A Novel ios m-health Application to Assist the Hospital-Acquired Pneumonia Diagnosis and Treatment

A Novel iOS m-Health Application to Assist the Hospital-Acquired Pneumonia Diagnosis and Treatment K. N. Dias, D. Welfer, J. F. Kazienko and R. C. F d...
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A Novel iOS m-Health Application to Assist the Hospital-Acquired Pneumonia Diagnosis and Treatment K. N. Dias, D. Welfer, J. F. Kazienko and R. C. F da Silva Abstract— For the treatment of Hospital-Acquired Pneumonia (HAP) is necessary accuracy in diagnosis, according to the guidelines of a hospital. Moreover, the diagnosis and treatment of HAP should be performed immediately. To assist in this process, this work presents the PneumoH, which consists in a mobile application for supporting to physicians in the HAP’s diagnosis and treatment. In order to evaluate PneumoH, an acceptance test was accomplished in a high circulation public hospital, relying on the participation of an infectious diseases expert. Our preliminary evaluation of the PneumoH indicates that it is useful for clinical practice. Keywords— Hospital-Acquired Pneumonia, Application, Diagnosis, Treatment, iOS Platform.

m-Health

I. INTRODUÇÃO

H

Á décadas, sistemas especialistas têm sido utilizados no apoio às decisões médicas. Atualmente, com a popularização de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, a área denominada m-Health vêm crescendo gradualmente [1]. A m-Health pode ser definida como uma área que presta serviços de saúde e informações através de tecnologias móveis, como telefones celulares [1, 2]. Portanto, profissionais da saúde podem contar com um apoio tecnológico de fácil acesso, com propósitos como: otimizar o tempo; melhorar a acessibilidade das informações; registrar informações dos pacientes (geralmente realizadas em formulários de papel e guardadas sob administradores do centro de saúde); consultar e/ou adquirir conhecimento médico confiável, para melhor tratar doenças e infecções de seus pacientes [3, 4]. Em adição, profissionais iniciantes ou em fase de especialização podem usar essa tecnologia para fins de aprendizado, pois há compartilhamento de informações com qualidade e com interações de demais usuários em um grupo, sem restrições de tempo e lugar [5]. O uso da tecnologia da informação em hospitais brasileiros, por exemplo, aponta carência de profissionais de Tecnologia da Informação (TI), em determinadas regiões, e desconhecimento de novas tecnologias voltadas para o ambiente hospitalar [6]. Porém, com o fácil acesso aos dispositivos móveis, os médicos e demais profissionais da K. N. Dias, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Alegrete, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected] D. Welfer, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected] J. F. Kazienko, UNIPAMPA, Alegrete, Rio Grande do Sul, Brasil, [email protected] R. C. F. da Silva,

saúde, já não são restringidos a infraestrutura disponível nos centros de saúde. Adicionalmente, as infecções das vias respiratórias inferiores estão entre as principais causas de morte no mundo [2]. Dentre essas infecções, a Pneumonia Adquirida no Hospital (PAH) é a segunda infecção hospitalar mais comum, ficando atrás apenas da infecção de trato urinário [8,9]. Dessa forma, a necessidade de um diagnóstico correto e uma prescrição de tratamento adequada são essenciais para a melhora do paciente. Caso contrário, um tratamento inadequado pode causar germes multirresistentes em um paciente, prejudicando sua situação ou podendo levar até a morte [9,10]. Perante o contexto apresentado, esse trabalho tem como objetivo apresentar e avaliar um aplicativo, chamado PneumoH, para dispositivos móveis com propósito de facilitar a decisão do diagnóstico e o tratamento eficaz da Pneumonia Adquirida no Hospital. Além disso, salienta-se que este trabalho irá contribuir no cenário brasileiro de utilização mHealth por médicos de instituição de saúde pública, pois o mesmo foi objeto de um estudo de caso. O estudo de caso concentrou-se na disponibilização do PneumoH para médicos do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), localizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Desta maneira, e de forma voluntária, os médicos da instituição validaram o aplicativo. O restante do trabalho está organizado da seguinte maneira: na Seção 2 são descritos os trabalhos relacionados. Na Seção 3 são apresentados os materiais e métodos utilizados para este estudo. A Seção 4 descreverá os resultados e discussões obtidos através do uso do aplicativo pelos médicos do HNSC. Por fim, na Seção 5 serão descritas as considerações finais. II. TRABALHOS RELACIONADOS De maneira geral, os trabalhos encontrados na revisão da literatura reportam sistemas especialistas com foco em doenças similares a PAH. Entretanto nenhum trabalho encontrado trata especificamente da referida doença. Martinez-Perez et al. [1], comparam diferentes aplicativos para dispositivos móveis voltados para o gerenciamento de doenças que possuem maior mortalidade no mundo. Para isso, os autores investigaram nas bases de dados: IEEE Xplore; Scopus, Web of Knowledg; e PubMed, e nas principais lojas de aplicativos: Google Play; iTunes; BlackBerry World e Windows Phone apps+Games. Entre as conclusões, constatouse que, apesar da infecção respiratório inferior possuir alta

mortalidade no mundo, é a doença que menos apresente aplicativos a respeito. A Tabela 1 sumariza as principais características dos sistemas especialistas encontrados na revisão da literatura. TABELA I. SISTEMAS ESPECIALISTAS ENCONTRADOS NA LITERATURA Pneumon-IA [11]

Terap-IA [12]

ODMS [13]

STABITTM [14]

D. Welfer, et al [15]

1

Sistema operacional UNIX

Não menciona

Desktop

iPhone/ iPad (iOS)

iPhone (iOS)

2

Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)

PAC

Pneumonia a partir do Código Internacional de doenças (CID-9)

Staphyloco ccus aureus

PAC

3

Módulos, proposições, variáveis, regras e meta-regras

Composto por módulos, proposições, variáveis, regras e metaregras

Ontologia

Não menciona

Model View Controller (MVC)

Própria aplicação

Própria aplicação

xCode

xCode

Visa educar seus usuários a respeito da otimização da gestão da bacteremia S. aureus

Baseia-se nas regras de administra ção da PAC, no HNSC.

4

Não menciona

Não menciona

5

Milord

Milord II

6

Diagnostica a PAC a partir de dados clínicos, radiológicos e laboratoriais obtidos no início da doença

Encontra o tratamento através dos resultados do paciente, o conhecimento dos antibióticos e o diagnóstico

1 5

Popula a aplicação através de um data warehouse empresarial Protégé Baseando-se nas informações do modelo, a ontologia decide qual o tipo de pneumonia que determinado paciente possui

Plataforma, 2Especialidade, 3Arquitetura do sistema, 4Armazenamento de dados, Desenvolvimento, 6Descrição do funcionamento do sistema

Iwaya L. H et al [16] realizam um levantamento sobre pesquisas e iniciativas m-Health no Brasil, discutindo sobre os desafios atuais, lacunas, oportunidades e tendências. Embora esse trabalho não esteja diretamente relacionado com a revisão da literatura desse estudo, contribui para enfatizar e classificar os projetos m-Health no Brasil. Nesse sentido, destaca-se os sistemas de apoio à decisão1, na qual é uma área pouco explorada nos projetos brasileiros. Nessa classificação mHealth define-se os aplicativos que possuem a característica de algoritmos de software com o objetivo de auxiliar os profissionais de saúde a realizar diagnósticos clínicos no ponto de cuidado. Baseado nessas informações, podemos caracterizar a intenção deste trabalho como um aplicativo de suporte à decisão, o que torna a aplicação de cunho inovador no Brasil. Adicionalmente, como é mencionado em [1], em contexto de aplicações m-Health, infecções respiratórios possuem poucos aplicativos a respeito. Dessa forma, percebe-se a carência de aplicativos móveis focados no auxílio para o tratamento e diagnóstico da PAH, o que torna a proposta desse trabalho de alta relevância. Salienta-se que para realização de trabalho tomou-se como referência a metodologia de validação de [14] e [15].

III. MATERIAIS E MÉTODOS Nesta seção serão apresentadas as etapas de desenvolvimento deste trabalho e os respectivos materiais envolvidos. Enfatiza-se que para a produção desse trabalho foi necessário conhecimento médico e tecnológico, fornecido através da parceria ente o HNSC e a Universidade Federal do Pampa (localizada em Alegrete, Rio Grande do Sul, Brasil), respectivamente. A. Análise e estudo do protocolo interno de diagnóstico e antibioticoterapia No HNSC, a PAH é diagnosticada e tratada conforme protocolos internos regidos pelo Controle de Infecção, do Hospital [17]. O processo do diagnóstico da PAH divide-se em duas fases: antibioticoterapia inicial e antibioticoterapia específica [17]. A antibioticoterapia inicial é o primeiro procedimento que deve ser realizado em situações com suspeita de PAH, na qual estes pacientes possuem no mínimo 48 horas de internação hospitalar. Já a antibioticoterapia específica da PAH é o procedimento que deve ser realizado com pacientes que estão realizando o tratamento, especificamente no terceiro dia, na qual já devem ter apresentados sinais de melhoras e possuir exames laboratoriais que indiquem a cultura da infecção. A seguir descreve-se detalhadamente cada processo das fases. O processo de antibioticoterapia inicial, primeiramente, define-se através da ala de internação do paciente: Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) ou Clínica Médica (CM). Baseada nessa informação, e também analisando o estado clínico e as exposições que o paciente pode ter sofrido, o protocolo classifica o diagnóstico como: PAH de alto risco na UTI; PAH de baixo risco na UTI; PAH de alto risco na CM; PAH de baixo risco na CM. A Fig. 1 ilustra a lógica de decisão para PAH em pacientes internados na UTI.

Figura 1. Representação do algoritmo de decisão da PAH, em situações na UTI.

Na situação da Fig.1, o médico avalia três possíveis ocorrências do paciente. O diagnóstico da PAH na UTI será de baixo risco quando não confirmar nenhum dos critérios da avaliação. Caso contrário, será diagnosticado como alto risco na UTI. Na Fig. 2 ilustra-se o algoritmo utilizado para decisão da PAH, em situações que o paciente está na CM. Neste cenário, o médico avalia algumas condições do paciente como, por exemplo, dias de ventilação mecânica, colonização por germe carbapenêmico e outras.

Figura 3. Representação do algoritmo de Descalonamento. Adaptado de [12].

Através desse algoritmo é decidido o rumo da antibioticoterapia do paciente como, por exemplo, direcionar o tratamento ao germe diagnosticado, prosseguir com o tratamento dado pela antibioticoterapia inicial ou interromper a antibioticoterapia. B. Implementação do aplicativo e publicação na AppleStore

Figura 2. Representação do algoritmo de decisão da PAH, em situações de Clínica Médica (CM).

Por fim, a Fig. 3 ilustra a representação do algoritmo de descalonamento para o Diagnóstico Específico da PAH [17]. Esse algoritmo representa especificamente a decisão, a partir da avaliação clínica e exames laboratoriais de cultura do paciente, do descalonamento (escolha de antimicrobiano direcionado ao germe da cultura com o menor espectro possível) ou outra estratégia.

O PneumoH foi desenvolvido para a plataforma iOS. A decisão do sistema operacional móvel foi um requisito exigido pelo integrante responsável pelo projeto no HNSC. Argumenta-se que essa escolha ocorreu devido aos médicos da instituição, em sua maioria, utilizar o dispositivo iPhone. Consequentemente à escolha da plataforma, a implementação do PneumoH deu-se através do ambiente de programação Xcode 5.1. A linguagem de programação utilizada foi Objective-C juntamente com o framework Coccoa-Touch. Além disso, utilizou-se o Kit de Desenvolvimento de Software Google Analytics [18], para coletar informações estatísticas sobre a utilização do aplicativo. O aplicativo foi projetado utilizando o padrão de arquitetura de software chamado de Modelo-Visão-Controle (MVC). Na primeira camada dessa arquitetura, a camada de modelo, implementou-se os atributos necessários para realizar as antibioticoterapias inicial e específica, isto é, a lógica da aplicação. Importante notar que, assim como mostra as Fig. 1, 2, 3 (através de fluxogramas), a lógica utilizada para realizar as decisões dos diagnósticos é estática. Ou seja, não é necessário estímulos de inteligência artificial, pois o protocolo indica os diagnósticos através de regras. Já na camada de visão, foram desenvolvidas vinte e quatro interfaces gráficas com o usuário, nas quais estão contidos: formulários para entradas de valores nos algoritmos de diagnóstico; informações dos resultados dos diagnósticos; descrições sobre antibioticoterapia, tempo de tratamento e micro-organismos; questionário sobre opinião do usuário; e

dados dos desenvolvedores. Por fim, a camada de controle foi programada para realizar a comunicação das telas com a lógica da aplicação. A Fig. 4 ilustra a interface gráfica com o usuário contendo o menu principal de funcionalidades do PneumoH. Essas funcionalidades são: (1) antibioticoterapia inicial; (2) antibioticoterapia específica; (3) informações sobre tempo de antibioticoterapia; (4) questionário de opinião.

Figura 6. Interface gráfica com o usuário descrevendo o diagnóstico inicial resultante.

Figura 4. Principal interface gráfica com o usuário do aplicativo desenvolvido.

Já a Fig. 5, ilustra as interfaces gráficas com o usuário utilizadas pela opção “antibioticoterapia inicial” presente na interface gráfica principal.

Figura 5. Interfaces gráficas com o usuário invocadas pelo algoritmo de decisão de antibioticoterapia inicial. (A) Antibioticoterapia inicial: Escolha (UTI - CM – Outro Hospital); (B) Formulário Diagnóstico Pneumonia originada na UTI; (C) Formulário Diagnóstico Pneumonia originada na Clínica Médica.

Nas interfaces da Fig. 5, o médico deverá especificar o local de internação e, posteriormente, os respectivos sintomas e exposição do paciente internado. Após, o aplicativo exibirá o diagnóstico da antibioticoterapia inicial e seu respectivo tratamento adequado. Esse primeiro diagnóstico é exibido para o usuário através de uma interface gráfica como ilustra a Fig. 6.

Posteriormente ao desenvolvimento do aplicativo, realizouse uma série de testes beta. A equipe de testes do PneumoH foi composta, apenas, de três desenvolvedores e de um médico especialista em infecção hospitalar do HNSC. Para essa etapa de testes, utilizou-se a ferramenta TestFlight [19] para disponibilizar as versões beta aos usuários “testadores”. Os testes possuíam a intenção de validar a corretude dos resultados do aplicativo conforme o protocolo em vigor, que até então era realizado manualmente. Nessa fase, a cada ciclo de testes, realizados pelo médico especialista do HNSC, eram indicados e corrigidos os erros nos resultados de diagnóstico e imperfeições da interface gráfica do usuário. Apesar de não contabilizados a quantidade de resultados de diagnóstico verificados, os testes cessaram somente quando o aplicativo sempre indicava os diagnósticos e descrições de tratamento corretamente, ou seja, 100% de corretude e integridade em seus resultados. Cabe mencionar que a cada ciclo de testes, uma nova versão do PneumoH era criada. A etapa de testes teve critérios de aprovação bastante rígidos devido à sua finalidade de nível crítico de falhas: a utilização por médicos na prática clínica no diagnóstico e tratamento em pacientes internados. Posteriormente a aprovação de todos os casos de testes pelo médico especialista do HNSC, pode-se gerar a versão final do aplicativo. A versão do PneumoH disponibilizada para os usuários finais foi a 9.0. C. Monitoramento e questionário sobre o uso do PneumoH Como relatado anteriormente, utilizou-se o SDK do Google Analytics para realizar o monitoramento em tempo real da utilização do aplicativo. Esta estratégia para coleta de resultados, de modo não invasivo, foi adotada conforme moldes do trabalho [14]. Além disso, implementou-se no PneumoH um questionário sobre a opinião dos médicos usuários pertencentes à equipe do HNSC. Justifica-se essa escolha de ferramentas devido à restrições geográficas entre as

instituições e participantes responsáveis por esse trabalho. Assim, a intenção era facilitar o acesso ao perfil de utilização e a validação qualitativa dos médicos. Com o auxílio do Google Analytics foi possível controlar o fluxo de: novos usuários (que representam o primeiro acesso através de um determinado dispositivo móvel); usuários (na qual é a métrica que contabiliza a interação com o aplicativo a partir de um determinado dispositivo móvel); usuários que retornam (correspondente aos usuários que realizam acesso diversas vezes em diferentes dias); sessões, a cidade que originou o acesso; e a quantidade de vezes que as interfaces gráficas eram visualizadas. Dentre essas métricas, também é possível conferir médias como: tempo de utilização/sessão; interfaces gráficas visualizadas/sessão; e respectivos percentuais. Ressalta-se que uma métrica constantemente utilizada por essa ferramenta é a sessão, na qual representa uma coleção de interações, ou hits, de um usuário específico durante um período definido [18]. É importante mencionar que todos os dados coletados possuíam a autorização do usuário, pois o mesmo era informado e tinha a opção de concordar com os termos de privacidade, em cada acesso ao PneumoH. O questionário é constituído de treze perguntas, sendo doze questões objetivas, e apenas uma questão descritiva, na qual requeria opinião do usuário. Além disso, as perguntas foram elaboradas com intenção de responder as expectativas dessa pesquisa e trabalhos futuros. A seguir estão enumeradas as perguntas apresentadas para o usuário: 1. O PneumoH tem sido útil? 2. O PneumoH, acelerou o diagnóstico e tratamentos dos pacientes com pneumonia adquirida no hospital? 3. Na sua opinião, qual o grau de acerto do PneumoH nos diagnósticos e tratamentos? 4. Você é médico residente? 5. Em relação ao seu conhecimento do Protocolo de Antibioticoterapia do Hospital Nossa Senhora da Conceição, o PneumoH está de acordo? 6. O uso do PneumoH pode evitar erros na prescrição de um tratamento ou medicamento? 7. O uso do PneumoH pode ajudar a controlar a infecção hospitalar? 8. O PneumoH pode ser usada para o treinamento de profissionais da saúde que ainda não dominam os protocolos de tratamento da pneumonia adquirida no hospital. Assim, o PneumoH desenvolvido pode ser visto como um mecanismo para fins educacionais. Você concorda? 9. Na sua opinião, aplicações para dispositivos móveis são muito mais úteis em ambientes hospitalares do que softwares para notebooks ou desktops? 10. Sobre a interface gráfica, você achou ela amigável? 11. Você prefere utilizar o PneumoH em um iPad ou iPhone? 12. Para uma próxima versão do PneumoH, que campos e funções relativos à Pneumonia Adquirida no Hospital e seus pacientes diagnosticados você sugere? 13. Você acha interessante que o PneumoH permita o compartilhamento das informações registradas com outros médicos?

Salienta-se que o objetivo foi avaliar a utilização do PneumoH exclusivamente no HNSC, localizado na cidade de Porto Alegre/RS, Brasil. Os resultados desse monitoramento de uso do aplicativo são descritos na próxima seção. IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO O uso do aplicativo móvel PneumoH foi monitorado por cerca de 8 meses (de janeiro a agosto de 2015). Nesse contexto, a Fig. 7 apresenta gráficos, retirados de relatórios gerado pelo Google Analytics, que demonstram o número diário de usuários novos e usuários, respectivamente, no período de monitoramento. Salienta-se que essas informações representam o acesso total do aplicativo, ou seja, sem filtros.

Figura 7. Gráficos de acessos ao aplicativo por novos usuários e usuários, respectivamente [18].

Na Fig. 8, demonstra-se informações de usuários e usuários que retornam, respectivamente, sobre sessões e visualizações de tela, retirada dos relatórios do Google Analytics. Dessa maneira, percebe-se que o PneumoH foi acessado por 151 usuários, sendo que 69 desses usuários retornaram ao PneumoH, ou seja, visitaram em demais dias. Dessa forma, contabilizaram-se 685 sessões. No gráfico em pizza, da Fig. 8, demonstra-se que 78.5% dessas sessões foram realizadas por usuários que retornaram ao PneumoH. Além dessas informações, destaca-se que o aplicativo teve acesso de 51 cidades, em 7 países diferentes.

Figura 8. Informações gerais sobre utilização do PneumoH [18].

Entretanto, para analisar somente a utilização do PneumoH pelos médicos do HNSC, filtrou-se os dados gerados pelo Google Analytics, da seguinte maneira: • Informação demográfica: oLocalização: Cidade de Porto Alegre;

• Tecnologia: o Sistema Operacional contém iOS; o Dispositivo móvel incluindo tablet: Sim. Na Fig. 9, mostra-se a distribuição gráfica de acesso diário por novos usuários e usuários no aplicativo, de acordo com os filtros e período de análise

Menu Formulário Diagnóstico . Pneumonia originada na UTI

Tela que contém todas a lista das funções do aplicativo. Tela com formulário para diagnosticar a PAH originada na UTI, na qual poderá ser alto risco ou baixo risco.

Antibioticoterapia inicial: Baixo Risco Clínica Médica

Tela de resultado do diagnóstico de PAH baixo risco na clínica médica. Contém descrição de tratamento.

Formulário Antibioticoterapia Específica Antibioticoterapia inicial: Alto Risco UTI Antibioticoterapia inicial: Alto Risco Clínica Médica

Figura 9. Gráficos de acessos ao aplicativo por novos usuários e usuários, respectivamente, de acordo com os filtros [18].

Além desses dados, apresenta-se na Fig. 10, que em Porto Alegre, o PneumoH foi acessado por 59 usuários, e 26 desses foram usuários que retornaram. Ainda na Fig. 10, reporta-se o total de 108 sessões dos usuários, não obstante, ilustrado no gráfico de pizza, mostra-se que 52.8% das sessões foram de usuários que retornaram.

.

Tempo de Antibioticoterapia

Tela que encaminha ao algoritmo de descalonamento para verificar o diagnóstico específico do paciente. Tela de resultado do diagnóstico de PAH alto risco na UTI. Contém descrição de tratamento. Tela de resultado do diagnóstico de PAH alto risco na clínica médica. Contém descrição de tratamento. Tela com informação para o tratamento específico contra determinados microrganismos.

133

67

65

41

37

28

27

Após o monitoramento do uso do aplicativo, foram observadas respostas do questionário. O questionário do uso do PneumoH, avaliado pelos médicos do HNSC, obteve retorno de 8 usuários. Como ilustra a Fig. 11, cinco (62,5%) usuários eram médicos residentes e três (37,5%) não eram.

Figura 11. Gráfico de respostas da questão 4.

Figura 10. Informações gerais do uso do aplicativo, conforme filtros [18].

Em todos os acessos obtidos de Porto Alegre no PneumoH, contabilizou-se 1017 visualização de tela. Em média cada sessão durava 1 minuto e 39 segundos, e continha 9.42 telas visualizadas. Na tabela II, descreve-se as dez telas mais visualizadas do aplicativo. TABELA II. TELAS MAIS VISUALIZADAS NO PNEUMOH Nome da tela Antibioticoterapia inicial: Escolha (UTI - CM – Outro Hospital)

Formulário Diagnóstico Pneumonia originada na Clínica Médica Privacidade

Descrição da tela Tela inicial para a função de antibioticoterapia inicial: o usuário escolhe o local que o paciente está internado e é redirecionado para o algoritmo de decisão. Tela com formulário para diagnosticar a PAH originada na Clínica Médica, na qual poderá ser alto risco ou baixo risco. Tela inicial, na qual contém os termos de privacidade para coleta de dados de utilização.

Em geral, os usuários responderam apenas as questões objetivas, ou seja, ninguém respondeu a questão 12 na qual requeria opinião descritiva sobre melhorias em futuras versões do aplicativo. Não obstante, nas questões 1,2,5,6,7,8,9 e 10 todos responderam SIM. Na questão 3, que solicita ao usuário, através de escala de 1 a 5, o grau de acertos do PneumoH, observa-se que (ilustrado na Fig. 12): um usuário residente opinou grau 3; três usuários residentes indicaram que o grau é 4; um residente e quatro médicos especialistas indicaram que o grau é 5.

Visualizações

205

161

147

Figura 12. Gráfico de respostas da questão 3.

Em relação a preferência de dispositivo móvel (questão 11), na qual havia 4 opções (iPhone; iPad; Só utilizei no iPhone; e

Só utilizei no iPad), obteve-se 50% respostas indicando utilização apenas no iPhone e 50% de respostas referentes à preferência em iPhone. Por fim, a questão 13 requisitava a opinião do usuário médico sobre o interesse de compartilhar informações registradas no PneumoH com demais médicos do hospital. Para essa questão os médicos possuíam divergentes opiniões, sendo: 5 (62,5%) “Sim”, 2 (25%) “Não”, e 1 (12,5%) “Não entendi”. Esses dados são ilustrados na Fig 13. Observa-se que um médico residente e um médico especialista responderam não ter interesse no compartilhamento de informações.

Figura 13. Gráfico de respostas da questão 13.

A amostra de resultados indica que o aplicativo foi utilizado como ferramenta de auxílio tanto por médicos inexperientes, quanto por especialistas. Além disso, todos os médicos concordaram sobre: a utilidade na prática clínica; a eficiência no tempo do processo de diagnosticar a PAH, a corretude no repasse de informações, como a prescrição do tratamento de um paciente; a utilização do aplicativo como ferramenta de ensino-aprendizagem; a facilidade de utilizar aplicativos móveis em ambientes hospitalares; e a usabilidade. Todavia, em relação a opinião sobre os acertos do PneumoH nos diagnósticos e tratamentos, observou-se que quem indicou menores graus foram médicos residentes. Em relação a esse fato, justifica-se que médicos residentes não possuem experiência suficiente, além de um conhecimento parcial do protocolo adotado pelo hospital, o que explicaria as resposta dadas por eles. Sobre o compartilhamento de informações dos pacientes, observa-se que a maioria dos usuários possui interesse nessa funcionalidade. De acordo com os gráficos ilustrados nas Fig. 9 e 10, e os confrontando com as respostas e dados de telas visualizadas (Tabela II), pode-se perceber que houve a utilização do PneumoH frequentemente, por usuários da cidade de Porto Alegre, onde localiza-se o HNSC. Foram 55 aquisições do PneumoH, porém somente 26 usuários vieram a retornar utilização do aplicativo. Dessa forma, constata-se que aproximadamente 30% de usuários responderam o questionário. As telas mais visualizadas foram as iniciais, onde constam os menus das funcionalidades. No entanto, percebe-se um número considerável, de acesso as telas de resultados de diagnósticos da PAH. Esse fato remete que ao utilizar as funcionalidades do PneumoH, o médico chegou até o fim dos fluxos de diagnóstico. V. CONCLUSÃO Nesse trabalho foi apresentado uma aplicação de software voltada para dispositivos móveis para o diagnóstico e tratamento da pneumonia adquirida no hospital utilizada na prática clínica em uma instituição brasileira de saúde.

O projeto foi desenvolvido entre duas instituições: o Hospital Nossa Senhora da Conceição e a Universidade Federal do Pampa. Dessa forma, foi confeccionado um aplicativo específico para auxiliar nas atividades de diagnóstico e tratamento da PAH, no HNSC. Para publicar o PneumoH na Apple Store foi necessário realizar ciclos de testes para garantir a total corretude e integridade nos resultados de diagnósticos e tratamentos, conforme o protocolo. O aplicativo foi publicado e divulgado apenas para médicos do HNSC, porém devido estar disponível gratuitamente, o aplicativo foi adquirido em diversas regiões do Brasil. Dessa forma, os resultados obtidos através das ferramentas implementadas foram filtrados com foco do estudo de caso realizado no HNSC. Para o estudo de caso, médicos do HNSC foram convidados voluntariamente para validar o aplicativo. Através do questionário foi possível coletar as opiniões sobre a utilização do aplicativo e suas contribuições no cotidiano do médico. No entanto, de acordo com os dados do monitoramento, não houve resposta de todos os médicos que utilizaram. Além disso, ressalta-se que não houve contato direto dos médicos do HNSC com os autores deste trabalho, o que torna uma forte limitação, devido à pouca contribuição dos mesmos. Através dos resultados apresentados, pode-se perceber que um aplicativo móvel que propões auxiliar em processos de diagnóstico de tratamento da HAP teve bastante interesse, devido a 151 aquisições do PneumoH. Além disso, os dados que remetem a Porto Alegre, demonstram utilização frequente, o que indica que o aplicativo mostra-se potencialmente viável de ser aplicado na prática clínica, independentemente da infraestrutura do ambiente de trabalho do médico. Sendo assim, reforça-se que aplicativos que possuem característica de sistemas de apoio à decisão são interessantes propostas de trabalho. De acordo com a validação feita através de questionário, o uso do aplicativo agiliza o tratamento dos pacientes com síndromes infecciosas e principalmente adequa a antibioticoterapia aos protocolos internos do hospital. O Aplicativo desenvolvido evita que seja prescrito uma droga que não possua atividade contra o agente etiológico diminuindo mortalidade intrahospitalar e acrescentando qualidade no atendimento médico no Hospital. Um paciente corretamente tratado para uma infecção hospitalar possui melhor desfecho e alta mais precoce. O uso do aplicativo pode auxiliar no controle de infecção hospitalar já que os antimicrobianos prescritos são aqueles recomendados pelo Controle de Infecção do Hospital e aqueles que induzem o menor número de resistência e mecanismos de resistência bacterianos. O aplicativo produzido pode ser utilizado para o treinamento de médicos residentes ou profissionais da saúde que ainda não dominam os protocolos de tratamento para as diversas doenças infecciosas. Dessa forma, o software desenvolvido pode ser visto como um mecanismo para fins educacionais. Por ser um meio eletrônico e gratuito ao alcance de grandes quantidades de médicos em treinamento o mesmo é de muita valia. O aplicativo móvel é muito mais útil em âmbito hospitalar do que um software tradicional instalado, por exemplo, em um computador tradicional ou notebook porque sua característica móvel possui a agilidade e penetrância necessária para o atendimento médico.

A principal limitação do trabalho é a avaliação somente da utilização do PneumoH pelos médicos em um determinado período. No entanto, almeja-se em trabalhos futuros uma análise do impacto da utilização do mesmo em ambiente hospitalar, ou seja, realizar comparações entre dados estatísticos sobre a incidência de infecções em um hospital e o período que ferramentas m-Health são utilizadas para auxiliarem os médicos. Além disso, pode-se explorar a avaliação da usabilidade das interfaces gráficas do PneumoH. Esse trabalho têm a intenção de servir de referência a pesquisas m-Health no Brasil. REFERÊNCIAS [1] C. Liu, Q. Zhu, K. A. Holroyd and E. K. Seng, “Status and trends of mobile-health applications for iOS devices: A developer's perspective”, Journal of Systems and Software, Vol. 84, No.11, p. 2022-2033, 2011. [2] B. Martínez-Perez, I. D. L. Torre-Díez, M. López-Coronado and B. Sainz-De-Abajo, “Comparasion of Mobile Apps for the Leading Causes of Death among Different Income Zones: A Review of The Literature and App Stores”, JMIR mHealth and uHealth, Vol. 2, No.1, Janeiro 2014. [3] S.D. Burdette, R. Trotman and J. Cmar, “Mobile Infectious Disease References: From the Bedside to the Beach”, Clinical Infectious Diseases (Oxford University Press), Vol. 55, No.1, p. 114-125, 2012. [4] C. Sandoval, C. Fuentes, C. Montero, J. Bustos and M. Jordán, “Towards a mHealth Prototype to Support Integrated Health Care for Elderly in Chilean Patagonia. A Design Case.”, IEEE Latin American Transactions, Vol. 12, No.1, Jan 2014. [5] A. Zaldívar, C. Tripp, J. A. Aguilar, J. E. Tovar and C. E., “Using Mobile Technologies to Support Learning in Computer Science Students”, IEEE Latin American Transactions, Vol. 13, No.1, Jan 2015. [6] R. Ferreira, A. J. Balloni, A. A. Oliveira and N. T. Z. Valente, “Avaliação da gestão em sistemas e tecnologia de informação em hospitais no Brasil, México, Argentina e Portugal”, VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Sade. [7] Seligman, L. F. Ramos-Lima, V. D. A. Oliveira, C. Sanvicente, J. Sartori and E. F. Pacheco, “Risk factors for infection with multidrugresistant bacteria in non-ventilated patients with hospital-acquired pneumonia”, Jornal Brasileiro de Pneumologia, Vol. 39, No. 3, p. 339348, 2013. [8] F. Franzetti, M. Antonelli, M. Bassetii, F. Blasi, M. Langer, F. Scaglione, E. Nicastri, F. N. Lauria, G. Carosi, M. Moroni and G. Ippolito, “Consensus Document on Controversial Issues for the Treatment of Hospital-Associated Pneumonia, International Journal of Infectious Diseases, Vol.4, No.4, p.55-65, Outubro 2010. [9] J. H. Lee and Y. H. Kim, “Comparison of clinical characteristics between healthcare-associated pneumonia and community-acquired pneumonia in patients admitted to secondary hospitals”, The Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol. 16, No. 4, p. 321-328, 2012. [10] M. Falcone, M. Venditti, Y. Shindo and M. H. Kollef, “Healthcareassociated pneumonia: diagnostic criteria and distinction from community-acquired pneumonia”, International Journal of Infectious Diseases, Vol. 15, No. 8, p. 545-550, 2011. [11] A. Verdaguer, A. Patak, J. J. Sancho, C. Sierra and F. Sanz, “Validation of the medical expert system PNEUMON-IA”, Computers and Biomedical Research (Elsevier), Vol. 25 , No. 6 , p. 511-526 , 1992. [12] L. Godo, R. L de Mántaras, J. Puyol-Gruart and C. Sierra, “Renoir, Pneumon-IA and Terap-IA: three medical applications based on fuzzy logic”, Artificial Intelligence in Medicine (Elsevier), Vol. 21, No.1, p. 153-162, 2001. [13] P. J. Haug, J. P. Ferraro, J. Holmen, X. Wu, K. Mynam, M. Ebert, N. Dean, J. Jones, “An ontology-driven, diagnostic modeling system”, Journal Of The American Medical Informatics Association”, Vol. 20, No. 1, p. 102-110, Junho 2013. [14] D. A. Goff and J. E. Mangino, “Evaluation of an App: STAB-IT™ Staphylococcus aureus Bacteremia Is Terrible”, Journal of Mobile Technology in Medicine, Vol. 2, No. 3, p. 15-20, 2013. [15] D. Welfer, R. C. F. da Silva and J. F. Kazienko, “A Mobile Application System for Diagnosis and Management of Community-Acquired

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Juliano F. Kazienko atua como professor na Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA. Recebeu seu título de Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina e de Doutor em Computação pela Universidade Federal Fluminense. Atualmente, suas áreas de pesquisa são Redes Sem Fio, Segurança da Informação e Computação Ubíqua e Pervasiva.

Daniel Welfer é professor da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Concluiu seu doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 2011. Suas áreas de interesse são processamento e análise de imagens médicas, morfologia matemática e sistemas de informação hospitalar. Atualmente é membro permanente do Programa de PósGraduação em Engenharia Elétrica.

Renato Cassol Ferreira da Silva possui graduação em medicina, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e residência médica em doenças infeciosas e parasitárias, pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição. Tem experiência na área de medicina com ênfase em infectologia, atuando principalmente nos seguintes temas: controle de infecção hospitalar, infectologia clínica, HIV, terapia intensiva, antimicrobianos, infecções bacterianas e fúngicas e resistência bacteriana.