Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 83

Boletim de Pesquisa 83 e Desenvolvimento ISSN 1679-6543 Dezembro, 2013 Alternativas Limpas para Controle da Podridão Pós-Colheita Causada por Collet...
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Boletim de Pesquisa 83 e Desenvolvimento

ISSN 1679-6543 Dezembro, 2013

Alternativas Limpas para Controle da Podridão Pós-Colheita Causada por Colletotrichum em Banana

ISSN 1679-6543 Dezembro, 2013 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Agroindústria Tropical Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 83

Alternativas Limpas para Controle da Podridão Pós-Colheita Causada por Colletotrichum em Banana Erivanda Silva de Oliveira Francisco Marto Pinto Viana Marlon Vagner Valentim Martins Maria Nenmaura Gomes Pessoa

Embrapa Agroindústria Tropical Fortaleza, CE 2013

Unidade responsável pelo conteúdo e edição: Embrapa Agroindústria Tropical Rua Dra. Sara Mesquita 2270, Pici CEP 60511-110 Fortaleza, CE Fone: (85) 3391-7100 Fax: (85) 3391-7109 www.cnpat.embrapa.br [email protected] Comitê de Publicações da Embrapa Agroindústria Tropical Presidente: Marlon Vagner Valentim Martins Secretário-Executivo: Marcos Antônio Nakayama Membros: José de Arimatéia Duarte de Freitas, Celli Rodrigues Muniz, Renato Manzini Bonfim, Rita de Cassia Costa Cid, Rubens Sonsol Gondim, Fábio Rodrigues de Miranda Revisão de texto: Marcos Antônio Nakayama Normalização bibliográfica: Rita de Cassia Costa Cid Foto da capa: Erivanda Silva de Oliveira Editoração eletrônica: Arilo Nobre de Oliveira 1a edição (2013): versão eletrônica

Todos os direitos reservados A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610). Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Embrapa Agroindústria Tropical Alternativas limpas para controle da podridão pós-colheita causada por Colletotrichum em banana / Erivanda Silva de Oliveira... [et al.] – Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2013. 29 p. : il. color. ; 21 cm. – (Boletim de pesquisa e desenvolvimento / Embrapa Agroindústria Tropical, ISSN 1679-6543 ; 83). 1. Musa sp. 2. Antracnose. 3. Controle natural. 5. Controle biológico. I. Oliveira, Erivanda Silva de. II. Viana, Francisco Marto Pinto. III. Martins, Marlon Vagner Valentim. IV. Pessoa, Maria Nenmaura Gomes. V. Série. CDD 634.772

© Embrapa 2013

Sumário

Resumo.......................................................................4 Abstract.......................................................................6 Introdução....................................................................7 Material e Métodos......................................................11 Resultados e Discussão................................................15 Conclusões.................................................................23 Referências................................................................24

Alternativas Limpas para Controle da Podridão Pós-Colheita Causada por Colletotrichum em Banana Erivanda Silva de Oliveira1 Francisco Marto Pinto Viana2 Marlon Vagner Valentim Martins3 Maria Nenmaura Gomes Pessoa4

Resumo Colletotrichum musae (Berk. & Curtis) Arx, agente da antracnose, é um dos mais importantes patógenos de pós-colheita da banana, sendo fator limitante da produção dessa fruta no mundo. Com objetivo de controlar esse patógeno, foram realizados ensaios in vivo para avaliar a atividade fungitóxica de diferentes extratos e óleos essenciais, como de Lippia sidoides Cham., Caryophillus aromaticus L. e Eucalyptus citriodora Hook.; bioantagonistas, como o fungo Trichoderma sp., a levedura IA8 (UFC) e a bactérica Bacillus subtilis; indutores de resistência, como o ASM, o fosfito e o ácido salicílico e antissépticos, como o hipoclorito de sódio (NaClO), o dióxido de cloro e o sorbato de potássio. Os testes foram empregados com banana-prata, depositando-se 20 µL de cada tratamento em dois orifícios provocados em cada fruto. Doze horas após a incubação, os frutos foram inoculados com 20 µL da suspensão de conídios de C. musae (2,7 x 104 conídios mL-1)

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Engenheira-agrônoma, M.Sc. em Fitotecnia, [email protected] Engenheiro-agrônomo, D.Sc. em Fitopatologia, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, [email protected] Engenheiro-agrônomo, D.Sc. em Produção Vegetal/Fitossanidade, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, [email protected] Engenheira-agrônoma, D.Sc. em Fitopatologia, professora aposentada da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE

e distribuídos em bandejas plásticas (5 frutos/bandeja/tratamento) em delineamento inteiramente casualizado. Cada lesão representava uma repetição, totalizando 10 repetições. Todos os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, e as médias, comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. O fungo Trichoderma sp. e o NaClO apresentaram reduções significativas da doença, reduzindo mais de 50% o desenvolvimento de lesões de C. musae nos frutos. Termos para indexação: Musa sp., antracnose, controle natural, controle biológico.

Clean Alternative to Control the Rot Post-Harvest Caused by Colletotrichum In Banana

Abstract Colletotrichum musae [Berk. & Curtis] Arx, agent of anthracnose, is one of the most important pathogens of banana postharvest. For that, it is considered a limiting factor in production of this fruit around the world. In order to control this pathogen there were performed assays in vivo for assessment of the fungitoxic activity of different extracts and essential oils, such as Lippia sidoides Cham., Caryophillus aromaticus L. and Eucalyptus citriodora Hook.; bioantagonistas such as Trichoderma sp. the yeast IA8 (CFU), and Bacillus subtilis; resistance inducers such as ASM, salicylic acid and phosphite and antiseptics, such as sodium hypochlorite (NaClO ), chlorine dioxide and potassium sorbate. Tests were applied to five units of banana ‘Silver’. Each fruit was injured twice and then injected 20 mL of each treatment. There were carried out 10 repetitions, displayed according to the number of injuries. Twelve hours after incubation, the fruit were inoculated with 20 uL of conidia of C. musae (2.7 x 104 conidia / mL), and then distributed into plastic trays (5 fruits / bin / treatment) in a completely randomized design. All data were subjected to analysis of variance. The averages obtained were compared by Tukey test at 5% probability. The fungus Trichoderma sp. and NaClO were significantly reduced the disease, reducing more than 50% lesion development C. musae fruits. Index terms: Musa sp., anthracnose, natural control, biological control.

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Introdução De acordo com a FAOSTAT (2011), a banana é a segunda fruta mais consumida no mundo, com consumo girando em torno de 10 kg/habitante/ano, sendo superada apenas pela laranja. O Brasil é o terceiro maior produtor de banana do mundo, com uma produção de 7,5 milhões de toneladas por ano, atrás apenas da Índia e da China. A produção do País vinha crescente desde a década de 1970, tendo ocorrido uma pequena depleção após o início do século 21 (Figura 1).

Figura 1. Desempenho da bananicultura brasileira em 30 anos, segundo dados do IBGE – Produção Agrícola Municipal, 2011. Fonte: IBGE – Produção Agrícola Municipal, 2011.

São Paulo, Bahia, Santa Catarina, Minas Gerais, Pará, Ceará e Pernambuco são responsáveis por 74% da produção brasileira. No País, são cultivados pouco mais de 500 mil hectares, e estima-se que a fruta gere 520 mil empregos diretos e 2 milhões indiretos (AGRICULTURA RURAL, 2013). A banana é consumida predominantemente na forma in natura, o que faz dela parte integrante da alimentação da população de baixa renda,

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não só pelo seu alto valor nutritivo, como também por seu custo relativamente baixo. Como a maioria das culturas que ocupam grandes áreas, a banana está sujeita a vários problemas fitossanitários, dentre os quais se destaca a antracnose, doença causada pelo fungo Colletotrichum musae (Berk. & M. A. Curtis) Arx (1957 ), de ocorrência em pós-colheita e com ampla distribuição geográfica (VENTURA; HINZ, 2002). Frutos com antracnose formam lesões escuras e deprimidas. Com o progresso da doença, essas lesões aumentam de tamanho e podem coalescer. A doença manifesta-se sob duas formas distintas, conforme o modo de infecção: infecção quiescente ou latente (fruto verde) e infecção não latente (fruto maduro) (DEL PONTE, 2009). Economicamente, o patógeno é muito importante porque, além de causar prejuízos em pós-colheita, também causa perdas no campo e é fator limitante da qualidade, prejudicando a comercialização do alimento (COUTO; MENEZES, 2004). Frutos infectados pelo fungo têm amadurecimento acelerado e, mesmo que a polpa não seja atingida, torna-se de aspecto indesejável para o consumo, inviabilizando a exportação (DEL PONTE, 2009). Para o controle de doenças em frutos de pós-colheita, os fungicidas constituem a principal medida. Apesar da eficiência comprovada e facilidade de aplicação, o uso contínuo desses produtos pode resultar no aparecimento de problemas ambientais, causar danos ao homem e animais e induzir o aparecimento de resistência em agentes fitopatogênicos (ZADOKS, 1992). A moderna agricultura requer a redução na utilização de pesticidas na produção de alimentos, havendo uma crescente necessidade de estratégias de controles alternativos (LAPEYRE DE BELLLAIRE; MOURICHON, 1998). Atualmente, uma das alternativas pesquisadas envolve o uso de extratos vegetais e óleos essenciais, buscando explorar suas propriedades fungitóxicas. A literatura tem registrado a eficiência de extratos, obtidos de uma gama de espécies botânicas,

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em promover a inibição do desenvolvimento de vários patógenos de natureza fúngica (WILSON et al., 1997). Recentemente, Negreiros et al. (2013) testaram alguns óleos essenciais para controle da antracnose da banana-prata, comparando-os com o efeito do fungicida preconizado para tratamento pós-colheita. O controle biológico de podridões de pós-colheita de frutos constitui um domínio de aplicação particularmente interessante, uma vez que atenderia ao mesmo tempo às exigências econômicas, ecológicas e toxicológicas ligadas à produção agrícola (JIJAKLI; LEPOIVRE, 1998). No que se refere a antagonistas bacterianos, Bacillus subtilis é o que mais se destaca no controle de doenças do filoplano e em pós-colheita (FERREIRA et al., 1991; KALITA et al., 1996). Também a produção de antibióticos é característica de algumas leveduras que têm se mostrado efetivos agentes de biocontrole, tanto in vitro como in vivo (BETTIOL, 2009). Obagwu e Korsten (2003) testaram três isolados de B. subtilis obtidos de laranja no controle da podridão-verde e podridão-azul desse fruto, causadas respectivamente por Penicillium digitatum e P. italicum, tendo obtido uma significativa redução na incidência dessas doenças. O potencial antagônico das leveduras foi verificado pela primeira vez nos anos 1980, apresentando redução do crescimento e esporulação de alguns fitopatógenos (PUNJA; UTKHEDE, 2003). Espécies do gênero Trichoderma (Hypocrea) encontram-se entre os agentes de biocontrole de doenças mais estudados no mundo, pois não são patogênicos. Várias espécies de Trichoderma possuem um arsenal de mecanismos de ação e produzem substâncias antimicrobianas que garantem um amplo espectro de atividade contra diferentes fitopatógenos. Dessa forma, possuem capacidade de controlar várias doenças (LUCON, 2008). A indução de resistência em plantas a patógenos é conhecida desde meados do século 20 e, atualmente, já é percebida a imensa

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possibilidade do emprego desse fenômeno no controle das doenças de plantas (FODOR et al., 1998; MARIANO; ROMEIRO, 2000). Muitas substâncias químicas já foram reportadas pela capacidade de provocar reações de defesa das plantas, como o ácido jasmônico, o hexanal, ácido salicílico, salicilatos e análogos, os silicatos, o fosfito, a quitosana (ATHAYDE SOBRINHO et al., 2005). Em pós-colheita, já existem diversos relatos de sucesso com o emprego de indutores de resistência. Os trabalhos realizados mencionam o uso de acibenzolar-S-metil em diferentes plantas para o controle de alguns patógenos (SILVA; RESENDE, 2001; PEREZ, 2003; QUERINO et al., 2005), como C. gloeosporioides em frutos de mamão (DANTAS, 2003; OLIVEIRA et al., 2004; NASCIMENTO et al., 2008) e no controle da mancha-aquosa em melão, ocasionada pela bactéria Acidovorax avenae subsp. citrulli (SILVA; AZEVEDO, 2002). Numerosas outras técnicas têm sido desenvolvidas buscando-se alternativas limpas para o controle de doenças em pós-colheita de frutos, inclusive produtos químicos já empregados de forma corriqueira, como os antissépticos. Os desinfetantes são substâncias químicas que matam ou retardam o crescimento de microrganismos e que atualmente têm recebido muita atenção pelo fato de apresentarem efeito no controle de doenças pós-colheita, sem risco à saúde humana. O cloro, por exemplo, na forma de hipoclorito, é um microbicida amplamente utilizado como desinfestante, porém revela um perigo potencial devido às reações de cloração que produzem trihalometanos, que podem causar prejuízos à saúde humana. Além disso, o cloro perde rapidamente a ação fungistática na presença de substâncias orgânicas que modificam o pH da solução (TERAO, 2007). Alternativas para o uso do hipoclorito vêm sendo estudadas, como o dióxido de cloro (ClO2). Existem na literatura diversas citações de uso de dióxido de cloro no controle de diversos patógenos em pós-colheita, tais como Botrytis cinerea, Mucor piriformis e Penicillium expansum

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(SPOTTS; PETERS, 1980) , bem como no controle de bactérias e fungos em diversas frutas, como pera, pêssego e ervilhas (ROBERTS; REYMOND, 1994). Outro produto já de uso comum no trato com alimentos e com bom efeito fungistático é o sorbato. Segundo Franco e Bettiol (2000), o emprego do sorbato de potássio no controle de bolor-verde em pós-colheita de citros (Penicillium digitatum), apresentou uma redução de 67,6% quando aplicado em frutos de laranja-pera. Portanto, com o presente trabalho, objetivou-se avaliar a eficiência do emprego de extratos e óleos essenciais vegetais, microrganismos antagonistas, indutores de resistência e substâncias antissépticas como alternativas para o controle da podridão pós-colheita da banana causada por C. musae.

Material e Métodos Os ensaios foram conduzidos no Laboratório de Micologia e Patologia de Sementes do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal do Ceará em associação com o Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Agroindústria Tropical.

Obtenção do isolado de C. musae O isolado de C. musae foi obtido a partir de bananas adquiridas em supermercados de Fortaleza, as quais foram selecionadas por exibirem manchas escuras e massa de conídios alaranjadas, sintomas típicos da antracnose. O isolamento do fungo foi efetuado pela transferência da massa de conídios presentes nos frutos infectados para placas de Petri de 9 cm de diâmetro contendo meio ágar-ágar+tetraciclina (50 µg mL-1). Essas placas foram vedadas com parafilme e incubadas em sala de crescimento à temperatura de 28 oC ± 2 oC e fotoperíodo de 12 horas. Após 3 dias, discos com o meio de cultura contendo micélio do patógeno foram transferidos para o centro de novas placas contendo meio BDA e novamente foram incubadas sob a mesmas

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condições acima descritas por um período de 7 dias. Após esse tempo, verificações efetuadas sob microscópio ótico e com auxílio de bibliografia especializada confirmaram que o isolado era mesmo o fungo C. musae.

Efeito de produtos alternativos no controle da podridão pós-colheita na banana causada por C. musae Foi avaliada a atividade dos extratos vegetais e óleos essenciais, indutores de resistência e substâncias antissépticas, além de microrganismos antagonistas, todos testados em ensaio preliminar contra Colletrotrichum musae obtido de banana-prata (VIANA et al., 2012). Os frutos empregados no teste foram colhidos no estádio de pré-maturação, com a casca verde amarelada, tendo sido provenientes do Sítio Barreiras, em Missão Velha, CE. Inicialmente, esses frutos foram desinfestados com NaClO (0,5% v/v do produto comercial/30 segundos) (Figura 2A) e depois lavados com água destilada esterilizada por duas vezes consecutivas (Figura 2B). Fotos: Erivanda Silva de Oliveira

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Figura 2. Desinfestação com NaClO (A); lavagem (B); uso do saca-rolhas nos frutos (C) e adição dos tratamentos nas bananas (D).

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Após a secagem natural dos frutos, foram efetuados, com auxílio de um saca-rolhas, dois orifícios de 5 mm de diâmetro por 2 mm de profundidade no mesmo lado desses frutos (um poço proximal e outro distal) a 5 centímetros um do outro (Figura 2C). Em cada orifício, foram adicionados 20 µL de cada um dos tratamentos (Figura 2D) nas proporções indicadas na Tabela 1 abaixo, definidas com base em testes preliminares e de literatura especializada. Tabela 1. Tratamentos e concentrações utilizadas nos testes in vivo. Tratamento

Concentração empregada

Extrato Alecrim-pimenta

Extrato bruto

Cravo-da-índia

Extrato bruto

Eucalipto

Extrato bruto

Óleo essencial Alecrim-pimenta

100 µL/100 mL de H2O(1)

Cravo-da-índia

100 µL/100 mL de H2O

Eucalipto

100 µL/100 mL de H2O

Indutor de resistência Acibenzolar-S-metil (ASM)

0,05 g/100 mL de H2O

Fosfito

300 µL/100 mL de H2O

Ácido salicílico

0,30 g/100 mL de H2O

Antagonista Bacillus subtilis

100 µL/100 mL de H2O

Trichoderma sp.

108 conídios/mL

Levedura IA8

107 UFC/mL

Antisséptico Hipoclorito de sódio

25 mL/100 mL de H2O

Dióxido de cloro

100 µL/100 mL de H2O

Sorbato de potássio (1)

H2O destilada e esterilizada em todos os casos.

0,1 g/100 mL de H2O

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Foram empregados como testemunhas, absoluta e relativa, frutos tratados com igual volume de água destilada esterilizada e frutos tratados com o fungicida carbendazin (10 µL/100 mL de H2O), respectivamente. Esses frutos foram distribuídos diretamente em bandejas plásticas (5 frutos por bandeja) (Figura 3B) sobre uma camada de papel de filtro (3 folhas) umedecidos (Figura 3A) com 100 mL de água destilada esterilizada, e incubados em sala de incubação a o 28±2 C no escuro. Fotos: Erivanda S. de Oliveira

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Figura 3. Folhas de papel umedecidas com água destilada (A) e distribuição dos frutos em bandejas plásticas (B).

Doze horas após incubação, os frutos foram inoculados com o patógeno, no mesmo poço em que se instilaram os tratamentos a serem testados, empregando-se uma suspensão de C. musae com concentração de 2,7 x 104 conídios mL-1, preparada a partir de colônias do fungo cultivadas em BDA por 7 dias. Após a inoculação do patógeno, os frutos foram novamente incubados nas condições acima citadas por um período de 7 dias. Avaliou-se o diâmetro das lesões desenvolvidas em cada fruto, e os resultados foram expressos em percentagem em relação à testemunha de acordo com a seguinte fórmula: P = (Dt-Dy) x 100/Dt em que: Dt é o diâmetro médio da lesão do tratamento testemunha. Dy é o diâmetro médio obtido em cada tratamento.

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O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições por tratamento. Cada unidade experimental foi composta por cinco frutos com dois ferimentos cada fruto. Os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias (diâmetro das colônias), comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade por meio do programa ASSISTAT (SILVA; AZEVEDO, 2002).

Resultados e Discussão Atividade de extratos e óleos essenciais vegetais no controle de C. musae O extrato de cravo-da-índia foi superior aos outros dois extratos e inferior ao tratamento químico, de acordo com o teste de Tukey a 5% de probabilidade (Figura 4). Extratos vegetais 100d

Percentual de inibição (%)

15

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

33,3c 8,7b

9,3b

0a Testemunha

Fungicida

AL

CR

EU

Figura 4. Efeito dos extratos de alecrim-pimenta (AL), cravo-da-índia (CR) e eucalipto (EU) no controle de C. musae. Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Silva (2007), avaliando a incidência do mal-do-panamá, em testes in vivo com extrato aquoso de cravo-da-índia, comprovou que esse extrato foi o mais efetivo no controle da doença, obtendo índice de doença de apenas 17,25%.

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Testes com extrato aquoso de eucalipto realizados por Rodrigues (2006) comprovaram atividade antifúngica sobre o fungo Helminthosporium sp., identificado nas fibras do pseudocaule da bananeira, tanto in vitro como in vivo. Aplicado preventivamente, em concentrações acima de 5%, nas fibras de bananeira, o produto proporcionou controle total do patógeno. Os óleos de alecrim-pimenta e eucalipto foram os mais promissores, com inibição de 30% e 26%, respectivamente, não diferindo significativamente entre si (Figura 5). Embora esses resultados tenham sido superiores aos obtidos pela testemunha, são considerados ainda insatisfatórios quando comparados ao controle químico.

Óleos Vegetais 100d Percentual de inibição (%)

16

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

30b 26b 0a Testemunha

0c Fungicida

AL

CR

EU

Figura 5. Efeito dos óleos de alecrim-pimenta (AL), cravo-da-índia (CR) e eucalipto (EU) no controle de C. musae. Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

No tratamento com o óleo de cravo-da-índia, verificou-se o completo escurecimento da casca dos frutos na maioria das repetições, possivelmente devido a uma atividade fitotóxica desse óleo na concentração testada. Bastos e Albuquerque (2004), ao avaliar o controle de C. musae em pós-colheita de banana, constatou 100% de inibição pela aplicação de Piper aduncum nas concentrações de 100 μg mL-1 e 150 μg mL-1, respectivamente. O efeito do óleo

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no controle da podridão de frutos foi evidenciado pela redução da incidência e severidade da doença, em comparação com a testemunha. Trabalhos com óleo de cravo e eucalipto sobre a incidência do mal-do-panamá em testes in vivo apresentaram redução do índice da doença de 95,75% e 79%, respectivamente (SILVA, 2007).

Atividade de microrganismos antagonistas sobre C. musae Entre os antagonistas utilizados, o fungo Trichoderma sp. mostrou-se o mais eficaz, com percentual de inibição do patógeno de 56%, diferindo estatisticamente da média de inibição dos demais microrganismos testados e da testemunha. Contudo, o fungo foi estatisticamente inferior ao fungicida, todos comparados ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey (Figura 6). Microrganismos 100d

Percentual de inibição (%)

17

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

56c

Testemunha

8b

6b

0a Fungicida

L

Tr

Bs

Figura 6. Efeito de microrganismos antagonistas levedura IA8 (L), Trichoderma sp. (TR) e B. subtilis (Bs) no controle de C. musae em bananas. Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Freeman et al. (2004) demonstraram a possibilidade do emprego comercial de Trichoderma para o controle de Colletotrichum acutatum em morangos, sendo todas as concentrações testadas efetivas no

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controle desse patógeno. Neste trabalho, o emprego de Trichoderma sp. demonstrou a viabilidade das formulações desse fungo antagônico para o controle da antracnose pós-colheita da banana. Apesar dos relatos de sucesso, por diferentes autores (KEFIALEWA; AVALEWEB, 2008; LIMA et al., 2012), do emprego de leveduras killer no controle de fitopatógenos, os resultados obtidos neste trabalho para levedura foram considerados de baixa eficiência, não diferindo significativamente da testemunha. E, embora Bacillus subtilis seja citado como antagônico de sucesso no controle de várias doenças, Korsten et al. (1997) já verificaram que esse microrganismo pode ter ação negativa também, pois elevou a podridão em frutos de abacate em nível acima do controle quando aplicado em pré-colheita. Blum et al. (2004), em testes de laboratório, mostraram que a aplicação pós-colheita de leveduras, como o Cryptococcus laurentii, reduziu as podridões (Glomerella cingulata, Penicillium expansum e Pezicula malicorticis) em frutos de maçã tanto quanto os fungicidas testados (thiabendazol e iprodione). Naquele mesmo trabalho, pelo teste efetuado em câmara fria, constatou-se que, após o armazenamento, o tratamento de maçãs com C. laurentii foi tão eficiente quanto os tratamentos com fungicidas (thiabendazol, iprodione, digluconato de clorohexidina, dicloro-s-triazinatriona sódica, dicloroisocianurato de sódio e hipoclorito de sódio) na redução da podridão causada por P. expansum. A eficiência de bactérias do gênero Bacillus no controle de doenças de pós-colheita pode ser verificada no trabalho de Arrebola et al. (2010). Esses autores demonstraram que a aplicação de B. amyloliquefaciens (PPCB004) em frutos de laranja, 24 horas antes ou depois da inoculação com os patógenos, apresentou controle diferenciado, variando com o patógeno. Para C. gloeosporioides, a aplicação, após a inoculação, apresentou melhor controle. Para Penicillium crustosum e Alternaria citri, o melhor controle foi obtido com a aplicação do antagonista antes da inoculação. Antoniolli et al. (2011) demonstraram que a aplicação em pré-colheita com B. amyloliquefaciens, em framboesa,

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3, 7 e 14 dias antes da colheita, reduziu a incidência das podridões de Rhizopus e Botrytis, inoculados após a colheita, por até 7 dias. Bacillus subtilis apresentou resultados satisfatórios no controle de doenças pós-colheita de abacate, com resultados semelhantes ou melhores que os fungicidas (KORSTEN, 2004). Leelasuphakul et al. (2008) verificaram que endósporos de Bacillus subtilis ou seus metabólitos reduziram a incidência de severidade e retardaram o início do aparecimento dos sintomas do bolor-verde em frutos cítricos.

Atividade de indutores de resistência sobre C. musae Na Figura 7, verifica-se que o ácido salicílico foi estatisticamente igual ao ASM e ao fosfito, não havendo diferença entre esses dois últimos. No entanto, o fosfito apresentou um percentual de inibição da doença de 28%, mas muito inferior à ação do fungicida. Indutores de Resistência 100d

Percentual de inibição (%)

19

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

28c

22bc

15,3b 0a Testemunha

Fungicida

ASM

Fosfito

Ac. Salicílico

Figura 7. Efeito dos indutores de resistência ASM, fosfito e ácido salicílico no controle de C. musae. Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

O potencial de utilização de indutores de resistência em pré e pós-colheita de frutos é promissor na busca de produtos de melhor qualidade. Nascimento et al. (2008) controlaram significativamente a podridão peduncular do mamoeiro com ASM reduzindo as perdas pós-colheita, o que não foi

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comprovado neste trabalho quando utilizamos esse indutor de resistência no tratamento da banana. Segundo Cia (2005), a aplicação em pré-colheita de ASM em mistura com azoxistrobina é eficiente na proteção dos frutos de mamoeiro em pós-colheita contra antracnose, reduzindo a incidência e a severidade da doença. Vários estudos têm demonstrado a utilização do fosfito no controle de fitopatógenos em frutos. O uso do fosfito reduziu a incidência de podridões em maçãs cultivares Gala (Brackmann et al., 2004) e Fuji (Sautter et al., 2008). Dutra (2008) constatou, em seu trabalho com frutos de maracujazeiro, que, entre dez fosfitos diferentes, três (o Fosfito K1, Fosfito K2 e Fosfito Zn) reduziram a severidade da antracnose em pós-colheita. Ferraz (2010) demonstrou que o fosfito Zn e o fosfito K foram mais eficientes no controle do C. gloeosporioides em goiabas pós-colheita. As doses de 1,5 mL L-1 e 2,0 mL L-1 do fosfito K foram mais eficientes na redução do diâmetro das lesões e do número de lesões provenientes de infecção natural nos frutos. Em estudos com o ácido salicílico, Pazdiora et al. (2012) verificaram que morangos cultivar Dover, submetidos aos tratamentos de choque térmico, aplicação de ácido salicílico, combinação de choque térmico com ácido salicílico e controle não demonstraram ter efeito no controle de fungos. Pereira et al. (2010) verificaram que os tratamentos com extratos vegetais, ASM e ácido salicílico proporcionaram menor eficiência no controle do míldio da videira, tanto em folhas quanto em cachos, com índices de doença inferiores apenas aos da testemunha.

Atividade de substâncias antissépticas sobre C. musae Neste teste, podem-se observar diferenças estatísticas entre essas substâncias quanto à capacidade para inibir o crescimento micelial do patógeno. Entres elas, o NaClO foi o que proporcionou maior ação antifúngica, inibindo em 54% o crescimento do patógeno, sendo superior às demais substâncias e à testemunha, mas menos efetivo que o controle químico, a 5% de probabilidade (Figura 8).

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Antissépticos 100d

Percentual de inibição (%)

21

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

54c

4b

0a Testemunha

Fungicida

NaClO

7,3b

Dióxido Sorbato de de Cloro Potássio

Figura 8. Efeito das substâncias antissépticas hipoclorito de sódio, dióxido de cloro e sorbato de potássio no controle de C. musae. Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Segundo Fischer et al. (2011), o controle pós-colheita da antracnose em abacate foi verificado com cloreto de benzalcônio, dióxido de cloro e tiabendazol, no décimo dia de armazenamento, enquanto os tratamentos com azoxistrobina, Ecolife® e hipoclorito de sódio não foram eficientes na redução dessa doença nas avaliações subsequentes. O hipoclorito de sódio (2% PV) é considerado um agente eficiente no controle de fungos e bactérias em explantes de bananeira, embora devam ser realizados ajustes nas concentrações e tempos de imersão dos explantes (NIETSCHE et al., 2006). No estudo da refrigeração associada à sanitização no controle integrado da podridão em melão, o dióxido de cloro contribuiu de maneira eficiente no controle de Fusarium pallidoroseum, reduzindo em 54% a incidência e severidade da doença, quando associado à refrigeração (TERAO et al., 2007). Segundo Mari et al. (1999), a completa inibição de conídios de Monilinia laxa, in vitro, foi observada quando em contato com o dióxido

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de cloro, durante 1 minuto, na concentração de 50 µg mL-1. Em outro teste, in vivo, os conídios de M. laxa foram mergulhados durante 20 minutos numa solução de 10 µg mL-1 de dióxido de cloro e depois inoculados em ameixas e nectarinas com ferimentos, e nenhuma fruta inoculada desenvolveu podridão-parda. Trabalhos in vivo com sorbato de potássio visando ao controle de Penicillium em pós-colheita em citros demonstraram que, na concentração de 10.000 g mL-1, a incidência da doença reduziu em 51% (FRANCO; BETTIOL, 2000). A baixa eficiência dos tratamentos in vivo pode ser atribuída à infecção quiescente dos frutos, inadequação das concentrações e volatilidade dos compostos com atividade fungitóxica. De acordo com Silveira et al. (2005), as tentativas de controle de doenças pós-colheita em frutas, sem o conhecimento suficiente sobre os patógenos, pode levar a pouca ou nenhuma redução do problema, havendo, portanto, a necessidade de estudos epidemiológicos envolvendo essas doenças que permitam maior entendimento dos patossistemas, bem como fornecer subsídios importantes para o desenvolvimento de estratégias de manejo. Também Silva (2008) sugere que muitos dos problemas pós-colheita originam-se em pré-colheita, determinando o insucesso dos tratamentos aplicados no estágio de pós-colheita. Tais considerações justificam a baixa eficiência da maioria dos tratamentos nos testes in vivo, no controle da antracnose em frutos de banana, uma vez que o C. musae agente causal da doença pode infectar os frutos em etapas anteriores do cultivo, instalando-se ainda no campo, camada subcuticular sob a forma de infecção quiescente, concordante com relato de Moraes et al. (2006). É de vital importância o direcionamento de estudos que tenham como finalidade o desenvolvimento de medidas de controle que minimizem o emprego de fungicidas, adequando-se às normas de controle ambiental, qualidade do produto e qualificação dos trabalhadores envolvidos na cadeia produtiva. O uso in vivo de extratos e óleos essenciais, antagonistas, indutores de resistência e substâncias antissépticas,

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embora não apresentando resultados consistentes no controle do desenvolvimento de lesões de C. musae sobre frutos de banana, também não promoveu sintomas de fitotoxicidade nos frutos. Com base nisso, sugere-se a avaliação de novas técnicas, épocas, doses e intervalos de aplicação na busca por alternativas não poluentes, atóxicas ou não residuais para tratamento da antracnose sobre frutos de banana em pré-colheita, o que possibilitará a identificação de um método seguro e eficaz no controle do patógeno. Somente com a adoção dessas medidas, que devem iniciar no campo e se estender até ao consumidor final, será possível atingir os parâmetros de qualidade exigidos pelo mercado.

Conclusões O fungo Trichoderma sp. e o composto NaClO são promissores no controle de C. musae, com percentagens de inibição superiores a 50%.

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