Aparecida - o Milagre

Aparecida - o Milagre APRESENTAÇÃO SINOPSE SINOPSE CURTA ELENCO FICHA TÉCNICA OS PRODUTORES – Depoimentos Gláucia Camargos e Paulo Thiago ENTREVISTA T...
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Aparecida - o Milagre APRESENTAÇÃO SINOPSE SINOPSE CURTA ELENCO FICHA TÉCNICA OS PRODUTORES – Depoimentos Gláucia Camargos e Paulo Thiago ENTREVISTA TIZUKA YAMASAKI ENTREVISTA MURILO ROSA DEPOIMENTOS ATORES Maria Fernanda Cândido / Jonatas Faro / Leona Cavalli / Bete Mendes / Rodrigo Veronese DEPOIMENTOS AUTOR TRILHA SONORA / DIREÇÃO DE ARTE HISTÓRICO NOSSA SENHORA APARECIDA VITÓRIA PRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS GLOBO FILMES PARAMOUNT PICTURES

Apresentação Por uma tragédia, Marcos perdeu a fé em Nossa Senhora Aparecida quando era menino. Foi necessária uma segunda tragédia para que ele reencontrasse a fé. Com direção de Tizuka Yamasaki, Aparecida - o Milagre traz para o cinema a história da perda e da recuperação da fé em uma família comum. Marcos (Murilo Rosa), um empresário de sucesso, tem tudo que o dinheiro pode comprar, mas vive um vazio afetivo e intensos embates com o filho Lucas (o estreante Jonatas Faro), que opta por seguir um caminho diferente, como artista. Um grave acidente coloca a vida de Lucas em perigo e leva Marcos a reviver traumas da infância, evocando a sua ruptura com Nossa Senhora Aparecida, a quem responsabiliza pela morte do pai. Desesperado diante da possibilidade de perder o filho, Marcos revive não só a sua história como também a história do surgimento de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil: uma imagem de barro encontrado em 1717 no fundo do Rio Paraíba do Sul, e seu primeiro milagre, ao encher de peixes as redes até então vazias de três pescadores. A partir do encontro com Nossa Senhora, a conversão de Marcos terá conseqüências surpreendentes e emocionantes sobre uma família que se reencontra através da recuperação da fé e do amor. Com direção de Tizuka Yamasaki, Aparecida - o Milagre tem produção de Gláucia Camargos e Paulo Thiago através da Vitória Produções. No elenco estão Murilo Rosa, Maria Fernanda Cândido, Leona Cavalli, Bete Mendes, Rodrigo Veronese, Janaina Prado, Dandara Marian e Jonatas Faro, em sua estréia no cinema, como o jovem Lucas, e apresentando Vinicius Franco, como Marcos menino. Com roteiro de Marco Schiavon, também autor do argumento, Carlos Gregório, Pedro Antonio e Paulo Halm, Aparecida- o Milagre tem fotografia de Luis Abramo, direção de arte de Yurika Yamasaki e trilha sonora original de Paulo Francisco Paes, compositor de formação erudita, em seu primeiro trabalho para o cinema. Filmado ao longo de seis semanas em São José dos Campos e em Aparecida, o filme tem várias cenas no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, que recebe a visita de nove milhões de devotos por ano. Aparecida - o Milagre tem produção da Glaucia Camargos e Paulo Thiago, co-produção Globo Filmes e Riofilme e distribuição da Paramount Pictures.

Sinopse Na cidade de Aparecida, o menino Marcos (Vinicius Franco) tem uma infância humilde mas feliz ao lado dos pais, pessoas simples, amorosas e devotas de Nossa Senhora Aparecida. O menino tem como grande sonho uma chuteira de futebol, que ultrapassa as possibilidades financeiras do pai, trabalhador da construção da Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Para realizar seu sonho, o menino faz uma promessa à Santa: se conseguir a chuteira, nunca mais vai fazer bagunça, ou melhor, ‘só um pouquinho’. A morte do pai (Rodrigo Veronese) em acidente na Basílica que tanto cultuava, e da qual não pretendia se afastar por nada neste mundo, provoca uma dupla perda no menino: a do companheiro próximo, que lhe narrava os milagres da Santa, e também a fé na Santa idolatrada pelo pai por motivos que não conhece e a quem passa a responsabilizar pela sua morte. Trinta e cinco anos depois, Marcos (Murilo Rosa) é um empresário de sucesso na região, e tem como assessora a competente Beatriz (Maria Fernanda Cândido) com quem tem uma relação afetiva insatisfatória. De temperamento explosivo e voltado apenas para as conquistas materiais, Marcos vive separado de Sonia (Leona Cavalli), seu amor de infância com quem se casou e teve um filho, Lucas. Marcos é um pai distante e frio, e não aceita as opções de Lucas pela vida artística e tampouco acredita em sua recuperação após um envolvimento com drogas. Depois de uma briga violenta com o pai, Lucas sai desesperado com a moto em alta velocidade, sofre um grave acidente e fica entre a vida e a morte. Transtornado pela possibilidade de perder o filho, Marcos revive sua infância, a convivência com o pai, relembra a fé daquele homem simples. Diante do sofrimento de Marcos, Julia (Bete Mendes) sua mãe, revela finalmente a misteriosa graça obtida pelo pai e que norteou a vida de toda a família. Julia sugere ao filho que reze à Santa, mas ouve uma recusa: “Ela matou meu pai e agora quer tirar meu filho”. Marcos começa a vagar pela margem do rio onde, três séculos antes, Nossa Senhora Aparecida operou o milagre dos peixes. Tragado pelo passado, Marcos revive os fatos históricos vinculados ao surgimento da Santa, uma imagem de barro resgatada do fundo do rio pelo pescador João Alves durante a visita do Conde de Assumar, representante da coroa portuguesa à região. Neste retorno catártico, Marcos tem um comovente reencontro com a Santa Aparecida, esplendorosa e protetora com seu manto e coroa. Neste exato momento, a vida de Lucas, desenganado pelos médicos, tomará um novo rumo. Aparecida - o Milagre narra uma história de transformação, superação e reencontro de um homem – com a família, com o filho, e sobretudo, consigo mesmo através da fé em Nossa Senhora Aparecida – a Padroeira do Brasil.

Sinopse curta: Um empresário em crise e desesperado com um grave acidente do filho, é tocado pela graça de um milagre de Nossa Senhora Aparecida que lhe restitui a fé e a possibilidade de um acerto de contas com o passado, com a família e, sobretudo, consigo mesmo.

Elenco Marcos - Murilo Rosa Beatriz – Maria Fernanda Cândido Lucas – Jonatas Faro Sônia - Leona Cavalli Julia – Bete Mendes Antonio – Rodrigo Veronese Moacir - Leopoldo Pacheco Julia Jovem – Janaina Prado Sheila - Dandara Mariana Marcos Menino – Apresentando Vinicius Franco

Ficha Técnica Produção Gláucia Camargos e Paulo Thiago Direção Tizuka Yamasaki Argumento Marco Schiavon Roteiro Marco Schiavon Carlos Gregório Pedro Antonio Paulo Halm Produção Executiva Pimenta Jr. Som Direto Jorge Saldanha Direção de Arte Yurika Yamasaki Diretor de Fotografia Luis Abramo Trilha Sonora Original Paulo Francisco Paes Montagem Eduardo Hartung Pós-Produção Rosangela Freitas Co-Produtores Paramount Pictures Globo Filmes Riofilme Distribuidora Paramount Pictures 90 min - Dolby Digital – Janela 1:1.85 2010 - COPYRIGHT VITÓRIA PRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS LTDA.

Os Produtores

Gláucia Camargos: “ ‘Aparecida, o Milagre não conta a história de uma santa mas de um mito da cultura brasileira’ Desde os 15 anos de idade tenho uma relação muito profunda com o cinema: eu não saberia trabalhar em outra coisa e não conseguiria produzir filmes em que não acredito. Jamais faria um filme sobre Aparecida se não acreditasse no poder que ela tem – não no sentido religioso, pois não sou católica praticante, mas no sentido cultural desde que sua imagem foi resgatada em 1717 do rio Paraíba do Sul. Neste resgate, ocorreram três milagres: embora feita de barro, a imagem não deteriorou; apesar de separados, cabeça e corpo foram encontrados, e o rio, até então sem peixes, encheu as redes dos pescadores. O projeto começou a se armar em 2006 e depois com a Paramount. Apesar da dificuldade de produção, que exigiu muito de todos os envolvidos, as filmagens fluíram da forma mais harmoniosa possível, da escolha do elenco à determinação de Tizuka Yamasaki em assumir a direção. Ela dirigiu com maestria um elenco que soma atores experientes como Murilo Rosa, Maria Fernanda Cândido, Leona Cavalli, veteranos como Bete Mendes, e estreantes como Jonatas Faro, de quem me orgulho de ter levado para o cinema, depois de tê-lo visto em Malhação e no musical Hairspray, e o menino Vinicius Franco. É importante dizer que não teríamos feito o filme sem o apoio incondicional e generoso dos padres do Santuário de Aparecida, da Prefeitura de São José dos Campos, da Fundação Cassiano Ricardo e de um investidor privado. O Santuário e a Fundação foram verdadeiros estúdios de filmagem. Apesar da coincidência com o lançamento de filmes sobre temas religiosos, Aparecidao Milagre segue outra linha: seu roteiro é mais ligado ao culto ancestral da Santa e à sua presença como forte mito e símbolo da sociedade brasileira, centrado na história de pessoas comuns que sem dúvida estarão vendo o filme. O Santuário de Aparecida que é visitado por nove milhões de pessoas por ano é o grande cenário fundamental para contar essa história. É impossível se aproximar de um mito sem se transformar, e eu me aproximei com cuidado. Tenho muito orgulho de Aparecida - o Milagre - que vejo como um filme sobre a capacidade de transformação e renovação das pessoas através da fé. O tema pode gerar vários filmes – e já anuncio um segundo , para lançar em 2017, quando serão comemorados os 300 anos de surgimento da imagem da Santa.”

Paulo Thiago: “Aparecida - o Milagre é um filme da fé”.

“Minha formação católica e meu lado mineiro devem ter contribuído para o meu interesse por aspectos místicos e religiosos, que abordei de várias formas nos filmes que dirigi. Anos atrás pensei em fazer um filme do conto de Guimarães Rosa “A menina de lá”, sobre uma santinha do sertão. A idéia morreu após o Nelson Pereira dos Santos ter usado a história no seu filme “A Terceira Margem do Rio”. Quando decidimos realizar Aparecida - o Milagre, eu não quis dirigir, achei que produzir seria melhor para o projeto, evitando um exagerado envolvimento autoral. Imaginei um filme sobre o tema da religiosidade junto à família, de grande, comunicação popular. A produtora tem uma tradição de filmes sobre temas, personagens e símbolos do povo brasileiro (Policarpo Quaresma, Coisa Mais Linda – Histórias e Casos da Bossa Nova, etc) No caso da Santa Aparecida, ela nos interessou porque perpassa todas as classes sociais e devoções religiosas. Ela é um mito brasileiro. Acompanhei passo a passo a criação do roteiro ao longo de três anos, a partir do argumento criado por um estudioso do assunto, Marco Schiavon, que assinou a versão final com Carlos Gregório, Pedro Antonio e Paulo Halm. Um roteiro com o desafio de integrar o passado histórico e o presente, a vida real e o mágico de forma direta. Não foi fácil levantar a produção – e o filme só se viabilizou com recursos do investimento privado e, na reta de chegada do Fundo Setorial (FSA). Trabalhamos com uma equipe altamente motivada, a começar pela admirável dedicação de Tizuka Yamasaki. Foi um enorme prazer trabalhar com ela pelo lado artístico e humano, e contamos com uma equipe e com um elenco maravilhoso e emocionalmente comprometido com cada cena . O povo brasileiro é muito místico. O catolicismo, a umbanda, o espiritismo, as religiões evangélicas, o sincretismo religioso fazem parte do cotidiano. Acredito que Aparecida o Milagre serve à sociedade, a Santa também está presente em quase todas essas crenças. O filme mexe com o inconsciente coletivo e com a capacidade de renovação de cada um através da fé, qualquer que seja ela. O filme vai de encontro a esta busca das pessoas comuns, como os personagens do filme – nenhum deles tem nada de extraordinário ou excepcional. Mas a espera, o desejo, os mitos, os depoimentos veristas da igreja, as beatificações populares, as canonizações, os exemplos, e as histórias sobre o milagre são universais. Embora nosso projeto seja muito anterior e diferente de produções recentes sobre o tema religioso, ele não é um filme histórico ou de doutrinação. É um filme contemporâneo. Aparecida - o Milagre aponta para a possibilidade de renovação e transformação em busca da paz e do espírito do bem. Aparecida - o Milagre é um filme da fé .”

Entrevista: Tizuka Yamasaki “Eu sou a pessoa certa para fazer esse filme. Esse filme é meu”

Como foi seu envolvimento com Aparecida - o Milagre? Da forma mais inusitada. Encontrei Gláucia num vôo Brasília – Rio, nos falamos rapidamente, ela me disse que estava preparando um filme sobre Aparecida, eu falei que teria ótimas histórias para contar sobre o assunto e embarcamos. Sentamos separadas e ao desembarcarmos, ela perguntou se eu não queria conversar sobre o filme – sem saber das minhas histórias. No encontramos, ela falou do projeto e dos prazos, mas eu estava finalizando Xuxa em o Mistério da Feiurinha e também envolvida com a produção de Amazônia Caruana (uma entidade de pajelança cabocla). Gláucia precisava alguém full time e não foi possível fechar nada naquele encontro. Mas idéia do filme não saiu da minha cabeça. Passou um tempo e eu fiz uma coisa inédita na minha vida: telefonei para Gláucia, perguntei se ela já tinha fechado com algum diretor, ela disse ‘ ainda não’ e fui taxativa: “Eu sou a pessoa certa para fazer esse filme. Você não vai encontrar nenhum diretor com a visão de Nossa Senhora Aparecida que eu tenho”. E assegurei: “Esse filme é meu”. Gláucia concordou. E de onde veio a convicção de que o filme Aparecida - o Milagre era seu? De algumas histórias que eu queria ter contado para a Gláucia quando nos encontramos no avião e que sinalizavam que eu deveria fazer o filme. A primeira aconteceu quando eu preparava Gaijin II, há 12 anos. Na época, minha avó, então com 96 anos, sofria imensamente por questões vividas com os pais. Eu estava em Atibaia, próximo a Aparecida, e por acaso soube de uma senhora, Dona Márcia, filha de japoneses, que trabalhava com questões sobre antepassados e era devota de Nossa Senhora Aparecida. Meio desconfiada, levei minha avó até Dona Márcia, que a ouviu e rezou uma missa para Nossa Senhora Aparecida. Eu não sabia se acreditava ou não naquele ritual, mas o resultado é que este encontro acabou com o sofrimento da minha avó. Houve um segundo acontecimento: anos depois, em um posto de gasolina perto de Aparecida lembro até hoje o nome do posto – Arco Íris, senti algo mexer minha cabeça na direção de uma imagem da Santa. Achei estranho, mas comprei e pedi para minha filha levar para Dona Márcia, que benzeu a imagem e a devolveu com um recado: “Diga a sua mãe que essa imagem é dela”. Quando Gláucia me falou do projeto, vi esses fatos como sinais de que o filme era meu. Depois que Gláucia concordou com a sua ‘decisão’, como você se aproximou do tema que fala de um homem conflituado, de uma família, de um milagre, da conversão, e sobretudo da fé como elemento transformador? Um desafio em vários sentidos. Eu nunca tinha feito um filme sobre religião, e embora estivesse envolvida com Amazônia Caruana, a abordagem é diferente e não tem milagre. Quando você dirige um filme, a primeira coisa é acreditar no que está fazendo, sobretudo quando o tema é a fé religiosa. Não tenho religião, mas depois de uma certa idade você começa a cultivar um lado espiritual – as coisas materiais não satisfazem

mais, e exercito essa busca do meu jeito. O tema principal de Aparecida - o Milagre é justamente a questão da fé, da conversão. Esse era o maior desafio. Sempre gostei de fazer filmes sobre temas que não abordei – e muita coisa é descoberta durante a realização. Nesse processo, eu me perguntei inúmeras vezes sobre as causas de fenômenos como o de Nossa Senhora Aparecida, ou do Círio de Nazaré – por que tanta gente compactua profundamente desta fé? Este mistério me interessa, e o filme foi uma forma não de decifrar o mistério, mas de chegar mais perto. Fale sobre a escolha do elenco, que conta com os experientes Murilo Rosa, Maria Fernanda Cândido, Leona Cavalli, veteranos como Bete Mendes, e estreantes como Jonatas Faro, no papel do jovem Lucas e Rodrigo Veronese, como o pai do menino? Vários caminhos levaram a essas escolhas em conjunto com a Gláucia, alguns bem surpreendentes. Gláucia e Paulo Thiago tinham trabalhado com Murilo Rosa em Orquestra dos Meninos, e além de ótimo ator ele é um devoto fervoroso de Nossa Senhora Aparecida. Se uma atriz menor interpretasse Beatriz, a personagem afundaria. Por isso optamos por chamar Maria Fernanda que aceitou imediatamente e depois me confidenciou: “Minha avó era devota de Aparecida. Como eu iria ficar se não aceitasse participar do filme?” Janaina Prado, que interpreta Julia jovem (avó de Lucas) tinha acabado de fazer uma peça sobre o assunto. Jonatas Faro, que estréia no cinema no papel de Lucas, é filho de pastor evangélico. Durante as filmagens, ele se machucou e foi visitado pela avó que já tinha vivido em Aparecida, onde não pisava há 63 anos. Os dois foram procurar a casa onde ela tinha vivido. Após andar por algumas ruas, ela apontou para uma casa rosa e disse: “Foi ali”. Era simplesmente a casa onde vivia a personagem de Bete Mendes, ou seja, a avó de Jonatas/Lucas no filme. Eu via todas essas coisas como sinais de que estávamos no caminho certo. Como foi a descoberta do menino Vinicius Franco, que interpreta Marcos quando menino? Essa história também foi incrível.Selecionado entre dezenas de menino, e preparado por Valeria Braga, o menino estava ótimo, até que empacou na cena em que deveria agredir a Santa após a morte do pai. E não havia jeito de fazer a cena, até que ele explicou: como ofender a Santa se ele tinha justamente feito uma promessa para ela ganhar o papel? Murilo e Rodrigo Veronese foram ótimos e conversaram muito com Vinicius até convencê-lo de que o protesto era do personagem e não dele. Vinicius então acendeu uma vela para a Santa e conseguiu fazer a cena divinamente. O elenco contou com dezenas de figurantes da região de São José dos Campos e de Aparecida, todos devotos de Nossa Senhora Aparecida e que também contribuíram muito com suas experiências e relatos. E como você procurou construir o personagem de Marcos, que passa por uma grande transformação? No começo do filme, já na fase adulta, Marcos não tem espaço interior para amar e ser amado. Enquanto ele não resolvesse isso, não seria feliz. Ele se casou com Sonia, seu amor da infância, mas não conseguiu viver em paz. Ele se relaciona com duas mulheres modernas – Sonia e a assessora Beatriz, ambas com a vida profissional bem resolvida. O filme apresenta uma família moderna, com problemas contemporâneos, não é uma história parada no tempo. Lucas é um jovem saindo de uma bad trip, que encontrou na arte uma forma de libertação que o pai não aceita. Apesar das dificuldades do papel,

Murilo se entregou totalmente, aliás, como todo o elenco e a equipe. Tudo transcorreu em grande harmonia. Gláucia e Paulo dizem que você insistiu muito na aparição real da Nossa Senhora Aparecida. Esta questão surgiu antes das filmagens. Desde o início eu defendi a idéia de que após a história do milagre deveria mostrar a própria Santa ao vivo para não frustrar os espectadores. Considero a cena do encontro de Marcos com a Santa, quando ela o envolve com seu manto e ele se entrega, muito emocionante e bem resolvida e contou com a proteção da própria Santa, pois apesar de nuvens negras anunciarem um grande temporal, a chuva parou justamente na hora da filmagem e depois desabou. Eu brinquei com a equipe: “A Santa segura a filmagem, mas não dá para segurar também a retirada dos equipamentos” (risos). Filmar na Basílica foi bem complicado – havia sempre muitos eventos, som de alto falantes, muita movimentação, mas utilizamos os horários livres e deu tudo certo. A que você atribui a força de Nossa Senhora Aparecida a ponto de ser A Padroeira do Brasil? Diferente de tantas Nossas Senhoras, ela nunca apareceu para ninguém. Ela é na verdade N. Sra. da Conceição, uma entre inúmeras outras que apareceram em épocas e locais diferentes. Um diferencial importante no caso de Nossa Senhora Aparecida é que ela nunca apareceu: uma imagem foi encontrada no fundo do rio, suja, com lodo, e ficou vários anos na casa de um pescador, e provavelmente adquiriu a cor escura devido à fumaça das velas. Essa Nossa Senhora da Conceição virou então Nossa Senhora Aparecida dos pobres e dos desvalidos, protetora dos escravos, das congadas, dos motoqueiros Hell´s Angels e até dos imigrantes japoneses – ou seja, das comunidades mais diferentes. O manto e a coroa que ela usa foram dados pela Princesa Isabel em reconhecimento a uma graça obtida- engravidar. Por todos esses aspectos, o filme não pode frustrar os católicos e não mostrar a Santa. Qual a sua expectativa com Aparecida - o Milagre? Que o filme emocione o espectador pela autenticidade da abordagem, pela forma como transmite o poder da fé para a transformação das pessoas. Marcos é um personagem que perde a fé com a morte do pai e recupera a fé para salvar o filho, quando descobre que ele também é fruto de um milagre. O filme conta uma história sobre a perda e a recuperação da fé em uma família contemporânea, com personagens e conflitos verdadeiros – e nesse sentido considero o filme bem diferente de Chico Xavier ou Nosso Lar, cada um com seus méritos e qualidades. Acredito que atingiremos não só os devotos de Aparecida, mas pessoas de outras crenças e também aquelas sem crença, mas que buscam um caminho espiritual. Nosso objetivo é atingir, tocar, emocionar o espectador sobre o poder da fé – mesmo aquele que não tem fé alguma. Todos poderão assistir ao filme e se sentirem reconfortados. Filmografia: Gaijin, Caminhos da Liberdade (1980) Parahyba Mulher Macho (1983) Patriamada (1984) Lua de Cristal (1990) O Noviço Rebelde (1997) Fica Comigo (1998)

Xuxa Requebra (1999) Xuxa Popstar (2000) Gaijin, Ama-me Como Sou (2005) Xuxa em o mistério da Feiurinha (2009)

Entrevista: Murilo Rosa “Marcos é um homem de sucesso traumatizado e amargurado. Um homem sem amor, sem fé”.

Como você define Marcos? Marcos é um barril de pólvora. Um homem que nasceu e cresceu em ambiente tranqüilo de muito amor, e aos 10 anos perde o pai. Ele acaba culpando a promessa que fez à Santa para ganhar a chuteira por essa morte trágica e passa a responsabilizar a fé, a santa a religião pelo que aconteceu. Marcos decide que sua vida será diferente da do pai, um homem simples, dedicado à construção da Basílica de Nossa Senhora Aparecida após um milagre que ele desconhece. Marcos se transforma em um homem de sucesso, mas suas conquistas não preenchem o buraco no coração criado pela morte do pai e que nunca cicatrizou. Ele está sempre à beira da explosão, com a ex-mulher, com o filho, abrindo mão de tudo que é mais sensível e amoroso. Este homem de sucesso é um trator, mas carente de pai, carente da mãe de quem se distanciou, carente de filho com quem não consegue se relacionar e sobretudo, carente de fé. É um homem de sucesso traumatizado e amargurado. Um homem sem amor, sem fé. Qual a dificuldade de interpretar um personagem sempre à beira da exasperação, da explosão? Tivemos uma preparação muito interessante com a Tizuka que merece o grande nome que tem. Ela tem realmente um talento extraordinário, que compreendeu de forma muito sensível o universo do filme junto com Valéria Braga, preparadora do elenco. E essa sensibilidade foi muito boa para mim, como para todos os integrantes do elenco e criou um excelente clima de trabalho. Para dar credibilidade como pai de um jovem, tive que incorporar o da idade e a sua amargura da situação – adotei um timbre de voz mais grave, dosei a energia, ganhei um bigode e cabelos brancos. O mais difícil foi o controle da energia e do forte temperamento em permanente contenção, mas com alguns momentos explosivos. E como foi a relação com o elenco, com quem você tem momentos de alta voltagem emocional? Eu já tinha trabalhado algumas vezes com Bete Mendes, de grande talento e de uma doçura incomparável. Maria Fernanda é uma estrela de primeiríssimo time, que tem uma star quality totalmente merecida. Eu tinha atuado ao lado de Leona Cavalli no teatro, e ela é uma atriz excepcional, cult, super-parceira. Jonatas é um estreante no cinema que exibe seu talento na TV e que vi no musical Hairspray. Sou suspeito para falar, pois trabalhei com pessoas raras, em um entrosamento excepcional. Tenho que ressaltar também o empenho da Yurika Yamasaki na direção de arte e na criação do

meu envelhecimento. Sem falar na cumplicidade de Gláucia e Paulo, com quem eu já tinha tido o prazer de trabalhar em Orquestra dos Meninos. Em 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, você foi à Basílica e leu um poema. Você é devoto de Nossa Senhora? Como você define a sua religiosidade? Sou de família muito católica e embora não seja praticante tenho muita fé. Ao longo da vida desenvolvi uma história pessoal e profissional muito importante com a Santa Aparecida. Além de questões pessoais, desenvolvi uma ligação forte com a religiosidade através de meus trabalhos na TV – A Padroeira, América (em que fazia um devoto de Aparecida) e Caminho das Índias. Pela minha experiência e também da minha família foi muito bom fazer um personagem sem fé, mas que se converte. Seu momento de catarse, em que é abraçado pela Santa e também a missa final foram particularmente emocionantes para mim. Quais as suas expectativas em relação a Aparecida, o Milagre? O filme fala de fé, um aspecto fundamental na vida de todas as pessoas. É a fé que provê entusiasmo para você modificar as situações. Ter fé é ter entusiasmo, que é muito diferente de ser otimista, pois o entusiasmo permite que a pessoa encontre energia para alcançar o que deseja. O filme conta uma história de conversão. Muita gente pode se identificar com essa busca de fé e com as transformações que a recuperação da fé provoca. Acredito que pela verdade dos personagens e pela emoção da história, o filme tem todos os elementos para comover o espectador. Principais trabalhos: Cinema: Ismael e Adalgisa (média metragem de Malu de Martino - 1998 Olga, de Jayme Monjardim (2004), Orquestra de Meninos (Paulo Thiago, 2008), Como esquecer (Malu de Martino, 2010) Televisão: Novelas A padroeira, América, Caminho das Índias, Araguaia.

DEPOIMENTOS MARIA FERNANDA CÂNDIDO/ Beatriz “Beatriz é uma mulher bem contemporânea. É uma alta executiva, competente e inteligente. Além disso, ela é emocionalmente estável, bem resolvida e acompanha Marcos em vários momentos importantes de sua vida profissional e pessoal. Aparecida, o Milagre fala de uma transformação profunda na vida de um homem. Através do resgate de valores, sentimentos e emoções que ele havia reprimido ou negligenciado, Marcos consegue dar a volta por cima e recomeçar a sua vida. Certamente, o público irá encontrar diversos pontos de identificação com as personagens e situações desse filme maravilhoso!

JONATAS FARO / Lucas “Lucas é um cara solar, extrovertido, que passou por conflitos com drogas, mas está curado e quer ajudar os outros, viver uma vida melhor. Apesar de ser do bem, ele tem intensos conflitos com o pai, que é muito frio, racional, distante, e não acredita na recuperação do filho. Esta distância machuca muito Lucas, que é sensível, quer alegrar a vida das pessoas, das crianças em hospitais. .

Aparecida, o Milagre é meu primeiro filme, e para interpretar Lucas me entreguei e me envolvi completamente com o personagem. Fiz o melhor que pude, e fui muito ajudado por Tizuka que estará sempre no meu coração, pela generosidade, pelo humor. Foi uma honra participar deste filme, atuar ao lado de grandes atores, como Murilo Rosa: fizemos cenas muito pesadas e difíceis, mas sempre muito unidos, como aliás todo o elenco e equipe. Sou extremamente católico, acredito em Deus e em Jesus, e considero a fé o combustível das pessoas. O mundo vive a base de fé – sem fé na vida ou em nós mesmos não há futuro. Não consigo imaginar uma pessoa viver sem fé. E é disso que o filme fala”.

LEONA CAVALLI / Sônia “Quando Tizuka me convidou para fazer a mãe de um jovem que recebe um milagre de Nossa Senhora Aparecida, gostei muito da personagem, diferente de tudo o que já fiz, e adorei a possibilidade de ser dirigida por ela. Pensei, a princípio, que poderia ser um filme simplesmente religioso, mas quando li o roteiro percebi que era muito mais, um filme de amor e fé, que revela e resgata uma parte da cultura brasileira, integrando passado e presente com beleza”. BETE MENDES / Julia “Participar de Aparecida - o Milagre, além do prazer em conviver com elenco e equipe adoráveis, representou uma alegria especial: viver D. Julia, com sua fé nesta Santa brasileira, conviver com a história de Nossa Senhora Aparecida, e poder atuar sob a direção precisa e sensível de Tizuka Yamasaki. Esta relação mágica, com a religiosidade presente me faz acreditar que vivenciamos um filme sobre a fé. Oxalá ele seja recebido na telona com o sentimento que nossa alma artística quis compartilhar”.

RODRIGO VERONESE / Antônio (pai de Lucas) “Este filme marca a minha estréia no cinema, depois de atuar na TV desde meados dos anos 90. Foi um imenso prazer trabalhar com um tema tão forte como a história de Nossa Senhora Aparecida. Ficamos imersos em um mundo de simplicidade e amor. Meu personagem retratou a devoção comovente de um homem simples que viveu e morreu por um ideal, o da fé! Com o brilho da grande Tizuka Yamasaki e um elenco competentíssimo, fazer esse filme foi um dos grandes prazeres profissionais que tive em minha carreira”.

TRILHA SONORA ORIGINAL / Paulo Francisco Paes “Tenho formação de pianista clássico e de orquestração, e a trilha de Aparecida, o Milagre é o meu primeiro trabalho para o cinema. Sem dúvida, foi um grande desafio e aprendizado.

O conceito da trilha foi muito discutido com o produtor Paulo Thiago e a diretora Tizuca Yamazaki e chegamos à conclusão de que ela deveria ter um estilo próximo ao dos filmes clássicos italianos, com temas que aproximem o espectador da trama. A partir da definição do conceito, tive uma grande abertura para criar. Essa linha clássica, por exemplo, tem algumas inserções mais contemporâneas, como na cena de Lucas no hospital. A trilha bastante extensa – cerca de 50 minutos - tem três temas principais: o da infância do Marcos, o tema religioso ligado à Santa e ao milagre, e um tema para Marcos, desenvolvido em diferentes situações da vida adulta. A trilha inclui também uma parte coral para 40 vozes. O gênero, que sempre se apresentou dos temas religiosos, está presente no início e no final do filme, e também no momento do milagre, quando o pescador João Alves recupera a imagem da santa. Criei também um coral de vozes femininas, para o momento em que a Santa abraça Marcos, além de uma canção, Linda Maria, para as cenas da representação. A música está muito presente em boa parte do filme, e foi uma grande experiência, sobretudo para um estreante. Trabalhei muito, mas acredito que o objetivo inicial foi atingido: acentuar a religiosidade da história.”

DIREÇÃO DE ARTE / Yurika Yamasaki “O conceito da direção de arte partiu da pesquisa da cultura em torno de Aparecida, ouvindo estudiosos e pesquisadores, e acompanhando manifestações religiosas tradicionais para chegar às locações, aos ambientes e aos objetos desta região de fé que nos legou a padroeira do Brasil. O folclore local, as habilidades manuais foram pesquisadas e utilizadas para qualificar a autenticidade do projeto. Nossa proposta de escolher a mão de obra local de artesãos, que manifestam sua arte nos eventos religiosos e adereços, enfatizou o conceito da fé, fator fundamental neste filme. A partir desses elementos, minha segunda prioridade foi criar e fornecer material para elaborar a ficção. A direção de arte chegou ao resultado final considerando as emoções, as manifestações da fé e da religiosidade dentro das nossas tradições de convivência e harmonia entre todas as religiões, e também para enfatizar o conflito da materialidade e questões da espiritualidade na sociedade contemporânea”.

HISTÓRICO - NOSSA SENHORA APARECIDA

Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida é um título católico dedicado a Maria, mãe de Jesus de Nazaré. Sua festa é comemorada anualmente no dia 12 de outubro. Padroeira dos católicos no Brasil, seu santuário localiza-se em Aparecida, no estado de São Paulo. A história de Nossa Senhora Aparecida começa em 1717, quando foi anunciada em Guaratinguetá (São Paulo) a notícia de que D. Pedro de Almeida e Portugal, Conde de Assumar, governador da então Capitania de São Paulo, e Minas de Ouro, iria passar pelo pequeno povoado a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto).

Os pescadores da região, Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves, com a intenção de agradar a nobre visita, jogaram várias vezes suas redes no rio Paraíba do Sul, sem captar um peixe sequer. Empenhados na oferenda, desceram o curso do rio e chegaram ao Porto Itaguaçu no dia 12 de outubro. Novamente, João Alves jogou sua rede no rio e desta vez recolheu a imagem de uma Santa, sem a cabeça. Jogou uma segunda vez, e recuperou a cabeça da imagem. A partir deste momento, os peixes surgiram em abundância. . Nos 15 anos seguintes, a imagem foi guardada na casa do pescador Filipe Pedroso, atraindo pesoas da região, e seus poderes milagrosos logo alcançaram todo o Brasil. Em 1734, foi construída uma capela na cidade de Guaratinguetá aberta à visitação pública em 1745. Entre seus visitantes, destaca-se o então Imperador Pedro I, poucos meses antes da Independência do país. Em 1834 teve início a construção de uma igreja maior, hoje a Basílica Velha, visitada em dezembro de 1868 pela Princesa Izabel onde fez uma promessa. Em 6 de novembro de 1888 a Princesa retorno à Basílica e, em retribuição à graça concedida, lhe ofereceu uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, junto com um manto azul, ricamente adornado. A Basílica foi oficialmente aberta ao público em 8 de dezembro de 1888. Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI. Pela Lei nº 6.802 de 30 de junho de 1.980, o dia 12 de outubro foi decretado feriado nacional e Nossa Senhora Aparecida foi oficialmente reconhecia como padroeira do Brasil. A nova Basílica de Nossa Senhora Aparecida, ou Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, localizada em Aparecida, interior de São Paulo começou a ser construída em 1955. Foi inaugurada em 4 de julho de 1980m na primeira vista do Papa João Paulo II ao Brasil. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, elevou a Nova Basílica a Santuário Nacional. . Terceiro maior templo católico do mundo, é acessível através da "Passarela da Fé", que liga as duas basílicas – a atual e a antiga – visitadas por mais de 8 milhões de romeiros por ano. A imagem Retirada das águas do rio Paraíba em 1717, a imagen de terracota e mede quarenta centímetros de altura e tem estilo seiscentista. Sua cor atual é atribuída à exposição à fuligem das chamas das velas, lamparinas e candeeiros acesas pelos seus devotos ao longo da História.

. VITÓRIA PRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS A Vitória é uma empresa que já produziu dezoito filmes de longa-metragem de ficção além de documentários, entre eles Sagarana o Duelo que representou o Brasil no Festival de Berlim em 1974. Alguns filmes receberam prêmios internacionais de Melhor filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz nos Festivais de Londres, , Trieste, Chicago International, Huelva, Los Angeles, etc. Nos anos 80 , trouxe ao Brasil o ator indicado

ao Oscar Dean Stockwell para contracenar com Carlos Alberto Ricceli em Jorge um Brasileiro, que além de grande sucesso de bilheteria no Brasil, foi comercializado em mais de trinta países. A empresa sempre esteve direcionada para realizar filmes que falam da realidade brasileira em seus vários aspectos, quer através da poesia, no documentário Poeta de Sete Faces sobre a obra de Carlos Drummond de Andrade, ou sobre a Bossa Nova, no Coisa Mais Linda – Histórias e Casos da Bossa Nova, ou da literatura como Policarpo Quaresma, que valeu ao diretor Paulo Thiago e ao ator Paulo José, muitos prêmios. Aparecida - o Milagre se insere neste rol, quando trata da fé e crença brasileiras, através da vida de uma família, permeada pelo maior ícone religioso brasileiro, Nossa Senhora Aparecida.

GLOBO FILMES

Desde 1998, quando foi criada, a Globo Filmes produziu e/ou coproduziu mais de 90 filmes, levando para as salas de exibição mais de 90 milhões de pessoas. Com a missão de contribuir para o fortalecimento da indústria audiovisual nacional, apostando em obras de qualidade e valorizando a cultura brasileira, a produtora participou dos dez maiores sucessos de bilheteria da retomada: Se Eu Fosse Você 2, o primeiro da lista, com um público de mais de 6 milhões, 2 Filhos de Francisco, Carandiru, Se Eu Fosse Você, Nosso Lar, Chico Xavier, Cidade de Deus – com quatro indicações ao Oscar -, Lisbela e o Prisioneiro, Cazuza – O Tempo Não Pára, e Olga. Todos ultrapassaram a marca de 3 milhões de espectadores. A Globo Filmes também tem por objetivo promover a sinergia entre o cinema e a televisão, sempre atenta ao reconhecido padrão Globo de qualidade. Sua filmografia contempla vários gêneros, como comédias, infantis, romances, dramas e aventuras. Suas atividades se baseiam nas parcerias com produtores independentes e distribuidores nacionais e internacionais, em uma associação de excelência para levar ao público o que há de melhor no cinema brasileiro.

PARAMOUNT PICTURES A Paramount Pictures Corporation (PPC), produtora e distribuidora global de entretenimento em forma de filmes é uma unidade da Viacom (NYSE: VIA, VIA.B), uma das companhias de conteúdo líderes, a qual possui importantes e respeitadas marcas de entretenimento em forma de filmes, televisão e entretenimento digital. As marcas da companhia incluem a Paramount Pictures, Paramount Vantage, Paramount Classics, MTV Films e a Nickelodeon Movies. As operações da PPC também incluem a Paramount Digital Entertainment, Paramount Home Entertainment, Paramount Pictures

International, Paramount Licensing Inc., Paramount Studios e a Worldwide Television Distribution. A associação com filmes como Aparecida - o Milagre, de Tizuka Yamasaki em 2010 representa a continuidade da estratégia adotada pela empresa nos últimos anos: investir, em conjunto com a Paramount Home Entertainment, na valorização de produções nacionais de alto nível técnico e artístico, contribuindo assim para o fortalecimento e diversificação da atividade cinematográfica do país.