atualização Novo Guia PPI Jaguaruna Setor Juventude - JG Reunião da Coord. Comarcal 13 de Maio P. Vocacional/SAV-BN Reunião Coordenação Comarcal Rio Fortuna RCC Reunião Coordenação Diocesana Capivari Cursilho Jovem - TB Reunião dos Jovens Cursilhistas Casa Mov. de Cursilhos - BN Escola de Formação para Jovens B. do Norte RCC Formação Permanente S. Martinho Apost. Da Oração - BN Encontro Comarcal S. Ludgero CEBs/Grupos de Famílias Caminhada dos Mártires Flopolis Pastoral da Saúde - BN Encontro de Formação Orleans Mov. de Cursilhos - BN Escola de Formação R. Fortuna Mov. de Cursilhos - TB/JG Ultréia Catedral Pastoral Presbiteral Reunião da Coordenação Rio Fortuna Pastoral Presbiteral - BN Mutirão de Confissões Rio Bonito Pastoral da Saúde - BN Reunião e Estudo Auto Estima R. Fortuna Conselho Comarcal - JG Reunião 13 de Maio Pastoral Familiar - LG Reunião Coordenação Comarcal Imbituba Pastoral Familiar - TB Reunião Coordenação Comarcal Humaita Conselho Comarcal - LG Reunião N. Brasilia Conselho Comarcal - BN Reunião Armazém Pastoral Presbiteral - BN Mutirão de Confissões B. do Norte Conselho Comarcal - TB Reunião Passagem

O que vamos fazer? Propostas de Ação

Os professores Leonardo Rodrigues Inácio e Maricelma Simiano Jung apresentaram os biomas brasileiros

“Deus criou o mundo como um jardim... Deus Pai é o grande jardineiro! O pecado desfigurou o que Deus criou. Jesus é o novo jardineiro que veio fazer nova todas as coisas criadas”. Com estas palavras Dom João Francisco Salm, nosso bispo diocesano, abriu a noite de estudo da Campanha da Fraternidade de 2017, que traz como tema “Fraternidade: Biomas Brasileiros e Defesa da Vida”, e como lema: “Cuidar e Guardar a Criação”. Dom João lembrou ainda que a quaresma é tempo de renovação de nossa vida e de nossas atitudes, também em relação à nossa Casa Comum. O auditório (capela) da Casa de

Encontros Dom Anselmo ficou lotada na noite do dia 16 de fevereiro, com a presença de mais de 350 lideranças leigas, padres, religiosos, religiosas e diáconos da diocese. A equipe de coordenação diocesana da CF organizou um belo e profundo momento de reflexão e aprendizado sobre as realidades dos biomas brasileiros e sobre as ameaças a que estão sujeitos, principalmente pela ação do homem. Os professores Leonardo Rodrigues Inácio e Maricelma Simiano Jung apresentaram-nos, com bastante substancialidade, a geografia de nosso país e seus biomas, que traduzem a sabedoria e o carinho com

Assine: 0800 70 100 81 www.familiacrista.org.br

que Deus construiu a casa que nos deu para habitar, com sua fauna e flora diversificadas e a possibilidade de uma convivência sustentável entre homem e natureza. Ao final, e diante de muitos sinais de depredação e exploração, os presentes sugeriram algumas ações para atender ao apelo que a Campanha da Fraternidade nos faz (confira ao lado) Lembrando o profeta Isaias, Dom João citou o espírito novo que trabalha, transformando deserto em jardim. Com essa citação nosso bispo nos provocou a nos deixarmos guiar pelo Espírito e trabalhar em prol da vida e da Casa Comum.

• Retomar e apoiar o abaixo assinado que defende o reconhecimento e proteção dos territórios pesqueiros. • Desenvolver ações de cuidado das nascentes dos rios. • Incentivar a produção e o consumo de produtos orgânicos e da economia solidária. • Fomentar ações públicas e privadas relacionadas à despoluição e revitalização dos rios da Bacia Hidrográfica do rio Tubarão; • Exigir dos setores responsáveis um Plano de Controle Ambiental para extração de seixos e areias do leito dos rios. • Evitar o consumo dos produtos transgênicos. • Promover o replantio de plantas nativas em áreas de preservação, nas margens dos rios e próximo às nascentes e conscientizar sobre o impacto ambiental dos pinos e eucaliptos. • Exigir dos governos municipais a execução do Plano Municipal de Saneamento Básico. • Cobrar do poder público que cada município tenha um Plano de Gestão Ambiental e exigir sua eficiência. • Incentivar a captação da água da chuva em reservatórios e o seu uso doméstico. • Conscientizar e educar (escolas, igrejas, MCS...) para o respeito ao meio ambiente motivando ações que vão desde o não descarte de qualquer lixo no chão até a separação de todo o lixo para a reciclagem; do uso responsável da água até a o tratamento de todo o esgoto antes de jogá-lo na natureza; do impacto causado ao meio ambiente e à saúde pelo uso tão grande de agrotóxicos.

Seminário também serviu para apresentar as propostas de ação

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Mensagem para a Quaresma Edição Padre Nilo Buss

Tema: A Palavra e o outro são um dom

1. Fazer da Quaresma um caminho espiritual. A Quaresma é o momento favorável para intensificarmos a vida espiritual através dos meios santos: o jejum, a oração e a esmola. Na base de tudo isto, porém, está a Palavra de Deus... Aqui queria deter-me, em particular, na parábola do homem rico e do pobre Lázaro. Deixemo-nos inspirar por esta página tão significativa... incitando-nos a uma sincera conversão... 2. Dois personagens em cena: o primeiro, de nome Lázaro. (Lázaro) se encontra numa condição desesperada e sem forças para se solevar, que jaz à porta do rico na esperança de comer as migalhas que caem da mesa dele, o corpo coberto de chagas..., um homem degradado e humilhado. A cena revela-se ainda mais dramática, quando se considera que o po-

bre se chama Lázaro, um nome muito promissor, pois significa, literalmente, “Deus ajuda”. Não se trata duma pessoa anônima; antes, tem traços muito concretos e aparece como um indivíduo a quem podemos atribuir uma história pessoal. 3. Lázaro é “o outro”, um dom, um caminho para a conversão. Enquanto Lázaro é como que invisível para o rico, a nossos olhos aparece como um ser conhecido e quase de família, torna-se um rosto; e, como tal, é um dom, uma riqueza inestimável, um ser querido, amado, recordado por Deus... Lázaro ensina-nos que o outro é um dom... O próprio pobre à porta do rico não é um empecilho fastidioso, mas um apelo a converter-se e mudar de vida. O primeiro convite que nos faz esta parábola é o de abrir a porta do nosso coração ao outro, porque cada pessoa é um

dom... Cada vida que se cruza conosco é um dom e merece aceitação, respeito, amor... 4. O segundo personagem, um “rico” sem nome. Este (segundo personagem) é qualificado apenas como “rico”. A sua opulência manifesta-se nas roupas, de um luxo exagerado, que usa... Entrevê-se nele, dramaticamente, a corrupção do pecado, que se realiza em três momentos sucessivos: o amor ao dinheiro, a vaidade e a soberba... O dinheiro pode-nos subjugar, a nós e ao mundo inteiro, numa lógica egoísta que não deixa espaço ao amor e dificulta a paz... A ganância do rico fá-lo vaidoso... Vive de aparências que servem de máscara para o seu vazio interior... O degrau mais baixo desta deterioração moral é a soberba. O homem veste-se como se fosse um rei, simula a posição dum deus, esquecendo-se que é um simples mortal...

Procure em sua Paróquia

5. Uma descoberta tardia demais! Só no meio dos tormentos do Além é que o rico reconhece Lázaro e queria que o pobre aliviasse os seus sofrimentos com um pouco de água. Os gestos solicitados a Lázaro são semelhantes aos que o rico poderia ter feito, mas nunca fez. Abraão, porém, explica-lhe: “Recebeste os teus bens na vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado”. Mas a parábola continua, apresentando uma mensagem para todos os cristãos: o rico que ainda tem irmãos vivos,... 6. O mais importante: dar ouvidos á Palavra de Deus. O verdadeiro problema do rico, a raiz dos seus males é não dar ouvidos à Palavra de Deus; isto o levou a deixar de amar a Deus e, consequentemente, a desprezar o próximo.

A Palavra de Deus é uma força viva, capaz de suscitar a conversão no coração dos homens e orientar de novo a pessoa para Deus. Fechar o coração ao dom de Deus que fala, tem como consequência fechar o coração ao dom do irmão. 7. Um chamado final é vida em Cristo. A Quaresma é o tempo favorável para nos renovarmos, encontrando Cristo vivo na sua Palavra, nos Sacramentos e no próximo. O Senhor que venceu as ciladas do Tentador indica-nos o caminho a seguir... Que o Espírito Santo nos guie na realização dum verdadeiro caminho de conversão, para redescobrirmos o dom da Palavra de Deus, sermos purificados do pecado que nos cega e servirmos Cristo presente nos irmãos necessitados... Então poderemos viver e testemunhar em plenitude a alegria da Páscoa.

Dom Nelson Westrupp vai administrar a Diocese de Lages

Dom Nelson

Este é o roteiro para os Grupos de Famílias a ser usado com proveito no tempo da quaresma e no tempo pascal. Os temas de 1 a 5 foram propostos para ajudarem os grupos na preparação para a páscoa a partir da espiritualidade quaresmal e da Campanha da Fraternidade. Os temas de 6 a 9 foram propostos para a vivência do tempo pascal. O livro ainda contém uma Via Sacra para ser rezada na igreja, nas ruas ou em lugares próprios, tanto ao longo da quaresma como também na Sexta-Feira Santa, e um roteiro de Vigília Eucarística para a Quinta-Feira Santa e Sexta Feira da Paixão.

A nomeação de Dom Nelson como administrador Apostólico da diocese de Lages, em seu período de vacância é do Papa Francisco. A vacância da diocese de Lages, desde o dia 30 de novembro de 2016, se deu com a nomeação de Dom Irineu Andreassa bispo de Ituiutaba, no estado de Minas Gerais. Dom Nelson Westrupp é bispo emérito de Santo André, SP e vai oferecer este especial serviço para a Igreja em Santa Catarina e especialmente na diocese de Lages. Seja bem vindo.

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PARÓQUIA DE MAGALHÃES / LAGUNA

Festejou Jubileu de Ouro Carla e Arnaldo Limas - Casal coordenador do CPC da Matriz

PARÓQUIA DE BRAÇO DO NORTE

Celebração do Centenário já começou Pe. Joel Marcolino Bittencourt

Lideranças receberam a imagem do padroeiro

Banda Carlos Gomes acompanhou a imagem da padroeira executando canções marianas

Entre os dias 27 de janeiro a 05 de fevereiro deste ano, foi celebrada a 106ª Festa em honra a Nossa Senhora dos Navegantes com a comemoração das Bodas de Ouro da Paróquia de Magalhães. A manifestação de fé e devoção mariana trouxe muitos fiéis para acompanhar as novenas, a transladação da imagem e a bela procissão marítima. O show com a caravana do Canta Viola Sul da Unisul TV e a participação do grande coro da Beata Albertina foram alguns dos destaques, além de tudo aquilo que rege a tradição. A imagem da padroeira da paróquia navegou na Lagoa Santo Antônio e no canal dos Molhes da Barra sobre a Balsa, acompanhada pela banda Carlos Gomes que executava

canções marianas. Com paradas em frente às comunidades de Ponta da Barra e Ponta das Pedras, os devotos recebiam a procissão marítima com emoção, palmas e queima de fogos. A Fé na mãe do Senhor e a comemoração do aniversário de 50 anos da paróquia culminaram com uma celebração eucarística iniciada na praia do Mar Grosso, em frente ao embarque do bote para as comunidades da ilha, de onde a imagem foi transladada até a igreja Matriz e lá houve a continuação da Celebração Eucarística. No dia 02 de fevereiro, a santa missa foi presidida por Dom João Francisco. O bispo diocesano também crismou os adolescentes e jovens que foram preparados no último ano. Foi a Missa da Unidade

que reuniu representações das onze (11) comunidades da paróquia e do Asilo Santa Isabel, com as imagens de seus padroeiros. A Coordenação de Pastoral da Comunidade da Matriz, juntamente com nosso querido pároco Pe. Carlos Henrique, agradece a toda comunidade paroquial, turistas e devotos pela bela participação neste momento único e especial. Um reconhecimento especial ao nosso eterno vigário paroquial Padre Edemir João de Souza, um dos grandes incentivadores de nossa igreja, que nos deixou em agosto de 2016. Muito grato somos a Deus e a Mãe dos Navegantes. Resta-nos dizer o nosso melhor muito obrigado aos benfeitores, trabalhadores, festeiros e a todo povo santo de Deus.

Fazendo parte da Celebração do Centenário da Paróquia de Braço do Norte, a imagem do padroeiro Nosso Senhor do Bom Fim visitará as famílias da paróquia. Na missa do domingo dia 19 de fevereiro, lideranças das 14 comunidades receberam as imagens que, na ocasião, foram abençoadas e os visitadores receberam a bênção de envio. O Papa Francisco nos tem pedido uma igreja que vá ao encontro das pessoas e a celebração do centenário é um momento oportuno para ir ao encontro das famílias, em seus lares e ao Senhor do Bom Fim suplicar as bênçãos para as mesmas. As comunidades acolheram a imagem na celebração da quarta-feira de cinzas e, a partir deste dia, farão as visitas que seguirão até o dia 16 de setembro. Dia 17 de Setembro será a celebração solene do centenário.

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Informativo da Diocese de Tubarão Março 2017

Um serviço para Igreja

MODELOS DE PASTORAL EM TORNO À RENOVAÇÃO DO VATICANO II - I

Pastoral de Conservação Modelo de Ação

Pe. Agenor Brighenti

Neste ano de 2017, celebramos dois acontecimentos importantes. O mais remoto, os 500 anos da Reforma Protestante (1517). E, mais próximo de nós, os 10 anos de Aparecida (2007). Ambos mudaram a Igreja ou a desafiaram a uma mudança profunda. O movimento de Lutero levou à reforma da Igreja, que só aconteceu no Vaticano II, há 50 anos. Aparecida resgatou a reforma do Concílio, que estava estagnada, assim como resgatou também Medellín (1968) e inspirou o Papa Francisco a publicar a Exortação Evangelii Gaudium, um documento que conclama a Igreja do mundo inteiro a uma profunda conversão missionária. Tendo presente estes dois acontecimentos, pensei que pudesse ser de interesse dos leitores de Diocese em Foco neste ano, uma série de artigos que mostre como está a Igreja hoje neste processo de reforma. Mais concretamente, que modelos de ação e eclesiológicos o Concílio superou e que modelos, tanto o Vaticano II e a Igreja na América Latina propuseram, para responder aos novos desafios de nossos tempos.

O modo de ser Igreja da Idade Média Na década de 1960, quando

o Vaticano II foi realizado, estavam vigentes dois modelos de pastoral e que foram superados pela renovação conciliar: a pastoral de conservação e a pastoral coletiva. O primeiro é do período de cristandade e, o segundo, do período de neocristandade. Comecemos pela pastoral de conservação, caracterizando seu modelo de ação. A visão de Igreja deste modelo apresentaremos no próximo artigo. A pastoral de conservação, assim denominada por Medellín (Med 6,1) e citada por Aparecida (DAp 370), é um modelo de pastoral, que funciona centralizado no padre e na paróquia e, no seio desta, na Igreja matriz. Ela vem de longe. Parte dela vem de antes do Concílio de Trento (1545-

1563): uma prática da fé de cunho devocional, centrada no culto aos santos e composta de procissões, romarias, novenas, milagres e promessas. São práticas típicas do catolicismo popular medieval e que chegou em nosso país com a colonização portuguesa. Como naquela época havia muitos poucos padres, trata-se de um catolicismo de “de muita reza e pouca missa, muito santo e pouco padre” (Riolando Azzi). Estranhamente, procissões, romarias, novenas... ao contrário daquela época, hoje, contam com “muito padre”. Além destas práticas medievais, a outra parte da pastoral de conservação vem da reforma do Concílio de Trento, que tentou corrigir abusos desta religiosidade milagreira, cri-

ticada por Lutero. É a vivência da vida cristã em torno do padre, baseada na recepção dos sacramentos e na observância dos mandamentos da Igreja.

Conservar a fé dos supostamente evangelizados Na pastoral de conservação, se pressupõe que os cristãos estejam evangelizados, quando na realidade trata-se de católicos não convertidos, sem a experiência de um encontro pessoal com Jesus Cristo. Consequentemente, não há processos de iniciação cristã, catecumenato ou catequese permanente. A recepção dos sacramentos salva por si só, concebidos e acolhidos como “remédio” ou “vacina espiritu-

Arquidiocese de Florianópolis

al”. Neste modelo, a paróquia é territorial e, nela, em lugar de fiéis, na prática, há clientes que acorrem esporadicamente ao templo, para receber certos bens espirituais fornecidos pelo clero. Na pastoral de conservação: o administrativo predomina sobre o pastoral (um bom pároco é um bom administrador, não necessariamente pastor); a sacramentalização predomina sobre a evangelização (o trabalho do padre é rezar missa e administrar os demais sacramentos e cabe aos leigos recebê-los, passivamente); a quantidade predomina sobre a qualidade da fé (se mede o êxito da pastoral pelo número de comunhões, confissões, batismos, casamentos); o pároco predomina sobre o bispo (sem pastoral de conjunto, o padre é bispo em sua paróquia, quando não papa); o padre predomina sobre o leigo (o leigo é um colaborador do padre, ajudante); enfim, massa predomina sobre a comunidade (em lugar de multiplicar o número das pequenas comunidades, o padre procura aumentar o tamanho do templo). Todos estes são elementos que caracterizam um velho e caduco modelo de evangelização, infelizmente, ainda muito presente em um mundo que não é mais aquele medieval, pré-científico e teocrático.

PARÓQUIA DE IMARUÍ

Formação dos Ministros da Palavra

Pascom de Imaruí

Formação na comunidade de Ribeirão de Imaruí

A Paróquia São João Batista de Imaruí, iniciou, neste ano, um processo de capacitação dos Ministros e Ministras da Palavra que, nas Comunidades, dirigem a Celebração Dominical quando não há missa. Para facilitar a participação, a paróquia foi dividida em três setores: Norte, Centro e Sul. Os cursos serão nestes três setores da paróquia, nas Comunidades de Figueira Grande, Ribeirão de Imaruí e Siqueiro. No início de fevereiro o curso iniciou no Setor Norte. O próximo passo é organizá-lo nos outros dois Setores, de modo que todos os Ministros da Palavra possam receber uma boa preparação ao longo de 2017. O pároco Pe. Antônio Rech estará à frente deste trabalho.

07

Instituto Superior de Direito Canônico é instalado em Florianópolis

No dia 06 de fevereiro, foi instalado no Provincialado das Irmãs da Divina Providência, em Florianópolis (SC), o Instituto Superior de Direito Canônico Santa Catarina (ISDCSC). A cerimônia foi presidida pelo Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Moderador do ISDCSC, e contou com participação do Bispo de Blumenau, Dom Rafael Biernaski, do Administrador Diocesano de Joinville, Pe. Adenir José Ronchi, e de representantes do clero, religiosos e leigos do Regional Sul 4 da CNBB. O ISDCSC é uma instituição eclesiástica voltada para o cultivo, ensino e pesquisa da ciência canônica, em processo de agregação à Pontificia Universidade Lateranense, de Roma. O ISDCSC responde a uma grande necessidade da Igreja. Precisa-se de especialistas em Direito Canônico seja para o serviço nos Tribunais Eclesiásticos, seja para os serviços administrativos e de consultoria nas cúrias diocesanas e religiosas, para a assessoria em outros setores da vida da Igreja, para o magistério e para contribuir de modo significativo no desenvolvimento da ciência jurídica e canônica. Neste primeiro semestre, o curso já conta com um total de 30 alunos, e todos apresentam uma grande empolgação e interesse com o que irão aprender nós próximos anos. O Pe.

O curso já conta com um total de 30 alunos

Johon Sidney Oliveira Moraes é um exemplo. Ele virá todos os meses da Diocese de Bacabal, no Maranhão, para participar das aulas no ISDCSC. Ele conta o porquê da escolha de Florianópolis, “por ser a primeira turma, consequentemente seria mais exigente, porque a primeira é sempre a mais cobrada para servir de referência para os outros. Quando nós somos cobrados o proveito é maior”. Outro fator que motivou a escolha do curso em Florianópolis é a exigência que tem com os idiomas. “Não que nos outros cursos de direito ca-

nônico não sejam importantes os idiomas, mas aqui em Florianópolis é bastante cobrado”, afirma Pe. Johon. Outro exemplo de determinação pelo curso é o do Pe. Rafael Uliano, da Diocese de Tubarão. “Durante os quatro anos do meu curso de Teologia, fiz uma especialização em Direito Matrimonial, no Rio de Janeiro. Lá tive a oportunidade de estudar e depois com a monografia feita no Instituto Teológico de Santa Catarina (ITESC) como conclusão do curso na área do Direito Canônico, orientado pelo Pe. Tarcísio, percebi o

despertar do estudo desta área e também, contei com bastante apoio e incentivo do próprio padre”. O curso tem um corpo docente com uma vasta experiência canônica, seja no âmbito forense, quanto pastoral e magisterial. Frei Moacyr Malaquias Júnior, OFM, da Diocese de Cuiabá-MT, professor na primeira semana letiva, é formado em Direito Canônico em Roma, onde trabalhou por 12 anos no Vaticano e também deu aulas na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma. No ISDCSC, ele ministrará as aulas

de Filosofia do Direito, História das Instituições do Direito Canônico e Direito Patrimonial Canônico. “Essa iniciativa da Arquidiocese de Florianópolis de abrir este instituto tem uma grande importância para a região; sem dúvida alguma vai trazer uma grande contribuição para o Direito Canônico no Brasil”, destacou o Frei Moacyr. O diretor do curso, Pe. Tarcísio Pedro Vieira, explica que “a ordenação dos estudos de Direito Canônico é constituída de três ciclos. O Primeiro Ciclo, de caráter propedêutico, é destinado aos alunos que não têm Filosofia e Teologia. O Segundo Ciclo, o Mestrado Eclesiástico propriamente dito, é para quem já tem Filosofia e Teologia. O Terceiro Ciclo é o Doutorado. O ISDCSC oferece o Primeiro e o Segundo Ciclos, e está aberto tanto aos clérigos, religiosos e religiosas, leigos e leigas”. As aulas do Mestrado Eclesiástico são presenciais e realizadas de modo intensivo na primeira semana de cada mês; nas demais semanas, os alunos são acompanhados pela Sala de Aula Virtual. O Instituto iniciou as atividades com dez alunos no Primeiro Ciclo e 20 no Segundo. Da Diocese de Tubarão, temos dois alunos. Um leigo, Sr. Zeli José Willemann e o Pe. Rafael Uliano. Para mais informações: www.isdcsc.org.br

Informativo da Diocese de Tubarão Março 2017

08 e 09

Campanha da Fraternidade 2017 Biomas Brasileiros e defesa da vida A quaresma nos provoca e convoca à mudança de vida (...). Neste tempo litúrgico, a Igreja nos propõe a Campanha da Fraternidade com o tema “Biomas Brasileiros e Defesa da Vida”. Interpela-nos para o cuidado dos biomas porque sua depredação manifesta a crise ecológica e esta pede uma profunda conversão interior a todos que se omitem das preocupações com o meio ambiente ou que não se decidiram ainda a mudar seus hábitos. Falta-lhes, pois, uma conversão ecológica (...). Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem, neste tempo quaresmal, somos movidos à vida plena.

Objetivo Geral da Campanha da Fraternidade Cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho.

Objetivos Específicos da Campanha da Fraternidade • • • • • • •



Aprofundar o conhecimento de cada bioma... Comprometer-se com as populações originárias e suas lutas. Defender a biodiversidade do território brasileiro. Compreender o impacto das grandes concentrações populacionais sobre os biomas. Fazer articulação com quem quer a preservação das riquezas naturais e o bem estar do povo brasileiro. Comprometer as autoridades públicas com o meio ambiente e a defesa dos povos. Contribuir com a construção de novo paradigma econômico-ecológico que atenda às necessidades de todos e respeite a natureza. Compreender o desafio da conversão ecológica.

Biomas Brasileiros O Brasil é formado por seis biomas de características distintas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Bioma é o conjunto de vida vegetal e animal, com condições de clima semelhantes, que resultam em diversidade biológica própria. A primeira reação dos colonizadores, quando chegaram ao Brasil e aqui encontraram tantas matas, rios, animais e povos, foi de admiração e encantamento. Hoje, 500 anos depois do encantamento dos primeiros colonizadores com o que viram aqui, devemos nos perguntar: O que restou daquela floresta, daqueles povos, daquelas águas, daquela imensa biodiversidade que maravilhava seus olhos? Qual destino estamos dando a tantas riquezas e qual Brasil queremos deixar para as gerações futuras? Para nos ajudar a responder a estas perguntas, a Campanha da Fraternidade nos provoca com o tema deste ano “Biomas Brasileiros e Defesa da Vida”. Ao abordar cada bioma, à luz da fé, deveremos

Piauí. (parte colorida do mapa). Este bioma, rico em biodiversidade, está ameaçado. Desde o ano 1.500 que a mata atlântica vem sendo destruída. Hoje, restam apenas 8,5% da Mata Atlântica originária em áreas acima de cem hectares; 12,5% se somados todos os fragmentos acima de três hectares (parte verde limão do mapa). .Ainda assim, vivem na Mata Atlântica mais de 20 mil espécies de plantas (sendo que 8 mil espécies só existe nela), 270 espécies conhecidas de mamíferos, 992 espécies de aves, 197 espécies de répteis, 372 espécies de anfíbios e 350 espécies de peixes. Os manguezais, de grande importância ecológica para a manutenção da vida marinha, também fazem parte do bioma Mata Atlântica; também a floresta de Araucária, hoje reduzida a 1% do que havia. No bioma estão localizadas sete das nove grandes bacias hidrográficas do Brasil, alimentadas pelos rios São Francisco, Paraíba do Sul, Doce, Tietê, Ribeira de Iguape e Paraná. Aproximadamente 140 milhões de pessoas, 70% da população brasileira, com suas grandes cidades, estão inseridas na região da Mata Atlântica, o que gera um grande impacto ambiental. Dos povos originários muitos foram extintos e os remanescentes enfrentam problemas na defesa de seus territórios e de seus direitos. As grandes ameaças ao bioma, atualmente, além da grande concentração populacional e da falta de saneamento básico, são as empresas produtores de papel e celulose, as mineradoras e as hidrelétricas que causam grandes impactos ambientais.

nos interrogar sobre o significado dos desafios dos biomas e dos povos que neles vivem.

Bioma Amazônia É o maior bioma do Brasil, formado pelos estados da região Norte do Brasil e se estende por outros países. A parte que fica no Brasil corresponde a quase 50% do território brasileiro. É um vasto mundo verde de águas e florestas. Nesta grande parte do Brasil vivem aproximadamente 25 milhões de habitantes. Dentre seus habitantes há mais de mil comunidades quilombolas e cerca de 225 povos indígenas, além de, seringueiros e ribeirinhos. São estes os verdadeiros guardiões da floresta, mas que vivem ameaçados por garimpeiros, grileiros, posseiros, mineradores, grandes agricultores, pecuaristas e madeireiros. Crescem e vivem na Amazônia em torno de 2.500 espécies de árvores, 30 mil espécies de plantas, mais de 4.200 espécies de animais. A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo com 1.100 afluentes e o rio Amazonas, o maior rio do mundo. Tem também uma grande reserva de água subterrânea, o aquífero Alter do Chão, tão intenso quanto o rio da superfície. Ainda, a evapotranspiração da floresta produz o chamado “rio aéreo” que leva água em forma de vapor para o Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil e até para outros países. Outra grande contribuição da Amazônia é com o ciclo do carbono. A região amazônica é muito cobiçada por empresas nacionais e transnacionais. A política de ocupação e o modelo de desenvolvimento adotado ignora seu papel no clima e no ciclo do carbono, a fragilidade do solo, a contribuição para os demais biomas como fornecedor de água. As populações locais (indígenas, posseiros, ribeirinhos, seringueiros, quilombolas...) são deixados de lado ou considerados entraves para o dito desenvolvimento. É a Igreja Católica quem tem se posicionado pastoralmente diante dos problemas sofridos pelos povos desta região.

Bioma Caatinga O bioma Caatinga fica no Nordeste do país, onde vivem cerca de 27 milhões de pessoas. É o 4º bioma em extensão, ocupando quase 10% do território nacional. A região tem o clima semiárido. Com 70% de seu subsolo formado por rochas cristalinas, o bioma Caatinga tem poucas nascentes e rios. O principal rio é o São Francisco que nasce no Cerrado mineiro e é alimentado por rios que nascem no Cerrado baiano. Adaptadas ao clima semiárido, vivem no bioma 178 espécies de mamíferos, 591 tipos de aves, 177 tipos de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 classes de peixes e 221 espécies de abelhas. A região tem potencial para a produção de energia solar, para o cultivo de frutas, criação de animais de pequeno e médio porte e produção de mel. Vivem na Caatinga inúmeras comunidades tradicionais e mais de 30 nações indígenas. Estas comunidades lutam pela demarcação de seus territórios, pelo reconhecimento de seus direitos e pela plena cidadania. A Caatinga tem sido agredida pelas queimadas e pelo desmatamento e mais de 80% da cobertura original já não existe mais. O que parecia ser uma boa solução, a agricultura irrigada, está sendo problema porque apenas 5% dos solos são aptos para a irrigação e a região dispõe de apenas 2% da água necessária para irrigar esses solos. Para facilitar a convivência do homem com a Caatinga e seu clima, a partir da década de 1990 organizações da sociedade civil têm estabelecido mecanis-

mos para viver bem neste ambiente, fortalecendo o trabalho que a Igreja já vinha realizando há muito tempo.

Bioma Cerrado É o segundo maior bioma brasileiro. Está na região Centro-Oeste do Brasil. Originalmente abrangia quase 23% do seu território. Hoje vivem no Cerrado 22 milhões de pessoas. Árvores com raízes profundas e galhos tortuosos e de pequeno porte são as principais características do Cerrado. Embora não “produza” água, acumula, em seu subsolo poroso, as águas das chuvas que vem da Amazônia, formando grandes aquíferos que abastecem inúmeras bacias brasileiras e também os aquíferos. O rio São Francisco, por exemplo, recebe suas águas, quase em sua totalidade, do Cerrado e as distribui em outras regiões. No Cerrado vivem cerca de 23 mil espécies vegetais e 320 mil espécies animais Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais alterações sofreu com a ocupação humana. Um dos impactos ambientais mais graves na região foi causado por garimpos que contaminaram os rios com mercúrio e provocaram o assoreamento dos cursos d’água. Nos últimos anos, contudo, a expansão da agricultura e da pecuária representa o maior fator de risco para o Cerrado por sua ação predatória que destrói os ecossistemas, o que incide diretamente na alteração do regime das águas provocando efeitos danosos para todo o território brasileiro, além de desrespeitar os povos originários e comunidades tradicionais que se vêem em constante conflito na defesa do que é seu. . Aos povos do Cerrado, muitos povos indígenas e camponeses e agricultores familiares, se deve a preservação do que ainda resta do chamado “Cerrado em pé”.

Bioma Mata Atlântica Originalmente a Mata Atlântica abrangia certa de 15% do território brasileiro estendendo-se desde o Rio Grande do Sul até o

Bioma Pampa O bioma Pampa ocupa 2,07% do território nacional e a parte brasileira se restringe ao sul do Rio Grande do Sul, onde vive uma população de 6 milhões de pessoas. Trata-se de uma região bastante plana, formada por grandes latifúndios. Sua principal característica é a vegetação formada basicamente por gramíneas e espécies vegetais de pequeno porte, o que favoreceu o desenvolvimento extensivo da agropecuária. Vivem no Pampa em torno de três mil espécies de plantas, 500 espécies de aves, 100 espécies de mamíferos. É no bioma Pampa que se localiza grande parte do Aquífero Guarani. Suas águas sofrem a ameaça da contaminação por conta da grande quantidade de veneno que vêm sendo aplicado nas monoculturas, em ampla expansão, da soja, trigo, mamona e principalmente do arroz irrigado, além do pinus e eucaliptos. Os indígenas, primeiros habitantes do Pampa, principalmente Charruas e Minuanos, através de seus hábitos, foram os povos que mais contribuíram para a formação do tipo humano e social que mais tarde foi identificado como “gaúcho”.

Bioma Pantanal O bioma Pantanal corresponde a 1,76% do território brasileiro (parte dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), embora se estenda também pela Bolívia e Paraguai. Caracteriza-se por ser uma grande área inundável. Durante as cheias, até 80% da área fica coberta de água; na estiagem, tudo volta a ficar verde. A biodiversidade se constitui de três mil e quinhentas espécies de plantas, 124 espécies de mamíferos, 463 espécies de aves e 325 espécies de peixes. Quando chegaram os primeiros colonizadores europeus, o Pantanal era ocupado por importantes povos indígenas de várias etnias. Só no Mato Grosso do Sul eram aproximadamente 1,5 milhões de indígenas. Os remanescentes resistem ao assédio dos fazendeiros que ocuparam ou querem ocupar suas terras. A Igreja Católica

vem dedicando especial atenção aos povos originários, ribeirinhos e pantaneiros da região. No Pantanal brasileiro vivem hoje cerca de 1.100.000 pessoas. A pecuária é hoje a atividade econômica mais significativa (16 milhões de cabeça de gado). Outras atividades importantes são o monocultivo da cana de açúcar, a mineração e a siderurgia, todas atividades que causam grandes impactos ao meio ambiente.

O cuidado da Casa Comum faz parte da doutrina cristã Com sua encíclica Laudato Si’, sobre o Cuidado da Casa Comum, o papa Francisco incluiu o tema da ecologia na Doutrina Social da Igreja. Isto significa que a relação do ser humano com a natureza, com sua consequência ambiental, humana e social, é assumida pelo magistério da Igreja como uma nova questão proposta à fé. Nesta, que é a primeira encíclica ecológica, o papa Indica como um dos eixos fundamentais da reflexão ecológica a ecologia integral: “a relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta, a convicção de que tudo está interligado no mundo, a crítica do novo paradigma e das formas de poder que derivam da tecnologia, o convite a procurar outras maneiras de entender a economia e o progresso, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a necessidade de debates sinceros e honestos, a grave responsabilidade da política internacional e local, a cultura do descarte e a proposta de um novo estilo de vida”

O Agir da Campanha da Fraternidade De modo geral, a grande proposta de ação da Campanha da Fraternidade é “cuidar dos biomas brasileiros”. Os objetivos específicos são, de certa forma, indicativos desta ação. No que diz respeito ao Bioma Mata Atlântica, que é onde vivemos, o Texto Base da Campanha da Fraternidade nos interpela a: • Exigir do poder público a recuperação das áreas degradadas; • Defender a demarcação do território das comunidades originárias e tradicionais; • Exigir que as políticas de saneamento básico sejam implantadas; • Apoiar o projeto de lei que defende o direito ao território das comunidades tradicionais pesqueiras; • Apoiar ações relacionadas à despoluição dos rios e lagoas • Cuidar das nascentes e dos rios; • Apoiar as ações em defesa do bioma frente ao avanço das mineradoras; • Participar e acompanhar a efetivação do plano diretor em relação ao saneamento básico dos municípios; • Denunciar os projetos econômicos imobiliários em Áreas de Preservação Permanente; • Apoiar a produção agroecológica camponesa com base na agricultura familiar; • Incentivar o consumo de produtos agroecológicos e sustentáveis provenientes da Economia Solidária. Gesto Concreto da CF 2017 Dia Nacional da Coleta da Solidariedade Domingo de Ramos - 09 de abril de 2017

Informativo da Diocese de Tubarão Março 2017

Pe. Ademir Eing

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Quaresma e Campanha da Fraternidade

A quaresma é um grande retiro espiritual, no qual a Palavra de Deus nos questiona, nos instiga profundamente, mostrando para cada um de nós o caminho da conversão, a mudança que precisamos fazer em nossa vida. (Importância de participar assídua e ativamente das celebrações eucarística e da palavra) Neste tempo, a oração mais intensa (novenas, via-sacra, oração individual), que nos aproxima de Deus; a esmola como exercício da caridade fraterna e do desapego das coisas (desfazer-se daquilo que há tempo não é usado); e o jejum como sacrifício que educa para a renúncia de tudo que nos afasta de Deus são os três grandes instrumentos indicados por Jesus para que a conversão, a mudança de vida, aconteça. (O papa Francisco sugere que o jejum não consista só da renúncia de coisas gostosas e agradáveis, mas também do propósito de coisas boas: sorrir, agradecer, expressar amor, saudar, ouvir, ajudar, animar, elogiar, corrigir fraternalmente, telefonar

Assessoria de Comunicação HNSC

para alguém distante, visitar). Neste grande retiro espiritual de 40 dias, um momento particularmente forte é a celebração do Sacramento da Penitência. Depois de iluminados pela Palavra de Deus e conscientes daquilo que precisa mudar em nós, a confissão de nossos pecados é o momento de nos lançarmos nos braços

do Pai misericordioso para que nos regenere com a graça do perdão e de uma vida nova.

E onde entra a Campanha da Fraternidade nisto tudo? É que o mal que persiste teimosamente em nós, mal do qual devemos nos conscienti-

zar e nos deixar libertar, não prejudica somente a nós mesmos, às nossas famílias, às pessoas mais próximas. Este mal afeta também e gravemente a comunidade-Igreja, a sociedade inteira e inclusive a criação de Deus, a natureza da qual somos parte. Neste ano, a CF quer nos conscientizar da urgência

de uma conversão, de uma profunda mudança no nosso modo de nos relacionar com a natureza, particularmente com o bioma mata atlântica no qual vivemos, do qual fazemos parte e que já destruímos quase totalmente. (Uma das coisas que mais me sensibiliza, me comove mesmo, é quando ouço as confissões de crianças que pedem perdão por desrespeitar a natureza. As novas gerações graças a Deus e aos esforços de seus educadores têm uma sensibilidade ecológica muito maior que nossas gerações). Só seremos capazes de cultivar e guardar nosso bioma se aprendermos a admirá-lo, se nos deixarmos fascinar por sua beleza e harmonia. Para isso é preciso que o conheçamos, pois “cultivar e guardar nasce da admiração!” (Texto-base, 10). É isso que “a campanha deseja, antes de tudo, levar à admiração para que todo o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada” pelo Senhor, nosso Deus e Pai (Texto-base, 10).

Irmã Olivia comemorou 50 anos de vida religiosa

Com o lema “O Senhor é minha luz e salvação”, irmã Olivia Prim, da Congregação das Irmãs da Divina Providência, comemorou dia 18 de fevereiro, 50 anos de vida religiosa. Natural de São Pedro de Alcântara (SC), é filha de Leopoldo Prim e Leocádia Junkes. A religiosa atualmente reside na Comunidade Cristo Rei, em Tubarão, onde vivem as irmãs da congregação. Irmã Olivia já atuou nos hospitais de Tubarão, Tijucas e Jaraguá do Sul, onde se dedicava a área administrativa e da costura. Em Tubarão, fundou em 2002, a Pastoral da Saúde, além de auxiliar os primeiros passos

Irmã Olívia atualmente reside na Comunidade Cristo Rei

dos grupos de voluntários Samaritanos e Ministros da Eucaristia. Também atuou nos colégios Sagrada Família, em Blumenau, e Stella Maris, em Laguna. Dedicou-se ainda aos cuidados de crianças em risco social, em Joinville, bem como auxiliou a congregação no juvenato, estágio para jovens que se destinam à vida eclesiástica, em Rodeios (SC). Em Florianópolis trabalhou no Provincialado Coração de Jesus (...) Irmã Olivia hoje tem 78 anos, cumpre tarefas na Comunidade Cristo Rei e, sempre que pode, está junto de seus familiares, seu bem mais precioso.

Informativo da Diocese de Tubarão Março 2017

Pe. Auricélio Costa

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Sonhar com o Céu pisando firme o Chão

Ele chorava agachado num canto da casa, gesticulando sua inconformidade pelo fato de, talvez, não receber o brinquedo que tanto almejava. Foi quando seu pai o chamou, pediu que sentasse em seu colo e lhe explicou a situação: “meu filho, eu e sua mãe não queremos privar você de se divertir, de brincar... mas, nós somos pobres e, na vida, às vezes, é preciso esperar a melhor oportunidade... olhe os seus irmãos e as outras crianças brincando ali no pátio! Olhe como estão felizes! E você está aí perdendo tudo isso!...” Após secar suas lágrimas e receber um beijo, o garoto foi se unir aos demais. Essa pequena história doméstica pode nos inspirar a começarmos bem mais um ano pastoral. Diante da avassaladora crise moral de nossa sociedade, muitos cristãos ficam murmurando por aí suas tristezas, desilusões e insatisfações. Tal crise descambou para o mundo da política, da ética, da justiça, da educação... e atingiu a vida religiosa também. Enfim, vivemos uma crise de esperança! Como é bom quando alguém nos ajuda a perceber-

mos que nossa realidade atual não é o fim, e que o foco deve estar mais adiante, no horizonte a ser desbravado. Bem fez Jesus quando nos apontava o seu Reino e exortava seus discípulos a buscarem “as coisas do alto”, a juntarem tesouros “onde a traça e a ferrugem não corroem”. Enquanto lhes fazia sonhar com o Céu, também lhes pedia

para sentirem os pés tocando o chão: “o Reino já está entre vós”... “ide até às extremidades da Terra”... De fato, é muito importante mantermos ‘o foco’ na nossa missão de batizados: colaborar com Cristo na construção do seu Reino! Daí a importância de que nossas atitudes e atividades sejam fundadas na fé que professamos na assem-

bleia dominical e que testemunhamos em nossa vida pessoal e comunitária. A realidade é muito exigente e plural. A vida da gente é tão dinâmica que o tempo parece nos escapar pelos dedos... e ficamos perdidos diante de tanta coisa a fazer! Não devemos ficar parados diante dos desafios. Como na historinha inicial – “olhe as

outras crianças brincando... felizes...” – percebamos que o Reino de Deus está crescendo ao nosso redor (conosco e apesar de nós!). E que é necessária muito pouca coisa pra se alcançar a felicidade! Estar ‘no colo do Pai’, isto é, sentir-se muito amado e enviado por Ele, já é motivação suficiente para não desanimarmos e ficarmos nos lamentando “num canto da casa”. O novo ano pastoral se inicia dentro da dinâmica e da espiritualidade do Ano Mariano. Esta parece ser “a melhor oportunidade” para aprendermos de Maria a perseverar no cumprimento da missão. E a permanecermos unidos a Cristo, em todas as situações. Ela nos ajudará a sermos sinais de esperança neste contexto social tão cruel e desafiador... como ela mesma foi crucial no episódio da Bodas de Caná e também na ocasião em que a sua pequena imagem foi encontrada no fundo do rio Paraíba, lá em 1717. Envolvidos pela ternura do Pai e da Mãe querida, sejamos instrumentos eficazes para que o Reino cresça entre nós!

Tema da Campanha da Fraternidade vem sendo aprofundado nas Paróquias tará em evidência será, necessariamente, o Saneamento Básico, pois a água de má qualidade, o destino impróprio do lixo produzido e o esgoto não coletado e não tratado pesam muito na agressão ao meio ambien-

te e na ameaça à vida. O tema, porém, é muito amplo e poderá suscitar muitos fóruns de debate e muitas ações diversificadas, conforme propõem os próprios subsídios da Campanha.

Estudo do tema da CF em Pedras Grandes, dia 23 de fevereiro

A partir do Seminário Diocesano, realizado dia 16 de fevereiro, com 350 participantes, em Tubarão, as Paróquias da Diocese também estão promovendo os seus encontros de estudo, reunindo lideranças da Igre-

ja e da sociedade civil. O tema “Biomas brasileiros e defesa da vida”, em continuação à Campanha da Fraternidade do ano passado, volta a nos interpelar para o cuidado da Casa Comum. Uma das questões que es-

Estudo do tema da CF em Imbituba, dia 23 de fevereiro

Informativo da Diocese de Tubarão Março 2017

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Coordenações diocesanas preparam o 2º ComVocação

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Fevereiro marcou iniciou do ano formativo nos Seminários Pe. Eduardo Rocha

Pe. Eduardo Rocha

Em 2015, por iniciativa da Comissão Vocacional Diocesana, foi realizado o ComVocação, que é um encontro para crismandos e jovens da Diocese de Tubarão. Este encontro desejou despertar nos jovens o chamado vocacional à vida missionária, à vida consagrada, ao matrimônio, ao ministério ordenado e a tantas outras vocações que Deus suscita. No 1º ComVocação participaram em torno de 2 mil jovens e adolescentes. Para realizar um encontro tão grande e especial, as diversas pastorais e movimentos da Diocese se uniram neste serviço de evangelização. Não diferente do

Informativo da Diocese de Tubarão Março 2017

Diversas coordenações diocesanas estiveram reunidas no seminário

ano passado, o 2º ComVocação contará com diversos grupos, como a Pastoral Catequética, a Pastoral Vocacional, Cursilho, Movimentos de Irmãos, RCC, Setor Juventude, Pastoral Familiar, CRB, Ministérios de Música e muitos outros. Desejando melhorar esta segunda edição, diversas coordenações diocesanas estiveram reunidas no dia 14 de fevereiro, no Seminário, para organizar o evento e assumir trabalhos.

O seminário é o espaço onde jovens seminaristas discernem a vocação ao sacerdócio, encontram-se com o Senhor na Palavra, na celebração Eucarística, vivem fraternalmente, e, dia após dia, deixam-se formar por Jesus, o Bom Pastor. Este processo de formação deseja prepará-los para serem pastores zelosos de nossas comunidades, servindo a todos como Jesus serviu e nos ensinou. É por isso que iniciamos com grande esperança e alegria nossas atividades nos Seminários da Diocese. É sempre um tempo favorável de perceber o

amor de Deus para com sua Igreja, que não a deixa sem operários (as). Por isso, chama jovens com coração simples e despojado para testemunharem a alegria do Evangelho e serem discípulos missionários em todos os ambientes. Para o ano formativo de 2017, a Diocese de Tubarão terá 20 seminaristas; 5 no Ensino Médio; 5 no Ano Propedêutico; 7 no Seminário de Filosofia e 3 no Seminário de Teologia. Rezemos para que sejam fiéis ao chamado e possam amadurecer no seguimento a Jesus, o Bom Pastor.

Seminaristas do Menor e Propedêutico

O ComVocação acontecerá no dia 28 de maio, domingo, no Colégio São José, ao lado do Hospital N. Sra. da Conceição.

Convite

I Estágio Vocacional no Seminário Muitos adolescentes e jovens têm vocação ao sacerdócio, mas muitas vezes não sabem como chegar ao Seminário ou, até mesmo, não sabem que ele existe. É por isso que, todos os anos, o Seminário Nossa Senhora de Fátima de Tubarão promove estágios vocacionais para rapazes que queiram conhecer o Seminário e a vida e missão do padre diocesano. Convidamos adolescentes e moços que queiram passar dois dias conosco, conversando sobre projeto de vida, realização pessoal e a vocação do padre.

Quando: 18 e 19 de março; Para quem: rapazes que estão no 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio; Onde: Seminário N. Sra. de Fátima - Tubarão; Investimento: R$ 15,00 Horário: das 08h30 de sábado às 13h de domingo; O que levar: roupa de cama e roupa para prática de esporte, material de higiene pessoal, Bíblia, material para anotação e terço;

Seminaristas na Teologia

Seminaristas na Filosofia

Colégio Santíssimo Sacramento

Educando para a vida

Registro Póstumo

Mais informações e-mail: [email protected] Fone: (48) 3628-0072

Dona Edite (1944 - 2017)

Educadores do Colégio Santíssimo Sacramento

Realizou-se no dia 10 de fevereiro, promovido pelas Irmãs da Direção do Colégio, uma manhã de estudo, reflexão e oração sobre a temática da CF 2017, com seus educadores. O Colégio Santíssimo Sacramento incluiu em seu Projeto Pedagógico o tema “Cultivar

e guardar a criação” (Gn 2,15), devendo este perpassar todas as disciplinas, no decorrer do ano letivo. O projeto “Educando para a Vida” pretende promover, como pede o Papa Francisco, “uma ecologia integral”.

Dona Edite Steiner Becker faleceu, no dia 29 de janeiro, aos 73 anos de idade. Deixou seu esposo Áticus Becker, 6 filhos, 8 netos e 01 bisneto. Dom João Francisco e muitos padres se juntaram ao Pe. Lenoir, filho de Dona Edite, à família enlutada e a todos os familiares e amigos nos últimos momentos que a tiveram consigo, no velório e missa de corpo presente. Dona Edite partiu deste mundo confiante no Senhor que disse: “... vou preparar-vos um lugar... depois voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais também vós comigo” (cf. Jo 14, 2-3). Seu corpo foi sepultado no Cemitério da Comunidade de Pinheiral, município de Braço do Norte.

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ROMARIA DA TERRA E DAS ÁGUAS 2017 (5)

Energia Limpa e Renovável Pe. Aluisio Heidemann Jocken - Comissão Pastoral da Terra - Tubarão

As palavras do Papa Francisco, no belíssimo documento Laudato Si, refletem a problemática do homem e a crise de relação com a natureza. “O homem moderno colocou a razão técnica acima da realidade, e já não sente a natureza como uma norma válida, nem como refúgio vivente. Vê a natureza como espaço e matéria para realizar obra, sem se importar com o que possa suceder...”. “A falta de preocupação por medir os danos à natureza e o impacto ambiental das decisões é apenas um reflexo do desinteresse humano em salvar o meio ambiente”. “Se a crise ecológica é uma expressão ou uma manifestação externa da crise ética, cultural, espiritual da modernidade, não podemos nos iludir que será possível sanar a nossa relação com a natureza e o meio ambiente sem curar as relações humanas fundamentais”. (Laudato Si 115, 117 e 119) A terra está ficando perigosamente mais quente por causa da emissão de gases poluentes gerados pela atividade humana. Os gases mais noci-

vos são: o Dióxido de Carbono (CO2) que vem da queima de petróleo, gás, carvão (energias fósseis) e da derrubada e queima das florestas; o Metano que vem dos lixões, da criação de grandes animais e de lagos e mares com seres orgânicos mortos dentro dele; o Óxido Nitroso, que vem da agricultura e da pecuária praticados pelo agronegócio e a monocultura extensa com grandes quantidades de produtos químicos. Os combustíveis fósseis são os meios de geração de energia mais utilizados atualmente. Deste modo, é a produção e o uso inadequado de energia que vêm provocando o aquecimento global e as mudanças climáticas. Se a chave do aquecimento do planeta está na energia, não resta outra saída que não seja a mudança do uso da energia poluente para a limpa. Alguns exemplos de energia limpa e renovável que podemos adotar: energia dos ventos (eólicas); energia do sol (solar); energia dos oceanos (ondas que movem turbinas);

energia de biomassa ( bagaço de cana e/ou agrocombustíveis - desde que não se use grãos destinados a matar a fome de alguém); energia geocêntrica ( do centro da terra). Há um desafio tanto para nós usuários, como para os produtores de energia e principalmente para as cabeças pensantes, de contribuir para a redefinição de politicas energéticas, na busca de outras fontes possíveis , não exploradas e menos nocivas à natureza, ao ser humano e a todos os seres vivos, na perspectiva de enfrentar o desequilíbrio provocado pelo aquecimento global com perigosas mudanças climáticas. Para termos atitudes mais transformadoras é importante: criar espaços de diálogo (e por que não de controvérsia?); promover debates sobre as consequências sociais e ambientais das hidroelétricas, termoelétricas e das usinas nucleares; estimular intercâmbio, de maior abrangência sobre alternativas energéticas; por fim , derrubar o mito de que hidrelétrica produz “energia limpa”.

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Preparação para o Matrimônio “Por Acolhimento” Tarcisio e Rosângela Bitencourt - Pastoral Familiar

Memória Viva A décima Romaria da Terra ocorreu em Mafra, em 1995. O lema foi: “Excluídos da Vida – Eu vi, ouvi e desci para libertá-los” (Ex 3,7-8). Constituiu-se em sinal visível de busca de novos processos transformadores das situações de iniquidade. O desafio proposto pelo Evangelho no “seguimento de Jesus”, na busca do “caminho” foi de pensar novas relações no plural e no respeito ao diferente. A presença de 35.000 romeiras e romeiros proporcionou uma grande celebração de fé e um momento privilegiado de encontro de parceiras e parceiros na luta pela terra e na terra. A décima primeira Romaria da Terra foi realizada em Fraiburgo, no Parque da Maçã, em 1996. O lema foi “Justiça e paz para a nação com terra, trabalho e pão”. O tema foi Terra e Política. Bastante prejudicada pelas fortes chuvas e ventos, a Romaria foi encerrada no início da tarde do dia 08 de setembro. Cerca de 20.000 pessoas participaram.

Faltam 6 meses para a Romaria da Terra e das Águas

isso foi escrito e publicado um pequeno livro que desenvolve o tema central da Romaria “Mata Atlântica, nossa Casa Comum”. A intenção é que seu conteúdo seja refletido, rezado e debatido para gerar processo de conversão e para nos fazer “romeiros da esperança”, no dia 10 de setembro. O livro contém 11 assuntos relacionados ao tema da Romaria e, então, à realidade ecológica que diz respeito a todos nós. Santa Catarina é parte do bioma Mata Atlântica que o criador confiou a quase 7 milhões de cuidadores (tema 1). Este jardim, já sem quase todas as florestas e seus povos originários e com espécies de flora e fauna já extintos, está virando deserto, o deserto verde dos eucaliptos e pinus (tema 2). Uma de suas maiores riquezas, a água em abundância poderá tornar-se escassa para o consumo, tamanha é a agressão que se faz contra ela (tema 3). Uma das intervenções humanas mais agressivas aos mananciais, tanto superficiais quanto subterrâneos, diz respeito à mineração do carvão (tema 4). Faz parte do desenvolvimento, que produziu tanto bem estar e facilidades nos últimos tempos, a consequente agonia do planeta que, por

causa do aquecimento global, devolve eventos climáticos extremos cada vez com mais frequencia (tema 5). O impacto causado pela exploração do carvão, em âmbito local, acrescido do uso abusivo de agrotóxicos e da ausência de sistema de esgoto na maioria das cidades, além de outros fatores, fazem da bacia do rio Tubarão a região mais degradada de Santa Catarina (tema 6). Todos sofrem com tanta degradação, mas são particularmente os povos das águas, que vivem da pesca artesanal nas lagoas do complexo lagunar e na costa marítima, as maiores vítimas (tema 7). Então, medidas urgentes precisam ser tomadas: o saneamento básico (tema 8), a opção pela produção de energia limpa e renovável (tema 9), o fortalecimento da agricultura familiar e a produção sustentável (tema10). A Romaria dirige seu olhar para Maria porque, como ensina o papa Francisco, “sempre que olhamos para Maria, voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto... na relação com as pessoas, mas também com o meio ambiente” (tema 11). Adquira o livro na Secretaria de sua Paróquia ou na Livraria Diocesana.

contros mais produtivos e semelhantes em todas as paróquias. Ultimamente, uma nova opção foi lançada e está à disposição de todos os agentes e responsáveis pela preparação dos jovens rumo ao seu projeto de felicidade: “o encontro de formação por acolhimento”. A nova metodologia “por acolhimento” que já acontece em algumas paróquias da nossa Diocese tem por subsídio o livro “Matrimônio - Encontros de Preparação” de André e Karina Parreira, publicado pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar - CNPF e que pode ser adquirido no site www.cnpf.com.br, com a Comissão Diocesana da Pastoral Familiar ou nas livrarias católicas. No subsídio referido, os agentes responsáveis encontram todas as informações e roteiros para realizar uma preparação bem fundamentada e que atende não só às necessidades e expectativas dos jovens em preparação ao matrimônio, mas também dos agentes formadores. Nosso compromisso é que esta nova metodologia seja adotada, na medida do possível, em todas as paróquias da Diocese de Tubarão. Desejamos que o empenho e participação de todos durante este ano que se inicia seja coroado de sucesso e bênçãos e que as famílias continuem a merecer nosso carinho e atenção.

Estamos no início das atividades pastorais de um novo ano convictos de que podemos realizar muito pela família e pela vida. Serão muitas metas e desafios a serem superados, com a participação e empenho de todas as pastorais, movimentos e serviço que investem seus serviços e habilidades em prol das famílias. A Pastoral Familiar, com o apoio e participação de toda Igreja em nossa diocese, realizou várias atividades durante o ano que passou, e uma das metas foi à formação de agentes que trabalham na preparação dos namorados e noivos para o Matrimônio. Contamos sempre com a dedicação de todos os envolvidos nos “Encontros de Noivos” para que os casamentos sejam revestidos de fidelidade e felicidade e durem para sempre. Que a Sagrada Família ilumine e abençoe todos os jovens que se preparam para o Sacramento do Matrimônio. Uma das preocupações da Comissão Diocesana da Pastoral Familiar é oferecer formação aos responsáveis pelos Encontros de Preparação para a Vida Matrimonial. Vários encontros já foram realizados na Diocese e, entre os compromissos assumidos pelos participantes, destacamos a realização de encontros com os temas e carga horária previstos no Guia de Preparação Para a Vida Matrimonial, a fim de tornar os en-

Agricultores pedem apoio à Igreja o atual momento que foi definido como “momento marcado por ameaças aos direitos de milhões de trabalhadores no Brasil, dentre os quais 6 milhões de trabalhadores e trabalhadoras na agricultura em regime de economia familiar, camponeses, povos das florestas e extrativistas entre outros”.

Vamos nos preparar para a Romaria da Terra

A Romaria da Terra e das Águas em Santa Catarina, neste ano de 2017, será na diocese de Tubarão, na localidade de Taquaruçu, município de Pescaria Brava, às margens da BR 101, dentro da bacia hidrográfica do rio Tubarão e próximo às oito grandes lagoas que formam o complexo lagunar. É hora de nos prepararmos para a Romaria. Para

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Dentre outras coisas, através da nota, afirmou:

Mário Matuchaki fez o pedido no Seminário da CF

Por ocasião do Seminário Diocesano da Campanha da Fraternidade, dia 16 de fevereiro, o Senhor Mário Matuchaki, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Grão-Pará, emocionado, fez um pedido para que os padres e toda a

Igreja apoiem os agricultores e agricultoras em sua luta, no momento presente, contra a reforma da Previdência Social proposta pelo governo. Leu nota da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Santa Catarina, falando sobre

- A reforma da previdência (proposta pelo governo) significa a destruição de anos de luta e sacrifício para que milhares de trabalhadores da agricultura pudessem sonhar e ter o direito a uma aposentadoria como Segurado Especial da Previdência - Homens e Mulheres beneficiados igualmente. (...) A reforma que este governo deseja é um pro-

jeto de morte aos trabalhadores, uma violência às mulheres, às crianças e às gerações futuras - Acabar com o direito de segurado especial na agricultura significa cometer uma violência sem cálculos ainda precisos sobre as mulheres agricultoras, as maiores beneficiárias do sistema previdenciário rural. - (...) nossa luta neste momento com os Sindicatos da Agricultura Familiar e entidades alinhadas na defesa da justiça é fazer o enfrentamento da proposta de Reforma da Previdência apresentada pelo governo Michel Temer como PEC 287 a quem precisamos dizer: ‘Nenhum Direito a Menos’. (Isso porque a Previdência Social para os Agricultores e Agricultores foi uma conquista que) resolveu parte da grande miséria presente

no campo, agregando justiça social, dignidade aos trabalhadores após décadas de árduo trabalho na agricultura. Significou a digna inclusão das mulheres secularmente excluídas, espoliadas, dando a elas uma identidade como trabalhadoras da agricultura e beneficiárias da previdência social. - Cientes deste momento, a FETRAF Santa Catarina, os sindicatos da Agricultura Familiar, Cooperativas de Produção, Crédito Solidário, Agroindústrias Familiares, Ongs estendem o pedido de solidariedade na luta para as entidades que sempre estiveram ao lado dos menos favorecidos para lutarmos juntos em defesa da Previdência Social provedora de dignidade como hoje temos, e não de exclusão de milhões de trabalhadores como propõe o governo.

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